segunda-feira, 19 de julho de 2021

Lição 4 - Elias e os profetas de Aserá e Baal

 


TEXTO ÁUREO

“Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.”

 (1 Rs 18.38)

VERDADE PRÁTICA

O Senhor sustenta com sua forte mão todos os que estão dispostos a proclamar a verdade de que Ele é o único Deus digno de adoração.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Reis 18.22-24,26,29,30,38,39; 19.8-14

1 Reis 18

22 – Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens.

23 – Deem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo

 24 – Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.

26 – E tomaram o bezerro que lhes dera e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse; e saltavam sobre o altar que se tinha feito.

29 – E sucedeu que, passado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.

30 – Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do SENHOR, que estava quebrado.

38- Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.

39 – O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!

1 Reis 19

8 – Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.

9 – E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do SENHOR veio a ele e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?

10 – E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.

11 – E ele lhe disse: Sai para fora e põe-te neste monte perante a face do SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto;

12 – e, depois do terremoto, um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, uma voz mansa e delicada.

13 – E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?

14 – E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.

OBJETIVO GERAL

Revelar que Deus opera milagres através de seus filhos.

 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1 Salientar que é necessário e urgente enfrentar o pecado;

2 Relatar que Deus responde às nossas súplicas;

3 Expor as fragilidades do ser humano.

 INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Antes de convocar os profetas de Baal para o grande desafio, Elias indagou ao povo: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). Comece a aula perguntando o significado de “pensar”, “coxear”, e “coxear entre dois pensamentos”.

Pensar para decidir ou escolher algo é como pôr as coisas numa balança para se avaliar o peso de cada uma. Ora a balança pende para um lado, ora pende para o outro. Coxear significa mancar como um coxo, capengar, claudicar, pender de um lado para o outro. Quem coxeia dá um passo e se inclina para a direita e no próximo passo se inclina para a esquerda. É por isso que “coxear entre dois pensamentos” tem o sentido figurado de hesitar, vacilar. Isso era o que Elias quis dizer sobre a situação espiritual do povo de Israel.

INTRODUÇÃO

O profeta Elias é um dos mais relevantes personagens da Bíblia. Foi ele que apareceu com Moisés no Monte da Transfiguração conversando com Jesus.

Este destacado profeta é, sem dúvida, um modelo de servo perseverante e fiel para todo cristão. Nesta lição, veremos como Elias desafiou corajosamente a idolatria em Israel; como orava de modo simples, mas cheio de confiança; e como, apesar de tudo o que fez, expôs sua humanidade ao cair em desânimo.

PONTO CENTRAL

O Senhor sempre intervém a nosso favor diante das adversidades.

  SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Em sentido amplo a idolatria pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição ou ambição que tome o lugar de Deus, ou que diminua a honra que lhe devemos. Deus nunca admitiu outro além dEle. O Todo-Poderoso não divide seu louvor com quem quer que seja: Ele é o único. O Senhor é Deus zeloso e requer exclusividade. Jamais repartiria seu povo com um suposto rival. Por esta razão assevera enfaticamente: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3).

Promova um pequeno debate em sua turma fazendo uma simples pergunta: “O que é idolatria hoje?”

Todas as imagens, esculturas ou quaisquer outras inovações com o objetivo de tornar o culto mais atraente pelo seu visual divergem do sincero propósito de cultuar a Deus em espírito e verdade e, por isso, constituem um tropeço para uma verdadeira adoração.

  CONHEÇA MAIS

Os profetas de Baal foram ao duelo com o profeta Elias, os 400 profetas de Aserá não aceitaram o desafio de Elias.

Elias disse a Acabe para levar não apenas os 450 profetas de Baal, mas também os 400 profetas de Aserá, a “esposa” de Baal (1Rs 18.19). Ao que parece, somente os profetas de Baal aceitaram o desafio (1Rs 18. 22, 26). Tanto é que somente os profetas de Baal, foram mortos depois do duelo com Elias (1Rs 18.19, 40; 1 Rs 19.1), se os profetas de Aserá estivessem juntos com os profetas de Baal, eles também seriam mortos (Fonte: Revista Digital Cristão Alerta – SAIBA MAIS AQUI)

   SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Elias rapidamente obtém do seu Deus uma resposta por fogo. Os profetas de Baal são forçados a desistir de sua causa e, agora, é a vez de Elias apresentar a sua. Vejamos se ele se dá bem:

Ele reparou o altar.

Ele jamais usaria o deles, que tinha sido contaminado com as orações a Baal, mas, encontrando em ruínas um altar ali, que anteriormente tinha sido usado no culto ao Senhor, ele escolheu reparar aquele (v.30) para insinuar a eles que ele não estava ali para introduzir nenhuma nova religião, mas reviver a fé e a adoração ao Deus de seus pais e convertê-los ao primeiro amor que tiveram e às primeiras obras que praticaram. Ele não podia levá-los ao altar em Jerusalém a menos que pudesse unir dos dois reinos novamente (o que, para a correção de ambos, Deus determinou que agora isso não devia ser feito), por isso, pela sua autoridade profética, ele constrói um altar no monte Carmelo e assim reconhece aquele que anteriormente tinha sido edificado ali. […]

    Então ele solenemente dirigiu-se a Deus em oração diante do seu altar, suplicando-lhe humildemente: lembre-se de todas as suas ofertas e aceite os teus holocaustos (Sl 20.3), e parta comprovar a sua aceitação dela. A sua oração não foi longa, pois ele não usou vãs repetições nem pensou que por muito falar seria ouvido; mas ela foi muito séria e serena, e mostrou que a sua mente estava calma e tranquila, e longe do ardor e das desordens em que se encontravam os profetas de Baal (vv. 36,37). Embora ele não estivesse no lugar designado, escolheu a hora prescrita da oferta de manjares, para testificar com isso sua comunhão com o altar em Jerusalém. Embora ele esperasse uma resposta por fogo, ainda assim aproximou-se do altar com coragem, e não temeu aquele fogo” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.519,20).

    SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

   “O compromisso sincero de Elias com Deus nos choca e nos incentiva. Ele foi enviado para confrontar — não consolar. E Elias pronunciou as palavras de Deus a um rei que, muitas vezes, rejeitava a mensagem simplesmente porque Elias a trazia. Elias decidiu exercer seu ministério apenas para Deus e pagou por essa decisão, sendo isolado de outras pessoas que também eram fiéis a Deus.”

Para que seus alunos reflitam melhor sobre quem foi Elias e como desenvolveu seu ministério profético, peça a eles que relacionem no quadro as “Qualidades e Realizações” do profeta Elias, conforme o modelo abaixo. Atenção! Somente mostre o resultado depois que eles cumprirem a tarefa.

    QUALIDADES E REALIZAÇÕES

• Foi o mais famoso e dramático profeta de Israel.

• Predisse o princípio e o fim de uma seca de três anos.

• Foi usado por Deus para ressuscitar um filho morto e devolvê-lo à sua mãe.

• Representou Deus em uma disputa com sacerdotes de Baal e Aserá.

• Estava com Moisés no episódio da transfiguração de Jesus no Novo Testamento.

(Extraído e adaptado da Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.733).

  CONCLUSÃO

  A vida de Elias é um grande exemplo para todo crente que fielmente serve ao Senhor. Ainda que à sua volta quase todos estejam contaminados pela idolatria e toda forma de injustiça, o cristão não pode perder o ânimo e a vontade de lutar pela causa do Senhor. Elias é exemplo do cuidado e da fidelidade de Deus quando o crente fiel decide seguir o que a Palavra de Deus ensina e não aquilo que a maioria acha que está certo.

 Lição 4 - Elias e os profetas de Aserá e Baal 

CPAD - O PLANO DE DEUS PARA ISRAEL EM MEIO À INFIDELIDADE DA NAÇÃO - As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel

COMENTARISTA: CLAITON IVAN POMMERENING

 

 NOTA:

            BAAL (BAALISMO)
   A palavra e seu uso. Essa é a palavra hebraica que significa «proprietário», «senhor» ou «marido». É usada em I Crô 5:5; 8:30 e 9:36 como um nome pessoal; e, de modo geral, designa a divindade cananéia desse nome. As identificações incluem aquelas com restrições a algum mero lugar de adoração como Baal-Peor (Núm. 25:3), Baal-Gade (Jos. 11:7), Baal-Hermom (Jui. 3:3), etc. Algumas vezes, tais combinações indicam uma característica da divindade, e não algum lugar com o qual estaria associada, como Baal-Berite (Baal do pacto, em Jui. 8:33). Baal-Zebube, talvez uma corruptela de Baal-Zebul (que significa «príncipe», em II Reis 1:2). 0 próprio termo sugere que a divindade era considerada proprietária de um determinado lugar, pelo que exerceria controle ali, no tocante a certos aspectos da vida humana, mas, sobretudo, no tocante à fertilidade.
Baalismo.
  A adoração a Baal era, essencialmente uma religião da natureza, cuja ênfase principal era a fertilidade. 0 Oriente Próximo exibiu várias formas de religião da fertilidade, e essa religião dos cananeus era a mais desenvolvida entre elas, quanto a esse aspecto. Israel deixou-se arrastar pela influência do baalismo por meio de sincretismo (os hebreus incorporaram-no, ou ao menos aspectos seus, à sua fé), tendo havido uma reação profética (os profetas que reagiram contra esses elementos corruptores).
Fontes informativas. 0 A.T., os tabletes de Ras Shamra (ver o artigo) e Filo Bíblio.
Idéias.

    El seria o pai dos deuses, mas não teria muito contato com os homens. Aserá era a deusa-mãe. Um filho (ou neto) de destaque deles seria Baal. Sua consorte, Astarte tque no A.T. aparece como Astarote ou Astorete), era a deusa da fertilidade (ver o artigo sobre ela). Nos tabletes de Ras Shamra, Anate aparece como a consorte de Baal. Seu maior inimigo era Mote (a morte). 0 clima da Si ria e da Palestina contribuía para a elaboração dessa religião. As chuvas cessam em março-abril. Só começa a chover novamente em outubro-novembro. e, durante o intervalo, pouca vegetação pode crescer. A menos que as chuvas voltem, a fome é inevitável. Assim, os cananeus personificaram as forças que fazem a vegetação voltar à vida. A razão pela qual as chuvas cessariam é que Baal seria morto em uma luta feroz contra Mote. E as chuvas retornariam porque os amigos de Baal (como o Sol - Shapsh ou Shemesh) e Astarte (fertilidade), devolveriam-lhe a vida (princípio da ressurreição). A terra florescería novamente porque Baal e Astarte copulavam. Assim temos nisso uma forma de religião que é, essencialmente, a adoração à natureza. Quando os homens perturbam os deuses ou deixam de agradá-los, há perturbações nas condições atmosféricas, ou nas vidas das famílias e das tribos.
    Festividades. A fim de promover o sentimento religioso do povo e honrar os deuses, foram instituídas festas que apelavam ao impulso procriador e a licensiosidade, incluindo a prostituição masculina e feminina, que se tornou um acompanhamento indispensável nesses cultos de fertilidade. Isso prosseguia durante os períodos de festividade e fora dos mesmos.
Influência sobre Israel. Essa religião exerceu grande influência sobre Israel, especialmente no norte (Israel, em contraste com Judá), onde as idéias e as culturas pagãs tornaram-se parte, mais rapidamente da perspectiva religiosa dos israelitas. Isso provocou os protestos dos profetas. Sob tais circunstâncias foi que Elias e seus sucessores postularam a pergunta se o DEUS de Israel era Yahweh ou Baal (ver I Reis 18). Os símbolos dessa adoração foram condenados pelos profetas, incluindo a árvore ou bosque sagrado, a coluna e os terafins (imagens, que incluíam figurinhas da deusa da fertilidade, que se tornaram populares e numerosas entre os israelitas). 0 protesto levantado pelos profetas contra esse tipo de religião pode ter sido um dos fatores que raramente permitia que DEUS fosse chamado de Pai e o A.T. não tem palavra que corresponda a deusa. Além disso, a expressão filho de DEUS, aplicada ao homem, é rara no A.T. Tais termos poderíam ser erroneamente entendidos, em termos pagãos. No judaísmo havia o cuidado de se evitar a terminologia sexual no seio da família, porquanto isso era por demais comum nas religiões politeístas e de fertilidade, entre os vizinhos de Israel.
   Fatores do vigor da religião de fertilidade. 1. Israel não expulsou os cananeus de suas terras, mas antes misturou-se com eles em casamento.    2. Aqueles que tinham acabado de entrar na Terra Prometida tinham acabado de sair das experiências no deserto. Formas religiosas que fomentavam festividades e os prazeres sensuais eram alternativas tentadoras. Ou, pelo menos, elementos tomados por empréstimo dessas atividades que sem dúvida eram muito atrativos. 3. A lei de Israel era austera. Sempre será mais fácil seguir o curso de menor resistência. Assim, persistia por um lado a fé em Yahweh, e esta ia-se misturando com elementos cananeus. Esse processo sincretista é ilustrado em passagens como Juí. 2:1-5. 2:11-13,17,19; 3:5-7; 6:25. A mesma coisa se dava com combinações de palavras, como Jerubaal (ver Juí. 7:1), Beeliada (ver I Crô. 14:7), Es-Baal e Meribe-Baal (ver I Crô. 8:33,34), que surgiram de outros nomes próprios. As ostraca de Samaria (cerca de 780 A.C.) demonstram que para cada dois nomes que envolviam o nome de Yahweh, um era uma forma qualquer composta de Baal. 0 trecho de I Reis 18 mostra-nos que o baalismo tornou-se tão forte em Israel que somente sete mil deles permaneceram fiéis à antiga fé. Elias conseguiu evitar o colapso total da fé judaica. Embora continuassem havendo reformas e o protesto dos profetas (ver Osé. 2:16,17), parece que foi necessário o cativeiro para impor a purificação necessária.
  Dois grandes mitos de Baal. Os textos de Ras Shamra contêm esses mitos, a saber: 1.0 conflito com o Príncipe do Mar e Juiz do Rio (o deus das águas obtém a ascendência e, arrogantemente, intimida os outros deuses). Baal, com a ajuda de alguns outros deuses, é capaz de derrotá-lo, confiando-o à sua devida esfera de atividade. Talvez essa luta seja simbolizada pelo leviatã da Bíblia, que poderia ser o mesmo lotan, a serpente enrascada, e que possivelmente seja idêntica ao Príncipe do Mar — Alguns supõem que o Dia do Senhor (segundo originalmente concebido no judaísmo) poderia referir-se a vitória de Yahweh sobre as forças do caos. E esse conceito poderia depender do mito cananeu, acima descrito. 2. Ou-trossim, havia o deus que morria e ressuscitava; Baal, morto por Mote, era então ressuscitado pelo deus Sol e por Astarte. Tal suposta ressurreição era acompanhada por grandes festividades de sensualismo. Apesar de que o judaísmo, como é óbvio, nunca desenvolvesse qualquer coisa similar, excetuando casos de empréstimos diretos extraídos das religiões de seus vizinhos pagãos, alguns estudiosos supõem que o próprio conceito de ressurreição pode ter sido provocado, pelo menos em parte, por essa antiga crença. Não há como determinar até que ponto isso pode ter sido verdade. Mas a verdade do conceito da ressurreição em nada é prejudicada ainda que os povos pagãos, de maneira crua, tivessem antecipado e expressado essa idéia à sua maneira ímpia. (E ID SMIT Z) - Dicionario Champlin - Russell Norman Champlin.

O encontro no Monte Carmelo (18:20-40).

Ali ia verificar-se quem estava com a razão e quem estava perturbando Israel. O texto é do conhecimento dos leitores dessa narrativa. Apenas não sabemos por que foi escolhido o pico do Carmelo. Talvez houvesse ali um grande santuário cananita, porque os cananeus adoram o seu Baal nos altos. Lá chegando, preparados os dois altares, os dois holocaustos, Elias dá a vez aos sacerdotes de Baal, 450. Todo o alto comando de Baal estava presente para a grande prova. Elias deu o primeiro lugar aos sacerdotes de Baal, para que este fosse invocado e respondesse com fogo. Esta era a prova de fogo mesmo (v. 24). Ao meio-dia Elias zombava deles, que clamavam e se retalhavam com facas, à moda selvagem dos !dolos cananeus. Isto se prolongou até a hora do sacrifício da tarde. "Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele." Recompos o altar de Jeová com doze pedras, simbolizando as doze tribos agora divididas. Era necessário que tudo fosse bem testemunhado, para não haver suposição de fraude. Retalhou o bezerro, que lhe coube, dispôs as partes em cima da lenha, mandou buscar água lá embaixo no mar, porque no alto do morro não haveria água. O Carmelo é um dos montes mais altos da planura de Sarom. Atualmente é um encanto subir por uma estrada asfaltada até o pico. O autor destas notas pediu a um cicerone que lhe mostrasse o lugar onde Elias tinha f eito o milagre. Foi levado um pouco adiante e ouviu: "Aqui, onde está este hotel, foi o pico onde Elias desafiou os profetas de Baal." Que panorama deslumbrante! Lá embaixo o Mediterrâneo, com as suas águas azuladas, e a grande cidade moderna de Haifa, com 450. 000 habitantes. Que emoções, que evocações! Foi um dos momentos mais tocantes da vida deste pobre pastor, pisar o solo onde séculos antes, Elias esteve para provar que só DEUS é DEUS.

Tudo pronto, Elias clamou a DEUS, como o tinham feito os sacerdotes de Baal: "Responde-me, 6 Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu, ó Senhor, és DEUS. . . " Mal ecoavam as suas últimas palavras "caiu fogo do Senhor e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego" (vv. 37,38). Então todo o povo caiu de bruços e disse: "O SENHOR É DEUS! O SENHOR É DEUS!"

Seguiu-se a matança dos profetas de Baal. Por que Elias fez isto, se esses homens eram pagos para praticar a sua religião? Lá embaixo corria o ribeiro de Puisom, muito nosso familiar desde os tempos de Débora, e ali os matou a todos. Seria uma vingança pela morte dos profetas do Senhor? Seria um ato de indignação diante de tanta maldade e ignorância? Quem sabe! O que nos parece é que os profetas não tinham culpa, eram inocentes. Quem deveria ser morto ali era Acabe, o único culpado por todos os acontecimentos.

A chuva havia mais de três anos não caía. E ela veio provar que Elias era o profeta de DEUS. Acabe subiu no seu carro e foi para Jizreel. O que mais deveria interessar agora ao governo era a chuva, que trazia a fartura. Elias, porém, cometera a grave falta de afrontar uma mulher vaidosa e senhora da situação, a qual não aceitaria a derrota dos seus profetas e da sua religião. Tão logo foi posta a par do que havia ocorrido no Carmelo, tomou as suas providências para uma desforra em ordem. É o que vamos ler em 1 Reis 19.

                   Elias no Monte Horebe (19:1-18)

                   - COMENTÁRIO MESQUITA ( AT )

    Jezabel mandou uma mensagem a Elias: no dia seguinte, ele seria como um dos profetas mortos. Ela ainda não tomara conhecimento de que Elias era homem de DEUS e este cuidaria do seu profeta. A cegueira do poder obscurecia a mente da mulher poderosa. Elias teve medo, pela primeira vez (v. 3). Um homem corajoso com medo de uma mulher! Ele sabia quem era Jezabel, conhecia a sua posição em Israel e o seu predomínio sobre o próprio marido. Então, para salvar a vida, lá se foi para Horebe, no Sinai. O caminho era longo e o lugar deserto. Por que não procurou outro local, se havia tantos, ao sul da Palestina, que lhe poderiam servir de esconderijo? Parece, só nas montanhas se consideraria seguro. Deixou o seu criado em Berseba, de Judá, lugar muito nosso conhecido, e seguiu só. Deve haver qualquer relação entre a escolha deste lugar, onde Moisés recebeu a Lei e a história de Elias. Horebe era um dos montes do maciço do Sinai. Lá DEUS organizou o povo saído do Egito em uma nação eleita. Lá foi outorgada a Lei. Lá estavam as recordações de um passado já distante.    Agora que a Lei estava em perigo, com o predomínio de Jezabel, era o caso de voltar ao lugar da origem da nacionalidade e saber que destino a aguardava. Estamos apenas supondo, porque o texto nada diz dos motivos que o levaram para tão longe. Teria recebido alguma mensagem de DEUS? Não sabemos. Talvez estivesse em sua mente procurar a DEUS ali, para lhe comunicar que o Concerto feito e tudo que se relacionava com ele estava perdido. Estamos convencidos de que havia um motivo superior para Elias vir parar tão longe. Tal como nos dias de Moisés, só ele restava de,, todo o passado.

    Chegou cansado e desiludido. Deitou-se debaixo de um zimbro e pediu a morte, achando que bastava. Tinha lutado em vão; a sua inimiga estava viva e forte. Um dia sem comer e sem beber, estava com fome e cansado. Adormeceu. Assim acontece conosco muitas vezes: desiludidos, fatigados, parece-nos a melhor coisa pedir a morte. O Anjo do Senhor, o Anjo de tantas aparições e manifestações (JESUS CRISTO pré-encarnado), aparece.     O texto diz um anjo, indicando tratar-se de um das miriades de anjos que servem ao Senhor; pelo contexto, porém, somos levados a crer que era o Anjo Jeová. Elias adormeceu e descansou da sua fadiga e desilusão. Um anjo do Senhor tocou-o, despertou-o do sono, e lhe disse que comesse, porque a caminhada e a luta não tinham terminado. À sua cabeceira estava um pão cozido em brasas e uma botija de água. Comeu, bebeu e voltou a dormir. Veio segunda vez o anjo do Senhor, literalmente, o Anjo Jeová, e o tocou e disse: "Levanta-te, e come, porque demasiado longa te será a viagem." Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força desse alimento demandou o lugar do seu destino. Viagem de 40 dias e 40 noites até Horebe. Moisés esteve quarenta dias e quarenta noites na montanha com DEUS. Agora, eis o profeta de DEUS face à face com o passado, e pela frente, com um futuro incerto. O novo aparecimento do Senhor perguntando que fazia ali, mostra-nos a amargura de alma do profeta. Depois de tantas experiências, tudo estava acabado. O povo de DEUS tinha falhado. Só ele restava de todo um passado glorioso (v. 10). Os altares estavam derrubados, os profetas mortos, tudo estava no fim. DEUS, porém, lhe mostra não ser assim, o quadro não era tão negro

14. Depois da visita de Jeová num cicio tranqüilo e suave (v. 12), após o temporal de vento, terremoto e fogo, o Senhor vem numa brisa como a suave brisa da manhã. Quantas lições estas experiências do profeta nos dão!

    Quanta coisa temos que aprender! DEUS, sendo o senhor de tudo, o dominador da natureza, aparece num suave som, como o som de um ligeiro murmúrio. Seria uma censura à violência cometida contra os pobres profetas de Baal? Pensam alguns que sim. A ordem era voltar pelo mesmo caminho e realizar a missão não cumprida.

Elias recebe uma difícil comissão. Ungir Hazael, da Síria, como rei, ungir Eliseu em seu lugar, ungir Jeú, para ser rei e juiz de Israel. Uma revolução no mundo israelita.

 


A DEPRESSÃO ESPIRITUAL DO PROFETA ELIAS E O TRATAR DE DEUS (São Luis−MA pr.vilmar.rodrigues@hotmail.com pr.vilmar.rodrigues@hotmail.com)

   A vida do ser humano sem DEUS pode ser resumida em uma só palavra: infelicidade. Infelicidade em última instância significa − ausência eterna da presença de DEUS. Ninguém deseja isso para si; pois quem desejaria para si a morte?

   Uma pessoa que entrega sua vida verdadeiramente ao Senhor JESUS CRISTO e para Ele vive, passou da morte para vida, portanto, encontrou a felicidade.  Sendo isto um fato, temos que enfrentar a questão de muitos crentes fiéis estarem em profunda depressão espiritual.

Responder esta questão não é simples. Mas a Bíblia nos norteia nesse particular através de exemplos dos santos que enfrentaram o quarto escuro e solitário da depressão. O profeta Elias é um exemplo clássico do que estamos tratando.

 Em 1 Rs 19.1−8 encontramos o profeta prostrado no chão em grande declínio espiritual. Ele chega ao ponto de pedir para si a morte (v.4). Por quê? Para responder esta pergunta temos que analisar todo o contexto que envolve a referente passagem.

Elias surge no cenário de Israel em um momento extremamente difícil.   Acabe era o rei. Sobre ele está escrito:

  “Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele. Como se fora coisa de somenos andar nos pecados de Jeroboão... tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, serviu a Baal, e o adorou” (16.30,31).

Acabe, por inveja e sob a influência da mulher tomou posse da vinha do falecido Nabote, morto maquiavelicamente por Jezabel e seus comparsas (21.1-16). Acabe era rei, mas não mandava; era isrealita, mas servia à Baal; queria ouvir a voz de DEUS, mas atendia as palavras dos falsos profetas; estava vivo, mas era como se estivesse morto. Acabe já era mau, mas por casar-se com uma mulher ímpia, impiedosa, idólatra e dominadora ficou pior ainda. Juntamente com sua mulher matou e perseguiu os profetas de DEUS durante os vinte e dois anos de seu reinado. Apesar de tudo, Acabe teve boas atuações, principalmente na área de construção civil (22.39).  

DEUS estava trabalhando em silêncio quando por meio de Obadias alimentou e protegeu de Acabe e Jezabel cem de seus profetas (18.5). Mas Sua paciência e seu silêncio para com os dois tinham acabado e como sinal disto enviou-lhes o profeta Elias.

   Destaca-se de imediato em Elias três características indispensáveis a todo cristão: coragem no Senhor (17.1), obediência ao Senhor (v.2−5), dependência no Senhor (v.4−6). Isto tudo, observemos, em meio a um cenário de idolatria, perseguição e corrupção. Agora, para piorar, por causa do pecado, não cairia sobre a terra dos hebreus orvalho e chuva durante três anos e meio.

Até ao triunfo do Carmelo quando Elias sozinho enfrentou quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal e quatrocentos de poste-ídolo, não se observa nele segundo as Escrituras nenhum traço de depressão espiritual. Mas depois do Carmelo e mais precisamente quando Elias aguardava à entrada de Jezreel boas notícias que dentro de um prognóstico seu viriam da casa real, tudo mudou (18.46)!

    Elias fez um prognóstico que uma vez exterminados os falsos profetas de Baal, DEUS, de imediato, enviaria o avivamento espiritual sobre toda a nação. Isto fica mais evidente quando depois da vitória sobre os falsos profetas, Elias disse a Acabe: “Sobe, come e bebe, porque já se ouve ruído de abundante chuva” (18.41). A chuva era o sinal! Quando acabe deu a notícia a Jezabel, ela prontamente enviou um mensageiro dizer a Elias: “Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles” (19.2). A reação imediata do profeta foi esta:     “Temendo, pois, Elias, levantou-se e, para salvar sua vida, se foi e chegando a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço” (19.3). Depois de percorrer uns cento e sessenta quilômetros, ele deixou o seu discípulo e se prostrou debaixo de um zimbro de tanta exaustão. Elias não estava preparado para esta resposta da realeza, pois entendia que todo o problema em Israel se resumia aos falsos profetas. Concluiu que uma vez exterminados, não só a chuva cairia, mas a fome deixaria de assolar a nação, o pasto ressurgiria para alimentar o gado; lagos, córregos, e rios alegrariam o povo em abundância de água – que mais a realeza e a multidão queriam?

   Elias caiu em depressão por se achar um fracassado em sua missão espiritual para com o povo e, sobretudo com Acabe e Jezabel. As bênçãos materiais, DEUS tinha derramado, mas as espirituais como a salvação e a mudança de atitude da realeza para com Ele mesmo e seu povo, o Senhor não realizara. Isso foi o bastante para o mundo de Elias ruir. Disse o profeta:“Basta; toma agora a minha alma, não sou melhor do que meus pais”19.4. Elias não teve poder de reação para lidar com o ocorrido. É um perigo quando objetivamos algo e em prol deste algo empenhamos toda a nossa força sem lograr êxito. Elias se sentiu assim. Julgou que seu esforço foi em vão porque DEUS não agiu na realeza de Israel conforme seu ponto de vista. A vontade do Senhor é soberana! O profeta Jonas se viu decepcionado com DEUS, pois não obteve o resultado que queria com sua pregação, resultado: entrou em depressão.

A depressão espiritual de Elias trouxe-lhe conseqüências drásticas.

Em primeiro lugar: medo. O texto nos diz: “Temendo, pois, Elias, levantou-se e, para salvar a sua vida se foi...” (19.3). O profeta valente e ousado agora estava fugindo de medo das ameaças da rainha (v.2) que poderia lhe tirar a própria vida (v.3).

   Em segundo lugar: desesperança. Observemos que a Palavra é clara: “e ali deixou o seu moço” (v.3). Elias perdeu o ânimo para ensinar o seu discípulo (v.3) e o amor por si próprio (v.4).

Em terceiro lugar: esgotamento. Isto é evidente: “Deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro” (v.5). Seu esgotamento não só foi físico (vs. 5-7), mas também espiritual (v.8), por isso que Elias por orientação de um anjo do Senhor foi se tratar com DEUS no monte Horebe.

Tiago bem disse que o profeta Elias foi homem semelhante a nós, sujeito aos nossos mesmos sentimentos (Tg 5.17). Não só Elias, mas Davi (Sl 51.10,12), Asafe (Sl 73.2,3), Pedro (Mt 26.74,75), Paulo (2 Tm 4.9−18) entre outros personagens bíblicos caíram em depressão espiritual. DEUS tratou com todos.

   DEUS não só habita no alto e santo lugar, mas também com o contrito e quebrantado de coração (Is 57.15). Jeová jamais deixaria só seus filhos no quarto escuro e solitário da depressão espiritual. O hino 193 da harpa cristã de Paulo Leivas Macalão traz a confiança inabalável em DEUS oriunda do usufruto de Sua presença apesar da depressão:

Ele intercede por ti, minh’alma;

Espera Nele, com fé e calma;

JESUS de todos teus males salva,

 E te abençoa dos altos céus.

Foi a intercessão de JESUS por Pedro, quando este lhe negou por três vezes, que o sustentou em seu choro de amargura e desespero: “Eu, porém, roguei por ti, para que tua fé não desfaleça” (Lc 22.32a). O salmista com veemência exclamou: “Por que estás abatida, ó minha alma? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e DEUS meu” (Sl 42.5). Fica claro que a cura da depressão espiritual se centraliza em DEUS. Fica claro também que todos os grandes homens de DEUS que caíram em depressão correram para o trono da graça a fim de obterem socorro em ocasião oportuna. Quando esta força de buscar o trono era inexistente, o Senhor ia ao encontro dos seus filhos, como no caso de Pedro e especificamente no caso de Elias.

O texto de 1 Rs 19.9−18 mostra como DEUS tratou e restaurou o seu profeta.

  Primeiro: DEUS levou Elias à sua presença. O verso 9 diz: “Ali entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?”.

O profeta passou uma noite inteira no divã de DEUS. Foi o próprio Senhor que o conduziu à sua presença. Os versos 7 e 8 deixam claro isto: “Voltou segunda vez o anjo do senhor, tocou−o e lhe disse: Levanta−te, e come, porque o caminho te será sobremodo longo. Levantou−se, pois, comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de DEUS”. DEUS estava em silêncio quando Elias estava prostrado no chão pedindo para si a morte. Agora, no monte Horebe é diferente, DEUS lhe dirige a palavra: “Que fazes aqui Elias?”. Quem não anela ouvir em meio às tempestades a voz inconfundível de DEUS? Feliz o homem cujo deserto termina no monte santo de DEUS!!. A palavra de Jeová é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl 119.105). E mais: “Na tua presença há plenitude de alegria” (Sl 16.11). O profeta deprimido, como qualquer outro crente, precisava da amável e confortadora presença de DEUS. Foi Somente no trono do Pai que Elias se reencontrou com a verdadeira alegria que a depressão espiritual lhe tirou.

   Segundo: DEUS se revelou maravilhosamente a Elias. No verso 11 está escrito: “Disse−lhe DEUS: Sai, e põe−te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor...”

São poucos os casos bíblicos em que DEUS se revela de uma maneira especial para os seus filhos. Abraão foi chamado amigo de DEUS (Tg 2.23). Enoque andou com DEUS (Gn 5.24). Jó depois da provação, quando perdeu bens, amigos, filhos, saúde, pôde dizer: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me abomino no pó e na cinza” (Jó 42.5,6). Existe um anelo em todo cristão para contemplar a grandeza do Senhor, à semelhança de Moisés que suplicou a DEUS: “Rogo−te que me mostres a tua glória. Respondeu−lhe, o Senhor: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer” (Êx 33.18,19). É na vontade soberana de DEUS que está o segredo de Sua manifestação pessoal aos seus. Isto não implica dizer não devamos pedir e orar pela bênção. Devemos sim, buscar acima de tudo o DEUS da bênção e não meramente a bênção como é corrente nos dias de hoje! Elias, assim como os outros, foi agraciado por DEUS com Sua maravilhosa manifestação.

No verso 11, DEUS não estava num grande e forte vento; muito menos no terremoto. No verso 12, o Senhor não estava no fogo, mas numa brisa suave e tranqüila. À suave manifestação de DEUS, Elias “envolveu o rosto no seu manto...” (v. 13). O profeta sentiu o marcante poder santificador e renovador do Senhor. Não há depressão espiritual que resista ao tratar do Médico dos médicos. È Ele quem unicamente amassa o barro porque Ele é o oleiro!

  Terceiro: DEUS deu uma lição no profeta Elias. No verso 18 DEUS fala assim: “Também conservei em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou”.

DEUS é o mestre por excelência. Ele ensinou ao rebelde e insensível profeta Jonas o valor do verdadeiro amor ao próximo através da morte de uma simples planta (Jn 4.6−11). O salmista aprendeu o valor da disciplina divina, pois escreveu: “Antes de ser afligido andava errado, mas agora guardo a tua palavra. Bem sei, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que com fidelidade me afligiste” (Sl 119.67,75). Elias experimentou a correção celestial em sua vida. Mas antes disto se estribou em sua fidelidade a DEUS para reclamar Sua proteção. No verso 14 ele repete com mais intensidade o que falara no versículo 11: “Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor DEUS dos exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar−me a vida”. O profeta ouviu no verso 18 do próprio DEUS: “Também conservei em Israel”, Elias, “sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou”. Jeová mostrou ao seu profeta que estava trabalhando em secreto. Elias estava se achando o último dos profetas. Talvez imaginasse que nele se resumisse a esperança de Israel. Elias aprendeu que DEUS é DEUS.

Que lição!

   Quarto: DEUS renovou a vocação profética de Elias. O versículo 15 evidencia isto: “Disse−lhe o Senhor: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e...”

Uma vez revigorado, Elias, o tesbita, tinha que ungir Hazael como rei da Síria (v.15); Jeú como rei de Israel (v.16); e a tarefa mais difícil, que era ungir a Eliseu como profeta em seu lugar (v.17). Elias tinha agora que passar o cajado. Talvez não imaginasse que este dia chegasse nestas circunstâncias. Contudo, tinha sido renovado para tal missão! O avivamento sempre foi derramado por DEUS quando necessário sobre Israel, bem como individualmente sobre seus filhos. DEUS renovou Israel no tempo do profeta Samuel (Sm 7.1−13); do rei Josias (2 Rs 11.18); de Esdras e Neemias (Ed 10.3; Ne 13.19). É notório que de forma particularizada o avivamento desceu várias vezes sobre o melancólico Jeremias (Jr 17.14). Davi experimentou isto em meio a sua confissão de pecado de adultério ao Senhor (Sl 51). No Novo Testamento o apóstolo Paulo disse ao jovem e introvertido pastor Timóteo: “reavives o dom de DEUS, que há em ti pela imposição de minhas mãos” (2 Tm 1.6). A igreja primitiva de Atos é o modelo terreno a ser seguido. Mas ela foi uma igreja que se desenvolveu debaixo da chuva poderosa do avivamento. Sempre precisaremos do renovo de DEUS em nossas vidas. Grandes homens de DEUS precisaram! Elias necessitou! Portanto, busquemos o trono da graça do Senhor, pois de lá, somente de lá vem o reavivamento que nos curará de toda depressão espiritual.

Sempre nos lembraremos e louvaremos a estrofe do hino harpa 193:

“Por que te abates, ó minha alma?

E te comoves perdendo a calma?

Não tenhas medo, em DEUS espera,

Porque bem cedo, JESUS virá (P.L.M)”.

Ao Rei eterno e imortal, honra e glória através dos séculos. Amém!

 


Neste 3º trimestre estudaremos: : O PLANO DE DEUS PARA ISRAEL EM MEIO À INFIDELIDADE DA NAÇÃO - As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel Claiton Ivan Pommerening é pastor, comentarista da Revista Lições Bíblicas da CPAD

              

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