TEXTO
ÁUREO
“E,
quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito.”
(Jo
19.30).
VERDADE
PRÁTICA
Na cruz,
Jesus triunfou sobre o pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a
Morte.
E o Verbo se fez carne — Jesus sob o olhar do Apóstolo do amor
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 12: Do julgamento à ressurreição
Capítulo 12
Do
Julgamento à Ressurreição
"E
quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito."
João 19.30
João
19.17,18,28-30,41; 20.6-10
17-
E, levando-o às costas a sua cruz, saindo para o lugar chamado Calvário, que em
hebraico se chama Golgota,
18-
onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
28-
Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a
Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.
29-
Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja
e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.
30-E
quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito.
41-
E, havia um horto naquele lugar onde fora crucificado e, no horto, um sepulcro
novo, em que ainda ninguém havia sido posto.
20.6-
Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os
lençóis.
7-E
que o lenço que tinha estado sobre a sua cabeça não estava entre os lençóis,
mas enrolado, num lugar à parte.
8-
Então, entrou também o outro discipulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e
viu, e creu.
9-
Porque ainda não sabiam a Escritura que diz que era necessário que
ressuscitasse dos mortos.
10-
Tornaram, pois, as discípulos para casa.
Introdução
A pós a última ceia da Páscoa e o seu último
discurso para os discipulos no capítulo 17, Jesus, junto com os seus
discípulos, cantou um hino que podia ser um dos salmos que faziam parte dos
cultos, naqueles dias, nas sinagogas. No texto de 18.1, está registrado por
João que Jesus saiu com os seus discipulos "para além do ribeiro de
Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou com seus discípulos".
Embora não se mencione o nome Getsemani, ou monte das Oliveiras, esse lugar era
o predileto de Jesus para orar e estar a sós com os seus discípulos. A oração
de João 17 não foi feita nesse jardim, mas foi realizada na casa onde Ele os
discípulos cearam juntos celebrando a Páscoa.
É
interessante notar que nos capítulos 17 e 18 do Evangelho de João, Jesus,
depois de ter proferido o seu último discurso aos discípulos e tê-los preparado
para o episódio da traição de Judas Iscariotes, passou pelo vale de Cedrom e
parou no jardim do Getsemani. Nesse lugar, o ambiente, naquela madrugada,
pareceu ter-se enchido de tristeza e angústia, porque os discípulos já sabiam
que o Mestre se entregaria nas mãos dos seus inimigos. Os soldados romanos e os
da Guarda do sumo-sacerdote, depois de terem comprado a traição por 30 moedas
de prata, foram conduzidos por Judas Iscariotes até o local onde Jesus estava
com os seus discipulos. Ao chegarem ao local do jardim, Judas deu a reconhecer
o Filho de Deus beijando a sua face, indicando aos soldados romanos quem era
Jesus. Eles o prenderam e o levaram até a presença do sumo-sacerdote Anás para
ser interrogado. Assim, Jesus foi esbofeteado e levado perante o governador
Pilatos (18.28-19.6).
I - Jesus Foi Sentenciado por Pôncio Pilatos
(Jo 19.1-16)
1. Pilatos interroga Jesus (Jo 18.33-38)
No texto de João 18.13, Jesus foi levado
primeiramente perante o sumo-sacerdote Anás, muito respeitado pelos sacerdotes,
mesmo sendo o comandante do serviço sacerdotal um homem chamado Caifas. Na
realidade, houve dois julgamentos iniciais. Perante Anás, Jesus foi
inter-rogado sem poder de decisão (Jo 18.12-14,19-23), e depois o julgamento
com os membros do Sinédrio (Mt 26.57-68), O Sinédrio entendeu que Jesus deveria
ser enviado a Pilatos, o governador da província romana da Judeia. A avaliação
de Caifás não foi registrada por João, mas está registrada em Mateus 26.57-68.
Decidiram os sacerdotes sob a lide-rança de Caifás e Anás levar Jesus para ser
julgado por Poncio Pilatos, na casa sede, ou seja, no pretório do comando da
cidade de Jerusalém.
Inicialmente, Pilatos questiona a acusação
dos judeus. Jesus havia sido preso pela madrugada e, quando chegou pela manhã
cedo, depois de ter sido interrogado por Anás e Caifas, o sumo-sacerdote
oficial, os judeus preferiam que a condenação procedesse da casa do governa-dor
Pilatos. Por isso, levaram Jesus até ele. Mas Pilatos preferia que os judeus
julgassem a Jesus pelas leis judaicas. Os judeus acusadores, no entanto,
justificaram a sua ação afirmando que Jesus havia se declara-do rei, afrontando
ao César dos romanos. Contudo, Pilatos, querendo abrandar a resistência
politica dos judeus, cedeu ao ímpeto de ódio dos judeus. Trouxeram Barrabás, um
criminoso conhecido que estava preso, e, entre Jesus e Barrabás, preferiram
libertar Barrabás. Mesmo assim, os judeus não desistiram de levar Jesus à
crucificação. O ódio religioso os dominava, e aqueles homens não podiam ver
nada que impedisse a condenação do Filho de Deus.
2. Jesus foi sentenciado e flagelado por
Pôncio Pilatos (Jo 19.1)
Pilatos não encontrou motivo para acusar
Jesus, porque, de fato, Ele não era culpado de nenhum pecado ou crime. Pilatos
queria que os judeus soubessem que aquele julgamento era uma severa injustiça.
Para não se prejudicar com os judeus, Pilatos mandou açoitá-lo. A seguir, o
entregou nas mãos dos soldados romanos para humilhar Jesus ainda mais. Os
soldados, para zombarem dEle como Rei dos judeus, teceram uma coroa de espinhos
pontiagudos e longos feita com algum galho seco cheio de espinhos compridos
tirados de uma árvore chamada rhamnus spina que existe na Siria, no Líbano e
algumas outras partes da Arábia. Os romanos a teciam para torturar seus
condenados e tiveram a ideia de fazer o mesmo com Cristo. Os romanos fincaram a
coroa em Jesus e isso provocou lesões terríveis que encheram a sua cabeça de
sangue. Essa foi uma forma de zombar a realeza de Jesus. Segundo a flagelação
romana, podia-se ser aplicada por três modos distintos de martirio. Primeiro, o
modo chamado fustigatio, em que a pessoa era espancada de forma menos severa
por crimes leves; o segundo modo é denominado flagelatio, punição que era
aplicada de forma brutal por crimes considerados mais graves; e o terceiro era
o modo verbenatio, que se aplicava como o castigo mais cruel que era a crucificação.
Nessa terceira forma de castigo, a vítima era despida e amarrada a uma estaca
para ser torturada pelos soldados romanos. O instrumento de castigo deles era
um chicote com tiras pontiagudas de couro que tinham pedaços de ossos grudados,
ou de pedras pon-tiagudas. Jesus foi ferido e teve sua carne dilacerada e
rasgada pelos açoites. Assim, cumpriu-se a profecia de Isaias 53.4,5:
Verdadeiramente, ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito,
ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e
moido pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele,
e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.
II - Jesus Foi Levado à Crucificação (Jo
19.1-16)
1. O caminho do Calvário (Jo 19.16)
Pilatos tentou evitar a crucificação de Jesus
e soltá-lo, mas não con-seguiu evitar o castigo maior. Sob o açoîte dos
soldados, levou sua cruz
até chegar
ao Gólgota, lugar conhecido como Lugar da Caveira, porque o monte era uma
colina em forma de um crânio e tinha a aparência de uma caveira. Até chegar ao
Gólgota, os soldados aplicaram o terrível castigo, identificado como
verbenatio. A vítima tinha que carregar a sua cruz nas costas até o local da
execução final. Segundo narrou Mateus 27.27-31, para zombar de Jesus, os
soldados o vestiram com uma tú nica resplandecente para escarnecer ainda mais
do Filho de Deus (Lc 23.8-12). Mas Herodes devolve Jesus a Pilatos sem qualquer
acusação que se pudesse comprovar (Lc 23.13-15). Pilatos não encontrou nada que
merecesse a crucificação, mas ele ainda não o solta e ordena que os soldados
chicoteiem Jesus. Então, o governador entrega o Salvador nas mãos dos soldados
romanos para a crucificação.
2. Jesus leva a própria cruz (v. 17)
No caminho até o Gólgota, Jesus é golpeado,
cuspido, chicoteado e levado para fora da cidade. Ele caiu algumas vezes porque
estava fraco e sem forças para fazer a caminhada com uma cruz de madeira pesada
sobre os ombros. A cruz era uma viga de madeira com um travessão na parte
superior, os condenados eram obrigados a carregá-la até o lugar de execução.
3. Jesus é crucificado "onde o
crucificaram" (Jo 19.18)
Ao chegar ao cume do Gólgota, deitaram Jesus
de costas no chão, esticaram seus braços sobre o travessão e pregaram os pregos
agudos e grandes naquele travessão (Lc 23.33). Quando levantaram a cruz para
firmá-la no chão, os pregos (ou cravos) sobre as mãos e os pés de Jesus
entranhados entre os tendões pareciam rasgar a carne (Jo 20.25). Nos Evangelhos
Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), alguns detalhes foram registrados. No texto
de João 19.18, o Gólgota era público e as pessoas podiam assistir ao drama de
horror a que os soldados romanos submetiam as suas vítimas. Ao lado de Jesus, à
sua esquerda e à sua direita, dois outros homens acusados como criminosos foram
com Ele crucificados (Lc 23.40-43). No Evangelho de Lucas, encontramos o relato
do arrependimento de um daqueles homens, enquanto o outro criminoso zombava de
Jesus. No Antigo Testamento, o profeta Isaías, mais uma vez, no capítulo 53.12,
registrou que Ele seria "contado entre os transgressores".
4. Jesus, a fonte que sacia toda sede (Jo
4.14; 19.28)
Sabendo o Filho de Deus que "todas as
coisas estavam terminadas" Jo 19.28) disse para que todos os que estavam
perto ouvissem: "Tenho sede". Como homem, Jesus sentiu sede, como sua
última necessidade humana e pessoal, estando ainda vivo na cruz. A sede fisica
de Jesus foi momentânea e saciada por uma esponja, não de água, mas de vinagre,
oferecida pelos soldados romanos. Jesus, ao pedir água para saciar sua sede,
sabia que estava se cumprindo a Escritura e que aquele momento final como homem
estava chegando ao fim.
Quando Ele disse "Tenho sede",
imediatamente, tomaram uma esponja e a mergulharam no vinagre e a puseram nun
hissopo, um líquido que é retirado de um arbusto que cresce nas rochas áridas
das regiões mediterrâncas e asiáticas que possui propriedades terapêuticas,
isto é, que ajuda a aliviar de dores, mas Jesus rejeitou essa bebida. Ele,
sendo a fonte de água viva, estava com sede, porém os soldados romanos só
tinham vinagre azedo para lhe oferecer. Alguns estudiosos afirmam que o vinagre
era um vinho misturado com mirra que servia como um sedativo que visava aliviar
a agonia de morte.
Sabendo que sua missão na terra estava
concluída (v. 28), Jesus não teve restrição nenhuma ao declarar a vitória do
plano divino, quando disse: "Está Consumado!" (Jo 19.30). A obra de
Jesus foi completada. Seu grito não foi de derrota, nem foi para anunciar sua
morte, mas foi brado de vitória. A tarefa delegada pelo Pai se cumpriu.
5. Jesus
entregou o Espírito ao Pai (Jo 19.30)
Num dado
momento, Jesus inclina a cabeça e entrega seu espírito (v: 30). Quando Ele
falou em voz forte "Está consumado", estava, de
fato,
declarando que havia completado a obra redentora em favor de toda a humanidade.
O espírito de Jesus, no contexto dessa Escritura, refere-se à vida que Ele
recebeu do Pai. A palavra espírito, nesse versículo, não se refere ao Espírito
Santo. Não quer dizer que Ele entregou o Espírito Santo aos seus discípulos.
6. A perfuração do lado de Jesus (Jo
19.31-37)
A Lei Mosaica prescrevia que qualquer pessoa
que fosse pendurada num madeiro como castigo não deveria permanecer exposta
durante à noite. Assim afirma Deuteronômio 21.22,23.
Quando também em alguém houver pecado, digno
do juízo de morte, e haja de morrer, e o pendurares num madeiro, o seu cadáver
não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia, porquanto
o pendurado é maldito de Deus; assim, não contaminarás a tua terra, que o
Senhor, teu Deus, te dá em herança.
Como a
pessoa crucificada não podia ficar exposta, as autoridades religiosas dos
judeus foram a Pilatos para ordenar que se quebrassem-lhes as pernas, caso
ainda estivessem vivos. Quando os soldados romanos foram averiguar o estado das
vítimas crucificadas, somente os crucificados à esquerda e à direita estavam
vivos, por isso foram-lhes quebradas as pernas para que morressem (Jo 19.36).
Porém, constataram que Jesus já estava morto, e um dos soldados preferiu
perfurar o lado de Jesus com uma lança e apenas saiu "água e sangue"
(Jo 19.34).
7. O sepultamento de Jesus (Jo 19.38-42)
Um discípulo discreto chamado José de
Arimateia, que procurava não aparecer, mas reconhecia que Jesus era o Salvador
de todos os homens (Jo 19.38), foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus para ser
sepultado. Geralmente, as vítimas de crucificação eram lançadas numa vala comum
para criminosos e não havia permissão para prantear em público pelos mortos.
José de Arimateia era um membro do Sinédrio (Mc 15.43) e era um homem rico (Mt
27.57). Por ter medo dos judeus, ele evitava aparecer entre os discípulos, mas
foi capaz de superar seu medo quando tomou coragem para ir a Pilatos pedir o
corpo de Jesus para ser sepultado. O texto indica que o túmulo onde Jesus foi
sepultado não era distante do monte do Calvário, por pertencer a um homem
proeminente na cidade.
III - A Ressurreição de Jesus
1. O túmulo vazio (Jo 20.1)
A noite passou e o brilhante amanhecer
surgiu. Jesus ressuscitou de entre os mortos! Ele voltou à vida com o mesmo
corpo que havia sido sepultado no sepulcro da rocha. Jesus, gloriosamente,
apareceu com as mesmas cicatrizes da lança que perfurou seu lado e dos cravos
que furaram suas e mãos e pés. De repente, maravilhosamente, Jesus rompe com a
força da morte e ressurge glorioso, em primeiro lugar, para algumas mulheres
que foram ao sepulcro e depois para os discipulos que lamentavam a morte do seu
Mestre.
Vamos
considerar a narrativa de João 19.40-42, contando a história do sepultamento de
Jesus e como se concretizou. Literalmente, Jesus morreu na sexta-feira, depois
das 3 horas da tarde (Mt 27.45-46). José de Arimateia, juntamente com os outros
discípulos, levou o corpo de Cristo e o sepultou num sepulcro novo, e uma pedra
pesada e redonda foi colocada na entrada do sepulcro. Ao nascer do primeiro dia
(domin-go), houve um terremoto onde estava o sepulcro e um anjo de Deus fez
rolar a pedra e assentou-se sobre ela (Mt 28.2), e Jesus levantou-se do lugar
onde estava seu corpo. O túmulo ficou vazio como testemunho vibrante de que
Jesus havia ressuscitado de entre os mortos.
2. A constatação da ressurreição (Jo 20.1; Mt
28.1)
Já era domingo pela manhã, bem cedo, quando
Maria Madalena foi ao sepulcro e, ao entrar na rocha cavada, o corpo de Jesus
não estava mais lá. Desesperada, ao ver a pedra redonda que ficava à frente do
sepulcro removida, presumiu que alguém havia roubado o corpo.
Saiu correndo e foi contar a Pedro e ao outro
discípulo, possivelmente, o próprio João, que sairam correndo em direção ao
sepulcro e tudo o que viram, principalmente o outro discípulo, foram os
lençóis. No Evangelho de Marcos está escrito que, depois do sábado judaico,
quando ninguém podia trabalhar ou fazer grandes esforços, porque era dia
sagrado para os judeus, algumas mulheres que eram discípulas de Jesus, como
Maria Madalena, Maria, que era mãe de Tiago e Salomé (Mc 16.1-3) foram ao
sepulcro para ungir o corpo de Jesus. Essas mulheres viram a pedra removida (Mc
16.4) e entraram no sepulcro, mas não encontraram o corpo de Jesus. Assustadas,
aquelas mulheres saíram em imediato para dizer aos discípulos o que viram: o
sepulcro vazio. A notícia do sepulcro vazio deu margem para que se levantassem
dúvidas quanto à ressurreição, quando, na verdade, Jesus já havia ressuscitado
3. A experiência vivida por Maria Madalena
(Jo 20.1-5)
Na realidade, Maria Madalena e outras
mulheres foram ao sepulcro para certificar-se, de fato, que o corpo de Jesus
não estava no sepulcro. Especialmente, Maria Madalena tomou a iniciativa e foi
ao encontro de Pedro e João e contou-lhes acerca do túmulo vazio. Os dois discipulos
correram e encontraram os lençóis sobre o lugar onde estava o corpo de Jesus e
o lenço que usaram sobre a cabeça ferida do Mestre. Os dois discípulos voltaram
desolados, mas Maria Madalena resolveu permanecer mais um pouco naquele lugar.
Quando ela resolve olhar para dentro do sepulcro, vê dois seres angelicais
vestidos de branco, como que esperando que alguém viesse lhes perguntar sobre o
corpo de Jesus. No Evangelho de João, capítulo 20, versículos 13 a 18, encontramos
o relato de Maria Madalena e o seu Mestre.
E disseram-lhe eles
[os anjos]: Mulher, por que choras? Ela Ihes disse: Porque levaram o meu
Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isso, voltou-se para trás e viu
Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que
choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu
o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela,
voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)! Disse-lhe Jesus: Não me
detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e
dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Maria
Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor e que ele lhe dissera
isso.
4. A ressurreição de Jesus: a base da fé
cristā
O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 15.12-14,
escreveu acerca da importância da ressurreição para a fẽ cristă:
Ora, se se
prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não
há ressurreição de mortos? E, se não hå ressurreição de mortos, também Cristo
não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é và a nossa pregação, e
também é vă a vossa fë" (1 Co 15.12-14).
Existem duas razões para crer na ressurreição
de Jesus. Primeira razão: nas Escrituras está registrado que "era
necessário que ressuscitasse dos mortos" (Jo 20.9). A segunda razão era o
fato de que Pedro e João viram que Jesus não estava mais no túmulo. Porém,
quando Maria Madalena voltou a olhar para dentro do túmulo e viu dois anjos de
Deus que lhe garantiram que Jesus estava vivo, ela não podia imaginar que seria
a primeira pessoa a ver, literalmente, Jesus de forma resplandecente (Jo
20.11-17). Jesus lhe ordenou que anunciasse aos discípulos que Ele estava vivo
e, em breve, que eles o veriam também (20.18,19).
5. O Cristo ressurreto quebrou a
incredulidade de algumas pessoas
Maria Madalena foi a primeira pessoa que viu
o Senhor ressuscitado. Ela havia chorado junto ao sepulcro vazio, mesmo que não
soubesse onde estava Jesus (Jo 20.11-18). Porém, na noite daquele mesmo dia,
Jesus apareceu aos discípulos reunidos numa casa porque estavam com medo dos
judeus. Jesus entendeu a fraqueza de seus discípulos, que para crerem que Ele
havia ressuscitado de fato teriam que vê-lo fisicamente, mesmo tendo ouvido o
testemunho de Pedro e João, e, principalmente, de Maria Madalena que viu e
falou pessoalmente com Jesus.
Jesus, naquele primeiro dia da semana,
apareceu entre os discípulos que estavam com as portas fechadas com medo dos
judeus e lhes disse: "Paz seja convosco!" (Jo 20.19). Algumas outras
vezes Jesus apareceu aos discípulos antes de sua ascensão aos céus (Jo 21.1,2).
A Pedro e alguns outros que o seguiram, Jesus se apresentou e operou o milagre
da multidão de peixes (Jo 21.3-11). Essa foi uma demonstração do poder do
Cristo ressurreto.
Conclusão
Uma das maiores bênçãos do Cristo ressurreto
foi quando Ele disse aos discípulos: "Recebei o Espírito Santo" (Jo
20.22). Alguns intérpretes do Texto Sagrado entendem que o Espírito Santo veio
sobre os discípulos na mesma hora que Jesus falou. Outros entendem que essa
declaração foi efetivada exatamente no Dia de Pentecostes (At 2.14). Não
importa se o Espírito Santo veio imediatamente à palavra de Jesus ou 50 dias
depois da Páscoa. O que importa é que o Espírito Santo veio para ficar na vida
dos crentes até a vinda de Cristo.
"Na
cruz, Jesus venceu o pecado; na sepultura, venceu a morte; e na ressurreição,
obteve a vitória sobre o túmulo."
E o Verbo se fez carne — Jesus sob o olhar do
Apóstolo do amor
Elienai
Cabral
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