TEXTO BÍBLICO BÁSICO
–
Juízes 6:11-16
Então o anjo do Senhor lhe apareceu, e lhe disse: O Senhor é contigo, homem
valoroso.
Mas Gideão lhe respondeu: Ai, Senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo
isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais
nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém agora o
Senhor nos desamparou, e nos deu nas mãos dos midianitas.
Então o Senhor olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livrarás a
Israel das mãos dos midianitas; porventura não te enviei eu?
E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha
família é a mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai.
E o Senhor lhe disse: Porquanto eu hei de ser contigo, tu ferirás aos
midianitas como se fossem um só homem.
TEXTO ÁUREO:
Honra
teu pai e tua mãe,
e amarás o teu próximo
como a ti mesmo
(Mateus 19:19)
INTRODUÇÃO
Um jovem ansioso foi até Jesus, ele tinha
muitas posses e muito provavelmente era alguém bastante conhecido, pois não
havia muitas pessoas ricas nos tempos de Jesus e com isso a figura desse jovem
poderia ser bastante notável.
O
jovem segurava as suas posses fortemente em suas mãos e ao menos que decidisse
afrouxar o apego por suas posses, não se libertaria e com isso não estaria
livre para juntar-se ao movimento do Reino, liderado por Jesus.
O jovem rico conhecia os Mandamentos e Jesus
apresenta a ele um comando não complexo, mas bem simples: vende tudo, dê o
dinheiro aos pobres e siga-Me.
“Deus
quer que seu povo seja completo, totalmente dedicado ao serviço Dele, e não que
sejam pessoas meio cá meio lá, com um pé no Reino e outro no mundo” N.T. Wright
Ao que parece o jovem era um colecionador de
Mandamentos e Cristo lhe diz o Mandamento que irá completar a sua coleção: abra
mão de tudo que tem! Com a finalidade de ser completo, é necessário esvaziar-se
a si mesmo. Com a finalidade de ter tudo, não deve ter nada; quer o Reino? Então
deve deixar todo o resto. A prioridade do jovem rico seria demonstrada através
de suas atitudes. O jovem poderia ter a última parte que lhe faltava de sua
coleção e com isso completaria a sua passagem para seguir a Cristo e entrar no
Reino, ou, poderia ficar sem essa última peça que lhe faltava em sua coleção e
com isso ficaria sem Jesus e sem o Reino.
Jesus fez praticamente a mesma coisa com os
seus doze discípulos, Jesus queriam que eles se libertassem para que pudessem
estar com Ele o tempo todo para fazer e realizar a sua boa obra. No caso desse
jovem, Jesus sabia que as posses que possuia se haviam tornado um ídolo, ou
seja, substituiu Deus no coração do jovem, e passou a ser moradia de demônio,
que por fim o mataria a não ser que desistisse de tudo e cumprisse a ordem de
Jesus.
Nessa passagem podemos analisar as duas
perpesctivas de amor próprio citadas pelo autor da revista: humanista e cristã.
A humana segue o seu prazer e vontade; a cristã segue a ordem Daquele que o
chamou, independente de qual seja, mesmo que isso traga o constrangimento de um
rico em ser pobre.
Onde
estiver o seu tesouro, ali estará o seu coração (amor).
Observação:
o erro não era o jovem ser rico, o pecado do jovem era colocar a riqueza na
frente e no ceio de todas as coisas de sua vida e coração.
1. EM QUAIS
CIRCUNSTÂNCIAS O AMOR PRÓPRIO É REPROVADO
1.1.
Quando o indivíduo
almeja reconhecimento
Dentro da
Bíblia sagrada há personagens egoístas, pessoas que pensavam somente em si e
não no próximo. Houve também pessoas que pensavam em ser considerado e
reconhecido por homens e não por Deus.
Saul
foi um homem que ficou extremamente irritado por conta de um cântico em que o
colocava abaixo de Davi; o primeiro monarca buscou ao máximo reconhecimento
para si, ao ponto de tentar contra a vida de seu próprio alparge, Davi.
Para um egoísta, aquele que tem um coração
puro será sempre uma ameaça.
O
monarca foi escolhido pelo povo e rejeitado por Deus; essa rejeição foi por
conta de suas próprias atitudes egoístas e egocêntricas. Buscando ao máximo o
reconhecimento humano e não obedecendo a vontade de Deus.
Outro grande e bom exemplo foi Judas
escariotes, as atitudes desse homem dentro do ministério de Jesus durante os
quase três anos e meio, foi algo muito esclarecedor para que pudessemos
observar quem era esse homem.
Uma mulher derramou perfume aos pés de Jesus e
Judas pensou no dinheiro que o perfume poderia dar. Judas foi atrás das moedas
de prata e indo ao sinédrio negociar a entrega de Jesus, foi também a procura e
em busca de um auto reconhecimento, as pessoas poderiam olhar para ele e dizer:
aquele ali que ajudou a aprisionar o perturbador de Israel.
O alvo de Judas assim como o de Saul foi
totalmente errôneo. Quem quer se engrandecer, acaba caindo e morrendo em suas
próprias armadilhas.
Somente observarmos o final da história desses
dois homens e veremos como é triste é a vida das pessoas que tentam a glória
para si.
Também temos outros exemplos: no livro de
Daniel (4) vemoss o orgulhoso Nabucodonosor e no livro de Atos (12:20-25)
Herodes querendo receber uma glória que não era a dele. Um virou animal do
campo e o outro foi morto comido de bicho, ambos por conta do interior
corrompido e pecaminoso. Almejaram a glória para si, porém Deus não dar a sua
glória a ninguém.
1.2.
Quando o indivíduo não
sabe fazer o bem
O amor próprio primeiramente faz a pessoa
fazer o bem a ela mesma. Porém existem pessoas que param por aí, acham que é o
centro da atenção e que o mundo gira em sua volta. Para essas pessoas o bem aos
outros não vale e não cabe.
Um ótimo exemplo é o trato do rei Acabe com a
herança de Nabote (1º Rs 21), onde o rei recebeu uma negativa da oferta
apresentada e foi para o seu quarto triste, não querendo saber que a vinha era
um bem precioso para Nabote.
Acabe
não sabia fazer o bem, ainda mais mancomunado com sua esposa Jezabel. O rei
usurpou a vinha e Jezabel criou um plano para fazer mal a Nabote, ou seja, um
plano que traria a sua morte e somente assim fez com que Acabe ficasse com a
vinha tão desejada, fazendo o mal e gerando a morte do protetor da herança.
Acabe e Jezabel são exemplos de pessoas que não sabiam fazer o bem ao próximo
de jeito nenhum.
1.3. Quando o indivíduo é apenas amante de si
mesmo
O que é Narcisismo ? Narcisismo é um conceito
da psicanálise que define o indivíduo que admira exageradamente a sua própria
imagem e nutre uma paixão excessiva por si mesmo. O termo é derivado de
Narciso, que segundo a mitologia grega, era um belo jovem que despertou o amor
da ninfa Eco.
“Porque haverá homens amantes de si mesmos,
avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães,
ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados,
orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de
piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (2º Timóteo 3:2-5)
O texto acima do apóstolo Paulo relatado a
seu filho na fé, Timóteo, demonstra muito bem o que é a falta de amor ao
próximo. Ser amante de si mesmo é plenamente ao contrário do Mandamento que
Jesus Cristo nos deixou: “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo.”
(Mateus 22:39)
É algo
bastante desconexo da Palavra que temos que coloca-la em prática. Cristo se
entregou por amor e se o homem for amante de si mesmo estará rejeitando o
sacrifício da cruz. Por amor Jesus se entregou; por amor salvou; por amor faz a
humanidade viver eternamente. Jesus fez tudo pelo homem, justamente por não ser
amante de si mesmo e colocou em prática primeiramente o plano de Deus pelo amor
a toda humanidade. Porém:
“E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de
muitos esfriará.”
(Mateus
24:12)
Ao que
parece o trajeto do homem iníquo já está traçado. As palavras do apóstolo Paulo
serviu como um alerta para Timóteo e para a igreja dos dias atuais servem mais
ainda; para a igreja não viver na apostasia juntamente com homens e mulheres
que adoram se adorar. Mas diante do versículo acima dito por Jesus no livro de
Mateus, ainda há uma esperança, qual é? É o “amor de muitos” que se esfriará e
não de todos. A chama do amor de Deus em nossas vidas jamais pode se apagar e
com certeza você que está lendo esse auxílio teológico está flamejando pelo
amor de Deus.
“O fogo arderá continuamente sobre o altar;
não se apagará.”
(Levítico 6:13)
2. COMO O AMOR PRÓPRIO É
TRATADO NA BÍBLIA
2.1. O amor próprio é a base do amo ao
próximo
Qual a pessoa na história da humanidade
valorizou mais o amor próprio? William Shakespeare, Romeu, de Romeu e Julieta
(escrito pelo próprio Shakespeare)? A resposta é certamente não, William
Shakespeare era bom com palavras, Cristo demonstrou o seu amor com atitudes,
então o nosso Cristo é e será a pessoa que deu o mais alto valor ao amor
próprio diante de toda história da humanidade. Por isso Ele sempre será o nosso
maior exemplo em tudo, principalmente na esféra de como amar e demonstrar um
amor fraterno e incondicional. Jesus é a base do amor; Jesus é a principal
razão para que nós amamemos aos nossos próximos.
O amor consegue abrir portas e caminhos que
poucos conseguem entender, existe um ditado popular que diz: o amor é cego.
Além de cego, o amor não é para se entender e sim para se viver. O segredo do
evangelho e caminho predito por Cristo é esse, ao invés de entendermos como é o
amor e como nos alcançou ao ponto de nos constranger, temos que saber viver
nesse lindo caminho e horizonte que foi aberto a nós pelo nosso Senhor.
Desfrute desse amor; compartilhe desse amor.
2.2. O amor próprio implica autoaceitação
Deus
criou o homem conforme a sua imagem e semelhança, porém cada homem criado
possui a sua própria característica e cabe ao homem aceitar a sua e saber viver
com aquilo (caricatura, cor da pele, olhos, jeito, tamanho e etc.) que Deus
concedeu. A autoaceitação influenciará na autoestima, se a pessoa não
aceitar-se do jeito que é, a autoestima despencará. Por isso há o real motivo
de cada ser humano possuir o amor próprio e colocá-lo em prática, porque o amor
próprio faz o homem aceitar-se como ele é e isso o fará viver bem.
Temos que entender que nós somos mais que
criaturas de Deus, somos filho e coerdeiro. Ele primeiramente nos amou e agora
cabe a nós deixar resplandecer esse amor e servirmos de reflexo para a
humanidade com falta de amor Gideão: malhando trigo no lagar, se achava o menor
de toda a sua tribo e casa, porém para Deus ele era especial. O homem propício
para uma obra e chamada extremamente elevada.
Deus o
chamou e decretou a sua vitória antes mesmo de lutar. Mesmo tendo pouca força,
Deus deu uma ordem para que fosse em sua própria força para livrar a nação
amada do Senhor. Deus levantou a autoestima de Gideão, demonstrou que era uma
valoroso homem e com um chamada valorosa. A vida de Gideão era valorosa assim
como toda a nação oprimida pelo saqueadores midianitas, Deus demonstrou o seu
amor levantando a autoestima de um homem e demonstrando a ele que seria capaz
de realizar um grande feito, libertar a nação eleita das mãos dos opressores.
Isso só Deus faz e é plenamente por amor!
2.3. O amor é fruto do
Espírito
O que é
o fruto do Espírito? O fruto do Espírito é o resultado gerado pelo Espírito
Santo na vida do cristão que é verdadeiramente salvo. Com “fruto” ele quer
dizer qual é o resultado de quem possui o Espírito Santo. Possuir o Espírito
Santo é a maior prova de que uma pessoa é salva. “Mas o fruto do Espírito é:
amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança.” (Gálatas 5:22)
CONCLUSÃO
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e
dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que
tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e
toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse
os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a
minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para
ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é
sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade,
não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses,
não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a
verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha;
mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo
ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando
eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino,
mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora
vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em
parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem
a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” (1º
Coríntios 13:1-13).
COMENTARISTA: WÁLTER
BRUNELLI
O amor próprio é bíblico?
Mateus 22:39
Meios
Relacionados
Este é
um dos vários ensaios ocasionais sobre "Torção das Escrituras". O
propósito desses breves ensaios é desafiar certas interpretações populares da
Bíblia que realmente têm pouca ou nenhuma base.
Mateus
22:39
diz simplesmente: “Um segundo [mandamento] é assim: 'Amarás o teu próximo como
a ti mesmo.” Em círculos populares, esse versículo é frequentemente apresentado
como um texto que ensina que devemos amar a nós mesmos. Assim, o significado
implícito é: "Você deve amar o seu próximo assim como deve amar a si
mesmo." Essa visão parece ter vindo de psicólogos seculares (nos quais a
autorrealização está no topo da hierarquia dos objetivos de uma pessoa). A
partir daí, aparentemente fez o seu caminho para os tratados psicológicos
cristãos
Nosso
objetivo neste curto ensaio não é traçar a história dessa interpretação, mas
argumentar que ela é falaciosa. Desvendando o significado do versículo resulta
a seguinte tradução expandida: "Você deve amar o seu próximo como você já
ama a si mesmo." Assim, o amor próprio é assumido neste texto, não
ordenado.
Existem
duas razões para argumentar que este é o significado do texto aqui.
Primeiro, uma comparação normalmente
estabelece um padrão ou norma contra o qual alguma posição é apresentada. A
partícula grega ὡς é o principal meio usado para sugerir tal comparação no Novo
Testamento (e é usado em Mt 22:39) por exemplo, em Mateus 12:13, Jesus curou a
mão de um homem, “tornando-a sã, como a outra”. A mão inteira foi o padrão
contra o qual a mão agora curada foi medida. Dentro de Mateus 17: 2, O rosto de
Jesus "brilhou como ( ὡς ) o sol." Obviamente, o
sol é o padrão pelo qual a comparação deve ser feita. Já em Mateus 28: 4, os
soldados que guardavam o túmulo de Jesus “tornaram-se como mortos” quando viram
o anjo. Em Rm 9:27, o número dos filhos de Israel deve ser " como ( ὡς ) as areias do mar." Pode-se notar em 2 Tm 2: 9 - Paulo diz que
está usando correntes “ como ( ὡς ) um criminoso”. Primeira
Pedro 1:24 diz que "toda carne é como ( ὡς )
grama." Em todos esses textos (e muitos outros no NT), é feita uma
comparação. Em cada um, a comparação começa com um padrão ou norma. Mas, se em
Mt 22:39 implicam dois mandamentos, então não há padrão de comparação.
Argumentar que devemos amar nosso próximo tanto quanto devemos amar a nós
mesmos não estabelece nenhum padrão, nenhuma norma.
Em segundo lugar, e mais
especificamente, ὡς às vezes é encontrado após um comando. Quando é assim, que verbo
deve estar implícito na cláusula ὡς ? Em todos os
momentos, o indicativo deve ser lido.1 Ou seja, a comparação não é de um comando
a um comando, mas de um comando a um padrão que já está sendo seguido. Observe
os exemplos a seguir.2
o Mateus 6: 5- ”Quando você orar, não seja
como os hipócritas [são]”
o
Mateus 6:10- ”Que a tua vontade seja feita na terra como [é] no céu”
o
Mateus 6:12- ”Quando você jejuar, não fique triste como os hipócritas [fazem]”
o
Matt 10:16- "Seja sábio como as serpentes [são], e inofensivas como as
pombas [são]"
o Mateus 18: 3- ”tornem-se como crianças
[são]”
o
Lucas 15:19- ”me trate como [você trataria] um de seus servos contratados”
o
Lucas 22:26- ”deixe o maior entre vocês se tornar como o mais jovem” o Gl 4:12-
”Torne-se como [eu sou]”
o
2 Tessalonicenses 3:15- ”Não olhe para ele como um inimigo, mas considere-o
como um irmão”
o
1 Tm 5: 1- "Repreenda um homem mais velho como [você faria] a um pai"
o
Filemom 17- ”Receba-o como [você receberia] a mim”
Em
conclusão, o amor próprio é bíblico? Na verdade sim. É bíblico no sentido de
que é considerado verdadeiro (cf. Ef 5:29). Mas o amor próprio é comandado?
Dificilmente. O texto de prova principal para tal é Mt 22:39. 3 E, como
tentamos demonstrar, esse texto significa que o amor-próprio é assumido, não
ordenado. Além disso, existem vários textos que sugerem que nossas vidas
precisam ser direcionadas aos outros. O significado simples de uma passagem
como Fp 2: 3(“Considerem-se mais importantes do que vocês mesmos”) deve
contrabalançar qualquer noção de que nosso foco na vida deva estar em nós
mesmos. O exemplo do Senhor Jesus segue esta declaração programática em Fp 2:
3. Nos vv 6-11 Jesus é visto como o exemplo supremo de auto-sacrifício. O
versículo 5 liga a atitude de Jesus ao que deveria ser a nossa: “Tende em vós o
mesmo pensamento que também estava em Cristo Jesus”. Nós também devemos seguir
os passos do Mestre e dirigir nossa vida para fora e para cima.
Essa absorção consigo mesmo inerente à
natureza humana e, em particular, está se tornando a marca registrada do
Ocidente. Estamos nos impulsionando rapidamente para o narcisismo e a anarquia
por causa de tais atitudes. Contra isso, a Bíblia fala claramente.
1Não raro, o verbo é realmente enunciado. O
indicativo é o humor encontrado. Cf. Mateus 5:48 ("seja perfeito como
vosso Pai que está nos céus é perfeito "); 6:12 (" perdoa-nos as
nossas dívidas, como perdoamos aos nossos devedores "); 8:13; 15:28;
18:33; 27:65;Colossenses 3:18; Ap. 18: 6; etc.
2 Você pode até querer testar esses exemplos
fornecendo um imperativo ou subjuntivo no ὡς cláusula. Por
exemplo, em Mateus 6: 5, "Quando você orar, não seja como os hipócritas
deveriam ser." Obviamente, isso faz pouco sentido.
3 Efésios 5:33 tem uma construção semelhante e
deve ser
interpretado da mesma forma. "Maridos, amem suas esposas como a si
mesmos" não significa "amem suas esposas como deveriam amar a si
mesmos", mas "como vocês já amam a si mesmos.
Daniel
B. Wallace
O Amor fora de foco
Rev. Hernandes Dias Lopes
Paulo estava preso em Roma pela segunda vez,
quando escreveu sua última carta. O presídio onde estava era a masmorra
Mamertina, um lugar úmido, insalubre e sombrio. O veterano apóstolo enfrentava
a acusação de ser um malfeitor (2Tm 2.9). Por essa razão, os crentes da Ásia o
abandonaram (2Tm 1.15), Timóteo ficou com vergonha de suas cadeias (2Tm 1.8).
Quando marcaram sua primeira defesa, ninguém foi a seu favor (2Tm 4.16). O
resultado é que Paulo foi condenado à pena de morte (2Tm 4.6). Por ser cidadão
romano não foi crucificado como Pedro (Jo 21.18,19; 2Pe 1.14,15), mas foi
degolado.
Nessa emocionante epístola, Paulo faz um
diagnóstico dos últimos dias, e diz que seriam tempos difíceis, ou seja,
furiosos. Numa longa lista de pecados, vícios e mazelas, da sociedade, o
apóstolo menciona três tipos de amor que estavam fora do foco, resultando no
adoecimento das relações do homem com Deus, com o próprio e consigo mesmo.
Vejamos
Em primeiro lugar, os homens serão
amantes de si mesmos (2Tm 3.2). A palavra grega philautoi, traduzida por
“egoístas” significa literalmente “amantes de si mesmos”. O homem em vez de
amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, ama a si mesmo,
esquece-se de Deus e despreza o próximo. Em vez de adorar a Deus e servir ao
próximo, o homem vira as costas para Deus e explora o próximo. Porque seu amor
está fora de foco, o homem age como se fosse o centro do universo Sua vontade
precisa prevalecer. Seus interesses precisam vir em primeiro lugar. Olha o
próximo como alguém a ser explorado. Não hesita em fazer do outro um alvo de
sua ganância. Busca, de todas as formas, se locupletar. Sua filosofia é: “o que
é meu é meu; e o que é seu, precisa ser meu também”. O homem egoísta pensa em
si e não no outro. Seu amor é ego centralizado e não outro centralizado. Esse
egoísmo exacerbado é a origem de todas as mazelas da família e da sociedade.
Em segundo lugar, os homens serão
amantes do dinheiro (2Tm 3.2). A palavra grega philarguroi, traduzida por
“avarentos” significa literalmente “amantes da prata”. O amor ao dinheiro é a
raiz de todos os males. Quem ama o dinheiro, dele nunca se satisfaz. Quem ama o
dinheiro cai em tentação e cilada e atormenta sua alma com muitos flagelos.
Quem ama o dinheiro é capaz de cometer os mais bárbaros crimes para se
locupletar. A violência das ruas, os sequestros e assaltos, a corrupção nas
empresas, o desvio de verbas públicas, nos corredores do poder político estão
diretamente ligados ao amor ao dinheiro. Nessa sociedade, cujos valores estão
invertidos, ama-se o dinheiro e explora-se as pessoas. É digno de nota que o
dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. O dinheiro é para ser usado e
não para nos usar. O dinheiro a serviço do bem é uma bênção, mas quando é
adquirido ilicitamente, é usado para a prática do mal. Que Deus nos livre da
avareza, desse amor perigoso, o amor à prata.
Em
terceiro lugar, os homens serão amantes dos prazeres (2Tm 3.4). A palavra
grega philedonoi, traduzida por “amigo dos prazeres” significa literalmente que
os homens são mais amigos dos prazeres do que de Deus. Os homens amam mais o
prazer carnal do que a Deus. São hedonistas. Vivem para satisfazer seus desejos
mundanos. São escravos de seus apetites. Querem beber todas as taças dos
prazeres desta vida. Vivem embriagadas com suas paixões. Sorvem cada gota dos
deleites efêmeros que o mundo lhes oferece. Não se importam com as coisas de
Deus. Não buscam a Deus. Não amam a Deus. Seu amor está distorcido e invertido.
Dentre as outras razões elencadas pelo
apóstolo Paulo, essas três retro mencionadas são um diagnóstico preciso da
decadência do homem que ama mais a si do que o próximo, mais o dinheiro do que
as pessoas e mais o prazer do que a Deus.
– Existe espaço na vida do crente para o amor próprio
Autor: Pastor Augusto Nicodemos
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