segunda-feira, 3 de outubro de 2016

LIÇÃO 2 : A Provisão de Deus em um Mundo em Crise











E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.                            – 1 João 2.17

Quero começar este capítulo com o Salmo 46, inspirado por um dos filhos de Corá, que retrata o socorro nas crises existenciais quando somos ameaçados por perigos que não podemos evitar.
                    
                 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
                 Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os
                 montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas
                 rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.
                 Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das
                 moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada;
                 Deus a ajudará ao romper da manhã. As nações se embraveceram;
                 os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu. O
                 Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
                 Vinde, contemplai as obras do Senhor; que desolações tem feito na
                 terra! Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e
                 corta a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos e sabei que eu
               
 sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra.
                 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.

Para tempos de crises inevitáveis, esse salmo é bálsamo para quem enfrenta dificuldades nos campos físico, econômico, social, moral e espiritual. A Palavra de Deus dá certeza de socorro bem presente, fortaleza íntima para enfrentar os perigos, refúgio nas tempestades da vida.

Algumas crises foram motivadas pelo choque do futuro para o qual as pessoas não estão preparadas. Essas crises também são provocadas pelo excesso de mudanças em um período muito curto, não dando tempo de adaptação a tudo isso. A necessidade de adaptação a essa realidade vem produzindo estresse emocional, e a ciência no campo da psicologia e da psiquiatria não consegue atenuar plenamente esse estado de espírito dos tempos modernos. Estamos no terceiro milênio, e nos dois milênios que se passaram desde os tempos do primeiro séculos da Era Cristã, todos aqueles sinais escatológicos apresentados por Jesus e pelos seus apóstolos vêm sendo cumpridos. O apóstolo João, já no final do primeiro século da Era Cristã mostrou o mundo atual com os sinais de um sistema satânico que se manifestam na vida da humanidade. O estigma do mundo percebido por João é percebido nesses tempos pós-modernos.
 Estamos vivendo na atualidade com a realidade de mudanças culturais e sociais que ameaçam a nossa fé e os princípios e valores que sempre nortearam a Igreja de Cristo na terra. Entretanto, para esses tempos, o Deus de toda provisão não abandonou sua Igreja.

O MUNDO ATUAL, UM SISTEMA GLOBALIZADO

O Mundo na Esfera Espiritual — um Sistema Espiritual de Domínio Satânico


João, o apóstolo, declarou em sua epístola universal às igrejas: “sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1 Jo 5.19). Sabemos que esse sistema satânico age invisivelmente sobre a humanidade na terra. Por isso, no contexto espiritual, o mundo é mais que um globo geofísico. É um sistema invisível que procura dominar a vida humana infiltrando-se em todas as camadas sociais, políticas e religiosas, influenciando suas decisões. É um sistema que invade nossos lares; que afeta e corrompe a mente de nossos filhos por meio da mídia falada, televisiva e por meio da informática. Ora, se o mundo dos homens está sob a égide de Satanás, sabemos que esse sistema satânico tenta usurpar de Deus a sua soberania infiltrando-se na vida da humanidade, oferecendo-lhe um estilo de vida que a torna independente e rebelde contra o Criador.

O Mundo Hoje — a Influência de um Sistema Globalizado
Nas raízes do pós-modernismo brotam as coisas que pressionam a vida atual e provocam a incredulidade e a rebeldia humana que rejeita a Deus e absorve o materialismo humanista. A globalização, uma ideia inteligente desses tempos, é um modo de preparar o mundo para o advento do Anticristo. Não é um termo isolado e técnico dos cientistas políticos. Tem na sua estrutura um plano diabólico que esconde as verdadeiras razões satânicas sob o manto colorido da união das nações, do ecumenismo religioso, da liberdade individual das pessoas. É um sistema que se destaca pela diversidade e a multiplicidade. É um sistema que busca o prazer fisico em detrimento da racionalidade. Globalização é a palavra moderna que representa o processo de integração econômica, social, cultural e política que visa ao intercâmbio de ideias entre as culturas das nações, tendo como limitação apenas a barreira linguística. Utiliza-se da mídia e das facilidades de comunicação tecnológica que influenciam o modo de pensar em todos os campos da vida da sociedade em cada nação do planeta. A ideia de globalização é a igualdade num plano que concorda com a “Nova Ordem Mundial” e que prega a integração entre todos os povos. Houve a tentativa de criar uma língua universal, chamada “Esperanto”, que não conseguiu muito sucesso. A ideia da Nova Ordem Mundial objetiva estabelecer princípios de relações entre os povos que afetem o comportamento social e que tenham na mídia televisiva e na impressa o modo de influenciar a economia mundial, a educação e até a religiosidade dos povos.

A Globalização — um Sistema Preparado para o Cenário

Futuro do Anticristo


O mundo todo está sendo um palco armado para o advento do Anticristo, segundo a profecia bíblica, em breve futuro, antes que a igreja de Cristo seja arrebatada deste mundo. Sob a influência de Satanás, o Anticristo será o personagem que aparecerá no cenário político mundial num período especial identificado pela profecia de Daniel como a “Grande Tribulação”, especialmente para Israel (Dn 9.24-27). Nesse período, ele surgirá no cenário mundial e globalizado como um personagem literal, mas que é identificado nas profecias bíblicas numa linguagem figurada como “o chifre pequeno” do animal terrível e espantoso (Dn 7.7,8). Será identificado, também, como “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26); “o rei que fará conforme sua vontade” (Dn 11.36); “o homem do pecado”, o “filho da perdição”, “o iníquo” (2 Ts 2.3,8); o “anticristo” (1 Jo 2.18).

Para os que interpretam a Bíblia alegoricamente, esse personagem não passa de uma figura de retórica. Para a igreja de Cristo, que crê na literalidade da revelação bíblica acerca desse personagem, o Anticristo será o mais notável líder político, capaz de convencer, contender e com um carisma fenomenal. Ele ainda não está entre nós, mas o seu espírito opera no mundo atual, e a ideia da globalização, ou seja, a “aldeia global”ou “a nova ordem Mundial”, está sendo preparada.

DOIS TEMPOS DISTINTOS DE MUDANÇAS NA SOCIEDADE


Ao longo da sua história, a humanidade experimentou diferentes modelos de transformações que foram passando de uma época para outra, com sinais de desenvolvimento tecnológico, científico e social. Nesses períodos distintos, várias crises de ordem social, com os sistemas de governos e políticas diversificados, tragédia e destruição foram experimentadas.

A Crise da Era Moderna


Modernidade é uma palavra com sentido filosófico e entende-se como um sistema oriundo das forças de mudanças que ocorrem durante sua movimentação na vida da humanidade. É um sistema centrado na premissa de que “toda causa de cima para baixo”, principalmente aquela que reconhece a soberania de Deus e o Causador de toda a criação do universo e tudo que representar o sobrenatural deve ser substituído por “causas de baixo para cima”. É, na verdade, uma inversão de valores e de objetivos em que o sobrenatural é rejeitado e o natural ganha espaço na vida das pessoas. Em síntese, é uma declarada rejeição de Deus pelo homem moderno. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu o seguinte: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador” (Rm 1.25). O mesmo autor, escrevendo a Timóteo, disse:

Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna. (1 Tm 6.17-19).

O modernismo desenvolveu conceitos humanistas e materialistas, de modo que a sua fé é desviada para um falso sentido de liberdade, para a ciência e para o progresso humano. A Era moderna foi marcada pelo avanço do conhecimento humano, pelo advento da industrialização, pela predominância da luta ideológica e, especialmente, pela expansão da fé cristã, como também, pela proliferação das seitas e das religiões orientais.

As Crises dos Tempos Pós-Modernos

 

Os sociólogos estudam a sociedade através da história e colocam os tempos atuais como um período que denominam “pós-modernidade”. Esse período possui características que se manifestam na vida cotidiana das pessoas e são inevitáveis. São características que desafiam a fé cristã. Tem sido um tempo marcado não só pelo progresso científico e econômico, mas por conflitos e contradição oriundos da Era Moderna. Um dos elementos corrosivos e destrutivos sob a égide do pós-modernismo é a valorização do efêmero, da descontinuidade, o avanço do individualismo. A mídia hoje tem um poder quase sufocante sobre nossas famílias, manipulando desejos, incentivando atitudes animalescas, promovendo a sedução por coisas impróprias.
Um dos aspectos que chamam a atenção na diferença do modernismo para o pós-modernismo é que esse tempo que vivemos não possui um estilo uniforme e coerente em várias áreas como a filosofia, a religião, a moralidade, as artes, a economia. Tudo sofreu mudanças radicais, prevalecendo a diversidade. Apregoa-se hoje a morte dos ideais, em que o disfarce parece um elemento de sobrevivência das pessoas. Se em tempos passados a verdade era concebida como algo absoluto para ser absorvido pelas pessoas, hoje se ensina “que há muitas verdades e cada qual fica com a que mais lhe satisfaz”. Essa filosofia ensina que as verdades são particulares e relativas, e cada povo tem a sua forma de acatá-las e expressá-las, contradizendo, assim, abertamente, a verdade de Deus. A Bíblia diz o seguinte: “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça” (Rm 1.18). Em seguida, o apóstolo Paulo disse no versículo 21: “porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu”. Por outro lado, supervalorizam o sentimento em detrimento da razão. O escritor Milan Kundera, defensor dessa filosofia, fez um trocadilho da expressão “Penso, logo existo” por “Sinto, logo existo”.

Esse período é o nosso tempo atual, e é nesse contexto que estamos vivendo. As gerações dos últimos 50 anos estão experimentando o progresso científico e tecnológico, mas também as crises provocadas pela Era Moderna. O apóstolo Paulo, pelo Espírito Santo, profeticamente apontou para esse tempo, como os problemas dos “últimos dias”, quando disse: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1).


CARATERÍSTICAS DESSE MUNDO SATÂNICO


Jesus orou ao Pai pelos seus discípulos e disse: “Eles estão no mundo, mas não são do mundo”. Essa distinção dá a Igreja a sua identidade e nos conscientiza de que, a despeito, de estarmos nesse mundo sob a égide de Satanás, nós, cristãos, precisamos tomar conhecimento para refutarmos todos os ataques de Satanás.

Uma Sociedade Centrada no Homem


Essa ideia é identificada no mundo da filosofia como antropocentrismo. O prefixo dessa palavra é antropos, que se refere ao homem como o centro de tudo, concordando com a ideia humanista, de um escritor ateu e humanista, que declarou que “o homem é a medida de todas as coisas”. Essa ideia faz do homem o centro do universo, e tenta roubar de Deus, Criador, o cetro de soberania sobre todo o universo. A Bíblia declara que Deus, o Pai, tornou seu Filho Jesus a razão e o centro de toda a criação. Paulo escreveu aos Colossenses que “Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele” (Cl 1.17). Paulo identificou pelo Espírito, com um vislumbre futuro, o tipo de gente que se coaduna com o espírito dessa ideia humanista quando fala dos “amantes de si mesmos” (2 Tm 3.2). Esse espírito humanista tem de ser repudiado na vida da igreja, da liderança e dos membros das igrejas.

Uma Sociedade sob a Influência do Relativismo


O relativismo age sob a óptica dos valores relativos negando os absolutos, especialmente os princípios e ensinos imutáveis da Palavra de Deus. O certo e o errado se confundem onde tudo é relativo. Algumas experiências bíblicas nos dão testemunho desse perigo (Gn 19.1-11; Jz 2.11; 3.7; 4.1; 10.6). É a negação de qualquer lei superior para orientar a vida das pessoas. Esse espírito relativista tem produzido danos à vida ética dos cristãos em nosso tempo.

Uma Sociedade Dominada pela Secularização da Vida


Existe uma declaração bíblica do apóstolo Paulo acerca de um desertor da igreja, o qual desistiu da fé cristã por entender que o mundo lhe oferecia mais. Sobre esse desertor, Paulo disse que “[amou] o presente século” (2 Tm 4.10). Uma das crises enfrentadas pela Igreja é a secularização dos ensinos bíblicos para acomodar os cristãos a um padrão de vida mundano, que perverte os nossos valores espirituais. A influência do mundanismo se manifesta em forma de apelo, fascínio, mistura, prazer e imitação que resultam em perda dos valores e virtudes cristãs.
Quando o apóstolo João exorta, dizendo “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há” (1 Jo 2.15), não se referia, de fato, ao mundo físico, mas ao mundo espiritual sob o domínio de Satanás. Não se trata, também, do mundo da humanidade, que é um sistema de vida organizado em reinos, países, estados, cidades, vilas e aldeias, e, até mesmo, nos lugares mais escondidos da terra. Naturalmente, aspectos como cultura, educação, comunicação e religiosidade fazem parte da vida da humanidade neste mundo físico. Entretanto, o acesso das pessoas a esses valores são deturpados pelo Diabo, que procura desintegrar a humanidade, moral e espiritualmente. Ele procura influenciar pessoas, governos, artistas, intelectuais e até religiosos para lançá-los contra o Criador.

Que É Secularismo?


A palavra século aparece na língua grega como “aion” e diz respeito “não apenas ao período de tempo de cem anos”, mas tem um sentido figurativo de “pensamento que predomina em uma geração”. O secularismo é uma força intelectual e espiritual que torce as verdades bíblicas para corromper a Igreja e desviá-la da fé cristã. Com facilidade, procura corromper os bons costumes na família, na escola e na vida espiritual. O secularismo valoriza a forma em detrimento do conteúdo, e, por essa razão, nossa liturgia tem sido aviltada com alegações culturais, onde tudo acontece: danças folclóricas, roda de capoeira e outras coisas incentivadas por líderes que perderam o compromisso com o evangelho.

Características do “Século Presente”


O apóstolo Paulo descreveu as características das pessoas desses “dias trabalhosos” quando disse:
[...] nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (2 Tm 3.1-15)
Essas características tão claras e objetivas fazem parte da presente era. As ideias satânicas de moralidade, das filosofias, das artes, dos sistemas políticos e econômicos, da comunicação de massa foram afetadas de tal modo que a graça desse século prefere o profano ao sagrado e se opõe a tudo que diz respeito a Deus.

O Multiculturalismo Secular


O cristão moderno se depara com esse elemento próprio do fenômeno mundial da globalização. Já tratamos de algumas características atuais como antropocentrismo, hedonismo, relativismo e, por último, secularismo. O multiculturalismo tem no seu prefixo “multi” o sentido da diversidade existente de culturas desenvolvidas ao longo da história e que, nos tempos atuais, representa uma filosofia que procura camuflar a verdade com a mentira, o paganismo ímpio e hostil a Deus, a negação dos valores divinos e a pregação maldita da verdade relativa. A influência dessa filosofia faz com que muitos cristãos modernos vejam a Bíblia como uma literatura alegórica, antiga e fora de tempo, que precisa ser adaptada e modificada conforme as chamadas “propostas de cristianismo” que algumas igrejas tem se proposto comparar e adaptar ao tempo atual. Refutamos com todas as nossas forças esse modo de pensar, esse multiculturalismo satânico que contradiz abertamente a verdade insofismável da Palavra de Deus. Precisamos colocar as armas espirituais para enfrentar esses inimigos. Paulo falou dessas armas, que não são carnais, mas são poderosas, como disse aos coríntios: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós, sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.4,5).

O Papel da Igreja em Relação ao Secularismo

A Igreja de Cristo é a única entidade capaz de fazer frente a esse sistema sem estar atrelada ao arcaico, ao legalismo histórico. A Timóteo, Paulo alertou quanto a “falatórios profanos” que estariam se desenvolvendo na atualidade (2 Tm 2.16). Essa expressão indica que esses “falatórios profanos” podem significar a perversão dos ensinos bíblicos, quando se abandona a santidade e se adere a padrões libertinos que contrariam a vida cristã bíblica. A adesão de falsas doutrinas, especialmente aquelas advindas em nome de pretensas revelações por meio de sonhos e visões que não possuem respaldo bíblico, são as novas teologias, porque lhes parece que a teologia existente, sagrada e ortodoxa precisa ser rememorada.

O secularismo faz com que a igreja perca sua identidade cristã. É a teologia “do parece, mas não é”, “do faz de conta que é”. É a valorização da forma em vez do conteúdo. Em nome da cultura eclesiástica, promovem-se atividades que imitam o mundo, que despersonalizam o culto genuíno, com “folclore”, “danças” e coreografias que não glorificam a Deus, mas o fazem em nome de Jesus. Muitos dos nossos cânticos parecem “mantras” utilizados nos cultos pagãos. O secularismo entrou na igreja e está matando a nossa liturgia. O espaço para a Palavra de Deus tem se tornado cada vez menor. Preocupa-se, hoje, com a aparência, e não com o conteúdo do culto a Deus, quando se percebe o culto à personalidade de cantores e pregadores, e Jesus é deixado de lado. Canta-se sobre a glória de Deus, mas se glorifica mais o homem que a Deus. O modernismo eclesiástico revela a conformação da igreja com o sistema mundano. Tudo isso produz esfriamento espiritual. Precisamos orar com o profeta Habacuque: “[...] aviva, ó Senhor, a tua obra” (Hc 3.2).



                             CONCLUSÃO


Teria Deus enfraquecido? Ou teria a igreja se deixado engodar pelo encanto do sistema mundano? Precisamos vencer todas e quaisquer crises de ordem moral, social e espiritual. Temos a nosso favor o Deus de toda provisão. Precisamos priorizar e manter sempre o fundamento do evangelho que recebemos. A liderança da igreja precisa se comprometer em reverter essa situação produzindo, nos membros das igrejas, convicções sólidas na Palavra de Deus. Precisamos nos conscientizar de que não somos deste mundo (Jo 17.16).

Para um mundo em crise, nenhuma outra instituição será capaz de responder aos anseios da humanidade senão a Igreja de Cristo.


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