O MUNDO DE LAMEQUE
INTRODUÇÃO
Como você classificaria
um homem que, após haver matado duas pessoas, compõe um poema? Num verseto
atrevido e insolente, ele garganteia a façanha às suas esposas: “Ada e Zilá,
ouvi-me; vós, mulheres de Lameque, escutai o que passo a dizer-vos: Matei um
homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou. Sete vezes se tomará
vingança de Caim, de Lameque, porém, setenta vezes sete” (Gn 4.23,24).
Sim, como você classificaria
tal homem? No mundo que precedeu o Dilúvio, ele foi aclamado como herói. Embora
soubesse que o Criador não lhe deixaria impune o duplo homicídio, Lameque
continuou a viver como se não houvesse Deus. Sua atitude replicar-se-ia até
mesmo entre os filhos de Sete. A partir daquele poema, a humanidade inicia um
processo de depravação total e irreversível. Nosso mundo em nada difere da
sociedade lamequiana, exceto num pormenor estatístico. Naquele tempo, o número
dos piedosos não chegava à casa da dezena. Hoje, os justos são contados aos
milhões. Entremos, pois, a conhecer o abominável mundo de Lameque.
I. A IMPERFEIÇÃO NUM MUNDO PERFEITO
Lançado
em 2014, o filme Noé, roteirizado e dirigido por Darren Aronofsky, levou o leitor
da Bíblia à frustração. Pelo menos, esse foi o meu sentimento ao desperdiçar
mais de duas horas com aquela caricatura da primeira epopeia da História
Sagrada.
Para
começar, Aronofsky mostra o mundo pré- diluviano como que arrasado por uma
guerra nuclear. De acordo com a sua paródia, a Terra j á não existia
ecologicamente. Do texto sagrado, porém, inferimos outra realidade. Nosso planeta
era farto e pródigo; a humanidade, saudável e longeva; e, no ambiente natural,
reinava perfeita harmonia.
1. Um planeta farto e pródigo.
Apesar
do pecado, a Terra pré-diluviana era um habitat perfeito; proporcionava
alimentos e regalos a todos. Por isso, os filhos de Adão davam se ao luxo de
viver irresponsável e impiamente. Observemos a descrição que faz o Senhor Jesus
deste período: “Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e
bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca”
(MT 24.38). Aquela geração não se angustiava com os problemas que, hoje, nos
afligem. Ninguém se preocupava com a ecologia. Água? Rios e riachos não lhes
faltavam. Como possuíssem tudo em abundância, gastavam as horas em orgias e
truculências. Longevos, nem menção à morte faziam. Comiam e bebiam, e contavam
a vida em séculos, não em décadas.
2. Vida longa e próspera.
O Sr. Spock,
personagem interpretado por Leonard Nimoy (1931-2015), sempre despedia-se de
seus amigos com uma saudação quase rabínica: “Vida longa e próspera”. Oriundo
de Vulcano, Spock, além de longevo, fazia questão de orientar-se por uma ética
irretorquível e através de uma lógica superior e pura.
A geração de
Lameque também usufruía de uma vida longa e próspera. Entretanto, vivia imoral
e irracionalmente. Sua lógica era o pecado. Ora, se a sua iniquidade já tinha
uma história de quase dois mil anos, por que mudar? Então, vida longa e
próspera a um mundo que se compraz no Maligno. Não era incomum deparar-se com
um adúltero de seiscentos anos, com um assassino de oitocentos ou com um corrupto
de quase mil.
Imagine a folha corrida dos lamequianos.
Por isso, o Senhor resolve colocar um limite
biológico à vida humana. Doravante, os filhos de Adão e Eva não irão além dos
120 anos (Gn 6.3). Se fizermos uma comparação entre as genealogias dos capítulos
cinco e 11 de Gênesis, verificaremos que, na primeira, a vida humana era
computada em séculos. Na segunda, nossa existência j á pode ser contada em
décadas. Se Matusalém chegou a 969 anos, Terá, pai de Abraão, morrerá aos 205
(Gn 11.32).
Foi
este, a propósito, o último dos longevos. Na conclusão do Gênesis, constata-se:
a fronteira biológica do ser humano j á estava fixada. José, filho de Jacó, falece
aos 110 anos (Gn 50.26).
Mais tarde, queixar-se-ia Moisés da efemeridade da
existência (Sl 90.10). Com uma vida quase milenar, os pré-diluvianos viviam
pendularmente entre a eternidade e a impunidade. Como um homem de quase mil
anos haveria de temer a morte? E se Deus já os entregara aos próprios erros,
não lhes castigando de imediato a iniquidade, por que temer o Juízo Final se a
História mal havia começado? Por essa razão, os contemporâneos de Noé viviam
para pecar e pecavam para viver.
3. Harmonia ecológica.
Até
o Dilúvio, havia perfeita harmonia entre os reinos animal, vegetal e humano. Os
animais selvagens não representavam qualquer ameaça. A única ameaça era o
próprio homem. Agressivo e irreconciliável, amedrontava até mesmo a mais brutal
das feras. Após o Dilúvio, contudo, pavor e medo recairiam sobre o reino
animal; sobre a natureza, gemido e angústia (Gn 9.2; Rm 8.22).
O
mundo ainda era perfeito, belo e sustentável. Mas o povo que o habitava era o
antônimo de tudo isso. Ao invés de agradecer ao Criador por todas as benesses,
os filhos de Adão aproveitavam tais favores para depravar-se totalmente. Um
mundo perfeito para uma geração imperfeita.
II. O EFEITO LAMEQUE
Teologicamente,
Adão foi o grande responsável pela introdução do pecado no mundo (Rm 5.12). Historicamente,
porém, o pecado alastrou-se a partir de Lameque, filho de Metusael (Gn 4.18).
Foi
ele o primeiro pecador confesso da história da humanidade. De uma única feita,
admitiu haver cometido duas transgressões contra Deus. Sua confissão, todavia,
não foi acompanhada de arrependimento nem remorso; fez-se acompanhar de um medo
que logo seria esquecido. Indiretamente, confessa a bigamia. E, diretamente, o
duplo homicídio. Sua confissão jaz num poema que, hoj e, é conhecido como o
Cântico da Espada.
1. A bigamia.
De
berço, a região do Éden ia transformando-se no túmulo da primeira civilização
humana. Na vida de Lameque, as coisas ruins vinham aos pares: duas mulheres,
dois homicídios, etc. Tivesse o seu poema mais versos, outras iniquidades
apareceriam em duplas. Sua confissão duplicada basta para mostrar um processo
irreversível de apostasia.
Da
poligamia à promiscuidade sexual foi apenas um passo. Seu exemplo contaminaria
inclusive a linhagem de Sete que, apesar de um passado santo e piedoso, também
se deixará contaminar pela libertinagem. Eis o testemunho da Bíblia: “Como se
foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas, vendo os filhos
de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as
que, entre todas, mais lhes agradaram” (Gn 6.1,2).
Os
descendentes de Sete, aqui alcunhados de filhos de Deus, não somente fazem-se
polígamos, como também ultrapassam todos os limites da decência. Tomando para
si quantas mulheres lhes permitiam a luxúria e a libertinagem, transformaram o
convívio social numa orgia desenfreada.
2. Duplo homicídio.
Se
Caim teve de ser duramente arguido por Deus para confessar o assassinato de
Abel, não precisou Lameque de arguição alguma. Espontânea e livremente, declara
haver assassinado banalmente dois homens. Um adulto, ele o matou porque o
ferira. E um rapaz por lhe ter pisado. Se recorrermos ao original,
constataremos que o segundo crime foi ainda mais grave.
Lameque
revela ter assassinado um jovem. Em hebraico, yeled pode aludir tanto a um adolescente
quanto a uma criança. Logo, o seu crime, além de banal e covarde, foi singularmente
brutal. Nossos dias parecem não diferir em nada do mundo de Lameque.
Por
um grama de droga há muito jovem, adolescente O mundo ai e criança perdendo a
vida. E, por causa de uns míseros centavos, muita gente não retorna ao lar.
Banalmente, assassinase, hoje, como banalmente assassinava-se naqueles começos
da História.
Tanto no princípio, quanto no fim, a índole criminosa do ser
humano em nada melhorou; caminhamos de mal a pior. Lameque deflagrou a
iniquidade por todo o planeta.
Hoje,
somos angustiados por assassinatos, genocídios e crimes contra a humanidade.
Haja vista os extermínios de judeus e armênios, e a matança promovida como
política pública por monstros como Stalin, Hitler, Mao Tsé-Tung e Pol Pot.
III. UM MUNDO PARADOXAL
O
mundo de Lameque não era caracterizado apenas pela rebelião contra Deus. No
exercício de seu mandato cultural, desenvolveu, desde cedo, a agropecuária, a
metalurgia e a música. Foi uma época de grandes conquistas intelectuais e
tecnológicas. Do texto bíblico, inferimos que a engenharia já estava bem
desenvolvida, pois a geração pós-diluviana não teve dificuldades em construir a
Torre de Babel. O curioso é que todo esse progresso proveio da geração de Caim.
Os filhos de Sete, antes de se transviarem, haviam se dedicado mais às
atividades espirituais e teológicas.
1. A primeira cidade.
Banido
da presença do Senhor, Caim habitou na terra de Node, ao oriente do Éden. Ali,
teve o seu primogênito, a quem chamou Enoque. Como a sua linhagem se
multiplicasse, organiza ele uma cidade, a qual dá o nome de seu filho mais
velho. Em torno desse centro urbano, as atividades profissionais
diversificam-se.
Aparecem os pecuaristas como Jabal.
Surgem
os metalúrgicos como Tubalcaim. E despontam os artistas como Jubal. Também
irrompem os primeiros conflitos, revel ando grandes e notórios criminosos e
malfeitores. No campo e na cidade, a rebelião contra Deus alastra-se,
contaminando toda a Terra. O fenômeno urbano encarrega-se de espraiar os maus
exemplos, levando os filhos de Adão a um rápido processo de depravação
essencial e total.
Apesar
de a Bíblia nada dizer acerca da civilização setista, esta organizou-se também
em cidades. Inexistindo barreiras linguísticas e geográficas, não demoraria
para que a civilização caimita englobasse a setista, e lançasse os fundamentos
da megalópole da iniquidade. Foi o primeiro ensaio do Anticristo no estabelecimento
de seu império.
Vejamos
as atividades econômicas da civilização caimita.
2. Atividades agropecuárias.
Embora
os descendentes de Adão e Eva pudessem viver da caça e da coleta de frutas,
verduras e legumes, desde cedo empenharam-se em trabalhar seletiva e metodicamente
a terra. Essa preocupação acentuou-se entre os filhos de Caim, o primeiro
agricultor. Jabal, filho de Lameque, deixando a cidade de Enoque, passou a
dedicar-se à criação de gado. E, na busca por boas pastagens, faz-se nômade.
Por isso, ele é conhecido como o “pai dos que habitam em tendas e possuem gado”
(Gn 4.20).
Observemos
que, para construir e erguer tendas, necessitava Jabal de O fenômeno urbano
encarrega-se de espraiar os maus exemplos, levando os filhos de Adão a um
rápido processo de depravação essencial e total. instrumentos cortantes e
coberturas para suas moradias portáteis. Teriam aqueles antigos habilidades
para fiar o algodão e o linho? Deveríamos pensar nesses detalhes, pois são
bastante reveladores.
3. Atividades industriais.
Não
há agricultura nem pecuária sem uma indústria de base. Há de se ter, pelo
menos, uma boa metalurgia para se forjar enxadas, pás e relhas aos
agricultores, e os instrumentos próprios dos pecuaristas. É justamente aí que
surge a indústria de Tubalcaim. Filho de Caim com Zilá, foi ele “artífice de
todo instrumento cortante, de bronze e de ferro” (Gn 4.22). Não foi, portanto,
o homo erectus quem descobriu o fogo. Dizem os evolucionistas que este, ao
observar os raios faiscando nas árvores, veio a intuir ser possível dominá-lo.
Também não foi Prometeu quem no-lo proporcionou, roubando-os aos deuses do
Olimpo. Se alguém descobriu o fogo não foi o homo erectus, nem os deuses da
mitologia grega, mas o justo Abel que, ao fazer sua oferenda ao Senhor,
queimou-a como cheiro suave. A partir daí, os filhos de Adão passaram a
utilizá-lo, a fim de preparar alimentos, alumiar suas casas, etc. Tubalcaim
viria a descobrir ser possível industriar o fogo e, assim, fundir os minérios
de bronze e de ferro. Ora, se a região era rica em ouro, por que não
explorá-lo? Acredito que, se a humanidade não tivesse pecado contra o Senhor,
poderia ter começado a civilização não a partir do ferro, mas do ouro.
Segundo
a história secular, a Idade do Ferro teria começado por volta do ano 1200 a.C.
Todavia, j á na aurora da humanidade, havia um metalúrgico e fundidor que,
admiravelmente, sabia como trabalhar o bronze e o ferro. Processando-os, forjava
instrumentos cortantes. Das forjas de Tubalcaim deve ter saído também muita
espada e punhal. Violência era o que não faltava àquela época.
4. Atividades intelectuais e artísticas.
A
música brotou da alma do homem, pois sempre esteve no Espírito de Deus. Quando
o Senhor criava os céus e a terra, os anjos entoavam-lhe louvores altos e
eternos (Jó 38.7).
Acredito
que a feitura de Adão fez-se também acompanhar dos coros angélicos. Por isso,
somos naturalmente musicais. Jubal, também filho de Lameque, foi “o pai de
todos os que tocam harpa e flauta” (Gn 4.21).
Observando
a sinfonia da natureza, logo descobriu ser possível arrancar harmonias e ritmos
da madeira e do metal. Dessa forma, compôs músicas e madrigais. Terá el e
musicado o poema de Lameque? O certo é que, não somente criou instrumentos,
como também ensinou música. El e inventou harpas e flautas. Os músicos
subsequentes criariam a trombeta, o pífaro, a cítara, o saltério e a gaita de
foles (Dn 3.5).
Paradoxalmente,
as finuras da mente eram livre e espontaneamente manifestadas, apesar da
corrupção que campeava no mundo de Lameque. Longe de serem primitivos e
involuídos, os primevos eram evoluídos, inteligentes e muito mais inventivos do
que nós. Só lhes faltava uma coisa: a verdadeira sabedoria que nos advém com o
temor a Deus. Havia gente mais velha
IV. A RELIGIÃO DE LAMEQUE
No
mundo de Lameque, não havia espaço aos ídolos de barro, madeira ou ferro. Ali,
a religião era agressivamente antropológica. Seus ídolos eram os varões que se
notabilizavam por atos violentos, por façanhas truculentas e por repetidas e
agravadas blasfêmias contra o Espírito Santo.
A geração de Lameque era uma raça de
anticristos: homens, mulheres e crianças depravavam-se até ao inferno. Um mundo
irremissível; votado à destruição. Era uma gente pior do que Satanás. Se não
fosse destruída, arruinaria para sempre a criação divina.
1. A teologia.
A geração de Lameque não desconhecia a
presença de Deus. E, posto não haver ainda o governo humano, o próprio Criador
era quem os governava. Aqueles ímpios, contudo, confrontavam o Eterno, não lhe
aceitando a governança. Aquela gente tinha a Deus como fraco e leniente; um
criador distante da criação. E, como fossem todos longevos, desconheciam as noções
de brevidade que, hoje, levam-nos a refletir seriamente sobre a morte. Para eles,
a vida era longa e próspera. Havia gente mais velha que Portugal, mais antiga
que os Estados Unidos e com mais história que o Brasil. Segundo imaginavam,
Deus não fazia bem nem mal.
2. Os ídolos.
O
autor sagrado fala dos heróis daquela época: “Ora, naquele tempo havia gigantes
na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos
homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na
antiguidade” (Gn 6.4).
Os
tais não eram semideuses nem super-humanos, mas pecadores notórios. Nem após o
arrebatamento da Igreja o mundo chegará a tal degradação, pois, nos últimos
dias, ainda haverá arrependimentos e conversões. Portanto, o Dilúvio era
inevitável.
3. A relação com o Espírito de Deus.
Da
geração de Lameque, falou o Senhor: “O meu Espírito não agirá para sempre no
homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos” (Gn 6.3).
Não sabemos por quantos anos, décadas, ou séculos, a geração de Lameque
resistiu ao Espírito Santo. Da resistência ao Espírito de Deus, aqueles homens,
mulheres e crianças passaram a blasfemar contra a Terceira Pessoa da Santíssima
Trindade, depravando-se totalmente. Imaginemos toda uma civilização a blasfemar
contra o Espírito Santo. Fizeram-se aqueles homens piores do que os demônios.
Estes, por não serem dotados de corpo, não podem estragar a criação física.
Aqueles, pelo contrário, dotados de corpo e alma, transgrediam tanto no campo
espiritual, como âmbito terreno. Os seguidores de Lameque eram duplamente
endemoninhado.
CONCLUSÃO
Vivemos
dias semelhantes aos de Lameque. Nosso mundo parece depravar-se total e
irreversivelmente. Hoje, porém, temos um povo mais forte e numeroso que a
família de Noé. Se naquele tempo os justos eram contados em unidades, que
Portugal, mais antiga que os Estados Unidos e com mais história que o Brasil.
agora, são computados em milhões. Portanto, como sal da terra e luz do mundo,
evangelizemos, protestemos contra o pecado e, através de um testemunho ilibado,
apregoemos a volta de Cristo. Enquanto a Igreja for Igreja, o Anticristo não
achará guarida completa neste mundo. Embora avance em todas as áreas, sempre
encontrará homens, mulheres, jovens e até crianças dispostos a barrar--lhe a
trajetória. Não podemos esquecer nossa vocação de sal e de luz. Se tivermos
ambas as propriedades em nosso testemunho pessoal e coletivo, levaremos o
Evangelho de Cristo até aos confins da terra sem impedimento algum.
TRECHO DO LIVRO
:lawrence-olson-o-plano-divino-através-dos-séculos
1
A Duração
desta dispensação é de cerca de 1656 anos,
abrangendo o período desde a queda
do homem até ao Dilúvio.
2.
A Condição do Homem.
A palavra chave: CONSCIÊNCIA.
Havendo
perdido a filiação de Deus e estando separado daquela vida que vem do Criador,
e tendo recebido em seu ser o veneno do pecado (o espírito que agora opera nos
filhos da desobediência, Ef 2.2), e estando sujeito a Satanás, o homem partiu
do Éden em condições bem diferentes das anteriores. Agora o mundo está sob
maldição. O homem havia perdido a inocência e pureza da mente e da vida;
tornou-se então "como deuses", por estar em comunhão com o "deus
deste mundo". II Co 4.4. Agora ele conhece a diferença entre o bem e o mal,
mas isso já não lhe traz vantagem alguma. Perdeu a comunhão com Deus; não está
mais "em Cristo", alienou a capacidade do conhecimento espiritual.
Foi prejudicado no espírito, alma, e corpo, mas uma coisa reteve - a sua livre
e espontânea vontade, pela qual poderia escolher entre o bem e o mal.
Permaneceu tal qual era antes, um ser livre e responsável perante Deus, por sua
maneira de agir.
3.
A Aliança Adâmica.
Da
parte de Deus essa aliança celebrada no Éden foi a solução divina para o
problema do pecado que surgiu como conseqüência da queda. Antes disso não havia
logicamente sacrifício pelo pecado. Deus proveu uma oferta pela qual o homem
poderia reencontrar a pureza e a comunhão com Deus. I João 1.3,7. A liberdade
da morte e a regência do mundo foram incluídas neste plano. I Co 15.26; Mt 5.5;
Ap 5.10. Essa provisão era o Cordeiro de Deus, morto desde a fundação do mundo.
Ap 13.8. "Eis que o pecado (ou seja a oferta pelo pecado) jaz à
porta". Gn 4.7. Deus falou isso a Caim. A primeira família, assim ensinada
por Deus, entendia isso perfeitamente e manteve esse costume de oferecer
sacrifícios expiatórios, de animais, sobre altares de pedra. Sete, Enoque, Noé
e outros da linhagem piedosa mantiveram vivo esse testemunho de fé durante todo
o período ante- diluviano, de mais de 1 500 anos. Hb 11.4-7.
A
maneira correta para o homem expressar o desejo de entrar em comunhão com Deus
era aceitar o caminho da redenção, provida por Deus na instituição de
sacrifícios de sangue. Gn 3.21; 4.3,4. "Pela fé Abel ofereceu a Deus mais
excelente sacrifício do que Caim..." Hb 11.4. "E assim, a fé vem pela
pregação e a pregação pela palavra de Cristo". Rm 10.17. Isso significa
então que Abel ouviu a Palavra de Deus (Gn 3.15), transmitida por seu pai,
Adão, e que creu, demonstrando a sua fé na oferta de sangue, que era um tipo do
Grande Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. João 1.29.
4. Duas Atitudes Para
Com a Provisão Divina.
Abel,
pela oferta de sangue, mostrou penitência e um desejo de aproximar-se de Deus.
Era um homem de fé em Deus e obediência ao Caminho do Senhor. Gn 4.4; Hb 11.4.
Caim, pela oferta, destituída de fé, dos
frutos do campo que cultivava, demonstrou um espírito de autoconfiança e
rebelião, desprezando o Redentor, Cristo, como se pudesse prescindir dele.
"Assim
já naquele tempo remoto os homens se dividiram em duas classes distintas - uma
evangélica e a outra racionalista, uma penitente e a outra impenitente, a
classe crente e a que procurou estabelecer a sua própria justiça por meio de
obras; a trinitária e a unitária, uma que tem o testemunho de Deus quanto à sua
filiação, através da re- generação, e outra que se considera como 'filhos de
Deus' quando na realidade são filhos de Satanás." Stevens.
Deus
aprovou a oferta de Abel. Hb 11.4. E Caim com isso se irou, grandemente
enciumado, pois percebeu que Abel poderia substituí-lo no favor divino, talvez
pensando em seus direitos de primogenitura. Deus ainda tentou arrazoar com
Caim, procurando acalmá-lo e exortando-o a ainda nessa hora buscar uma oferta
de sangue que jazia à porta. Caim recusou essa sugestão e por ser vaidoso e
auto-suficiente, ele mais tarde assassinou seu irmão Abel, crime que foi punido
por Deus, sendo o réu banido daquelas partes, sob maldição.
5.
A Linhagem ímpia a sua Civilização.
Caim
foi o primeiro a construir cidades e o primeiro a glorificar o nome do homem.
Gn 4.17. Ele fundou uma civilização e seus descendentes ocuparam-se em
desenvolver os recursos naturais, as utilidades e as artes estéticas.
Jabal,
um dos filhos de Lameque distinguiu-se como sendo o primeiro homem a ocupar-se
da pecuária e a adotar uma vida nômade habitando em tendas. Talvez em desafio
ao mandamento de Deus, teria introduzido na dieta o uso de carne e de leite,
com a intenção de escapar ao duro trabalho de lavrar a terra. Seja como for,
havia a grande tendência de procurar os confortos e prazeres da vida.
Jubal,
outro filho de Lameque, foi o inventor de instrumentos musicais. A música é do
Senhor e haverá maravilhosas harmonias no céu, mas aqui no cap. 4 de Gênesis
trata-se da linhagem ímpia de Caim. Esses homens, Jabal, Jubal e Tubal-Caim
eram todos homens ímpios (4.26); conseqüentemente, vemos o emprego errado de
coisas boas em si. Jubal não procurava glorificar a Deus com a música, e, sim,
pela música marear os sentimentos do homem para com Deus e impedi- lo de
meditar nas coisas puras. Pember. Sem dúvida há muita música em nossos dias,
excitante e carnal e que traz condenação.
Lameque foi o primeiro
polígamo, isto é, possuiu mais de uma mulher. Recolhemos impressões acerca do
espírito orgulhoso e blasfemo desse homem pelo discurso que fez às suas
mulheres em Gn 4.23,24. O Sr. Pember sugere que esse discurso talvez fosse uma
canção ou modinha popular entre os antediluvianos. O sentido provavelmente foi
o seguinte: Lameque havia brigado com um rapaz e saiu ferido. Mas vingou-se,
matando-o. Embora Deus tenha prometido vingança sete vezes contra quem matasse
Caim', Lameque fez saber que a vingança seria setenta e sete vezes contra quem
apenas ferisse Lameque! Que "valentão" esse Lameque!
"Tubal-Caim era fabricante de artefatos de
ferro e cobre. Possivelmente foi o primeiro homem a forjar armas bélicas desses
materiais. Aprendemos em Gn 6.13 que a terra se encheu de violência. Isso
indica a orgia de crimes, homicídios e obras iníquas que se manifestavam
naqueles tempos". Pember.
"Os
Cainitas, homens inquietos e separados de Deus, esforçaram- se em fazer de sua
terra no exílio uma terra agradável, um paraíso artificial, em vez de aguardar
com paciência o verdadeiro 'Jardim' de delícias. Tudo fizeram para aliviar os
efeitos da maldição divina que pesava sobre eles, em vez de procurar a direção
espiritual do Senhor." Pember.
A posição proeminente das Mulheres é notada em
Gn 4.19,22.
O nome Ada significa "adorno" e "beleza". Zilá
significa "sombra" e Naamás significa "esbelta". Não
duvidamos que tais nomes lhes fossem dado para destacar a beleza física e o
"charme" das mulheres ante-diluvianas. Na linhagem de Sete não há
qualquer menção a mulheres. Tais fatos fazem lembrar a civilização moderna que
também está explorando muito os atrativos femininos, por exemplo em concursos
de beleza, nos bailes, cinema e modas, e nos meios publicitários.
6.
A Linhagem Piedosa de Sete.
Gn
4.25; a 5.32. "Sete e seus descendentes eram homens de Deus, como se vê em
Gn 4.26, 'daí se começou a invocar o nome do Senhor'.
Enoque, o sétimo depois de Adão, é focalizado como um homem de Deus
e por seu fiel andar com Deus, foi arrebatado do meio da impiedade prevalecente
nos dias anteriores ao Dilúvio. Ele entrou na história como o tipo dos
vencedores dos últimos dias que escaparão aos juízos e à Grande Tribulação que
sobrevirão à terra.
Como
a posteridade de Sete é diferente da de Caim! Não se nota aquelas invejas,
brigas, licenciosidade e violência tão generalizadas na outra linhagem. Parados
são os barulhos de gado e das músicas profanas que serviam para cauterizar a
consciência dos ímpios. Não se notam o tinir da bigorna ou a gabolice dos
jactanciosos, e aquele rumor dum mundo que vive sem Deus e falsamente se
esforça para livrar-se dos efeitos da maldição divina.
Muito
ao contrário, vemos um povo pobre e pacato, trabalhando diariamente na lavoura,
conforme a ordem do Senhor, e pacientemente esperando a Sua misericórdia. Nos
dias de Enos, a distinção entre as duas linhagens tornou-se tão nítida que os
homens da fé começaram a chamar-se pelo nome do Senhor. Gn 4.26; Cf. At 11.26.
Era um povo muito humilde e que não figurou nos anais da história do mundo. Em
contraste com os 'Cainitas', que teriam alcançado tal 'honra', passaram seus
dias aqui na terra como peregrinos e forasteiros, abstendo-se das cobiças
carnais. Não construíram cidades. Não inventaram as artes, não desejaram as
diversões, mas buscavam um país melhor, isto é, o celestial." Pember.
7. A Promiscuidade dos Descendentes de Sete
com Ímpios Cainitas.
Deus
espera que Seu povo mantenha-se separado do mal. II Co 6.14-18. Evidentemente,
os "Setistas" pouco a pouco foram tentados a abandonar o seu andar
com Deus, sendo finalmente destruídos pelo Dilúvio. Somente oito almas
escaparam a esse castigo, Noé e sua família.
1. Gênesis cap. 6, vers.
2 registra como se deu a corrupção do gênero humano. "Vendo os filhos de
Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as quais
entre todas, mais lhes agradaram". Os descendentes de Sete casaram-se com
os de Caim, e assim, presos a um jugo desigual, deixaram de manter a separação
dos ímpios Cainitas como antigamente faziam. A apostasia que resultou foi completa
e Deus foi obrigado, devido a extrema maldade dos homens, a destruí-los pelo
Dilúvio.
8.
O Final da Dispensação da Consciência.
A
prática da iniqüidade, soltando as rédeas aos baixos pendores da carne, durante
tantos séculos, a nova geração adotando os maus costumes das gerações
anteriores, resultou na total corrupção do povo antediluviano. O seu cálice de
iniqüidade finalmente encheu-se e após um período de 120 anos, em que Noé
avisou aos conterrâneos, o castigo divino veio sobre eles. "Então se
arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração.
Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei." Gn
6.6,7. Considerando somente Noé e sua família como dignos de permanecer na
terra, o Senhor destruiu toda aquela geração pelo Dilúvio que durou um ano e
dez dias. f Durante 1656 anos a raça humana havia aumentado em números e
construído uma grande civilização, mas o alto grau de impiedade causou a
destruição de tudo aquilo. É uma lição para todos nós. Vale a pena andar em
humildade e obediência perante o Senhor. Gn 6.3 a 8.14.
O
desfecho da dispensação da consciência não significa que Deus deixou de usar a
consciência como um meio de falar ao homem. A consciência é conhecida como
"a voz de Deus dentro da alma". Noé e sua família haviam presenciado
tanto o bem come o mal e eram responsáveis junto com a sua posteridade pela
obediência à voz da consciência e a escolher o bem. O Dilúvio marcou o término
dum período de intervenção divina na história do homem e um novo começo com Noé
e seus filhos.
(O
aluno deve localizar esta dispensação da Consciência no Mapa das Dispensações).
A grande apostasia
As genealogias de Caim e de Sete são coroadas por uma história, que é
veemente em sua acusação. Extensa controvérsia ainda gira em torno desta
passagem.
Um aspecto do problema centraliza-se no significado da frase os filhos
de DEUS (2). Pela razão de esta frase aparecer em Jó 1.6; 2.1; 38.7 e Daniel
3.25 como designação a seres divinos ou anjos, argumenta-se que os anjos caídos
vieram à terra e se casaram com mulheres (cf. SI 29.1; 89.6, onde “poderosos”
e “filhos dos poderosos” aludem a DEUS).22 Contudo, em nenhuma parte das
Escrituras há a descrição de seres divinos corrompendo o gênero humano. Eles
sempre são benéficos em suas relações com o homem. JESUS foi claro em declarar
que os que serão ressuscitados “nem casam, nem são dados em casamento; mas
serão como os anjos no céu” (Mt 22.30). Por conseguinte, esta visão é contrária
ao teor geral da Bíblia.
A presença muito difundida de histórias mitológicas entre os antigos
pagãos, remontando aos hurritas (1500-1400 a.C) e descrevendo DEUSes e DEUSas
da natureza engajados em relações ilícitas entre si, levam alguns a advogar que
esta passagem é um conto mitológico. Contudo, admite-se prontamente que
mitologia erótica não aparece em outros lugares na Bíblia. Por isso, os
estudiosos concluíram que o escritor de Gênesis alterou um conto mitológico e,
com um jeito envergonhado, o apresentou como justificação para o julgamento de
DEUS que logo viria.23
Outro ponto de vista popular é que os filhos de DEUS eram descendentes
de Sete. De importância aqui é a palavra DEUS (ha’elohim), que em outros
lugares no Antigo Testamento significa “o único DEUS verdadeiro” e, assim, o
distingue das deidades pagãs. Este ponto de vista parece tornar impossível a
teoria mitológica.
Na verdade, não se pode discutir que o conceito de uma relação filial
entre DEUS e seus adoradores seja estranho ao Antigo Testamento. Esta questão
não se apóia em uma frase precisa; apóia-se em um conceito.24 Em referência ao
verdadeiro DEUS há uma declaração em Deuteronômio 32.5, que diz: “Seus filhos
eles não são, e a sua mancha é deles” (hb., banaw, “filhos dele”). Também em
referência a DEUS, o salmista (SI 73.15) disse: “Também falarei assim; eis que
ofenderia a geração de teus filhos” (hb., banayka, “teus filhos”). E certo que
nestes contextos “seus filhos” e “teus filhos” são equivalentes a filhos de
DEUS. E de forma mais clara, Oséias (Os 1.10) disse acerca de Israel: “Se lhes
dirá: Vós sois filhos do DEUS [’el hay] vivo”.
No pensamento do Antigo Testamento, he’elohim e ’el hay quase não
poderiam ter sido dois DEUSes distintos. Repare também em Oséias 11.1 a frase
“meu filho”, que se remonta ao Senhor.
No Novo Testamento, a expressão “filhos de DEUS” ocorre em referência a seres humanos em João 1.12; Romanos 8.14; Filipenses 2.15; 1 João 3.1 e Apocalipse 21.7. Estas passagens do Novo Testamento não são extraídas do paganismo, mas estão solidamente baseadas no conceito do Antigo Testamento mencionado acima.
No Novo Testamento, a expressão “filhos de DEUS” ocorre em referência a seres humanos em João 1.12; Romanos 8.14; Filipenses 2.15; 1 João 3.1 e Apocalipse 21.7. Estas passagens do Novo Testamento não são extraídas do paganismo, mas estão solidamente baseadas no conceito do Antigo Testamento mencionado acima.
A conclusão de que os adoradores do Senhor (4.26) da linhagem de Sete
também eram os filhos de DEUS preenche de maneira natural a lacuna entre as
genealogias e o dilúvio. Estes homens não escolheram suas esposas com base na
fé, mas por impulso, sem consideração pela formação religiosa. Seguiu-se
corrupção após esta vida devassa e DEUS reagiu com ira divina.
A palavra hebraica traduzida por contenderá (3, yadon) tem vários
significados. A formação verbal pode aludir a raízes que significam
“permanecer, ser humilhado” ou, remetendo-se ao acádio, “proteger, servir de
proteção”. Contender, trabalhar, esforçar-se ou proteger se ajustam bem ao
contexto. O homem não devia sentir-se mimado, porque ele também é carne. Ele
foi posto em provação por cento e vinte anos.
Em 6.3, há o pensamento interessante “Não para Sempre”. 1) O ESPÍRITO de
DEUS contende com o homem; 2) O ESPÍRITO nem sempre contenderá; 3) O homem pode
achar graça aos olhos do Senhor, 8 (G. B. Williamson).
A tradução gigantes (4, nefilim) remonta à Septuaginta. O contexto do
outro exemplo onde a palavra aparece (Nm 13.33) sugere estatura incomum, mas
na verdade o tamanho físico não tem nada a ver com o significado da palavra. Literalmente,
o termo nefilim significa “os caídos ou aqueles que caem sobre [atacam] os
outros”. Em todo caso, eram indivíduos malévolos. Eles precederam e coexistiram
com o ajuntamento dos filhos de DEUS e das filhas dos homens. Nada no texto
apoia a idéia de que eles eram descendentes deste ajuntamento que os
rivalizavam como varões de fama, ou seja, homens de notoriedade e renome.
A reação de DEUS aos assuntos da sociedade humana aumentava de
intensidade à medida que a corrupção pecaminosa se tornava dominante em escala
universal. A degradação do homem estava interiormente completa, era só má
continuamente (5).
A frase arrependeu-se o SENHOR (6), e outras semelhantes (ver Ex 32.14; 1 Sm 15.11; Jr 18.7,8; 26.3,13,19; Jn 3.10), incomoda muitos estudiosos da Bíblia. O conceito comum de arrependimento está relacionado com afastar-se de atos imorais.
A frase arrependeu-se o SENHOR (6), e outras semelhantes (ver Ex 32.14; 1 Sm 15.11; Jr 18.7,8; 26.3,13,19; Jn 3.10), incomoda muitos estudiosos da Bíblia. O conceito comum de arrependimento está relacionado com afastar-se de atos imorais.
Assim, uma mudança de direção, de caráter e de propósito é inerente no
ato.25 Duas passagens no Antigo Testamento asseveram definitivamente que DEUS
não mente e se arrepende como o homem (Nm 23.19; 1 Sm 15.29). Um estudo das
passagens relacionadas acima mostra que arrependimento divino não brota da
tristeza por más ações feitas.
As mudanças na relação do homem com DEUS resultam em mudanças nos
procedimentos de DEUS com o homem. Quando o homem se afasta de DEUS para o
pecado, DEUS muda a relação de comunhão para uma relação de repreensão
julgadora. Quando o homem se afasta do pecado para DEUS, este estabelece uma
nova relação de comunhão. Este é o arrependimento divino. Em nosso texto (6),
DEUS muda de comunhão para julgamento.
As mudanças de relacionamento que DEUS executa nunca são descritas no
Antigo Testamento como algo impessoal ou passivo. DEUS sempre está
profundamente envolvido. Visto que a mudança de relação é pessoal, que
melhores termos humanos se usariam do que expressões profundamente emocionais?
Assim, pesou a DEUS em seu coração. Quando o homem peca, DEUS julga; mas
Ele também sofre intensamente.
DEUS não se gloriou no ato de julgamento implementado a seguir. Toda
palavra do pronunciamento está imbuída de agonia. Que criei (7) sugere “Todos
os produtos da minha criatividade amorosa devem ser destruídos, exceto um”. Só
um homem era adorador de DEUS: Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR (8).
Por
(http://www.apazdosenhor.org.br/)
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