Lição 5: Dons de Elocução
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CPAD : Dons Espirituais e Ministeriais
TEXTO ÁUREO
“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!”
(1Pe
4.11).
VERDADE PRÁTICA
Os
dons de profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas são
para edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
1
Coríntios 12.7,10-12; 14.26-32.
1
Coríntios 12
7 – Mas a
manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.
10 – e a
outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de
discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a
interpretação das línguas.
11 – Mas um só
e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada
um como quer.
12 – Porque,
assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos,
são um só corpo, assim é Cristo também.
1
Coríntios 14
26 – Que
fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação.
27 – E, se
alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e
por sua vez, e haja intérprete.
28 – Mas, se
não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
29 – E falem
dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 – Mas, se a
outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 – Porque
todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos
sejam consolados.
32 – E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Expor biblicamente o
dom de profecia.
Explicar o dom de
variedade de línguas.
Examinar o dom de
interpretação de línguas.
INTERAÇÃO
Prezado professor, na lição de hoje estudaremos a respeito dos três dons de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação. Qual o propósito destes dons? Atualmente temos visto muita confusão e falta de sabedoria no uso destes dons, em especial o de profecia, por isso, precisamos estudar com afinco este tema a fim de que não sejamos enganados pelos falsos profetas. Paulo exortou os crentes de Corinto para que eles procurassem com zelo os dons espirituais e em especial o dom de profecia, pois aquele que profetiza edifica toda a igreja. Por isso, ao preparar a lição, ore e peça que o Senhor conceda a você e aos seus alunos os dons de profecia, de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las.
INTRODUÇÃO
O estudo da lição desta semana concentrar-se-á
nos três dons classificados como os de elocução: profecia, variedade de línguas
e interpretação das línguas. Os propósitos destes dons especiais são os de
edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1Co 14.3). Isso porque os dons
de elocução são manifestações sobrenaturais vindas de Deus, e não podem ser
utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim, devemos estudar estes dons com
diligência, reverência e temor de Deus, para não sermos enganados pelas falsas
manifestações.
CPAD - DONS
ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS: servindo a Deus e aos homens com poder
extraordinário
COMENTARISTA:
ESEQUIAS SOARES DA SILVA
5 DONS DE
ELOCUÇÃO
“Se alguém falar, fale segundo as palavras de
Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que
em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o
poder para todo o sempre” (1 Pe 4.11).
Deus sempre
quis comunicar-se com o homem. O relato bíblico sobre a criação do ser humano
demonstra, de modo bem evi dente, que Deus comunicava-se diretamente com o ser
criado. Sem dúvida, ao por o homem no jardim, para deste ser o responsável e guardador,
Deus lhe deu as instruções necessárias, fazendo-lhe ouvir sua voz.
E o
fez, falando diretamente com o ser criado.
Com a
Queda, rompeu-se a comunhão com Deus. Antes, sentiam satisfação em ouvir a voz
de Deus, que lhes parecia música suave, pois foram os primeiros sons que
penetraram em seus ouvidos, naquele mo mento inicial da criação.
A
história se repete. Se o homem, e, muito mais, o crente, não zelar pela
comunhão com Deus, o pecado destrói a comunicação com o Senhor. Mas, no seio da
igreja cristã, Deus comunica-se com seus servos, através da leitura da Bíblia;
através de seus mensageiros, pregadores, ensinadores e líderes, visando sua
edificação.
De modo
sobrenatural, o Senhor usa pessoas, com os dons especiais de expressão verbal,
ou de elocução, para transmitir sua vontade, orientações, exortações e direção
divina. Pelo dom de profecia, Deus supre aquilo que a mensagem costumeira não
consegue alcançar. Quantas vezes, no meio da congregação, um servo ou uma serva
de Deus, que tem esse dom, levanta-se e entrega uma mensagem de exortação, de
alerta, ou de edificação para toda a comunidade presente.
Via de
regra, a profecia autêntica provoca alegria e glorificação a Deus. Em outras
ocasiões, o dom de variedade de línguas é usado por Deus, com interpretação,
para confortar a igreja ou, equivalendo a uma profecia (com interpretação),
consolar ou edificar o seu povo. Infelizmente, nos tempos presentes, percebe-se
que muitas igrejas, ditas pentecostais, substituíram a adoração viva e cheia da
presença do Espírito Santo, por um tipo de liturgia social, em que palmas e
danças tomam o lugar da glorificação a Deus. Os dons espirituais são esquecidos, ou nunca procurados. Não se pode dizer que palmas sejam gestos
ilícitos, de modo algum. Há ocasiões, em que elas cabem bem, na expressão de
louvor.
Quanto
às danças, a nosso ver, era um costume oriental, bem aceito e praticado entre o
povo de Israel. Mas, no culto neotestamentário, não conseguimos constatar,
biblicamente, que haja espaço para essa expressão corporal. Vemos que a
adoração a Deus, em glórias, aleluias e em línguas estranhas, é muito mais
eloquente para a adoração individual e coletiva. E, quando o dom de variedade
de línguas é praticado, com interpretação, é de grande valor para a igreja.
I - DOM DE PROFECIA (1 CO 12.10)
No
Antigo Testamento, havia um “ministério profético”, reconhecido e considerado
por toda a nação. Hoje, não existe esse ministério nas igrejas cristãs. Existem
pessoas ou mensageiros de Deus, que possuem o “dom de profecia”, usado em
determinadas ocasiões, como propósitos definidos, como veremos mais adiante.
Entre os dons ministeriais, objeto de outro comentário, há dom de “profeta”.
No AT,
as palavras entregues pelos profetas não admitiam julgamento, exceto quanto a
seu cumprimento. Quando o profeta era de fato “homem de Deus”, nenhuma palavra
deixava de se cumprir (1Sm 3.19). Se não se cumprisse, era um falso profeta e
era punido com pena de morte (Dt 13.5; 18.20,22). Em o Novo Testamento, os
profetas podem ser julgados ou avaliados (1 Co 14.29). Fico a imaginar se
houvesse punição para os falsos profetas de hoje... O dom de profecia, no Novo
Testamento, possui algumas diferenças, em relação ao ministério profético do
Antigo Testamento.
Na
Antiga Aliança, os profetas, ou mensageiros de Deus, tinham mensagens dirigidas
a todo o povo, à nação de Israel e, em determinadas ocasiões, a pessoas
individualmente, a reis, a profetas e a quem Deus quisesse enviar sua palavra.
Em o Novo Testamento, a mensagem profética é proclamada, no seio de uma igreja
local. Dificilmente, há uma mensagem para toda a nação. Embora essa hipótese
não seja descartada, Deus age e fala como quer.
Deve-se considerar que a profecia, bem como
outras manifestações do Espírito Santo, é absolutamente necessária nos dias
presentes. Concluir que os dons, os carismas, os milagres, sinais e prodígios,
foram apenas para os dias dos apóstolos, é querer reduzir o poder e a ação do
Espírito Santo a uma matriz teológica, acadêmica e intelectualizada, que não se
coaduna com as afirmações da Palavra de Deus.
1. O QUE
É DOM DE PROFECIA
Para
entendermos melhor esse dom, precisamos saber um pouco sobre o significado da
palavra profeta e profecia. No Antigo Testamento, a palavra profeta é navi,
(hb. N ãbi') que se refere ao homem que era inspirado pelo Espírito Santo para
entregar as mensagens de Deus para as pessoas (cf. 2 Pe 1.21). A palavra
profetizar, no Antigo Testamento, é nãbã isto é, “a função do verdadeiro
profeta quando ele fala a mensagem de Deus para o povo sob a influência do
Espírito Divino (1 Rs 22.8; Jr 29.27; Ez 37.10).'
No
Novo Testamento, a palavra grega para profecia é propheteia, formada de dois
termos, d e pro, que significa “adiante”, “antecipado” e phemi, “falar” .
Assim, nesses termos, profecia significa “a declaração do que não pode ser
conhecido por meios naturais (Mt 26.68), é a descri ção antecipada da vontade
de Deus, quer com referência ao passado, presente e futuro (veja Gn 20.7; D t
18.18; Ap 10.11; 11.3”.
Profetizar, no grego, se resume numa palavra,
propheteiiein, que significa “falar em nome de alguém, em favor de alguém”. O
dom de profecia é um dom especial, em que seu portador transmite uma mensagem
para a igreja ou para alguém, na inspiração do Espírito Santo.
Não
pode ser uma mensagem humana, pessoal da parte do que a transmite, mas é falada
numa linguagem humana. É necessário ter cuidado com as distorções que podem
ocorrer na transmissão da mensagem profética, na igreja de hoje. Diz a Bíblia:
“O profeta que teve um sonho, que conte o sonho; e aquele em quem está a minha
palavra, que fale a minha palavra, com verdade.
Que tem
a palha com o trigo? diz o Senhor” (Jr 23.28 — grifo nosso). Não deve haver
mistura da “palha” das “profetadas”, que ocorrem aqui e ali, em certas
igrejas, com o genuíno “trigo” da verdadeira profecia, transmitida por um servo
ou serva de Deus, pela inspiração do Espírito Santo.
Segundo
Raymond Carlson, “A profecia, no Novo Testamento, que difere de uma pregação
comum, é uma manifestação sobrenatural, dada para edificação, exortação e
consolação.
Através
de 1 Coríntios 14.30, entendemos que o dom nos é dado por revelação através do
Espírito”.3 Uma pregação pode ter caráter profético, mas nem toda pregação é
profecia. Raymond Carlson diz que a profecia, “como seu homônimo dom de
línguas, tem de conter elementos de revelação, conhecimento e doutrina”. Aqui,
cabe um esclarecimento.
Sem
dúvida, a profecia resulta de revelação espiritual e de conhecimento, concedido
por Deus. Mas não pode trazer nova doutrina, pois tudo o que consta na Bíblia é
a Palavra de Deus, suficiente e necessária para nossa edificação. Quando o
autor citado diz que a profecia deve conter doutrina, certamente quer dizer que
ela tem que ter fundamento doutrinário ou bíblico. A profecia não pode
acrescentar nada à Bíblia.
2.
FINALIDADE DA PROFECIA
Com o
todos os demais dons espirituais, o de profecia tem propósitos especiais da
parte de Deus para a Igreja de Jesus Cristo. Só deve ser usado de forma
correta, com base na Palavra de Deus. “Mas a manifes tação do Espírito é dada
a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7) ou proveitoso para a igreja. De
maneira bem clara e até didática, o dom de profecia tem três finalidades
básicas, em proveito da igreja: “Mas o que profetiza fala aos homens para
edificação, exortação e consolação” (1 Co 14.3).
1) Edificação
Assim
como um edifício de pedras é edificado pouco a pouco, com a união dos elementos
materiais, com a argamassa própria, da mesma forma, os crentes em Jesus são
“edifício de Deus” (1 Co 3.9).
A
formação espiritual de um discípulo de Jesus começa com a conversão, mas não
para no discipulado inicial. Deve continuar por toda a vida. Pouco a pouco, o
ensino da Palavra e da doutrina do Senhor vai construindo o caráter cristão no
crente. Mas, às vezes, é necessária uma mensagem especial ou específica para
alguém ou para toda a congregação. E aí que Deus usa um profeta para transmitir
uma mensagem da parte de Deus, visando corrigir ou colocar “no prumo”, ou “no
nível” , alguma área da edificação espiritual. Pastores são “serventes” ou
“servidores” do supremo Arquiteto ou Construtor, que é Cristo. Não são perfeitos
na edificação.
Sua
mensagem, mesmo com base na Bíblia, carece de reparos, aqui e ali. Em grande
parte das igrejas, pelo país afora, há grande falta de preparo para o ensino da
Palavra de Deus.
Há
obreiros despreparados até para os mais elementares ensinos bíblicos. Por
misericórdia, o Senhor dá sabedoria até mesmo a pessoas sem cultura para
transmitir sua mensagem, mas, há ocasiões em que só uma mensagem específica,
para determinadas ocasiões, pode suprir o que é indispensável para a edificação
do Corpo de Cristo, no que respeita à igreja local.
2 ) Exortação
Exortar
tem o sentido de “chamar para fora”, para orientar, ajudar e ensinar. Deriva da
palavra grega parakalao, que tem o sentido de confortar, inspirar, defender e
guiar. Exortar não tem o sentido distorcido, entendido por alguns, de que
significa ameaçar, intimidar, ou causar pavor, na igreja. O verbo grego
parakalao tem origem em outra palavra de muito significado, Paracleto, que
significa Consolador, o título que é dado ao Espírito Santo (cf. Jo 14.16;
15.26).
Por
isso, Paulo ensina que quem exorta deve fazê-lo “com toda a longanimidade e
doutrina” (2 Tm 4.2).
Uma
mensagem profética ajuda a entender como aplicar a Profecia Maior, que é a
Bíblia Sagrada, para os dias presentes, quando surgem problemas, situações e
circunstâncias, que não existiam, quando a mensagem bíblica foi escrita. Sem o
ensino da Palavra de Deus e da mensagem profética, há uma tendência para a
ocorrência de desvios de conduta e distorções perigosas no meio das igrejas
locais.
Diz
Provérbios: “Não havendo profecia, o povo se corrompe...” (Pv 2 9 .1 8 a ).
As
inovações e modismos têm tomado conta de muitos redutos pentecostais. A chamada
“teologia da prosperidade” tem causado grandes estragos, com sua filosofia
utilitarista dos dons e da Palavra de Deus. O evangelho antropocêntrico tem dado
ao homem a primazia nas decisões e ensinamentos de muitos líderes. Aberrações
teológicas ou práticas estranhas têm ocorrido, em certas igrejas.
A
“unção do riso” , “a unção do leão”, “a urina ungida”, inventada por
determinada igreja (os cren tes saíram urinando, nas esquinas e ruas de uma
cidade, para “marcar território”), para o pecado diminuir. Em lugar disso, a
pecaminosidade tem aumentado; certo pregador, “celebridade” pregou que seu suor
era ungido, pois seu D N A era ungido.
Com
isso, levou muito dinheiro dos irmãos, além do “cachê polpudo”. Nada disso tem
fundamento bíblico. São ensinos heréticos, que têm grande aceitação no meio de
igrejas e atraem muitos crentes que não conhecem a Palavra de Deus. Deus disse,
no Antigo Testamento: “O meu povo foi destruído, por que lhe faltou o
conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento...” (Os 4.6). Essa palavra aplica-se
de modo bem atual, ao que está ocor rendo no meio dos evangélicos.
3 ) Consolação
O
Espírito Santo é chamado de “O outro Consolador” (cf. Jo 14.16). Ele é o
parakleto prometido por Cristo. Por isso, também usa o dom de profecia, para
transmitir mensagem de consolação aos servos de Deus. Já vimos que o verbo
parakaleo (gr.) significa consolar, confortar. E o que podemos ver em Barnabé,
amigo de Paulo (At 4.36; ver Rm 15-4,5; 1 Co 14.3; 2 Co 1.3,4-7)).
Consolação vem de paraklesis (gr.) e tem o sentido
de “consolar”, “dar alegria”, dar “paz”. Paulo diz que todos os crentes podem
profetizar (se Deus conceder tal dom), visando a consolação da igreja: “Porque
todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e
todos sejam consolados” (1 Co 14.31 — grifo nosso).
Muitas
vezes, infelizmente, o zelo exagerado de alguns ministros, com a palavra e as
normas da igreja local faz com ele se torne agressivo, intolerante e radical. E
esquecem que, no meio da congregação, há dezenas de pessoas que estão experimentando
momentos difíceis e dolorosos em suas vidas. E estão precisando mais do que
nunca de ouvir uma palavra de consolação.
A
exortação pesada, às vezes, é necessária. Mas fazer uso do púlpito para
chicotear as ovelhas, indiscriminadamente, é falta do espírito de consolação.
O Espírito Santo é o mesmo. Ele consolava no Antigo Testamento (SI 23.4; Is
51-12) e continua consolando na Dispensação da Graça (2 Co 1.4; 7.6).
Faltaria espaço literário, sem dúvida, se
pudessem ser registradas todas as mensagens de consolação que Deus tem dado à sua
Igreja, no Brasil e em todos os lugares do mundo. Em cultos de oração, nos
círculos de oração, em tantos lugares; em reuniões informais de oração, Jesus
tem confortado seus servos, principalmente os que sofrem por causa do seu Nome
e do evangelho.
“O Dom
de Profecia, portanto, serve para falarmos sobrenaturalmente aos homens, assim
como o Dom de Línguas serve para falarmos sobrenaturalmente a Deus”.'1
3. ERROS A SEREM EVITADOS NO USO DO DOM DE
PROFECIA
1)
Usar a profecia para guiar a igreja
A
mensagem através do dom de profecia tem como finalidade: “exortação, edificação
e consolação” (1 Co 14.3). Não tem por obje tivo guiar ou direcionar a
administração da igreja local.
A Bíblia Sagrada, a Profecia por excelência,
é o manual da Igreja e tem todas as orientações sobre a administração
espiritual, humana e material da igreja cristã. Vemos, em Atos 13.1-3, que,
quando Deus quis enviar missionário, O Espírito Santo se dirigiu aos líderes,
como Barnabé, Simeão (Níger), Lúcio de Cirene, Manaén e Saulo. Não se dirigiu a
“um profeta” em particular.
2
) Usar o dom de profecia como um “oráculo”
Tendo
em vista a finalidade da profecia, não é correto o crente só fazer as coisas se
consultar um profeta. Essa prática tem endeusado irmãos ou irmãs, a quem Deus
deu o dom, para se tomarem verdadeiros “gurus” de determinadas pessoas. Há
exemplos de profetas, nas igrejas, cujo lar se transformou em lugar de
verdadeira romaria. Há, até, os que praticam a simonia (At 8.18), profetizando
para receber ofertas dos que lhe procuram. Deus pode usar, e tem usado, homens
e mulheres de caráter cristão ilibado, para consolar e orientar casos
específicos de pessoas que precisam de uma palavra específica para eles. Mas é
preciso cuidado. A profecia é para o proveito da igreja e não de domínio
particular.
3
) Usar o dom de profecia como fonte de doutrina
É completamente errado e contraria a Palavra
de Deus. A fonte por excelência de doutrina é a Palavra de Deus. Nenhuma
profecia pode acrescentar ou retirar o que já foi revelado nas Sagradas
Escrituras.
Quem o
fizer, incorre no perigo de ser punido por Deus. “Porque eu testifico a todo
aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes
acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas
neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia,
Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas
neste livro” (Ap 22.18,19).
4)
Usar o dom de profecia de forma descontrolada
O dom
de profecia deve ser usado, na igreja, com decência e ordem. Diz Paulo:
“Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas.
Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.39, 40). A igreja em
Corinto, como já vimos, possuía todos os dons, operando em seu meio. Talvez por
isso, houve que se achasse mais importante ou santo do que os outros que não
possuíam dons, e achavam-se no direito de usar os dons como bem entendessem.
Por isso, o apóstolo exortou quanto à necessidade de ordem e decência no culto.
Quando
este autor liderava a juventude, há quase 30 anos, aconteceu um fato
constrangedor, mediante o uso do dom de profecia.
Um
grupo de jovens e adolescentes passou a reunir-se em casa dos colegas, e
passarem noites inteiras em oração e vigílias. Em princípio, com o
consentimento dos pais, não haveria nada a se reprovar. No entanto, aquele
grupo passou a considerar-se porta-voz de Deus, e a considerar os que não
faziam parte dele como carnais, inclusive este que escreve este texto. Em pouco
tempo, aqueles jovens estavam-se sentindo autossuficientes, e não davam mais
satisfação à igreja e muito menos à direção da mocidade. Um dizia que Deus
estava mandando ir à casa de um irmão para levar uma mensagem. Outro dizia que
Deus lhe falara para irem a outro estado, para dar uma mensagem para um pastor.
Em
certa ocasião, na casa de um do grupo, os jovens se deitaram no chão, rapazes
com as moças, e passaram a noite em vigília. Em dado momento, uma jovem começou
a “ser usada em profecia”. E falou para um jovem: “O teu noivado não é do meu
agrado. A que tenho preparado para ti é o vaso que estou usando”. Se o jovem
que ouvira a mensagem não tivesse convicção do seu noivado teria acabado o
relacionamento com sua noiva, com quem se casou e vive muito bem.
II - VARIEDADES DE LÍNGUAS (1 CO 12.10)
O
fenômeno pentecostal do falar em línguas estranhas (gr. glossolalia) tem dois
aspectos. O primeiro é o falar línguas estranhas como evidência do batismo com
o Espírito Santo. O segundo é o dom de variedade de línguas.
1. EVIDÊNCIADO BATISMO COM ESPÍRITO SANTO
Os
discípulos só entenderam que “o outro Consolador” (Jo 14.6) ou revestimento de
poder (Lc 24.49) houvera sido enviado, no Dia de Pentecostes, quando foram
envolvidos no mover do Espírito Santo, com evidências exteriores e
perceptíveis, que marcavam a nova fase na História da Igreja do Senhor Jesus.
Os
“cessassionistas”, que ensinam que os dons espirituais foram apenas para o
período dos apóstolos afirmam que o batismo com o Espírito Santo é a própria
salvação. Respeitamos os irmãos de outras denominações que creem assim, mas
discordamos dessa teologia “cessassionista” por não se harmonizar com o que o
Novo Testamento ensina sobre o batismo com o Espírito Santo.
A
Igreja de Jesus, hoje, mais do que nunca, precisa do revestimento de poder do
Espírito Santo e da manifestação dos dons espirituais.
Em suas últimas instruções, antes da
Ascensão, Jesus disse aos dis cípulos (que já eram salvos), que eles
receberiam um novo batismo: “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós
sereis batiza dos com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At
1.5). Note-se que o verbo “ser” está no futuro: “sereis”. Eles sentiram que
foram “cheios do Espírito Santo”, quando falaram línguas estranhas a si
próprios: “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras
línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).
Nesse
aspecto, as línguas não precisam de interpretação. O crente pode falar só com
Deus (cf. 1 Co 14.2-28). E pode ser dado a todos quantos buscarem o batismo com
o Espírito Santo.
O
movimento pentecostal não é propriamente moderno. Ao lon go da História da
Igreja, Deus levantou crentes fiéis, que desejavam ver a igreja local movida
pelo poder de Deus. Em 1834, um ministro presbiteriano, Edward Irving
encorajava o falar em línguas em sua denominação. Num a colônia de mórmons, de
Nauvoo, Illinois, em 1855, os crentes criam “no dom de línguas, profecia,
revelação, visões, cura, interpretação de línguas. Em 1873, nas campanhas de
Deight L. Moody, ele encontrou grande avivamento, na Associação Cristã de
Moços. Robert Boyd declarou: “encontrei a reunião em fogo.
Os
jovens estavam falando em línguas e profetizando. Que significaria isso?
Somente que Moody pregara para eles naquela tarde. Em 1875, houve batismos com
o Espírito Santo, em Providence, Rhode Island.
O
pastor R. B. Swan declarou: “No ano de 1875, nosso Senhor começou a derramar
sobre nós de seu Espírito; minha esposa, eu e alguns poucos outros começamos a
proferir algumas poucas palavras na lín gua desconhecida” .5
Os que resolveram examinar a Bíblia sem
preconceito teológico descobriram que o batismo com o Espírito Santo, com
evidência de línguas estranhas, não foi só para o período apostólico. N o ano
de 1900, o jovem obreiro metodista, Charles E Parham entendeu que seu
ministério precisava de algo novo. E, reunindo algumas pessoas, começou a
pesquisar o livro de Atos dos Apóstolos. E descobriu que o batismo com o
Espírito Santo era o que faltava para experimentar o avivamento. Alugou um
casarão não concluído, em Topeka, Estados de Arkansas, EUA, e transformou num
lugar de oração e busca pelo poder de Deus.6
Foram
tantas as pessoas batizadas com o Espírito Santo, com línguas estranhas, que o
movimento inusitado começou a espalhar-se. Em alguns lugares, teve ferrenha
oposição. Em outros, foi bem aceito como algo que faltava ao evangelismo
americano. Pessoas foram curadas milagrosamente, outras receberam dons do
Espírito Santo.
Num
culto, um índio Pawnee entendeu a mensagem que uma irmã entregava em sua
língua. Depois, Parham levou a mensagem pentecostal para Houston, Texas. Ali,
entrou em cena W. J. Seymour, que, recebendo a mensa gem, levou-a para Los
Angeles, Califórnia. Ali, sofreu o mesmo que Parham. Aceitação e rejeição
ferrenha. Mas em 9 de abril de 1906, as pessoas começaram a ser batizadas com o
Espírito Santo.
O local
de reunião ficou pequeno, e ele se mudou com o grupo de crentes para a Rua
Azuza, 312, que se tornou lugar histórico para o movimento pentecostal moderno.
Espalhou-se pelo mundo e chegou ao Brasil em 1911, com os missionários Daniel
Berg e Gunnar Vingren, que se fixa ram em Belém do Pará, onde as mesmas
características do Pentecostes tiveram lugar.
As
pessoas falavam em línguas estranhas, e recebiam dons espirituais, sob a unção
do Espírito Santo.
2. O DOM DE VARIEDADES DE LÍNGUAS
Difere
das línguas como evidência do batismo com o Espírito Santo. Não é um dom dado a
todos os que quiserem. Assim como os outros dons, é dado “a cada um” como o
Espírito quer (cf. 1 Co 12.11,30). Também não é uma capacidade aprendida
humanamente.
Diz Carlson: “Falar em línguas é expressar-se
com palavras que nunca aprendemos, mas que nos são comunicadas diretamente pelo
Espírito Santo. Não se manifesta através de palavras pensadas de antemão ou
vocalizadas pela pessoa que fala” ... “As línguas constituem um milagre vocal e
não um milagre mental. A mente se faz espectadora, e os ouvidos a atendem...”
.7
A mansão inacabada, de Topeka, foi
apelidada de “A Tolice de Stone”, pelo fato de seu dono não ter conseguido
concluí-la. Depois, a construção foi vendida, e Seymour teve que alugar outro
local, à Rua Azuza, 312, Los Angeles.
Com base na Palavra de Deus, podemos dizer
que o dom de variedade de línguas tem finalidades múltiplas:
1)
Edificação da igreja
Com o
vimos, os dons não são dados para promoção pessoal de quem os possui.
Todas
as manifestações espirituais, concedidas pelo Espírito Santo, são para a
edificação no seio da igreja cristã. Paulo diz que todos os dons devem contribuir
para a edificação da igreja: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais,
cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem
interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 C o 14.26).
Essa
exortação tem caráter atualizadíssimo para os dias presentes. Desse modo, uma
finalidade fundamental do dom de variedade de línguas é “transmitir à Igreja
uma mensagem em línguas, e, por isso, precisa de interpretação para que aquela
seja edificada.
Essa interpretação é feita pelo dom de interpretação
de línguas”.8 Trata-se de um milagre, pois quem fala as línguas bem como quem
as interpreta não as conhece. “Trata-se de uma língua verdadeira, seja de
homens ou de anjos (cf. 1 C o 13.1), conforme o Espírito Santo concede que se
fale (cf. At 2.4 )” .9
2
) Edificação pessoal
A
variedade de línguas pode ser útil para a edificação pessoal. Paulo ensina
sobre isso de maneira bem clara: “O que fala língua estranha edi fica-se a si
mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Co 14.4). No caso de o crente
falar línguas, para sua edificação pessoal, não há necessidade de
interpretação. “Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale
consigo mesmo e com Deus” (1 Co 14.28). Ê um dom valioso para a edificação
pessoal. O crente, cheio do Espírito Santo e edificado por Deus, pode ser usado
nas reuniões para a edificação da igreja, através do dom de interpretação de
línguas.
Daí, a necessidade da busca pelo dom de interpretação: “Assim,
também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a
edificação da igreja. Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a
possa interpretar” (1 Co 14.12,13). Dessa forma, fica bem claro que o dom de
variedade de línguas pode servir para a edificação da igreja, desde que haja
interpretação sobrenatural, concedida pelo Espírito Santo.
3
) Glorificação a Deus
O livro
de Atos dos Apóstolos registra o episódio da ida de Paulo à casa do centurião
Cornélio, por revelação do Espírito Santo (cf. At 10.3-8; 18-20).
Os
judeus tradicionais que se encontravam ali ficaram maravilhados, pois ouviam as
pessoas falando línguas estranhas em adoração a Deus. Na descida do Espírito
Santo, no D ia de Pentecostes, as pessoas de diversas nações, ali presentes,
ouviam os apóstolos, após o batismo com o Espírito Santo, “falar das grandezas
de Deus” (At 2.11).
Nada
mais natural, essa finalidade, pois Jesus disse que enviaria o Espírito Santo
com a missão de anunciar a Cristo, e glorificar ao Senhor: “Ele me glorificará,
porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (Jo 16.14). Se um dom
não glorifica a Cristo, em sua manifestação, não deve ser considerado
proveniente do Espírito Santo.
4)
Comunicação sobrenatural da parte de Deus
Gordon
Chown relata o caso, ocorrido em 1906, de uma jovem suíça, da área de fala
alemã, chamada Maria Gerber, que foi para os Estados Unidos, para estudar num
Instituto Bíblico. Seu irmão foi esperá-la, no porto, e, de imediato
convidou-a para ir orar por um amigo doente. Ela se recusou de pronto, dizendo
que não faria nada no país, antes de aprender a falar inglês.
O irmão
deixou-a em casa, e foi fazer a visita sozinho. Mas o Espírito de Deus
inquietou a jovem Maria, fazendo-a sentir que não consultara a vontade de Deus.10
Ela de imediato, saiu pelas ruas, com o endereço que fora dado pelo irmão, e,
sem saber uma palavra em inglês, perguntava aos guardas como chegar lá. Foi
muito difícil, mas conseguiu chegar à casa do doente, onde seu irmão já estava.
E começou a orar em alemão pelo enfermo para que Jesus o curasse. Porém, o
sobrenatural aconteceu. Ela foi tomada pelo Espírito Santo, e começou a orar em
inglês perfeito, e o doente foi curado de imediato.
Não só
isso, mas Maria recebeu o dom de variedade de línguas, e passou a falar inglês
fluentemente, realizando seus estudos sem dificuldades, e orando pelos que
precisavam de sua ajuda.
Dizer
que esse dom foi apenas para a época dos apóstolos é sem dúvida um preconceito
contra o próprio poder ilimitado do Espírito Santo.
5
) Sinal para os descrentes
Praticamente, todo o capítulo 14 da primeira
carta de Paulo aos coríntios se refere ao uso dos dons, nas reuniões da igreja
local. Ali, ele orienta quanto à ordem e aos cuidados no uso dos dons. Com re
lação ao dom de línguas, ou variedade de línguas, ele diz que o falar línguas,
na congregação, deve ser acompanhado da interpretação de línguas para que a
igreja possa ser edificada (1 Co 14.13-17).
As
línguas servem para edificação da igreja, desde que sejam interpretadas para
toda a congregação. E também servem de “sinal” para os não crentes, da mesma
forma, se houver interpretação profética.
2.2. EQUÍVOCO QUANTO AO BATISMO COM O
ESPÍRITO SANTO E O DOM DE LÍNGUAS
Intérpretes da linha “cessacionista” entendem
que, assim como o batismo com o Espírito Santo, com sinais de línguas
estranhas, foi apenas para o período apostólico, os dons espirituais também
perderam sua necessidade e valor para os dias presentes. Jean Jacques Dubois"
afirma que a crença no batismo com o Espírito Santo, como “uma segunda bênção”,
distinta da salvação, é “confusão doutrinária” e “obra do Diabo”.
Para ele,
a confusão se dá pelo desconhecimento das expressões “batizados no Espírito
Santo” e “cheios do Espírito Santo”.
Esse
autor diz que “nenhum versículo da Escritura exorta o cristão a ser ‘batizado
com o Espírito’, o que seria um contrassenso!”. Ele incorre no erro de muitos intérpretes
da Bíblia que fazem exegese, ao invés de exegese.
No
primeiro caso, procura-se adaptar o texto bíblico ao que se quer a partir de ideias
preconcebidas e cristalizadas como doutrina. N o segundo, o que é correto,
procura-se extrair do texto bíblico o que de fato o escritor queria dizer ao
escrevê-lo. Isso se faz através da Hermenêutica cristã, que nos ajuda a
interpretar a Bíblia de modo correto.
O autor
cessassionista diz que nenhuma exortação existe para que se busque o batismo
com o Espírito Santo. Mas o que Jesus disse aos discípulos? Que eles seriam
batizados com o Espírito Santo (At 1.4,5). E acrescentou, respondendo a uma
pergunta dos discípulos sobre a restauração de Israel: “Mas recebereis a
virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”
(At 1.8).
O
referido autor não dá o menor valor aos escritos do livro de Atos dos
Apóstolos. Ele critica os pentecostais dizendo:
“E impressionante ver que a argumentação dos
escritores pentecostais se apoia em grande parte no livro de Atos e em
modalidades de experiências de indivíduos ou de grupos de indivíduos'.
Para
ele, o fundamento dos escritores pentecostais “é tirado de um livro que contém
mais história que um ensino” (grifo nosso).12 Esquece o autor crítico que esses
“indivíduos” e “grupos de indivíduos”, que são exemplos claros de batismo com o
Espírito Santo, com línguas estranhas, não são “indivíduos” quaisquer. Seus
exemplos, da experiência pentecostal, são fundamento para a doutrina do batismo
com o Espírito Santo.
A partir dessa visão limitada e distorcida
sobre o batismo com o Espírito Santo, Dubois rechaça a atualidade dos dons
espirituais. Para ele, a igreja do século X X e do século atual não precisam
mais das manifestações do Espírito Santo, através dos nove dons de 1 Coríntios
12.
Ele
passa de largo na questão dos dons espirituais. Em todas as páginas de seu
livro, apenas se refere aos dons, e assim mesmo, enfatizando os aspectos
negativos, ocorridos na igreja dos coríntios, onde havia “desordem e divisão”.
Ele considera os dons como “experiências especiais” apenas para os apóstolos,
visto que esses não tiveram sucessores, pois viveram num “tempo de transição” .
Mas não fundamenta sua interpretação crítica em qualquer dos versículos do Novo
Testamento
Segue os ensinos dos teólogos cessacionistas, que ignoram o valor e a
atualidade dos espirituais.
III - INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 CO
12.10)
Já
vimos que o dom de línguas propicia mensagens de edificação para quem o possui
e que, para a edificação da igreja, necessita de interpretação. E isso é
possível, através do dom de interpretação de línguas. Essa concomitância, entre
os dois dons não havia no Antigo Testamento.
1. O QUE É O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE
LÍNGUAS
O pastor Antônio Gilberto ensina que “É um
dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural, pelo Espírito Santo. Não
se trata de “tradução de línguas” , mas de “interpretação de línguas” .13
O dom
de línguas prescinde do dom de interpretação de línguas, para que seja útil
para a edificação da igreja. Paulo deu precioso ensino à igreja de Corinto
sobre o uso dos dons. Ao que parece, o dom de línguas era muito usado, mas sem
o necessário equilíbrio espiritual e emocional. Esse dom deve andar lado a lado
com o dom de línguas, no seio da igreja cristã. São “dons geminados” .
Gordon
Chown diz que “A interpretação é tão milagrosa quanto a própria Língua — e
isto quer dizer que quem possui o Dom de Línguas não vai procurar decifrá-la
com a mente, mas sim, pede e recebe a Interpretação da mesma fonte divina de
onde surgiu a Língua”.14 Isso não quer dizer que o dom de interpretação de
línguas é outro tipo de dom de profecia.
A profecia é autossuficiente em sua ação para
quem a ouve. O dom de interpretação de línguas depende da mensagem em línguas,
para que tenha eficácia.
2. FINALIDADE DO DOM DE INTERPRETAÇÃO DE
LÍNGUAS
Com o é
óbvio o que o nome diz, a finalidade principal é a interpretação da mensagem,
transmitida à igreja, através do dom de línguas. No culto pentecostal, deve
haver sabedoria e humildade no uso dos dons. Não é comum haver quem tenha os
nove tipos de dons. Normalmente, o Espírito distribui “a cada um como quer” .
Quanto
mais dons houver numa igreja local, maior será sua edificação espiritual. A
Palavra de Deus é a fonte primária e mais importante para a edificação do
crente. Mas, como vimos, os demais dons também contribuem para a edificação da
igreja.
Conclusão
Os
dons de elocução têm grande efeito na transmissão da mensagem da parte de Deus
para os crentes nas igrejas locais. Paulo diz que os dons devem ser procurados,
pois ele sabia o valor das manifestações espirituais para a vida dos crentes
de sua época. Ainda que haja pessoas, em diversas igrejas, que não aceitam a
atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais, graças a
Deus, a realidade dos dons, nas igrejas cristãs que aceitam o Pentecostes hoje,
têm sido beneficiadas pela presença do poder do Espírito Santo em seu meio.
Historicamente, são as que mais crescem,
numericamente, em graça e unção de Deus. Oremos para que o avivamento não se
apague, no meio das igrejas cristãs, até a Volta de Jesus.
Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Elinaldo Renovato
de Lima
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
.«..
.edificando...» No original grego, essa palavra era usada para indicar
a ereção literal de edifícios, conforme se vê em Mat. 2:41 e Marc. 13:1,2.
Porém, também era usada metaforicamente, no sentido de edificação espiritual,
como um meio de desenvolvimento espiritual. (Ver também I Cor. 8:1, onde essa
palavra é explanada. E outras referências onde essa palavra reaparece são I
Cor. 10:23; 14:4,17; Rom. 15:20; Gál. 2:18 e I Tes. 5:11). Tal como um edifício
qualquer é levado à sua totalidade e utilidade, mediante um processo contínuo
de edificação e aprimoramento, assim também se dá no caso da alma humana, ou
mesmo da comunidade de almas remidas. Torna-se necessário um desenvolvimento
gradual; porquanto nenhum crente se aperfeiçoa imediatamente, e nem de maneira
fácil.
A profecia é o dom espiritual que mais
contribui para o nosso desenvolvimento em CRISTO, para nossa transformação
moral em CRISTO, para nossa transformação metafísica à imagem de JESUS CRISTO.
Por essa razão é que o dom profético se reveste de tanta importância. De fato,
de alguma maneira, todos os dons espirituais visam exatamente esse propósito, o
desenvolvimento espiritual do crente, segundo a imagem moral e metafísica de CRISTO,
conforme aprendemos em I Cor. 12:7.
«..
.exortando...» No sentido de exercer a vontade, para que se faça o que é
direito, e não para que se faça o que é mal. Essa palavra pode significar
«exortação» (ver Fil. 2:1), «consolo» (verII Cor. 1:4-7), «súplica» (ver II
Cor. 8:4), ou mesmo a combinação de exortação e consolo, que também é
«encorajamento» (ver Heb. 6:18). Está em pauta o despertamento da vontade para
que se faça o que é correto e próprio. A maioria dos intérpretes entende que
aqui se deve compreender a «exortação» no sentido de «encorajamento».
Assim sendo, mediante o dom da profecia, o
indivíduo pode ser encorajado, exortado, consolado, sujeito a uma súplica,
porquanto compreende o que se diz; e aquilo que ouve tem a energia do poder do
ESPÍRITO de DEUS. Sem o acompanhamento da interpretação, entretanto, o dom de
línguas não pode conseguir tal efeito; por conseguinte, as línguas formam um
dom inferior ao da profecia.«...consolando...»
No
original grego, um vocábulo diferente do anterior é usado aqui, embora essas
duas palavras pudessem ser sinônimas, ambas as quais dão a entender «consolo»,
embora a palavra que ora consideramos significa especificamente isso. Sua forma
verbal, «paramutheomai», significa «animar», «encorajar», «consolar».
Por
conseguinte, sua forma nominal significa «encorajamento», «consolo». Há uma
outra forma nominal dessa palavra que também significa «encorajamento»,
«consolo» ou «alívio». (Ver Sófocles, El. 129; Thu. 5, 103, 1; Epigr. Gre.
951,4; Filo, Praem. 72; Josefo, Guerra dos Judeus 6,183; 7,392). Muitas são as
aflições e as tristezas pelas quais devem passar todos os crentes. Pode-se
observar facilmente, na experiência humana, que os crentes não são poupados, em
qualquer sentido, da tristeza geral e das dores que afligem a humanidade em
geral. No entanto, em CRISTO, mediante o dom da profecia, há alívio para tais
sofrimentos.
Ouvimos
falar acerca da providência de DEUS, de seu amor e cuidado, de seu propósito, e
a mente do crente é levada a compreender assim o propósito da agonia, bem como
a esperança relativa ao futuro, quando toda a adversidade será finalmente
eliminada, e quando a própria morte física (o pior dos males físicos) houver de
ser tragada na vitória. Ora, o falar em línguas, sem a ajuda da interpretação,
não pode realizar isso, não pode consolar, fortalecer, encorajar. Por isso é
que o dom de línguas é inferior à profecia.
Por esses motivos é que a profecia, no dizer
de Findlay (in loc.), «...serve para melhor edificar a igreja cristã, para
estimular a vontade dos crentes e para fortalecer o espírito
cristão».«Edificação, ânimo, encorajamento, conforme a necessidade de cada um».
(Shore, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo
📌Não desprezeis as profecias (20)Examinai tudo (21;
“discerni tudo”, BJ; “usem o bom senso a todo custo”, CH; “examinai tudo
cuidadosamente”, NASB; “ponham à prova todas as coisas”, NVI; cf. BAB, BV,
NTLH; “julgai todas as coisas”, RA). Estas últimas três exortações na passagem
equilibram as primeiras duas. O julgamento cristão, o bom senso, o exame
criterioso são ações imprescindíveis na vidada igreja. Isto também é o ESPÍRITO
que dá (cf. 1 Co 14.29; 12.10, onde “discernir” é um dos dons).
Erdman
escreve: “Paulo não especifica as provas a serem aplicadas. Em outra passagem,
ele dá a entender que todos os dons espirituais devem ser exercidos em amor,
que o verdadeiro propósito dos dons deve ser a edificação das pessoas e que as
pessoas que são movidas pelo ESPÍRITO reconhecerão o senhorio de CRISTO e se
empenharão em promover a sua glória”.41Retende o bem (21). Quando o trigo e o
joio forem separados, retenha o trigo. Quando descobrir a falsificação pelo som
do metal genuíno, mantenha o que é de valor. Ninguém jamais ficou rico apenas
descartando o que é espúrio. Esta é a ilusão do crítico destrutivo.
Árnold E. Airhart. Comentário Bíblico Beacon.
Editora CPAD. Vol. 9. pag. 400. I Tes 5.19
📌“Não apagueis o ESPÍRITO!”
ESPÍRITO SANTO é fogo! Será que ainda estamos
conscientes disso, nós que consideramos a sã doutrina como marca essencial da
verdadeira igreja e temos tanta predileção pela sua temperatura amena? A
instintiva e apaixonada aversão de Lutero contra todo “entusiasmo”, que tornou
ainda mais difícil e negativo seu encontro com todo tipo de movimentos
complicados na época da Reforma, fez da preocupação com “fanatismo” um traço
fundamental das igrejas evangélicas.
Sempre que há um fogo flamejando, tememos
imediatamente o nefasto incêndio que ameaça o edifício da igreja. Por essa
razão é típico para a histórica eclesiástica evangélica que os novos movimentos
nela nunca foram saudados com alegria, mas sempre foram inicialmente alvos de
suspeita e combate.
“Apagar” fogo questionável aparece como uma
das principais tarefas da direção da igreja e da teologia. Paulo, porém,
adverte justamente de forma oposta: “Não apagueis o fogo do ESPÍRITO SANTO!”
Logo já
deve ter havido uma tendência nessa direção na jovem igreja –uma constatação
surpreendente para nós. Talvez era essa a tendência naquela parcela da igreja,
que via com preocupação a conduta inquieta e agitada dos “desordeiros”, aos
quais a exortação de 1Ts 4.11 se dirigia em particular e contra os quais 2Ts
investe de forma ainda mais incisiva. Nesse caso teríamos aqui de fato um
paralelo com acontecimentos da época da Reforma.
Mas
então é particularmente digno de nota que justamente pessoas como Paulo e seus
colaboradores não tirem aquelas conclusões temerosas que impregnaram nosso
sangue, mas advertem aquele grupo crítico da igreja contra todas as tentativas
de “apagar”! Também aqui Paulo foi novamente capaz de unir coisas aparentemente
contraditórias: “Empenhai tudo para serdes tranquilos” e “Não apagueis o
ESPÍRITO”. Nada pode ser mudado na natureza de fogo do ESPÍRITO, e o fogo
procura e precisa queimar.
Quando
se ignora isso, obtém-se aquele “ESPÍRITO SANTO” cuja existência é apenas
postulada dogmaticamente, mas não mais experimentada pela igreja de forma viva
e irrefutável.
Aquele efeito e dom do ESPÍRITO que para Paulo
sempre foi o mais importante e digno de ser conquistado (1Co 14.1; o “amor” não
constitui dom do ESPÍRITO, mas fruto do ESPÍRITO! – Gl5.22) é o propheteuein, o
“profetizar”. Conforme 1Co 14.24s propheteuein na igreja também é, sobretudo, o
dom de ver e denunciar com força penetrante as condições essenciais de pessoas.
Dependendo de cada caso, essas palavras também podem ter sido associadas a anúncios
de juízos divinos e manifestações divinas da graça. Tais “profecias” também
havia em Tessalônica.
Novamente
parece que nelas também podem ter emergido críticas na igreja. Ainda que agora
já lancemos um olhar prévio sobre a segunda carta, capazes de deduzir dela
consequências para a realidade na época da primeira, podem ter sido
manifestadas várias “profecias” que começavam a clamar “por meio do ESPÍRITO”
(2Ts 2.2): “O dia do Senhor chegou!”.
O grupo
sensato da igreja se defendia com razão contra tal “fanatismo”. Mas tirava
disso diretamente a conclusão genérica a que se chegou na época da Reforma: de
nada valem todas essas “profecias”. E agora é novamente muito grandioso e
importante que Paulo – que neste caso específico dava toda razão à crítica! –
não concorda simplesmente com isso: “muito bem! O melhor é que vocês deem fim a
todo esse profetismo!”, mas pelo contrário adverte: “Não menosprezeis as
profecias.”
Apesar
de tudo prevalece, e precisa prevalecer, o cumprimento da promessa de Joel por
ocasião de Pentecostes: “Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos
jovens terão visões, e sonharão vossos velhos” (At 2.17).
É
preciso que vigore o anseio de pessoas como Moisés: “Tomara que todo o povo do
Senhor fosse profeta!” (Nm 11.29). Apesar de todas as difíceis e amargas
experiências da igreja de DEUS até nos nossos dias, isso precisa continuar
assim! O fogo do ESPÍRITO precisa queimar e enviar suas chamas, do contrário
restará tão-somente lava endurecida, da qual os teólogos fabricam suas peças
doutrinárias.I Tes 5. 21s
Todavia: “Julgai todas as coisas, retende o
que é bom; abstende-vos de toda forma de maldade.”
Novamente a palavra apostólica unifica
questões opostas. Quando pessoas produzem percepções através do ESPÍRITO SANTO
e anunciam atos divinos, será que resta aos ouvintes somente uma coisa: a
sujeição obediente? “Assim diz o Senhor” - será que neste caso ainda podemos
“julgar”? Porventura os profetas da antiga aliança não exigiram de rei,
sacerdote e povo a aceitação incondicional da palavra? No AT com razão! Mas na
igreja de JESUS não apenas os “videntes” possuem o ESPÍRITO SANTO, mas todos, ou
seja, também os ouvintes das profecias! Justamente porque na nova aliança não
apenas ditos proféticos isolados são inspirados pelo ESPÍRITO, mas todo o
coração está continuamente repleto dele, os ditos divinos já não aparecem mais
tão inequivocamente destacados ao lado dos pensamentos e sentimentos humanos.
Vimos
anteriormente que para o NT todo falar dos crentes deve ser “palavra de DEUS”.
Nesse caso, porém, pode ocorrer com uma maior facilidade do que no AT que os
“profetas” involuntária e desavisadamente mesclem dádivas do ESPÍRITO e ideias
próprias, coisas espirituais e psíquicas. Por isso na nova aliança também há
uma necessidade bem maior do que na antiga de “examinar as profecias”.
Portanto, o caminho genuíno passa exatamente no meio termo entre menosprezo e
supervalorização!
Quando, enfim, a igreja de JESUS em todo o
mundo se recuperará a atitude de, por puro medo do “fanatismo”, não apagar
constantemente o ESPÍRITO, sendo por isso pobre de fogo, vigor e dons? Quando
ela deixará de ser refém acrítica de todo movimento que parece possuir algo
“vivo”, e será realmente capaz de ouvir e julgar?!
O resultado de um exame é sempre duplo. Coisas
boas, valiosas são destacadas. Agora “retende-o”! Não permitais que a palavra
ouvida seja apenas agitação de uma hora, mas acolhei-a em vossa vida e vosso
serviço. Em contraposição, “abstende-vos de toda forma de maldade”.
A
palavra não autêntica, oriunda de nossa própria natureza, sempre pode ser
reconhecida pelo fato de que também possui em si algo de nossa natureza maligna.
Aqui nossa resistência precisa ser implacável. Tão logo surgir algo
indisciplinado ou amargo, sem amor ou egoísta, a igreja precisa declarar seu
não, até mesmo quando isto alega resultar do ESPÍRITO, sendo apresentado com
entusiasmo e exigências.
Talvez possamos
dar mais um passo e ver “o” maligno, o diabo, por trás do mal. Então também
Paulo já teria contado com a possibilidade de que o inimigo tentaria penetrar
na igreja mesclando coisas más e perigosas à proclamação. No presente contexto
a admoestação teria o seguinte sentido: reconheçam o inimigo, o maligno, em
qualquer configuração e disfarce, justamente também no disfarce especialmente
devoto e santo! Rejeitai-o com a mesma determinação com que acolheis o bem.
Evidentemente essa obrigação de examinar e
discernir não é fácil. Seria muito mais belo se pudéssemos aceitar sem
preocupação e com alegria tudo o que penetra em nossos ouvidos no âmbito da
igreja. Mas isso não acontece de acordo com nossos desejos e nossa comodidade.
Os tessalonicenses não conseguem se furtar à verdadeira situação e à
consequente tarefa sem conjurar graves ameaças à vida da igreja. E nós tampouco
o podemos.
Werner de Boor. Comentário Esperança I Carta aos Tessalonicenses. Editora Evangélica Esperança
📍Dom
de profecia
- A mensagem é dada na língua do ouvinte, não há necessidade de intérprete.
Dom de interpretação de línguas - A mensagem é
dada em línguas espirituais ou estranhas e necessita de um intérprete ou o
mesmo que a fala deverá interpretá-la para que o ouvinte a entenda.
INTERPRETAR, INTÉRPRETE
O substantivo"intérprete" (gr.
diermeneutes, a pessoa que explica totalmente ou interpreta) é usado no NT
apenas em 1 Coríntios 14.27,28. O verbo dessa raiz ocorre em 1 Coríntios 12.30;
14.5,13,27.
No cap.
14, Paulo instrui que o falar em línguas em uma assembleia da igreja deve
ocorrer de uma maneira ordeira, mas somente quando houver um
"intérprete" presente, pois somente então isso será edificante.
Aquele que fala em línguas deve orar para que ele mesmo possa interpretar
(v.13). Um dos propósitos do dom de línguas era que um inconverso pudesse ouvir
a mensagem em seu próprio idioma, como aconteceu com aqueles que estavam
presentes no Pentecostes (At 2.8), e depois ouvi-la interpretada por um outro
que não conhecesse aquela língua. Isto seria, portanto, um milagre duplo,
contudo um milagre que correspondesse especificamente ao ouvinte.
No AT,
José atuou como um intérprete (do heb. pathar) de vários sonhos (Gn 40-41).
Daniel convenceu Nabucodonosor de sua habilidade, dada por Deus, de fornecer a
interpretação (aram. p'shar) ou a explicação do sonho do rei, primeiramente
dizendo ao rei o que este viu no sonho (Dn 2.5-45).
Posteriormente, Daniel revelou a interpretação
do sonho de Nabucodonosor da grande árvore que havia sido derrubada (4.8-27), e
da escritura na parede do palácio de Belsazar (5.12-28). A palavra pesher,
"interpretação" (Ec 8.1), tornou-se o termo padrão para as
explicações, ou comentários, dos livros canônicos do AT pelos membros da
comunidade de Qumrã.
R. A. K.PFEIFFER .Charles F. Dicionário
Bíblico Wycliffe.
Pr.
Fabio Segantin apresenta a aula: Dons de Elocução. Inscreva-se, Curta,
Compartilhe e deixe o seu comentário. Conto com sua interação para que novos
vídeos sejam inseridos aqui no canal. Deus abençoe a sua vida!
✔️ Pra entregar uma profecia eu preciso falar em
línguas estranhas?
✔️ Para entregar uma profecia, eu preciso fechar
os olhos?
✔️ O que significa variedade de línguas? Falar
vários idiomas
ou idiomas celestiais?
✔️ O que seria o dom de interpretação de
línguas?
Essas
e outras questões serão respondidas nessa aula. Assista e deixe o seu
comentário.
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