terça-feira, 25 de outubro de 2016

LIÇÃO 04: Depressão, melancolia da alma


Depressão

Depressão – Doença que tem atormentado o corpo a alma de muitas pessoas nos últimos dias.
Iremos começar lendo um versículo que está no Evangelho Segundo Mateus:
Mateus 11:28-29 “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve.  A Depressão não é apenas uma sensação de tristeza ou de “baixo astral”. É mais do que se sentir triste ou ficar de luto após uma perda. Estar deprimido é diferente das sensações ocasionais de tristeza que fazem parte normalmente da vida. Para pessoas deprimidas, estes sentimentos podem ser persistentes, incapacitantes e desproporcionais em relação a qualquer causa externa. Ela é uma é uma doença (tanto como diabetes, a pressão arterial elevada ou as doenças cardíacas), que afeta seus pensamentos, seus sentimentos, sua saúde e seus comportamentos. A depressão geralmente é acompanhada de alterações do humor, sono, apetite e várias outras funções do organismo.

Sintomas mais comuns na depressão:

As pessoas a não apresentam todos esses sintomas, mas apenas alguns deles, de forma grave suficiente para interferir no seu funcionamento normal.
    • Sentimentos persistentes de tristeza.   
  • Perda do interesse ou prazer pelas atividades de rotina ou passatempos preferidos.  
  • Desespero, que surge sem razão aparente  
  • Crises de choro. Ansiedade   
  • Sentimentos de desesperança, pessimismo 
   • Sentimentos de culpa  
  • Distúrbios do sono (insônia, despertar matinal, hipersonia)  
  • Irritabilidade fácil  
  • Falta de apetite com perda de peso   
  • Perda da energia   
  • Dificuldade de concentração, de tomar decisões, de relembrar fatos  
  • Dificuldade de relacionamento pessoal, com tendência ao isolamento  
  • Falta de interesse em atividades prioritárias e abandono delas    • Negligencia das responsabilidades e da aparência   
  • Perda do interesse ou prazer nas atividades sexuais  
  • Pensamentos de morte ou suicídio, tentativa de suicídio
    • A depressão pode ser causada por diversos fatores, isolados ou combinados, incluindo:   
  • História familiar. Outras doenças não-psiquiátricas como, por exemplo, doenças crônicas como AIDS ou câncer, alterações hormonais (hipotireoidismo)   
  • Alguns medicamentos. Uso de drogas ou álcool    • Outras doenças psiquiátricas   
  • Algumas situações de vida, como “stress” intenso ou uma perda importante, podem desencadear a depressão        
* Muitas vezes a depressão pode surgir mesmo quando tudo está muito bem na vida da pessoa       
* A depressão não ocorre por sua culpa. Não é uma fraqueza. É uma doença. E pode ser tratada.

Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são:  
 • Pessimismo  
 • Dificuldade de tomar decisões  
 • Dificuldade para começar a fazer suas tarefas   
• Irritabilidade ou impaciência
   • Inquietação  
 • Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
 • Chorar à-toa   
• Dificuldade para chorar
• Sensação de que nunca vai melhorar, desesperançaD   
• Dificuldade de terminar as coisas que começou  
 • Sentimento de pena de si mesmo  
 • Persistência de pensamentos negativos  
 • Queixas freqüentes  
 • Sentimentos de culpa injustificáveis 
  • Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual
Alguns Dados Estatísticos: 
  • Depressão afeta 15-20% das mulheres e 5-10% dos homens. 
  • Mulheres são 2 vezes mais afetadas que os homens.   
• Aproximadamente 2/3 (Dois terços) das pessoas com depressão não fazem tratamento. 
  • Dos pacientes que procuram o clinico geral apenas 50% são diagnosticados corretamente.  
 • A maioria dos pacientes deprimidos que não são tratados irão tentar suicídio pelo menos uma vez. 17% deles conseguem se matar.  
 • Com o tratamento correto, 70-90% dos pacientes se recuperam da depressão.

Percebemos que a Depressão é uma doença Biológica (Material), bem como Espiritual (na alma). Entretanto ela tem cura, especialmente quando se busca e evidencia a Palavra de Deus. Com isso não queremos desprezar a ciência, nem tão pouco os medicamentos, e sim mostrar que o Senhor Jesus tem uma saída para todos os males que aflige o ser humano.
Podemos testificar isto no Evangelho Segundo São João 10:10 João 10:10 D Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância Isaías 49:15 Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Salmo – 37:5 * Encontramos outro versículo que nos fortalece na Graça que há em Cristo Jesus. Salmos 37:5 Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará.” (RA) Como destacamos no principio geralmente a Depressão está ligada a os problemas psicológicos como: Separação, morte, enfermidade, opressão, discriminação e outras situações que surgem na nossa vida cotidiana. Mas quero que entendam que o Ser Supremo deste universo – Deus, não faz acepção de pessoas, Ele tem solução todos os problemas humanos. A prova disso podemos ver no Evangelho Segundo João 3:16, quando Deus entrega o que há de melhor no Céu – Que é o Seu Filho Amado Jesus Cristo.
João 3:16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Na teologia encontramos uma palavra interessante – É “Antropatia – Significa – Deus com sentimento humano. Não que dizer que o Senhor é homem com as suar inclinação. Mas em diversas partes da Bíblia, encontramos Ele se irando, se alegrando e até triste. No caso da crucificação de JESUS CRISTO com certeza Ele não ficou alegre. Mas volto ao texto de JOÃO 3:16 * mostrando que DEUS, sofreu tristeza para nos fazer feliz. No Livro do Profeta Isaias 53 – 4  * Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 – Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Se você percebe que tem um problema, isto é bom, você já sabe o que fazer, buscar ajudaD Pior são aqueles que nem sabem que tem um problema. Nem sabem onde buscar ajuda.

Tiago 5:8 * Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima. Isaias 40:29-30-31 29 – Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. 30  – Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; 31 – Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão. Entre as possíveis coisas que você pode fazer para sentir-se melhor estão:
Cultivar Boas leituras  
  • Aprender a gostar de si mesmo(a) e de suas habilidades  
  • Ajudar pessoas em necessidade  
  • Ampliar seu círculo de amigos ou amigas.
    • Aprofundar seus conhecimentos bíblicos  
  • Praticar mais exercícios físicos 
   • Aprender a rir de si mesmo(a) e da vida   
  • Desenvolver uma amizade sólida com Jesus
Jesus te ama 

Presbítero Robson Colaço de Lucena Webmaster Alisson Alves de Lucena

 

                   7 Personagens Bíblicos que lutaram contra a Depressão

Você pode não perceber, mas existem dezenas de pessoas que estão desesperadas, feridas, e sozinhas lutando contra a depressão. Podemos até não estar ciente da estrada escura em que caminham. Às vezes observamos, mas muitas vezes não tomamos nenhuma atitude. Talvez nós estamos muito ocupados, preocupados. Para ser honesto, muitos dias, nós podemos ser essas pessoas em depressão, os desesperados, os feridos, os solitários. Apenas precisando de alguém para notar. Se importar. 

Embora a Bíblia não use a palavra “depressão” exceto em algumas traduções e versos, é muitas vezes referenciada por outras palavras semelhantes, como “deprimido”, “de coração partido”, “problemático”, “miserável”, “desesperado”, e em “luto”, entre outros. Ao longo da Palavra, há uma série de histórias sobre homens piedosos, influentes e mulheres de fé, que se esforçaram e lutaram em momentos sombrios de desesperança e depressão. Muitos de nós podemos nos encontrar lutando até hoje. Mas não temos de ficar preso. Há esperança.

7 fatos para lembrar-nos que nós não estamos sozinhos em nossa luta contra a depressão:
Davi estava perturbado e lutou em profundo desespero. Em muitos dos Salmos, ele escreve sobre sua angústia, a solidão, o medo do inimigo, seu coração gritando contra o pecado e a culpa. Vemos também o seu enorme pesar na perda de seus filhos, em 2 Samuel 12:15-23 e 18:33. Em outros lugares, a honestidade de Davi com suas próprias fraquezas dá esperança para nós que lutamos hoje: Pois já as minhas iniquidades ultrapassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças. Salmos 38:4

Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus. Salmos 42:11 Elias estava desanimado, cansado, e com medo. Após grandes vitórias espirituais sobre os profetas de Baal, este poderoso homem de Deus correu para salvar sua vida, longe das ameaças de Jezabel. E lá no deserto, ele se sentou e orou, derrotado e desgastado: Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. 1 Reis 19:4 Jonas ficou irritado e queria fugir. 

Após Deus chamar Jonas para ir a Nínive para pregar ao povo, ele fugiu tão longe quanto podia. E depois de uma tempestade no mar, sendo engolido por um peixe gigante, e depois sendo salvo e dado uma segunda chance, ele obedeceu. Ele pregou a mensagem de Deus para o povo de Nínive. A misericórdia de Deus estendeu a mão para todas as pessoas que se viraram para Ele. Mas, em vez de alegria, Jonas ficou bravo: Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver. Jonas 4:3 E mesmo depois que Deus estendeu a mão para Jonas novamente com grande compaixão, ele respondeu: “… E ele disse: Faço bem que me revolte até à morte.” Jonas 4:9 Jó sofreu com grande perda, a devastação e a doença física. Este homem justo de Deus perdeu literalmente tudo. Tão grande era o seu sofrimento e da tragédia que mesmo a sua própria esposa disse: “Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.” Jó 2:9 Embora Jó manteve sua fidelidade a Deus durante toda a sua vida, ele ainda lutava profundamente através das trincheiras da dor: Por que não morri eu desde a madre? E em saindo do ventre, não expirei? Jó 3:11

Nunca estive tranquilo, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação. Jó 3:26 A minha alma tem tédio da minha vida; darei livre curso à minha queixa, falarei na amargura da minha alma. Jó 10:1 Moisés entristeceu-se sobre o pecado de seu povo. Em seus sentimentos de raiva e traição de seu próprio povo, Moisés, como líder, estava prestes a sair. Ele veio de sua experiência na montanha com Deus, com os mandamentos na mão, apenas para descobrir que os israelitas estavam em caos completo e pecado. Seu coração clamou a Deus em seu nome estava desesperado: Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. Êxodo 32:32 Jeremias lutou com grande solidão, sentimentos de derrota, e insegurança. Também conhecido como o profeta chorão, Jeremias sofria de constante rejeição pelas pessoas que amava. Deus o havia chamado para pregar, ainda proibiu de se casar e ter filhos. Ele vivia sozinho, ele ministrou sozinho, ele era pobre, ridicularizado e rejeitado por seu povo. Em meio a isso, ele mostrou grande fé e força espiritual, e ainda assim vemos também a sua honestidade enquanto lutava com desespero e uma grande sensação de fracasso: Maldito o dia em que nasci; não seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz. Jeremias 20:14 Por que saí da madre, para ver trabalho e tristeza, e para que os meus dias se consumam na vergonha? Jeremias 20:18 Mesmo o próprio Jesus estava profundamente angustiado sobre o que estava diante dele. Ele sabia o que estava por vir. Ele sabia que Deus o havia chamado para uma jornada de grande sofrimento, ele sabia o que devia acontecer para que nós pudéssemos viver verdadeiramente livres. Nosso Salvador e Senhor estava disposto a pagar o preço em nosso nome, mas não foi um caminho fácil. Isaías profetizou que Cristo seria “um homem de dores, e experimentado no sofrimento.” Isaías 53:3

Podemos ter a certeza, que em tudo o que enfrentamos, Jesus entende nossa fraqueza e sofrimento, nossos maiores momentos de tentação e desespero, porque ele também viajou naquela estrada, mas sem pecado. No jardim, durante a noite, Jesus orou, sozinho, chamando a Seu Pai, pedindo-lhe de outra forma: E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai. E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. Marcos 14:34-36 A Bíblia diz que tão grande era sua angústia, que ele suava “gotas de sangue.” Lucas 22:44 O que é verdade sobre todas estas histórias e muitos outras é esta: Deus estava com eles. Próximo. Perto. Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito. Salmos 34:18 A maior verdade é esta, temos um Salvador que compreende nossa dor, que sabe sobre todas as fraquezas e mágoa, e estende a mão com compaixão e esperança. Ele é Curador. Redentor. Restaurador. E amigo. Ele nunca vai perder o tempo de sofrimento que enfrentamos, mas vai usá-lo, de alguma forma, para trazer propósito, para ajudar os outros, e para tornar-nos mais fortes. A depressão é uma condição comum, mas muito tratável que afeta muitas pessoas em nosso mundo. No entanto, as estatísticas dizem-nos que apenas cerca de um terço das pessoas que estão deprimidas realmente recebem tratamento. Isso é lamentável, uma vez que 80-90% daqueles que procuram tratamento relatam muitas vezes sentir-se melhor dentro de poucas semanas. É também sabido que a depressão está associada a causa de mais de dois terços de suicídios relatados anualmente. A ajuda está disponível. Não sinta necessidade de tentar esconder sua dor, ou lutar por conta própria.

Fale com um amigo ou conselheiro.

Procurar tratamento profissional e cuidado.

Depressão

(http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/depressao.asp)

Depressão é uma desordem psiquiátrica muito mais frequente do que se imaginava. Estudos recentes mostram que 10% a 25% das pessoas que procuram os clínicos gerais apresentam sintomas dessa enfermidade. Essas porcentagens são semelhantes ao número de casos de hipertensão e infecções respiratórias que os clínicos atendem em seus serviços. Ao contrário dessas doenças, entretanto, eles não costumam estar preparados para reconhecer e tratar depressões. Para caracterizar o diagnóstico de depressão, foi criada a tabela de abaixo. Nela, cinco ou mais dos sintomas relacionados devem estar presentes. Dentre eles, um é obrigatório: estado deprimido ou falta de motivação para as tarefas diárias, há pelo menos duas semanas.

Critérios para diagnóstico de depressão (Segundo o DSM-IV, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição).

1· Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo; 2· Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina; 3· Sensação de inutilidade ou culpa excessiva; 4· Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente diminuída para pensar e concentrar-se; 5· Fadiga ou perda de energia; 6· Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias; 7· Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor; 8· Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar; 9· Idéias recorrentes de morte ou suicídio.
De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado em três grupos; 1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedônia; 2) Distimia: 3ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo; 3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedônia.

Os sintomas da depressão interferem drasticamente com a qualidade de vida e estão associados a altos custos sociais: perda de dias no trabalho, atendimento médico, medicamentos e suicídio. Pelo menos 60% das pessoas que se suicidam apresentam sintomas característicos da doença. Embora possa começar em qualquer idade, a maioria dos casos tem seu início entre os 20 e os 40 anos. Tipicamente, os sintomas se desenvolvem no decorrer de dias ou semanas e, se não forem tratados, podem durar de seis meses a dois anos. Passado esse período, a maioria dos pacientes retorna à vida normal. No entanto, em 25% das vezes a doença se torna crônica.
Fatores de risco para depressão · História familiar de depressão; · Sexo feminino; · Idade mais avançada; · Episódios anteriores de depressão; · Parto recente; · Acontecimentos estressantes;

· Dependência de droga.
O número de casos entre mulheres é o dobro dos homens. Não se sabe se a diferença é devida a pressões sociais, diferenças psicológicas ou ambas. A vulnerabilidade feminina é maior no período pós-parto: cerca de 15% das mulheres relatam sintomas de depressão nos seis meses que se seguem ao nascimento de um filho. A doença é recorrente. Os que já tiveram um episódio de depressão no passado correm 50% de risco de repetilo. Se já ocorreram dois, a probabilidade de recidiva pode chegar a 90%; e se tiverem sido três episódios, a probabilidade de acontecer o quarto ultrapassa 90%.
Como é sabido, quadros de depressão podem ser disparados por problemas psicossociais como a perda de uma pessoa querida, do emprego ou o final de uma relação amorosa. No entanto, até um terço dos casos estão associados a condições médicas como câncer, dores crônicas, doença coronariana, diabetes, epilepsia, infecção pelo HIV, doença de Parkinson, derrame cerebral, doenças da tireóide e outras. Diversos medicamentos de uso continuado podem provocar quadros depressivos. 
Entre eles estão os antihipertensivos, as anfetaminas (incluídas em diversas fórmulas para controlar o apetite), os benzodiazepínicos, as drogas para tratamento de gastrites e úlceras (cimetidina e ranitidina), os contraceptivos orais, cocaína, álcool, antiinflamatórios e derivados da cortisona. A maioria dos autores concorda que a psicoterapia pode controlar casos leves ou moderados de depressão. O método oferece a vantagem teórica de não empregar medicamentos e diminuir o risco de recidiva do quadro, desde que a pessoa aprenda a reconhecer e lidar com os problemas que a conduziram a ele. A grande desvantagem, no entanto, está na lentidão e imprevisibilidade da resposta. A psicoterapia não deve ser indicada como tratamento exclusivo nos casos graves. Embora reconheçam os benefícios da psicoterapia, a maioria dos autores admite que a tendência moderna é empregar medicamentos para tratar quadros depressivos.

O plano terapêutico deve compreender três fases:

1) Fase aguda: Dura seis a doze semanas, e tem o objetivo de fazer regredir os sinais e sintomas da doença. Cerca de 70% dos pacientes responde a esta fase. Quando não ocorre resposta, o diagnóstico de depressão precisa ser reavaliado e, se houver confirmação, o esquema de tratamento modificado.
2) Fase de continuidade: Nela, a medicação deve ser mantida em doses plenas por quatro a nove meses, contados a partir do desaparecimento dos sintomas, com o objetivo de evitar recidivas. A descontinuação prematura aumenta o risco de recidiva em 20% a 40%.
3) Fase de manutenção: Não tem duração definida (pode ser mantida por muitos anos). Está indicada apenas nos casos de depressão grave, com alto risco de recidiva ou idéias dominantes de suicídio. 

Deve ser considerada nas pessoas que tiveram três ou mais episódios de depressão, ou dois episódios mais história familiar de depressão recidivante, instalação dos sintomas antes dos 20 anos de idade ou em qualquer caso com risco de morte. Quem começa um tratamento desses deve ser alertado para o fato de que os benefícios podem não ser aparentes nas primeiras duas a quatro semanas. Nessa fase, em que alguns experimentam os efeitos colaterais dos medicamentos sem notar melhora, muitos desistem do tratamento. Muitos portadores de depressão não se dispõem a fazer psicoterapia nem a tomar remédio. Esses devem praticar exercício físico com regularidade (melhora o humor e a auto-imagem) e aumentar o número de atividades diárias capazes de lhes dar prazer. Precisam estar cientes, porém, de que depressão é doença
potencialmente grave, recidivante, capaz de evoluir independentemente do controle voluntário.

Depressão na infância e adolescência Depressão é uma doença crônica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de casos na mesma família, que se manifesta não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes. Qualquer criança ou adolescente pode ficar triste, mas o que caracteriza os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar. Em pelo menos 20% dos pacientes com depressão instalada na infância ou adolescência, existe risco de surgirem distúrbios bipolares, nos quais fases de depressão se alternam com outras de mania, caracterizadas por euforia, agitação psicomotora, diminuição da necessidade de sono, idéias de grandeza e comportamentos de risco. Antes da puberdade, o risco de apresentar depressão é o mesmo para meninos ou meninas. Mais tarde, ele se torna duas vezes maior no sexo feminino. A prevalência da enfermidade é alta: depressão está presente em 1% das crianças e em 5% dos adolescentes. Ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes o risco da criança. O quadro é mais comum entre portadores de doenças crônicas como diabetes, epilepsia ou depois de acontecimentos estressantes como a perda de um ente querido. Negligência dos pais ou violência sofrida na primeira infância também aumenta o risco. É muito difícil tratar depressão em adolescentes sem os pais estarem esclarecidos sobre a natureza da enfermidade, seus sintomas, causas, provável evolução e as opções medicamentosas. Os estudos mostram que 60% desses pacientes respondem ao tratamento. Esses medicamentos apresentam menos efeitos colaterais e risco de complicações por overdose menor do que outras classes de antidepressivos. A recomendação é iniciar o esquema com 50% da dose e depois ajustá-la no decorrer de três semanas de acordo com a resposta e os efeitos colaterais. Obtida a resposta clínica, o tratamento deve ser mantido por seis meses, no mínimo, para evitar recaídas. A terapia comportamental mostrou eficácia em ensaios clínicos, e parece dar resultados melhores do que outras formas de psicoterapia. Através dela os especialistas procuram ensinar aos pacientes como encontrar prazer em atividades rotineiras, melhorar relações interpessoais, identificar e modificar padrões cognitivos que conduzem à depressão. Outro tipo de psicoterapia eficaz em ensaios clínicos é conhecida como terapia interpessoal. Nela, os pacientes aprendem a lidar com dificuldades pessoais como a perda de relacionamentos, as decepções e frustrações da vida cotidiana. O tratamento psicoterápico deve ser mantido por seis meses, no mínimo. Como o abuso de drogas psicoativas e suicídio são conseqüências possíveis de quadros depressivos, os familiares devem estar atentos e encaminhar os doentes a serviços especializados assim que surgirem os primeiros indícios de que os problemas da depressão possam estar presentes.

Depressão: doença que precisa de tratamento (Ricardo Moreno - médico psiquiatra e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo). Depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento. Cerca de 18% das pessoas vão apresentar depressão em algum período da vida. Quando o quadro se instala, se não for tratado convenientemente, costuma levar vários meses para desaparecer. É também uma doença recorrente. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem caracterizados, esse número pode chegar a 90%. A depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos que agem na condução dos estímulos através dos neurônios que possuem prolongamentos que não se tocam. Entre um e outro, há um espaço livre chamado sinapse absolutamente fundamental para a troca de substâncias químicas, íons e correntes elétricas.
Essas substâncias trocadas na transmissão do impulso entre os neurônios, os neurotransmissores, vão modular a passagem do estímulo representado por sinais elétricos. Na depressão, há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo funcionamento normal do cérebro.

Diferença entre tristeza e depressão Dráuzio – Vamos começar pela pergunta clássica: qual a diferença entre tristeza e depressão? R. Moreno - Tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos nós. Depressão é um estado patológico. Existem diferenças bem demarcadas entre uma e outra. A tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão costuma afetar a pessoa por mais de 15 dias. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. 

Além disso, a depressão provoca sintomas como desânimo e falta de interesse por qualquer atividade. É um transtorno que pode vir acompanhado ou não do sentimento de tristeza e prejudica o funcionamento psicológico, social e de trabalho.

Possibilidades de prevenção Dráuzio – O que se pode fazer neste mundo moderno para não cair em depressão? R. Moreno – A primeira coisa é apelar para o bom-senso. Não há uma receita básica , mas todos podemos contar com o bom-senso para conseguir uma qualidade de vida satisfatória. Depois, é preciso desenvolver a capacidade de enfrentar e resolver problemas, dificuldades e conflitos. Tanto isso é possível que apenas 18% da população apresenta quadros depressivos ao longo da vida. Problemas todos temos. É necessário, dentro das possibilidades, aprender a lidar com  eles e a não deixar que nos abalem demais.


Por: ESCOLA BEREANA – ADVEC


Nenhum comentário:

Postar um comentário