Capítulo 11 O Juízo Final
“E vi um grande trono
branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o
céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11).
Em todos os tempos, os ímpios sempre fizeram suas maldades,
seus crimes, e praticaram corrupção e ignomínia. E há até quem pense que Deus
não está vendo, ou que não queira fazer nada, diante de tantos pecados e
injustiças, violência, crueldade e todos os tipos de crimes. O salmista,
refletindo sobre a situação dos ímpios, ficou bastante perturbado, a ponto de
quase perder a visão da realidade espiritual, chegando perto de desviar-se de
Deus (SI 73.3,13). Mas a Palavra de Deus assegura que
Deus não é injusto para
deixar impune os que praticam a iniqüidade; “o culpado não tem por inocente”
(Nm 14.18). A aparente demora de Deus em castigar os ímpios não é sua leniência
ou condescendência com os maus. É sua longanimidade, esperando que os homens
reconheçam sua soberania e se arrependam de seus pecados. “Misericordioso e
piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade” (SI 103.8). Quando o
homem não entende isso, enfrenta conflitos espirituais de grande perturbação,
ou murmuram contra Deus, aumentando sua culpa diante do Todo-Poderoso.
O
destino dos ímpios, que não se arrependerem, já está definido: “Os ímpios serão
lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (SI 9.17). Seu
fim é a condenação eterna.
Além de se tornarem prósperos materialmente, e
distanciarem-se de Deus, confiados em suas riquezas (SI 49.6-9), os ímpios se
voltam contra Deus de modo arrogante. Afrontam a Deus e expressam completa
rebelião contra o Juiz do universo. “Por causa do seu orgulho, o ímpio não
investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus (SI 10.4). Cientistas,
intelectuais, estudiosos, pesquisadores, professores, catedráticos, e também
alunos e aprendizes, dominados pelo matérialismos, não percebem que a própria
ciência revela um planejamento acurado em toda a Criação, e que esse
planejamento exige a existência indispensável de um Planejador Sobrenatural.
Eles vão prosperando em seu caminho de incredulidade. “Disseram os néscios no seu coração: Não há
Deus”. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém
que faça o bem” (SI 14.1). Além de incrédulos, os ímpios se
corrompem e se tornam “abomináveis em suas obras”. Aborto, crime hediondo,
homossexualismo, “abominação ao Senhor” (Lv 18.22; 20.13), “paixões infames”,
“torpeza”, ato “contrário à natureza”, “imundície” (Rm 1.24-27), toda essa
iniqüidade terá a sentença última e definitiva no Juízo Final.
I - Eventos que Antecedem a o
Juízo Final
1. A Última Revolta
de Satanás
Certamente, parece estranho o fato de Satanás ter sido
preso, no final da Grande Tribulação, e a Bíblia afirmar que o mesmo será
solto, no final do Milênio. Diz o texto sagrado: “E, acabando-se os mil anos,
Satanás será solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os
quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar,
para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra e cercaram o
arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu e os devorou” (Ap
20.7-9). Mas Deus não faz nada sem propósito. A soltura de Satanás tem motivos
a serem alcançados.
b) Para enganar as
nações - Gogue e Magogue. Esses nomes são simbólicos; representam o
ajuntamento de todas as nações do mundo, enganadas por Satanás, para se
rebelarem contra Cristo, após terem experimentado uma “ordem mundial” de
prosperidade jamais vista na história da Terra. Um mundo sem doenças,
desfrutando plena paz, sem guerras, conflitos ou violência. Mas, mesmo assim,
os pecadores que nascerem durante o Milênio darão lugar ao engano do Diabo,
numa prova de que o pecado passou a todos os homens (Rm 5.12). Será um levante
mundial contra Cristo, pelo poder persuasivo do Maligno. Isso mostra que o
homem, em sua natureza carnal, não muda sem que se torne nova criatura (2 Co
5.17). Mesmo diante do Reino Milenial de Cristo, pleno de prosperidade e paz,
ao serem confrontados com as tentações, desprezarão Jesus e aceitarão Satanás.
O mesmo que fez a multidão que escolheu Barrabás e condenou Jesus (Mt
27.17-21).
c) Satanás ajuntará as nações. Para combater a Cristo e os povos
que entrarão no Milênio, e cercarão Jerusalém (cidade eterna), para a última
tentativa de destruir Israel. Serão inumeráveis as hostes, representadas por
“Gogue e Magogue”, em número “como a areia do mar”. As nações serão enganadas e
se voltarão contra Israel e contra Deus, sob a liderança satânica. Mas seu fim
já está decretado em última instância, no Tribunal de Deus. Será preso para
sempre, no Inferno.
2. A Prisão Eterna de
Satanás
Pela segunda vez,
Deus vai mandar seus mensageiros poderosos para prender “o Dragão”, “a antiga
serpente” (Ap 20.2), que estava no “abismo” (Ap 20.3), lançandoo na prisão
eterna para todo o sempre. “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de
fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão
atormentados para todo o sempre” (Ap 20.10). Só depois da última rebelião do
Maligno e de sua prisão para sempre, é que será estabelecido o Juízo Final.
II - O Juízo Final e suas
Características
1. Quem Será o Juiz?
1) Jesus, o Supremo
Juiz• Paulo afirma que Deus “há de julgar o mundo, por meio do varão que
destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17.31 -
grifo nosso; Hb 12.23). Ou seja: por meio de Jesus será exercido o julgamento,
pois ele será o supremo Juiz, assentado no Trono Branco, no Juízo Final (Jo
5.22,27). E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de
cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap
20.11). A cor do trono indica que será um julgamento santo e puro, sem
parcialidade. Jesus “há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu
Reino (2 Tm 4.1b; SI 9.8). Nos julgamentos da terra, há sempre o magistrado,
que julga as causas levadas ao Tribunal, advogados de acusação, ou promotores,
bem como advogados de defesa dos réus. No entanto, no Juízo Final, perante o
“grande trono branco’ (Ap 20.11), não haverá advogado de defesa. Se alguém quer
ser defendido da condenação eterna, tem que ser aqui, na terra, nos dias em que
vivemos. Depois será impossível. Tarde demais.
2) Hoje, Advogado.
No Juízo Final, o Promotor. No tempo presente, na dispensação da graça, o
pecador tem em Cristo o Advogado santo, onipotente, que nunca perdeu uma
questão, e está à disposição dos crentes e também de todas as pessoas que a Ele
recorrerem. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e,
se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele
é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também
pelos de todo o mundo (1 Jo 2.1,2). Hoje, Jesus é Advogado de defesa. No Juízo
Final, será Promotor e Juiz implacável, na última e absoluta instância da
justiça divina, sem a menor possibilidade de revisão da pena dos condenados.
3) Todo joelho se
dobrará diante de Jesus. Diante do Supremo Juiz do universo, os
ressuscitados para o Julgamento Final estarão de pé, diante do trono (Ap
20.12). Mas todos se ajoelharão perante Jesus Cristo, queiram ou não.
Ditadores, governantes, juizes, juristas, políticos, cientistas, militares de
todas as patentes, milionários em sua soberba, arrogância e prepotência; também
os pobres, analfabetos e miseráveis, se não tiverem aceitado a Cristo como
Salvador, estarão no Juízo Final, e terão que dobrar seus joelhos perante o
Trono Branco. Diz a Bíblia: “Porque está escrito: Pela minha vida, diz o
Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus.
De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11,12 -
grifo nosso). Onde se instalará o Trono Branco? Segundo Bergstén,1 “o trono não
poderá ser construído na terra (Ap 20.11)”, e que será provavelmente instalado
“nalgum lugar do espaço celestial [...] Que seriedade: O Supremo Juiz,
assentado sobre o trono, a sua Igreja glorificada e vestida de branco, pronta
para atender às suas ordens; e, perante o trono, bilhões e bilhões de homens e
de anjos, para serem julgados!”. Mesmo que não haja certeza sobre a localização
do Trono, deverá ser num lugar que permita que todos os julgados tenham acesso,
inclusive os que estiverem vivos por ocasião do Juízo Final.
2. Quando Será o
Juízo Final?
De acordo com a Bíblia, o Juízo Final (do trono branco)
ocorrerá logo após a segunda prisão de Satanás, nos eventos finais após o
Milênio (Ap 20.7,10), depois que enganar mais uma vez as nações. Será, sem
dúvida, um espetáculo de dimensões cósmicas. Todo o universo, terra e céu,
presenciará o juízo divino sobre todos os ímpios, desde que existe o ser humano
sobre a terra. Será a resposta de Deus a todas as graves questões que tanto
atormentam os povos: Até quando o mal prevalece? Até quando os ímpios têm
permissão para agir, muitas vezes impunemente? Por que Deus, que é onipotente,
permite tantas misérias? Onde estava Deus, que não evitou isso ou aquilo? “Por
que razão vivem os ímpios, envelhecem, e ainda se esforçam em poder? (Jó 21.7).
No juízo do Trono Branco, serão dadas as respostas finais, cabais, convincentes
e definitivas pelo Supremo Juiz do universo.
Lockyer, descrevendo o Trono Branco, diz: “Neste trono, a
posição do dia de Pilatos será invertida; então o Criador foi julgado pela
criatura, mas agora a criatura aparece perante o Criador a fim de receber a
sentença. Na sala de Pilatos, Deus ficou mudo perante um homem, mas aqui o
homem está mudo na presença de Deus. O que foi condenado perante o tribunal
terreno, agora decidirá os destinos da raça humana e revelará os princípios do
governo divino”.
3. Quem Comparecerá
Diante do Juízo Final?
1) O s que participarem da segunda
ressurreição. De acordo com a Palavra de Deus, comparecerão ao Juízo Final
todos os que não participarem da primeira ressurreição”. “Mas os outros mortos
não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.
Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre
estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e
reinarão com ele mil anos” (Ap 20.5,6). Os ímpios serão ressuscitados para
prestarem contas de suas obras, cometidas em suas vidas, em desobediência a
Deus, por sua incredulidade e desprezo ao Senhor. Se não se arrependerem, já
estão condenados, como disse Jesus (Jo 3.18). Mas morrem sem terem conhecimento
da terrível condição que escolherem para suas vidas, longe de Deus. Enganados
por Satanás, através das seitas e falsas religiões, iludidos pelos professores
a serviço do Diabo, nas escolas, nas faculdades e universidades, portadores dos
ensinos materialistas, no Juízo Final, ao lado dos enganadores, tomarão
conhecimento da sentença de Deus sobre seus pecados, e serão enviados para o
inferno (SI 9.17).
Daniel viu as duas ressurreições. A primeira, para os
salvos, que terão a vida eterna, em Cristo Jesus. A segunda, para a condenação
eterna, prevista para os ímpios que não querem saber de Deus. “E muitos dos que
dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna [primeira
ressurreição], e outros para vergonha e desprezo eterno [segunda ressurreição]
(Dn 12.2). Jesus Cristo demonstrou as duas ressurreições, dizendo: Não vos
maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros
ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e
os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” (Jo 5.28,29 - grifo
nosso).
2) Os ímpios de todos
os tempos. Responde a Bíblia: “E vi grande trono branco e o que estava
assentado sobre ele, de cuja presen ça fugiu a terra e o céu, e não se achou
lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do
trono [...]” (Ap 20.11,12a - grifo nosso). Não importa o status social daqueles
mortos que haverão de ressuscitar para o julgamento final; “grandes” (ricos,
magnatas, poderosos, mestres, doutores) ou pequenos” (pobres, analfabetos,
miseráveis, desvalidos), todos os que não houverem tomado parte na primeira
ressurreição (Ap 20.4), por não terem crido em Deus, ou dado as costas para
Ele, terão que ressuscitar (na segunda ressurreição) para comparecerem diante
do trono branco, para serem julgados. Eles ressuscitarão para a condenação: E
deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que
neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o
inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que
não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap
20.13-15).
A palavra “morte” refere-se a toda a forma pelas quais os
ímpios morreram, de doença, de velhice, de acidente, queimados, afogados,
comidos pelos peixes, etc. Terão que ressuscitar, em corpo real, visível, em
“espírito, alma e corpo” (1 Ts 5.23), para receberem a sentença final,
plenamente conscientes de sua realidade última e eterna. O termo “inferno” se
refere ao “hades”, ou lugar intermediário, onde estão todos os ímpios, de todos
os tempos, aguardando o Juízo Final, para serem lançados no inferno final, o
destino que escolheram, quando em vida desprezaram a Deus (SI 9.17).
Todos os ímpios, de
todos os tempos, ressuscitarão para comparecer perante o Trono Branco. Será a
resposta de Deus a todas as maldades, impiedades e iniquidades, cometidas pelos
ímpios, ao longo dos séculos. Eles morreram, sem arrepender-se, mas Deus
registrou todas as suas corrupções, atitudes, atos e até pensamentos, que
elaboraram e praticaram contra sua Lei. Os que estiverem vivos, após o Milênio,
e se aliarão a Satanás, terão que comparecer para o juízo. Certamente,
ressuscitarão num “corpo imperecível, mas carregado de pecado”. “Ali, estarão
Caim, Judas Iscariotes, Pôncio Pilatos, Herodes, e todos os pecadores que
morreram sem salvação desde o princípio do mundo. [Também estarão] aqueles que
durante a Grande Tribulação tomaram sobre si o sinal da Besta, e ainda os que
acompanharam Satanás na última revolta, no fim do Milênio; todos esses
ressuscitarão e comparecerão diante do Tribunal”.
Os ímpios, que serão
julgados no Juízo Final, não entrarão no céu, na habitação eterna dos justos,
onde Jesus está, “à destra de Deus” (Cl 3.1). Não terão permissão para entrar
na nova Jerusalém, a cidade santa, preparada por Deus para a habitação dos
salvos: “Bem -aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do
Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade
pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem,
e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Ap
22.14,15). As palavras “cães” e “tímidos”, no texto, são as únicas que requerem
explicação. A primeira refere-se, segundo estudiosos dos termos originais, a
maus obreiros (Fp 3.2), e também aos que vivem na prática de imoralidades morais
e sexuais.
No Antigo Testamento, o termo alude aos homossexuais, ao
lado do termo rameira, que se refere a prostitutas, sendo ambos considerados
abomináveis diante de Deus. A segunda, “tímidos”, refere-se aos covardes, aos
apóstatas, que abandonam a fé. Não se refere a pessoas de temperamento
introvertido, acanhadas. No mesmo livro, outro versículo mostra a situação
calamitosa dos ímpios, diante do Juízo de Deus: “Mas, quanto aos tímidos, e aos
incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos
feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago
que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte” (Ap 21.8).
3) Os ímpios que
estiverem vivos no Milênio. As nações que estiverem vivas, que escaparem da
Grande Tribulação e entrarem no Milênio, terão que encarar o Juízo do Trono
Branco (Mt 25.31-46). Os pecadores que morrerem no Milênio, sem conversão a
Cristo, estarão ali. E os atuais ateus, materialistas e rebelados contra Deus,
se não acordarem de sua arrogância, se não se arrependerem de suas investidas
contra o Senhor, Criador dos céus e da Terra, se estiverem vivos, irão direto
para o juízo do Trono Branco. Se estiverem mortos, terão que ressuscitar para
serem julgados e receberem da boca de Jesus, o Juiz divino, a sentença
definitiva contra sua rebelião contra Deus. Diante do Trono Branco, estarão
presidentes de nações do primeiro mundo e também governantes de países pobres,
magistrados, juizes e políticos dos parlamentos que desprezaram a Palavra de Deus,
aprovando leis contra os princípios divinos. Vivos ou mortos, não escaparão do
tribunal divino. Não haverá contemplação (SI 9.17).
4) O s anjos caídos.
Esses também serão julgados no Juízo Final. Segundo Bergstén, “Os anjos caídos
serão convocados para receber o seu julgamento. Uns estiveram presos (Jd 6; 2
Pe 2.4), outros soltos, servindo ao Diabo, mas todos serão julgados”.5 O
apóstolo Pedro diz que os anjos rebeldes foram lançados no inferno, “a fim de
serem reservados para o juízo” (2 Pedro 2.4), e Judas diz que os anjos rebeldes
foram guardados por Deus sob trevas “para o juízo do grande Dia” (Jd 6). Isso
significa que ao menos os anjos rebeldes ou demônios também estarão sujeitos ao
juízo no último dia.
A Escritura Sagrada não indica claramente se os anjos
santos também estarão sob uma espécie de avaliação por seus serviços, mas é
possível que estejam incluídos na afirmação de Paulo: “Não sabeis vós que
havemos de julgar os anjos?” (1 Co 6.3). É provável que isso inclua anjos
santos, porque não há nenhuma indicação no contexto de que Paulo esteja falando
de demô nios ou anjos caídos, e a palavra anjos sem qualquer qualificação
adicional no Novo Testamento deve ser normalmente entendida como referência aos
anjos santos. Mas o texto não é explícito o suficiente para que tenhamos
certeza do que afirmamos.
Horton ressalta que
os salvos durante o Milênio não deverão passar pelo Juízo Final. Ele entende
que “parece provável que eles receberão a plenitude da salvação, incluindo
novos corpos, e se ajuntarão ao restante dos santos glorificados assim que
forem salvos e se comprometerem com Jesus”.6 Nem tudo está claro na
escatologia. Mas o que Deus, em sua bondade para conosco, quis revelar-nos,
abrindo o “véu da eternidade”, é suficiente para nos alertar para a realidade
dos acontecimentos que marcarão o fim da História, e da trajetória de pecado do
homem ao longo de sua existência, desde o Éden até o “perfeito estado eterno”.
III - As Bases do Juízo Final
1. A Palavra de Deus Jesus declarou: “Quem me rejeitar a mim e não
receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado,
essa o há de julgar no último Dia” 0o 12.48). O Promotor, que será Jesus, usará
a Palavra de Deus como base para embasar a condenação dos ímpios.
2. Os Livros Divinos
“E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se
os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida, e os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o
mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles
havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras (Ap 20.12,13 - grifo
nosso). Nos céus, existem os registros divinos, chamados de “os livros”. Podem
ser chamados de “livros dos registros dos atos dos ímpios , em que estão
anotados e devidamente registrados todas as obras e até pensamentos deliberados
dos ímpios contra Deus e sua Palavra. As palavras são expressões do pensamento
(Mt 15.19; Lc 6.45). Todas as atitudes e ações dos homens começam no seu
interior. Na lei de Cristo, até em pensamento o homem pode adulterar (Mt 5.28).
“Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar
conta no Dia do Juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas
palavras serás condenado” (Mt 12.36,37).
3. Cada um Será
Julgado por suas Obras
Todas as obras dos homens, bons ou maus, estão sendo
registradas nos “livros”, ou seja, nos registros divinos. A expressão “livros”
é metafórica. Deus não precisa de elementos materiais para se lembrar dos atos
dos seres humanos. Por ocasião do julgamento, sem dúvida, cada pessoa
comparecerá diante de Jesus (o Juiz) e tomará conhecimento de sua sentença, e
será notificado dos motivos pelos quais estará sendo condenada.
No Juízo Final, além da abertura dos “livros”, será também
aberto o “Livro da Vida”. Neste livro, estão inscritos apenas os nomes dos
salvos. Nos “livros” das obras, estão inscritos todos os ímpios. O Livro da
Vida será aberto, segundo se pode entender, apenas para que o condenado saiba
que seu nome não está ali. No último Juízo, não será definido se o destino será
o céu ou o inferno. Não será um julgamento semelhante ao que ocorre nos
tribunais terrenos. Neste, há o promotor, que acusa o réu, há o advogado de
defesa, os jurados e o Juiz, que dá a sentença. No Juízo Final, não há advogado
de defesa; a acusação já terá sido realizada na terra (ver Jo 12.48). Somente o
Juiz: Jesus! O problema é que já houve um julgamento, e a condenação já estava
definida na terra.
Diz a Bíblia: “Quem
crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê
no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao
mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras
eram más” (Jo 3.18,19 - grifo nosso). Esse texto nos mostra que os homens são
condenados não só pelo fato de cometerem suas más obras, mas por não crerem em
Jesus. Podemos dizer que, no Juízo Final, serão julgados os ímpios, e suas más
obras de perdidos, de pessoas que, além de pecarem, rejeitam a graça de Deus; e
será confirmada a sentença já dada na terra. A condenação atual, de ímpios,
pode ser anulada? A resposta é “sim”, desde que os pecadores se arrependam e
creiam no evangelho. Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que quem
ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não
entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Sim, é
possível passar “da morte” espiritual para “a vida” eterna com Cristo.
Poderá Deus condenar alguém sem lhe dar direito a defesa?
Certamente, não. O Advogado de defesa está à disposição de todos os que nEle
creem: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se
alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo
2.1 - grifo nosso). Assim, a acusação é aqui na terra; a defesa, também. Aqui,
Jesus é o Advogado. Lá no céu, será apenas o Juiz! Diante de Deus, o homem é
quem escolhe o julgamento e a sentença; é quem escolhe o seu destino eterno. “E
aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”
(Ap 20.15).
Após o Juízo Final, “a morte e o inferno” serão “lançados no
lago de fogo. Esta é a segunda morte” (Ap 20.14). Segundo René Pache, a morte
física e o “lugar dos mortos” (sheol ou hades) são provisórios. Após o Juízo
Final, não serão mais necessários.7 É por isso que o crente em Jesus deve fazer
tudo para permanecer fiel ao Senhor. Jesus disse: “[...] alegrai-vos, antes,
por estar o vosso nome escrito nos céus” (Lc 10.20). O crente em Jesus tem sua
salvação garantida, e jamais passará pelo Juízo Final: “Portanto, agora,
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo
a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1). Vale a pena fazer parte da “igreja
que vai subir”.
(O FINAL DE TODAS AS COISAS)
f.
A Nova Aliança durante o Milênio.
Como já observamos, todas essas alianças fundamentam-se sobre
a Nova ou a Eterna Aliança.Portanto,consideramos que tenham o seu cumprimento
integral no período milenial ,sendo elas realmente expressões ou partes
integrais da grande Nova Aliança.É evidente que quando essa Aliança foi prometida,ela
associava-se às condições mileniais descritas no Velho Testamento e prometidas especialmente
aos judeus quando esses estariam restaurados à sua terra,a Palestina.Ez36.19-28.É
evidente que o derramamento do Espírito Santo,previsto por Joel(2.28-32),
concerne de modo especial ao povo judeu no princípio do Milênio.Zc 12.10.Esse fato
não contradiz nada que aprendemos a respeito da Dispensação da Igreja,isto é,que
a Nova Aliança é a Aliança vigente durante esse período.O Espírito Santo claramente
ensina que a Nova Aliança cumpre-se verdadeiramente durante a atual dispensação.
Contudo , um cumprimento ainda maior nos espera em dias vindouros. Hb 8.7-13;
10.16,17.
A Nova Aliança proveu purificação dos pecados,um coração novo
e a presença do Espírito Santo, bênçãos previstas para o povo de Deus tanto
durante a Dispensação da Igreja como para a Dispensação Milenial. Assim vemos que a Nova Aliança será plenamente
operante, demonstrando em
todo o mundo,
e mui particularmente na Palestina, as suas bênçãos, resultando em
que a grande maioria dos homens do mundo buscarão a Deus e aprenderão a
justiça. SI 72; Is 11.9; 26.9; Zc 14.16-21; Ml 1.11.10.
O Fim do Milênio.
O estado de depravação natural do coração humano é revelado
pelos acontecimentos ao fim desse período de 1.000 anos, durante o qual o homem foi
exposto às melhores
influências espirituais possíveis.
Satanás estava algemado e Jesus
Cristo e o Espírito reinavam supremos em todo o mundo. Mas ao fim do Milênio
Satanás será solto do abismo por "pouco tempo" (Ap 20.3,7-9), quando
uma vasta multidão de gente o acompanhará em uma rebelião contra o Senhor Jesus
Cristo em Jerusalém. Essa rebelião será
fustigada imediatamente e dominada por Deus que enviará fogo do céu que
os devorará. Esse será o verdadeiro e terminante fim da carreira de Satanás
quanto a esta terra, quando então ele será lançado no lago de fogo, onde será atormentado para
sempre. O fim
do Milênio marcará
também o fim de
todas as dispensações terrestres
e o fim do tempo. Havendo muitos fracassados durante esta derradeira
dispensação em que se manifestou a presença do Senhor e Sua influência, que visava
a salvação e a vida eterna, não resta mais nada para os tais a não ser a
indignação abrasadora de Deus. Deus havia prometida a Noé que nunca mais
destruiria a terra por água, e essa promessa Deus tem cumprido à risca.
Portanto, esta vez a destruição será por fogo,como Pedro o revela em
II Pe 3.7-12; Ap 20.9. Assim como os salvos da época ante-diluviana foram resguardados dentro da
arca, assim Deus guardará os redimidos desta dispensação milenial enquanto a
terra é renovada por fogo. Is 51.16.
É nessa conjuntura que surgirá O GRANDE TRONO BRANCO,
perante o qual todos os ímpios de todos os séculos terão que comparecer. Serão
julgados por Deus, o todo Poderoso. Ap
20.11-15. Os justos das
primeiras seis dispensações
foram julgados durante a Grande
Tribulação (Ap 11.18; II Co 5.10; I Co 3.10-15), e se algum justo aparecer em
juízo perante o Grande Trono Branco, será desses que se converteram a Cristo durante
o Milênio. Esse será o derradeiro julgamento de todos os tempos. As sentenças aqui
entregues determinarão a sorte dessas almas para toda a eternidade.
11. O Estado Eterno.
Depois do juízo do Grande Trono Branco e da destruição ou
renovação do antigo céu e a terra, o Senhor outra vez "plantará os céus e
fundará aterra, enquanto esconde os Seus na sombra da Sua mão". Is 51.16;
65.17; Ap 21.1-8.
Nessa ocasião descerá dos céus a "Noiva", a esposa
de Cristo, como a NOVA JERUSALÉM, sendo o próprio Jesus Cristo o eterno templo
de Deus. Ef 2.19-22.
Quem preparou esta cidade foi Jesus.
Jo 14.2; Ap 21.16. A cidade será quadrangular, sendo suas dimensões cerca de
2.500 quilômetros de comprimento, e dimensões idênticas de largura e de altura.
Se fosse dividida em ruas, haveria lugar para 8 milhões de ruas de 2500
quilômetros de comprimento cada uma! Em comparação com esta cidade celestial,a
maior cidade atual do mundo seria como insignificante aldeia rural! Se o espaço
do mesmo fosse dividido em lotes para residências haveria um lote para cada
pessoa que já nasceu neste mundo em todos os tempos! As ruas serão
transparentes e totalmente limpas. Nessa cidade "não haverá noite, nem
precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus
brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos". Ap 22.5.
Que lar glorioso para
residência dos fiéis do Senhor!O curso da história da salvação do homem
realmente tem o seu ponto final em Apocalipse 21.8. A passagem de Ap 21.9 a 22.5 serve de
explicação mais detalhada sobre
essa cidade santa
que é a
Nova Jerusalém. Enquanto
os santos gozarão eternamente da presença de Deus, os
incrédulos sofrerão o castigo eterno nas chamas do Lago de Fogo. Ap
20.11,13-15; 21.8. Assim Deus terá separado de Si para sempre todos os rebeldes
e incrédulos, e trazido para a Sua presença todos os que aceitaram a Jesus por
seu Salvador.
Aleluia!
Que o leitor
seja um desses!
I. OS JUÍZOS
A opinião geral entre o povo
é que o mundo será finalmente
convertido pela pregação do Evangelho, fato que fará surgir o Milênio. Após
esse período, os mortos,tanto justos como injustos, e de todas as épocas, serão
submetidos sumariamente a um julgamento perante o trono de Deus. Em seguida,
segundo essa opinião, o mundo será destruído por fogo.Não podemos
concordar com essa
posição pois ela, carece de fundamento bíblico. A Bíblia fala de três tronos ou tribunais de
juízo:
a) O Tribunal, ou
"Berna" (grego) cfe Cristo, a realizar-se nas regiões
celestiais.IICo5.10. Comparecerão nesse
julgamento somente os
cristãos.
b) O Trono da Glória
de Cristo, a realizar-se sobre a terra, quando Ele sentar-se-á como Rei,
durante o Milênio, a julgar as nações. Mt 25.31,32: Lc 1.32.
c) O Grande Trono
Branco, a realizar-se no céu, perante o qual
comparecerão todos os mortos ímpios. Ap 20.11,12.
As Escrituras apresentam sete julgamentos, ou fases de
julgamento que tratarão de todas as inteligências do universo quanto à sua
responsabilidade perante Deus, isto é,"os vivos e os mortos", anjos e
homens. Estes julgamentos são: o julgamento dos pecados dos homens, o
auto--julgamento do cristão, o tribunal de Cristo, o juízo das nações, o juízo
de Israel, o juízo dos ímpios mortos, e o juízo dos anjos.
Todo filho de
Deus terá que passar por este tríplice julgamento:
1) como PECADOR,
Cristo foi julgado em seu lugar na cruz do Calvário;
2) como FILHO da
família, ele está sendo julgado ou disciplinado pelo Pai celestial; e
3) como SERVO,
será julgado na presença do
grande Senhor da seara,quanto à sua atuação no campo de trabalho.
Em todos estes julgamentos há cinco itens a considerar:
1) as pessoas
indicadas; 2) a época de sua realização; 3) o lugar
onde realizado; 4) a base do julgamento; e 5) o resultado final
( veremos nesse caso
o item F descrito na pág: 148- grifo nosso )
F. O Julgamento dos ímpios Mortos. Ap 20.11-15. Este
julgamento terá lugar ao fim do Milênio, mil anos depois do julgamento das
nações, realizando-se, não sobre aterra, como foi o caso do julgamento das
nações, mas sim nas regiões celestiais onde Deus habita. Provavelmente terá
lugar simultaneamente com a renovação da terra por fogo. II Pe 3.7,12,13. A
primeira ressurreição (Ap 20.6) ocorrerá
antes do início do Milênio e será para os mortos justos pertencentes
a.todas as dispensações, à Igreja, e ao grupo salvo durante a Grande
Tribulação.
Sendo que os
participantes da primeira
ressurreição são descritos
como"bem aventurados e santos", naturalmente os demais mortos
que não viveram até ao fim do Milênio, não o são. Por essa razão cremos que
perante o Grande Trono Branco comparecerão somente os mortos ímpios.
A menção do "Livro da Vida" poderia levar à conclusão de que alguns justos também
estivessem presentes para serem julgados.
Se é o caso, só
poderiam ser alguns que morreram durante
o Milênio, mas nos parece
mais provável que os justos viverão durante
todo o período
do Milênio, sofrendo
a morte, e
alcançando a inauguração do novo
céu e da nova terra. A presença do Livro da Vida explica-se como necessário na
condenação daqueles que alegarão os méritos das suas boas obras,quando deveriam
ter aceitado a JESUS Cristo como seu Salvador, fato que teria colocado seus
nomes nesse "Livro do Cordeiro".
Haverá vários graus
de punição, como também haverá de recompensa. Os ímpios serão
julgados segundo as
suas obras e
perante este tribunal
terão que comparecer todos
os ímpios desde o princípio do tempo
até ao fim do Milênio. O registro de
suas obras será aberto e lido para determinar o grau de castigo. De qualquer maneira
será uma coisa horrível ter que comparecer perante o Juiz de toda a terra e por
Ele ser condenado.
O Lago de Fogo será para todos os ímpios o lugar final de
separação de Deus.Para este lugar serão
removidos para sempre a morte e o Hades. O universo será purificado da presença de todo o mal e a
justiça prevalecerá na terra e no céu, que serão renovados.
G. O Julgamento dos
Anjos. Jd 6. O tempo quando os anjos serão julgados não está definitivamente estabelecido nas Escrituras,
mas nos parece que provavelmente ocorrerá
na mesma ocasião do Grande Trono Branco, ao fim do Milênio. Satanás e algumas
de suas hostes, pelo menos, estão em liberdade agora para operarem os seus desígnios,
dentro dos limites estabelecidos por Deus, enquanto alguns dos anjos (Jd 6),por
causa de pecados especiais, estão algemados nas trevas, aguardando o juízo
daquele grande dia. Satanás será primeiramente algemado ao início do Milênio e
então, ao fim desse período, será banido para sempre ao Lago de Fogo.
A igreja não está sendo julgada ai no Trono Branco, ela está ai para
julgar os anjos caídos junto com JESUS -
Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve
ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não
sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a
esta vida? 1 Coríntios 6:2,3
Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os
lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados
para o juízo; 2 Pedro 2:4
A IGREJA ESTÁ AI PARA JULGAR E NÃO PARA SER JULGADA. Ai diante do trono
estarão os que foram salvos durante o milênio e serão levados para a Nova
Jerusalém e estarão ai diante do Trono Branco também os ímpios de todas as
épocas e serão julgados e serão condenados ao lago de fogo e enxofre.
Jd 6 E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua
própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo
daquele grande dia;
13. “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras”.
(a) DEUS fala através do Universo: “Os céus manifestam a glória de DEUS e o firmamento (“anuncia”) a obra das suas mãos... Sem linguagem, sem (“fala”), ouvem-se as suas vozes, em (“toda a extensão da terra”), e as suas palavras até ao fim do mundo”. Sl 19.1-4:
(b) DEUS fala através da percepção: “Porquanto o que de DEUS se pode conhecer neles (nos homens) se manifesta, porque DEUS lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder... se entendem, e claramente se (“vêem”) pelas coisas que estão criadas, para que eles (os homens) fiquem inescusáveis”. Rm 1.19-20:
(c) DEUS fala através da consciência: “Porque, quanto os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei. Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, que acusando-os, quer defendendo-os; no dia em que DEUS há de julgar os segredos dos homens, por JESUS CRISTO”. Rm 2.14-16:
(d) DEUS fala através da vida dos animais: “Mas, pergunta agora às alimárias, e cada uma delas to ensinará; às aves dos céus, e elas to farão saber; ou fala com a terra; e elas to ensinará até os peixes do mar to contarão. Quem não entende por todas estas coisas que a mão do Senhor fez isto?”. Jó 12.7-9:
(e) DEUS fala através dos meios geográficos: “...DEUS anuncia agora a (“todos os homens”), e em (“tudo o lugar”), que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo...”. At 17.30-31:
(f) DEUS fala através dos sonhos: “Antes DEUS fala uma e duas vezes, porém ninguém atenta para isso. Em sonho ou visão de noite, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama. Então (“abre os ouvidos dos homens”), e lhes sela a sua instrução. Para apartar o homem do seu desígnio, e esconder do homem a soberba; Para desviar a sua alma da cova, e a sua vida de passar pela espada”. Jó 33.14-18:
(g) DEUS fala através dos anjos: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar (“aos que habitam sobre a terra”), e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo”. Ap 14.6:
(h) DEUS fala através de seu Filho: “Havendo DEUS antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”. Hb 1.1:
(i) DEUS fala através de sinais e milagres: “Testificando também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do ESPÍRITO SANTO...”. Hb 2.4a. Perguntamos agora: havendo DEUS falado tanto e de muitas maneiras, chegará alguém inocente diante do Grande Trono Branco? (Êx 34.7). Segundo se depreende do significado do pensamento, aqueles que não viveram de acordo com a (“FÉ”). Rm 4.5-6; Hb 10.38; serão ali julgados de acordo com as (“OBRAS”). Jn 3.10. Deixemos o assunto com o Senhor – O Justo Juiz (Dt 29.29; Rm 4.15).
POR : Apazdosenhor.org
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