quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

LIÇÃO 1 : Escatologia, o Estudo das Ultimas Coisas



Apresentação 


Este livro trata do assunto mais impactante entre as doutrinas cristãs. Pois trata das “Últimas Coisas”, dos “Últimos Dias”, do “Fim dos Tempos”, quando já está previsto o “fim da história humana”, que teve início no Éden e terminará na Grande Tribulação, quando o mundo experimentará as conseqüências de todas as escolhas erradas, enganosas e afrontosas contra Deus, na rebelião contra sua santidade, soberania e divindade.
Começamos o conteúdo com o tema da Escatologia, que se divide em Escatologia Geral, que trata dos grandes acontecimentos que ocorrerão em relação à Igreja e ao mundo em geral. E começam com o Arrebatamento da Igreja, seguido do Tribunal de Cristo e das Bodas do Cordeiro. No mundo, após o arrebatamento da Igreja, haverá a Grande Tribulação, o período mais tétrico e tenebroso na história do planeta. Em seguida, estudamos a Vinda de Jesus em glória, para dar fim à Grande Tribulação, livrar Israel da destruição, proceder à prisão de Satanás e dar início ao Milênio, que conduzirá o plano de Deus para o Juízo Final e o estabelecimento do Perfeito Estado Eterno.

A Teologia Individual tratará do Estado Intermediário, em que os mortos aguardarão a ressurreição. Os salvos esperam a primeira ressurreição e a transformação dos vivos, para subirem ao encontro de Cristo nos ares (1 Ts 4.16,17). Os ímpios aguardam, no Hades, o momento de passarem pela segunda ressurreição, depois do Milênio, para comparecerem ao Juízo Final, diante do Trono Branco, para serem julgados e sentenciados ao inferno (SI 9.17). “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).

Sem dúvida alguma, e receio de exagerar, falar sobre a Vinda de Jesus, para arrebatar a sua Igreja, e sobre os acontecimentos do fim dos tempos, é de grande valor para a Igreja de Jesus Cristo, como proclamadora do evangelho da salvação. Que Deus abençoe que, neste século XXI, os crentes fiéis esperem Jesus “hoje” e não amanhã. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23).
Parnamirim, 23 de setembro de 2015 Elinaldo Renovato de Lima – Pastor






Capítulo 1
Escatologia, o Estudo das Ultimas Coisas “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1).

O século XXI, na marcha inexorável do perpassar do tempo, não prenuncia melhores expectativas para o fim dos tempos. Em todos os aspectos da vida da humanidade, não há um sequer que dê margem para otimismo e esperança com fundamentos sólidos. A vida religiosa poderia ser uma exceção diante das calamidades morais que avassalam o mundo pós-moderno. No entanto, no meio das religiões, seitas e movimentos ditos espirituais, também se percebem os sinais da decadência espiritual e moral.
Cumpre-se de forma cabal a previsão profética do apóstolo Paulo, quando escreveu a seu jovem discípulo Timóteo: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te” (2 Tm 3.1-5). Em muitas igrejas locais, há uma verdadeira profanação das coisas sagradas. O púlpito se transforma em palco, e a nave em circo, onde espetáculos carnais, travestidos de espiritualidade, impressionam e atraem muitas pessoas que não têm a mínima noção do que é ser salvo nem tão pouco do que a Palavra de 

Deus ensina sobre a verdadeira adoração a Deus.
No meio social, em todo o mundo, há uma onda avassaladora de manifestações claras da rebelião contra Deus, que teve início com Lúcifer, passou por Adão, e por este “passou a todos os homens” (Rm 5.12). Na Europa, que já foi berço de grandes avivamentos mundiais, a rebelião contra Deus foi tão terrível que há países em que menos de 2% da população vai a qualquer igreja. O Velho Continente, que já deu ao mundo missionários famosos, como Adoniran Judson, Hudson Taylor, William Care, David Livingstone, Daniel Berg, Gunnar Vingren, e outros, hoje, é um cemitério da cristandade, e já é considerado um “país pós-cristão”, com muito orgulho por parte de muitos governantes.

Em seu Sermão Profético, Jesus predisse o que ocorreria no fim dos tempos. “Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mt 24.10-14). Que 0 Senhor nos ajude a entender a revelação do futuro, vaticinada na Bíblia, e possamos ser fiéis até o fim, quando receberemos a coroa da vida, das mãos do Senhor Jesus, Rei dos reis, e Senhor dos senhores.

1 - O Estudo da Escatologia

1. Definição
A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, “último”, e íogos, “estudo”, “mensagem”, “palavra”; o termo grego cognato é éschata, que significa “últimas coisas”. Daí, vem a expressão “estudo”, ou “doutrina”, das “últimas coisas”. Escatologia, portanto, é o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias. Ou “Doutrina das Ultimas Coisas”.
2. A Abrangência da Escatologia
A escatologia pode ser dividida em dois tópicos: Escatologia Geral e Escatologia Individual.

1) A Escatologia Geral abrange um estudo fascinante acerca dos seguintes temas:
  a) O Fim dos Tempos;
  b) O Arrebatamento da Igreja;
  c) A Grande Tribulação;
  d) A Vinda de Cristo;
  e) O Milênio;
  f) O Juízo Final;
  g) O Perfeito Estado Eterno.

2) A Escatologia Individual refere-se aos aspectos futuros da vida das pessoas, e estuda temas igualmente de muita importância para a compreensão da vida futura:
  a) O estado intermediário (após a morte física);
  b) A ressurreição dos mortos;
   c) O destino final.

O estudo da Doutrina das Últimas Coisas é de grande valor para os que esperam a Vinda de Jesus para buscar a sua Igreja, mas de nada serve para os materialistas, que desprezam e desdenham das verdades bíblicas. Os seguidores de Charles Darwin, que difundiu a falsa Teoria da Evolução, normalmente os cientistas ateus, entendem que o ser humano, após a morte, eqüivale a qualquer animal irracional, como uma cobra, um cachorro, um gato, um leão, e os demais irracionais, que simplesmente se tornarão pó, e nada mais existe após a morte. Com essa ideia maligna, a maioria da humanidade está enganada e sendo levada para a perdição eterna. Diz o salmista: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (SI 9.17).

II – A  Preocupação com o Fim dos Tempos

1. Os Discípulos de Jesus Os discípulos indagaram a Jesus: “[...] que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3). A ideia do “fim do mundo” já era bem questionada pelos primeiros cristãos. O apóstolo Pedro fala sobre os “escarnecedores”, que dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”, achando que a Palavra de Deus não haveria de se cumprir, por causa da demora em chegar o fim dos tempos (2 Pe 3.3,4). Desde aquele tempo, nos primórdios do cristianismo, havia pessoas que não acreditavam na Vinda de Jesus. Os anos se passavam, as décadas decorriam, e não havia sinais da volta do Senhor para reinar com sua Igreja. Imaginemos hoje quantos também descreem da volta do Senhor. Há até pastores de igrejas que desacreditam na volta literal do Senhor Jesus, descendo sobre as nuvens para buscar a sua Igreja. Ocorre que a Palavra de Deus não pode falhar. Ela é ao mesmo tempo inspirada, revelada e inerrante, pois seu Autor é Deus, por intermédio do Espírito Santo, que transmite a mensagem para a Igreja e para o mundo.

Lucas registrou essa preocupação dos discípulos quando escreveu o livro de Atos dos Apóstolos. “Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.6,7). Os discípulos de Jesus viveram num tempo de intensa expectativa quanto ao futuro de Israel e deles próprios. O país estava sob domínio romano, sob ocupação de um país estrangeiro. Depois de tantos eventos negativos, sob dominação de outros povos, era natural que o anseio dos judeus fosse a restauração de Israel, e com o “fim do mundo”.
A resposta de Jesus, nos últimos momentos junto aos discípulos, antes de sua ascenção, foi significativa para quem estuda a doutrina dos últimos tempos. “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder”. Os discípulos raciocinavam em termos de tempo cronológico, conforme se conhece, em termos de dias, meses, anos e séculos, para identificar períodos ou eras da História da humanidade. No entanto, Deus não se guia pelo tempo cronológico, ou fcronos (gr.). Ele se guia por seu próprio “tempo”, que pode ser traduzido pela palavra grega kairós, que se refere a um “tempo”, período ou “era” indeterminados, que não podem ser avaliados ou estabelecidos pela lógica da cronologia humana. Foi por isso que o apóstolo Pedro, numa inspiração profética, referiu-se ao tempo da volta de Jesus de forma bem incisiva e profética, quando escreveu, em sua segunda carta, em alusão aos escarnecedores que duvidavam que Jesus voltaria, face os anos decorridos, desde seu retorno para os céus: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pe 3.8). Quem pode entender a mente de Deus? Ninguém. Não se sabe se Ele está usando a equação de mil anos, como um dia, ou de um dia como mil anos.

2. As Previsões Falsas sobre o Futuro
A História da Igreja testemunhou, ao longo dos séculos, a preocupação de líderes de movimentos religiosos quanto ao fim do mundo. A maior parte deles terminou em decepção e vergonha, por propalarem tempos e datas para o “fim do mundo”. E nada aconteceu. Na verdade, tais pregoeiros do fim não passaram de falsos profetas, que, além de frustrarem a fé de milhares de pessoas, deixaram um legado de falsos ensinos e heresias que, ainda hoje, causam prejuízo à vida espiritual de milhões de pessoas que nelas acreditam.

1) Certo pastor evangélico, no Nordeste, fazia cálculos errôneos sobre a Grande Tribulação e a Volta de Jesus. Ele marcou o arrebatamento para 1993, e início da Grande Tribulação (sete anos) considerando que o ano 2.000 seria o fim do 6o milênio; nada aconteceu. Indagado sobre qual era o calendário em que ele baseava suas previsões sobre os fins dos tempos, respondeu que usava o calendário romano. Esqueceu-se de que o calendário que usamos tem um erro de defasagem de quatro ou cinco anos, cometido por Dionysius Exiguus, que só foi descoberto muitos anos depois. Segundo os estudiosos, Jesus pode ter nascido em 6 ou 4 a.C. Mas o referido pastor, homem de mais de 60 anos, considerava-se, presunçosamente, um dos maiores intérpretes das Escrituras. Desdenhou de uma comissão que foi ouvi-lo, tachando a todos de “meninos”, que não sabiam bem das Escrituras. Por causa de suas apostilas, também houve quem quisesse desmarcar compromissos, alegando que, se Jesus estava perto de voltar, para que fazer mais alguma coisa? Mas, para sua decepção e sorte do mundo perdido, Jesus não veio em 1993.
Mais uma vez, a bigorna da Bíblia quebrou outro martelo das falsas profecias! Por que tais ensinos eram falsos e fracassaram? Simplesmente, porque não estavam de acordo com a Palavra de Deus. Jesus, em seu sermão escatológico, ensinou: “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou ali, não lhe deis crédito [...] Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.23,27).

2) A s “profecias” de Nostradamus. Miguel de Nostradamus nasceu em St. Remy, perto de Avinhão, na Provença (França), em 1481, e morreu em 1566. Descendente de judeus, pai, avô e bisavô eram ligados a magos e mestres da cabala árabe. O avô, Johann de St. Remy, ensinoulhe Astrologia e Astronomia, dizendo que era possível prever o futuro com base nos astros, na predição, na magia e astrologia. Foi médico da corte de Henrique II, do Rei Carlos IX, na França. Tornou-se famoso ao escrever as Centúrias, um conjunto de 100 estrofes de 4 versos cada, com “profecias”, que vão de 1555 até o Juízo Final, previsto por ele para 3797.
Nostradamus foi um falso profeta por excelência. Previu que em 1986 haveria a devastação da Itália. A terra de Da Vince continua no seu lugar, apenas invadida por imigrantes africanos. Previu que em 1987 haveria fome e miséria na Europa, com o início da 3' Guerra Mundial. Até agora, a Europa tem passado por crises econômicas, mas não consta que ninguém morreu de fome. Previu, para 1988, um grande terremoto, com um eclipse de três dias sobre a Terra. Vaticinou que, em 1989, haveria uma revolução na Itália, terminando com uma ditadura e proibição do cristianismo; tal evento não aconteceu. Profetizou falsamente que, em 1998, a Terra sairia do seu eixo (cambaleando), surgindo um “novo céu” diante dos habitantes da Terra.
Com o se trata de um falso profeta, suas previsões, quando acertadas, podem ser fruto do acaso, visto que as Centúrias são escritas em linguagem arcaica, como podem ser fruto da ação do Diabo, para que as pessoas deixem de crer na Palavra de Deus.

3 ) O aparecimento de falsos Cristos. No site YouTube, foi divulgado o aparecimento de um falso messias, de nome José Luiz, líder da Igreja Creciendo en Gracia. Ele se dizia ser Jesus Cristo encarnado, a quem teria incorporado em 1973. Com tal heresia, quis mostrar que Jesus já tinha voltado, incorporado nele. Deu entrevista na CNN dizendo ser Jesus Cristo em pessoa. Na “igreja” dele, nada é pecado. Diz que Jesus já perdoou todos os nossos pecados na cruz e que, agora, o homem pode adulterar, ser homossexual, e nada acontecer, pois o pecado não atinge mais seu espírito. Fica apenas no corpo. É um tipo de ensino tão grosseiro e absurdo que dispensa comentários. Dizia que era imortal e que Jesus levou todos os pecados na cruz, e que, por isso, não haveria problema em o crente pecar, fazer o que quisesse, pois Cristo já levara todos os pecados.
Ensinava que o número 666 era o número de Deus! E que os crentes interpretaram errado o Apocalipse em relação ao “número da Besta”. Ele chegou a pregar, em 2012, que naquele ano seu corpo seria glorificado, e que jamais morreria. Acabou falecendo, de cirrose hepática, no dia 13 de agosto de 2013. A ex-esposa desse falso Cristo declarou que ele ensinou falsidades e enganou muita gente. Mas seus seguidores acreditam que ele vai “ressuscitar num corpo radioativo”.

Para esse falso Jesus, os Evangelhos de Mateus, Marcos Lucas e João não têm nenhum valor. Somente as epístolas de Paulo devem ser consideradas como mensagens de Deus para a igreja. E incrível como o ser humano tem facilidade em ser enganado pelos falsos cristos. Milhares de pessoas na América do Norte e em outros continentes têm aderido a essa seita perigosa. Ele faleceu, mas Jesus já previu esse fenômeno satânico: “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).

Há um fascínio ou um desejo inconsciente na humanidade voltado para o fim dos tempos. Não é novidade. Sempre que se aproxima o fim de um século ou de um milênio, esse sentimento se aguça. No final do primeiro milênio, ano 999, houve demonstrações desse clima emocional em torno das previsões apocalípticas. O escritor Paulo Romeiro, em seu livro Evangélicos em Crise, cita o que ocorreu naquele ano, com base no depoimento de Frederick Marten:
Os homens perdoavam as dívidas de seus vizinhos; as pessoas confessavam suas infidelidades e más obras. (...) As igrejas eram cercadas por multidões, em busca de confissão e perdão (...). Os prisioneiros eram soltos e mesmo assim muitos queriam espiar os seus pecados antes do fim”. 
No entanto, depois que os dias passavam, e o fim não chegava, a vida retomou seu ritmo de forma constrangedora. Os credores voltaram a cobrar as dívidas; os esposos e esposas que confessaram suas infidelidades ficaram em pior situação; os presos foram recapturados, e a descrença e a decepção tomaram conta dos que acreditaram em profecias falsas.1 Toda essa terrível decepção ocorreu simplesmente porque os seus profetizadores esqueceram do que Jesus ensinou: “Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mc 13.32). Jesus disse essa palavra antes de sua ressurreição. Logo após ter revivido, Ele afirmou: “... E-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18). Assim, todos os que marcaram datas para o fim dos tempos, ou a volta de Jesus, fracassaram.

III - O Cuidado com as Interpretações Escatológicas

Os livros escatológicos, como Daniel e Apocalipse, têm sido objeto de muitos tipos de interpretações. Eles foram inspirados por Deus e contêm a verdade acerca dos acontecimentos que alcançarão todo o planeta e a humanidade no fim dos tempos. Porém, como em tais escritos há uma linguagem profética, muitas vezes simbólica ou não literal, muitos intérpretes usam e abusam de suas conclusões, carregadas de influência de sua linha de pensamento, ou de doutrinas aceitas por suas igrejas ou denominações, para escrever textos os mais diversos sobre os últimos tempos e as últimas coisas que afetarão a humanidade. De modo geral, essas interpretações se incluem nos tipos a seguir.

1. Futurista Essa corrente de interpretação considera que a mensagem dos livros escatológicos é futura. A maior parte das profecias ainda vão se çumprir, começando com o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes. Nessa linha de pensamento, há “os futuristas simples, que aceitam os primeiros três capítulos do Apocalipse como já cumpridos; tudo o que segue, nos demais capítulos do último livro da Bíblia, refere-se à aparição vindoura de Cristo. Depois, há os futuristas extremos, que acham que todo o Apocalipse refere-se à vinda do Senhor e que os três primeiros capítulos são uma predição acerca dos judeus depois da primeira ressurreição”.

a) Pré-tribulacionista e pré-milenista. Essa corrente de interpretação futurista conclui que a vinda de Cristo ocorrerá antes da Grande Tribulação, dando lugar à visão pré-tribulacionista, conforme o parágrafo anterior; também é pre-milenista , pois considera que a vinda de Jesus será antes do Milênio literal, quando Cristo virá reinar literalmente sobre a terra. É a visão que esposamos como a mais coerente para a interpretação dos escritos bíblicos escatológicos.

b) Miditríbulacionistas e pós-tribulacionistas. Entre os futuristas, há os que creem que a Igreja passará pela Grande Tribulação. São os miditribulacionistas, que ensinam que a igreja será arrebatada no meio da Grande Tribulação. Os pós-tribulacionistas creem que a Igreja só vai ser arrebatada depois da Grande Tribulação. No entanto, esse ensino não tem base sólida na Palavra de Deus. Diz N. Lawrence Olson: “a. Nenhuma passagem bí­ blica declara explicitamente que a Igreja passará pela Grande Tribulação. Israel, sim, está identificado com a Tribulação e bem como as nações e os ímpios em todo o mundo, mas a verdadeira Igreja não é mencionada em conexão com a Tribulação”. 3 A igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que aguarda a volta de Jesus em santidade, ouviu do Senhor Jesus a promessa de que não passaria pela “hora da tentação” que haverá sobre todo o mundo. “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10 - grifo nosso). A Igreja não estará mais na Terra quando começar a Grande Tribulação.
O apóstolo Paulo recebeu revelação sobre esse fato, quando escreveu: “[...] e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10 - grifo nosso). Essa “ira futura” refere-se à Grande Tribulação, da qual Jesus livrará sua Igreja (ver Rm 5.9; Ap 6.17). Horton, renomado escritor, entende que a interpretação futurista é a mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos: “Creio ser a visão futurista a que melhor se encaixa nas profecias do Antigo Testamento; é também a que menos problemas de interpretação apresenta”.

2. Histórica e Preterista
 Considera que o Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte, na História da Igreja. “Os historicistas inter­pretam o Apocalipse como um estudo progressivo dos destinos da igreja desde seu início até a sua consumação. Os que mantêm este modo de ver, histórico e contínuo, asseveram que as profecias estão cumpridas em parte e em parte estão por cumprir, e que algumas estão sendo cumpridas perante nossos próprios olhos”.5 Os adventistas acreditam que já estamos no cumprimento do capítulo 6, na abertura do Io selo, que seria a pregação do evangelho. Mas tal entendimento não corresponde à realidade bíblica.

Considera que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C. Há manipulação de datas para tudo, visando acomodar as premissas da interpretação. Numa linguagem simples, essa corrente entende que, no Apocalipse, tudo é passado (pretérito). Entretanto, as profecias bíblicas sobre o fim dos temos indicam que diversos eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.17), a Grande Tribulação ou a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10), a vinda de Cristo em glória (Mt 16.27) e o Milênio (Ap 20.2-5).
3. Simbolista
É também chamada de interpretação idealista ou espiritualista. Tudo é espiritualizado , tudo é simbólico; nada é histórico nem profé­ tico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal.6 É uma interpretação racionalista, derivada do Humanismo de John Dewey, que nega o sobrenatural e exalta apenas o homem. Como derivado dessa corrente, existe o ensino amilenista, ou amilenialista, segundo o qual não haverá um período literal de mil anos para o reinado de Cristo. Seus defensores afirmam que, em momento algum, Jesus irá reinar sobre a terra a partir de Jerusalém. ‘O reino de Cristo não é deste mundo, mas ele reina nos corações do seu povo sobre a terra. Os mil anos simbolizam a perfeição e a plenitude do tempo que separa as duas vindas de Cristo”.7 E que a Igreja está vivendo esse Milênio simbólico, quando, logo após, haverá a ressurreição dos mortos. Mas as referências que indicam que o Milênio será literal são abundantes (Ap 20.2-5 e ref.).
Os acontecimentos históricos do século passado e do atual desmentem totalmente a doutrina de que a Igreja está vivenciando o Milênio. As duas guerras mundiais, com milhões de vidas destruídas; o avanço das falsas religiões e das seitas; o aumento da violência e da corrupção; as grandes catástrofes naturais, como terremotos de alta intensidade, ceifando tantas vidas; o aumento da depravação da humanidade, a ponto de superar a pecaminosidade de Sodoma e Gomorra. Tudo isso desmente a teoria de que desde o século passado, estaríamos vivendo o Milênio. As características do Milênio reveladas nas Escrituras são muito diferentes. Diz a Bíblia: “Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Hc 2.14). Isso até aqui não aconteceu. Esse ensino tem tido a aceitação de muitas pessoas, incluindo pastores pentecostais, que antes pregavam a visão da vinda literal de Cristo à terra.

Dentre os simbolistas há os pós-milenistas, que veem o Milênio como uma extensão do período atual da Igreja. Ensinam que o poder do evangelho ganhará todo o mundo para Cristo, e a Igreja assumirá o controle dos reinos seculares. Após isso, haverá a ressurreição e o julgamento geral tanto do justo como do ímpio, seguido pelo reinado eterno no novo céu e na nova terra”.8 Os textos bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos salvos ocorrerá na vinda de Cristo. Paulo teve a revelação de Deus em relação à ressurreição dos crentes salvos, e da transformação dos que estiverem vivos na vinda de Jesus. No texto a seguir, não vemos hipótese para ser uma profecia simbólica, e, sim, literal e realista quanto à volta de Cristo, a ressurreição e o arrebatamento dos salvos.
Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. (1 Ts 4.13-17 - grifo nosso) .
Uma leitura cuidadosa do texto citado toma por base o fato da ressurreição de Cristo, que não foi simbólico, mas literal, testemunhado por centenas de pessoas e registrado nas páginas dos Evangelhos. Paulo diz que, da mesma forma, os que estão mortos (“em Jesus dormem ) serão ressuscitados por Deus. E acrescenta que “os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor não precederemos os que dormem”, e que, naquele momento glorioso para a Igreja, “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro . Isso não tem nada a ver com simbolismo. A linguagem, aí, só é figurada ou simbólica, no que respeita ao estado de morte, ou “estado intermediário’ , em que o apóstolo usa a metáfora do sono (“os que dormem”). No mais, a literalidade é tão clara como a luz de um dia de verão. Completando seu precioso ensino acerca do arrebatamento da Igreja, Paulo diz que os que estiveram vivos, por ocasião da volta de Cristo, serão arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares”. Somente uma interpretação equivocada ou tendenciosa pode vislumbrar simbolismo onde não há a menor margem para tal entendimento.

Na ascenção de Jesus, em Betânia, ele reunira seus discípulos e, diante de todos, literalmente, venceu a gravidade, em seu corpo glorificado, e subiu ao céu à vista deles. Diz o texto de Atos: E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" (At 1.9,11 - grifo nosso). Jesus vai voltar, disseram os mensageiros celestiais, “assim como para o céu o vistes ir”. Ou seja, da mesma forma, sobrenatural, literal, visível, de forma incontestável.




O PLANO DIVINO ATRAVÉS DO SÉCULO
O século presente  ( CAP: 9)
A segunda vinda de Cristo
F. A Igreja e a Segunda Vinda de Cristo. (O leitor deve localizar  este período no Mapa das Dispensações).

1. O Destino da Igreja rapidamente aproxima-se do seu glorioso  desfecho, e bem assim o destino do mundo de modo geral, neste fim do  "Século Presente'. O plano divino da redenção chegará à sua conclusão  exatamente como Deus o havia planejado e do modo como está revelado  nas Escrituras. Esse  plano  prevê  que  todos  os  crentes falecidos,  em Cristo, serão ressuscitados dentre os mortos, e na mesma ocasião  os  crentes   que   estiverem   vivos,  serão   trasladados   ou   raptados   para   se encontrarem com Cristo nos ares, ao soar da trombeta. I Ts 4.13-17; I  Co 15.51,52. Em Sua palestra com Marta, na ocasião da ressurreição  de Lázaro, Jesus indicou que haveria essas duas classes, ao dizer, "Eu  sou a ressurreição e a vida". Para aqueles que já faleceram, possuídos  da fé  em Cristo, Ele  é  a RESSURREIÇÃO, i.e, o poder suficiente para  libertá-los   do  reino  da   morte  e,   para  aqueles   que   estiverem  vivos   e  crentes no Evangelho, Cristo será a VIDA, a energia que transformará,  num   abrir   e   fechar   de   olhos,   seus   corpos   materiais   em   corpos
glorificados.

 No Velho Testamento aconteceram dois casos de arrebatamento, de   homens   que,   estando  na   terra,  subitamente   acharam-se  no   céu: Enoque,  dos  tempos ante-diluvianos  (Gn   5.24;   Hb  11.5)  e  o   profeta  Elias (II Rs 2.11), que foi elevado num carro de fogo.
Em Lucas 9.28-31 encontramos uma espécie de ensaio quanto ao tempo em que Cristo voltará  à  terra em glória, ensaio esse pelo qual  conhecemos o tipo de pessoas que integrarão o Seu reino. No Monte da  Transfiguração,  junto com Cristo,  cuja deidade  resplandeceu  sobre  a Sua   humanidade   nessa   hora,   foram   vistos  Moisés   e   Elias.  Moisés  representava   aqueles   que   haviam   falecido   e   Elias   aqueles   que   não experimentarão a morte, ambos participantes da mesma glória que se há de revelar.
Quanto  à  ressurreição   dos   crentes  Paulo   informa   em   l   Co  15.22-24   que   "cada   um,   porém,   (será  ressuscitado)   por   sua   ordem:  Cristo,   as   primícias;   depois   os   que   são   de   Cristo,  na   sua  vinda".   A palavra   "ordem"   no   original  é  "tagmati",   que  é  um   termo   militar  significando   tropa   militar   formada   com   suas   diferentes   ordens, indicando, a nosso ver, que haverá distintos grupos de ressuscitados no  dia da vinda de Cristo. Os santos ressuscitados após a ressurreição de  Cristo (Mt 27.52,53), a grande multidão de salvos durante a Grande  Tribulação (Ap 6.9-11) e a ressurreição e rapto das duas testemunhas  mártires (Ap 11.7-11), são casos que ilustram essa verdade.
 2.   O  Tempo  do   Arrebatamento   da   Igreja  é  um   assunto   de  elevada  importância.   A  Segunda  Vinda  de  Cristo   consiste   de   um   só  evento,   contudo,   o   mesmo   se   manifestará  em   duas   fases.  Primeiramente, ocorrerá  o rapto da Igreja que será  a trasladação dos  crentes, tanto vivos como falecidos, para estarem na presença de Cristo, nos ares, como Paulo explica em I Ts 4.13-18. Após o rapto haverá um  período de tempo  que durará  pelo menos  três  anos e  meio  ou  mais  provavelmente sete anos, durante o qual terá   lugar  0  juízo  da   Igreja, no   chamado   "Tribunal Cristo" (II Co 5.10; I Co 3,10-17), onde ela receberá os galardões  do Senhor. Também estará  presente às bodas do Cordeiro,  no céu, na qualidade de "Noiva". Ap 19.6-10. Durante  este período o Anti-cristo reinará sobre a terra e a Grande Tributação se desencadeará sobre Israel  e as nações. Depois disso dar-se-á  a  "Revelação" de Cristo,  em forma  visível, sobre as nuvens do céu, quando Ele descerá  à  terra no Monte  das Oliveiras, de onde ascendeu. At 1.11,12; Mt 24.30; Zc 14.4,5; Cl  3.4; I Ts 3.13; Jd 14; Mt 24.27-30. Essa será a Sua manifestação em poder e grande glória a Israel e às nações do mundo. O rapto será um  evento secreto enquanto a revelação terá a mais ampla divulgação, todo  o mundo tomando conhecimento da mesma. Logo em seguida, Cristo  estabelecerá Seu reino de 1.000 anos de paz sobre a terra. (O estudante  deve localizar  esses  eventos no  Mapa  das  Dispensações, vendido  em separado). Em Ap 19.8,14 está  declarado que Cristo trará  consigo  "os  exércitos que há  no céu...  com vestiduras de linho finíssimo branco e  puro".   Esses   só  podem   ser   os   santos   previamente   arrebatados.  Logicamente, esses santos não poderiam voltar com ele a não ser que  fossem primeiro reunidos a Ele, fato que deverá ocorrer no momento do  rapto da Igreja. Esses santos então reinarão com Cristo sobre a terra  durante o período milenial. Nosso lugar nesse reino, sem dúvida, será  estabelecido enquanto estivermos com Ele no céu, durante o período  entre o Rapto e a Revelação. Contrário a esta opinião do rapto pré--Tribulação,   alguns   ensinam   que   a   Igreja   terá  que   passar   pela  Tribulação e ser arrebatada depois. Passamos a apresentar

3.   As Razões  Por Que  Opinamos que a Igreja não passará pela Tribulação.
a.  Nenhuma passagem' bíblica declara explicitamente que a Igreja  passará  pela Grande  Tribulação.  Israel,  sim,  está  identificado   com   a  Tribulação e bem como as nações   e   os    ímpios em todo o mundo mas a verdadeira Igreja não é  mencionada em conexão com a Tribulação.

b.  -O livro do Apocalipse trata em geral dos derradeiros sete anos do século atual, a "Septuagésima Semana" revelada a. Daniel. Dn 9.27. O  apóstolo João, tendo registrado sua visão de Cristo glorificado, no cap.  1, e das sete igrejas, nos caps. 2 e 3, que representam a história da  Igreja   universal,   desde   o   Pentecoste   até  ao   Rapto,   ele,   a   partir   do capítulo  quarto,   começou   a  revelar   o  que   aconteceria  "depois  destas  coisas", (4.1), isto  é, depois do período da Igreja. Os capítulos 9 a 19  descrevem os tempos da Grande Tribulação. É significativo que em todo  esse   trecho   a   Igreja   não  é  mencionada   uma   só  vez,   direta   ou  indiretamente. No capítulo 4  os 24 Anciãos sentados sobre tronos  em  volta do trono de Deus, como representantes da Igreja arrebatada que já  recebera   seus   galardões  e  que  já  se   sentara  com   Cristo   em   tronos.  Portanto, tudo isso indica que durante a Tribulação a Igreja estará com  Jesus nos céus. No capítulo 19.8 vemos a Igreja voltando à Terra com  Cristo   para  aqui   reinar.   Naturalmente,   para   poder   voltar,   seria  necessário primeiro ter subido com Cristo.

c.  A Promessa à Igreja em Tiatira esta: "... dar--Ihe-ei ainda a  estrela da manhã". Ap 2.28. Jesus fez referência à Sua Pessoa como "a  brilhante estrela da manhã". Ap 22.16. Não duvidamos que a promessa ao crente, neste  caso, de receber a "estrela da manhã", significa ser  recolhido  à  presença do Senhor antes do "levantar do sol", que neste  caso representaria o início do reino milenial. A estrela da alva sempre é  vista de madrugada, antes da aurora. Em Malaquias 4.1,2 encontramos  uma promessa a Israel referente a esse período milenial, que diz: "Mas  para   vós   outros   que   temeis   o   meu   nome   nascerá  o  sol   da  justiça,  trazendo   salvação   nas   suas   asas..."   Esse   "nascer   do   sol"   ocorrerá justamente após a noite mais escura em toda a história do povo de  Israel, a Grande Tribulação.
Assim quando esse novo dia, o Milênio, despontar, a estrela da  manhã  já  terá  aparecido e a Igreja terá  sido recolhida  à  presença de  Cristo  para   participar   com   Ele   da   administração   do   reino   que   será  inaugurado ao aparecer 0  "Sol da Justiça".

d.  A   Promessa  à  Igreja  em   Filadélfia,  a   cidade   do   "amor  fraternal", a Igreja verdadeira dos últimos dias da presente dispensação.  "Porque   guardaste   a  palavra   da   minha  perseverança,   também  eu  te  guardarei da  hora da provação  que há  de vir sobre o mundo inteiro,  para experimentar os que habitam sobre a terra\ Ap 3.10. A expressão "hora da provação", da qual a igreja será guardada, a nosso ver, só pode  ser a Grande Tribulação, pois trata-se de algo de âmbito internacional.  O estudo do texto no grego original permite a interpretação no sentido  de que a Igreja será literalmente "extraída' dessa hora, "guardada"   de  tal   maneira que ela não estará envolvida
• nos eventos dessa hora difícil.

e. A Grande Tribulação representa um período de juízo  ou ira  sobre um mundo  ímpio, a "igreja" apóstata e Israel em rebeldia. Os juízos mais terríveis desse período são justamente os sete "flagelos". Em  Ap  15.1   e   16.1,19   nota-se   as  seguintes  fortíssimas   expressões:  "flagelos... com estes se consumou a cólera de Deus". "Derramai pela terra  as sete taças da cólera de Deus". "Lembrou-se Deus da grande Babilônia  para dar-lhe o cálice do  vinho do furor  da sua ira". Em contraste com  esse castigo que Deus manda sobre a terra, temos a promessa de Jesus  em João 5.24 que "Quem ouve a minha palavra... não entra em juízo..." "Porque Deus não nos destinou para  a   ira,   mas  para   alcançar   a  salvação..."
1  Ts 5.9. "Sendo justificados pelo seu sangue  seremos por ele  salvos   da  ira."  Rm   5.9.   Paulo   declara   que  "Jesus...  nos   livra  da  ira  vindoura." I Ts 1.10. O ímpio está destinado a sofrer o flagelo de Deus,  mas o crente dele escapará .

f.   A Grande Tribulação, embora afetando o mundo inteiro tem a  ver especialmente com Israel. Jr 30.4-9; Dn 12.1; Mt 24.15,21.           ,

g.  A Promessa  à  Igreja  concernente  o arrebatamento não  dispõe de nenhum sinal pelo qual podemos determinar a hora exata da  vinda de Cristo. Jesus disse que ninguém sabe em que hora o Filh*o do  homem há de voltar. Por outro lado, há  vários sinais de medidas cronológicas   que   se   aplicam   a   Israel,   como   sejam   "semanas",   "tempo", "tempos" e "metade de tempo"; "quarenta e dois meses"; "1.260 dias";  "2.300 dias", etc. Mas tais expressões não se referem  à  Igreja nem ao  seu destino. Outra razão por que cremos que o Apocalipse se refira  à  Grande   Tribulação  é  a   menção   de   tantos   sinais   e   simbolismos  nitidamente judaicos, e bem assim esses elementos cronológicos nele encontrados.

h. O Período da Igreja é o período entre a 69a. e a 70a. "semana"  (de anos) mencionada em Dn 9.25-27. A morte de Cristo (o Ungido) deu- se depois da 69a. "semana" (vers. 26). Neste ponto teve início a Igreja, o  povo   "chamado   para   fora"   de   todas   as   nações,   como   foi   falado   no  Concilio em Jerusalém. At 15.14-17; Am 9.11,12. A 70a. "semana" (7  anos) é o período da Grande "Tribulação de Jacó , Dn 12.1; Jr 30.7; Ap  12.7-9. Sem dúvida, quando se iniciar essa "semana", a Igreja já  terá  sido arrebatada para estar com o Senhor.
i. O  Ensino de Jesus em Lucas 21.25-36 deixa bem claro que o  destino de  Sua Igreja  é  escapar do castigo  que  o  mundo sofrerá.  No  vers..28 diz: "Ora, ao começarem estas coisas (os sinais no sol, na luz, e nas estrelas, a angústia entre as nações, a perplexidade, o terror, etc.) a  suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque ai está , a vossa redenção  se   aproxima."   Esta   "redenção"   refere-se  à  "redenção   do   corpo"  mencionada em Rm 8.22,23, que  é  a   trasladação     do     crente     no  momento do arrebatamento.

j.   O Ensino de Paulo também enfatiza que a salvação  da Igreja inclui o ser salva da ira vindoura. I Ts 1.10; 5.9.  Conseqüentemente, devemos esperar a vinda de Cristo e não a vinda da  Tribulação. Para o mundo, a vinda de Cristo será uma surpresa, como a  chegada dum ladrão. I Ts 5.1-8. Notemos o contraste entre os homens  do   mundo   e   os   crentes   pelo   uso   das   expressões   "mas   vós"   e   "nós,  porém", nos versículos 4 e 8.
I. A Trombeta de I Co 15.52 e a Sétima Trombeta de Ap 10.7 e Ap  11. 15-19 não são idênticas. A "trombeta" de I Co 15.52 tem a ver com o  mistério   do   arrebatamentc   da   Igreja,   assunto   que   Paulo   tratou   ao  escrever a primeira carta  aos Tessalonicenses 4.16,17.  O soar  dessa  trombeta é coisa instantânea, ao passo que a "trombeta" mencionada em  Ap   10.7   e   11.15-19  é  uma  "trombeta"   de   juízo   sobre   a   terra.  É relacionada   ao   "mistério   de   Deus",   de   amplitude   muito   vasta,  abrangendo até o desfecho final do grande plano milenar de Deus, que  reúne o reino mile-nial de Cristo, o juízo das nações, o galardão dos  crentes, a ressurreição dos últimos grupos de ressuscitados durante a  Grande Tribulação, e mesmo a ressurreição dos incrédulos, ou seja "a  segunda ressurreição". O que se nota a respeito dessa "trombeta" é que  ela representa um período de tempo e não apenas um toque instantâneo  como é o caso da outra "trombeta" em I Co 15.52. A referência Ap 10.7  diz:   "...   nos  dias   da   voz  do   sétimo   anjo..."   Esses   "dias"   incluem  realmente as sete "taças" da ira de Deus e levam--nos até ao cap. 20 do  Apocalipse.   Mas   a   "trombeta"   de   I   Co   15.52   soa  antes  da   Grande  Tribulação. O grande comentador Adam Clarke sugere que Paulo, ao  descrever   a   ressurreição,   lançou   mão   duma   fraseologia   puramente  judaica,   pois   os   rabinos   ensinavam   que   a  ressurreição   realizar-se-ia  numa série de toques de trombeta. O sétimo seria o último quando os  mortos levantar-se-iam revestidos de corpos celestiais. Por   essas   razões opinamos que seria forçar a   interpretação  dessas passagens dizer que a "última trombeta", mencionada por Paulo em I Co 15.52, seja a mesma "trombeta"  de que fala João em Ap 10.7 e 11.15-19, ensino que teria como alvo  indicar   que   o   arrebatamento   da   Igreja   e   a   ressurreição   dos   mortos  crentes (a primeira ressurreição) realizar-se-iam no meio da Tribulação  ou mesmo depois da mesma.

m. O Ensino Típico do Velho Testamento apresenta José como tipo  de Cristo. Ele casou-se com Asená, uma gentia, durante o tempo de sua  rejeição por parte dos seus irmãos e antes dos sete anos de fome. Gn  41.45.  Semelhantemente,  Cristo   receberá  a   sua  "noiva",  que   na  sua  maioria também é gentílica, durante o tempo de sua rejeição por parte  dos  seus   irmãos   segundo   a  carne,  isto  é,   Israel,   e  acontecendo   isto  antes dos sete anos da Grande Tribulação. Enoque sempre foi considerado como tino dos crentes arrebatados  antes da Tribulação, pois a sua trasladação deu-se antes do Dilúvio. Jd  14-16; Gn 5.24. Em Lucas 17.26-30 Jesus fez a analogia entre os dias de Noé no  tempo do Dilúvio e os dias de Lõ quando Deus subverteu as cidades de  Sodoma  e Gomorra. Esses juízos não ocorreram enquanto os seus servos  de Deus não estivessem em lugar seguro, b 'is considerou tanto um  homem como Ló, um crente relativamente fraco, certamente Ele usará  de misericórdia para com Seus verdadeiros santos no fim do tempo, não  permitindo  que   a   Noiva   de   Cristo   receba   o   castigo   destinado   a   um  mundo ímpio. Jr 30.7; Ap 7.4-8; 14.1-5. A Igreja  é  o "sal" preservante  do mundo. Quando for tirado do meio dos homens, como é previsto em  II Ts 2.7-10, então  é  que o mundo entrará  em estado de "putrefação"  moral e espiritual. Então será revelado o mistério da iniqüidade, o Anti- cristo, e toda sua operação do erro, que culminará com o juízo direto de  Deus sobre esse homem e sobre Satanás que lhe dará  esse estranho poder.





Para quem quiser dar um diferencial à aula é só copiar , imprimir e aplicar o exercício abaixo (aproveitem para premiar os alunos), não esqueçam de dar o crédito ao autor . Uma aula abençoada para todos !

LISTA DE EXERCÍCIOS 1º TRIMESTRE 2016

O FINAL DE TODAS AS COISAS – ESPERANÇA E GLÓRIA PARA OS SALVOS
PROFESSOR: GABRIEL ATHAYDE
GABARITO LIÇÃO 1

Instruções aos Mestres, Atenção professores!  
As questões abaixo são para fixação dos seus alunos a cada aula. O número romano que vem a frente da pergunta corresponde a seu tópico e logo a após, o respectivo, sub tópico da pergunta.
A divisão de tópico e sub tópico e a da própria revista estudada.
Exemplo: Na Lição 1 temos:
I.1. à Defina “Escatologia”:   Obs.: “ O “ I ” é o tópico da lição onde se encontra a resposta e “ 1 “ é o Sub tópico da lição onde especificamente encontra-se o assunto da pergunta e sua resposta.          
( Pode s haver mais de uma pergunta no mesmo tópico e sub tópico)
Lição 1
I.1. à Defina “Escatologia”:
I.1. à A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, “últimos”, e logos, “estudo”, “mensagem”, “palavra”, O termo grego cognato é eschata, que significa “últimas coisas”. Daí vem à expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”.

I.1. à Quais os temas estudados pela escatologia?
I.1. à Estado intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento final e Estado Perfeito Eterno.

I.2. à Quando se dará a volta de Cristo?
I.2. à A qualquer momento Cristo poderá voltar.

II.1. à Qual grupo indagou a Jesus sobre sua vinda?
II.1. à Os discípulos de Jesus.

II.2. à Segundo a lição, quem já se atreveu a marcar a data da segunda vinda de Jesus?
II.2. à São inúmeras seitas e falsos profetas que já marcaram a data da segunda vinda de Jesus.

II.3. à “Um falso profeta assegurou, que o anticristo seria revelado em 13 de Novembro de 1986 às 17 horas em Jerusalém”. Baseado em que foi feita está afirmação?
II.3. à Baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo referências bíblicas utilizando a contagem bíblica dos tempos.

III.1. à Cite as 4 subdivisões da interpretação futurista da Escatologia:
III.1. à Pré-tribulacionista, Pré-milenista, Midi-tribulacionistas e Pós-tribulacionistas.

III.2. à Explique a corrente que considera o apocalipse um livro histórico:
III.2. à Considera o apocalipse como um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte. Mas tal entendimento não corresponde à realidade bíblica.

III.3. à O que a corrente Preterista entende a respeito do Apocalipse?
III.3. à Entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C.

III.4. à O que diz o ensino amilenista?
III.4. à Segundo os amilenistas não haverá um período literal de mil anos para o reinado de Cristo.


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: LIÇÃO 1                
Instruções aos Discentes, Atenção Alunos!
As questões abaixo são para fixação dos seu aprendizado a cada aula. O número romano que vem a frente da pergunta corresponde a seu tópico e logo a após, o respectivo, sub tópico da pergunta.
A divisão de tópico e sb tópico e a da própria revista estudada.
Exemplo: Na Lição 1 temos:
I.1. à Defina “Escatologia”:   Obs.: “ O “ I ” é o tópico da lição onde se encontra a resposta e “ 1 “ é o Sub tópico da lição onde especificamente encontra-se o assunto da pergunta e sua resposta.         
( Pode s haver mais de uma pergunta no mesmo tópico e sub tópico)


I.1. à Defina “Escatologia”:
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I.1. à Quais os temas estudados pela escatologia?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

I.2. à Quando se dará a volta de Cristo?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

II.1. à Qual grupo indagou a Jesus sobre sua vinda?
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II.2. à Segundo a lição, quem já se atreveu a marcar a data da segunda vinda de Jesus?
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II.3. à “Um falso profeta assegurou, que o anticristo seria revelado em 13 de Novembro de 1986 às 17 horas em Jerusalém”. Baseado em que foi feita está afirmação?
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III.1. à Cite as 4 subdivisões da interpretação futurista da Escatologia:
________________________________________________________________________________

III.2. à Explique a corrente que considera o apocalipse um livro histórico:
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


III.3. à O que a corrente Preterista entende a respeito do Apocalipse?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

III.4. à O que diz o ensino amilenista?
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 ( Exercício : Elaborado por: Gabriel Athayde )
















                                                                                                                             



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