terça-feira, 1 de junho de 2021

| Lição 10: O Ministério de Mestre ou Doutor

 

TEXTO ÁUREO

“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: […] se é ensinar, haja dedicação ao ensino”

 (Rm 12.6,7).

VERDADE PRÁTICA

  Os vocacionados por Deus para o ministério do ensino são por Ele chamados para edi­ficar a Igreja de Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 7.28,29; Atos 13.1; Romanos 12.6,7; Tiago 3.1

Mateus 7

28 – E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina,

29 – porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas.

Atos 13

1 – Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Niger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

Romanos 12

6 – De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;

7 – se é ministério, seja em ministrasse é ensinar, haja dedicação ao ensino;

Tiago 3

1 – Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.

OBJETIVO GERAL

Retratar a missão do ministério de Mestre.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Aprender que Jesus, o mestre da Galileia, é mestre por excelência.

II. Identificar a ordem de Jesus aos seus discípulos para ensinar a igreja do primeiro século.

III. Saber da importância do dom ministerial de Ensinador na igreja local.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR

   Nunca foi tão necessário, como hoje, a igreja investir na figura do mestre cristão. Quando o crente é ensinado a estudar a Bíblia para compreender o mundo e a cultura bíblica, relacioná-la com o mundo do século XXI e aplicá-la à vida das pessoas de maneira competente, o risco de sofrermos o engano é amenizado. Para quem pensa ser prejudicial à vida espiritual estudar a Bíblia com seriedade, deveria pensar na elaboração das traduções bíblicas, por exemplo, disponíveis no Brasil.

   Se não houvesse homens e mulheres levantados por Deus e versados na erudição (línguas hebraica, grega, aramaica, egípcia e outras; a cultura oriental; a arqueologia para se achar manuscritos dos mais antigos possíveis), por certo, não teríamos a Bíblia traduzida em nosso idioma. Por isso, valorize quem se esmera por conhecer mais as Escrituras.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

  Prezado professor, no terceiro tópico da lição o autor afirma: “Em nosso país, a leitura é um problema cultural. Se as pessoas leem pouco, a igreja pouco lerá”. Partindo do princípio que essa afirmação é um fato verdadeiro no contexto cultural brasileiro, selecione um texto que achar pertinente e leve para a sala de aula. No final da lição, proponha a turma uma roda de leitura. Esta atividade objetiva estimular o hábito de leitura. Então, distribua o texto ora escolhido e peça a um ou dois alunos para lerem. Ao término, discuta o texto com os alunos. Conclua dizendo como pode ser prazeroso e construtivo cultivar o hábito de ler.

INTRODUÇÃO  

  O ministério do ensino da Palavra é primordial para a igreja exercer o discernimento no que tange ao tempo em que vive (culturas, teologia, filosofias etc.). Tão importante é a função do mestre na igreja que as Escrituras declaram o quanto ele deve esforçar-se intelectualmente para exercer tão nobre tarefa (Rm 12.7; 1 Tm 4.13). É uma tarefa importante e indispensável que exige muito de quem a desempenha.

PONTO CENTRAL

O dom ministerial de mestre é ama capacitação do Espírito Santo.

| Lição 10: O Ministério de Mestre ou Doutor

Título: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário

Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

 

                          10

              O Doutor ou Mestre

 “E

 a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lu­gar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”

(1 Co 12.28).

    Dentre os dons ministeriais, concedidos por Deus para edificação e “aperfeiçoamento dos santos”, nas igrejas locais, está o de “dou­ tor” ou “mestre”. Não é um dom muito reconhecido em geral, nas comunidades cristãs, por falta de entendimento acerca do seu valor, ou até por preconceito contra esses termos. As pessoas não têm qualquer receio de tratar um obreiro como “pastor”, “evangelista”, “bispo” ou até “apóstolo”, nos dias presentes.

  Mas não é comum um obreiro, que tem o dom de mestre ser chamado de “mestre” ou “doutor” . Isso se deve à visão que se tem do que é ser dotado de capacidade para o exercício desse dom ministerial, tão importante quanto os demais dons de Deus. Ou pelo “ar de superioridade” que alguns demonstram no exercício desse dom.

  Em parte, também, percebe-se que, em muitos casos, os mestres ou doutores não têm a devida humildade no exercício do dom que Deus lhes concedeu. Alguns, ressaltamos, portam-se com diletantismo ou soberba, pelo fato de serem intelectualmente mais galardoados do que outros. Há até os que cobram “cachê” para ensinar, seguindo o exemplo de cantores ou pregadores, que só servem por dinheiro, e mercantilizam os dons e talentos que são concedidos por Deus. Não se deve generalizar em caso algum o comportamento dos obreiros. Há os mestres ou doutores que, a despeito de seu elevado grau de conhecimento bíblico, teológico e secular, são humildes e sinceros, colocando-se como servos a serviço das igrejas.

  Os bons mestres ou ensinadores são muito úteis às igrejas locais. Muitas vezes, os pastores, assoberbados com as atividades administrati­vas, construindo templos, cuidando do patrimônio, em viagens pasto­rais, e tantas atividades, próprias dos que realmente trabalham em prol da obra do Senhor, não têm tempo de preparar estudos e mensagens substanciais, para alimentar a igreja local. E recorrem aos mestres ou ensinadores, para que lhes ajudem nessa imensa tarefa de edificar o rebanho. Quando o pastor também é mestre pode suprir a igreja com o ensino da Palavra. Mas nem todo pastor tem esse dom. Assim como nem todo mestre tem o dom de pastor.

  A atividade primordial do mestre, doutor ou ensinador é cuidar do ensino fundamentado da Palavra de Deus. É tão importante que a Bíblia requer que haja dedicação ao exercício desse dom. “...se é mi­ nistério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino ’ (Rm 12.7 — grifo nosso). Talvez seja uma das grandes falhas em muitos ministérios, nas igrejas, a falta de dedicação ao ensino. H á pessoas que querem ensinar sem o mínimo preparo para essa atividade. Nos tempos pós-modernos, mais do que nunca, existe a necessidade de bons ensina­ dores. H á questionamentos e problemas que não havia há alguns anos. E muitos pastores não estão preparados para dar respostas adequadas ao rebanho. O avanço das ciências, das tecnologias, as questões da bioética, as mudanças rápidas no comportamento social provocam questões que exigem, não só o conhecimento bíblico e teológico, mas também secular.

  O mestre, doutor ou ensinador precisa ter o cuidado de não se con­siderar superior ao pastor ou dirigente de uma congregação, pelo fato de ter mais conhecimento que a média dos obreiros. Humildade, mo­ déstia, sabedoria e equilíbrio são qualidades indispensáveis aos que são dotados por Deus de mais capacidade para se dedicarem ao ensino. Mais cuidado ainda, deve ter o mestre, pois deles será requerido mais, como diz Tiago: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sa­bendo que receberemos mais duro juízo” (T g 3.1). 119

  I - Jesus , o Mestre por Excelência
1. O SIGNIFICADO DE MESTRE

  A palavra Mestre, nas escrituras, tem o sentido de designar “uma pessoa que é superior às outras, em poder, autoridade, conhecimen­to ou em algum outro aspecto” .1

  No hebraico, a palavra 'adon que dizer “soberano” ou “senhor”. A palavra “ rab” designa um “professor comum” . Com relação a Jesus, foi usada a palavra “ rabi” (cf. Jo 4.31), indicando que ele era um mestre superior. As pessoas chamavam de “meu mestre”, “meu Senhor”, a quem tinha esse título. Jesus recebeu esse tratamento diversas vezes (Jo 1.38,49; 3.2,26).

  Quando Jesus res­suscitou, Maria usou a palavra “Rabon ? , quando o reconheceu. “Dis­ se-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)!” (Jo 20.16).

  Em seus ensinos, “O Senhor Jesus proibiu o uso deste termo entre os discípulos por causa do orgulho e da exaltação pessoal com que era utilizado entre os fariseus (Mt 23. 7,8).2

  2. O MESTRE DA GALILEIA

  Jesus era o Mestre perfeito. Além de Pastor, pregador, missionário e evangelista, exercia com excelência a missão de ensinar. Evangelizava e discipulava de maneira eficaz.

  Era o Mestre perfeito; o Doutor incom­parável (Mt 4.23-25). Seus ensinos, seus sermões ou discursos e suas aulas eram eloquentes e profundamente convincentes aos que o ouviam. Ele não ensinava teorias abstratas ou acadêmicas que impressionassem pela retórica. Seu ensino era bem recebido pelas multidões, porque Ele vivia o que ensi­nava e ensinava o que vivia.

  O Mestre dos mestres fazia diferença em seus ensinos perante as multidões. O povo estava descrente das mensagens dos escribas e fa­riseus, que proferiam discursos eloquentes e legalistas, mas vazios de autenticidade e poder. Não foi por acaso, que as multidões que seguiam Jesus aumentavam a cada dia. A diferença dos ensinos de Jesus e os dos fariseus, era que Jesus falava com autoridade (Mt 7.28,29). Ele era in­ comparável, como Rabi da Galileia (Jo 3.2).

   O Mestre dos Mestres deixou-nos grandes exemplos de sua pe­ dagogia.

 1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27);

 2) Conhecia seus alunos (Mt 13; Lc 15.8-10; Jo 21);

 3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47);

 4) Ensinava as verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.1726; Jo 14.6);

 5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ou­ vintes (Parábolas, perguntas, discursos, preleção, leitura, demons­tração, etc.).3

  3. O MESTRE DIVINO

  O ensino do Mestre Jesus não teve nem tem paralelo em qual­ quer instrução, discurso ou filosofia dos homens. São ensinamentos para serem vividos, e não apenas pregados. Não eram como os ensinos dos fariseus ou dos doutores de sua época (Mt 7.29).

  Tempos depois, seu discípulo e apóstolo, Paulo, que não conviveu com Ele, afirmou: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1 Co 2.4). Uma das maiores causas do descrédito no evangelho pregado por muitas igrejas e muitos pregadores é a falta de autenticidade na vida deles. Jesus demonstrou, com sua palavra e com seus feitos que era o Mestre Divino.

  Ele pregava o evangelho vivo, que não consistia apenas em belos sermões, mas em vidas transformadas.
II - A IMPORTÂNCIA DO DOM MINISTERIAL de Mestre

  1. O DISCIPULADO PERMANENTE

  O ensino da Palavra de Deus, na igreja local, é indispensável e de fundamental importância. Depois da evangelização, vem o discipulado dos novos convertidos. Mas o discipulado não deve ser visto como apenas algumas lições da Escola Dominical.

  O discipulado cristão é para toda a vida. Ninguém deixa de ser discípulo pela idade ou “por tempo de serviço” . O pastor ou bispo deveria ser também mestre e ter sempre a capacidade para ensinar. Diz Paulo: “Convém que o bispo seja .... apto a ensinar ’ (1 Tm 3.2 — grifo nosso).

  Em Efésios 4.11, o dom ministerial de “pastores” vem bem junto ao de “doutores”. Mas nem sempre esses dois dons são encontrados em todos os pastores. Por isso Deus resolveu designar algumas pessoas com a missão de dedicar-se ao ensino (cf. Rm 12.7).

  “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores...” (1 Co 12.28).

  A missão dos mestres ou doutores, nas igrejas, é de grande valor. Os pregadores, os evangelistas ou os missionários pregam a Palavra de Deus, atraindo as almas para Cristo. Os novos convertidos são como “crianças” espirituais, que precisam receber o alimento espiritual de acordo com o seu tempo de conversão; os crentes mais antigos, supos­tamente, devem ter mais maturidade; mas todos precisam do ensino fundamentado, que expresse a sã doutrina. Sem o ensino, os crentes ficam sem o conhecimento indispensável ao seu crescimento na graça e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 2 Pe 3.18).

  2. O PAPEL DOS MESTRES

  A necessidade do ensino da Palavra de Deus requer pessoas prepa­radas para ministrá-la com sabedoria, graça e unção da parte de Deus. Diante disso, vem o papel dos mestres e doutores. São pessoas que se dedicam ao ensino (cf. Rm 12.7). Eles não se consideram superiores aos demais obreiros, pelo fato de terem recebido o dom de ensinar. Mas, pela dedicação constante ao estudo e à pesquisa bíblica, reúnem infor­mações e subsídios, extraídos das Escrituras, para compartilhar com toda a igreja.

  Quando o pastor da igreja local reúne em si a condição de pastorear e ensinar, a igreja é bem servida com o ensino bem fundamentado que atende às necessidades espirituais dos crentes. Mas, como foi dito antes, nem todo pastor é mestre. Mas todos são apascentadores, que zelam, cuidam, vigiam e protegem o rebanho de Cristo aos seus cuidados.

  Os mestres, doutores ou ensinadores, que recebem o dom de ensinar, podem (e devem) cooperar com a liderança da igreja na ministração de estudos valiosos e profundos para a edificação dos crentes.

  Diz o pastor Elienai Cabral: “Igrejas sem mestre são igrejas fracas espiritualmente. Por isso, deve-se reconhecer a importância e a necessidade do ministério do ensino. È através do ensino sadio e racional, inspirado pelo Espírito Santo, que a igreja se justifica contra as falsas doutrinas e que se fortifica contra os ataques espirituais de Satanás”.4

  3. REQUISITOS PARA SER UM BOM MESTRE

  Um bom ensinador, mestre ou doutor é pessoa que, usada por Deus, na unção do Espírito Santo, pode muito contribuir para a edificação espiritual e moral dos crentes.

  O Eclesiastes resume o valor dos que ensinam com a sabedoria de Deus: “As palavras dos sábios são como aguilhões e como pregos bem fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo único Pastor” (Ec 12.11).

  Para ser um bom mestre, na igreja, são necessários alguns requisitos.

 

1) Apresentar-se a Deus. “Procura apresentar-te a Deus aprova­ do... que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15a). Um bom mestre deve ser um obreiro aprovado por Deus, e não apenas nas facul­ dades de teologia ou seculares. O que ensina deve ser aprovado: a) No testemunho pessoal (1 Tm 4.16; 2 Tm 4.5); b) N a vida familiar (SI 128.1); c) N a vida social (M t 5.16); d) N a igreja (Ec 5.1,2).

2) “Que não tem de que se envergonhar... ” (2 Tm 2.15b). Quem é mestre precisa ser exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12). Deve ter uma vida íntegra, para não ser alvo de acusações por parte dos que o ouvem ou dos de fora da igreja. Se um ensinador dá escândalo compromete seu nome, sua imagem e seus ensinos.

3 ) “Que maneja bem a palavra da verdade...” (2 Tm 2.15c). Esse requisito é muito importante, porque o mestre ou doutor é o homem que faz uso da Palavra de Deus para ministrar o ensino à igreja. Seu m anual de ensino é a Bíblia Sagrada. Ele deve conhecer bem a Palavra para poder preparar estudos, mensagens e reflexões a serem compartilhadas, verbalmente ou por escrito, para a edificação da igreja. Devem ser “aptos para ensinar” (1 Tm 3.2; 2 Tm 2.24).

  Para ter esse manejo, é preciso que o mestre ou doutor tenha certos cuidados:

  a) Seja um leitor persistente e estudioso da Bíblia (1 Tm 4.13).

  b) Seja dedicado ao ensino (Rm 12.7b). Essa dedicação exige esfor­ ço e disciplina para o desenvolvimento de um ministério frutífero;

  c) Seja um leitor de bons livros de estudo bíblico (2 Tm 4.13).

 Os bons livros não substituem a Bíblia, mas, quando são escritos por ho­mens de Deus, são excelentes auxílios ao preparo de estudos e mensagens;

 d) Procure conhecer versões variadas da Bíblia, principalmente as de estudo bíblico, examinando seus comentários, para evitar inserções heréticas, em suas notas;

 e) Utilize dicionários, concordâncias e enciclopédias bíblicas.

 f) Seja um leitor de revistas, jornais, e periódicos (evangélicos e se­ culares), que tenham subsídios para fortalecer o ensino.

 g) Tenha preparo teológico. Um curso teológico de boa qualidade não faz um excelente mestre no ensino da Palavra de Deus.

  Esse é feito por Deus. Contudo, o curso dá um a visão ampla do estudo sistemático da Palavra de Deus, a partir da Teologia Sistemática e suas divisões; da Hermenêutica, da Homilética, da História da Igreja, da Geografia Bí­blica, Ética Pastoral, Didática, Psicologia, etc...

  A Bíblia diz: “Examinai tudo. Pretende o bem ...” (1 Ts 5. 21). U m mestre deve ter conhecimen­tos acima da média de seus alunos. Tiago adverte que muitos não queiram ser mestres (doutores ou professores), visto que “receberemos mais duro juízo” (T g 3.1). Diante disso, é importante que os mestres sejam pessoas cuidadosas no exercício de sua missão, pautando-se pelos princípios éticos e morais da Palavra de Deus, para que possam contribuir para o crescimento espiritual dos crentes, nas igrejas, auxiliando os pastores ou líderes a melhor conduzirem o rebanho do Senhor Jesus.

    III - O ENSINO NA IGREJA NO PRIMEIRO SÉCULO

  1. A ORDEM DE JESUS

  O Mestre, antes de sua ascensão aos céus, em sua despedida dos discípulos, determinou-lhe de modo solene que deveriam ensinar “to­ das as nações” ; “ensinando-as a guardar todas as coisas” que lhes tinha m andado (c£ M r 2 8.19, 20).

  Os Atos dos Apóstolos registram a obediência dos primeiros apóstolos e discípulos, no cuidado em cumprir a determinação de Jesus. Após a descida do Espírito Santo (At 2.1 -6), o discurso de Pedro foi um verdadeiro ensino de pneumatolosiia (At 2.14-40).

  2. A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS

  O ensino do evangelho de Cristo aos novos convertidos era tão sé­ rio e profundo, que os primeiros crentes eram batizados em águas, “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alm a havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (At 2.42, 43 — grifo nosso).

  A “dou­trina dos apóstolos” era o conjunto de ensinos, ministrados por eles aos novos crentes, de forma eficaz, produzindo mudanças e transformações na vida dos que se convertiam, com sinais e maravilhas. Essa doutrina apostólica ainda está em vigor em nossos dias. Os mestres ou doutores, com humildade e amor, devem fundamentar seus estudos nos ensinos preciosos do evangelho de Cristo.

  3. O ENSINO CONSTANTE

  O s primeiros mestres ou ensinadores foram os integrantes do Colégio Apostólico. Como pioneiros na propagação do evangelho, foram perseguidos, presos e alguns m ortos. M as cumpriram a ordem de Jesus de pregar e ensinar a sua Palavra. Diz o texto bíblico: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo” (At 5.42).

  Não perdiam tempo. Não havia templos cristãos. A igreja começou nas casas. O ensino era ministrado a pequenos grupos nos lares.

  C) apóstolo Paulo, falando aos anciãos de Efeso, mostrou o caráter do seu ensino como verdadeiro mestre cristão: “servindo ao Senhor com toda a humildade e com muitas lágrimas e tentações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram; como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20.19-21 — grifo nosso).

  4. DOUTORES NA IGREJA

  As conversões ao cristianismo se multiplicaram grandemente, após a dispersão dos discípulos provocada pela perseguição dos judeus (At 11.19-24). Dentre as cidades que mais acolheram a mensagem do evangelho, destacou-se Antioquia. Para lá, foi enviado Barnabé, mas ele percebeu que, com tantas pessoas convertidas, necessitava de mais al­guém para ajudar no ensino da Palavra. Com muita sabedoria e humil­dade, foi até Tarso, para buscar Saulo a fim de ajudá-lo no discipulado e ensino dos novos crentes. Antioquia tornou-se um centro de irradiação do evangelho de Cristo.

  Não só pela evangelização, mas pelo cuidado com o ensino, através de pessoas preparadas para a ministração da Palavra. “Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo” (At 13.1 — grifo nosso).

  5. A NECESSIDADE DO ENSINO

  Nos primórdios da Igreja de Cristo, o desafio da formação de novos decididos, oriundos do judaísmo e de religiões heréticas foi além das expectativas dos primeiros apóstolos, evangelistas ou líderes da comu­nidade cristã. De um lado, havia os judaístas ou judaizantes, que insis­tiam que, mesmo após a conversão, o homem precisa tornar-se judeu, obedecendo os ritos e preceitos da Lei. Paulo foi um exemplo marcante desse grupo, a ponto de perseguir a Igreja de Jesus, sendo “extremamen­te zeloso quanto as tradições” recebidas de seus pais (G1 1.13,14). Mas, depois de sua dramática conversão, no caminho de Damasco, tornou-se um mestre ou doutor nas Escrituras (2 Tm 1.11).

  Havia os legalistas, que entendiam que o cumprimento dos pre­ceitos da lei, praticando boas obras, seriam salvos. O Doutor Paulo foi usado por Deus para doutrinar acerca do combate aos legalistas e escreveu contra as misturas doutrinárias (G1 5.10-12).

  Assim como Paulo, Pedro, Tiago, João e outros apóstolos e dis­cípulos foram usados por Deus para ministrar o ensino correto, nos primeiros séculos da Igreja Cristã. E, hoje, Deus continua a usar ho­mens e também mulheres, que se dedicam à tarefa de ensinar aos crentes em Jesus.
Conclusão

  O dom ministerial de mestre ou doutor é de fundamental impor­tância para a edificação dos crentes, em todas as igrejas. Ao lado dos ou­tros dons ministeriais contribui para o fortalecimento da fé cristã, pro­piciando conhecimentos bíblicos e teológicos, que preparam os que são discípulos de Jesus. Ser mestre ou doutor não é sinal de superioridade diante dos que não possuem tais dons. Significa mais responsabilidade diante de Deus.

  Tiago exorta: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1).

      Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário

Elinaldo Renovato de Lima

 



     OS DONS DO MINISTÉRIO

LIÇÃO X

O MESTRE

   EFÉSIOS 4.11

11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres.

1 CORÍNTIOS 12.28,29

28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas;

29 Porventura são todos apóstolos? ou todos profetas? são todos mestres? Ou operadores de milagres?

ROMANOS 12.4-8

4 Porque, assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função;

5 Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,

6 Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé,

7 Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, esmere-se no fazê-lo;

8 Ou o que exorta, faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia com alegria.

  A. Os mestres e o ensino de Palavra abrangem um lugar bem definido e importante no Novo Testamento.

  B. O mestre é o único que é mencionado nominalmente nos três trechos do ministério.

  C. Uma pessoa pode permanecer no ofício de pastor e mestre, ou profeta e mestre, ou evangelista e mestre, e assim por diante. Em outras palavras, pode se ocupar mais de um ofício. Separamos os ofícios para defini-los.

  1. Atos 13.1 enumera cinco homens que eram ou profetas ou mestres, ou profetas e mestres.

ATOS 13.1

  1 Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres:

Barnabé, Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo.

 a. Barnabé era um mestre (Atos 11.22-26)

 b. Paulo era um profeta e um mestre (Gl 1.12; Ef 3.3; 1 Tm 2.7).

 c. Ambos tornaram-se apóstolos (At 14.14).

 D. Alguém que é um mestre sem ser um pastor (isto é, alguém que não tem a supervisão de um rebanho) usualmente tem um ministério itinerante pelas igrejas (ministério não-estacionário ou ministério de campo).

 1. Se alguém é um pastor e um mestre (e freqüentemente este é o caso), não terá necessidade de um ministério itinerante, embora possa às vezes sair para ensinar.

 E. O dom de ensino é um dom de Deus

  Deus está falando de um ofício quando fala sobre o mestre (Rm 12.4).

  Ele está falando a respeito de homens e mulheres que são chamados por Deus, estabelecidos pelo Espírito de Deus, para permanecerem naquele ofício e ensinarem pela capacidade sobrenatural.

  1. Temos deixado a impressão que o dom que Ele fala são os professores de Escola Dominical.

  a. A igreja primitiva não tinha Escola Dominical. A Escola Dominical não começou até o século XVIII.

  b. Naturalmente uma pessoa que conhece a Bíblia pode ensinar o que sabe. Qualquer cristão pode e deve compartilhar com os outros o que sabe, ensinando-os e ajudando-os. Mas isso não é o dom de ensino que Ele está falando nestas passagens onde o dom ministerial de ensino está relacionado.

  F. O ministério de ensino requer um dom divino.

  1. Experiência pessoal. Estive pregando por muitos anos. Não era um mestre. Rigorosamente, eu era um pregador. Tudo que sabia era o que chamamos "mensagem evangelística" ou salvação em sua forma mais simples. Nem mesmo tinha uma mensagem pastoral para os santos. Mas oh, como gostava de pregar! E se posso dizer humildemente, podia pregar como uma tempestade. O poder de Deus caía sobre nós enquanto pregava e grandes coisas aconteciam.

  Eu pregava tão rápido que as pessoas diziam: "Mais devagar. Não entendemos a metade de que você está falando." Simplesmente fluía de mim como um rio. E realmente — na minha imaturidade e falta de crescimento espiritual — não achava que alguém era ungido ao menos que pudesse pregar como uma serra elétrica, movendo os braços como um moinho de vento. Eu não gostava de ensinar. Embora ensinasse na classe de escola dominical da igreja que pastoreava, nada me alegrava mais do que o término da aula da escola dominical de modo que pudesse pregar novamente. Eu detestava tanto ensinar que só olhava a lição que devia ensinar 45 minutos antes do início da aula.

  Fiz um trabalho razoável. A classe cresceu e as pessoas eram abençoadas. Mas ficava tão satisfeito quando a mesma terminava, que respirava aliviado e dizia: "Obrigado, Senhor, que terminou até a semana seguinte." Eu não gostava de ensinar. Não fazia parte de mim. Mas numa tarde de uma quinta-feira em junho de 1943, na casa pastoral daquela igreja, enquanto caminhava pela sala para o quarto, às três horas da tarde, subitamente algo foi implantado dentro de mim.

  A melhor maneira que sei de explicar o que aconteceu é dizendo que foi como se uma ficha telefônica fosse colocada dentro de mim. Você pode ouvir a ficha cair dentro do telefone. Quase pude ouvir o que foi colocado em mim. E sabia que podia senti-lo. Algo foi implantado em mim. Veio do céu.

 Parei e fiquei imóvel, porque o Espírito de Deus estava sobre mim. E, sem pensar, estas palavras fluíram de minha boca: "Agora posso ensinar." Eu sabia o que era pelo Espírito de Deus. Era um equipamento divino. Era uma capacitação divina para ensinar.

  Eu gosto de experimentar as coisas — é parte de minha natureza. De modo que comecei a exercitar o dom de ensino nas reuniões de quarta à tarde. Comecei exercitando-o somente naquela reunião. Seis a oito mulheres reuniam-se regularmente às quartas-feiras às 2:30 da tarde para orar.

  Elas eram as guerreiras de oração que carregavam os fardos de muitos outros. Continuamos a orar, mas também comecei a ensinar sobre outros assuntos, exercitando o dom de ensino.

   Nunca fiz nenhuma propaganda pública daquela reunião. As pessoas sabiam que as senhoras vinham e oravam, mas nunca mencionei no púlpito que tinha começado a ensinar. Contudo, aquelas mulheres disseram aos seu maridos o que estava acontecendo. Alguns deles tiravam licença em seus serviços para virem àquela reunião. Disseram a outros. O público cresceu. Logo o templo estava cheio às 2:30 horas da tarde de quarta-feira — e não se via algo assim naqueles dias.

  Aquilo me surpreendia. Às vezes movia minha cabeça maravilhado porque uma unção maior permanecia sobre mim quando permanecia ensinando calmamente do que quando pregava no topo de minha voz, agitando os braços como um moinho de vento.

  G. Um mestre não é um mestre meramente por habilidade natural ou inclinação natural ao ensino.

  1. A inclinação e a capacidade natural podem fornecer um pano de fundo para este dom - porém o dom de ensino não é um dom natural; é um revestimento divino para ensinar a Palavra de Deus.

  a. Conheci pessoas que eram professores antes de nascerem de novo. Então foram salvas e cheias do Espírito e tornaram-se professores capazes de classes bíblicas em suas igrejas. E era certo que assim o fizessem. Mas isto não é o dom do ministério de ensino em demonstração.

  H. Nenhum ministério de ensino no poder do Espírito é seco! Ele comunicará rios de água viva.

  1. Paulo descreveu o ministério de ensino como aquele que rega.

  1 CORÍNTIOS 3.6-9

  6 Eu plantei, APOLO REGOU; mas o crescimento veio de Deus. 7 De modo que nem o que planta é alguma coisa, NEM O QUE REGA, mas Deus que dá o crescimento. 8 Ora, o que planta e O QUE REGA são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho. 9 Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.

a.   Um ministro do Evangelho estava ministrando em uma área dos Estados Unidos famosa pelas estufas de plantas e viveiros. Um cavalheiro idoso da igreja convidou o ministro visitante para ver a estufa onde cultivava as plantas. O ministro ficou surpreendido com o que viu. Ele disse: "Nunca vi um crescimento tão exuberante."

 Dois anos mais tarde o ministro voltou à área. Pediu para ser levado à estufa novamente. "No momento em que entrei," ele disse, "pude ver que alguma coisa estava errada." Ainda era a mesma estufa. Tinha os mesmos tipos de plantas. Mas elas não eram tão exuberantes. Havia uma diferença notável. "Não é como era há dois anos. O que aconteceu?" ele perguntou aos criados. Eles sabiam o que estava errado, e responderam: "O cavalheiro idoso que cuidava das plantas e as regava corretamente morreu. Agora temos outra pessoa fazendo isso."

  b. Muitas obras de Deus foram arruinadas porque o processo de irrigação não estava lá para encorajar as pessoas a permanecerem na graça de Deus e para tornarem-se um belo jardim no Senhor.

  c. Quando o processo de irrigação — isto é, o ensino da Palavra de Deus — é por meio de um dom do ministério chamado e equipado para ensinar, ele refrigerará e reavivará as pessoas, da mesma forma que uma planta fica fresca e refrigerada quando é regada. d. Se o ensino não renova, refrigera e reaviva, então não é feito no poder do Espírito.

  2. Apoio era um mestre. A Bíblia diz que "ele os auxiliou muito".

  ATOS 18.27 27

  Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos, e escreveram aos discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles QUE mediante a graça haviam crido;

  a. Estas pessoas já tinham crido na Palavra pela graça — já eram salvas.

  b. Colocando o seu dom de ensino em operação, Apoio as auxiliou muito.

  I. Divisões podem ser causadas pela incredulidade e dureza de coração, mesmo quando o ensino é no poder do Espírito baseado na Palavra de Deus.

  1. No ministério de Jesus isso aconteceu. Não aceitaram seu ensino. Numa ocasião a Bíblia diz: A vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele (Jo 6.66).

  J. Um verdadeiro mestre do evangelho da paz nunca irá ensinar o erro doutrinai que irá dividir o Corpo de Cristo. Ele não irá causar divisão devido ao que ensina.

  K. Contudo, não podemos abrir mão dos princípios elementares da doutrina de Cristo.

  1. Em Hebreus 6.1,2 temos os princípios elementares da doutrina de Cristo. Essas coisas são fundamentais e não podem ser comprometidas.

  a. Arrependimento de obras mortas

  b. Fé em Deus c. Ensino de batismos

  d. Imposição de mãos e. Ressurreição dos mortos f. Juízo eterno

  L. Outras coisas não são fundamentais e você não quer causar divisão.

  M.Use de sabedoria

  1. Não tente converter todos os cristãos à mensagem da fé pela sua força. Alguns nunca a aceitarão. Ame-os de qualquer maneira, porque o Senhor os ama e não esquecerá deles.

  N. O trabalho de um mestre é edificar, não despedaçar.

  1. Cristo deu os mestres para a edificação (construção) do corpo de Cristo (Ef 4.11,12).

  2. Edificar significa construir. Ele não deu os mestres para dividir o corpo. a. Se você vê algo que está causando divisão — mesmo que seja verdade — deve abrir mão daquilo.

  b. Paulo disse à igreja de Corinto e aos cristãos hebreus, com efeito: Há algumas coisas que eu gostaria de dizer-lhes, mas vocês não poderiam suportar, deforma que não direi a vocês (1 Co 3.1,2; Hb 5.11-14).

  Ele ainda os amava; Eles eram nenês. Eles precisavam crescer.

 O. Os mestres devem sempre estar abertos e prontos para receber novas revelações da verdade da Palavra de Deus.

  1. A revelação marca o ministério de mestre. 2. Seja dócil. Eu não ouviria um mestre que não quer ser ensinado. 3. Mantenha seu coração e mente humildes.

  4. Mantenha uma mente aberta e esteja sempre pronto para aprender.

  5. Não seja um "sabe tudo".

  a. Ainda estou aprendendo, assim como você também está aprendendo. Não seria terrível se tudo o que soubéssemos fosse só o que sabemos hoje?

  b. Deus tem me trazido a revelação da verdade pela Sua Palavra, e quando ela vem sinto-me tão tolo que digo a minha esposa: "maravilha-me saber o quanto fui tão estúpido."

  c. Quanto mais você aprende, mais você vê que sabe pouco.

  d. Um grande e sábio homem de Deus, W. I. Evans, costumava dizer: "Sabemos muito pouco. Quanto mais aprendemos, mais vemos que pouco sabemos."

  P. Aqui está uma revelação que o Senhor me trouxe. De fato, Jesus disse-me numa visão quando apareceu-me em fevereiro de 1959 e falou-me sobre quais eram os meus ofícios (profeta e mestre). Aquilo me surpreendeu profundamente. E ainda provou-me pela Palavra.

  Primeiro, Ele me disse que eu havia desarrumado meu ministério ao colocar o ministério de ensino em primeiro lugar. Tinha que colocar o ministério de profeta em primeiro lugar.

  Então Ele explicou que em todas as três ocasiões na Palavra onde os ministérios do profeta e do mestre são mencionados, o ministério do profeta é sempre mencionado primeiro.

  1. A uns Deus estabeleceu na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas (1 Co 12.28).

  2. ... E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres (Ef 4.11).

  3. Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo (At 13.1).

  Jesus disse: "O ofício de mestre na igreja é mais importante do que a operação de milagres e os dons de curar."

  Então Jesus explicou o que queria dizer com isto. O mestre é mais importante para a Igreja - para aqueles que já são salvos. Pois é, a operação de milagres ou dons de cura com freqüência indicam o ofício do evangelista, que não é para a Igreja, mas para o pecador.

  Para a igreja, o ensino é mais necessário porque os santos precisam ser ensinados, edificados, e amadurecidos pelo ensino da Palavra. Além disso, a operação de milagres e os dons de curar (ou qualquer dom espiritual) nunca firmam um cristão na fé. Mas ensinar a Palavra firmará.

  Alguns acham que o dom ministerial de ensino é um chamado inferior. Não é. Lembre-se: todos nós precisamos uns dos outros.

   Kenneth e Hagin

 - os dons do ministéri


            

Nenhum comentário:

Postar um comentário