terça-feira, 15 de dezembro de 2015

LIÇÃO 12 : ISAQUE, O SORRISO DE UMA PROMESSA




Capítulo 12
ISAQUE, O SORRISO DE UMA PROMESSA
INTRODUÇÃO

À primeira vista, Isaque parece retraído e tímido. Ao contrário do pai, Abraão, e do filho, Jacó, sua vida não é marcada por grandes eventos. Não teve de peregrinar ao Neguebe, nem refugiar-se além do Nilo. Limitando-se a andejar por Canaã, ali armou suas tendas, criou Esaú e Jacó, multiplicou os haveres da família e também, ali, ergueu altares ao Senhor. El e, porém, viria a destacar-se por uma fé singular e perfeita no Deus das alianças e pactos eternos.
Embora patriarca, Isaque entrou para a História Sagrada como o filho da promessa, pois chegara à tenda de Abraão, quando este j á tinha 100 anos, e Sara, 90. Seu nascimento levou os pais a rirem daquela espera que, ignorando os limites da biologia, evidenciou a intervenção do Autor da vida. Ele nasceu do ventre amortecido de Sara e do corpo envelhecido de Abraão. Sim, havia motivos para sorrir do aparecimento serôdio de Isaque.

Neste capítulo, acompanhemos alguns episódios que marcaram a vida do segundo patriarca dos hebreus. Veremos que aquele homem de pouquíssimas e reservadas palavras deixou-nos um eloquente testemunho de fé e temor a Deus. No campo da fé, nem sempre as palavras dizem muito; as ações, porém, revelam a intervenção divina em cada passo de nossa j ornada a caminho de Sião.

I. O HERDEIRO QUE NÃO VINHA

Já se haviam passado 24 anos, desde que Abraão saíra de Ur dos Caldeus. E, apesar da promessa que o Senhor lhe fizera quanto à posse das terras de Canaã, o patriarca continuava sem herdeiro. El e j á estava com 99 anos, e Sara beirando à casa dos 90. Numa idade tão avançada, teriam eles ainda o prazer de embalar o próprio filho? Em breve haveriam de constatar que, para Deus, não há impossível.

1. A promessa de um herdeiro. Num momento de conjecturas, o Senhor aparece a Abraão, nos carvalhais de Manre, e promete-lhe que, passado um ano, Sara dar-lhe-á um filho (Gn 18.10). Ao ouvir a promessa, ri-se a mulher que, ainda formosa, já entrara na menopausa e cujo útero jazia emurchecido. Ela já não possuía a vitalidade, nem o frescor requeridos por uma mulher que almeja ser mãe. No campo da fé, nem sempre as palavras dizem muito; as ações, porém, revelam a intervenção divina em cada passo de nossa jornada a caminho de Sião.
Repreendida pelo Eterno, ouve uma pergunta que, claramente, vinha ao encontro de sua desesperança: “Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18.14). Portanto, Sara j á não teria de esperar para usufruir as alegrias da maternidade. Agora grávida, a promessa cumpre-se na gestação de seu unigênito.

2. O nascimento do herdeiro. No tempo apontado pelo Senhor, eis que Sara dá à luz o herdeiro de Abraão. Na tenda do patriarca, ouve--se, agora, o choro do filho da promessa, através do qual viriam heróis, reis e o próprio Cristo (Mt 1.1,2). Ao embalar o filhinho, ela desvanece: “Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos, porque lhe dei um filho na sua velhice?” (Gn 21.7).
Sara não sorrira quando da anunciação do menino? Pois este se chamará Isaque que, na língua hebraica, significa “riso”.

Quanto à velhice de Abraão e de Sara, não nos esqueçamos de que, naquele tempo, as pessoas ainda eram longevas. Lendo-se o capítulo 11 de Gênesis, verifica-se que, a partir de Sem, que viveu 500 anos, a longevidade humana vai gradativamente caindo (Gn 11.11). No final do texto, a idade dos avoengos de Abraão j á não ia além dos 200 anos. Mesmo assim, o aspecto de um homem de 100 anos, e de uma mulher, com 90, naquela época, não era nem senil, nem decrépito. Haja vista que Sara, embora haja saído de Ur, aos 65 anos, era de uma beleza estonteante e ainda não havia chegado à menopausa. A espécie humana, porém, já começava a sentir as condições ecológicas e climáticas devido ao Dilúvio. Se a idade dos filhos de Adão era contada em séculos, a dos descendentes de Noé será computada em décadas (Gn 5.27; Sl 90,10).

3. A circuncisão do herdeiro. Abraão circuncidou Isaque, quando este completou oito dias de vida (Gn 21.4). Foi o primeiro bebê varão da linhagem hebreia a receber a circuncisão de acordo com o pacto que o Senhor estabelecera com o patriarca (Gn 17.10-12). O ato reafirmou a continuidade da chamada patriarcal, que seria caracterizada mais fortemente em Jacó, pai dos 12 patriarcas.
Circuncidado, Isaque era inserido liturgicamente na família da promessa. A partir daquele momento, o problema sucessório de Abraão estava resol vido; seu filho dar-lhe-ia continuidade à comunidade da fé monoteística que, apregoando uma ética superior, mudaria a história do mundo.

4. O desmame de Isaque. Se a circuncisão de Isaque foi motivo de alegria e riso, o que se poderia esperar de seu desmame? No Oriente Médio, a criança era desmamada aos três anos. O acontecimento foi marcado por um grande banquete (Gn 21.8). Afinal, o filho da promessa deixava de ser bebê; doravante, seria olhado por todos como o homenzinho da família. A celebração, entretanto, teria o brilho esmaecido pelo mau comportamento de Ismael que, nessa época, j á era um adolescente de 14 anos. E isso deixaria Sara muito aborrecida.

II. ISAQUE E ISMAEL

Se Isaque era o filho da promessa, Ismael estava ali na conta do filho da desesperança e do arranjo carnal. Por isso, o filho de Abraão com Agar, sentindo-se enciumado com a chegada do meio-irmão, põe se a zombar dele. A situação faz-se tão insustentável que Sara, irritada e incontida, roga ao esposo: “Deita fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com meu filho, com Isaque” (Gn 21.10).

1. A despedida de Sara e Agar. O desejo da esposa pareceu duro e desumano a Abraão. O Senhor, porém, acalmou-lhe o espírito: “Não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara em tudo o que ela te disser; porque por Isaque será chamada a tua descendência” (Gn 21.12). Em seguida, o bondoso Deus reafirma sua bênção sobre Ismael, pois este também era filho de Abraão: “Mas também do filho da serva farei uma grande nação, por ser ele teu descendente” (Gn 21.13).

Deus tinha tudo sob controle. Não permitiria que a sua serva, Agar, viesse a perecer com o filho. E, diferentemente do que haveria de acontecer entre Esaú e Jacó, tanto Isaque quanto Ismael seriam abençoados. A bênção messiânica, porém, caberia exclusivamente ao filho da promessa.

 2. A despedida de Ismael. Ao despedir Agar e Ismael, deu-lhes Abraão tão somente um pedaço de pão e um odre de água (Gn 21.14). O que era isso para uma j ornada num deserto sem fronteiras e causticante? Acrescente-se, ainda, que mãe e filho não tinham para onde ir. Naquele instante, dependiam unicamente da providência divina.

Já bebida a água, Agar deita o filho agonizante e afasta-se para não lhe ver a morte (Gn 21.15,16). Mas neste momento, brada-lhe o Senhor através de seu anjo: “Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do rapaz desde o lugar onde está” (Gn 21.17). Deus jamais nos falta com a sua presença. Basta confiarmos em seus cuidados, e a sua proteção far-se-á presente.

Ao abrir os olhos, Agar vê uma fonte em pleno deserto (Gn 21.19). Portanto, não se desespere. Ainda que as suas lutas mostrem-se renhidas e cruéis, sempre haverá um manancial no deserto. Jesus é a água da vida.

3. A bênção de Ismael. Em seguida, diz-lhe o anjo: “Ergue-te, levanta o moço e pega-o pela mão, porque dele farei uma grande nação” (Gn 21.18). O mensageiro cel este reafirma a Agar a promessa que o Senhor fizera a Abraão (Gn 17.20; 21.13). O que parecia morte faz-se vida; o que era maldição torna-se grande bênção. Como está o seu filho? Não o deixe caído. Tome-o pela mão. Erga-o a uma vida de triunfos.

Mais adiante, o autor sagrado mostra os êxitos e façanhas de Ismael. Deus era com o menino. Ele cresceu, fez-se hábil arqueiro e passou a morar no deserto. Obediente à mãe, aceitou de bom grado a esposa que Agar fora buscar-lhe no Egito (Gn 21.20,21). Ismael gerou doze príncipes que, espalhando-se pel a região da Arábia, fundaram reinos e nações.

III. O APRENDIZADO EM MORIÁ

Que o Senhor queria provar Abraão, em Moriá, não há dúvida. Todavia, era sua intenção, também, levar o jovem Isaque a um encontro pessoal e experimental com o Deus de seu pai. Naquele monte ermo e distante da tenda materna, o menino defrontar-se-á com uma nova fronteira no campo do conhecimento divino.

1. A provação das provações. Certa noite, o Senhor ordenou a Abraão: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22.2). Na manhã seguinte, madrugada ainda, o patriarca conduz o filho amado ao sacrifício supremo.

O patriarca, todavia, tinha absoluta certeza de que retornaria do Moriá com o filho, pois aos servos, ordenara claramente: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn 22.5; Hb 11.17-19).

Como bom teólogo, sabia Abraão que, mesmo que viesse a sacrificar o filho, tê-lo-ia de volta, porque Deus lho havia prometido. Por isso, escreve o autor da Epístola aos Hebreus: “Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou” (Hb 11.18-20).
Abraão, pois, escalou o Moriá com serenidade e confiança. Sabia que, apesar do que viesse a ocorrer naquele monte, Deus lhe reaveria o filho, pois a promessa não podia ser revogada: em Isaque seria reconhecida a sua descendência. Mas, como estaria o coração do jovenzinho? Em que condições emocionais chegaria ao cume da provação?

2. O aprendizado teológico de Isaque. A primeira lição de teologia que Abraão ensina ao filho é, embora básica, fundamental e colunar: Deus proverá todas as coisas (Gn 22.8). Por essa razão, sem nenhum temor, deita-se e deixa-se amarrar, pelo pai, ao altar do holocausto (Gn 22.9). El e sabe que, no momento certo, o Senhor haverá de intervir, como de fato, interveio. Isaque também ouve o bradar do céu, contempla o cordeiro vicário e, atento, escuta o Anjo do Senhor chancelar ao pai as bênçãos quanto aos dias futuros.
E, assim, na companhia de Abraão, desce um Isaque mais confiante nas providências divinas. Antes, conhecia a Deus somente por ouvir. Agora, já está preparado a enfrentar os desafios de longas e árduas peregrinações. O Deus de Abraão é também o Deus de Isaque. Se ao escalar o Moriá, o seu monoteísmo era apenas teórico, ao descer, sua crença no Deus Único e Verdadeiro é atuantes e prática. Como bom teólogo, sabia Abraão que, mesmo que viesse a sacrificar o filho, tê-lo-ia de volta, porque Deus lho havia prometido.

IV. UMA NOIVA PARA ISAQUE

Isaque bem que poderia haver tomado uma das jovens daquela terra por esposa. Entretanto, ele não se enganava com as cananeias. Idólatras e lascivas, davam-se aos pecados mais grosseiros. Muitas delas, encerradas em templos pagãos, entregavam-se à prostituição ritual; em nada diferiam das rameiras que circulavam por Jericó. Como haveria ele, pois, de esposar uma idólatra? Isaque, porém, estava tranquilo, pois aprendera a confiar no Deus que tudo provê.

1. Operação Rebeca. Sabendo que Isaque era um homem espiritual e seletivo, Abraão encarrega seu mais antigo servo de buscar-lhe uma esposa na Mesopotâmia (Gn 24.1-7). A jornada seria longa, estressante e cerceada de perigos. Mas o patriarca sabia que, em sua parentela, ainda havia uma reserva espiritual e ética; não eram poucos os que serviam ao Senhor.
Na cidade de Naor, o mordomo ora ao Eterno: “Seja, pois, que a donzela a quem eu disser: abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos, esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque” (Gn 24.14).

 A moça que assim procedesse revelaria as seguintes virtudes: espiritualidade, gentileza, respeito, disposição e amor ao trabalho. Eis que aparece Rebeca, virgem bel a e formosa, preenchendo todos os requisitos.
Embora a jovem tivesse criadas e servas, não fugia ao trabalho. Em pleno calor do dia, saiu a buscar água. E, quando solicitada, gentilmente deu de beber não somente ao servo de Abraão, mas a toda sua cáfila. Em seguida, conduz a comitiva à casa, onde Labão, seu irmão, oferece-lhes uma calorosa acolhida. Seu amor e serviço foram além da expectativa do mordomo do patriarca.

Com tantos atributos, Rebeca não teria dificuldades em assumir a tenda patriarcal, pois a mãe de seu futuro esposo já era morta. A jovem mostrava-se, em tudo, uma autêntica serva do Deus de Abraão e Isaque.

2. O casamento de Isaque e Rebeca. O encontro de Isaque com Rebeca não poderia ser mais espiritual e romântico. Ele saíra a orar, à tarde, quando avistou a jovem ornando-lhe a comitiva. Depois de ouvir com atenção o servo do pai, ele a conduz à tenda da mãe, e a toma por mulher (Gn 24.67). Tão grande era o carinho entre os cônjuges, que não havia como negar que Isaque e Rebeca fossem casados. Certa vez, ao peregrinar em Gerar, disse aos homens daquele reino, imitando o pai, que a esposa, na verdade, era sua irmã. O rei, todavia, não demorou a surpreendê-lo acariciando a mulher (Gn 26.8,9). Tal intimidade, concluiu logo Abimeleque, não era coisa de irmãos, mas de gente casada.

V. OS FILHOS DE ISAQUE

 Embora apaixonados e românticos, a felicidade de Isaque e Rebeca ainda não era completa. El a, à semelhança de Sara, era estéril. Como, pois, se haveria o casal sem filhos?

1. A oração por um filho. Ao invés de arranjar um herdeiro através de um ventre escravo, como haviam feito seus pais, Isaque foi buscar a ajuda de Deus. El e “orou insistentemente ao Senhor por sua mulher” (Gn 25.21). E a sua oração foi de pronto respondida. Isaque confiou no Deus que lhe proviera a esposa e, agora, há de prover-lhe também o herdeiro da promessa. Através da fé, aprendera a agir no terreno do impossível.

2. Esaú e Jacó. Já grávida de gêmeos, assustou-se Rebeca com o comportamento dos filhos. Em seu ventre, os bebês lutavam, numa antecipação profética do que seriam eles no futuro. Diz, então, o Senhor à mãe atribulada e inconsolável: “Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço” (Gn 25.23).

Esaú, o primogênito, veio à luz coberto de pelos. Jacó, por seu turno, chegou liso e agarrado ao calcanhar do irmão. A história de ambos seria marcada por conflitos, inimizades e guerras. O primeiro fez-se perito caçador. O segundo, homem pacato e reflexivo, aconchegava-se à tenda da mãe.

Não demorou para que Esaú revel asse toda a sua profanidade e menosprezo às coisas de Deus. Certo dia, apertado pela fome, vendeu a Jacó a sua primogenitura por um prato de lentilhas. Enquanto isso, ia Jacó, influenciado pelos conselhos maternos, fundamentando-se na fé professada por Abraão e Isaque.

3. Isaque abençoa os filhos. Vendo-se envelhecido e turvado de olhos, buscou Isaque resol ver, de vez, o problema sucessório da família. Chamando Esaú, diz-lhe: “Agora, pois, toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, sai ao campo, e apanha para mim alguma caça, e faze-me uma comida saborosa, como eu aprecio, e traze-ma, para que eu coma e te abençoe antes que eu morra” (Gn 27.3,4).

Ao ouvir o diálogo do esposo com o primogênito, Rebeca trata de instruir o caçula a roubar a bênção do irmão.
Relutante a princípio, aproxima-se Jacó, fingindo ser Esaú. O pai, que já não enxergava com distinção, enganado, abençoa profeticamente o enganador: “Deus te dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar” (Gn 27.28,29).

Já abençoado, Jacó deixa a tenda paterna. Em seguida, entra Esaú. O que pode fazer o velho Isaque? Profeta e bom teólogo, sabe que as palavras que proferira ao filho mais novo eram, na verdade, palavras de Deus. Jacó, pois, seria abençoado. Quanto a Esaú, restava o choro amargo de quem sempre desprezara o conhecimento divino, conforme escreve o autor da Epístola aos Hebreus: “Nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado” (Hb 12.16,17). Isaque confiou no Deus que lhe proviera a esposa e, agora, há de prover-lhe também o herdeiro da promessa.

CONCLUSÃO

 Deus abençoou de tal forma a Isaque, que ele veio a tornar-se mais poderoso que os reis cananeus. Era temido, inclusive, por Abimeleque, soberano de Gerar. Aos olhos dos gentios, ali estava um homem que sabia como desfrutar dos favores divinos. Isaque era um príncipe de Deus. Tudo o que fazia vinha a prosperar. Seu gado multiplicava-se e sua lavoura vingava até mesmo em terras inférteis.
Enfim, Isaque era o bendito do Senhor.
O epílogo de sua vida é descrito não com palavras de condolência, mas com vocábulos que descrevem o recolhimento dos justos e íntegros: “Foram os dias de Isaque cento e oitenta anos. Velho e farto de dias, expirou Isaque e morreu, sendo recolhido ao seu povo; e Esaú e Jacó, seus filhos, o sepultaram” (Gn 35.28.29).
 A vida de Isaque inspira-nos a ter uma fé mais ativa nas providências divinas. Quando, pois, formos assaltados por dificuldades e provações, não caiamos no desespero, nem questionemos as intervenções do amoroso Deus. Humildes e humilhados, caiamos aos seus pés, pois ele nos provê o necessário para termos uma vida abundante e bem-aventurada em seus caminhos.

Que o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó seja eternamente louvado.
( Livro : O COMEÇO DE TODAS AS COISAS)





História: A Origem dos Conflitos
O conflito entre árabes e judeus tem origem muito remota. Analisando a Bíblia encontramos a história de Abraão, que obedecendo o comando de DEUS, deixou a Mesopotâmia e estabeleceu-se em Canaã - passando assim a ser a Terra Prometida dos judeus. Abraão teve vários filhos entre eles, Isaac e Ismael, dos quais descendem respectivamente os judeus e os árabes. Jacó, neto de Abraão e filho de Isaac, e os filhos deste, mudaram-se para o Egito onde foram escravos durante 400 anos, até retornarem a Canaã. Visando recuperar a Terra Prometida, Moisés, líder dos judeus libertou-os do escravismo do Egito fazendo uma peregrinação de 40 anos pelo deserto, durante a qual formaram o seu caráter de povo livre. Concretizando seu ideal, o povo judeu estabeleceu-se às margens do Rio Jordão, na antiga Palestina, onde mais tarde resolveram expandir suas fronteiras, durante o reinado de Salomão, que consolidou a Monarquia Judaica.
O império passou a se estender do Egito a Mesopotâmia. Em seguida, dividiu-se em dois pequenos reinos, que logo foram dominados pelos Babilônios que expulsaram os judeus deste território. Os Babilônios foram dominados pelos Persas, estes pelos gregos e, estes últimos, pelos Romanos.
Antes do início da disputa por Canaã, judeus e árabes viviam em harmonia, por muitas vezes sofreram os mesmos destinos, contra inimigos comuns.
No século XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu. Nesta época, conseguiram muitas vitórias, desenvolveram idéias sionistas (de Sion, colina da antiga Jerusalém e que deu início ao movimento para a construção de uma nação judaica), dedicavam-se ao comércio e ao empréstimo de dinheiro a juros.
O jornalista judeu Theodor Herzl, em 1896, criou o movimento sionista, cujo objetivo era estabelecer um lar judeu na Palestina. O povo, então, deu início à colonização do país e, em 1897, fundou a Organização Sionista Mundial.
Depois da 1ª Guerra Mundial, os países europeus, de olho no petróleo e na posição estratégica da região, passaram a dominar a área. Em 1918, a Inglaterra ficou responsável pela Palestina. Um ano antes, o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Lord Balfour, apoiou a fundação de uma pátria nacional judaica na Palestina. Isto aconteceu ao mesmo tempo em que os ingleses haviam prometido aos árabes a independência em troca de apoio para ajudar a expulsar os turcos da região.
Com a Revolução Industrial e o desenvolvimento das burguesias européias, os judeus acabaram sendo responsabilizados pelo alto índice de desemprego e pela concorrência com as classes dominantes. Com isso,  nos países em que viviam, os judeus foram confinados a guetos, sofreram várias perseguições e massacres. O resultado destes fatos acarretou ainda mais a migração para a Europa Ocidental e Palestina.
Esta volta para a Palestina ocorreu através da criação de Kibutz (fazendas coletivas) e cidades; além de lançar a luta pela independência política; neste período, começaram os choques entre judeus e árabes, que assistiam aos judeus conquistarem significativa parte das terras boas para o cultivo, fatos que desencadearam os conflitos entre árabes e judeus.
Os judeus criaram um exército clandestino (Haganah) para proteger suas terras e, à medida que crescia a emigração judaica para a Palestina, aumentavam os conflitos. Durante a 2ª Guerra Mundial - em função da perseguição alemã -, a emigração judaica para a região aumentou vertiginosamente e a tensão chegou a níveis insuportáveis: os britânicos, na época, tomaram partido dos Aliados e os árabes, do Eixo.
Em 1936, quando os judeus já constituíam 34% da população na Palestina, estourou a primeira revolta árabe. Bases e instalações inglesas foram atacadas e judeus foram assassinados. A Inglaterra esmagou a rebelião e armou 14 mil colonos judeus para que pudessem defender suas colônias.
Pouco tempo depois, a Grã-Bretanha tentou controlar a emigração judaica para a área e, desta vez, os judeus atacaram os ingleses. Em 1946, o quartel-general dos britânicos foi dinamitado e 91 pessoas morreram.
Apesar destes ataques, os judeus conseguiram apoio internacional devido ao Holocausto, que exterminou mais de 6 milhões de judeus. Desde então, os Estados Unidos passaram a pressionar a Inglaterra para liberar a imigração judaica para a Palestina.
Em 1948, os ingleses deixaram a administração da região para a Organização das Nações Unidas que, sob o comando do presidente norte-americano Harry Truman, determinou a divisão da Palestina em duas metades. Os palestinos, que somavam 1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2 e os judeus, que eram 700.000, ficaram com um território maior (14.500 km2), apesar de serem em número menor.
Os judeus transformaram suas terras áridas em produtivas, já que era uma sociedade moderna e ligada ao Ocidente, aumentando ainda mais as diferenças econômicas entre judeus e árabes, que sempre tiveram uma filosofia fundamentalista e totalmente contrária ao Ocidente.
Neste mesmo ano, o líder sionista David Bem Gurion proclamou a criação do Estado de Israel. Os palestinos reagiram atacando Jerusalém que, segundo a ONU, deveria ser uma área livre.
Desde então, o Oriente Médio se tornou palco de conflitos entre israelenses e palestinos. O motivo da guerra está muito além das diferenças religiosas, passa pelo controle de fronteiras, de terras e pelo domínio de regiões petrolíferas.


Origem dos povos:
Palestina: corresponde à Judéia e à Canaã do mundo antigo. Os romanos se referiam à Síria Palestina, que era a terra dos filisteus (philistinos).

Israel: em  hebraico a palavra Israel significa “Vencedor de DEUS”, de isra (venceu) e el (DEUS). Em 1948, foi instituído o Medinat Israel (Estado de Israel). Lembre-se que as palavras  Judeus e Hebreus são sinônimos.

OS HERDEIROS
O nome da legítima mulher de Abraão era Sara. Foi dela que ele obteve tardiamente um filho, cujo nome era Isaac. Este é o filho da promessa, o legítimo herdeiro dos vínculos sagrados existentes entre DEUS e o seu povo Israel. O DEUS que tudo criou em seis dias e descansou no sétimo, o proprietário deste planeta originalmente informe e vazio, o DEUS e Senhor de todo o Universo, fez promessas sob o concerto estabelecido com Abraão, respeitantes à possessão de um território bem demarcado. E essas promessas de carácter eterno seriam extensivas à posteridade do patriarca Abraão. Antes de Isaac ser concebido, Sara entendeu, porque era estéril, que o seu marido deveria gerar um filho através de sua escrava Agar. É assim que nasce Ismael, o primeiro filho de Abraão. Embora para ele DEUS não tivesse reservado nem intenções nem promessas, é-lhe dada em possessão também uma área geográfica demarcada e um destino divinamente estabelecido. Depois da morte de Sara, Abraão volta a casar. Desta vez com Ketura. Com Quase 140 anos o velho patriarca ainda gera desta mulher 6 filhos: Zamrã, Jocsã, Madã, Madiã, Jesboc e Suá. Também para estes DEUS reserva um destino e um lugar na Terra. YAHWEH - o DEUS de Abraão, Isaac e Jacó - o criador e proprietário deste planeta onde habitamos - é quem estabelece e determina o destino dos homens e dos povos. É Ele pois a única entidade que nos pode esclarecer na nossa pesquisa das origens, História e futuro de todos os povos e nações. Na Sagrada Escritura é possível encontrar todos esses planos, História e ditames divinos.  

AS HERANÇAS
Desde o grande rio Egipto (entenda-se Nilo) até ao grande rio Eufrates - esta é a possessão total da semente de Abraão.
"Naquele mesmo dia, fez o Senhor um concerto com Abraão dizendo: à tua semente, tenho dado esta terra, desde o rio Egipto até ao grande rio Eufrates;" Génesis 15.18
Isto quer dizer que todos os oito filhos que procederam do patriarca têm direito, por mandato divino, a toda esta extensão territorial - desde o Egipto, costas do Mediterrâneo, até à Assíria, terminando a oriente nas margens do grande rio que desagua no Golfo Pérsico. O território dos filhos de Cam, netos de Noé - os heteus ou hititas, os amorreus, todos os cananeus nas suas tribos, os jebuseus e filisteus - concedeu DEUS aos descendentes de Abraão.
"E o queneu, e o queneseu, e o cadmoneu, e o heteo, e o pereseu, e os refains, e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu." Génesis 15.19-21
Existe porém uma distinção entre a promessa relativa a Isaac e as promessas feitas em relação a Ismael e aos 6 filhos de Ketura:
"E quanto a Ismael, também te tenho ouvido; eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação. O meu concerto porém, estabelecerei com Isaac, o qual Sara te dará, neste tempo determinado, no ano seguinte."
"E Abraão tomou outra mulher; e o seu nome era Ketura; e gerou-lhe Zimran, e Jocsan, e Medan, e Midian, e Jisbac, e Sua. E Jocsan gerou Seba e Dedan: e os filhos de Dedan foram Assurim, e Letusim e Leumim. E os filhos de Midian foram Efa, e Efer, e Henoch, e Abida, e Elda: estes todos foram filhos de Ketura. Porém Abraão deu tudo o que tinha a Isaac; mas aos filhos das concubinas que Abraão tinha, deu Abraão presentes, e, vivendo ele ainda, despediu-os do seu filho Isaac, ao oriente, para a terra oriental." Génesis 17.20-21 / 25.1-6
Pelo testemunho bíblico podemos depreender que Isaac permaneceu no lugar em que Abraão habitava, isto é, Hebrom, a ocidente do Jordão; enquanto que aos outros filhos foi dada ordem de se estenderem para oriente. Até nos é possível saber qual a área territorial atribuída aos doze filhos de Ismael: O norte da península arábica, envolvendo o deserto a oriente do Egipto até ao sul da Assíria.
"Estas, porém, são as gerações de Ismael, filho de Abraão, que a serva de Sara, Agar, egípcia, deu a Abraão. E estes são os nomes dos filhos de Ismael pelos seus nomes, segundo as suas gerações: o primogénito de Ismael era Nebajoth, depois Quedar, e Abdeel, e Mibsam, e Misma, e Duma, e Massa, Hadar, e Tema, Jetur, Nafis, e Quedma. Estes são os filhos de Ismael, e estes são os seus nomes, pelas suas vilas e pelos seus castelos: doze príncipes segundo as suas famílias. Estes são os anos da vida de Ismael, cento e trinta e sete anos; e ele expirou, e morreu, e foi congregado ao seu povo. E habitaram desde Havila até Sur, que está em frente do Egipto, indo para Assur; e fez o seu assento diante da face de todos os seus irmãos." Génesis 25.12-18
Entretanto o juramento feito a Abraão é reiterado mais tarde a Isaac, envolvendo o território de Gaza, onde se situam as cidades por ele edificadas no vale do rio Gerar.
"E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão: por isso, foi-se Isaac a Abimelech, rei dos filisteus, em Gerar. E apareceu-lhe o Senhor, e disse: Não desças ao Egipto; habita na terra que eu te disser: peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai, e multiplicarei a tua semente, como as estrelas dos céus, e darei à tua semente todas estas terras; e em tua semente serão benditas todas as nações da terra; porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis. Assim, habitou Isaac em Gerar." Génesis 26.1-6
Assim temos, embora com algumas misturas e entrosamentos tribais, a demarcação geográfica das possessões de Israelitas, Ismaelitas e árabes, com o respectivo povoamento das diversas regiões. Em linhas gerais temos: no norte da Palestina, a ocidente do Jordão, acompanhando todo o litoral do Mediterrâneo, a nação de Israel, neto de Abraão, filho de Isaac. A sul, desde o Nilo até ao Golfo Pérsico, também correctamente chamado Golfo Arábico, estende-se o território concedido aos Ismaelitas. Toda a península arábica, desde Sabá (o actual Iémen) ao sul, até Madiã, ao norte, na parte oriental do Sinai, pertence por direito aos árabes, isto é, aos descendentes de Abraão e Ketura.

A CADA UM O SEU DIREITO
A expansão do povo ismaelita e árabe e a fusão destes com os persas, vindos do sul da Rússia - os indo-europeus -sem contar com a mistura entre islamitas e judeus, derivada dos colonialismos e hegemonias europeias no Médio-Oriente, faz com que hoje se confundam árabes com ismaelitas, e que se perca a noção dos direitos de cada um destes povos, nomeadamente dos israelitas. Se nos munirmos de um mapa poderemos perceber melhor a distribuição geográfica de cada um deles e os seus direitos territoriais. Se houvesse entre eles um verdadeiro sentido de fraternidade, todos os conflitos entre árabes e judeus se resolveriam e estes povos poderiam viver como no paraíso. Se cada um respeitasse o direito dos outros, poderiam viver como uma família, em paz e prosperidade. Mas não é isso que acontece. Hoje, palestinianos reclamam os seus direitos à terra e à autonomia. Os israelitas endurecem em intransigência. As facções árabes - shiitas e sunitas - combatem-se, lutam entre si, fazem e desfazem alianças. O Líbano, devastado pela guerra mais fratricida de que há memória, é o campo de batalha entre Israel e o mundo árabe e das facções árabes que se degladiam entre si. De todas estas facções destacam-se:
1- O movimento shiita Amal, liderado por Nabih Berri, que vai mantendo boas relações com a Síria.

2-O Partido Socialista Progressista, fundado por Jumblatt e constituído pelo clã Druzo - uma seita minoritária libanesa.

3- O Movimento Hezbollah (Partido de DEUS) fundamentalista, pró-iraniano, grande rival do movimento Amal.

4- Os cristãos maronitas, outrora maioritários, mas actualmente ultrapassados pela maioria muçulmana.

5-A Organização de libertação da Palestina (OLP) que pretendeu utilizar o Líbano para ataques de guerrilha contra Israel. Entrou em conflito com Damasco, por se entrepor nos planos de Hafez el Assad em relação à invasão de Israel.

6-O Partido comunista libanês, fundado nos anos 20.

7-O Partido Sírio Nacional Social, que tem como objectivo a união com a Síria.

Se Abraão voltasse à vida, veria com tristeza os seus filhos a aniquilarem-se entre si, inspirados por um ódio demoníaco e irracional. Com a proclamação do Estado de Israel a 15 de Maio de 1948 reacendem-se lutas antigas e estabelecem-se oficialmente inimizades que se vão a pouco e pouco avolumando, ao ponto de hoje depararmos com um conflito generalizado naquela região. A disputa de fronteiras que já vem desde 1967 tem mantido judeus e palestinianos num estado constante de guerra entremeado por negociações violentas. O Iraque não é mais do que, juntamente com a Síria, o remanescente do antigo império Assírio. Damasco é hoje ainda a capital desse antigo e florescente reino. É aí mesmo que podemos situar o reduto dos principais inimigos de Israel; e é daí também que saem as ameaças abertas ou veladas contra o povo escolhido de DEUS.
"Hafez Assad continua a recusar aceitar a presença de um Estado judaico no Médio-Oriente. Desde 1967 tem repetidamente jurado libertar os Golã, perdidos na guerra dos 6 dias, logo que a Síria alcance uma paridade estratégica com Israel. O sonho de Assad é uma grande Síria, integrando o Líbano, a Jordânia, a Palestina e até o Iraque." (in Sábado. 3 Dez 1988)

Enquanto esta mentalidade nacionalista megalómana perdurar, será difícil os filho de Abraão estabelecerem laços duradouros de paz e fraternidade. A intenção de DEUS em relação a todos eles é só uma - a de que vivam como irmãos, em tranquilidade, harmonia e segurança - uma benção no meio da Terra. Será isto possível ? É o que veremos em próxima abordagem do tema.  Manuel José dos Santos

2. A contenção do conflito. 
Por causa do pecado dos filhos de Israel, a dispersão do povo foi inevitável. (Os 3.4,5; Ez 37.1-28).
Ez 37.1-14 A MÃO DO SENHOR... OSSOS. Por meio do ESPÍRITO SANTO, Ezequiel vê numa visão um vale cheio de ossos secos. Os ossos representam toda a casa de Israel (v. 11), i.e., tanto Israel como Judá, no exílio, cuja esperança pereceu na dispersão entre os pagãos. DEUS mandou Ezequiel profetizar para os ossos (vv. 4-6). Os ossos, então, reviveram em duas etapas: 
(1) uma restauração nacional, ligada à terra (vv. 7,8), e 
(2) uma restauração espiritual, ligada a fé (vv. 9,10). Esta visão objetivou garantir aos exilados a sua restauração pelo poder de DEUS e o restabelecimento como nação na terra prometida, apesar das circunstâncias críticas de então (vv. 11-14). Não há menção da duração do tempo entre essas duas etapas. (Não sabemos quando vai se iniciar o milênio antes de experimentarmos o arrebatamento da Igreja e da Grande tribulação vir sobre os habitantes da terra)

3. Disputa de primazia entre irmãos. 
O filho da promessa, de quem descende JESUS CRISTO, o Salvador do mundo, é o que foi gerado por Sara, não por Agar.  (Jo 3.6).
 
Fiel cumprimento de uma Aliança ratificada por DEUS com Abraão e sua descendência até que viesse o seu descendente, que é CRISTO.
Gl 3.16 Ora, a Abraão e a seu [descendente] foram feitas as promessas; não diz: E a seus [descendente]s, como falando de muitos, mas como de um só: E a teu [descendente], que é CRISTO.
Gl 3.19 Logo, para que é a lei? Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o [descendente] a quem a promessa tinha sido feita; e foi ordenada por meio de anjos, pela mão de um mediador.
 
CONCLUSÃO
A grande lição que aprendemos é que em CRISTO não há acepção de pessoas, de raça, de língua ou cor, mas todos são um só em CRISTO JESUS.
 
Orientação didática:
Divida a classe em grupos de 2 a 4 alunos. Logo após, escreva no quadro-de-giz uma pergunta ou proposição para os grupos discutirem por 10 minutos. Cada grupo poderá nomear um coordenador ou relator, se assim o desejar. Terminado o tempo estipulado, os grupos serão desfeitos e os relatores apresentarão suas conclusões que poderão ser resumidas na lousa. Esta atividade poderá terminar com uma discussão em plenário. Cada grupo poderá também resumir suas conclusões em uma folha de papel. Ao apresentarem suas conclusões a folha poderá ser exposta numa parede da sala. Isto facilitará a posterior aprovação das inclusões dos vários grupos e a identificação dos pontos comuns.Questão para discussão: Por que árabes e judeus brigam pelo mesmo naco de terra?
 
Auxílios Suplementares:


Subsídio Teológico - “Originalmente, os ismaelitas eram uma tribo de beduínos que vagueavam pelo deserto, incluindo a parte sul da Palestina (Gn 25.18). Eles estavam ligados aos hagarenos (Sl 83.6) e tinham conexões raciais com eles. Os críticos supõem que esses povos tiraram vantagem da história à nossa frente para assim obterem uma alegada descendência de Abraão. Mas não há motivos para duvidar da veracidade do relato. Maomé dizia-se descendente direto de Ismael, mas não sabemos a qualidade de suas informações quanto a esse particular. Por outra parte, ele era seu filho espiritual, pois, de maneira enfática, encabeçou a oposição a Israel, mediante sua nova religião. Mas em algum ponto do futuro há uma unidade a ser conseguida (Ef 1.9,10) apesar de tudo ainda estar distante. Nesse ínterim, os homens continuam a dividir-se em campos opostos e conflitantes. Não existe ódio que se compare ao ódio religioso, pelo que, onde houver fé religiosa, ali os conflitos mostram-se mais amargos. E os homens sempre acusam DEUS por causa do ódio em seu coração. Se alguém falar em amor, será questionada, pelos radicais, a qualidade da fé desse alguém. Matanças e revides ocorrem em nome de DEUS, e os discípulos dos grandes matadores vêem tudo com olhar de aprovação.” (O Antigo Testamento Interpretado, CPAD, vol.1, pág.124) Leia mais na Revista Ensinador Cristão, CPAD, nº 12, pág. 42 
  
Por blog:  apazdosenhor.org ( E.B.D na web)



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