quarta-feira, 9 de março de 2016

LIÇÃO 11 : O Juízo Final





Capítulo 11                   O Juízo Final

“E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11).


Em todos os tempos, os ímpios sempre fizeram suas maldades, seus crimes, e praticaram corrupção e ignomínia. E há até quem pense que Deus não está vendo, ou que não queira fazer nada, diante de tantos pecados e injustiças, violência, crueldade e todos os tipos de crimes. O salmista, refletindo sobre a situação dos ímpios, ficou bastante perturbado, a ponto de quase perder a visão da realidade espiritual, chegando perto de desviar-se de Deus (SI 73.3,13). Mas a Palavra de Deus assegura que 
Deus não é injusto para deixar impune os que praticam a iniqüidade; “o culpado não tem por inocente” (Nm 14.18). A aparente demora de Deus em castigar os ímpios não é sua leniência ou condescendência com os maus. É sua longanimidade, esperando que os homens reconheçam sua soberania e se arrependam de seus pecados. “Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade” (SI 103.8). Quando o homem não entende isso, enfrenta conflitos espirituais de grande perturbação, ou murmuram contra Deus, aumentando sua culpa diante do Todo-Poderoso. 

O destino dos ímpios, que não se arrependerem, já está definido: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (SI 9.17). Seu fim é a condenação eterna.
Além de se tornarem prósperos materialmente, e distanciarem-se de Deus, confiados em suas riquezas (SI 49.6-9), os ímpios se voltam contra Deus de modo arrogante. Afrontam a Deus e expressam completa rebelião contra o Juiz do universo. “Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus (SI 10.4). Cientistas, intelectuais, estudiosos, pesquisadores, professores, catedráticos, e também alunos e aprendizes, dominados pelo matérialismos, não percebem que a própria ciência revela um planejamento acurado em toda a Criação, e que esse planejamento exige a existência indispensável de um Planejador Sobrenatural. Eles vão prosperando em seu caminho de incredulidade. “Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus”. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem” (SI 14.1). Além de incrédulos, os ímpios se corrompem e se tornam “abomináveis em suas obras”. Aborto, crime hediondo, homossexualismo, “abominação ao Senhor” (Lv 18.22; 20.13), “paixões infames”, “torpeza”, ato “contrá­rio à natureza”, “imundície” (Rm 1.24-27), toda essa iniqüidade terá a sentença última e definitiva no Juízo Final.

I - Eventos que Antecedem a o Juízo Final

1. A Última Revolta de Satanás

Certamente, parece estranho o fato de Satanás ter sido preso, no final da Grande Tribulação, e a Bíblia afirmar que o mesmo será solto, no final do Milênio. Diz o texto sagrado: “E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu e os devorou” (Ap 20.7-9). Mas Deus não faz nada sem propósito. A soltura de Satanás tem motivos a serem alcançados.

b) Para enganar as nações - Gogue e Magogue. Esses nomes são simbólicos; representam o ajuntamento de todas as nações do mundo, enganadas por Satanás, para se rebelarem contra Cristo, após terem experimentado uma “ordem mundial” de prosperidade jamais vista na história da Terra. Um mundo sem doenças, desfrutando plena paz, sem guerras, conflitos ou violência. Mas, mesmo assim, os pecadores que nascerem durante o Milênio darão lugar ao engano do Diabo, numa prova de que o pecado passou a todos os homens (Rm 5.12). Será um levante mundial contra Cristo, pelo poder persuasivo do Maligno. Isso mostra que o homem, em sua natureza carnal, não muda sem que se torne nova criatura (2 Co 5.17). Mesmo diante do Reino Milenial de Cristo, pleno de prosperidade e paz, ao serem confrontados com as tentações, desprezarão Jesus e aceitarão Satanás. O mesmo que fez a multidão que escolheu Barrabás e condenou Jesus (Mt 27.17-21).

 c) Satanás ajuntará as nações. Para combater a Cristo e os povos que entrarão no Milênio, e cercarão Jerusalém (cidade eterna), para a última tentativa de destruir Israel. Serão inumeráveis as hostes, representadas por “Gogue e Magogue”, em número “como a areia do mar”. As nações serão enganadas e se voltarão contra Israel e contra Deus, sob a liderança satânica. Mas seu fim já está decretado em última instância, no Tribunal de Deus. Será preso para sempre, no Inferno.

2. A Prisão Eterna de Satanás
 Pela segunda vez, Deus vai mandar seus mensageiros poderosos para prender “o Dragão”, “a antiga serpente” (Ap 20.2), que estava no “abismo” (Ap 20.3), lançandoo na prisão eterna para todo o sempre. “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre” (Ap 20.10). Só depois da última rebelião do Maligno e de sua prisão para sempre, é que será estabelecido o Juízo Final.

II - O Juízo Final e suas Características

1. Quem Será o Juiz?

1) Jesus, o Supremo Juiz• Paulo afirma que Deus “há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17.31 - grifo nosso; Hb 12.23). Ou seja: por meio de Jesus será exercido o julgamento, pois ele será o supremo Juiz, assentado no Trono Branco, no Juízo Final (Jo 5.22,27). E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11). A cor do trono indica que será um julgamento santo e puro, sem parcialidade. Jesus “há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino (2 Tm 4.1b; SI 9.8). Nos julgamentos da terra, há sempre o magistrado, que julga as causas levadas ao Tribunal, advogados de acusação, ou promotores, bem como advogados de defesa dos réus. No entanto, no Juízo Final, perante o “grande trono branco’ (Ap 20.11), não haverá advogado de defesa. Se alguém quer ser defendido da condenação eterna, tem que ser aqui, na terra, nos dias em que vivemos. Depois será impossível. Tarde demais.

2) Hoje, Advogado. No Juízo Final, o Promotor. No tempo presente, na dispensação da graça, o pecador tem em Cristo o Advogado santo, onipotente, que nunca perdeu uma questão, e está à disposição dos crentes e também de todas as pessoas que a Ele recorrerem. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo (1 Jo 2.1,2). Hoje, Jesus é Advogado de defesa. No Juízo Final, será Promotor e Juiz implacável, na última e absoluta instância da justiça divina, sem a menor possibilidade de revisão da pena dos condenados.

3) Todo joelho se dobrará diante de Jesus. Diante do Supremo Juiz do universo, os ressuscitados para o Julgamento Final estarão de pé, diante do trono (Ap 20.12). Mas todos se ajoelharão perante Jesus Cristo, queiram ou não. Ditadores, governantes, juizes, juristas, políticos, cientistas, militares de todas as patentes, milionários em sua soberba, arrogância e prepotência; também os pobres, analfabetos e miserá­veis, se não tiverem aceitado a Cristo como Salvador, estarão no Juízo Final, e terão que dobrar seus joelhos perante o Trono Branco. Diz a Bíblia: “Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11,12 - grifo nosso). Onde se instalará o Trono Branco? Segundo Bergstén,1 “o trono não poderá ser construído na terra (Ap 20.11)”, e que será provavelmente instalado “nalgum lugar do espaço celestial [...] Que seriedade: O Supremo Juiz, assentado sobre o trono, a sua Igreja glorificada e vestida de branco, pronta para atender às suas ordens; e, perante o trono, bilhões e bilhões de homens e de anjos, para serem julgados!”. Mesmo que não haja certeza sobre a localização do Trono, deverá ser num lugar que permita que todos os julgados tenham acesso, inclusive os que estiverem vivos por ocasião do Juízo Final.

2. Quando Será o Juízo Final?

De acordo com a Bíblia, o Juízo Final (do trono branco) ocorrerá logo após a segunda prisão de Satanás, nos eventos finais após o Milênio (Ap 20.7,10), depois que enganar mais uma vez as nações. Será, sem dúvida, um espetáculo de dimensões cósmicas. Todo o universo, terra e céu, presenciará o juízo divino sobre todos os ímpios, desde que existe o ser humano sobre a terra. Será a resposta de Deus a todas as graves questões que tanto atormentam os povos: Até quando o mal prevalece? Até quando os ímpios têm permissão para agir, muitas vezes impunemente? Por que Deus, que é onipotente, permite tantas misérias? Onde estava Deus, que não evitou isso ou aquilo? “Por que razão vivem os ímpios, envelhecem, e ainda se esforçam em poder? (Jó 21.7). No juízo do Trono Branco, serão dadas as respostas finais, cabais, convincentes e definitivas pelo Supremo Juiz do universo.
Lockyer, descrevendo o Trono Branco, diz: “Neste trono, a posição do dia de Pilatos será invertida; então o Criador foi julgado pela criatura, mas agora a criatura aparece perante o Criador a fim de receber a sentença. Na sala de Pilatos, Deus ficou mudo perante um homem, mas aqui o homem está mudo na presença de Deus. O que foi condenado perante o tribunal terreno, agora decidirá os destinos da raça humana e revelará os princípios do governo divino”.

3. Quem Comparecerá Diante do Juízo Final?

 1) O s que participarem da segunda ressurreição. De acordo com a Palavra de Deus, comparecerão ao Juízo Final todos os que não participarem da primeira ressurreição”. “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos” (Ap 20.5,6). Os ímpios serão ressuscitados para prestarem contas de suas obras, cometidas em suas vidas, em desobediência a Deus, por sua incredulidade e desprezo ao Senhor. Se não se arrependerem, já estão condenados, como disse Jesus (Jo 3.18). Mas morrem sem terem conhecimento da terrível condição que escolherem para suas vidas, longe de Deus. Enganados por Satanás, através das seitas e falsas religiões, iludidos pelos professores a serviço do Diabo, nas escolas, nas faculdades e universidades, portadores dos ensinos materialistas, no Juízo Final, ao lado dos enganadores, tomarão conhecimento da sentença de Deus sobre seus pecados, e serão enviados para o inferno (SI 9.17).

Daniel viu as duas ressurreições. A primeira, para os salvos, que terão a vida eterna, em Cristo Jesus. A segunda, para a condenação eterna, prevista para os ímpios que não querem saber de Deus. “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna [primeira ressurreição], e outros para vergonha e desprezo eterno [segunda ressurreição] (Dn 12.2). Jesus Cristo demonstrou as duas ressurreições, dizendo: Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” (Jo 5.28,29 - grifo nosso).

2) Os ímpios de todos os tempos. Responde a Bíblia: “E vi grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presen­ ça fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono [...]” (Ap 20.11,12a - grifo nosso). Não importa o status social daqueles mortos que haverão de ressuscitar para o julgamento final; “grandes” (ricos, magnatas, poderosos, mestres, doutores) ou pequenos” (pobres, analfabetos, miserá­veis, desvalidos), todos os que não houverem tomado parte na primeira ressurreição (Ap 20.4), por não terem crido em Deus, ou dado as costas para Ele, terão que ressuscitar (na segunda ressurreição) para comparecerem diante do trono branco, para serem julgados. Eles ressuscitarão para a condenação: E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.13-15).

A palavra “morte” refere-se a toda a forma pelas quais os ímpios morreram, de doença, de velhice, de acidente, queimados, afogados, comidos pelos peixes, etc. Terão que ressuscitar, em corpo real, visível, em “espírito, alma e corpo” (1 Ts 5.23), para receberem a sentença final, plenamente conscientes de sua realidade última e eterna. O termo “inferno” se refere ao “hades”, ou lugar intermediário, onde estão todos os ímpios, de todos os tempos, aguardando o Juízo Final, para serem lançados no inferno final, o destino que escolheram, quando em vida desprezaram a Deus (SI 9.17).

 Todos os ímpios, de todos os tempos, ressuscitarão para comparecer perante o Trono Branco. Será a resposta de Deus a todas as maldades, impiedades e iniquidades, cometidas pelos ímpios, ao longo dos séculos. Eles morreram, sem arrepender-se, mas Deus registrou todas as suas corrupções, atitudes, atos e até pensamentos, que elaboraram e praticaram contra sua Lei. Os que estiverem vivos, após o Milênio, e se aliarão a Satanás, terão que comparecer para o juízo. Certamente, ressuscitarão num “corpo imperecível, mas carregado de pecado”. “Ali, estarão Caim, Judas Iscariotes, Pôncio Pilatos, Herodes, e todos os pecadores que morreram sem salvação desde o princípio do mundo. [Também estarão] aqueles que durante a Grande Tribulação tomaram sobre si o sinal da Besta, e ainda os que acompanharam Satanás na última revolta, no fim do Milênio; todos esses ressuscitarão e comparecerão diante do Tribunal”.

Os ímpios, que serão julgados no Juízo Final, não entrarão no céu, na habitação eterna dos justos, onde Jesus está, “à destra de Deus” (Cl 3.1). Não terão permissão para entrar na nova Jerusalém, a cidade santa, preparada por Deus para a habitação dos salvos: “Bem -aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Ap 22.14,15). As palavras “cães” e “tímidos”, no texto, são as únicas que requerem explicação. A primeira refere-se, segundo estudiosos dos termos originais, a maus obreiros (Fp 3.2), e também aos que vivem na prática de imoralidades morais e sexuais.

No Antigo Testamento, o termo alude aos homossexuais, ao lado do termo rameira, que se refere a prostitutas, sendo ambos considerados abomináveis diante de Deus. A segunda, “tímidos”, refere-se aos covardes, aos apóstatas, que abandonam a fé. Não se refere a pessoas de temperamento introvertido, acanhadas. No mesmo livro, outro versículo mostra a situação calamitosa dos ímpios, diante do Juízo de Deus: “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte” (Ap 21.8).

3) Os ímpios que estiverem vivos no Milênio. As nações que estiverem vivas, que escaparem da Grande Tribulação e entrarem no Milênio, terão que encarar o Juízo do Trono Branco (Mt 25.31-46). Os pecadores que morrerem no Milênio, sem conversão a Cristo, estarão ali. E os atuais ateus, materialistas e rebelados contra Deus, se não acordarem de sua arrogância, se não se arrependerem de suas investidas contra o Senhor, Criador dos céus e da Terra, se estiverem vivos, irão direto para o juízo do Trono Branco. Se estiverem mortos, terão que ressuscitar para serem julgados e receberem da boca de Jesus, o Juiz divino, a sentença definitiva contra sua rebelião contra Deus. Diante do Trono Branco, estarão presidentes de nações do primeiro mundo e também governantes de países pobres, magistrados, juizes e políticos dos parlamentos que desprezaram a Palavra de Deus, aprovando leis contra os princípios divinos. Vivos ou mortos, não escaparão do tribunal divino. Não haverá contemplação (SI 9.17).

4) O s anjos caídos. Esses também serão julgados no Juízo Final. Segundo Bergstén, “Os anjos caídos serão convocados para receber o seu julgamento. Uns estiveram presos (Jd 6; 2 Pe 2.4), outros soltos, servindo ao Diabo, mas todos serão julgados”.5 O apóstolo Pedro diz que os anjos rebeldes foram lançados no inferno, “a fim de serem reservados para o juízo” (2 Pedro 2.4), e Judas diz que os anjos rebeldes foram guardados por Deus sob trevas “para o juízo do grande Dia” (Jd 6). Isso significa que ao menos os anjos rebeldes ou demônios também estarão sujeitos ao juízo no último dia. 
A Escritura Sagrada não indica claramente se os anjos santos também estarão sob uma espécie de avaliação por seus serviços, mas é possível que estejam incluídos na afirmação de Paulo: “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?” (1 Co 6.3). É provável que isso inclua anjos santos, porque não há nenhuma indicação no contexto de que Paulo esteja falando de demô­ nios ou anjos caídos, e a palavra anjos sem qualquer qualificação adicional no Novo Testamento deve ser normalmente entendida como referência aos anjos santos. Mas o texto não é explícito o suficiente para que tenhamos certeza do que afirmamos.

 Horton ressalta que os salvos durante o Milênio não deverão passar pelo Juízo Final. Ele entende que “parece provável que eles receberão a plenitude da salvação, incluindo novos corpos, e se ajuntarão ao restante dos santos glorificados assim que forem salvos e se comprometerem com Jesus”.6 Nem tudo está claro na escatologia. Mas o que Deus, em sua bondade para conosco, quis revelar-nos, abrindo o “véu da eternidade”, é suficiente para nos alertar para a realidade dos acontecimentos que marcarão o fim da História, e da trajetória de pecado do homem ao longo de sua existência, desde o Éden até o “perfeito estado eterno”.

III - As Bases do Juízo Final

 1. A Palavra de Deus Jesus declarou: “Quem me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último Dia” 0o 12.48). O Promotor, que será Jesus, usará a Palavra de Deus como base para embasar a condenação dos ímpios.

2. Os Livros Divinos “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida, e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras (Ap 20.12,13 - grifo nosso). Nos céus, existem os registros divinos, chamados de “os livros”. Podem ser chamados de “livros dos registros dos atos dos ímpios , em que estão anotados e devidamente registrados todas as obras e até pensamentos deliberados dos ímpios contra Deus e sua Palavra. As palavras são expressões do pensamento (Mt 15.19; Lc 6.45). Todas as atitudes e ações dos homens começam no seu interior. Na lei de Cristo, até em pensamento o homem pode adulterar (Mt 5.28). “Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (Mt 12.36,37).

3. Cada um Será Julgado por suas Obras

Todas as obras dos homens, bons ou maus, estão sendo registradas nos “livros”, ou seja, nos registros divinos. A expressão “livros” é metafórica. Deus não precisa de elementos materiais para se lembrar dos atos dos seres humanos. Por ocasião do julgamento, sem dúvida, cada pessoa comparecerá diante de Jesus (o Juiz) e tomará conhecimento de sua sentença, e será notificado dos motivos pelos quais estará sendo condenada.

No Juízo Final, além da abertura dos “livros”, será também aberto o “Livro da Vida”. Neste livro, estão inscritos apenas os nomes dos salvos. Nos “livros” das obras, estão inscritos todos os ímpios. O Livro da Vida será aberto, segundo se pode entender, apenas para que o condenado saiba que seu nome não está ali. No último Juízo, não será definido se o destino será o céu ou o inferno. Não será um julgamento semelhante ao que ocorre nos tribunais terrenos. Neste, há o promotor, que acusa o réu, há o advogado de defesa, os jurados e o Juiz, que dá a sentença. No Juízo Final, não há advogado de defesa; a acusação já terá sido realizada na terra (ver Jo 12.48). Somente o Juiz: Jesus! O problema é que já houve um julgamento, e a condenação já estava definida na terra.

Diz a Bíblia: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3.18,19 - grifo nosso). Esse texto nos mostra que os homens são condenados não só pelo fato de cometerem suas más obras, mas por não crerem em Jesus. Podemos dizer que, no Juízo Final, serão julgados os ímpios, e suas más obras de perdidos, de pessoas que, além de pecarem, rejeitam a graça de Deus; e será confirmada a sentença já dada na terra. A condenação atual, de ímpios, pode ser anulada? A resposta é “sim”, desde que os pecadores se arrependam e creiam no evangelho. Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Sim, é possível passar “da morte” espiritual para “a vida” eterna com Cristo.

Poderá Deus condenar alguém sem lhe dar direito a defesa? Certamente, não. O Advogado de defesa está à disposição de todos os que nEle creem: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2.1 - grifo nosso). Assim, a acusação é aqui na terra; a defesa, também. Aqui, Jesus é o Advogado. Lá no céu, será apenas o Juiz! Diante de Deus, o homem é quem escolhe o julgamento e a sentença; é quem escolhe o seu destino eterno. “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.15).

Após o Juízo Final, “a morte e o inferno” serão “lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte” (Ap 20.14). Segundo René Pache, a morte física e o “lugar dos mortos” (sheol ou hades) são provisórios. Após o Juízo Final, não serão mais necessários.7 É por isso que o crente em Jesus deve fazer tudo para permanecer fiel ao Senhor. Jesus disse: “[...] alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus” (Lc 10.20). O crente em Jesus tem sua salvação garantida, e jamais passará pelo Juízo Final: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1). Vale a pena fazer parte da “igreja que vai subir”.


(O FINAL DE TODAS AS COISAS)






f.    A Nova Aliança durante o Milênio.  

Como já observamos, todas essas alianças fundamentam-se sobre a Nova ou a Eterna Aliança.Portanto,consideramos que tenham o seu cumprimento integral no período milenial ,sendo elas realmente expressões ou partes integrais da grande Nova Aliança.É evidente que quando essa Aliança foi prometida,ela associava-se às condições mileniais descritas no Velho Testamento e prometidas especialmente aos judeus quando esses estariam restaurados à sua terra,a Palestina.Ez36.19-28.É evidente que o derramamento do Espírito Santo,previsto por Joel(2.28-32), concerne de modo especial ao povo judeu no princípio do Milênio.Zc 12.10.Esse fato não contradiz nada que aprendemos a respeito da Dispensação da Igreja,isto é,que a Nova Aliança é a Aliança vigente durante esse período.O Espírito Santo claramente ensina que a Nova Aliança cumpre-se verdadeiramente durante a atual dispensação. Contudo , um cumprimento ainda maior nos espera em dias vindouros. Hb 8.7-13; 10.16,17.

A Nova Aliança proveu purificação dos pecados,um coração novo e a presença do Espírito Santo, bênçãos previstas para o povo de Deus tanto durante a Dispensação da Igreja como para a  Dispensação  Milenial. Assim vemos que a Nova Aliança será plenamente operante,   demonstrando   em   todo   o   mundo,   e   mui   particularmente   na Palestina, as suas bênçãos, resultando em que a grande maioria dos homens do mundo buscarão a Deus e aprenderão a justiça. SI 72; Is 11.9; 26.9; Zc 14.16-21; Ml 1.11.10.  

O Fim do Milênio.

O estado de depravação natural do coração humano é revelado pelos acontecimentos ao fim desse período de 1.000 anos, durante o qual o homem   foi   exposto  às   melhores   influências   espirituais   possíveis.   Satanás   estava algemado e Jesus Cristo e o Espírito reinavam supremos em todo o mundo. Mas ao fim do Milênio Satanás será solto do abismo por "pouco tempo" (Ap 20.3,7-9), quando uma vasta multidão de gente o acompanhará em uma rebelião contra o Senhor Jesus Cristo em Jerusalém. Essa rebelião será  fustigada imediatamente e dominada por Deus que enviará fogo do céu que os devorará. Esse será o verdadeiro e terminante fim da carreira de Satanás quanto a esta terra, quando então ele será lançado no lago de fogo, onde será atormentado  para  sempre.   O  fim  do  Milênio  marcará  também   o  fim de   todas   as dispensações terrestres e o fim do tempo. Havendo muitos fracassados durante esta derradeira dispensação em que se manifestou a presença do Senhor e Sua influência, que visava a salvação e a vida eterna, não resta mais nada para os tais a não ser a indignação abrasadora de Deus. Deus havia prometida a Noé que nunca mais destruiria a terra por água, e essa promessa Deus tem cumprido à risca. Portanto, esta vez a destruição será por fogo,como Pedro o revela   em   II   Pe 3.7-12; Ap 20.9.     Assim como os salvos da época  ante-diluviana foram resguardados dentro da arca, assim Deus guardará os redimidos desta dispensação milenial enquanto a terra é renovada por fogo. Is 51.16.
É nessa conjuntura que surgirá O GRANDE TRONO BRANCO, perante o qual todos os ímpios de todos os séculos terão que comparecer. Serão julgados por Deus, o todo Poderoso.  Ap 20.11-15.   Os justos  das  primeiras   seis   dispensações  foram  julgados durante a Grande Tribulação (Ap 11.18; II Co 5.10; I Co 3.10-15), e se algum justo aparecer em juízo perante o Grande Trono Branco, será desses que se converteram a Cristo durante o Milênio. Esse será o derradeiro julgamento de todos os tempos. As sentenças aqui entregues determinarão a sorte dessas almas para toda a eternidade.

11. O Estado Eterno.

Depois do juízo do Grande Trono Branco e da destruição ou renovação do antigo céu e a terra, o Senhor outra vez "plantará os céus e fundará aterra, enquanto esconde os Seus na sombra da Sua mão". Is 51.16; 65.17; Ap 21.1-8.
Nessa ocasião descerá dos céus a "Noiva", a esposa de Cristo, como a NOVA JERUSALÉM, sendo o próprio Jesus Cristo o eterno templo de Deus. Ef 2.19-22.
Quem preparou esta cidade foi Jesus. Jo 14.2; Ap 21.16. A cidade será quadrangular, sendo suas dimensões cerca de 2.500 quilômetros de comprimento, e dimensões idênticas de largura e de altura. Se fosse dividida em ruas, haveria lugar para 8 milhões de ruas de 2500 quilômetros de comprimento cada uma! Em comparação com esta cidade celestial,a maior cidade atual do mundo seria como insignificante aldeia rural! Se o espaço do mesmo fosse dividido em lotes para residências haveria um lote para cada pessoa que já nasceu neste mundo em todos os tempos! As ruas serão transparentes e totalmente limpas. Nessa cidade "não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos".  Ap 22.5.  

 Que lar glorioso para residência dos fiéis do Senhor!O curso da história da salvação do homem realmente tem o seu ponto final em Apocalipse 21.8.  A passagem de Ap 21.9 a 22.5 serve de explicação mais detalhada sobre   essa   cidade   santa   que  é  a   Nova   Jerusalém.   Enquanto   os   santos   gozarão eternamente da presença de Deus, os incrédulos sofrerão o castigo eterno nas chamas do Lago de Fogo. Ap 20.11,13-15; 21.8. Assim Deus terá separado de Si para sempre todos os rebeldes e incrédulos, e trazido para a Sua presença todos os que aceitaram a Jesus por seu   Salvador.   

  Aleluia!    Que  o  leitor   seja um desses!

I. OS JUÍZOS

A opinião geral entre o povo  é  que o mundo será finalmente convertido pela pregação do Evangelho, fato que fará surgir o Milênio. Após esse período, os mortos,tanto justos como injustos, e de todas as épocas, serão submetidos sumariamente a um julgamento perante o trono de Deus. Em seguida, segundo essa opinião, o mundo será destruído por fogo.Não   podemos   concordar  com   essa  posição  pois  ela, carece de fundamento bíblico.   A Bíblia fala de três tronos ou tribunais de juízo:
a)  O Tribunal, ou "Berna" (grego) cfe Cristo, a realizar-se nas regiões celestiais.IICo5.10.   Comparecerão   nesse   julgamento   somente   os   cristãos.
b)   O Trono da Glória de Cristo, a realizar-se sobre a terra, quando Ele sentar-se-á como Rei, durante o Milênio, a julgar as nações. Mt 25.31,32: Lc 1.32.
c)  O Grande Trono Branco, a realizar-se no céu, perante o qual  comparecerão todos os mortos ímpios. Ap 20.11,12.

As Escrituras apresentam sete julgamentos, ou fases de julgamento que tratarão de todas as inteligências do universo quanto à sua responsabilidade perante Deus, isto é,"os vivos e os mortos", anjos e homens. Estes julgamentos são: o julgamento dos pecados dos homens, o auto--julgamento do cristão, o tribunal de Cristo, o juízo das nações, o juízo de Israel, o juízo dos ímpios mortos, e o juízo dos anjos.

Todo  filho  de  Deus terá que passar por este tríplice julgamento:
 1) como  PECADOR,  Cristo foi julgado em seu lugar na cruz do Calvário;
 2) como FILHO da família, ele está sendo julgado ou disciplinado pelo Pai celestial; e
 3) como  SERVO,  será  julgado na presença do grande Senhor da seara,quanto à sua atuação no campo de trabalho.

Em todos estes julgamentos há cinco itens a considerar:
 1) as  pessoas  indicadas; 2) a  época  de sua realização; 3) o  lugar  onde realizado; 4) a base do julgamento; e 5) o resultado final
( veremos nesse caso o item F descrito na pág: 148- grifo nosso )

F. O Julgamento dos ímpios Mortos. Ap 20.11-15. Este julgamento terá lugar ao fim do Milênio, mil anos depois do julgamento das nações, realizando-se, não sobre aterra, como foi o caso do julgamento das nações, mas sim nas regiões celestiais onde Deus habita. Provavelmente terá lugar simultaneamente com a renovação da terra por fogo. II Pe 3.7,12,13. A primeira ressurreição (Ap 20.6) ocorrerá  antes do início do Milênio e será para os mortos justos pertencentes a.todas as dispensações, à Igreja, e ao grupo salvo durante a Grande Tribulação.
Sendo   que  os   participantes   da   primeira   ressurreição  são   descritos   como"bem aventurados e santos", naturalmente os demais mortos que não viveram até ao fim do Milênio, não o são. Por essa razão cremos que perante o Grande Trono Branco comparecerão somente os mortos ímpios.

A menção do "Livro da Vida" poderia levar à  conclusão de que alguns justos também estivessem presentes para serem julgados.    Se  é  o caso, só  poderiam ser alguns que morreram durante  o  Milênio, mas  nos parece   mais  provável que   os justos viverão   durante   todo   o   período   do   Milênio,   sofrendo   a   morte,   e   alcançando   a inauguração do novo céu e da nova terra. A presença do  Livro  da Vida explica-se como necessário na condenação daqueles que alegarão os méritos das suas boas obras,quando deveriam ter aceitado a JESUS Cristo como seu Salvador, fato que teria colocado seus nomes nesse "Livro do Cordeiro".

Haverá  vários graus de punição,  como também haverá  de recompensa. Os ímpios   serão   julgados   segundo   as   suas   obras   e   perante   este   tribunal   terão   que comparecer todos os  ímpios desde o princípio do tempo até  ao fim do Milênio. O registro de suas obras será aberto e lido para determinar o grau de castigo. De qualquer maneira será uma coisa horrível ter que comparecer perante o Juiz de toda a terra e por Ele ser condenado.

O Lago de Fogo será para todos os ímpios o lugar final de separação de Deus.Para este   lugar serão removidos para sempre a morte e o Hades. O universo  será purificado da presença de todo o mal e a justiça prevalecerá na terra e no céu, que serão renovados.

G. O Julgamento dos Anjos. Jd 6. O tempo quando os anjos serão julgados não está  definitivamente estabelecido nas Escrituras, mas nos parece que provavelmente ocorrerá  na mesma ocasião do Grande Trono Branco, ao fim do Milênio. Satanás e algumas de suas hostes, pelo menos, estão em liberdade agora para operarem os seus desígnios, dentro dos limites estabelecidos por Deus, enquanto alguns dos anjos (Jd 6),por causa de pecados especiais, estão algemados nas trevas, aguardando o juízo daquele grande dia. Satanás será primeiramente algemado ao início do Milênio e então, ao fim desse período, será banido para sempre ao Lago de Fogo.

A igreja não está sendo julgada ai no Trono Branco, ela está ai para julgar os anjos caídos junto com JESUS -
Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida? 1 Coríntios 6:2,3
Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; 2 Pedro 2:4

A IGREJA ESTÁ AI PARA JULGAR E NÃO PARA SER JULGADA. Ai diante do trono estarão os que foram salvos durante o milênio e serão levados para a Nova Jerusalém e estarão ai diante do Trono Branco também os ímpios de todas as épocas e serão julgados e serão condenados ao lago de fogo e enxofre.

Jd 6 E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;




13. “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras”. 
I. “...deu o mar os mortos que nele havia”. Estes mortos saídos do mar, são aqueles que foram tragados na hecatombe provocada quando “... desceu fogo do céu”. (v. 10); Eles não passaram pela ação “intermediária” do Hades, visto que concomitantemente foi estabelecido o juízo final.
 
João observa que não é necessário no julgamento um anjo assistente “abrir” os livros. Eles se abriram movidos por uma força sobrenatural emanada do supremo Juiz: observe-se a frase: “...e abriram-se os livros...” (v.12). 
Podemos observar a exposição excepcional do versículo 15 desta secção, ela demonstra um julgamento individual, confirmando o versículo 13: “...e foram julgados (“cada um”) segundo as suas obras”. DEUS julgará cada um segundo as suas obras”. DEUS julgará cada um segundo as suas obras, porque no inferno há também grau elevado de sofrimento (Ez 32.21-23; Hb 10.29); após uma acurada investigação do Justo Juiz, nas obras, feitos, motivos, memória e consciência, confrontando tudo com o que está escrito em cada livro (Jo 12.48). Ali agora só há uma sentença: “Apartai-vos de mim!”. Alguém se estremecerá, mas ali não haverá margem para erro, para indecisão, equivoco ou modificação.
 
1. Existe uma pergunta no meio da cristandade e até fora dela baseada nos versículos 11-15 que termos nesta secção: (“como serão julgados aqueles que morreram sem ouvir o Evangelho?”). Essa pergunta quando dentro da lógica da visualização do homem pode ultrapassar qualquer possibilidade de entendimento da mente humana. Mas é evidente que, DEUS tem falado e vem falando ao homem de “muitas maneiras” (Hb 1.1). Paulo diz que o Evangelho foi “pregado a toda criatura que há debaixo do céu” (Cl 1.23). DEUS pode alcançar através de seus métodos a todos os homens; vejamos alguns dos métodos de DEUS:

(a) DEUS fala através do Universo: “Os céus manifestam a glória de DEUS e o firmamento (“anuncia”) a obra das suas mãos... Sem linguagem, sem (“fala”), ouvem-se as suas vozes, em (“toda a extensão da terra”), e as suas palavras até ao fim do mundo”. Sl 19.1-4:

(b) DEUS fala através da percepção: “Porquanto o que de DEUS se pode conhecer neles (nos homens) se manifesta, porque DEUS lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder... se entendem, e claramente se (“vêem”) pelas coisas que estão criadas, para que eles (os homens) fiquem inescusáveis”. Rm 1.19-20:

(c) DEUS fala através da consciência: “Porque, quanto os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei. Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, que acusando-os, quer defendendo-os; no dia em que DEUS há de julgar os segredos dos homens, por JESUS CRISTO”. Rm 2.14-16:

(d) DEUS fala através da vida dos animais: “Mas, pergunta agora às alimárias, e cada uma delas to ensinará; às aves dos céus, e elas to farão saber; ou fala com a terra; e elas to ensinará até os peixes do mar to contarão. Quem não entende por todas estas coisas que a mão do Senhor fez isto?”. Jó 12.7-9:

(e) DEUS fala através dos meios geográficos: “...DEUS anuncia agora a (“todos os homens”), e em (“tudo o lugar”), que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo...”. At 17.30-31:

(f) DEUS fala através dos sonhos: “Antes DEUS fala uma e duas vezes, porém ninguém atenta para isso. Em sonho ou visão de noite, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama. Então (“abre os ouvidos dos homens”), e lhes sela a sua instrução. Para apartar o homem do seu desígnio, e esconder do homem a soberba; Para desviar a sua alma da cova, e a sua vida de passar pela espada”. Jó 33.14-18:

(g) DEUS fala através dos anjos: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar (“aos que habitam sobre a terra”), e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo”. Ap 14.6:

(h) DEUS fala através de seu Filho: “Havendo DEUS antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”. Hb 1.1:

(i) DEUS fala através de sinais e milagres: “Testificando também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do ESPÍRITO SANTO...”. Hb 2.4a. Perguntamos agora: havendo DEUS falado tanto e de muitas maneiras, chegará alguém inocente diante do Grande Trono Branco? (Êx 34.7). Segundo se depreende do significado do pensamento, aqueles que não viveram de acordo com a (“FÉ”). Rm 4.5-6; Hb 10.38; serão ali julgados de acordo com as (“OBRAS”). Jn 3.10. Deixemos o assunto com o Senhor – O Justo Juiz (Dt 29.29; Rm 4.15).
 
14. “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo: esta é a segunda morte”. 
I. “...foram lançados no lago de fogo”. Naturalmente, é provável que este versículo seja o cumprimento real, daquilo que profetizou Is 25.8, e citado por Paulo em seu argumento sobre a ressurreição, em 1Co 15.26, onde é descrito que o “...último inimigo que há de ser aniquilado é a morte”. Isso significa um triunfo total de CRISTO e dos santos. A morte, como aliada do pecado, será destruída juntamente com o pecado; o Hades não envolverá mais terrores, para os santos nos céus. Não haverá mais temor da morte (Hb 2.15) ela não existirá (21.4). O ciclo temível do juízo agora está completamente terminado. O Anticristo e seu consorte já haviam sido lançados no lago de fogo (19.20). Satanás sofreu essa mesma sanção (20.10). Agora a morte e o inferno, são ali lançados. E no versículo 15, chegará a vez dos perdidos. É realmente a sorte dos ímpios, e todas as gentes que se esquecem de DEUS (Sl 9.17). Os anjos maus foram também ali lançados (Mt 25.41).

POR  :  Apazdosenhor.org

Professor aproveitem ainda os gráficos abaixo elaborado pelo prof: Marcos Diniz, uma benção.








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