Capítulo
7
A
SALVAÇÃO DE UMA FAMÍLIA
INTRODUÇÃO
O Dilúvio
não foi apenas o maior desastre natural do planeta. Em termos teológicos, a
grande inundação manifestou, paradoxalmente, a longanimidade e o amor de Deus.
Apesar da corrupção irrefreável da raça humana, o Senhor ainda concedeu um
longo tempo para que todos, arrependendo-se de seus pecados e maldades, viessem
a escapar ao juízo que se avizinhava. Infelizmente, até mesmo a linhagem de
Sete, apesar de um passado de fé, piedade e de boas obras, acabou por
rejeitar-lhe a graça salvadora.
A punição divina era inevitável. Toda a
primeira civilização estava prestes a desaparecer da superfície do planeta. Em
meio àquela geração, Noé destacava-se por um amor alto e incondicional a Deus.
Jamais se conformando com o mundo, navegou contra todas as correntes da
maldade, da violência, da devassidão e do antiteísmo. E, assim, logrou
sobreviver ao desastre anunciado. Juntamente com a sua família, daria início a
uma nova civilização, que haveria de proporcionar as condições necessárias à
redenção da espécie humana.
Devido à sua
fé, Noé trouxe salvação à sua família. Que o seu testemunho inspire-nos a levar
nossos filhos e netos a um encontro experimental com o Senhor Jesus. Caso
contrário, seremos subvertidos com este mundo que jaz num sistema maligno e antagônico a Deus.
I. A PIEDOSA
GERAÇÃO DE NOÉ
Noé procede
de uma linhagem de homens santos, justos e corajosos. Entre seus antepassados,
há inclusive dois profetas; todos inclusos na genealogia de Cristo. E, nessa
tradição, foi ele rigorosamente educado.
1. A
linhagem de Sete.
Noé pertencia à família de Sete, cujo
nascimento consola o coração de Eva: “Deus me concedeu outro descendente em
lugar de Abel, que Caim matara” (Gn 4.25). Mas como educar o novo filho? El a
certamente temia a influência de Caim, que tanto poderia tirar-lhe a vida como
arrastá-lo . Devido à sua fé, Noé trouxe salvação à sua família. Mas, pelos versículos seguintes, inferimos que
Sete foi criado com primor e desvelo.
A mesma
educação buscou Sete repassar aos seus descendentes que, segundo depreendemos
de sua genealogia, que também é a de Cristo, vieram a destacar-se pela nobreza
e virtude.
2. Uma
linhagem ilustre.
Já homem feito e bem formado, Sete gera um
filho, que haveria de levar lhe a família a uma comunhão mais íntima com Deus.
Eis o que registra o autor sagrado: “A Sete nasceu lhe também um filho, ao qual
pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do Senhor” (Gn 4.26). O que
tinha Enos de especial? Pelo significado de seu nome, inferimos tratar-se de
uma pessoa frágil e enfermiça. Por isso, muitas orações devem ter sido
endereçadas a Deus em seu favor.
Enos, cujo
nome em hebraico significa “mortal ”, é fortalecido por Deus. Faz-se homem,
casa e também gera um filho a quem dá o nome de Cainã. No transcorrer de sua
longa existência, Enos é agraciado com outros filhos e filhas, vindo a morrer
com 905 anos (Gn 5.11). A doença na infância não lhe tolheu a velhice, nem a
longevidade.
Da linhagem
de Sete era também Enoque. Por sua curtíssima biografia, concluímos ter sido el
e uma poderosa testemunha de Deus entre os seus contemporâneos. De seu
ministério, temos este sumário: “Andou Enoque com Deus; e, depois que gerou a
Metusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas. Todos os dias de
Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos. Andou Enoque com Deus e j á não
era, porque Deus o tomou para si” (Gn 5.22- 24).
Enoque não
se limitou a uma biografia particular; teve ainda um ministério público de
grande influência e poder no período antediluviano, conforme revel a Judas,
irmão de Tiago: “Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo
depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, para
exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de
todas as obras ímpias que impiamente praticaram e acerca de todas as palavras
insolentes que ímpios pecadores proferiram contra el e” (Jd 14.15).
Aos 65 anos,
Enoque gerou o mais longevo dos homens: Metusalém, pai de Lameque e avô de Noé
(Gn 5.25-28). Estes três homens foram os responsáveis pela formação espiritual,
moral e ética de Noé.
3. Um homem
educado no temor a Deus.
Mui
provavelmente, Noé não chegou a conhecer Enoque, seu bisavô. Mas chegou a
desfrutar de uma longa convivência com o avô, Metusalém. E, deste, muito ouvira
daquele que, por sua piedade, fora um dia arrebatado por Deus. O relato, que
lhe repetiria o pai, Lameque, muito o inspirou e fortaleceu-o no exercício do
ministério divino como pregoeiro da justiça. Não confundamos este Lameque com
aquele notório descendente de Caim, que levou o mundo à ruína. O pai de Noé
também era profeta. É o que inferimos de sua declaração quando do nascimento do
filho. Ao olhar a criança dada à luz num mundo de trevas, inspira-se
divinamente: “Este nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas de nossas
mãos, nesta terra que o Senhor amaldiçoou” (Gn 5.29).
Educado por
homens piedosos e justos, tornou-se Noé justo e piedoso. Estava ele pronto,
agora, a ouvir a palavra de Deus referente ao juízo que haveria de recair sobre
toda a terra. Observemos que Noé e seus antepassados, remontando a Sete e a
Adão, acham-se na genealogia que Lucas traçou de
nosso Senhor Jesus Cristo (Lc
3.37,38).
II. O ANÚNCIO DO DILÚVIO
Se levarmos
em consideração a cronologia tradicional, ainda não se haviam passado dois mil
anos, quando Deus, ao iniciar a feitura dos céus e da terra, declarara: “Haja
luz” (Gn 1.3). Era chegado o momento, porém, de o Criador desfazer o que fizera
naquele princípio jubiloso de Gênesis.
1. O anúncio
do Dilúvio. Ao justo e piedoso Noé, o Senhor anuncia o fim da primeira
civilização humana. De início, era sua intenção destruir o que construíra
naqueles seis dias que, tendo início com a luz, culminou na criação da mulher
(Gn 6.7). Mas, posto que Noé achara graça diante de si, limita-se a destruir
aquela humanidade, a fim de preservar a espécie humana através do patriarca.
Dessa forma,
o Senhor revela a Noé a morte de uma civilização e o renascimento de outra:
“Resol vi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos
homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra. Faze uma arca de
tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por
dentro e por fora” (Gn 6.13,14).
Em seguida,
o Senhor explica ao seu fiel e humilde servo de que forma destruirá o mundo de
Lameque: “Porque estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para
consumir toda carne em que há fôl ego de vida debaixo dos céus; tudo o que há
na terra perecerá” (Gn 6.17).
Para quem
nunca vira uma tempestade, o anúncio do Dilúvio deve ter causado estranheza e
interrogações. Noé, porém, compreende que o mundo de Lameque j á havia rompido
todos os diques da longanimidade divina. Persistisse este por mais alguns
séculos, e j á não restaria qualquer esperança à família humana. Era imperioso,
pois, destruir a raça para sal var a espécie. El e sabia também que o
cataclismo acabaria com um mundo ecologicamente perfeito, com uma civilização j
á bem adiantada, com uma cultura admirável e com uma sociedade administrativa e
politicamente complexa. Um novo mundo, porém, haveria de se erguer sob os
detritos e l ama do mundo lamequiano.
2. A destruição do mundo.
O mundo
ainda não tinha dois milênios, mas seria completamente destruído. Sua biosfera
seria revolvida pelas águas do abismo e pelas chuvas dos mais altos céus. O planeta
ainda era um vergel, mas estava para ser açoitado por ondas imensas e revoltas;
tsunamis estourariam em todas as costas, litorais e praias. Da antiga
civilização, apenas resquícios haveriam de sobrar.
O Éden que,
desde a queda de Adão, permanecia custodiado pelos querubins, também haveria de
ser destruído pelo Dilúvio. O paraíso j á era perdido.
3. A
destruição da primeira civilização humana.
Se tivermos como válida a cronologia, segundo
a qual, desde a Criação ao Dilúvio, haja transcorrido perto de dois milênios,
concluiremos que as conquistas da primeira civilização eram nada desprezíveis.
Vinte
séculos de arte, tecnologia e conhecimento. A humanidade deixara a unidade doméstica
de Adão e Eva para complexar-se no mundo de Lameque. Havia certamente uma
estrutura política, cujo fundamento era a corrupção, a violência e o
antiteísmo. Embora não ignorassem a Deus, governantes e governados lutavam por
impedir-lhe a instauração do Reino. Ao mesmo tempo, buscavam estabelecer o
império de Satanás. A presença divina era forte e terrivelmente visível.
Aproximando-se do Éden, aqueles homens, mulheres e crianças viam a espada
flamejante dos querubins. Eles sabiam que a eternidade estava logo ali, na
árvore da vida, bem no centro do paraíso. Todavia, por causa do pecado de Adão,
j á não lhe tinham acesso. E, caso tentassem chegar até el a, seriam destruídos
pelos guardiões celestes. O que desejavam, porém, não era a eternidade com
Deus, mas a imortalidade para se esbanjarem em seus pecados, iniquidades e
grosserias. Por isso, revoltavam-se ainda mais contra Deus. Nesse destemor e
apostasia, dominaram o planeta, fizeram uma ciência ruim e deletéria,
construíram e deram-se em construções. Todo esse progresso tornou a primeira
civilização pior do que o inferno.
4. A
destruição da sociedade adâmica.
Sim, Deus teve de destruir a raça, para sal
var a espécie, porque a humanidade, exceto em Noé e sua família, j á não
existia. No Dilúvio, quantas pessoas morreram? Tal vez centenas de milhares.
Ou, quem sabe, milhões.
A sociedade adâmica fez-se tão arrogante e
insolente, tão inimiga de Deus e adversária de si mesma, que, em breve, haveria
de desaparecer da face da Terra. Junto com os perversos, estava prestes a
perecer dois mil anos de uma história sintetizada num único capítulo da Bíblia
Sagrada. Mas bem que poderia ser resumida nestas palavras: nasceram,
prosperaram, depravaram-se totalmente e totalmente foram votados à destruição,
por haverem rejeitado a graça divina.
III. A CONSTRUÇÃO DO GRANDE BARCO
Dispondo de tanto espaço e de tantas farturas,
os filhos de Adão ainda não se haviam feito ao mar. A navegação, certamente,
era-lhes desconhecida, pois tudo de que precisavam estava ali. Não havia países
a serem explorados, nem culturas estranhas a conhecer. Eles eram o único país,
a única nação e a única cultura sobre a Terra. Falando todos uma só língua, não
careciam investigar o desconhecido, pois tudo era-lhes conhecido. Por isso
mesmo, menosprezaram ao justo Noé quando este, dramaticamente, pôs-se a proclamar-lhes,
na construção da arca, o juízo de Deus.
1. A
insólita construção.
Até então,
casas e abrigos eram construídos todos os dias pelos antigos. Sabiam trabalhar
a madeira, e tinham habilidade para erguer formidáveis construções de barro.
Haja vista a tecnologia que os descendentes de Noé levaram para o novo mundo,
possibilitando-lhes a edificação da torre de Babel. Mas uma construção que
viesse a flutuar era-lhes algo inusitado. Noé, porém, bom teólogo que era, não
questionou as ordens do Senhor, que lhe dá uma planta simples, mas bastante
eficaz: “Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a cal
afetarás com betume por dentro e por fora. Deste modo a farás: de trezentos
côvados será o comprimento; de cinquenta, a largura; e a altura, de trinta.
Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca
colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um
terceiro” (Gn 6.14-16).
2. As medidas da arca.
Em medidas atuais, a arca tinha estas
dimensões: 135 metros de comprimento, 22,5 de largura e 13,5 de altura. Divida
em três andares, era suficientemente espaçosa para abrigar todas as espécies
domésticas e selvagens. Neste particular, ressaltamos que todas as espécies básicas, de fato, vieram
a Noé. As variações que hoje conhecemos provieram destas. Tomemos como o
exemplo o tigre. Hoje, há o tigre africano, o asiático e o que vive no polo
Norte. Todos eles, todavia, originaram de um único casal (Gn 6.17). Portanto,
não há nenhum absurdo ou incongruência no Gênesis. O mesmo, aliás, aconteceria
com o ser humano. Daquela família única de oito pessoas, vieram os brancos, os
negros, os amarelos e os peles-vermelhas. Enfim, todos somos filhos de Noé.
3. Um barco para flutuar.
Construída
para flutuar, a arca não tinha qualquer utilidade à navegação. Portanto, não
precisava de leme, nem de remos, mas de um bom calado para vogar nas águas do
Dilúvio.
Quanto à sua
atracação, era um problema que Deus j á havia solucionado em sua infinita
sabedoria e providência. O patriarca Noé só precisava confiar plenamente na
direção divina.
IV. O SERMÃO DRAMÁTICO DE NOÉ
Não
sabemos quanto tempo durou a pregação de Noé. Um século? Ou várias décadas? Não
importa. O fato é que toda aquela civilização teve muita oportunidade para,
arrependendo-se, voltar-se para Deus. Infelizmente, não houve uma conversão
sequer. Saturados do patriarca, fizeram-se moucos, surdos e ainda mais
impenitentes.
1. Em
palavras e atos. Destacando o juízo divino sobre a primeira civilização humana,
escreve Pedro que Deus “não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé,
pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o
mundo de ímpios” (2 Pe 2.5).
Noé, um
pregador sem púlpito. Mas nem por isso deixou de proclamar o juízo divino.
Talhando o grande barco num lugar seco, longe dos rios Tigre e Eufrates,
pregava ele, dramaticamente, os últimos dias daquele mundo. E, dramaticamente,
anunciava o castigo divino sobre os seus contemporâneos. Estes, por seu turno,
contando seus dias não em décadas, mas em séculos, supunham que julgamento algum
lhes adviria. Por isso, brincaram com o tempo, e acabaram por se perder numa
eternidade sem Deus.
Noé pregava
com palavras. Sua proclamação mais forte, porém, dava--se no âmbito do
testemunho pessoal, no ordenamento de sua família e no trabalho da arca. O que
lhe faltava em palavras, sobejava-lhe no sobe e desce do martelo, no vaivém da
serra, no empurrar do formão e nos encaixes da madeira. Acredito que Salomão
tinha em mente o ministério de Noé, quando compôs estas sapiências: “As palavras
dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados as sentenças
coligidas, dadas pelo único Pastor” (Ec 12.11).
2. A homilia
do cipreste. Além de medicinal, o cipreste é uma excelente madeira para ser
utilizada em obras finas de marcenaria. Por isso mesmo, Deus a indicou à
construção da arca. Suas qualidades curativas, em contato com a água, haveria
de preservar a saúde de todos a bordo do grande barco. Homens e animais
estariam livres de fungos, bactérias e de outras coisas deletérias. A arca,
pois, era um lugar de vida e saúde; ninguém dali sairia enfermo.
Foi no
preparo desta madeira, que Noé ia proclamando o fim de todas as coisas. Suas
homilias, que tinham as mesmas propriedades do cipreste, foram ignoradas. Nelas,
estava a cura para a sua geração que, empedernida e insolente, aprofundou-se em
delitos e pecados, até não lhe haver mais remédio. Não acontece o mesmo hoje
com a pregação do Evangelho de Cristo?
V. O DILÚVIO INEVITÁVEL
Enfim, a
arca está pronta. O grande barco de Noé, que serviu de modelo aos petroleiros
atuais, j á era realidade. Não obstante, a geração de Lameque continuava pecando,
afrontando a Deus e blasfemando de seu Espírito. Aquele evento escatológico,
figura perfeita do que há de acontecer nestes últimos dias, continua a
advertir-nos.
1. A chegada
dos animais.
Embora Noé
pregasse com o verbo e com as ferramentas da marcenaria, ninguém se arrependeu
para fugir às águas do Dilúvio. Se homem algum buscou aproximar-se da arca, os
animais se houveram mais sabiamente. No momento certo, começaram eles a chegar.
Dos maiores aos menores, todos apresentaram-se a Noé. Seu apelo racional foi
irracionalmente respondido. É a loucura da pregação.
O fato parece
não ter chamado a atenção dos lamequianos, porque, naqueles dias, os animais,
mesmo os arredios e selvagens, não representavam ameaça ao ser humano. Por isso
mesmo, aquela gente pensou que Noé estava montando um parque temático ou um
grande zoológico.
Mas, na
verdade, era o epílogo de um sermão gracioso, mas urgente e terminal.
2. Dilúvio, o julgamento universal.
Tendo Noé e sua família entrado na arca,
juntamente com todos os animais, o próprio Deus encarrega-se de fechar-lhes a
porta (Gn 7.16). O Senhor enclausura o patriarca, pois em sete dias chegarão as
águas do grande dilúvio. Enquanto isso, ia o tempo fechando-se do lado de fora;
as nuvens avolumavam-se; os rios e lagos já começavam a agitar-se.
Finalmente o
Dilúvio. Assim o autor sagrado descreve a grande inundação: “No ano seiscentos
da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas
as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram, e houve copiosa
chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites” (Gn 7:11).
Toda a
primeira civilização humana foi destruída pelas águas do Dilúvio. Apenas Noé e
a sua família, juntamente com os animais que estavam com eles na arca,
sobreviveram. A chuva, na verdade, durou quarenta dias e quarenta noites. As
águas, todavia, prevaleceriam por mais de um ano sobre a face da Terra (Gn
8.13).
Sim, o
Dilúvio atingiu todo planeta. Se um tisunami na Ásia é sentido no continente
americano, o que dizer da grande inundação que destruiu toda a primeira
civilização? Literalmente, o Dilúvio alcançou toda a terra, destruindo um
habitat perfeito que o Senhor havia preparado para um ser humano imperfeito e
nada agradecido. Se o juízo divino foi universal, universal também foi o
Dilúvio.
CONCLUSÃO
O grande
projeto de Noé não era a construção da arca, mas a salvação de sua família. Por
isso, empenhou-se em conduzir seus filhos pelos caminhos de Set, Enos e Enoque,
seus piedosos ancestrais. Naquele período, era um homem contra todo um mundo
corrupto, irreconciliável e inimigo de Deus. Dessa forma, não permitiu que
nenhum de seus filhos se desencaminhasse pel as sendas de Caim e Lameque.
Agindo
piedosa, mas corajosamente, pôde sal var a esposa, os filhos e as noras. Enfim,
Noé veio a sal var a espécie humana. Nele, o plano de salvação foi preservado e
teve pleno segmento. A cultura de Caim e Lameque, embora poderosa, foi
destruída pelas águas do Dilúvio. A mensagem da graça divina, encerrada naquela
arca, que vogava nas águas revoltas, veio-nos através do Evangelho de Cristo.
Que o nosso grande projeto, hoje, seja a salvação
de nossa família. Encaminhemos, pois, os que amamos no caminho da graça divina.
LIVRO : O COMEÇO DE TODAS AS COISAS
. Análise documentária da história do dilúvio.
Gn 6-8 é uma das peças de demonstração da crítica
literária, um exemplar de livro-texto da arte de pesquisar e desembaraçar uma
narrativa composta. Pretende-se que duas tradições, a yahwista ou jeovista (J)
e a sacerdotal(P) se acham aqui, e são consideradas tão discrepantes que
precisam ser tratadas separadamente nos comentários modernos.
Em geral se firmam os seguintes pontos:
Primeiro, na arca J tem grupos de sete animais e aves
limpos, bem como pares de impuros; P não faz essa distinção. Segundo, J atribui
o dilúvio a chuvas pesadas, mas P a águas do grande abismo e às janelas do céu.
Terceiro, o dilúvio de J dura quarenta dias mais as três semanas em que as aves
são enviadas, enquanto que o de P dura um ano e dez dias. Quarto, repetições e
estratagemas estilísticos traem a presença das duas fontes.
A cada uma dessas sugestões alguma réplica é possível.
1. A questão dos grupos de sete e dos pares de animais
poderia ser no fundo uma simples matéria de estilo, uma escolha entre um relato
vívido e um tedioso; pois uma narrativa que está sempre acrescentando frases
qualificativas logo se torna insuportável. O memorável “ de dois em dois” é a instrução
orientadora a Noé concernente aos seus animais domésticos. Uma vez que isto
ficara estabelecido em 6:19,20, e feita a exceção para os animais limpos em
7:2,3, mataria a história exibir as exceções nos versículos 9 e 15.
(Casualmente, o “ de dois em dois” de 7:9 é um embaraço para a análise; ver
item 4, adiante.) Portanto, o silêncio não prova nada, exceto o bom senso
literário do autor.
2. Dificilmente se pode dizer que três expressões da
múltipla arremetida do dilúvio sejam excessivas. Sem uma anterior admissão de
documentos duplos, não há o que responder aqui. Veja-se adiante, no item 4,
porém, algo mais sobre a questão do vocabulário e das duplicações.
3. Os quadros cronológicos rivais são preparados
retirando-se dois períodos de quarenta dias do total (7:12; 8:6), reduzindo-os
a um período, aduzindo três semanas (8:6-12) e antepondo esse total de sessenta
e um dias (que poderíamos chamar de Cataclismo Mais Breve) a um ano e dez dias
do relato completo, atribuindo-os respectivamente a J e P .12 Contudo, a
cronologia, como está, contém apenas uma dificuldade, a relação dos quarenta
dias de 7:12,17 com os 150 dias de 7:24.
Isto não é insolúvel, de modo nenhum. Talvez Heidel
esteja certo em conceder que os primeiros quarenta dias foram seguidos de uma
moderação das águas (particularmente) de cima, não porém uma completa cessação
antes do 150º dia.13Mas parece mais provável que, como U.
Cassuto e E. Nielsen15 sugerem (independentemente,
segundo parece), num verdadeiro estilo semítico, o capítulo 7 arremata o seu
relato da primeira fase, a saber os quarenta dias e seus efeitos prolongados,
dando o total da sua duração (150 dias); em seguida, o capítulo 8 descreve a
segunda fase, a do livramento, partindo do seu início lógico na interrupção do
aguaceiro dos quarenta dias (8:2), mas anotando o período intermediário que
transcorreu antes que a arca pousasse na terra (8:3).
(Sobre este método de narrar, sobrepondo o final de um
parágrafo anterior, ver 12:1-9.)
O seguinte quadro demonstra a autocoerência do relato.
Com base em 8:3,4, parece que os meses são contados como tendo trinta dias
cada.
E em 8:10 a expressão “ outros sete dias” provavelmente
implica no intervalo de uma semana entre 8:7 e 8;
Não é demais dizer, com Heidel: “ Não existe aqui
discrepância de nenhuma espécie. ”
4. O argumento fundado nas expressões típicas de J e P, e
nas repetições, é enfraquecido por muitas anomalias. Tomando 7:7-9 como
exemplo típico, a frase é a bem trabalhada “ entrou Noé na arca, ele com
seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos” (7:7), que é
caracteristicamente P (cf. 6:18), oposta à expressão simples de J, “
Entra na arca, tu e toda a tua casa” . Mas todos estão de acordo em
que deveria ser um versículo J. Terá sido alterado o original, ou
serão as palavras “ uma pura inserção” (Skinner)? Contudo, nos dois
versículos seguintes, os animais limpos e impuros de J (distinção que P
não admitirá antes do Sinai), vêm acompanhados por uma corrente de
expressões P, incluindo-se “ de dois em dois” , “ macho e fêmea” (como
em oposição a “ um homem e sua mulher” de J — literalmente), e “ Elohim”
. Com tão pouca coisa deixada a J, poder-se-ia perguntar por que,
afinal, se lhe atribui a passagem. A razão é simplesmente que ela duplica
13-16, pertencente a P ;17 e as duplicações são ex hypothesi inadmissíveis
numa só fonte, pois são um dos critérios pelos quais se reconhece
uma narrativa como composta. O analista fica preso entre a mó de cima e a
de baixo do vocabulário e da duplicação. Seu único escape é afirmar a
interferência em alta proporção de um redator escrevendo com o
estilo de P; todavia, isso é abandonar o visto pelo que não se vê. Sobre
esta espécie de dilema, Nielsen observa que a hipótese documentária “ é a
única sustentável, quando ela ocasionalmente entra em conflito com as
suas próprias pressuposições” . Ele acrescenta, com justificável
ironia: “ E tranquilizador e às vezes necessário ter um redator oculto na
manga da gente” .18 Retornar desses trabalhosos exercícios\ à narrativa mesma,
é, podemos sugerir, mudar do domínio do engenhosamente improvável para os ares
saudáveis da simplicidade e da verdade.
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER,
M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo -
SP, 04602-970
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora:
JUERP
A Construção da Arca Salvadora
DEUS vem a Noé e lhe ordena que construa uma arca de madeira de gofer. Não se sabe que madeira era esta, mas certamente não se refere a uma qualidade qualquer, mas a madeira incorruptível. Gofer talvez signifique "madeira incorruptível" ante a ação da água, tal como o cedro ou cipreste, conforme edição atualizada. Este enorme navio tinha 300 côvados de comprido por 50 de largo. Não era um navio com toda a estética naval de nossos dias, mas obedecia ao mesmo princípio. Cada côvado tinha cerca de 22 polegadas; portanto, a arca tinha 450 pés de comprimento, 75 de largo e 45 de altura, em números redondos. Com os três andares, oferecia espaço suficiente para alojar todos os espécimes de animais da terra, bem como Noé e sua família. A Bíblia menciona três filhos de Noé ao tempo do Dilúvio, mas é provável, senão certo, que tinha outros, porém talvez do tipo do resto da raça e que, portanto, não são mencionados ou então teriam morrido. Durante os 120 anos, Noé ocupou-se da construção da Arca e da pregação do arrependimento. A Bíblia nada diz de como DEUS proveu Noé do necessário às despesas de tão grande empreendimento. É possível que fosse homem de meios e os gastasse na construção. Pelo menos os 120 anos ele deu a este trabalho. É admirável a fé que este homem tinha, entregando-se a uma obra tão grande, no meio de um povo que o cercaria de contínuo da pecha de tresloucado. Sua fé e pregação nada conseguiram, porque apenas ele e sua família, mencionada na ocasião do decreto fatal, tiveram o privilégio de salvar-se. DEUS promete fazer com Noé um concerto que serviria de base ao novo princípio. É a primeira vez que a palavra "concerto" ocorre na Bíblia, embora houvesse outro concerto anterior entre Adão, Eva e DEUS. Mas aquele concerto era tão diferente em si mesmo, que não oferecia os termos de concerto, propriamente. Parece que a ocasião em que DEUS promete entrar em concerto com Noé foi posterior àquela em que ordena a construção da arca e anuncia o Dilúvio. Houve, não há dúvida, diversas manifestações divinas durante os 120 anos. Os filhos dos filhos de Noé aqui mencionados podem ser os filhos que nasceram depois do Dilúvio ou a geração futura. O concerto foi feito com Noé e com toda a humanidade depois dele. Houve diversos concertos feitos em ocasiões diferentes, mas todos baseados no molde original - a promessa de um Salvador. Tudo mais é secundário depois deste plano. A salvação e restauração da raça perdida em Adão é a chave da Bíblia. Meu concerto estabelecerei contigo mostra que não fez um novo concerto, mas o restabelecimento do antigo, em novos moldes. Nada mais alto podia premiar Noé, pela sua fé e obediência, do que ser usado para restabelecer o concerto de DEUS com a criação.
DEUS vem a Noé e lhe ordena que construa uma arca de madeira de gofer. Não se sabe que madeira era esta, mas certamente não se refere a uma qualidade qualquer, mas a madeira incorruptível. Gofer talvez signifique "madeira incorruptível" ante a ação da água, tal como o cedro ou cipreste, conforme edição atualizada. Este enorme navio tinha 300 côvados de comprido por 50 de largo. Não era um navio com toda a estética naval de nossos dias, mas obedecia ao mesmo princípio. Cada côvado tinha cerca de 22 polegadas; portanto, a arca tinha 450 pés de comprimento, 75 de largo e 45 de altura, em números redondos. Com os três andares, oferecia espaço suficiente para alojar todos os espécimes de animais da terra, bem como Noé e sua família. A Bíblia menciona três filhos de Noé ao tempo do Dilúvio, mas é provável, senão certo, que tinha outros, porém talvez do tipo do resto da raça e que, portanto, não são mencionados ou então teriam morrido. Durante os 120 anos, Noé ocupou-se da construção da Arca e da pregação do arrependimento. A Bíblia nada diz de como DEUS proveu Noé do necessário às despesas de tão grande empreendimento. É possível que fosse homem de meios e os gastasse na construção. Pelo menos os 120 anos ele deu a este trabalho. É admirável a fé que este homem tinha, entregando-se a uma obra tão grande, no meio de um povo que o cercaria de contínuo da pecha de tresloucado. Sua fé e pregação nada conseguiram, porque apenas ele e sua família, mencionada na ocasião do decreto fatal, tiveram o privilégio de salvar-se. DEUS promete fazer com Noé um concerto que serviria de base ao novo princípio. É a primeira vez que a palavra "concerto" ocorre na Bíblia, embora houvesse outro concerto anterior entre Adão, Eva e DEUS. Mas aquele concerto era tão diferente em si mesmo, que não oferecia os termos de concerto, propriamente. Parece que a ocasião em que DEUS promete entrar em concerto com Noé foi posterior àquela em que ordena a construção da arca e anuncia o Dilúvio. Houve, não há dúvida, diversas manifestações divinas durante os 120 anos. Os filhos dos filhos de Noé aqui mencionados podem ser os filhos que nasceram depois do Dilúvio ou a geração futura. O concerto foi feito com Noé e com toda a humanidade depois dele. Houve diversos concertos feitos em ocasiões diferentes, mas todos baseados no molde original - a promessa de um Salvador. Tudo mais é secundário depois deste plano. A salvação e restauração da raça perdida em Adão é a chave da Bíblia. Meu concerto estabelecerei contigo mostra que não fez um novo concerto, mas o restabelecimento do antigo, em novos moldes. Nada mais alto podia premiar Noé, pela sua fé e obediência, do que ser usado para restabelecer o concerto de DEUS com a criação.
Noé Entra na Arca (Gênesis 7:1-8:12) A
arca ficou pronta e DEUS ordenou a seu fiel servo entrar nela. Sete dias
depois, DEUS fez chover torrencialmente sobre a terra, e o desfecho
terrível do juízo divino chegou. As Escrituras indicam que, além da
chuva, houve ruptura dos abismos, e a água borbotava em
furiosos cachões. "As fontes do grande abismo" indicam isto ou que o
mar quebrou as muralhas e invadiu a terra. A primeira idéia parece
ser mais natural com o texto bíblico. Muitas dúvidas se têm
levantado, na mente de muitos estudantes, sobre a historicidade do Dilúvio, e
muito se tem feito para dar-lhe apenas um caráter parabólico e, por
outro lado, muito se tem trabalhado, para prová-lo com dados
científicos. É hoje uma questão liquidada. A Bíblia permanece impassível
de geração em geração, e cada dia que passa deixa mais uma prova de
sua origem divina. Diversas dificuldades e objeções têm sido levantadas
sobre o Dilúvio. A primeira é sobre a sua extensão. A segunda, sobre
o tempo usado por DEUS para fazer submergir todos os seres viventes,
se foram 40 dias e 40 noites, como dizem os versos 12 e 17, ou 150
dias, como diz o verso 24. Uns têm procurado descobrir
discrepâncias e, outros, duplicidade de narrativas. Há outras diferenças
de menor monta, como a data etc., que deixamos de mencionar.
Examinemos estas duas:
1. Foi o Dilúvio universal, ou local? Questão
de relativa importância sobre o fato do Dilúvio mesmo, mas ao mesmo tempo
importante, porque a Bíblia diz que foi universal e a ciência tem
procurado mostrar que não. Afirmam alguns arqueólogos e geólogos que não
há vestígios universais do Dilúvio. Depende do modo como entendemos
a palavra universal. Se a entendemos sob o ponto de vista
geográfico atual, não seria universal; se a entendemos sob o ponto de
vista de Noé e Moisés, era universal. Qual seria a extensão
geográfica do mundo para os homens daquele tempo? Conheciam eles a
América, as Ilhas do Oceano Pacífico, a Groenlândia etc.? Cremos que não. Qual
era então o seu mundo? Saberiam matematicamente o tamanho de um meridiano
terrestre? Diremos, não. O mundo nesse tempo era apenas o que
conheciam da terra. Dirá alguém: Se eles eram ignorantes assim, como
podemos aceitar o que escreveram? Depende do que chamamos ignorância. O
autor destas notas é ignorante em muitas coisas, todavia, não
gostaria de ser classificado com os ignorantes comuns. O autor
inspirado podia ser ignorante de coisas alheias à narrativa, e bastante
mestre no que estava escrevendo. Portanto, a Bíblia, usando
expressões como - "O Dilúvio esteve sobre a terra", e "as
águas prevaleceram sobre a terra" - dá ao Dilúvio um
caráter universal tanto quanto o autor conhecia do universo. Por
outro lado, qual era a necessidade de um Dilúvio universal, no sentido próprio,
se a terra não estava ainda povoada? O fim do Dilúvio foi destruir
a criação, logo, não havia necessidade de Dilúvio onde não havia vida
animal. A dificuldade maior é o modo por que as águas podiam obedecer
às leis de gravidade em espaço relativamente pequeno e em volume
tão grande. Este milagre, porém, não é maior do que qualquer outro.
Por outro lado, quem pode afirmar que o Dilúvio não cobriu de fato a terra? Se
aqui ou ali não aparecem vestígios dele, isto nada explica. Há
lugares, hoje tomados pelo mar, que não deixam vestígios de
terem sido terra seca, como há lugares secos que já foram mar. Ademais, que
provas oferece a ciência para negar que as águas do Dilúvio não
cobriram toda a terra? Somente porque não há vestígios de
vida marinha em certos lugares? Lembremo-nos de que o Dilúvio durou pouco mais
de um ano, como veremos, tempo relativamente curto para deixar indeléveis
vestígios por toda parte. Os cientistas enganam-se muitas vezes, e apressam-se
a tirar conclusões prematuras, que futuras explorações deitam abaixo.Não há,
pois, dificuldade em crer que o Dilúvio foi universal em termos da geografia de
Moisés ou da nossa geografia, ainda que o autor se incline para a primeira.
2. Quanto à segunda dificuldade, notemos o seguinte: A
elevação da terra acima do mar é insignificante, tornando a superfície como um
todo plano. Os montes Himalaia e os Andes são apenas pequenas
elevações na superfície da terra. Foi, pois, fácil a imersão. Por 40 dias
e 40 noites choveu torrencialmente, mas as águas continuaram a subir ao fim
deste tempo; logo, não foi somente a chuva que causou o Dilúvio, mas também a
invasão ou erupção das águas do mar na terra. Em 150 dias as águas continuaram
a crescer e 15 côvados acima do mais alto monte as águas subiram (7:20). No fim
de 150 dias começaram a minguar. Examinemos, em detalhes, a Bíblia sob este
ponto. Noé tinha 600 anos quando entrou na arca, e no dia 17 do segundo mês
(ano 600, da vida de Noé) foram abertas as fontes do abismo (7:1). Portanto, 13
dias deste segundo mês e 30 dias de cada um dos 10 meses seguintes perfazem,
até ao fim do ano, 313 dias. Mas somente no dia 27 do segundo mês, do ano
seguinte, 601, ou seja, 57 dias depois de ter começado o novo ano da vida de
Noé, ou no dia 370 desde o começo do Dilúvio, foi que a terra ficou seca.
Durou, pois, o Dilúvio mais de um ano. Em 40 dias choveu torrencialmente e
depois continuou a chover, mas não tão fortemente, e em 150 dias as águas
continuaram a crescer, o que indica que além da chuva, houve inundação das
águas do mar. Não há, pois, dificuldade alguma da narrativa. As águas, depois
de se fecharem as fontes do abismo, tiveram mais ou menos o mesmo tendo para
diminuir que tinham levado para crescer.
A destruição podia ser momentânea, mas DEUS escolheu este processo, e teve razão para isso. Depois de cessar o Dilúvio, Noé ficou na arca por algum tempo, até que as condições na terra permitissem sua saída. No dia 17 do sétimo mês do Dilúvio, a arca parou nos montes do Arará. O pico culminante destas montanhas tem 5.230 metros, o Arará grande; e o segundo em altura tem 5.025 metros acima do nível do mar. A palavra "descansaras" em 8:4, não significa que a arca ficou ali, e sim que com o decréscimo das águas tocou este monte e, continuando a boiar, resvalou e manteve-se ao sabor das águas, até que estas secaram. Não é possível que a arca tivesse ficado ali, pois que, neste caso, a descida seria impossível. Até hoje ainda não foi possível subir até ao pico deste monte, ainda que diversos ensaios tenham sido feitos, para se poder averiguar se Noé poderia descer, no caso de a Arca ter ficado ali. Os árabes têm tradições acerca da parada da arca neste monte e dizem que DEUS assim fez para que ninguém pudesse vê-la depois do Dilúvio. É, porém, uma tradição sem base, que a experiência não confirma, e não parece razoável que DEUS tivesse operado um milagre, para fazer descer Noé e seus companheiros de salvação. O fato de que o batel descansou neste monte é significativo, visto ser este o ponto central do velho continente, o berço da raça indo-germânica e não foi fácil contestar que este foi o berço da raça depois de Noé. Passaram-se ainda alguns dias, e Noé teve confirmação de que as águas diminuíam, e começavam a aparecer as culminâncias dos montes da Armênia.
Depois de 40 dias, soltou um corvo, mas este não voltou, ficando a saciar-se na carniça que boiava em cima das águas. Soltou uma pomba, mas esta nem podia ficar na cumeada dos montes nem em cima dos cadáveres, e voltou à arca. Depois de 7 dias, repetiu a experiência, e desta vez ela trouxe no bico um ramo de oliveira. Esta árvore pode ficar por longo tempo imersa na água e não morrer. Ainda depois de 7 dias, soltou de novo a pomba e esta não mais voltou, pelo que Noé entendeu que as águas tinham secado.
Não obstante ter Noé certeza de que as águas tinham secado, esperou pacientemente que DEUS lhe viesse abrir a porta. DEUS o tinha fechado ali e, só Ele o podia tirar.
A destruição podia ser momentânea, mas DEUS escolheu este processo, e teve razão para isso. Depois de cessar o Dilúvio, Noé ficou na arca por algum tempo, até que as condições na terra permitissem sua saída. No dia 17 do sétimo mês do Dilúvio, a arca parou nos montes do Arará. O pico culminante destas montanhas tem 5.230 metros, o Arará grande; e o segundo em altura tem 5.025 metros acima do nível do mar. A palavra "descansaras" em 8:4, não significa que a arca ficou ali, e sim que com o decréscimo das águas tocou este monte e, continuando a boiar, resvalou e manteve-se ao sabor das águas, até que estas secaram. Não é possível que a arca tivesse ficado ali, pois que, neste caso, a descida seria impossível. Até hoje ainda não foi possível subir até ao pico deste monte, ainda que diversos ensaios tenham sido feitos, para se poder averiguar se Noé poderia descer, no caso de a Arca ter ficado ali. Os árabes têm tradições acerca da parada da arca neste monte e dizem que DEUS assim fez para que ninguém pudesse vê-la depois do Dilúvio. É, porém, uma tradição sem base, que a experiência não confirma, e não parece razoável que DEUS tivesse operado um milagre, para fazer descer Noé e seus companheiros de salvação. O fato de que o batel descansou neste monte é significativo, visto ser este o ponto central do velho continente, o berço da raça indo-germânica e não foi fácil contestar que este foi o berço da raça depois de Noé. Passaram-se ainda alguns dias, e Noé teve confirmação de que as águas diminuíam, e começavam a aparecer as culminâncias dos montes da Armênia.
Depois de 40 dias, soltou um corvo, mas este não voltou, ficando a saciar-se na carniça que boiava em cima das águas. Soltou uma pomba, mas esta nem podia ficar na cumeada dos montes nem em cima dos cadáveres, e voltou à arca. Depois de 7 dias, repetiu a experiência, e desta vez ela trouxe no bico um ramo de oliveira. Esta árvore pode ficar por longo tempo imersa na água e não morrer. Ainda depois de 7 dias, soltou de novo a pomba e esta não mais voltou, pelo que Noé entendeu que as águas tinham secado.
Não obstante ter Noé certeza de que as águas tinham secado, esperou pacientemente que DEUS lhe viesse abrir a porta. DEUS o tinha fechado ali e, só Ele o podia tirar.
A Saída da Arca (Gênesis 8:13-22)
A primeira coisa que Noé fez, ao sair da arca, foi erigir um altar e oferecer um sacrifício a DEUS pela sua salvação. É a primeira vez que a Bíblia fala em altares, mas não em sacrifícios. O sacrifício é tão velho como o pecado. O altar acompanha a prática do sacrifício. Foi por meio deste hábito, que Noé conseguiu manter-se justo, no meio de uma geração corrompida. A prática da religião é a única coisa que preserva o homem da corrupção. Jeová aceita este sacrifício e, como toque de sua apreciação pelo gesto de Noé, protesta que nunca mais destruiria a terra e para testemunho desta transação põe no firmamento o arco-íris.
A primeira coisa que Noé fez, ao sair da arca, foi erigir um altar e oferecer um sacrifício a DEUS pela sua salvação. É a primeira vez que a Bíblia fala em altares, mas não em sacrifícios. O sacrifício é tão velho como o pecado. O altar acompanha a prática do sacrifício. Foi por meio deste hábito, que Noé conseguiu manter-se justo, no meio de uma geração corrompida. A prática da religião é a única coisa que preserva o homem da corrupção. Jeová aceita este sacrifício e, como toque de sua apreciação pelo gesto de Noé, protesta que nunca mais destruiria a terra e para testemunho desta transação põe no firmamento o arco-íris.
Gênesis 6-8)
Notas sobre as Diversas Tradições do Dilúvio
O maior argumento que se pode usar sobre a historicidade do Dilúvio é que faz parte de todas as tradições dos povos mais antigos. Os museus estão cheios de documentos, contendo a narrativa desta calamidade, que não é produto da imaginação israelita. Em 1852, George Smith descobriu, nas escavações de Babilônia, tijolinhos com inscrições cuneiformes, narrando o acontecimento, e, sem dúvida, antes que esta história fosse reduzida à escrita, corria oralmente de geração em geração. Todos os povos mais antigos têm tradições do Dilúvio, o que comprova sua universalidade. Os próprios eruditos em antiguidades aceitam este acontecimento como fato histórico. Diferem quanto ao modo como se daria, mas aceitam sua realidade.
O maior argumento que se pode usar sobre a historicidade do Dilúvio é que faz parte de todas as tradições dos povos mais antigos. Os museus estão cheios de documentos, contendo a narrativa desta calamidade, que não é produto da imaginação israelita. Em 1852, George Smith descobriu, nas escavações de Babilônia, tijolinhos com inscrições cuneiformes, narrando o acontecimento, e, sem dúvida, antes que esta história fosse reduzida à escrita, corria oralmente de geração em geração. Todos os povos mais antigos têm tradições do Dilúvio, o que comprova sua universalidade. Os próprios eruditos em antiguidades aceitam este acontecimento como fato histórico. Diferem quanto ao modo como se daria, mas aceitam sua realidade.
Berósio (Bercicius) coligiu de antigos documentos uma
narrativa muito similar à dos tijolinhos caldaicos, na qual a história é
relatada por Kharisatra, salvo do Dilúvio, a Gis- dubar, um herói, que depois
de ter sido atacado de lepra foi para uma terra distante. Há diversas cópias
desta narrativa antiga e teria sido delas que Assurbanipal, o último monarca
Assírio do sétimo século antes de CRISTO, mandou fazer a sua história do
Dilúvio.
Kharisatra relata a sua história mais ou menos assim: "Eu te revelarei, ó Gis-dubar, a história da minha preservação, e te direi" - o oráculo dos deuses. A cidade de Surripak, como tu sabes, está no Eufrates. Era muito antiga, quando os deuses determinaram, em seu coração, fazer vir o Dilúvio, os grandes deuses, tantos como estes: seu pai Anu, o seu rei, o grande Bel, o portador do trono, Adar, seu príncipe En-nugi. Ea, o deus da sabedoria, sentou-se com eles e repetiu o decreto: "Homem de Surripak... (deve referir-se a Noé), constrói um navio e acaba-o (depressa). Os deuses destruirão a semente da vida, mas tu viverás, e faze entrar no navio a semente de todas as espécies. O navio tu construirás... côvados (não é dado o tamanho por estar quebrado o tijolinho,as medidas do comprimento e as medidas da largura e altura). Lança-o ao mar e cobre-o com um teto. Eu compreendi e disse a Ea: 'Meu Senhor, o (navio) que me mandaste construir, quando eu o construir, tanto os jovens como os velhos (se rirão de mim). Ea abriu a boca e falou: (Se eles se rirem de ti) tu lhes dirás: Aquele que me insultar perecerá, (porque a proteção dos deuses) está sobre mim. Eu (Ea) exercerei juízo sobre os que estão em cima e embaixo... (Quanto a ti) (não) feches a porta (até) o tempo em que eu te falar. Então entra pela porta do navio, trazes contigo grão, tua fazenda, provisões para tua família, teus servos e servas, teus filhos, o gado do campo, as bestas da terra, tantas quantas eu preservarei, eu as mandarei a ti e elas ficarão contigo atrás da porta (do navio). No quinto dia, os dois lados do navio estavam postos. Os lados e a coberta tinham catorze medidas. Coloquei o teto e cobri-o. Dividi os compartimentos, dividi as passagens em sete. Dividi o interior em sete quartos. Tapei todas as brechas, por onde a água entraria. Derramei três saris de betume por fora e três por dentro. Três saris de homens, porteiros, trouxeram os cestos das provisões."
A narrativa continua dando minuciosas informações sobre as provisões para o sustento da família de Surripak. Entre as provisões havia bois, carneiros, vinho, cerveja em quantidade, como água dos rios.
Samas (o deus do sol) fixou o tempo e anunciou nestes termos: "À noite eu farei chover destruição dos céus; entra no navio e fecha a porta. Mu-seri-ina-namari (personificação da chuva) levantou-se no horizonte do céu, como uma negra nuvem. Raman trovejou no meio dele - Nebo e o deus do vento saíram na frente - os carregadores do trono passaram sobre as montanhas e planícies. Nergal, o poderoso, destruiu os ímpios; Adar adiantou-se, destruindo tudo na sua frente. Os espíritos das cavernas soltaram o Dilúvio e em sua fúria destruíram toda a terra. O Dilúvio de Raman (o Hércules caldeu) subiu até aos céus e a noite tornou-se em treva densa. Destruíram toda a vida da face da terra." Todo o restante da narrativa, que é longa, obedece, em linhas gerais, tanto à duração do Dilúvio, como às suas conseqüências. Até as montanhas, onde a raça topou, são mencionadas. "O navioera tangido de um lado para o outro na terra de Nizir; a montanha de Nizir arrastou o navio e não permitiu que passasse além." A seguir, é mencionada a pomba. "Ao aproximar-se o sétimo dia, enviei uma pomba. A pomba ia e vinha e não encontrava onde pousar, e voltava ao barco. Eu enviei uma andorinha; ela ia e vinha e não encontrava onde pousar.
Eu enviei um corvo; o corvo foi e viu os corpos boiando sobre as águas; comeu e voou, ficou, e não retornou à arca". (Para maiores informações, veja-se Charlés Marston: A Bíblia Disse a Verdade, págs. 36-46).
Seria enfadonho repetir toda a narrativa caldaica, mas os trechos dados bastam para identificar as duas narrativas a caldaica e a mosaica. . Da Caldéia, passaram estas narrativas para o Egito e para o Ocidente, onde as encontramos entre os gregos e romanos, com ligeiras variantes. Do mesmo modo, vamos encontrar os povos americanos possuindo narrativas similares. Até entre os índios Cree, o Sr. John Richardson achou traços similares do Dilúvio. No Taiti, os nativos falam do deus Ruahatu destruindo o mundo pelo Dilúvio, e noutras terras se encontram histórias do altar erigido à divindade depois do Dilúvio. Os habitantes de Fiji contam que do Dilúvio só se salvaram oito pessoas. (Geikie, Hours with the Bible).
Sobre os fenômenos que dariam causa ao Dilúvio do ponto de vista astronômico e geológico, uma vasta literatura tem sido produzida. Em 1823, o Prof. Buckland publicou a sua Reliquiae Diluvianae, na qual tentou vindicar a autoridade das Escrituras, mostrando que a existência de vestígios de vida marinha onde atualmente não há sinal de rio ou mar só pode ser atribuída ao Dilúvio. O Dr. Burnet, na sua Theory of the Earth, publicada em 1680, supõe que o Dilúvio encontrou a superfície da terra perfeitamente plana, sem montanhas e vales, e que o interior da mesma estava cheio de água. A superfície aqueceu pelo calor do sol e rebentou, despejando todo o líquido interno. Daí vieram as montanhas e vales. John Ray, professor em Cambridge, adotou a teoria de que o Dilúvio resultou de um ligeiro sacudimento do centro da terra. O Dr. Alley, notável astrônomo, pensava que o Dilúvio tinha ocorrido em virtude de um choque entre um cometa e a terra. (Os estudantes que desejarem maiores informações poderão examinar os dois capítulos dados sobre o assunto por Cunninghan Geikie, em Hours with the Bíble).
Kharisatra relata a sua história mais ou menos assim: "Eu te revelarei, ó Gis-dubar, a história da minha preservação, e te direi" - o oráculo dos deuses. A cidade de Surripak, como tu sabes, está no Eufrates. Era muito antiga, quando os deuses determinaram, em seu coração, fazer vir o Dilúvio, os grandes deuses, tantos como estes: seu pai Anu, o seu rei, o grande Bel, o portador do trono, Adar, seu príncipe En-nugi. Ea, o deus da sabedoria, sentou-se com eles e repetiu o decreto: "Homem de Surripak... (deve referir-se a Noé), constrói um navio e acaba-o (depressa). Os deuses destruirão a semente da vida, mas tu viverás, e faze entrar no navio a semente de todas as espécies. O navio tu construirás... côvados (não é dado o tamanho por estar quebrado o tijolinho,as medidas do comprimento e as medidas da largura e altura). Lança-o ao mar e cobre-o com um teto. Eu compreendi e disse a Ea: 'Meu Senhor, o (navio) que me mandaste construir, quando eu o construir, tanto os jovens como os velhos (se rirão de mim). Ea abriu a boca e falou: (Se eles se rirem de ti) tu lhes dirás: Aquele que me insultar perecerá, (porque a proteção dos deuses) está sobre mim. Eu (Ea) exercerei juízo sobre os que estão em cima e embaixo... (Quanto a ti) (não) feches a porta (até) o tempo em que eu te falar. Então entra pela porta do navio, trazes contigo grão, tua fazenda, provisões para tua família, teus servos e servas, teus filhos, o gado do campo, as bestas da terra, tantas quantas eu preservarei, eu as mandarei a ti e elas ficarão contigo atrás da porta (do navio). No quinto dia, os dois lados do navio estavam postos. Os lados e a coberta tinham catorze medidas. Coloquei o teto e cobri-o. Dividi os compartimentos, dividi as passagens em sete. Dividi o interior em sete quartos. Tapei todas as brechas, por onde a água entraria. Derramei três saris de betume por fora e três por dentro. Três saris de homens, porteiros, trouxeram os cestos das provisões."
A narrativa continua dando minuciosas informações sobre as provisões para o sustento da família de Surripak. Entre as provisões havia bois, carneiros, vinho, cerveja em quantidade, como água dos rios.
Samas (o deus do sol) fixou o tempo e anunciou nestes termos: "À noite eu farei chover destruição dos céus; entra no navio e fecha a porta. Mu-seri-ina-namari (personificação da chuva) levantou-se no horizonte do céu, como uma negra nuvem. Raman trovejou no meio dele - Nebo e o deus do vento saíram na frente - os carregadores do trono passaram sobre as montanhas e planícies. Nergal, o poderoso, destruiu os ímpios; Adar adiantou-se, destruindo tudo na sua frente. Os espíritos das cavernas soltaram o Dilúvio e em sua fúria destruíram toda a terra. O Dilúvio de Raman (o Hércules caldeu) subiu até aos céus e a noite tornou-se em treva densa. Destruíram toda a vida da face da terra." Todo o restante da narrativa, que é longa, obedece, em linhas gerais, tanto à duração do Dilúvio, como às suas conseqüências. Até as montanhas, onde a raça topou, são mencionadas. "O navioera tangido de um lado para o outro na terra de Nizir; a montanha de Nizir arrastou o navio e não permitiu que passasse além." A seguir, é mencionada a pomba. "Ao aproximar-se o sétimo dia, enviei uma pomba. A pomba ia e vinha e não encontrava onde pousar, e voltava ao barco. Eu enviei uma andorinha; ela ia e vinha e não encontrava onde pousar.
Eu enviei um corvo; o corvo foi e viu os corpos boiando sobre as águas; comeu e voou, ficou, e não retornou à arca". (Para maiores informações, veja-se Charlés Marston: A Bíblia Disse a Verdade, págs. 36-46).
Seria enfadonho repetir toda a narrativa caldaica, mas os trechos dados bastam para identificar as duas narrativas a caldaica e a mosaica. . Da Caldéia, passaram estas narrativas para o Egito e para o Ocidente, onde as encontramos entre os gregos e romanos, com ligeiras variantes. Do mesmo modo, vamos encontrar os povos americanos possuindo narrativas similares. Até entre os índios Cree, o Sr. John Richardson achou traços similares do Dilúvio. No Taiti, os nativos falam do deus Ruahatu destruindo o mundo pelo Dilúvio, e noutras terras se encontram histórias do altar erigido à divindade depois do Dilúvio. Os habitantes de Fiji contam que do Dilúvio só se salvaram oito pessoas. (Geikie, Hours with the Bible).
Sobre os fenômenos que dariam causa ao Dilúvio do ponto de vista astronômico e geológico, uma vasta literatura tem sido produzida. Em 1823, o Prof. Buckland publicou a sua Reliquiae Diluvianae, na qual tentou vindicar a autoridade das Escrituras, mostrando que a existência de vestígios de vida marinha onde atualmente não há sinal de rio ou mar só pode ser atribuída ao Dilúvio. O Dr. Burnet, na sua Theory of the Earth, publicada em 1680, supõe que o Dilúvio encontrou a superfície da terra perfeitamente plana, sem montanhas e vales, e que o interior da mesma estava cheio de água. A superfície aqueceu pelo calor do sol e rebentou, despejando todo o líquido interno. Daí vieram as montanhas e vales. John Ray, professor em Cambridge, adotou a teoria de que o Dilúvio resultou de um ligeiro sacudimento do centro da terra. O Dr. Alley, notável astrônomo, pensava que o Dilúvio tinha ocorrido em virtude de um choque entre um cometa e a terra. (Os estudantes que desejarem maiores informações poderão examinar os dois capítulos dados sobre o assunto por Cunninghan Geikie, em Hours with the Bíble).
Se não é possível mostrar cientificamente como o
Dilúvio se verificou, e nem isso interessa à Bíblia, nem por isso a sua
veracidade histórica pode ser contestada. Ele é tão real como a própria raça
que levou consigo, para todas as extremidades da terra, o terrível fato.Quanto
à sua antigüidade, pouco se pode dizer, e nem há elementos históricos que
possam determiná-la. Um mistério profundo envolve grande número de
acontecimentos ocorridos com a raça humana, que nem a Bíblia nem a pré-história
decidem. Os estudos que se têm feito para determinar, por meio da fauna, até
onde o Dilúvio chegou, ou por meio da flora, os vegetais sobreviventes à
terrível catástrofe, pouco têm adiantado. O fato continua cada vez mais certo e
a Bíblia sempre na vanguarda de todas as verdades que a picareta do geólogo ou
a perspicácia dos botânicos e zoólogos podem precisar. (Langdon propõe 3.300
anos antes de CRISTO para a data do Dilúvio. M. André Parrot dá 3.000. Se
aceitarmos que Abraão nasceu 1.072 anos depois do Dilúvio, então a data deste
teria ocorrido em 3.200 a.C. A dinastia de Kish, remonta a 5.500 anos a.C. e a
de Ur 4.100. O Dilúvio, pois, veio posteriormente a estas civilizações, de onde
vieram também as tradições das tabuinhas de Kish e de Nínive).
À crítica moderna, oferecem, estas narrativas antigas,
um vasto, campo comparativo, e diga-se, para seu crédito, que cada palavra tem
sido comparada, e, a despeito das diferenças que as diversas narrativas
oferecem, as similaridades são tantas, que não deixam a menor dúvida sobre o
fato. Esta história está ligada à religião em qualquer dos povos onde se
encontra, e outra coisa não era de esperar, visto que o saber religioso da vida
das nações antigas e a maneira como a divindade, ou divindades, agiram na vinda
do Dilúvio constituem a fundamental diferença entre a narração bíblica e as
narrativas étnicas. Babilônia parece haver sido o local do drama, e com tal
vivacidade é descrito nos tabletes de barro, que só resta ao crítico aceitar
sua veracidade inquestionável.
Desta região, como centro do novo mundo, se espalhou a tradição do acontecimento, de modo que se encontra em todas as nações antigas, como Assíria, Pérsia, Escandinávia, Grécia, índia, México etc.
As diversidades das narrativas são, como ficou dito, devidas às concepções religiosas do povo: mitologistas, politeístas; e a hebraica, puramente monoteísta.
Desta região, como centro do novo mundo, se espalhou a tradição do acontecimento, de modo que se encontra em todas as nações antigas, como Assíria, Pérsia, Escandinávia, Grécia, índia, México etc.
As diversidades das narrativas são, como ficou dito, devidas às concepções religiosas do povo: mitologistas, politeístas; e a hebraica, puramente monoteísta.
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
Segundo mês
O primeiro mês foi Tisri, que responde a segunda metade setembro, e o primeiro
semestre de outubro, e a segunda foi Mareheshvan, que responde por parte de outubro e parte de
novembro. Após a libertação do Egito, no início do ano foi alterada de Marcheshvan de Nisan, que
responde por uma parte da nossa março e abril. Mas não é provável que este acerto de contas obtido
antes do dilúvio. Dr. Lightfoot muito provavelmente conjecturas que Matusalém estava vivo no primeiro mês deste ano. E parece que, diz ele, como claramente o espírito de profecia predisse das
coisas por vir, quando dirigiu seu pai Enoque quase mil anos antes de chamá-lo de Matusalém, o que
significa que morrem por um dardo, ou, ele morre, e depois é o dardo, ou, final ele morre, então ele é enviado. E, assim, Adão e Matusalém tinha medido o tempo todo entre a criação e o dilúvio , e viveu acima 240 anos juntos. Veja Clarke em Gênesis 5:3.Versículo 12. houve chuva sobre a terra Dr. Lightfoot supõe que a chuva começou no dia 18 do segundo mês, ou Marcheshvan, e que cessou no dia 28 do terceiro mês, Quisleu.
O versículo 15. E eles entraram,era fisicamente impossível para Noé ter recebido um número tão grande de animais mansos e ferozes, nem poderiam ter sido mantido em suas enfermarias por meros meios naturais. Como, então, eles foram
trazidos de várias distâncias para a arca e preservados lá? Apenas pelo poder de DEUS. Ele que foi o primeiro milagre trouxe a Adão que ele poderia dar-lhes os seus nomes, agora traz a Noé que ele pode preservar suas vidas. E agora nós podemos razoavelmente supor que sua inimizade natural foi tão longe ou suspensos que o leão pode habitará com o cordeiro e o lobo deitará com o garoto, embora cada um ainda possam requerer o seu alimento peculiar. Isto pode haver dificuldade para o poder de DEUS, sem a interposição imediata de que nem dilúvio, nem as circunstâncias concomitantes poderia ter ocorrido.
Há algo de muito expressiva no original, od haarets
col yemey, até que todos os dias da terra, porque DEUS não contar a sua duração por séculos, e as próprias palavras pagar uma forte presunção de que a terra não deve ter uma duração infinita.
Semente de tempo e colheita. É muito provável que as estações do ano, que foram claramente marcadas imediatamente após o dilúvio, são mencionados neste lugar, mas é difícil determinar-los. A maioria dos países europeus dividir o ano em quatro partes distintas, chamado trimestres ou estações, mas há seis divisões no texto, e, provavelmente, todos destinados para descrever as estações do ano em um desses anos pós-diluviana, particularmente naquela parte do globo, Armênia, onde Noé foi quando DEUS lhe deu, a humanidade e, através dele, a promessa desta gracioso. Desde o
Targum de Jônatas sobre esse versículo, aprendemos que na Palestina a sua semente tempo foi em setembro, no equinócio de outono, a sua colheita em março, no equinócio da primavera, que as suas inverno começou, em dezembro, no solstício, e seu verão no solstício de Junho.
Os coptas começar seu outono no dia 15 de setembro, e estendê- lo para o dia 15 de dezembro. Seu inverno no dia 15 de dezembro, e estendê-lo para o dia 15 de
março. Sua primavera no dia 15 de março, e estendê-lo para o dia 15 de junho. Seu verão no dia 15 de junho, e estendê-lo para o dia 15 de setembro, atribuindo a cada temporada três meses completos. Calmet.
Há certamente regiões da terra, para que nem este nem o nosso próprio modo de divisão
pode aplicar: há alguns onde verão e inverno parecem dividir o ano inteiro, e outros,
onde, além de verão, inverno, outono e primavera , há estações distintas que podem ser
denominada de estação quente, a frio temporada, a estação das chuvas,
Esta é uma promessa muito misericordioso para com os habitantes da terra. Pode haver uma variedade de as estações, mas nenhuma estação essencialmente necessário para a vegetação deve falham completamente. Os tempos, que são consequência da maior para a preservação do homem são distintamente notado, não deve ser tanto em tempo desemente e colheita, um tempo apropriado para depositar o grão diferente na terra, e um tempo adequado para colher o produto desta semente.
Assim termina o relato do dilúvio geral, sua causa, circunstâncias e consequências. Uma conta que parece dizer-nos, Eis a bondade ea severidade de DEUS! Tanto sua justiça e longanimidade são particularmente visíveis no evento surpreendente. Sua justiça, na punição dos ímpios incorrigíveis, e sua misericórdia, dando-lhe assim justo e cheio uma advertência, e em esperar tanto tempo para estender sua graça a todos que pudessem buscá-lo. Tal prova convincente, a destruição do mundo pela água dado pela justiça Divina, tal testemunho convincente da verdade dos escritos sagrados, que não só todas as partes da terra dá testemunho desta extraordinária revolução, mas também todas as nações do universo preservou registros ou tradições desta exibição terrível da justiça de DEUS.
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