Apresentação
Este livro trata do assunto mais impactante entre as
doutrinas cristãs. Pois trata das “Últimas Coisas”, dos “Últimos Dias”, do “Fim
dos Tempos”, quando já está previsto o “fim da história humana”, que teve
início no Éden e terminará na Grande Tribulação, quando o mundo experimentará
as conseqüências de todas as escolhas erradas, enganosas e afrontosas contra
Deus, na rebelião contra sua santidade, soberania e divindade.
Começamos o conteúdo com o tema da Escatologia, que se
divide em Escatologia Geral, que trata dos grandes acontecimentos que ocorrerão
em relação à Igreja e ao mundo em geral. E começam com o Arrebatamento da
Igreja, seguido do Tribunal de Cristo e das Bodas do Cordeiro. No mundo, após o
arrebatamento da Igreja, haverá a Grande Tribulação, o período mais tétrico e
tenebroso na história do planeta. Em seguida, estudamos a Vinda de Jesus em
glória, para dar fim à Grande Tribulação, livrar Israel da destruição, proceder
à prisão de Satanás e dar início ao Milênio, que conduzirá o plano de Deus para
o Juízo Final e o estabelecimento do Perfeito Estado Eterno.
A Teologia Individual tratará do Estado Intermediário, em
que os mortos aguardarão a ressurreição. Os salvos esperam a primeira
ressurreição e a transformação dos vivos, para subirem ao encontro de Cristo
nos ares (1 Ts 4.16,17). Os ímpios aguardam, no Hades, o momento de passarem
pela segunda ressurreição, depois do Milênio, para comparecerem ao Juízo Final,
diante do Trono Branco, para serem julgados e sentenciados ao inferno (SI
9.17). “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém!
Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).
Sem dúvida alguma, e receio de exagerar, falar sobre a Vinda
de Jesus, para arrebatar a sua Igreja, e sobre os acontecimentos do fim dos
tempos, é de grande valor para a Igreja de Jesus Cristo, como proclamadora do
evangelho da salvação. Que Deus abençoe que, neste século XXI, os crentes fiéis
esperem Jesus “hoje” e não amanhã. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em
tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23).
Parnamirim, 23 de setembro de 2015 Elinaldo Renovato de Lima
– Pastor
Capítulo
1
Escatologia,
o Estudo das Ultimas Coisas “Sabe, porém, isto: que nos últimos
dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1).
O século XXI, na marcha inexorável do perpassar do tempo,
não prenuncia melhores expectativas para o fim dos tempos. Em todos os aspectos
da vida da humanidade, não há um sequer que dê margem para otimismo e esperança
com fundamentos sólidos. A vida religiosa poderia ser uma exceção diante das
calamidades morais que avassalam o mundo pós-moderno. No entanto, no meio das
religiões, seitas e movimentos ditos espirituais, também se percebem os sinais
da decadência espiritual e moral.
Cumpre-se de forma cabal a previsão profética do apóstolo
Paulo, quando escreveu a seu jovem discípulo Timóteo: “Sabe, porém, isto: que
nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de
si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e
mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos,
mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas
negando a eficácia dela. Destes afasta-te” (2 Tm 3.1-5). Em muitas igrejas
locais, há uma verdadeira profanação das coisas sagradas. O púlpito se
transforma em palco, e a nave em circo, onde espetáculos carnais, travestidos
de espiritualidade, impressionam e atraem muitas pessoas que não têm a mínima
noção do que é ser salvo nem tão pouco do que a Palavra de
Deus ensina sobre a
verdadeira adoração a Deus.
No meio social, em todo o mundo, há uma onda avassaladora de
manifestações claras da rebelião contra Deus, que teve início com Lúcifer,
passou por Adão, e por este “passou a todos os homens” (Rm 5.12). Na Europa,
que já foi berço de grandes avivamentos mundiais, a rebelião contra Deus foi
tão terrível que há países em que menos de 2% da população vai a qualquer
igreja. O Velho Continente, que já deu ao mundo missionários famosos, como
Adoniran Judson, Hudson Taylor, William Care, David Livingstone, Daniel Berg,
Gunnar Vingren, e outros, hoje, é um cemitério da cristandade, e já é
considerado um “país pós-cristão”, com muito orgulho por parte de muitos
governantes.
Em seu Sermão Profético, Jesus predisse o que ocorreria no
fim dos tempos. “Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns
aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas
e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se
esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do
Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então
virá o fim” (Mt 24.10-14). Que 0 Senhor nos ajude a entender a revelação do
futuro, vaticinada na Bíblia, e possamos ser fiéis até o fim, quando
receberemos a coroa da vida, das mãos do Senhor Jesus, Rei dos reis, e Senhor
dos senhores.
1 - O Estudo da Escatologia
1. Definição
A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos:
escathos, “último”, e íogos, “estudo”, “mensagem”, “palavra”; o termo grego
cognato é éschata, que significa “últimas coisas”. Daí, vem a expressão
“estudo”, ou “doutrina”, das “últimas coisas”. Escatologia, portanto, é o
estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias. Ou “Doutrina
das Ultimas Coisas”.
2. A
Abrangência da Escatologia
A escatologia pode ser dividida em dois tópicos: Escatologia
Geral e Escatologia Individual.
1) A Escatologia Geral abrange um estudo fascinante acerca
dos seguintes temas:
a) O Fim dos Tempos;
b) O Arrebatamento da
Igreja;
c) A Grande Tribulação;
d) A Vinda de Cristo;
e) O Milênio;
f) O Juízo Final;
g) O Perfeito Estado Eterno.
2) A Escatologia Individual refere-se aos aspectos futuros
da vida das pessoas, e estuda temas igualmente de muita importância para a
compreensão da vida futura:
a) O estado intermediário (após a morte física);
b) A ressurreição dos
mortos;
c) O destino final.
O estudo da Doutrina das Últimas Coisas é de grande valor
para os que esperam a Vinda de Jesus para buscar a sua Igreja, mas de nada
serve para os materialistas, que desprezam e desdenham das verdades bíblicas.
Os seguidores de Charles Darwin, que difundiu a falsa Teoria da Evolução,
normalmente os cientistas ateus, entendem que o ser humano, após a morte,
eqüivale a qualquer animal irracional, como uma cobra, um cachorro, um gato, um
leão, e os demais irracionais, que simplesmente se tornarão pó, e nada mais
existe após a morte. Com essa ideia maligna, a maioria da humanidade está
enganada e sendo levada para a perdição eterna. Diz o salmista: “Os ímpios serão
lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (SI 9.17).
II – A
Preocupação com o Fim dos Tempos
1. Os Discípulos de
Jesus Os discípulos indagaram a Jesus: “[...] que sinal haverá da tua vinda e
do fim do mundo?” (Mt 24.3). A ideia do “fim do mundo” já era bem questionada
pelos primeiros cristãos. O apóstolo Pedro fala sobre os “escarnecedores”, que
dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”, achando que a Palavra de Deus não
haveria de se cumprir, por causa da demora em chegar o fim dos tempos (2 Pe
3.3,4). Desde aquele tempo, nos primórdios do cristianismo, havia pessoas que
não acreditavam na Vinda de Jesus. Os anos se passavam, as décadas decorriam, e
não havia sinais da volta do Senhor para reinar com sua Igreja. Imaginemos hoje
quantos também descreem da volta do Senhor. Há até pastores de igrejas que
desacreditam na volta literal do Senhor Jesus, descendo sobre as nuvens para
buscar a sua Igreja. Ocorre que a Palavra de Deus não pode falhar. Ela é ao
mesmo tempo inspirada, revelada e inerrante, pois seu Autor é Deus, por
intermédio do Espírito Santo, que transmite a mensagem para a Igreja e para o
mundo.
Lucas registrou essa preocupação dos discípulos quando
escreveu o livro de Atos dos Apóstolos. “Aqueles, pois, que se haviam reunido
perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai
estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.6,7). Os discípulos de Jesus viveram
num tempo de intensa expectativa quanto ao futuro de Israel e deles próprios. O
país estava sob domínio romano, sob ocupação de um país estrangeiro. Depois de
tantos eventos negativos, sob dominação de outros povos, era natural que o
anseio dos judeus fosse a restauração de Israel, e com o “fim do mundo”.
A resposta de Jesus, nos últimos momentos junto
aos discípulos, antes de sua ascenção, foi significativa para quem estuda a
doutrina dos últimos tempos. “Não vos pertence saber os tempos ou as estações
que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder”. Os discípulos raciocinavam em
termos de tempo cronológico, conforme se conhece, em termos de dias, meses,
anos e séculos, para identificar períodos ou eras da História da humanidade. No
entanto, Deus não se guia pelo tempo cronológico, ou fcronos (gr.). Ele se guia
por seu próprio “tempo”, que pode ser traduzido pela palavra grega kairós, que
se refere a um “tempo”, período ou “era” indeterminados, que não podem ser
avaliados ou estabelecidos pela lógica da cronologia humana. Foi por isso que o
apóstolo Pedro, numa inspiração profética, referiu-se ao tempo da volta de
Jesus de forma bem incisiva e profética, quando escreveu, em sua segunda carta,
em alusão aos escarnecedores que duvidavam que Jesus voltaria, face os anos
decorridos, desde seu retorno para os céus: “Mas, amados, não ignoreis uma
coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pe
3.8). Quem pode entender a mente de Deus? Ninguém. Não se sabe se Ele está
usando a equação de mil anos, como um dia, ou de um dia como mil anos.
2. As
Previsões Falsas sobre o Futuro
A História da Igreja testemunhou, ao longo dos séculos, a
preocupação de líderes de movimentos religiosos quanto ao fim do mundo. A maior
parte deles terminou em decepção e vergonha, por propalarem tempos e datas para
o “fim do mundo”. E nada aconteceu. Na verdade, tais pregoeiros do fim não
passaram de falsos profetas, que, além de frustrarem a fé de milhares de
pessoas, deixaram um legado de falsos ensinos e heresias que, ainda hoje,
causam prejuízo à vida espiritual de milhões de pessoas que nelas acreditam.
1)
Certo pastor evangélico, no Nordeste, fazia cálculos errôneos sobre
a Grande Tribulação e a Volta de Jesus. Ele marcou o arrebatamento para 1993, e
início da Grande Tribulação (sete anos) considerando que o ano 2.000 seria o
fim do 6o milênio; nada aconteceu. Indagado sobre qual era o calendário em que
ele baseava suas previsões sobre os fins dos tempos, respondeu que usava o
calendário romano. Esqueceu-se de que o calendário que usamos tem um erro de
defasagem de quatro ou cinco anos, cometido por Dionysius Exiguus, que só foi
descoberto muitos anos depois. Segundo os estudiosos, Jesus pode ter nascido em
6 ou 4 a.C. Mas o referido pastor, homem de mais de 60 anos, considerava-se,
presunçosamente, um dos maiores intérpretes das Escrituras. Desdenhou de uma
comissão que foi ouvi-lo, tachando a todos de “meninos”, que não sabiam bem das
Escrituras. Por causa de suas apostilas, também houve quem quisesse desmarcar
compromissos, alegando que, se Jesus estava perto de voltar, para que fazer
mais alguma coisa? Mas, para sua decepção e sorte do mundo perdido, Jesus não
veio em 1993.
Mais uma vez, a bigorna da Bíblia quebrou outro martelo das
falsas profecias! Por que tais ensinos eram falsos e fracassaram? Simplesmente,
porque não estavam de acordo com a Palavra de Deus. Jesus, em seu sermão
escatológico, ensinou: “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui
ou ali, não lhe deis crédito [...] Porque, assim como o relâmpago sai do
oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do
Homem” (Mt 24.23,27).
2) A s
“profecias” de Nostradamus. Miguel de Nostradamus nasceu em St. Remy,
perto de Avinhão, na Provença (França), em 1481, e morreu em 1566. Descendente
de judeus, pai, avô e bisavô eram ligados a magos e mestres da cabala árabe. O
avô, Johann de St. Remy, ensinoulhe Astrologia e Astronomia, dizendo que era
possível prever o futuro com base nos astros, na predição, na magia e
astrologia. Foi médico da corte de Henrique II, do Rei Carlos IX, na França.
Tornou-se famoso ao escrever as Centúrias, um conjunto de 100 estrofes de 4
versos cada, com “profecias”, que vão de 1555 até o Juízo Final, previsto por
ele para 3797.
Nostradamus foi um falso profeta por excelência. Previu que
em 1986 haveria a devastação da Itália. A terra de Da Vince continua no seu
lugar, apenas invadida por imigrantes africanos. Previu que em 1987 haveria
fome e miséria na Europa, com o início da 3' Guerra Mundial. Até agora, a
Europa tem passado por crises econômicas, mas não consta que ninguém morreu de
fome. Previu, para 1988, um grande terremoto, com um eclipse de três dias sobre
a Terra. Vaticinou que, em 1989, haveria uma revolução na Itália, terminando
com uma ditadura e proibição do cristianismo; tal evento não aconteceu.
Profetizou falsamente que, em 1998, a Terra sairia do seu eixo (cambaleando),
surgindo um “novo céu” diante dos habitantes da Terra.
Com o se trata de um falso profeta, suas previsões, quando
acertadas, podem ser fruto do acaso, visto que as Centúrias são escritas em
linguagem arcaica, como podem ser fruto da ação do Diabo, para que as pessoas
deixem de crer na Palavra de Deus.
3 ) O
aparecimento de falsos Cristos. No site YouTube, foi
divulgado o aparecimento de um falso messias, de nome José Luiz, líder da
Igreja Creciendo en Gracia. Ele se dizia ser Jesus Cristo encarnado, a quem
teria incorporado em 1973. Com tal heresia, quis mostrar que Jesus já tinha
voltado, incorporado nele. Deu entrevista na CNN dizendo ser Jesus Cristo em
pessoa. Na “igreja” dele, nada é pecado. Diz que Jesus já perdoou todos os
nossos pecados na cruz e que, agora, o homem pode adulterar, ser homossexual, e
nada acontecer, pois o pecado não atinge mais seu espírito. Fica apenas no
corpo. É um tipo de ensino tão grosseiro e absurdo que dispensa comentários.
Dizia que era imortal e que Jesus levou todos os pecados na cruz, e que, por
isso, não haveria problema em o crente pecar, fazer o que quisesse, pois Cristo
já levara todos os pecados.
Ensinava que o número 666 era o número de Deus! E que os
crentes interpretaram errado o Apocalipse em relação ao “número da Besta”. Ele
chegou a pregar, em 2012, que naquele ano seu corpo seria glorificado, e que
jamais morreria. Acabou falecendo, de cirrose hepática, no dia 13 de agosto de
2013. A ex-esposa desse falso Cristo declarou que ele ensinou falsidades e
enganou muita gente. Mas seus seguidores acreditam que ele vai “ressuscitar num
corpo radioativo”.
Para esse falso Jesus, os Evangelhos de Mateus, Marcos Lucas
e João não têm nenhum valor. Somente as epístolas de Paulo devem ser
consideradas como mensagens de Deus para a igreja. E incrível como o ser humano
tem facilidade em ser enganado pelos falsos cristos. Milhares de pessoas na
América do Norte e em outros continentes têm aderido a essa seita perigosa. Ele
faleceu, mas Jesus já previu esse fenômeno satânico: “porque surgirão falsos
cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível
fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).
Há um fascínio ou um desejo inconsciente na humanidade
voltado para o fim dos tempos. Não é novidade. Sempre que se aproxima o fim de
um século ou de um milênio, esse sentimento se aguça. No final do primeiro
milênio, ano 999, houve demonstrações desse clima emocional em torno das
previsões apocalípticas. O escritor Paulo Romeiro, em seu livro Evangélicos em
Crise, cita o que ocorreu naquele ano, com base no depoimento de Frederick
Marten:
Os homens perdoavam as dívidas de seus vizinhos; as pessoas
confessavam suas infidelidades e más obras. (...) As igrejas eram cercadas por
multidões, em busca de confissão e perdão (...). Os prisioneiros eram soltos e
mesmo assim muitos queriam espiar os seus pecados antes do fim”.
No entanto,
depois que os dias passavam, e o fim não chegava, a vida retomou seu ritmo de
forma constrangedora. Os credores voltaram a cobrar as dívidas; os esposos e
esposas que confessaram suas infidelidades ficaram em pior situação; os presos
foram recapturados, e a descrença e a decepção tomaram conta dos que
acreditaram em profecias falsas.1 Toda essa terrível decepção ocorreu
simplesmente porque os seus profetizadores esqueceram do que Jesus ensinou:
“Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o
Filho, senão o Pai” (Mc 13.32). Jesus disse essa palavra antes de sua
ressurreição. Logo após ter revivido, Ele afirmou: “... E-me dado todo o poder
no céu e na terra” (Mt 28.18). Assim, todos os que marcaram datas para o fim
dos tempos, ou a volta de Jesus, fracassaram.
III - O Cuidado com as Interpretações
Escatológicas
Os livros escatológicos, como Daniel e Apocalipse, têm sido
objeto de muitos tipos de interpretações. Eles foram inspirados por Deus e
contêm a verdade acerca dos acontecimentos que alcançarão todo o planeta e a
humanidade no fim dos tempos. Porém, como em tais escritos há uma linguagem
profética, muitas vezes simbólica ou não literal, muitos intérpretes usam e
abusam de suas conclusões, carregadas de influência de sua linha de pensamento,
ou de doutrinas aceitas por suas igrejas ou denominações, para escrever textos
os mais diversos sobre os últimos tempos e as últimas coisas que afetarão a
humanidade. De modo geral, essas interpretações se incluem nos tipos a seguir.
1.
Futurista Essa corrente de interpretação considera que a mensagem dos
livros escatológicos é futura. A maior parte das profecias ainda vão se
çumprir, começando com o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes.
Nessa linha de pensamento, há “os futuristas simples, que aceitam os primeiros
três capítulos do Apocalipse como já cumpridos; tudo o que segue, nos demais
capítulos do último livro da Bíblia, refere-se à aparição vindoura de Cristo.
Depois, há os futuristas extremos, que acham que todo o Apocalipse refere-se à
vinda do Senhor e que os três primeiros capítulos são uma predição acerca dos
judeus depois da primeira ressurreição”.
a)
Pré-tribulacionista e pré-milenista. Essa corrente de
interpretação futurista conclui que a vinda de Cristo ocorrerá antes da Grande
Tribulação, dando lugar à visão pré-tribulacionista, conforme o parágrafo
anterior; também é pre-milenista , pois considera que a vinda de Jesus será
antes do Milênio literal, quando Cristo virá reinar literalmente sobre a terra.
É a visão que esposamos como a mais coerente para a interpretação dos escritos
bíblicos escatológicos.
b)
Miditríbulacionistas e pós-tribulacionistas. Entre os futuristas, há
os que creem que a Igreja passará pela Grande Tribulação. São os
miditribulacionistas, que ensinam que a igreja será arrebatada no meio da
Grande Tribulação. Os pós-tribulacionistas creem que a Igreja só vai ser
arrebatada depois da Grande Tribulação. No entanto, esse ensino não tem base
sólida na Palavra de Deus. Diz N. Lawrence Olson: “a. Nenhuma passagem bí
blica declara explicitamente que a Igreja passará pela Grande Tribulação.
Israel, sim, está identificado com a Tribulação e bem como as nações e os
ímpios em todo o mundo, mas a verdadeira Igreja não é mencionada em conexão com
a Tribulação”. 3 A igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que
aguarda a volta de Jesus em santidade, ouviu do Senhor Jesus a promessa de que
não passaria pela “hora da tentação” que haverá sobre todo o mundo. “Como
guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”
(Ap 3.10 - grifo nosso). A Igreja não estará mais na Terra quando começar a
Grande Tribulação.
O apóstolo Paulo recebeu revelação sobre esse fato, quando
escreveu: “[...] e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos,
a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10 - grifo nosso). Essa
“ira futura” refere-se à Grande Tribulação, da qual Jesus livrará sua Igreja
(ver Rm 5.9; Ap 6.17). Horton, renomado escritor, entende que a interpretação
futurista é a mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos:
“Creio ser a visão futurista a que melhor se encaixa nas profecias do Antigo Testamento;
é também a que menos problemas de interpretação apresenta”.
2.
Histórica e Preterista
Considera que o
Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior
parte, na História da Igreja. “Os historicistas interpretam o Apocalipse como
um estudo progressivo dos destinos da igreja desde seu início até a sua
consumação. Os que mantêm este modo de ver, histórico e contínuo, asseveram que
as profecias estão cumpridas em parte e em parte estão por cumprir, e que
algumas estão sendo cumpridas perante nossos próprios olhos”.5 Os adventistas
acreditam que já estamos no cumprimento do capítulo 6, na abertura do Io selo,
que seria a pregação do evangelho. Mas tal entendimento não corresponde à
realidade bíblica.
Considera que o Apocalipse
já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de
Jerusalém, no ano 70 a.C. Há manipulação de datas para tudo, visando acomodar
as premissas da interpretação. Numa linguagem simples, essa corrente entende
que, no Apocalipse, tudo é passado (pretérito). Entretanto, as profecias
bíblicas sobre o fim dos temos indicam que diversos eventos escatológicos ainda
não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.17), a Grande
Tribulação ou a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10), a
vinda de Cristo em glória (Mt 16.27) e o Milênio (Ap 20.2-5).
3.
Simbolista
É também chamada de interpretação idealista ou
espiritualista. Tudo é espiritualizado , tudo é simbólico; nada é histórico nem
profé tico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal.6 É uma
interpretação racionalista, derivada do Humanismo de John Dewey, que nega o
sobrenatural e exalta apenas o homem. Como derivado dessa corrente, existe o
ensino amilenista, ou amilenialista, segundo o qual não haverá um período
literal de mil anos para o reinado de Cristo. Seus defensores afirmam que, em
momento algum, Jesus irá reinar sobre a terra a partir de Jerusalém. ‘O reino
de Cristo não é deste mundo, mas ele reina nos corações do seu povo sobre a
terra. Os mil anos simbolizam a perfeição e a plenitude do tempo que separa as
duas vindas de Cristo”.7 E que a Igreja está vivendo esse Milênio simbólico,
quando, logo após, haverá a ressurreição dos mortos. Mas as referências que
indicam que o Milênio será literal são abundantes (Ap 20.2-5 e ref.).
Os acontecimentos históricos do século passado e do atual
desmentem totalmente a doutrina de que a Igreja está vivenciando o Milênio. As
duas guerras mundiais, com milhões de vidas destruídas; o avanço das falsas
religiões e das seitas; o aumento da violência e da corrupção; as grandes
catástrofes naturais, como terremotos de alta intensidade, ceifando tantas
vidas; o aumento da depravação da humanidade, a ponto de superar a
pecaminosidade de Sodoma e Gomorra. Tudo isso desmente a teoria de que desde o
século passado, estaríamos vivendo o Milênio. As características do Milênio
reveladas nas Escrituras são muito diferentes. Diz a Bíblia: “Porque a terra se
encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Hc
2.14). Isso até aqui não aconteceu. Esse ensino tem tido a aceitação de muitas
pessoas, incluindo pastores pentecostais, que antes pregavam a visão da vinda
literal de Cristo à terra.
Dentre os simbolistas há os pós-milenistas, que veem o
Milênio como uma extensão do período atual da Igreja. Ensinam que o poder do
evangelho ganhará todo o mundo para Cristo, e a Igreja assumirá o controle dos
reinos seculares. Após isso, haverá a ressurreição e o julgamento geral tanto
do justo como do ímpio, seguido pelo reinado eterno no novo céu e na nova
terra”.8 Os textos bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos
acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos salvos ocorrerá na
vinda de Cristo. Paulo teve a revelação de Deus em relação à ressurreição dos
crentes salvos, e da transformação dos que estiverem vivos na vinda de Jesus.
No texto a seguir, não vemos hipótese para ser uma profecia simbólica, e, sim,
literal e realista quanto à volta de Cristo, a ressurreição e o arrebatamento
dos salvos.
Não
quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que
não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos
que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os
tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que
nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que
dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo,
e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
(1 Ts 4.13-17 - grifo nosso) .
Uma leitura cuidadosa do texto citado toma por base o fato
da ressurreição de Cristo, que não foi simbólico, mas literal, testemunhado por
centenas de pessoas e registrado nas páginas dos Evangelhos. Paulo diz que, da
mesma forma, os que estão mortos (“em Jesus dormem ) serão ressuscitados por
Deus. E acrescenta que “os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor não
precederemos os que dormem”, e que, naquele momento glorioso para a Igreja, “os
que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro . Isso não tem nada a ver com
simbolismo. A linguagem, aí, só é figurada ou simbólica, no que respeita ao
estado de morte, ou “estado intermediário’ , em que o apóstolo usa a metáfora
do sono (“os que dormem”). No mais, a literalidade é tão clara como a luz de um
dia de verão. Completando seu precioso ensino acerca do arrebatamento da
Igreja, Paulo diz que os que estiveram vivos, por ocasião da volta de Cristo,
serão arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares”. Somente uma interpretação equivocada ou tendenciosa pode vislumbrar
simbolismo onde não há a menor margem para tal entendimento.
Na ascenção de Jesus, em Betânia, ele reunira seus
discípulos e, diante de todos, literalmente, venceu a gravidade, em seu corpo
glorificado, e subiu ao céu à vista deles. Diz o texto de Atos: E, quando dizia
isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o
a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que
junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram:
Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós
foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir"
(At 1.9,11 - grifo nosso). Jesus vai voltar, disseram os mensageiros
celestiais, “assim como para o céu o vistes ir”. Ou seja, da mesma forma,
sobrenatural, literal, visível, de forma incontestável.
O
PLANO DIVINO ATRAVÉS DO SÉCULO
O
século presente ( CAP: 9)
A
segunda vinda de Cristo
F. A
Igreja e a Segunda Vinda de Cristo. (O leitor deve localizar este período no Mapa das Dispensações).
1. O Destino da Igreja rapidamente aproxima-se do seu
glorioso desfecho, e bem assim o destino
do mundo de modo geral, neste fim do "Século
Presente'. O plano divino da redenção chegará à sua conclusão exatamente como Deus o havia planejado e do
modo como está revelado nas Escrituras.
Esse plano prevê
que todos os
crentes falecidos, em Cristo,
serão ressuscitados dentre os mortos, e na mesma ocasião os crentes que
estiverem vivos, serão
trasladados ou raptados
para se encontrarem com Cristo
nos ares, ao soar da trombeta. I Ts 4.13-17; I Co 15.51,52. Em Sua palestra com Marta, na
ocasião da ressurreição de Lázaro, Jesus
indicou que haveria essas duas classes, ao dizer, "Eu sou a ressurreição e a vida". Para
aqueles que já faleceram, possuídos da
fé em Cristo, Ele é a
RESSURREIÇÃO, i.e, o poder suficiente para libertá-los
do reino da
morte e, para
aqueles que estiverem
vivos e crentes no Evangelho, Cristo será a VIDA, a
energia que transformará, num abrir
e fechar de
olhos, seus corpos
materiais em corpos
glorificados.
glorificados.
No Velho Testamento
aconteceram dois casos de arrebatamento, de
homens que, estando
na terra, subitamente
acharam-se no céu: Enoque,
dos tempos ante-diluvianos (Gn
5.24; Hb 11.5)
e o profeta Elias (II Rs 2.11), que foi elevado num carro
de fogo.
Em Lucas 9.28-31 encontramos uma espécie de ensaio quanto ao
tempo em que Cristo voltará à terra em glória, ensaio esse pelo qual conhecemos o tipo de pessoas que integrarão o
Seu reino. No Monte da Transfiguração, junto com Cristo, cuja deidade
resplandeceu sobre a Sua
humanidade nessa hora,
foram vistos Moisés
e Elias. Moisés representava
aqueles que haviam
falecido e Elias
aqueles que não experimentarão a morte, ambos
participantes da mesma glória que se há de revelar.
Quanto à ressurreição
dos crentes Paulo
informa em l Co
15.22-24 que
"cada um, porém,
(será ressuscitado) por
sua ordem: Cristo,
as primícias; depois
os que são
de Cristo, na
sua vinda". A palavra
"ordem" no original
é "tagmati", que
é um termo
militar significando tropa militar
formada com suas
diferentes ordens, indicando, a
nosso ver, que haverá distintos grupos de ressuscitados no dia da vinda de Cristo. Os santos
ressuscitados após a ressurreição de Cristo
(Mt 27.52,53), a grande multidão de salvos durante a Grande Tribulação (Ap 6.9-11) e a ressurreição e
rapto das duas testemunhas mártires (Ap
11.7-11), são casos que ilustram essa verdade.
2. O
Tempo do Arrebatamento da
Igreja é um
assunto de elevada
importância. A Segunda
Vinda de Cristo
consiste de um
só evento, contudo,
o mesmo se
manifestará em duas
fases. Primeiramente,
ocorrerá o rapto da Igreja que será a trasladação dos crentes, tanto vivos como falecidos, para
estarem na presença de Cristo, nos ares, como Paulo explica em I Ts 4.13-18.
Após o rapto haverá um período de
tempo que durará pelo menos
três anos e meio
ou mais provavelmente sete anos, durante o qual
terá lugar 0 juízo
da Igreja, no chamado
"Tribunal Cristo" (II Co 5.10; I Co 3,10-17), onde ela
receberá os galardões do Senhor. Também
estará presente às bodas do
Cordeiro, no céu, na qualidade de
"Noiva". Ap 19.6-10. Durante
este período o Anti-cristo reinará sobre a terra e a Grande Tributação
se desencadeará sobre Israel e as
nações. Depois disso dar-se-á a "Revelação" de Cristo, em forma visível, sobre as nuvens do céu, quando Ele
descerá à terra no Monte das Oliveiras, de onde ascendeu. At 1.11,12;
Mt 24.30; Zc 14.4,5; Cl 3.4; I Ts 3.13;
Jd 14; Mt 24.27-30. Essa será a Sua manifestação em poder e grande glória a
Israel e às nações do mundo. O rapto será um evento secreto enquanto a revelação terá a
mais ampla divulgação, todo o mundo
tomando conhecimento da mesma. Logo em seguida, Cristo estabelecerá Seu reino de 1.000 anos de paz
sobre a terra. (O estudante deve
localizar esses eventos no
Mapa das Dispensações, vendido em separado). Em Ap 19.8,14 está declarado que Cristo trará consigo
"os exércitos que há no céu...
com vestiduras de linho finíssimo branco e puro".
Esses só podem
ser os santos
previamente arrebatados. Logicamente, esses santos não poderiam voltar
com ele a não ser que fossem primeiro
reunidos a Ele, fato que deverá ocorrer no momento do rapto da Igreja. Esses santos então reinarão
com Cristo sobre a terra durante o
período milenial. Nosso lugar nesse reino, sem dúvida, será estabelecido enquanto estivermos com Ele no
céu, durante o período entre o Rapto e a
Revelação. Contrário a esta opinião do rapto pré--Tribulação, alguns
ensinam que a
Igreja terá que
passar pela Tribulação e ser arrebatada depois. Passamos a
apresentar
3. As Razões
Por Que Opinamos que a Igreja não
passará pela Tribulação.
a. Nenhuma passagem'
bíblica declara explicitamente que a Igreja passará
pela Grande Tribulação. Israel,
sim, está identificado
com a Tribulação e bem como as nações e
os ímpios em todo o mundo mas a
verdadeira Igreja não é mencionada em conexão com a
Tribulação.
b. -O livro do Apocalipse trata
em geral dos derradeiros sete anos do século atual, a "Septuagésima
Semana" revelada a. Daniel. Dn 9.27. O apóstolo João, tendo registrado sua visão de
Cristo glorificado, no cap. 1, e das
sete igrejas, nos caps. 2 e 3, que representam a história da Igreja
universal, desde o
Pentecoste até ao
Rapto, ele, a
partir do capítulo quarto,
começou a revelar
o que aconteceria
"depois destas coisas", (4.1), isto é, depois do período da Igreja. Os capítulos
9 a 19 descrevem os tempos da Grande
Tribulação. É significativo que em todo esse trecho
a Igreja não é mencionada
uma só vez,
direta ou indiretamente. No capítulo 4 os 24 Anciãos sentados sobre tronos em volta
do trono de Deus, como representantes da Igreja arrebatada que já recebera
seus galardões e
que já se
sentara com Cristo
em tronos. Portanto, tudo isso indica que durante a
Tribulação a Igreja estará com Jesus nos
céus. No capítulo 19.8 vemos a Igreja voltando à Terra com Cristo
para aqui reinar.
Naturalmente, para poder
voltar, seria necessário primeiro ter subido com Cristo.
c. A Promessa à Igreja em Tiatira esta:
"... dar--Ihe-ei ainda a estrela da
manhã". Ap 2.28. Jesus fez referência à Sua Pessoa como "a brilhante estrela da manhã". Ap 22.16.
Não duvidamos que a promessa ao crente, neste
caso, de receber a "estrela da manhã", significa ser recolhido
à presença do Senhor antes do
"levantar do sol", que neste caso
representaria o início do reino milenial. A estrela da alva sempre é vista de madrugada, antes da aurora. Em
Malaquias 4.1,2 encontramos uma promessa
a Israel referente a esse período milenial, que diz: "Mas para
vós outros que
temeis o meu
nome nascerá o
sol da justiça, trazendo
salvação nas suas
asas..." Esse "nascer do
sol" ocorrerá justamente
após a noite mais escura em toda a história do povo de Israel, a Grande Tribulação.
Assim quando esse novo dia, o Milênio, despontar, a estrela
da manhã
já terá aparecido e a Igreja terá sido recolhida à
presença de Cristo para
participar com Ele
da administração do
reino que será inaugurado
ao aparecer 0 "Sol da
Justiça".
d. A
Promessa à Igreja
em Filadélfia, a
cidade do "amor fraternal", a Igreja verdadeira dos
últimos dias da presente dispensação. "Porque guardaste
a palavra da
minha perseverança, também
eu te guardarei da
hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a
terra\ Ap 3.10. A expressão "hora da provação", da qual a igreja será
guardada, a nosso ver, só pode ser a
Grande Tribulação, pois trata-se de algo de âmbito internacional. O estudo do texto no grego original permite a
interpretação no sentido de que a Igreja
será literalmente "extraída' dessa hora, "guardada" de tal maneira que ela não estará envolvida
• nos eventos dessa hora difícil.
e. A
Grande Tribulação representa um período de juízo ou ira sobre um mundo ímpio, a "igreja" apóstata e Israel
em rebeldia. Os juízos mais terríveis desse período são justamente os sete
"flagelos". Em Ap 15.1
e 16.1,19 nota-se
as seguintes fortíssimas
expressões: "flagelos... com
estes se consumou a cólera de Deus". "Derramai pela terra as sete taças da cólera de Deus".
"Lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira". Em contraste com esse castigo que Deus manda sobre a terra,
temos a promessa de Jesus em João 5.24
que "Quem ouve a minha palavra... não entra em juízo..." "Porque
Deus não nos destinou para a ira,
mas para alcançar
a salvação..."
1 Ts 5.9. "Sendo
justificados pelo seu sangue seremos por
ele salvos da
ira." Rm 5.9.
Paulo declara que
"Jesus... nos livra
da ira vindoura." I Ts 1.10. O ímpio está
destinado a sofrer o flagelo de Deus, mas
o crente dele escapará .
f. A Grande Tribulação,
embora afetando o mundo inteiro tem a ver
especialmente com Israel. Jr 30.4-9; Dn 12.1; Mt 24.15,21. ,
g. A Promessa
à Igreja concernente
o arrebatamento não dispõe de
nenhum sinal pelo qual podemos determinar a hora exata da vinda de Cristo. Jesus disse que ninguém sabe
em que hora o Filh*o do homem há de
voltar. Por outro lado, há vários sinais
de medidas cronológicas que se
aplicam a Israel,
como sejam "semanas", "tempo", "tempos" e
"metade de tempo"; "quarenta e dois meses"; "1.260
dias"; "2.300 dias", etc.
Mas tais expressões não se referem
à Igreja nem ao seu destino. Outra razão por que cremos que o
Apocalipse se refira à Grande
Tribulação é a
menção de tantos
sinais e simbolismos nitidamente judaicos, e bem assim esses
elementos cronológicos nele encontrados.
h. O
Período da Igreja é o período entre a 69a. e a 70a.
"semana" (de anos) mencionada
em Dn 9.25-27. A morte de Cristo (o Ungido) deu- se depois da 69a.
"semana" (vers. 26). Neste ponto teve início a Igreja, o povo
"chamado para fora"
de todas as
nações, como foi
falado no Concilio em Jerusalém. At 15.14-17; Am
9.11,12. A 70a. "semana" (7 anos)
é o período da Grande "Tribulação de Jacó , Dn 12.1; Jr 30.7; Ap 12.7-9. Sem dúvida, quando se iniciar essa
"semana", a Igreja já terá sido arrebatada para estar com o Senhor.
i. O
Ensino de Jesus em Lucas 21.25-36 deixa bem claro que o destino de
Sua Igreja é escapar do castigo que
o mundo sofrerá. No vers..28
diz: "Ora, ao começarem estas coisas (os sinais no sol, na luz, e nas
estrelas, a angústia entre as nações, a perplexidade, o terror, etc.) a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças;
porque ai está , a vossa redenção se aproxima." Esta
"redenção"
refere-se à "redenção do
corpo" mencionada em Rm
8.22,23, que é a
trasladação do crente
no momento do arrebatamento.
j. O Ensino de Paulo também enfatiza que a
salvação da Igreja inclui o ser salva da
ira vindoura. I Ts 1.10; 5.9. Conseqüentemente,
devemos esperar a vinda de Cristo e não a vinda da Tribulação. Para o mundo, a vinda de Cristo
será uma surpresa, como a chegada dum
ladrão. I Ts 5.1-8. Notemos o contraste entre os homens do
mundo e os
crentes pelo uso
das expressões "mas
vós" e "nós, porém", nos versículos 4 e 8.
I. A Trombeta de I Co 15.52 e a Sétima Trombeta de Ap 10.7 e
Ap 11. 15-19 não são idênticas. A
"trombeta" de I Co 15.52 tem a ver com o mistério
do arrebatamentc da
Igreja, assunto que
Paulo tratou ao escrever
a primeira carta aos Tessalonicenses
4.16,17. O soar dessa trombeta
é coisa instantânea, ao passo que a "trombeta" mencionada em Ap
10.7 e 11.15-19
é uma "trombeta" de
juízo sobre a
terra. É relacionada ao
"mistério de Deus",
de amplitude muito
vasta, abrangendo até o desfecho
final do grande plano milenar de Deus, que reúne o reino mile-nial de Cristo, o juízo das
nações, o galardão dos crentes, a
ressurreição dos últimos grupos de ressuscitados durante a Grande Tribulação, e mesmo a ressurreição dos
incrédulos, ou seja "a segunda
ressurreição". O que se nota a respeito dessa "trombeta" é que ela representa um período de tempo e não
apenas um toque instantâneo como é o
caso da outra "trombeta" em I Co 15.52. A referência Ap 10.7 diz:
"... nos dias
da voz do
sétimo anjo..." Esses
"dias" incluem realmente as sete "taças" da ira de
Deus e levam--nos até ao cap. 20 do Apocalipse. Mas
a "trombeta" de I Co
15.52 soa antes
da Grande Tribulação. O grande comentador Adam Clarke
sugere que Paulo, ao descrever a
ressurreição, lançou mão
duma fraseologia puramente judaica,
pois os rabinos
ensinavam que a
ressurreição realizar-se-ia numa série de toques de trombeta. O sétimo
seria o último quando os mortos
levantar-se-iam revestidos de corpos celestiais. Por essas
razões opinamos que seria forçar a
interpretação dessas passagens
dizer que a "última trombeta", mencionada
por Paulo em I Co 15.52, seja a mesma "trombeta" de que fala João em Ap 10.7 e 11.15-19, ensino
que teria como alvo indicar que
o arrebatamento da
Igreja e a
ressurreição dos mortos crentes (a primeira ressurreição)
realizar-se-iam no meio da Tribulação ou
mesmo depois da mesma.
m. O
Ensino Típico do Velho Testamento apresenta José como tipo de Cristo. Ele casou-se com Asená, uma gentia,
durante o tempo de sua rejeição por
parte dos seus irmãos e antes dos sete anos de fome. Gn 41.45.
Semelhantemente, Cristo receberá
a sua "noiva", que
na sua maioria também é gentílica, durante o tempo de
sua rejeição por parte dos seus
irmãos segundo a
carne, isto é,
Israel, e acontecendo
isto antes dos sete anos da
Grande Tribulação. Enoque sempre foi considerado como tino dos crentes
arrebatados antes da Tribulação, pois a
sua trasladação deu-se antes do Dilúvio. Jd 14-16; Gn 5.24. Em Lucas 17.26-30 Jesus fez a
analogia entre os dias de Noé no tempo
do Dilúvio e os dias de Lõ quando Deus subverteu as cidades de Sodoma e
Gomorra. Esses juízos não ocorreram enquanto os seus servos de Deus não estivessem em lugar seguro, b 'is
considerou tanto um homem como Ló, um
crente relativamente fraco, certamente Ele usará de misericórdia para com Seus verdadeiros
santos no fim do tempo, não permitindo que
a Noiva de
Cristo receba o
castigo destinado a um
mundo ímpio. Jr 30.7; Ap 7.4-8; 14.1-5.
A Igreja é o "sal" preservante do mundo. Quando for tirado do meio dos
homens, como é previsto em II Ts 2.7-10,
então é
que o mundo entrará em estado de
"putrefação" moral e
espiritual. Então será revelado o mistério da iniqüidade, o Anti- cristo, e
toda sua operação do erro, que culminará com o juízo direto de Deus sobre esse homem e sobre Satanás que lhe
dará esse estranho poder.
Para quem quiser dar um diferencial à aula é só copiar , imprimir e aplicar o exercício abaixo (aproveitem para premiar os alunos), não esqueçam de dar o crédito ao autor . Uma aula abençoada para todos !
LISTA
DE EXERCÍCIOS 1º TRIMESTRE 2016
O FINAL
DE TODAS AS COISAS – ESPERANÇA E GLÓRIA PARA OS SALVOS
PROFESSOR:
GABRIEL ATHAYDE
GABARITO LIÇÃO 1
Instruções aos Mestres, Atenção
professores!
As questões abaixo são para fixação dos seus alunos
a cada aula. O número romano que vem a frente da pergunta corresponde a seu
tópico e logo a após, o respectivo, sub tópico da pergunta.
A divisão de tópico e sub tópico e a da própria
revista estudada.
Exemplo: Na Lição 1 temos:
I.1. à Defina
“Escatologia”: Obs.:
“ O “ I ” é o tópico da lição onde se
encontra a resposta e “ 1 “ é o Sub tópico da
lição onde especificamente encontra-se o assunto da pergunta e sua
resposta.
( Pode s haver mais de uma pergunta no mesmo tópico e sub tópico)
( Pode s haver mais de uma pergunta no mesmo tópico e sub tópico)
Lição 1
I.1.
à Defina
“Escatologia”:
I.1. à A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos:
escathos, “últimos”, e logos, “estudo”, “mensagem”, “palavra”, O termo grego
cognato é eschata, que significa “últimas coisas”. Daí vem à expressão
“estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”.
I.1.
à Quais os temas
estudados pela escatologia?
I.1. à Estado intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande
Tribulação, Milênio, Julgamento final e Estado Perfeito Eterno.
I.2.
à Quando se dará
a volta de Cristo?
I.2. à A qualquer momento Cristo poderá voltar.
II.1.
à Qual grupo
indagou a Jesus sobre sua vinda?
II.1. à Os discípulos de Jesus.
II.2.
à Segundo a
lição, quem já se atreveu a marcar a data da segunda vinda de Jesus?
II.2. à São inúmeras seitas e falsos profetas que já marcaram a data da
segunda vinda de Jesus.
II.3.
à “Um falso
profeta assegurou, que o anticristo seria revelado em 13 de Novembro de 1986 às
17 horas em Jerusalém”. Baseado em que foi feita está afirmação?
II.3. à Baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo
referências bíblicas utilizando a contagem bíblica dos tempos.
III.1.
à Cite as 4
subdivisões da interpretação futurista da Escatologia:
III.1. à Pré-tribulacionista, Pré-milenista, Midi-tribulacionistas e
Pós-tribulacionistas.
III.2.
à Explique a
corrente que considera o apocalipse um livro histórico:
III.2. à Considera o apocalipse como um livro histórico, cujos fatos já
se cumpriram na sua maior parte. Mas tal entendimento não corresponde à
realidade bíblica.
III.3.
à O que a corrente
Preterista entende a respeito do Apocalipse?
III.3. à Entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do
Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C.
III.4.
à O que diz o
ensino amilenista?
III.4. à Segundo os amilenistas não haverá um período literal de mil
anos para o reinado de Cristo.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: LIÇÃO 1
Instruções
aos Discentes, Atenção Alunos!
As questões abaixo são para fixação dos seu
aprendizado a cada aula. O número romano que vem a frente da pergunta
corresponde a seu tópico e logo a após, o respectivo, sub tópico da pergunta.
A divisão de tópico e sb tópico e a da própria
revista estudada.
Exemplo: Na Lição 1 temos:
I.1. à Defina
“Escatologia”: Obs.:
“ O “ I ” é o tópico da lição onde se
encontra a resposta e “ 1 “ é o Sub tópico da
lição onde especificamente encontra-se o assunto da pergunta e sua
resposta.
( Pode s haver mais de uma pergunta no mesmo tópico e sub tópico)
( Pode s haver mais de uma pergunta no mesmo tópico e sub tópico)
I.1.
à Defina
“Escatologia”:
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
I.1.
à Quais os temas
estudados pela escatologia?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
I.2.
à Quando se dará
a volta de Cristo?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
II.1.
à Qual grupo
indagou a Jesus sobre sua vinda?
________________________________________________________________________________
II.2.
à Segundo a
lição, quem já se atreveu a marcar a data da segunda vinda de Jesus?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
II.3.
à “Um falso
profeta assegurou, que o anticristo seria revelado em 13 de Novembro de 1986 às
17 horas em Jerusalém”. Baseado em que foi feita está afirmação?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
III.1.
à Cite as 4
subdivisões da interpretação futurista da Escatologia:
________________________________________________________________________________
III.2.
à Explique a
corrente que considera o apocalipse um livro histórico:
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
III.3.
à O que a
corrente Preterista entende a respeito do Apocalipse?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
III.4.
à O que diz o
ensino amilenista?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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