O PRINCÍPIO DO GOVERNO HUMANO INTRODUÇÃO
Imaginemos o Dilúvio em nossos dias. Ao entrar no
imenso navio, construído nalgum estaleiro asiático, Noé e sua família teriam de
deixar, para trás, a maior parte das invenções e conquistas dos últimos cem
anos.
De nada lhes serviria o avião, o tablete ou o celular. Mas, sabiamente,
aperceber-se-iam de provisões para uns 13 ou 14 meses, pois a vida, a bordo da
arca, exigiria muita comida, ração e água potável.
Passada a grande inundação, e já fora da imensa
nau, a família noética teria de iniciar um novo processo civilizatório. As
invenções teriam de ser reinventadas, e as coisas já descobertas, redescobertas
com urgência. Já imaginou recriar o motor elétrico, o automóvel, a televisão, o
computador entre outras maravilhas de nossa era? Nem mencionaremos os avanços
na área da medicina.
A humanidade, em apenas quarenta dias, seria
arremessada, da era do conhecimento, à idade do bronze. A partir daí, teríamos
de retrilhar os passos dos sábios, cientistas e inventores, para que
voltássemos a usufruir de algum progresso tecnológico. Providencialmente, a
civilização adâmica, naquele período, ainda era rudimentar se comparada à
nossa. Mesmo assim, teve de haver um recomeço.
I. O RECOMEÇO DA CIVILIZAÇÃO
Os avanços da primeira civilização, embora
admiráveis, ainda podiam ser razoavelmente dominados por uma única família. Que
o patriarca fosse agricultor, não há dúvida. Quanto aos seus filhos, não lhes
sabemos as profissões. Sei apenas que Noé, Sem, Jafé e Cam, eram excelentes
marceneiros, por terem levado adiante o projeto de uma arca que, apesar do
formidável cataclismo, deu-lhes abrigo e segurança por mais de um ano.
Portanto, em sua construção, lograram eles preservar os princípios
indispensáveis da ciência e da tecnologia do mundo antediluviano.
1. A
continuidade história da humanidade.
O Dilúvio rompeu um processo civilizatório, mas,
paradoxalmente, deu
prosseguimento à história da humanidade. A narrativa que
teve início, com Adão, teria continuidade, agora, com Noé. Portanto, a grande
inundação é apenas um trecho da longa peregrinação do ser humano sobre a face
da Terra.
Hoje, narramos a História Sagrada aos nossos
filhos e netos sem que seja preciso explicar-lhes hiatos ou lacunas.
Arqueologicamente, os vestígios diluvianos não são expressivos. Teologicamente,
porém, as evidências são fortes, irrespondíveis e racionais. Estamos diante de
um fato, não de uma parábola ou alegoria.
A história aí está para lembrar-nos que, apesar
de nossos pecados e iniquidades, o plano divino para os filhos de Adão será
rigorosamente cumprido. Por isso, o Dilúvio não pode ser visto apenas como a
maior tragédia natural do planeta; tem de ser encarado como a maior epopeia da
espécie humana.
2. O repovoamento da terra.
A história da humanidade terá continuidade com
uma nova civilização. Mas, para que esta vingue, é necessário e urgente
repovoar a terra. Por isso, o Senhor abençoa Noé e sua família: “Sede fecundos,
multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 9.1). A benção fazia-se imprescindível,
porque o repovoamento do planeta haveria de ser efetuado a partir de três
casais.
A reserva
genética de que dispunha a espécie humana, naquele momento, era insignificante.
Três casais para repovoar a Ásia, a Europa, a África, as Américas e a Oceânia.
Os primeiros casamentos, por conseguinte, dar-se-iam entre primos. Noutras
circunstâncias, as uniões endogâmicas acabariam por gerar homens e mulheres
débeis, enfermiços e até mesmo desfigurados. Haja vista os desastres genéticos
da casa de Faraó. Para que isso não viesse ocorrer na família de Noé, abençoa
Deus extraordinariamente aqueles casais, cujos filhos teriam de nascer fortes,
saudáveis e perfeitos, pois a sua missão civilizatória seria árdua e
estressante.
Era a segunda vez que o Senhor abençoava
geneticamente a raça humana. A primeira deu-se com Adão e Eva, cujos filhos
tiveram de casar-se entre si. Agora, porém, isso não mais será necessário,
pois, ao invés de um, há três casais prontos a dar sequência ao repovoamento do
planeta. Abençoados, haveriam de gerar povos fortes, inteligentes e aguerridos
que, em breve, espalhar-se-iam pelos cinco continentes. Daqueles três casais
saíram tribos, povos, reinos e impérios.
3. Uma nova realidade ecológica.
A Terra, agora, passaria a
requerer maiores cuidados e empenhos. A nova realidade ecológica encurtar-nos-ia
a vida, não nos permitindo avançar além dos 120 anos. Na realidade, quem chega
aos 80 dá-se por feliz.
II. O ARCO DE DEUS
Segundo os antigos gregos, o arco-íris pertencia
a uma deusa, cuja tarefa era unir o Céu e a Terra. Mensageira dos olimpianos,
estava sempre pronta a derramar oráculos e mistérios sobre os pobres mortais.
Íris, como era chamada, de vez em quando fazia o seu arco aparecer, a fim de
acalmar as gentes do Mediterrâneo.
Se nos pusermos a pesquisar as mitologias
europeias, africanas, asiáticas e ameríndias, constataremos: o arco, que nunca
pertenceu a Íris, acha-se na alma de todas as tribos, nações e povos. Mas,
somente na Bíblia Sagrada, encontraremos o seu verdadeiro proprietário e
significado.
1. Uma
promessa bem visível.
Já fora da arca, Noé erige um altar, e, sobre
este, oferece aves e animais limpos ao Senhor, agradecendo-o pelo grande
livramento. O sacrifício alcança os céus, e acalenta o coração de Deus. Em
seguida, promete-lhe o Senhor: “Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do
homem, porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade; nem
tornarei a ferir todo vivente, como fiz” (Gn 8.21).
O Senhor deixa bem claro ao seu servo, que a
Terra não será arrasada por outro dilúvio: “Enquanto durar a terra, não deixará
de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn
6.22). Para que não pairasse dúvida alguma sobre as suas intenções, aprouve a
Deus dar-lhes um sinal bem visível de sua aliança com a raça humana: “Este é o
sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes
que estão convosco, para perpétuas gerações: porei nas nuvens o meu arco; será
por sinal da aliança entre mim e a terra. Sucederá que, quando eu trouxer
nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco, então, me lembrarei da minha
aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as
águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne. O arco estará
nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os
seres viventes de toda carne que há sobre a terra” (Gn 9.12-16).
A partir daquele momento, os seres humanos veriam
a chuva não mais como ameaça, mas como parte das bênçãos divinas. Aos
israelitas prestes a tomar posse de Canaã, promete o Senhor através de Moisés:
“Se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar
o Senhor, vosso Deus, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa
alma, darei as chuvas da vossa terra a seu tempo, as primeiras e as últimas,
para que recolhais o vosso cereal, e o vosso vinho, e o vosso azeite” (Dt
11.13,14). Hoje, faltando chuva num lugar, todos olham para o céu a esperar
pela intervenção divina. Enquanto redijo estas linhas, a cidade de São Paulo
acha-se inquieta, porque não houve chuva suficiente em seu principal
reservatório.
2. A função do arco de Deus.
Hoje, até poderíamos viver sem o arco-íris,
porque todos sabemos que Deus não voltará a destruir a Terra através de um novo
dilúvio. Aos descendentes de Noé, porém, o arco de Deus não era apenas um
fenômeno ótico; era a garantia de que o Senhor estava no controle de todas as
coisas. E, portanto, não permitiria que a segunda civilização tivesse qualquer
ruptura, pois os seus desígnios são eternos. Já fora da arca, Noé erige um
altar, e, sobre este, oferece aves e animais limpos ao Senhor, agradecendo-o
pelo grande livramento.
Já imaginou se o arco de Deus não aparecesse por
ocasião de uma chuvarada ou tempestade? A geração pós-diluviana seria arruinada
por uma profunda e incurável depressão. Bastaria o tempo fechar e as nuvens
sobrecarregarem-se, para que todos se apinhassem nos outeiros, montes e torres.
Aliás, a humanidade não faria outra coisa a não ser construir barcos e navios,
pois a imagem do Dilúvio era ainda aterradora.
III. UMA NOVA CIVILIZAÇÃO
A partir
do altar que erguera ao Senhor, inicia Noé uma nova civilização. Ele invoca a
Deus que, prontamente, responde-lhe com uma promessa. Portanto, o início da
civilização atual foi essencial e ostensivamente teocrática. Mas, para que os
males da primeira não viessem a destruir a segunda, o Senhor toma uma série de
medidas, a fim de viabilizá-la.
1. A extensão da vida humana.
Os homens já não serão tão longevos quanto os
antediluvianos. Se fizermos uma comparação entre a genealogia do capítulo
cinco, que tinha como tronco o próprio Adão, e a do capítulo 11, cuja cepa é
Noé, concluiremos que Deus, de fato, reduziu drasticamente a extensão da vida
humana. Doravante, o homem não mais contará a sua vida em séculos, mas em
poucas e minguadas décadas. Se Matusalém alcançou 969 anos, José morrerá aos
110. E, hoje, os mais robustos logram chegar aos 70 ou, quando muito, 80 anos.
Se por um lado os bons pouco viverão, os maus não durarão muito. Dessa forma,
daremos sequência à civilização através de nossos filhos, netos, bisnetos e
tataranetos. Se não podemos ter um John Wesl ey com 500 anos, não corremos o
risco de um Hitler com 600. Sábia e amorosamente, o Senhor encurtou-- nos os
dias, para que viéssemos a contá-los e remi-los de acordo com a sua vontade.
2. A nova
dieta humana.
Na primeira civilização, a dieta humana era
composta de frutas, verduras e legumes. Após o Dilúvio, porém, o Senhor permite
aos filhos de Noé a dieta animal, para suplementarem a vegetariana. Eis a
orientação que Deus deixa a Noé: “Tudo o que se move e vive ser-vos-á para
alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora. Carne, porém, com sua
vida, isto é, com seu sangue, não comereis” (Gn 9.3,4).
Se, no início, os animais serviam apenas para o
culto ao Senhor e para as s lidas do campo, a partir de agora hão de servir
também como alimentação aos filhos de Noé.
IV.
ORDENAMENTO JURÍDICO DA NOVA CIVILIZAÇÃO
Se não podemos ter um John Wesley com
500 anos, não corremos o risco de um Hitler com 600. Na era pré-diluviana, era
o próprio Deus quem ministrava a justiça entre os filhos de Adão. Não havia
medianeiros angélicos nem humanos.
Por causa da morte de Abel, arguira o Senhor
pessoalmente a Caim, punindo-o com o desterro. O assassino, temendo por uma
vindicação terrena, supusera que o primeiro a encontrá-lo tirar-lhe-ia a vida.
O Juiz de toda a Terra, contudo, havia proibido semelhante justiçamento. E,
para tanto, colocara um sinal no homicida, para que este fosse poupado. Agora,
porém, a realidade jurídica do planeta será mais rígida; não admitirá
contemplações. Somente com a vida poderá a vida ser vingada.
1. O
fundamento jurídico da nova civilização.
Nenhuma civilização é possível sem um sólido
fundamento jurídico. Sem lei, não há convivência, mas uma sobrevivência hostil
e nada solidária. Nas famílias, onde a disciplina é visível, todos progridem e
desenvolvem-se.
Onde reina a anarquia, a dissolução é
mais que certa; é uma fatalidade anunciada.
Por essa razão, o Senhor entrega o governo da
Terra a Noé, deixando-lhe um preceito que logo se faria universal: “Se alguém
derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o
homem segundo a sua imagem” (Gn 9.6). Tal princípio seria ratificado pelo
Cristo. Utilizando o vocabulário da graça divina, afirma o Filho de Deus: “Tudo
quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles;
porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7.12).
A essência de ambas assertivas é a
mesma. Se quero viver, então que eu deixe viver. Se não quero ser ferido, que
eu a ninguém fira. Se quero que me façam o bem, que eu não me prive de fazer o
bem. Mas, fazendo-me alguém o mal, não devo retribuir-lhe com o mal; tenho de
mostrar-lhe o bem que a tudo vence. A lei do amor cristão transcende essas
fronteiras, pois espelha a ação do Nazareno.
2. A santidade da vida humana.
A lei que o Senhor entregou
a Noé é o germe de todo o ordenamento jurídico do planeta. Sua essência acha-se
tanto nos Dez Mandamentos como no Sermão do Monte. Aliás, nenhum ordenamento
jurídico respeitável pode dispensar tão precioso enunciado. Mesmo que seja
formulado por idólatras como os gregos e romanos, ou por pragmáticos e quase
ateus como os chineses, o princípio da santidade humana é imprescindível à
comunidade humana. Doravante, fratricidas como Caim não mais serão tolerados.
Se matou, haverá de morrer. E Lameque? Ainda que louve seus feitos, não ficará
impune. A uma sociedade leniente e permissiva, como a brasileira, semelhante
princípio avulta-se desamoroso e cruel. Em sua essência, entretanto, acha-se o
mais amoroso dos preceitos: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos
façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt
7.12).
Por que vida por vida? Antes de tudo, porque a
vida é o dom mais precioso que nos concedeu o Senhor. Por isso mesmo, só uma
vida para resgatar outra vida. Embora a pena de morte seja muito discutida,
continua válida e aplicável. A vinda de Cristo não a anulou. Ao cristão não
cabe buscar vingança com as próprias mãos. Essa função cabe ao Estado que, se
bem ordenado e justo, refletirá a justiça
de Deus. É claro que não podemos ver a União Soviética de Stalin, a
Alemanha de Hitler, o Camboja de Pol Potou a Cuba de Fidel Castro, como
expressão da justiça divina. Todavia, há nações que, embora não cristãs,
manifestam perfeitamente as leis de Deus.
O princípio da santidade da vida é contra todos
os tipos de homicídio: aborto, eutanásia, crimes de guerra, genocídio,
experimentos em células-tronco embrionárias e outras modalidades de crimes que
hão de surgir com o avanço da ciência e da tecnologia
3. Quem mata um ser humano atenta contra Deus.
O princípio da justiça divina, entregue a Noé,
tem como essência a santidade da vida, fundamentando-se neste axioma: quem
atenta contra o ser humano contra o próprio Deus atenta, pois fomos criados à
sua imagem e semelhança. Desta lei simples e direta surgem todas as demais. A
iniquidade que levou o mundo à destruição começou com dois homicidas: Caim e
Lameque. O primeiro foi poupado por Deus. Ao invés da pena capital, foi punido
com o banimento. Tornou-se andarilho e vagabundo na Terra. Quanto ao segundo,
banalmente matou e banalmente louvou seus feitos.
V. O PRINCÍPIO DO GOVERNO HUMANO
Até Noé sair da arca, era o próprio Deus quem
governava o mundo. Agora, porém, o Senhor delegará a administração do planeta ao
próprio homem.
1. O governo humano.
Teologicamente, o governo humano é a autoridade
que Deus entregou a Noé e a seus filhos, tendo como objetivo administrar a
justiça, ordenar politicamente a sociedade e tornar sustentável a Terra. Embora
o governo seja humano, a soberania é divina. O Senhor concede tal autoridade ao
homem, para que este, cumprindo-lhe os mandamentos e fazendo-lhe a vontade,
traga a plenitude do Reino dos Céus à Terra.
2. A intervenção ordinária do homem.
O governo humano deve ter, como parâmetro, a
soberania de Deus. Nossa autoridade, portanto, não deve ignorar a divina, nem
nossas atribuições podem ir além dos limites que El e nos estabeleceu. Na
História Sagrada, não foram poucos os governantes que, menosprezando-lhe a
presença, ousaram governar como se não houvesse Deus. Haja vista Faraó, Etbaal
II, Nabucodonosor e Herodes, o Grande. Todos eles foram duramente castigados
pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores. Por conseguinte, quando o homem
governa, intervém ordinariamente no mundo. Se for além, contraria a Deus.
Revoltam-me governantes como Stalin, Hitler e certos tiranetes latino
americanos que, tão logo assumem o poder, escravizam seus povos, empenhando-se
em apagar o nome divino de suas cartilhas ridículas, nas quais subvertem a
moral e os bons costumes
3. A intervenção extraordinária de Deus.
Embora Deus haja delegado o governo do mundo ao
homem, continua El e a comandar todas as coisas. A todo instante vem intervindo
quer na história das nações, quer na biografia de cada pessoa. Quando
necessário, intervém extraordinariamente. Interveio em Sodoma e Gomorra,
destruindo ambas as cidades. Interveio no Egito, arrancando de lá a Israel.
Se lermos a história universal com as lentes da
soberania divina, constataremos: Deus interveio em Roma, levando-a ao
desaparecimento. Na Europa, criando nações e abatendo impérios. São
intervenções divinas na comunidade humana.
De fato, o governo é nosso, mas o controle é de
Deus. Ainda que o ignoremos, continuará El e a reinar absoluto sobre todas as
coisas.
CONCLUSÃO
O Dilúvio destruiu a raça, mas, em Noé, preservou
a espécie humana. Se a primeira civilização teve um fim trágico, a segunda
poderia haver começado de maneira responsável e amorosa. Mas, como mais adiante
veremos, não demoraria para que o homem voltasse aos pecados e iniquidades do
mundo de Lameque. Agora, porém, haverá um diferencial: Deus começará a separar,
desde Sem, um povo santo, zeloso e de boas obras, a fim de que lhe preserve o
conhecimento e as l eis até que venha Jesus Cristo, o desejado de todas as
nações. A nação de Israel terá início com Sem, ancestral de Abraão, amigo de
Deus.
O Começo de todas as coisas
Capítulo
5 O SÉCULO PRESENTE (PÓS-DILUVIANO
A.
A Dispensação do Governo Humano. Gn 8.15 a 11.19.
1.
A palavra chave é "Governo Humano".
2.
A duração desta dispensação foi de 427 anos, desde o tempo
do Dilúvio até à Dispersão dos homens sobre a superfície da terra. Gn 10.25;
11.10-19.
3.
As Condições do Mundo no início desse Período.
Noé, o sobrevivente
do Dilúvio, era o pai do Século Pós-diluviano e do mundo presente. Embora sendo
da décima geração depois de Adão, ele nasceu apenas 14 anos depois da morte de
Sete, o piedoso filho de Adão que deu nome à linhagem piedosa que acabamos de
estudar no capítulo anterior. Durante essas oito gerações e por mais de 350
anos em que ele viveu entre os homens depois do Dilúvio, Noé era homem
perfeito, um justo que andava com Deus, tornando-se herdeiro da justiça, que é
pela fé. Gn 6.9; Hb 11.7. O novo mundo, portanto, teve um pai piedoso. Durante
os 600 anos antes do Dilúvio, Noé foi contemporâneo de Metuselá, seu avô.
Metuselá, por sua vez, contava 243 anos de idade quando Adão morreu. Assim Noé
era conhecedor de todos os grandes acontecimentos do período antediluviano,
mesmo dos primeiros tempos no Jardim do Éden, ou pela experiência própria ou
por ouvir do seu avô, Metuselá. Por meio de Noé toda a tradição do velho mundo
transferiu-se para o novo.
Esse novo mundo foi povoado pelos filhos do
grande e justo Noé. Durante 350 anos seus filhos conviveram com o piedoso
patriarca, sob a influência do seu santo testemunho. Além de ser um
"pregador da justiça", em razão de sua integridade moral e comunhão
com Deus, ele era a grande testemunha do juízo de Deus sobre o mundo ímpio que
acabara de perecer, podendo apontar esse fato como prova e ilustração nas suas
asserções. Seus três filhos, Sem, Cão e Jafete, também foram considerados
dignos de escapar a essa catástrofe e testemunharam do juízo que sobreveio ao
mundo. É natural concluir que eles também tenham exercido alguma influência
santa sobre a posteridade que constituiu a raça pós-diluviana. Notemos a
existência de fortes influências no mundo novo para induzir os homens a uma
vida de santidade perante o Senhor.
4.
A Aliança de Deus com Noé. Gn 8.20-22; 9.9-17.
Logo após sair da arca que o salvou das águas,
Noé se aproximou de Deus levantando o altar, com sacrifício de sangue. Gn 8.20.
Deus atendeu a Seu servo, concedendo-Ihe os termos duma nova aliança com o
homem. A primeira cláusula continha três provisões: 1) Deus não mais
amaldiçoaria a terra; 2) Deus não mais feriria todo ser vivente, como acabava
de fazer; 3) Enquanto durasse a terra, haveria sementeira e ceifa, dia e noite,
frio e calor, verão e inverno. Gn 8.21,22. Como sinal de que não mais
destruiria a terra por água, Deus fez aparecer o arco- íris. Foram instituídas
duas mudanças na natureza: 1) O medo do homem foi instilado nos animais,
facilitando dessa maneira o domínio do homem sobre eles e 2) apresentada a
dieta de legumes, foi dada a carne para comer, havendo apenas uma restrição - o
sangue do animal seria retirado antes.
A Instituição do
Governo Humano foi o sexto item do lado divino desse pacto. No Século
antediluviano não havia nenhum governo humano. Todo homem tinha liberdade para
seguir ou rejeitar qualquer caminho. Mesmo rejeitando o Caminho, não havia
refreio contra o pecado. O primeiro homicida, Caim, foi protegido contra um
vingador. Gn 4.15. Sucessivos homicidas, (Lameque, por exemplo), exigiram
semelhante proteção. Gn 4.23,24. Os homens, durante séculos, haviam abusado do
amor e da graça de Deus e gastaram seu tempo entregues a toda qualidade de
pecado e vício. Após o Dilúvio, o Caminho, o único Caminho para a vida eterna,
ainda permanecia aberto diante deles, e cabia-lhes o direito de aceitar ou
rejeitá-lo. Mas se o rejeitassem, continuando desobedientes às leis divinas,
eram passíveis de punição imediata por parte dos seus contemporâneos, pois Deus
instituiu um governo terrestre que serviria de freio sobre os delitos dos
ímpios. A ordem divina foi esta: "Se alguém derramar o sangue do homem,
pelo homem se derramará o seu". Gn 9.6. A pena capital é a função de maior
seriedade do governo humano, e uma vez que Deus concedeu
ao homem essa responsabilidade judicial, automaticamente todas as demais
funções de governo foram também conferidas. O governo humano, assim
constituído, exercendo a prerrogativa da pena capital, foi e é sancionado pelo
próprio Deus como um meio de deter os desobedientes. Rm 13.1-7; I Tm 1.8-10. A
investidura dessa autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade do
novo pacto de Deus com os homens após o Dilúvio. Recentemente tem havido forte
pressão pela abolição da pena capital. Infelizmente, até crentes mal informados
têm sido contrários à dita pena. Do ponto de vista cristão, argumentam que
Deus, desde a morte de Cristo, agora trata com o mundo à base de graça. Mas tal
opinião representa uma distorção dos fatos. Deus trata com os homens à base da
graça, mas unicamente com aqueles que também aceitam o Filho de Deus como
Salvador. Para com os demais homens no mundo, Deus continua contemplando-os à
base da lei e os juízos que por ela resultam. Se os governos se livrassem desse
sentimentalismo falso que transige com o criminoso e tratassem de aplicar as
penalidades previstas em lei, afastando dos seus cargos os juizes corruptos e
advogados desonestos e demais elementos comprometidos com o submundo do crime e
aplicassem a pena capital naquele que tirou a vida ao próximo, haveria muito
menos crime do que há atualmente. As estatísticas comprovam que nos países onde
eliminaram a pena capital o índice de crime aumentou proporcionalmente,
levando-nos a tornar a afirmar que a instituição de pena capital é uma necessidade
para a sociedade humana. É o único freio que o homem não regenerado respeita -
o medo da morte.
Do
lado humano do pacto, havia um mandamento específico e
repetido, que o homem devia guardar. Gn 9.1,7. O homem devia multiplicar-se e
encher a terra.
Em
comparação com a aliança adâmica, notamos que há:
1) maior domínio
sobre o reino animal;
2) uma dieta mais
ampla;
3) a promessa de
Deus que não mais destruirá toda a carne;
4) e maior repressão sobre os ímpios,
incluindo a prerrogativa da pena capital, que seria ao mesmo tempo uma
ilustração do governo divino. As três primeiras condições ampliaram a graça e a
última trouxe mais perto o juízo. Dessa maneira Deus se esforçava em persuadir
os homens a aceitarem voluntariamente o Caminho da Redenção e por esse meio
escapar ao juízo entrando na plenitude da graça divina. Mas naturalmente, se o
homem persistisse em pecar contra uma mais ampla manifestação da graça, não
importando que o castigo estivesse mais iminente, também seria maior a
catástrofe que lhe sobreviria.
A
duração desta aliança. É notável que
desde o tempo de Noé nunca mais tem Deus tratado com alguém que represente a
raça humana em sua totalidade, entregando-lhe novos termos duma aliança que
afeta a toda a humanidade. Por isso, desde os dias de Noé e até que chegasse o
tempo de Deus dar novas leis à humanidade, essa aliança (com Noé) continuaria
em vigor. Só no Milênio, sob o governo de Cristo, haverá outra aliança que
substituirá a de Noé.
Vislumbres
Proféticos aqui Observados. Apesar de sua promessa de não
mais destruir a terra por água, Deus deu a entender que a maldade e a impiedade
dos homens bem o podiam merecer. Gn 8.21. Na restrição de comer sangue
observa-se o seu caráter sagrado já que a redenção seria por meio de sangue. Em
anunciar que a "bênção" estaria nas tendas de Sem (9.27), Deus já
indicava a linhagem da qual viria a "Semente da mulher", que é Jesus,
o Messias. A Linhagem Piedosa. Outra vez achamos os fiéis servos de Deus que
humildemente andaram no caminho da fé. Esses eram os semitas. Como houve dez
gerações desde Adão até Noé, assim houve outras dez gerações desde Noé até
Abraão, cuja vida marca outra grande crise na história humana. Gn 11.10-26.
A
Grande Falha. Logo se concretizou a previsão divina que a impiedade
voltaria à terra. O coração corrupto do homem não somente rejeitou o Caminho da
redenção, como também deliberadamente desobedeceu ao mandamento especial que os
homens se espalhassem sobre a terra. Antes começaram a construir cidades e
agregar-se. Nimrode, neto de Cão por Cush, começou (foi o primeiro) a ser
poderoso na terra. O princípio do seu reino foi Babel, mas construiu mais sete
cidades. Gn 10.10,11. O governo humano foi instituído por ordem divina, mas o IMPERIALISMO
de Nimrode e de outros daquele tempo já era diferente, sendo um plano de
Satanás que visava unir o mundo e fazer guerra contra o Senhor Jesus Cristo.
Vide Ap 16.14; 19.19. Mesmo em tempos tão remotos os homens uniram-se para
fazer planos para não se espalharem (Gn 11. 4), planos pelos quais poderiam
fazer para si um nome.
Cf. Gn 4.17. O ponto
alto desses planos para engrandecer o nome do homem foi a construção da Torre
de Babel nas planícies de Sinear (Mesopotâmia), torre que imaginavam chegaria
até ao céu. Gn 11.4; II Tm 3.1-4; SI 49.11-13.
O
Juízo - A Dispersão.
Novamente a Trindade
conferenciou entre si. CT Gn 3.22; 6.7. O juízo sobre essa ímpia geração foi
determinado. Gn 11.5-7. Veio na forma da confusão de línguas, tornando-se o
meio utilizado por Deus para obrigar os homens a se espalharem sobre a
superfície da terra. Serviu para refrear o seu caminho pecaminoso e suas
ambições carnais. Só durante a Grande Tributação virá a plena medida de juízo
sobre o mundo pós-diluviano. Convém observar que esta diversidade de línguas
que resultou, não foi porque os homens se espalhassem cada família para região
diferente, e, sim,foi a confusão de línguas que provocou a dispersão. Gn 11.6.
Foi uma intervenção milagrosa da parte de Deus que produziu a grande
diversidade, de centenas ou milhares de línguas. (Em contraste com esse
fenômeno, temos no Cap. 2 de Atos dos Apóstolos, a miraculosa concessão do dom
de línguas no Dia de Pentecoste, cujo grande alvo era espalhar as bênçãos do
Evangelho a toda criatura em todas as partes da terra.) Podemos ainda concluir
que, sendo a diversidade de línguas uma forma de juízo sobre o homem, uma vez
que todos aceitarem a Jesus como o Redentor e o pecado for afastado, então haverá
uma só língua pura sobre a terra. Sofonias 3.9.
A Dispersão
aconteceu cerca de 100 a 300 e poucos anos depois do Dilúvio, provavelmente
"nos dias de Pelegue". Gn 10.25; 11.16-19. É impossível estabelecer
com exatidão em que data isso teria acontecido, pois Peleque viveu 340 anos.
Mas certamente foi por volta do ano 2000 antes de Cristo. A Dispersão não
significou o fim da dispensação do Governo Humano, pois a mesma vigorou até a
chamada de Abraão. Gn 12.1. Como terminou essa dispensação?
Será que os homens
tornaram-se mais santos? Apesar das restrições impostas por Deus, e a
instituição de governo, os homens seguiram o caminho e o espírito de Caim!
Venceram o obstáculo da diversidade de línguas, e, ajuntando-se em alianças,
estabeleceram o imperialismo. Gn 14.1-9 apresenta os nomes de alguns dos
grandes desses dias, sendo um dos mais notáveis, o rei Amrafel, rei de Sinar,
conhecido na história pelo nome de Hammurábi, autor do mais antigo e famoso
código de leis. Jó, da terra de Uz também viveu nesse tempo. O
Senhor Deus
ainda tolerará esse imperialismo até o mesmo chegar ao seu apogeu na pessoa do
Anti-cristo. Dn caps. 2 e 7. Então, como nos dias de Noé, Deus visitará este
mundo com castigo terrível, que será a Grande Tribulação, e marcará o fim do "Presente
Século" "Pós- diluviano".
UM ESBOÇO DA DISTRIBUIÇÃO DAS FAMÍLIAS
PROCEDENTES DOS TRÊS FILHOS DE NÕE
OS DESCENDENTES DE
CÃO (Gn 10.6-20)
Quatro Raças
originaram-se dos quatro filhos de Cão. Essas por sua vez subdividiram-se
depois. Povoaram as terras da África, da Arábiaoriental, da costa oriental do
Mar Mediterrâneo, e do grande vale dos rios Tigre e Eufrates. Não há provas
para afirmar que todas as raças descendentes de Cão eram negras. As primeiras
monarquias orientais eram dos descendentes de Cão, por Cuxe.
Existe uma opinião
que alguns dos descendentes de Noé emigraram para a China e que de lá passaram
para as Américas através do Estreito de Béringue e do Alasca. Certos cientistas
são de opinião de que em algum tempo os dois continentes estivessem ligados.
Sem foi o pai de
cinco filhos que se tornaram em cinco grandes raças e numerosas tribos menores.
Arfaxade foi o pai
dos caldeus que povoaram a região marginal do Golfo Pérsico. Foi progenitor de
Abraão, oito gerações anteriores. Um dos descendentes de Arfaxade foi Joctã de
quem vieram treze tribos (Gn 10.25-30) as quais ocuparam as partes sul e
sudeste da Península Arábica. Alguns destes nomes são mencionados na genealogia
de Cão, fato que pode indicar miscigenação entre as raças.
Ela povoou uma
província ao oriente do Rio Tigre e ao norte do Golfo Pérsico.
Assur povoou a
Assíria às margens do Rio Tigre, tendo Nínive como capital. Eram uma vez
senhores de toda a terra ao oriente do Mar Mediterrâneo.
Lude e seus
descendentes moraram nas bandas sudeste da Ásia Menor.
Arã povoou a Síria.
Teve quatro filhos: Uz, Hul, Géter e Más. Uz morou no meio da Arábia
setentrional. Jó foi um dos seus descendentes.
Hul e Géter ocuparam
o território próximo ao Lago de Merom ao norte da Galiléia, segundo as
informações.
Más, que é chamado
Meseque em I Cr 1.17, possivelmente uniu- se com o Meseque da linhagem de Jafé.
Sem, nascido 120
anos antes do Dilúvio, conheceu a seu pai, Noé, seu avô Lameque e seu bisavô,
Metuselá, antes do Dilúvio. Lameque, por sua vez, conheceu Adão por mais de
cinqüenta anos, e Metuselá o conheceu por mais de 250 anos. Esses fatos
demonstram a maneira pela qual os conhecimentos históricos do princípio da raça
foram comunicados às gerações posteriores. Noé viveu até ao tempo de Abraão.
Sem chegou a alcançar o tempo de Isaque e Jacó, filho e neto de Abraão.
OS DESCENDENTES DE
JAFÉ (Gn 10.2-5)
As raças arianas ou
indo-européias são descendentes de Jafé.
Javã teve quatro filhos: Elisa, Társis,
Dodanim eQuitim. Estes quatro povoaram a Grécia. Alguns descendentes de Quitim
foram para a Itália, a França, e a Espanha, formando o povo latino.
Madai e seus
descendentes povoaram a índia e a Pérsia.
Gomer teve três
filhos: Asquenaz, Rifate e Togarma. Os descendentes de Asquenaz povoaram a
Turquia, enquanto os descendentes de Rifate povoaram a Iuguslávia ou Sérvia e a
Áustria. Os descendentes de Gomer deram origem aos celtas, os alemães e aos
eslavos. Os celtas emigraram para as Ilhas Britânicas, Gales, Escócia e Irlanda.
Algumas das tribos germânicas emigraram para a Noruega, Suécia e Dinamarca,
tornando-se os escandinavos descritos pelos romanos como altos, loiros e
corpulentos. Outras tribos germânicas povoaram a Alemanha ocidental, a Bélgica,
e a Suiça, tomando o nome de Goters. Os que permaneceram na Alemanha ficaram
conhecidos como "teutões", ocupando o norte e o sul da Alemanha. Os
do norte, por sua vez, tornaram-se os "anglo-saxões" e os holandeses.
lawrence olson - o plano divino através dos
séculos
PONTOS
DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS - AJUDA
DO GRUPO ~"EBD
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RESUMO rápido - Ev. Luiz Henrique
I UM NOVO COMEÇO
Questionamento 1
Corrigindo o comentarista - Noé ficou dentro da arca por 1 ano e
17 dias e não menos de um ano, como foi dito na revista.
Como entraram na arca 7 dias antes do início do Dilúvio, por ter
chovido 40 dias e 40 noites e terem sido "liberadas" as águas
subterrâneas, no qual as águas se elevaram durante 150 dias a contar do dia do
inicio do Dilúvio, Noé e sua família passaram 1 ano e 17 dias na arca.
No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as janelas do céu se abriram, 12. e caiu chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
No ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, secaram-se as águas de sobre a terra. Então Noé tirou a cobertura da arca: e olhou, e eis que a face a terra estava enxuta. 14. No segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra estava seca. 15. Então falou DEUS a Noé, dizendo: 16. Sai da arca, tu, e juntamente contigo tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos.
Tempo de Chuva: 40 dias e 40 noites; Tempo dentro da arca: 382 dias = 1 ano e 17 dias
7 dias (ficou dentro da arca antes do dilúvio começar) + primeiro
mês do ano 600 dia 17 para segundo mês do ano 601 dia 27 = 1 ano e 10 dias =
TOTAL - 1 ano e 17 dias.
Questionamento
2
Afirmativa do comentarista: "Antes do Dilúvio, não havia
chuva. Um vapor regava a terra".
Corrigindo o comentarista - Não concordo, para mim começou a chover
logo após o homem ser expulso do jardim do Éden. (Vapor no capítulo 2, tempo da
criação).
Gênesis 2:5 fala de vapor que subia da terra - Isso é no
tempo da criação. Acabou a criação. Noé já estava com 500 anos e Adão já havia
morrido há mais de dois mil anos (2256 anos). A terra só precisava ser regada
antes de tudo estar funcionando normalmente. DEUS já havia dito que ficaria
mais difícil para o homem adquirir o produto da Terra.
Gênesis 4:12. Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua
força; fugitivo e vagabundo serás na terra.
O vapor do capitulo 2 de Genesis era para abençoar a criação e
Adão não precisar se esforçar para conseguir seu alimento. A terra produzia
abundantemente. Isso era antes do pecado. Depois acabou a vida mansa.
Gênesis 3:17-19 E a Adão disse: Porquanto destes ouvidos à voz de
tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela,
maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua
vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No
suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela
foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.
Seria até espantoso alguém acreditar que depois de 2256 anos ainda não haver chuva sobre a terra. (Animais para beber, plantas para crescerem, etc...)
Esse trabalho forçado viria com mais força após o pecado - No suor
do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste
tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás. Gênesis 3:19
Isso é antes do dilúvio - Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra. Gênesis 4:12.
Conclusão - para mim começou a chover logo após o homem ser
expulso do jardim do Éden, portanto, na época de Noé já chovia sobre a Terra.
I UM NOVO COMEÇO
No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as janelas do céu se abriram, 12. e caiu chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
No ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, secaram-se as águas de sobre a terra. Então Noé tirou a cobertura da arca: e olhou, e eis que a face a terra estava enxuta. 14. No segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra estava seca. 15. Então falou DEUS a Noé, dizendo: 16. Sai da arca, tu, e juntamente contigo tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos.
Tempo de Chuva: 40 dias e 40 noites; Tempo dentro da arca: 382 dias = 1 ano e 17 dias
Seria até espantoso alguém acreditar que depois de 2256 anos ainda não haver chuva sobre a terra. (Animais para beber, plantas para crescerem, etc...)
Isso é antes do dilúvio - Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra. Gênesis 4:12.
TRECHO DO LIVRO: Notas
sobre o Pentateuco GenesIS
" Que estado para Noé, o único homem justo, o pregador
da justiça!
Ah! o que é o
homem?-!
Vejamo-lo onde quer
que for, e veremos só fracasso.
No Éden, falhou;
na terra restaurada,
falhou; em Canaã, falhou;
na Igreja, ele falha
e na presença da bem-aventurança do milênio, falhará:
O homem falha em toda a parte, e em todas as coisas: nada há
de bom nele. Quer as suas vantagens sejam grandes, os seus privilégios vastos,
a sua posição agradável, ele só pode mostrar falha e pecado.
Devemos, contudo, pensarem Noé sob dois aspectos, a saber,
como uma figura, e um homem e enquanto o símbolo é cheio de beleza e
significado, o homem é cheio de pecado e loucura.
Todavia, o Espírito Santo escreveu estas palavras: "Noé
era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com Deus" (Gn 6:9). A
graça divina tinha coberto todos os seus pecados, e vestido a sua pessoa com um
manto imaculado de justiça.
Apesar de Noé ter
mostrado a sua nudez, Deus não a viu, porque não olhava para ele na fraqueza da
sua própria condição, mas no pleno poder da justiça divina. Por isso podemos
ver quão perdido se encontrava — totalmente alienado de Deus e dos Seus
pensamentos —
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