TEXTO BÍBLICO:
AGEU
1:1-8;
No
segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra
do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel,
governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:
Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada.
Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, dizendo:
Porventura é para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica deserta?
Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos.
Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vestis-vos, porém ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o num saco furado.
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos.
Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei, e serei glorificado, diz o Senhor.
Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada.
Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, dizendo:
Porventura é para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica deserta?
Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos.
Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vestis-vos, porém ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o num saco furado.
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos.
Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei, e serei glorificado, diz o Senhor.
2:23
Naquele dia, diz o
Senhor dos Exércitos, tomar-te-ei, ó Zorobabel, servo meu, filho de Sealtiel,
diz o Senhor, e far-te-ei como um anel de selar; porque te escolhi, diz o
Senhor dos Exércitos.
TEXTO ÁUREO:
A glória desta
última casa será maior do que a da primeira,
diz o SENHOR dos
Exércitos, e neste lugar darei a paz,
diz o SENHOR dos
Exércitos.
Ageu 2:09
Objetivos:
1. Saber que os
que voltaram do cativeiro, eram individualistas, cuidavam dos seus próprios
interesses, a Casa do Senhor estava abandonada e esquecida.
2. Entender que
a nação foi castigada, porém eles não entendiam que os males provinham do
Senhor.
3. Compreender que o
povo se despertou para se acertar com o Senhor, através das advertências.
INTRODUÇÃO
Os estudiosos acham que Ageu recebeu
este nome, porque? No hebraico Hagi ou Hagias à Hagi significa festa.
Provavelmente ele recebeu este nome por ter nascido em dia festivo. Pela
tradição judaica, Ageu retornou do cativeiro babilônico ainda criança, e uma
outra corrente alega que ele era idoso quando escreveu sua profecia, e teria
conhecido o templo, antes de ser destruído.
O que significa livro pós-exílio? Ageu é
um dos três, os outros dois são Zacarias e Malaquias. Com mensagem de exortação
e encorajamento, pois o povo estavam preocupados tão somente com eles mesmos, ninguém
ligava para a situação em que se encontrava o templo do Senhor. O profeta
começou a encorajar o povo a reconstruir a casa de Deus.
PALAVRA INTRODUTÓRIA
- Professor(a), nesta lição você pode
passar exemplos de coisas que ocorrem nas igrejas hoje.
- “por ter nascido em um dia
festivo”, para o judeu o nome era dado de acordo com a ocasião ou circunstância
do nascimento.
- “seu nome não aparece na
lista”, as mulheres e crianças não eram contados em Israel, naquela época.
- “escombros do antigo templo”,
na verdade já haviam começado a obra do templo com Zorobabel Esdras 3.8,
porém eles pararam a obra diante da perseguição Esdras 4.24 Ageu
começa a profetizar com a obra da casa de Deus só nos alicerces.
__/___/___Lição 11 - Ageu, Chegou o Tempo de Reconstruir
Lições da Palavra de Deus 63 - Central Gospel
Lição 11 – AGEU,
CHEGOU O TEMPO DE RECONSTRUIR
Texto base: Ag. 1:1-8; 2:23
Texto áureo: “A glória desta última casa
será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar
darei a paz, diz o Senhor dos
Exércitos.” Ag.2:9
Tema principal: Prioridades, Deus tem
que ocupar o primeiro lugar em nossas vidas.
INTRODUÇÃO
Ao estudarmos este pequeno livro, nos
fica a nítida compreensão de que os propósitos de Deus para seu povo independem
de quem, como, quando, onde as coisas podem acontecer. Ele simplesmente levanta
dos mais simples aos mais nobres, tanto os grandes, como os pequenos, anônimos
ou conhecidos, com ou sem genealogia. O fato é que, Ele mesmo é o autor de toda
a história, e como Senhor de tudo, tem usado seus escolhidos para fazê-la conhecida,
e neste plano, estamos nós inseridos como porta vozes a seguir o exemplo de
Ageu.
UMA
BREVE BIOGRAFIA DO PROFETA
-AGEU, significa festivo. Profeta
contemporâneo de Zacarias.
-Foi o primeiro profeta pós-exílico. Os
outros dois foram Zacarias e Malaquias
-Zorobabel era o Governador de Judá e
Josué o Sumo sacerdote
-Tinha por volta de oitenta anos quando
iniciou seu curto ministério profético.
-É o décimo dos doze “profetas menores”,
assim chamado não por ser de menor importância, mas devido aos poucos capítulos
de seu livro.
-Passou setenta anos no cativeiro
babilônico, retornando com uns 50.000 judeus para sua Pátria, conforme o edito de
Ciro rei da Pérsia (Ed.1:1,2).
-Seus oráculos foram transmitidos em um
período de quatro meses, a partir do segundo ano de Dario em 520 A.C (Ag.1:1,15;
2:1,10), e mesmo assim alcançou grande êxito.
O
LIVRO DE AGEU ESTRUTURA-SE DA SEGUINTE FORMA:
1o Oráculo: O desafio da renovação da
Aliança ( Ag.1:1-6) Uma mensagem de exortação pela negligência do povo.
2o Oráculo:A promessa da
Renovação.(Ag.2:1-9) O segundo templo seria diferente em glória.
3o Oráculo: O chamado à Santidade.
(Ag.2:10-19) Um questionamento para os sacerdotes.
4o Oráculo: Zorobabel com descendente
Davídico.(Ag.2:20-23) Esta profecia tinha caráter messiânico.
Conclusão:
Freqüentemente a Palavra do Senhor
leva-nos a honrar o passado, ao mesmo tempo em que conclama-nos a enfrentar a
realidade do presente. Deus trabalha hoje como trabalhou ontem. Ele no escolheu
como escolheu
Abraão, Davi, Zozobabel, Ageu e garante
sua presença conosco assim como foi com eles no passado também.
Aleluia.
Pb. Jó Neves
AGEU O PROFETA DA
RECONSTRUÇÃO
Reconstrução do Templo – O tempo de
investir na obra de Deus
Palavra-chave:
"PRIORIDADE" "Acaso é tempo de habitardes vós em casas apaineladas,
enquanto esta casa permanece em ruínas?" (1.4).
Palavra-chave:
"PRIORIDADE" O Primeiro profeta pós-exílico. Nos dias do rei Dario na
Babilônia. Em 520 a.C. Zorobabel era o governador e Josué o sacerdote.
DIVISÃO
HISTÓRICA DA BÍBLIA OS PROFÉTICOS 12 MENORES:
OSÉIAS – JOEL – AMÓS – OBADIAS – JONAS –
MIQUÉIAS – NAUM – HABACUQUE - SOFONIAS AGEU – ZACARIAS – MALAQUIAS
OS
PROFETAS E SUA ÉPOCA PROFETA PERÍODO:
JOEL PRÉ-EXÍLICO
JONAS PRÉ-EXÍLICO
AMÓS PRÉ-EXÍLICO
OSÉIAS PRÉ-EXÍLICO
ISAÍAS PRÉ-EXÍLICO
MIQUÉIAS PRÉ-EXÍLICO
NAUM PRÉ-EXÍLICO
SOFONIAS PRÉ-EXÍLICO
HABACUQUE PRÉ-EXÍLICO
JEREMIAS PRÉ-EXÍLICO E EXÍLICO
DANIEL EXÍLICO
EZEQUIEL EXÍLICO
OBADIAS EXÍLICO
AGEU PÓS-EXÍLICO
ZACARIAS PÓS-EXÍLICO
O
PROPÓSITO DO LIVRO:
• o reino de Judá fora conquistado pelos
babilônios.
• Entre 606 e 586 a.C.,
• o Templo foi arrasado,
• Jerusalém queimada,
•
e os judeus levados em massa para o cativeiro: Propósito do Livro : nascido ao
final do reinado de Manassés, e mui provavelmente de linhagem real (1.1),
Sofonias profetizou nos dias do piedoso rei Josias e, conclui-se: nascido ao
final do reinado de Manassés, e mui provavelmente de linhagem real (1.1),
Sofonias profetizou nos dias do piedoso rei Josias e, conclui-se
A
primeira leva de judeus para o cativeiro – ano 605 a.C. Nabucodonosor
reivindicou tesouros e reféns. Ele levou os tesouros da casa do Senhor e dentre
os reféns, Daniel e seus companheiros e outros nobres do povo, Dn 1.1,2. 2. A segunda leva de Judeus para o cativeiro foi
em 586 a.C. Jerusalém foi invadida e destruída por Nabucodonosor. O Templo de
Salomão caiu finalmente e foi destruído. Propósito do Livro
Após 70 anos no exílio, na Babilônia,
por ordem de Ciro, o Persa, cerca de 50 mil judeus voltam para a sua terra (536
a.C.). Jeremias e Daniel profetizaram os 70 anos (Jr. 25.11; 29.10; Comp. Dn
9.1,2.)
• O primeiro passo para que se firme a
restauração nacional é a reconstrução do Templo.
•Os fundamentos são lançados, mas... a
obra pára.
•Muita perseguição dos vizinhos (Os samaritanos
fazem forte oposição à reconstrução do Templo) Propósito do Livro
• Durante 15 anos, o povo distraiu,
preocupou-se em construir suas próprias casas e em cuidar de seus interesses
pessoais.
•
É aí que o SENHOR levanta Seu servo Ageu, para questionar as prioridades
escolhidas pelos judeus, chamando-os a dedicarem-se à obra de reconstrução da
Casa do SENHOR. Propósito do Livro
•
Em setembro (6º mês do calendário hebreu) de 520 a.C. a obra é reiniciada, e,
quatro anos depois, completada,
• sob a influência da pregação de Ageu
Propósito do Livro
•
Ageu foi o primeiro profeta levantado pelo SENHOR após o exílio.
• Entre ele e Sofonias, há um intervalo
de 70 anos. Jeremias, Ezequiel e Daniel profetizaram durante o exílio.
O Profeta Ageu
•
O nome Ageu, de origem incerta, deve significar "festivo", e nos
remete à ideia de que ele viveu dias festivos, pois contemplou a volta dos
judeus desde o cativeiro, e participou da reconstrução do Templo, em Jerusalém.
• Isso, sem contar a mensagem gloriosa e
festiva que anunciou, proclamando a vitória final do SENHOR e do Seu povo,
quando "encherei de glória esta casa".
O
Profeta Ageu
• No livro de Esdras, referências ao
profeta Ageu mostram-nos ter sido ele contemporâneo de Zacarias. Ambos trabalharam
juntos, visando o mesmo objetivo –
• "Ora os profetas Ageu e Zacarias,
filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém, em
nome do Deus de Israel, cujo Espírito estava neles. (Ed 5.1,2; 6.14). O Profeta
Ageu
SOBRE
O PROFETA
•
Pouco se sabe de sua origem. Provavelmente ele nasceu perto do fim do cativeiro
babilônico.
•
A única informação que temos é que ele exerceu o ofício profético: “A palavra
do Senhor veio por intermédio do profeta Ageu”. Isso nos dá a impressão de que
ele já era reconhecido como um dos que ensinavam. Os quatro sermões que o
Espírito levou Ageu a proferir: Divisão do Livro
Admoesta o povo a priorizar as coisas de
Deus, mostrando que a inversão de valores os levou a sofrer consequências bem
palpáveis, como o insucesso em seus esforços no trabalho e dificuldades
financeiras.
Primeiro sermão: Cap.1
O segundo, trazendo consolo ao coração
dos que se entristeceram por causa da "pobreza" do Templo em
reconstrução, se comparado ao Templo original, construído por Salomão - 2.1-9;
Segundo sermão: Cap.2
O terceiro, prediz o fim da maldição e o
retorno das bênçãos advindas por meio da natureza - 2.10-19; Terceiro sermão:
Cap.2 O quarto fala da preservação do trono de Israel, representado pela pessoa
de Zorobabel, que era da linhagem do rei Davi - 2.20-23.
Quarto sermão: Cap.2
A reconstrução do Templo do Senhor.
1. Uns 18 anos depois que fecharam os
muros de Jerusalém, eles continuavam adorando no altar que fora construído
quando chegaram e o Templo do Senhor ficou só no alicerce.
2. Eles estavam dizendo como registra o
v.2 que não veio ainda o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada. Uma
Justificativa para o pecado de negligência Mensagem do Livro
Cada um foi cuidar dos seus negócios e
deixaram a casa de Deus de lado. O profeta então os convida para considerar o
seu passado: 3. 1) Como eles foram trazidos de volta de forma em que não
esperavam. “sonhos” (Sl.126) 3. 2) Como o retorno deles foi uma manifestação
clara da bondade e soberania de Deus. Mensagem do Livro Eles estavam habitando
em casas bem construídas (“apaineladas”), enquanto a casa do Senhor não havia
saído do projeto, estava em ruínas. Mensagem do Livro
Os
sinais do desprazer de Deus:
• Eles semeavam muito e colhiam pouco.
•
E o que colhiam não dava para se fartarem.
•
Os céus se fecharam sobre a vida deles.
• Nem sempre conseguimos perceber a
relação entre o material e o espiritual em nossas vidas quando estamos frios e
em pecado.
Mensagem
do Livro
Os sinais do desprazer de Deus:
1.Deus promete ser propício ao povo -
1.7,8.
2.Quando o povo obedece a Deus abençoa.
3.Despertamento espiritual é obra de
Deus na vida do seu povo, em face da frieza, indiferença e pecado, 1.14.
4. Mas começa com a liderança 1:14 Mensagem do
Livro
A
Glória do Segundo Templo.
1. Os que viram a glória do primeiro
Templo estavam desalentados, diante daquela casa que eles agora construíam que
era menor do que a primeira.
2. Deus anima ao seu povo com a promessa da
aliança, 2.5.
3. Mas Deus diz que glória desse Templo
será maior. Uma referência escatológica à igreja.
4. Novamente uma promessa de bênção para
o povo mediante a sua obediência, 2.18,19.
5. Ele encerra com uma palavra a
Zorobabel, por ser ele um líder da tribo de Davi, e um tipo de Cristo naquele
tempo, em quem todos deveriam ser abençoados, 2.20-23.
Mensagem do Livro
• cuidado!
• O nosso coração é enganoso, e pode
conduzir-nos a conclusões totalmente equivocadas!
• Os judeus, pressionados pelos
samaritanos a não dar continuidade à obra de reconstrução do Templo, começaram
a concluir que as circunstâncias desfavoráveis significavam um sinal de Deus de
que o tempo para esse trabalho ainda não chegara.
• Uniram a essa pressão externa a
pressão interna muito própria do coração humano
CRISTOLOGIA
DO LIVRO
•
Mensagem Messiânica:
• em 2.9 temos uma preciosa mensagem
messiânica: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira... E
neste lugar darei a paz”.
•
É verdade que, num sentido, a promessa deste texto concretizou-se nas reformas
realizadas por Herodes, que deixaram o Templo suntuosíssimo!
• Todavia, ela se cumpre realmente
quando o Messias vem.
• Sua presença no próprio pátio do
Templo era, literalmente, a glória de Deus em carne e ossos, adornando o
Templo!
• E mais: nEle (a Pedra Fundamental) foi
erigido um Novo Templo, a Igreja, a "segunda casa", já que a primeira
(Israel) rejeitou seus privilégios e foi arrasada. Conclusão
• Quantas vezes deixamos as coisas do
Reino sempre em segundo plano –
• "vou construir primeiro a minha
casa; cuidar dos meus negócios; depois cuido dos negócios do SENHOR".
• o SENHOR e Sua obra são a sua
prioridade absoluta, ou você está cedendo a circunstâncias externas e/ou
internas para priorizar outras coisas?
LIÇÃO 11 – Ageu,
Chegou o tempo de reconstruir o Templo
RECONSTRUINDO O TEMPLO
INTRODUÇÃO:
Ageu é um dos profetas considerados “menores”.
Tanto Ageu quanto Zacarias iniciaram seus ministérios no segundo Ano do Rei
Dario (520 a. C.), tanto os reinos da Assíria e Babilônia saíram de cena, e o
Império que rege e governa é a Persa. Os acontecimentos deste livro envolve o
período pós-cativeiro, os judeus voltaram do exílio (cativeiro 70 anos) sob
decreto do rei Ciro da Pérsia em 538 a.C (Is. 45, Ed 1.1-2 e 2 Cr. 36.22-23).
No segundo ano da sua vinda do exilio em 536
a.C lançaram os fundamentos do templo (Ed 3.8- 13), mas as oposições externas e
desencorajamentos internos fizeram com que eles abandonassem o projeto durante
16 anos (Ed 4.1-4).
Somente em 520 a.C, depois de 16 anos de
abandono, se levanta os Profetas Ageu e Zacarias enviados por Deus para exortar
(Ag 1) e encorajar (Ag 2) o povo a voltar a reconstrução do templo em Jerusalém
qual é tema principal deste livro, “reconstruindo o Templo”, pois o povo que
voltará estavam mais preocupados em refazer suas casas com luxo, do que
reconstruir a casa de Deus que estava em ruínas, este era o motivo e o
propósito de estarem ali.. Deus vem nos ensinar e chamar a atenção, do que é a
verdadeira prioridade na vida de um Cristão, e encorajar a não abandonar e
deixar de lado a Sua obra, e também em todos os segmentos da nossa vida.
O livro de Ageu constitui de 4 mensagens
proféticas ao longo dos 2 capítulos.
TEMA do Livro: Reconstruindo o Templo
Ageu sig.: “Festivo”.
DA ALEGRIA PARA A FRUSTRAÇÃO (Ed. Cap. 3 e 4)
Voltaram do cativeiro, da disciplina do
SENNHOR, estavam alegres e motivados, e começaram a obra da casa de Deus, mas
esta alegria durou pouco e logo a alegria virou frustração, desânimo e a obra
ficou parada por quase 16 anos.
Demonstrando que o homem é responsável
pelos seus atos mesmo quando a promessa é feita e irá se cumprir.
Ed Cap. 3 – ALEGRIA E CHORO DE UM NOVO
RECOMEÇO (lançando os fundamentos do templo)
“... lançaram os alicerces do templo da
Casa do SENHOR,...” Ed 3.10.
“Porém dos sacerdotes, e levitas, e cabeças de
famílias, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em alta voz quando à
sua vista foram lançados os alicerces desta casa; muitos, no entanto,
levantaram as vozes com gritos de alegria.” Ed 3.12.
“De maneira que não se podiam discernir
as vozes de alegria das vozes de choro do povo; pois o povo jubilava com tão
gritos, que as vozes se ouviam de mui longe.” Ed 3.13.
APLICAÇÃO: quando uma pessoa começa a
fundamentar sua vida totalmente na palavra, ela tem sede e fome da palavra,
assim também uma pessoa recém-convertida. Permanecer perseverante foi o
problema do povo, e assim é conosco também quando o inimigo vem roubar nossa
alegria querendo tirar o prazer das coisas de Deus e fazer parar a obra
Ed
Cap. 4 – DESANIMO, FRUSTRAÇÃO E INQUIETAÇÃO (A obra é parada pelos inimigos)
Ed 4.4-5; 24 e Ne 4.9; 13; 16-17.
“Então, as gentes da terra desanimaram o
povo de Judá, inquietando-o no edificar; vs5 alugaram contra eles conselheiros
para frustrarem o seu plano, todos os dias de Ciro, rei da Pérsia, até ao reinado
de Dario, rei da Pérsia”. Ed 4.4-5. “Cessou, pois a obra da Casa de Deus, a
qual estava em Jerusalém; e isso até o segundo ano do reinado de Dario, rei da
Pérsia”. Ed 4.24.
OBSERVAÇÃO:
situações do exterior: palavras de
desânimo, inquietação e frustração vindas do inimigo. Situações do interior:
desencorajamento e falta de constância e perseverança dos lideres que afetou
todo povo.
APLICAÇÃO:
Qual é a obra que está parada em sua
vida? Na igreja o que está parado e o que precisa ser mudado? Liderança e
membros. Fazer contraste com interior e exterior da igreja.
No profissional, nos estudos, o
crescimento espiritual parou?
Permanecer constante, perseverar. Haverá
situações exteriores que o inimigo vira para nos desanimar, inquietar e
frustrar nossos planos, a questão é: eu não posso deixar que este mal exterior
afete o meu interior ao ponto de me amedrontar e desencorajar.
ESTABELEÇA UMA ESTRATÉGIA.
Neemias diferente de Zorobabel o governador e
Josué o sumo sacerdote, (lideranças da época), desenvolveu estratégias para
vencer a oposição, e em nenhum momento cessou a obra.
“Porém nós oramos ao nosso Deus e, como
proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite. Ne 4.9
“então pus o povo, por famílias, nos
lugares baixos e abertos, por detrás do muro, com as suas espadas e as suas
lanças, e os seus arcos”. Ne 4.13 “Daquele dia em diante, metade dos meus moços
trabalhava na obra, e a outra metade empunhava lanças, escudos, arcos e
couraças; e os chefes estavam por detrás de toda a casa de Judá;” Ne 4.16
“O povo desanimado e amedrontado ficou
parado esperando por 16 anos; preciso permanecer constante, perseverar naquilo
em que fui chamado. Até quando vou ficar esperando e tomar coragem p/ enfrentar
e receber (cumprir) a promessa?” “Desenvolva uma estratégia”.
EXORTAÇÃO (Primeira mensagem) Ag 1.1-15.
Por que não recomeçaram a obra? Reconsiderem o vosso passado, vejam quais tem
sido suas prioridades?
QUAL
TEMPO ESTÁ VIVENDO?
“Assim fala o SENHOR dos Exércitos: Este
povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser
edificada”. Ag 1.2. OBSERVAÇÃO: Por que não recomeçaram a obra? Porque estavam
dando desculpas de que ainda não era tempo. Passado os 16 anos se levanta os
profetas Ageu e Zacarias para os exortarem a voltar a construção.
APLICAÇÃO: Preciso recomeçar e não dar
desculpas, e reconhecer o tempo que vivo em minha vida.
QUAL A TUA DESCULPA?
Deus pode estar colocando pessoas
(profetas) para exortar você, chamar sua atenção, para sair do comodismo. Será
que estamos a mais de 16 anos parado no tempo, dando desculpas para não
recomeçar a obra, ou o trabalho, em todos segmentos da nossa vida.
“Jamais conheci um homem que fosse bom
em invertar desculpas e que também fosse bom em alguma coisa”. Billy Sunday
RECONHEÇA (DISTINGA, CARACTERIZE) O
TEMPO QUE ESTÁ VIVENDO. Judá não entendeu o propósito da volta deles para
jerusálem, era tempo de edificação, de reconstrução de uma nova vida ao lado do
seu Deus, era de tempo crescer. Era tempo de olhar para o interior e não para o
exterior.
Qual é o tempo em que você está vivendo:
Ec 3 –
é
tempo de plantar ou colher, vs 2
é
tempo de edificar ou derribar? Vs 3
Tempo de abraçar ou tempo de afastar-se
de abraçar? Vs 5
Tempo de buscar ou tempo de perder? Vs 6 “o
coração do sábio conhece o tempo e o modo. Vs 6 Por que para todo propósito há
tempo e modo. Ec. 8.5-6
QUAL
A TUA PRIORIDADE?
(Ag 1.4). “Acaso, é tempo de habitardes
vós em casas apaineladas, enquanto esta Casa permanece em ruínas?” Ag 1.4.
OBSERVAÇÃO: a prioridade é Deus estar em
primeiro lugar, no centro de nossa vida, governando e reinando em todas as
áreas. “Buscai, pois em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas
estas coisas vos serão acrescentadas”. Mt 6.33.
APLICAÇÃO: “Quando Deus está no centro da
minha vida, isto não exclui minhas responsabilidades, sou totalmente
responsável pelos meus atos e minhas ações”.
“Subi ao monte, trazei madeira e
edificai a casa”. Ag 1.8, Deus não disse que iria cair do céu o templo
reconstruído, pelo contrario, subam, contem a madeira e edifiquem a casa.
Ex: ministérios etc..
CONSIDERE O SEU PASSADO (Ag 1.5-7).
“Ora, pois, assim diz o SENHOR dos
exércitos: Considerai o vosso passado”. “Assim diz o SENHOR dos exércitos:
considerai o vosso passado”. Ag 1.5-7.
OBESERVAÇÃO: Por duas vezes Deus chama a
atenção do povo, considerem o seu passado. Eles haviam acabado de sair do
cativeiro (disciplina) e não estavam tão preocupados com sua situação.
APLICAÇÃO: Estou agindo como criança
rebelde (birrenta) que não atende disciplina? “Como uma criança que acaba de
sair do castigo, sai e comete o mesmo erro, assim é Israel com seu Deus”.
PARA REFLITIR: Posso olhar minha vida presente
e ver as consequências do meu passado? Sejam boas ou más.
A OBRA É RECOMEÇADA (depois de 16 anos)
– (Ag 1.12-15).
ATENDA A VÓZ DO SENHOR. “Então Zorobabel.....,
Josué...sumo sacerdote, e todo o resto do povo atenderam à voz do SENHOR, seu
Deus, e às palavras do profeta Ageu, as quais o SENHOR, seu Deus, o tinha
mandado dizer; e o povo temeu diante do SENHOR”. Ag 1.12.
OBSERVAÇÃO: depois de muito custo, muita
exortação, palavras de encorajamento e ânimo, o povo atendeu a voz do Senhor.
fazer um paralelo entre Ed Cap 5 e Ag 1.12-15. Ed
Cap. 5 – EXORTAÇÃO E ENCORAJAMENTO DOS
PROFETAS AGEU E ZACARIAS (A obra é recomeçada depois de 16 anos parados).
“Ora os profetas Ageu e Zacarias...,
profetizaram aos judeus que estavam em Judá e Jerusalém...” Ed 5.1
“... e começaram a edificar a Casa de
Deus..., e com eles, os referidos profetas de Deus, que os ajudavam.” Ed 5.2.
APLICAÇÃO:
DAI-ME SENHOR OUVIDOS SENSÍVEIS A SUA
VOZ;
ATENDER É FAZER A SUA VONTADE.
DESPERTE PARA A OBRA.
“O SENHOR despertou o espírito de
Zorobabel,... governador de Judá, e o espírito de Josué, ... o sumo sacerdote,
e o espirito do resto de todo o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho na
Casa do SENHOR dos Exércitos, seu Deus,...” Ag 1.14.
“Desperta, ó tu que dormes....” Gl 5.14
OBSERVAÇÃO: um povo que estava a 16 anos
parados no tempo, precisavam de um despertamento, avivamento para recomeçar.
APLICAÇÃO: “Desperte para a obra,
ministérios, desperte para a vida pessoal (profissional); Esforça-te para
conquistar, crescer em todos os segmentos da sua vida, (material e
Espiritual).”
“Considere o teu PASSADO, o TEMPO em que
vive e a PRIORIDADE em que está dando em sua vida, não espere que nada venha
cair do céu, pois Deus está nos ensinando que as outras coisas vos serão
acrescentadas, através do esforço e lutas.”
“Eu quero recomeçar a obra que está parada,
exorta-me Senhor para sair do comodismo e dai-me força e coragem para recomeçar
de onde estou parado, seja na tua obra ou na minha vida pessoal.”
“Eu quero recomeçar.”
Lucas C. Scalco
- Machado, 02/02/2014.
Ageu
Ageu profetizou em 520 AC (Ag 1: 1 - Ag
2: 10, em 112 dias). Seu nome significa: 'alegria, festa'. Embora os judeus
tivessem iniciado a reedificação do templo dezesseis anos antes dessa profecia
(por volta de 536 AC), a oposição dos povos vizinhos conseguia intimidá-los e
levá-los a abandonar a obra de reconstrução (Ed 4: 1-5; 8-10; Ed 5: 6; Ed 6:
6-7; 13), e era por isso que Ageu clamava. Ageu e Zacarias são os primeiros
profetas referidos depois do retorno dos primeiros exilados em 538 AC (Ed 5:
2). Ageu estimula o povo a reconstruir, no segundo ano do reinado de Dario I, isto
é, em 520 AC (Ag 1: 1; Ed 4: 24; Ed 5: 1-2). Sua conclusão foi em 516 AC (Ed 6:
15 cf. Ag 2: 18, seu início). Segundo a História, o segundo retorno dos
exilados a Jerusalém (sob comando de Esdras) foi em 458 AC, e a reconstrução
das muralhas de Jerusalém, em 445 AC (3º retorno: Neemias). Em Ageu há quatro
profecias: Ag 1: 1-11; Ag 2: 1-9; Ag 2: 10- 19; Ag 2: 20-23.
Capítulo
1
•
Ag 1: 1-11 (Ageu exorta o povo a reedificar o templo): "No segundo ano do
rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor, por
intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel [NVI: Sealtiel],
governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:
Assim fala o Senhor dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o
tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada [NVI: Ainda não chegou o tempo
de reconstruir a casa do Senhor]. Veio, pois, a palavra do Senhor, por
intermédio do profeta Ageu, dizendo: Acaso, é tempo de habitardes vós em casas
apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? [NVI: em casas de fino
acabamento, enquanto a minha casa continua destruída?] Ora, pois, assim diz o
Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso passado [NVI: Vejam aonde os seus
caminhos os levaram]. Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não
chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas
ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel
furado [NVI: numa bolsa furada]. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o
vosso passado [NVI: Vejam aonde os seus caminhos os levaram!] Subi ao monte,
trazei madeira e edificai a casa [NVI: templo]; dela me agradarei e serei
glorificado, diz o Senhor. Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e
esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por
quê? - diz o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa [NVI: meu templo],
que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de [NVI:
se ocupa com] sua própria casa. Por isso, os céus sobre vós retêm o seu
orvalho, e a terra, os seus frutos [NVI: o céu reteve o orvalho e a terra
deixou de dar o seu fruto]. Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes;
sobre o cereal [NVI: trigo], sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a
terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais [NVI: o gado] e
sobre todo trabalho das mãos".
• No primeiro dia do sexto mês (Mês de
Elul - Ago.-Set.). Essa profecia se dirige a Zorobabel e a Josué, líderes do
povo, falando da negligência dos dezesseis anos passados, durante os quais o
povo deveria vir reedificando o templo (Ed 3 e 4). Ao contrário, eles haviam
preferido construir casas para si, experimentando desastres naturais que
destruíam as colheitas e mantinham o povo na pobreza. Assim, Deus os lembrava
de colocá-lo em primeiro lugar em suas vidas.
Para nós, este texto nos esclarece o que
acontece quando deixamos de suprir a Casa de Deus: nossas orações não são
respondidas ('os céus retêm o orvalho') e Deus não derrama Sua unção
('azeite'). Deus não é vingativo, mas é um Deus justo e fiel à Sua própria
palavra. Sem se importar com o Seu templo não há bênção nem prosperidade. Isso
não diz respeito apenas às ofertas financeiras para suprir as necessidades
materiais do templo como impostos, despesas, salário dos funcionários etc., mas
diz respeito também à preocupação quanto a 'limpeza espiritual e física': a
reverência e todo um comportamento respeitoso e digno dentro da Casa de Deus,
mantendo o templo limpo fisicamente e orando para que, espiritualmente, esteja
também em santidade, através das pessoas que ali ministram, para que elas sejam
abençoadas por Deus e que estejam sempre na Sua presença. Dessa forma, os que
estão debaixo desse manto serão abençoados também. Jesus veio para cumprir a lei
e as profecias, mas a palavra de Deus não muda. A Sua Casa deve ser bem
cuidada, assim como Seus servos, que ministram ali, devem receber seu
suprimento, através das ofertas e dos dízimos.
• Ag 1: 12-15 (O povo atende ao Senhor):
"Então, Zorobabel, filho de Salatiel, e Josué, filho de Jozadaque, o sumo
sacerdote, e todo o resto do povo atenderam à voz do Senhor, seu Deus, e às
palavras do profeta Ageu, as quais o Senhor, seu Deus, o tinha mandado dizer; e
o povo temeu diante do Senhor. Então, Ageu, o enviado do Senhor, falou ao povo,
segundo a mensagem do Senhor, dizendo: Eu sou convosco, diz o Senhor. O Senhor
despertou o espírito de Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá [NVI:
o Senhor encorajou o governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel], e o
espírito de Josué, filho de Jozadaque [NVI: Jeozadaque], o sumo sacerdote, e o
espírito do resto de todo o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa
do Senhor dos Exércitos, seu Deus, ao vigésimo quarto dia do sexto mês [NVI: do
segundo ano do reinado de Dario]".
Em vinte e quatro dias o povo reagiu à
profecia e recomeçou o trabalho.
Capítulo
2
•
Ag 2: 1-9 (A glória do segundo templo): "No segundo ano do rei Dario, no
sétimo mês, ao vigésimo primeiro do mês, veio a palavra do Senhor por intermédio
do profeta Ageu, dizendo: Fala, agora, a Zorobabel, filho de Salatiel [NVI:
Sealtiel], governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque [NVI: Jeozadaque],
o sumo sacerdote, e ao resto do povo, dizendo: Quem dentre vós, que tenha
sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora?
Não é ela como nada aos vossos olhos? [NVI: Quem de vocês viu este templo em
seu primeiro esplendor? Comparado a ele, não é como nada o que vocês vêem
agora?] Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o Senhor, e sê forte, Josué, filho
de Jozadaque, o sumo sacerdote, e tu, todo o povo da terra, sê forte, diz o
Senhor, e trabalhai, porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos;
segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu
Espírito habita no meio de vós; não temais. Pois assim diz o Senhor dos
Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e
a terra seca [NVI: farei tremer o céu, a terra, o mar e o continente]; farei
abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão [NVI:
Farei tremer todas as nações, as quais trarão para cá os seus tesouros], e
encherei de glória esta casa, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, meu
é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do
que a da primeira [NVI: A glória deste novo templo será maior do que a do
antigo], diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz [NVI:
estabelecerei a paz], diz o Senhor dos Exércitos". No vigésimo primeiro dia
do sétimo mês (Mês de Etanim ou Tisri - Set.-Out.), o profeta geu deu palavras
de encorajamento àqueles que sentiam que o novo templo era pobre em comparação
com o antigo. A glória da segunda casa (deste segundo templo) seria maior do
que a da primeira. 'As coisas preciosas', descritas no versículo 7 se refere às
contribuições dos gentios, que ajudariam a adornar o templo. Isso teve início
com os persas, na pessoa de Dario I e Artaxerxes I, depois que o decreto de
Ciro foi confirmado, pois os inimigos dos judeus haviam tentado impedir a
reconstrução desde o tempo de Cambises II, (Ed 4: 1-24) onde no v. 6, o
cronista usa seu nome caldeu - Ahashuerus - e no v. 7, seu nome persa,
Artaxerxes, mas não é o mesmo Artaxerxes I do tempo de Neemias, filho de Xerxes,
que autorizou o retorno de Esdras (Ed 7: 1) e a reconstrução das muralhas de
Jerusalém (Ne 2: 1). Dario I, filho de Histaspes, decretou que fossem
concedidos aos judeus os materiais e o dinheiro necessário para a obra (Ed 6:
1-15), dinheiro este que seria retirado dos tesouros reais (Ed 6: 4). O
controle total de Deus sobre reinos e nações, bem como suas decisões políticas,
é descrito de maneira figurada, quando o profeta escreve (v. 6): 'Pois assim
diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu,
a terra, o mar e a terra seca [NVI: farei tremer o céu, a terra, o mar e o
continente]' (cf. Jr 51: 29 - 'estremece a terra'). Como está escrito no v. 7:
'farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão [NVI:
Farei tremer todas as nações, as quais trarão para cá os seus tesouros]',
pode-se entender que não era apenas o Império Medo-Persa que seria movido pelo
Senhor. Mais tarde, Herodes, por exemplo, reformou o templo, mesmo à custa de
impostos sobre Judeus e Gentios súditos de Roma, ornamentando-o com belas
pedras, ouro e muitos outros materiais que chamavam a atenção de todos pela
grandiosidade (Lc 21: 5). Os gentios começaram a ser atraídos ao judaísmo e
tiveram permissão de ocupar seus átrios externos, quando vinham para adorar e
para trazer suas ofertas. A profecia se cumpriu em Jesus (Ef 2: 17-22). Essa
declaração aumentava a esperança dos que estavam reconstruindo, e essas
melhorias seriam feitas por vontade de Deus, por isso Ele disse: 'Minha é a prata,
meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos', simbolizando que, da mesma maneira
que Ele tinha o poder de mover nações para tomarem decisões a favor do Seu
povo, Ele também dominava as suas riquezas (v. 8).
• Ag 2: 10-19 (Repreendida a
infidelidade do povo): "Ao vigésimo quarto dia do mês nono, no segundo ano
de Dario, veio a palavra do Senhor por intermédio do profeta Ageu, dizendo:
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Pergunta, agora, aos sacerdotes a respeito da
lei: Se alguém leva carne santa na orla de sua veste [NVI: carne consagrada na
borda de suas vestes], e ela vier a tocar no pão, ou no cozinhado, ou no vinho,
ou no azeite, ou em qualquer outro mantimento, ficará isto santificado?
Responderam os sacerdotes: Não. Então, perguntou Ageu: Se alguém que se tinha
tornado impuro pelo contato com um corpo morto tocar nalguma destas coisas,
ficará ela imunda? [NVI: impura] Responderam os sacerdotes: Ficará imunda [NVI:
impura]. Então, prosseguiu Ageu: Assim é este povo, e assim esta nação perante
mim, diz o Senhor; assim é toda a obra das suas mãos, e o que ali oferecem:
tudo é imundo [NVI: Tudo o que fazem e tudo o que me oferecem é impuro]. Agora,
pois, considerai tudo o que está acontecendo desde aquele dia [NVI: 'de hoje em
diante'; ou 'desde os dias passados]. Antes de pordes pedra sobre pedra no
templo do Senhor, [NVI: Em que condições vocês viviam antes que se colocasse
pedra sobre pedra no templo do Senhor?] antes daquele tempo, alguém vinha a um
monte de vinte medidas, e havia somente dez; vinha ao lagar para tirar
cinqüenta, e havia somente vinte. Eu vos feri com queimaduras, e com ferrugem,
e com saraiva [NVI: com mofo, ferrugem e granizo], em toda a obra das vossas
mãos; e não houve, entre vós, quem voltasse para mim, diz o Senhor. Considerai,
eu vos rogo, desde este dia em diante, desde o vigésimo quarto dia do mês nono,
desde o dia em que se fundou o templo do Senhor, considerai nestas coisas. Já
não há semente no celeiro. Além disso, a videira, a figueira, a romeira e a
oliveira não têm dado os seus frutos; mas, desde este dia, vos abençoarei [NVI:
Mas, de hoje em diante, abençoarei vocês]".
•
Em 536 AC (no segundo mês do segundo ano de sua chegada a Jerusalém, no reinado
de Ciro - mês de Zive ou 'Iyyar, correspondente a abril-maio) realizou-se a
cerimônia de inauguração (Ed 3: 8; 10-11), mas a obra foi interrompida. No
vigésimo quarto dia do nono mês no segundo ano de Dario (520 AC), que
corresponde ao mês de Quisleu (Nov.-Dez.), Ageu fez esta profecia.
As ruínas do templo estavam imundas e
contaminavam a nação e as coisas em que tocavam. Por isso, colocar o fundamento
novo faria toda a diferença e daquele instante em diante a obra do povo seria
abençoada.
A palavra de Deus diz em Lv 6: 27; Nm
19: 11; 13; 22; Ez 44: 19 que as vestes do sacerdócio eram consagradas, e que o
sacerdote deveria trocá-las depois que ministrasse no santuário e usar outras
vestes para se achegar ao povo; e que o que era santo também santificava tudo
aquilo em que tocasse (Êx 29: 37; Lv 6: 27; Ez 44: 19). Também diz que tudo que
fosse imundo, por tocar em cadáver, não poderia tocar em outras coisas, em
especial nas coisas santas para que elas não se tornassem imundas (Nm 19: 11;
13; 22). A carne que se levava na orla da veste estava consagrada, mas se ela
tocasse em outros alimentos, eles não ficariam consagrados, santificados, pois
não estavam em contato direto com as vestes sacerdotais. Assim, o sacerdote e o
templo estavam consagrados, portanto, eram santos ao Senhor. A presença de Deus
com estes e com Seu povo é que os abençoava. Isso foi planejado por Deus para
lhes dar a idéia de separação entre o santo e o profano. Para os judeus, a
santidade estava no templo, por isso era importante reconstruí-lo.
O segundo ponto era uma questão de
impureza ritual, ou seja, se a santidade exigia condições especiais, a
transmissão da impureza ocorria com extrema facilidade de um para outro. Muitas
coisas tornavam uma pessoa impura, especialmente, o fato de tocar em cadáver
(Nm 19: 11). Como foi escrito acima, as ruínas do templo, sendo imundas (como
um cadáver), contaminavam a nação. A nação havia se tornado impura pelo pecado,
pela infidelidade e pelo descaso para com Deus; conseqüentemente, o fruto das
suas colheitas insuficientes e da sua pobreza também eram consideradas ofertas imundas
pelo Senhor.
Podemos extrapolar nosso raciocínio para os
dias de hoje dizendo que as coisas impuras do mundo não devem ser oferecidas a
Deus (Ag 2: 14: 'Então, prosseguiu Ageu: Assim é este povo, e assim esta nação
perante mim, diz o Senhor; assim é toda a obra das suas mãos, e o que ali
oferecem: tudo é imundo'). Nem o sacerdote pode torná- las santas. Deus pode
santificar o pecador através do sangue de Jesus, mas não santifica a sujeira
mundana (o pecado). Da mesma forma, o sacerdote não pode purificar o povo, nem
a comida consagrada pode fazê-lo, mas pode se tornar imundo pelo povo. A
impureza é mais facilmente transmitida do que a santificação.
• Depois o Senhor faz uma ligação entre
as condições de impureza e desobediência à Sua palavra, que gerou a seca e as
colheitas escassas, e ao tempo em que isso começou, ou seja, antes de iniciarem
a construção: "Agora, pois, considerai tudo o que está acontecendo desde
aquele dia [NVI: 'de hoje em diante'; ou 'desde os dias passados]. Antes de pordes
pedra sobre pedra no templo do Senhor, [NVI: Em que condições vocês viviam
antes que se colocasse pedra sobre pedra no templo do Senhor?] antes daquele
tempo, alguém vinha a um monte de vinte medidas, e havia somente dez; vinha ao
lagar para tirar cinqüenta, e havia somente vinte. Eu vos feri com queimaduras,
e com ferrugem, e com saraiva [NVI: com mofo, ferrugem e granizo], em toda a
obra das vossas mãos; e não houve, entre vós, quem voltasse para mim, diz o
Senhor" (v. 15- 17). Mesmo sendo disciplinados por Ele com 'queimaduras, e
com ferrugem, e com saraiva [NVI: com mofo, ferrugem e granizo]' eles
continuavam teimosos, por isso os dias estavam sendo difíceis. E eles não se
voltavam para Deus.
• "Considerai, eu vos rogo, desde
este dia em diante, desde o vigésimo quarto dia do mês nono, desde o dia em que
se fundou o templo do Senhor, considerai nestas coisas. Já não há semente no
celeiro. Além disso, a videira, a figueira, a romeira e a oliveira não têm dado
os seus frutos; mas, desde este dia, vos abençoarei [NVI: Mas, de hoje em
diante, abençoarei vocês]" (Ag 2: 18) - Deus volta a pedir que eles olhem
para o seu passado, e lhes garante que a partir de agora Ele irá abençoá-los.
Tudo isso era um incentivo para reconstruir o templo (cf. Ed 6: 15 - sua conclusão).
• Ag 2: 20-23 (A promessa do Senhor a
Zorobabel): "Veio a palavra do Senhor segunda vez a Ageu, ao vigésimo
quarto dia do mês, dizendo: Fala a Zorobabel, governador de Judá: Farei abalar
o céu e a terra [NVI: farei tremer o céu e a terra]; derribarei o trono dos
reinos e destruirei a força dos reinos das nações [NVI: Derrubarei tronos e
destruirei o poder dos reinos estrangeiros]; destruirei o carro e os que andam
nele; os cavalos e os seus cavaleiros cairão, um pela espada do outro. Naquele
dia, diz o Senhor dos Exércitos, tomar-te-ei, ó Zorobabel, filho de Salatiel
[NVI: Sealtiel], servo meu, diz o Senhor, e te farei como um anel de selar,
porque te escolhi, diz o Senhor dos Exércitos".
•
Vigésimo quarto dia do nono mês (Quisleu - Novembro-Dezembro). Esta foi uma
promessa especial a Zorobabel, o governador de Judá, de que seria conservado em
segurança, apesar das perturbações que assolavam o império persa.
• "Farei abalar o céu e a terra
[NVI: farei tremer o céu e a terra]; derribarei o trono dos reinos e destruirei
a força dos reinos das nações [NVI: Derrubarei tronos e destruirei o poder dos
reinos estrangeiros]; destruirei o carro e os que andam nele; os cavalos e os
seus cavaleiros cairão, um pela espada do outro" (v. 21b-22) - aqui o
Senhor volta a falar sobre o Seu poder de mover reinos e impérios, inclusive de
fazer cessar as guerras (destruirei o carro e os que andam nele; os cavalos e
os seus cavaleiros cairão, um pela espada do outro), o que lembrava os judeus
de suas vitórias passadas, quando Deus interveio, trazendo livramentos
sobrenaturais para o Seu povo (Jz 7: 7; 13-15; 21-22; 2 Cr 20: 22-24). Essa é
uma figura de linguagem que significa: mudar e renovar todas as coisas em
Cristo.
• Deus chama Zorobabel de 'servo meu' e
diz que Ele o tinha escolhido. Isaías usou muito a palavra 'servo', tanto para
Israel como para Jesus (Is 42: 1; Is 49: 3; 6; 7; Is 52: 13; Is 53: 11), como
símbolo do instrumento ungido e escolhido por Deus para realizar o Seu
propósito. Zorobabel é a figura de Jesus. Embora Zorobabel tenha enfrentado
oposições no momento da sua chegada a Judá, pois o governador nomeado por Ciro
era Sesbazar (Ed 1: 8; Ed 5: 14; 16), mas ele, Zorobabel, era o líder ativo,
tanto em 536 AC como em 520 AC (Ed 3: 2; 8; Ed 5: 2), depois que Sesbazar
morreu Dario I o nomeou para o cargo de governador de Judá, pois essa terra
fazia parte de uma satrapia persa no seu reinado (Ed 5: 14; 16; Ag 1: 1; 14; Ag
2: 2). Assim, essa ação de Deus sobre reinos e Impérios, até sobre guerras,
pode indicar um tempo futuro, onde a profecia passa a ser cumprida na pessoa de
Jesus ('naquele dia'). Zorobabel era descendente de Davi e também faz parte da
linhagem de Jesus (Mt 1: 13; Lc 3: 27). Ele era o responsável pelo retorno dos
judeus do cativeiro e pela reconstrução da nação. Na Sua primeira vinda, Jesus
reconstruiria espiritualmente a nação, mostrando-se o pastor, o redentor, o
sumo sacerdote e o Rei dela, levando-a a um novo patamar de relacionamento com
Deus e a um lugar de honra entre as nações. 'Anel de selar' era o anel usado
pela realeza para selar os decretos emitidos pelo rei, ou seja, o anel os
autenticava, como aconteceu com Assuero, rei da Pérsia, descrito no livro de
Ester (Et 3: 10-11; 12; Et 8: 2; 8; 10). Jeremias (Jr 22: 24) se referiu a um antepassado
de Zorobabel com o nome de 'anel de selo' que estava sendo tirado das mãos do
Senhor, se referindo à sua rejeição como rei e à sua derrota nas mãos do rei da
Babilônia. Deus já tinha selado seu destino. Esse antepassado era Jeconias ou
Joaquim, sobrinho de Zedequias. Zedequias foi o último rei de Israel no trono.
Depois do retorno do cativeiro só Jesus restituiu a honra à casa de Davi, por
isso Zorobabel era uma figura de Jesus, que viria da linhagem deste. Essa
profecia estimulava os judeus a reconstruírem o templo, pois Deus lhes dava a
certeza de que a nação seria reconstruída também, e no futuro, a linhagem de
Davi teria honra novamente.
Conclusão:
O que podemos ver na vida de Ageu é a
força da palavra profética que nos ajuda a reconstruir o que foi destruído em
nossa vida, além do que Deus nos lembra do que é 'sacerdócio santo', do que
precisamos fazer para agradá-lo como nosso Senhor. Ele não deseja nos ver
apáticos em relação ao nosso chamado nem à Sua obra, pois isso poderia
desanimar toda a Sua Igreja. Cada um de nós tem a responsabilidade de
perseverar no próprio caminho e zelar pelos dons espirituais que nos foram
dados para que possamos ser um canal de Suas bênçãos para outras vidas. Assim
sendo, através do nosso testemunho vivo, estaremos profetizando e trazendo a
salvação do Messias para todos os que se acham em trevas. Em nossa boca, Suas
palavras são vivas e são verdadeiros tijolos que ajudam nossos semelhantes a
reconstruir seus 'templos'. Por isso, o profeta.deve obedecer em tudo à voz do
Espírito de Deus, tanto para exortar, repreender, convencer do erro e eliminar
o pecado, como para trazer o consolo e o incentivo àqueles que o Senhor nos
envia. Mesmo condenando o mal e trazendo à luz os erros da carne, estaremos
contribuindo para a 'edificação de muros e reparação de brechas' (cf. Is 58:
12)
FONTE:
Ageu
Deus terá o seu templo
TÍTULO
A profecia leva o nome de seu autor. Uma
vez que esse nome significa “festivo”, sugere que Ageu nasceu num dia de festa.
Depois de Obadias, é o livro mais curto do AT e é citado uma vez no NT (cf. Hb
12:26).
AUTOR
E DATA
Muito pouco se sabe a respeito de Ageu à
parte dessa breve profecia. Ele é mencionado de passagem em Esdras 5:1 e 6:14,
em ambas as ocasiões juntamente com o profeta Zacarias. A lista de refugiados
em Esdras não menciona Ageu e não há nenhuma indicação quanto à sua ascendência
ou linhagem tribal. A história também não fornece nenhum registro de sua
ocupação. É a única pessoa do AT com esse nome, apesar da ocorrência de nomes
semelhantes (cf. Gn 46:16; Nm 26:15; 2Sm 3:4; 1Cr 6:30). De acordo com Ageu
2:3, é possível que o profeta também tenha visto a glória do templo de Salomão
antes de sua destruição e, portanto, estivesse com pelo menos 70 anos de idade
quando escreveu a sua profecia.
A data da profecia não apresenta nenhuma
ambiguidade ou controvérsia. A ocasião de cada uma de suas quatro profecias é
claramente especificada (1:1; 2:1; 2:10; 2:20) num período de quatro meses no
segundo ano (por volta de 520 a.C.) do rei persa Dario Histaspes (por volta de
521-486 a.C.). É bem provável que Ageu tenha voltado da Babilônia para
Jerusalém com Zorobabel 18 anos antes, em 538 a.C.
CENÁRIO
E CONTEXTO
Em 538 a.C., como resultado da
proclamação de Ciro da Pérsia (cf. Ed 1:1- 14), Israel pôde deixar a Babilônia
e voltar para sua terra natal sob a liderança civil de Zorobabel e a direção
espiritual do sumo sacerdote Josué (cf. Ed 3:2). Cerca de cinquenta mil judeus
voltaram. Em 536 a.C., começaram a reconstruir o templo (cf. Ed 3:1—4:5), mas a
obra foi abandonada em virtude da oposição dos povos vizinhos e à indiferença
dos judeus (cf. Ed 4:1-24). Dezesseis anos depois, Ageu e Zacarias foram
incumbidos por Deus de encorajar o povo a não apenas reconstruir o templo, mas
também a reorganizar suas prioridades espirituais (cf. Ed 5:1—6:22). Seu
ministério resultou na conclusão do templo quatro anos mais tarde (por volta de
516 a.C.; cf. Ed 6:15).
PRINCIPAIS
PERSONAGENS
Ageu — profeta de Judá após o retorno do
exílio babilônico; impeliu o povo a reconstruir o templo (1:3—2:23).
Zorobabel — liderou os judeus durante a
saída do exílio babilônico; serviu como o representante oficial da dinastia
davídica; chamado de “anel de selar” (1:1—2:23).
Josué — sumo sacerdote de Judá; colíder,
juntamente com Zorobabel (1:1—2:4).
O povo de Judá — encorajado por Ageu a
concluir a reconstrução do templo (1:2,12; 2:2).
TEMAS
HISTÓRICOS E TEOLÓGICOS
O tema central é a reconstrução do
templo do Senhor, que estava em ruínas desde a sua destruição por Nabucodonosor
em 586 a.C. Por meio das cinco mensagens do Senhor, Ageu exorta o povo a
renovar seus esforços para construir a casa do Senhor. Para motivá-los, o
profeta mostra que as secas e as más colheitas eram causadas por eles terem
suas prioridades espirituais posicionadas incorretamente (1:9-11). No entanto,
para Ageu, a reconstrução do templo não era um fim em si.
O templo representava o lugar de habitação
de Deus, sua presença manifesta no meio de seu povo escolhido. A destruição do
templo por Nabucodonosor ocorreu depois que a glória de Deus deixou o templo
(cf. Ez 8—11); para o profeta, a reconstrução do templo era um convite à volta
da presença de Deus no meio de Israel. Ageu usa a situação histórica como ponto
de partida para celebrar a glória suprema do templo messiânico definitivo que
ainda estava por vir (2:7), incentivando as pessoas com a promessa de paz
(2:9), prosperidade (2:19), governo divino (2:21-22) e bênçãos nacionais (2:23)
ainda maiores durante o milênio.
PALAVRA-CHAVE
Anel
de selar: em hebraico, chotham — 2:23 —, essa expressão deriva de uma raiz
verbal que significa “fixar um selo”, “selar” ou “prender por meio de selo”.
Nos tempos do AT, o anel de selar era uma pedra gravada e colocada num anel,
numa pulseira ou numa braçadeira de prata ou ouro (veja Ct 8:6). Quando
pressionada sobre cera ou argila, o anel deixava a impressão da insígnia
pessoal de seu portador (veja Êx 28:11,21,36; 39:6,14,30). O anel de selar era
como uma carteira ou distintivo de identificação no mundo antigo (Gn 38:18).
Simbolizava status ou posição e a natureza vinculante da autoridade anexa aos
itens selados pelo anel (1Rs 21:8; Jó 38:14). A comparação de Zorobabel a um
anel de selar (2:23) possui implicações messiânicas, uma vez que ele reverteria
a maldição de Jeremias sobre a dinastia do rei Joaquim e restauraria a
autoridade real à linhagem do rei Davi (Jr 22:24-30).
PRINCIPAIS
DOUTRINAS
A presença de Deus no templo — (1:7-8;
2:7-9; 1Rs 8:10-11; 2Cr 5:13-14; Ez 43:5; 1Co 6:19-20; 2Co 6:16-18; Ap 21:22;
22:1-21).
A obediência das pessoas que temiam a
Deus — (1:12-15; Dt 11:8; 1Cr 24:19; 2Cr 19:9; Ed 5:2; Pv 15:33; Cl 2:6-7;
3:22).
O
CARÁTER DE DEUS
Deus é glorioso — 2:1-9.
DESAFIOS
DE INTERPRETAÇÃO
A
ambiguidade interpretativa mais evidente na profecia de Ageu é a expressão “as
quais [todas as nações] trarão para cá os seus tesouros” (2:7). Embora haja
várias traduções, existem basicamente apenas duas interpretações. Alguns
argumentam que ela se refere a Jerusalém (cf. Is 60:11; 61:6). É mais provável,
porém, que seja uma referência ao Messias, o Libertador pelo qual anseiam todas
as nações. Veja a seção “Respostas para perguntas difíceis” para mais detalhes
sobre essa questão.
CRISTO EM AGEU
O
livro de Ageu revela a importante posição ocupada por Zorobabel na linhagem
messiânica de Davi. Sua posição, ilustrada por um anel de selar (2:23; veja a
seção “Palavras-Chave”), deu continuidade à linhagem real de Davi, por meio da
qual Cristo viria. O nome “Zorobabel” é encontrado tanto na ascendência de
Maria (Lc 3:27) como de José (Mt 1:12), demonstrando sua importância em unir os
ramos da linhagem de Cristo.
ENQUANTO
ISSO, EM OUTRAS PARTES DO MUNDO...
Abandonando as conveniências da vida
palaciana, Buda deixa seu lar para iniciar seus estudos filosóficos. Em 521
a.C., prega seu primeiro sermão na cidade sagrada de Benares.
RESPOSTAS
PARA PERGUNTAS DIFÍCEIS
1.
O
que exatamente quis dizer Ageu ao empregar a expressão “as quais [todas as
nações] trarão para cá os seus tesouros” (2:7)? Várias traduções da frase
original têm sido oferecidas, mas apenas duas interpretações parecem ser
possíveis. Apontando para “Tanto a prata quanto o ouro me pertencem” (2:8),
assim como para referências como Isaías 60:5 e Zacarias 14:14, algumas pessoas
argumentam que Ageu tinha em mente a cidade de Jerusalém, para onde as riquezas
das nações serão trazidas durante o milênio. É mais provável, porém, que essa
expressão seja uma referência ao Messias, o Libertador pelo qual anseiam todas
as nações. Além de essa interpretação ser corrobada pelos rabinos da
antiguidade e pela igreja primitiva, a menção da “glória” no versículo 9 sugere
uma referência pessoal ao Messias (cf. Is 40:5; 60:1; Lc 2:32).
APROFUNDAMENTO
1.
Quais foram as abordagens e os argumentos usados por Ageu para convencer o povo
a reconstruir o templo?
2. A
partir de Ageu, ilustre o conceito de prioridades.
3. O
que Deus fez para advertir e incentivar o povo a trabalhar?
4.
Que mensagem especial Deus entregou a Zorobabel, o líder dos israelitas, por
meio de Ageu?
5. Quais tarefas em longo prazo a serem
realizadas para Deus você assumiu em sua vida?
Manual bíblico MacArthur
AGEU
Introdução Capítulo 1 Esboço Capítulo 2
INTRODUÇÃO
Data
e Autoria.
O
autor deste livro é a única pessoa do Velho Testamento com o nome de Ageu
(significando "festivo" ou "alegre"). O nome talvez indique
a fé dos pais do profeta em que o filho tivesse a alegria de ver suas predições
de restauração cumpridas. É possível que fosse chamado por ter nascido em
alguma festa sagrada do calendário hebraico. Embora seja um dos profetas cujos
detalhes da vida pessoal são desconhecidos, ele foi mencionado por Esdras
(Esdras 5:1; 6:14). Ele foi o primeiro dos profetas pós-exílicos que ministrou
ao remanescente que voltou do cativeiro da Babilônia. Sua profecia está
claramente datada de 520 A.C., o segundo ano do rei Dario. Ageu provavelmente
nasceu no exibo no começo do século sexto. Seu contemporâneo no ofício
profético foi Zacarias (cons. Ageu 1:1 com Zc. 1:1; veja também Esdras 5:1;
6:14).
Antecedentes
Históricos.
Os profetas antes do Exílio (586 A.C.)
previram a queda do reino judeu para o novo império babilônio. Também foi
revelado que depois de setenta anos o Senhor restauraria o Seu povo à sua terra
(Jr. 25:11, 12; Dn. 9:2). Quando Ciro, o persa, destruiu o poder babilônico,
favoreceu e promoveu o retorno dos judeus à terra da promessa para reconstrução
do santuário em Jerusalém. Os alicerces do novo Templo foram colocados e a obra
começou com grandes esperanças. Logo vizinhos hostis empregaram seus ardis para
impedir o trabalho. A obra foi interrompida, mas a oposição externa à tarefa
foi apenas parte do problema. Um estado de indiferença apoderou-se dos cinqüenta
mil exilados que retornaram com a resolução de reconstruir a casa de Deus.
Quando Dario Histaspes subiu ao trono persa, o Templo estava intacto por cerca
de dezesseis anos. Ageu (e mais tarde Zacarias) foi enviado por Deus para
despertar o povo e ativá-lo de sua letargia prosseguindo na obra da
restauração. Seria injusto para com Ageu considerar que suas mensagens só se
ocupassem de assuntos da reconstrução. Ele começa desse ponto de partida, mas
prossegue falando da glória da presença do Senhor Jesus Cristo, o futuro
estabelecimento do reino de Deus na terra, do juízo divino dos poderes mundiais
ímpios e das bênçãos que aguardavam as nações que se voltassem para Deus.
ESBOÇO
Capítulo
I.
I.
Censura
à indiferença. 1:1-4.
II.
Convocação
à reflexão séria. 1:5, 6.
III. Os castigos de Deus para Israel. 1:7-11.
IV. Obediência da nação. 1:12-15.
Capítulo II.
I. Estímulo à construção. 2:1-5.
II. Promessa da glória futura. 2:6-9.
III. Puro e impuro nas questões
levíticas. 2:10-14.
IV. A aplicação dessas verdades.
2:15-19.
V. A futura bênção de Deus para
Zorobabel. 2:20-23.
COMENTÁRIO
Ageu 1
I. Censura à Indiferença. 1:1-4.
1.
No segundo ano.
Cons. Introdução. O profeta data todas as suas profecias, como se mantivesse um
compenetrado diário de todos os acontecimentos importantes na reconstrução do
Templo. No primeiro dia do mês. A lua nova era o período quando o povo se
reunia para adoração (como o fazem atualmente os judeus ortodoxos); portanto
era urna ocasião apropriada para a pregação da divina mensagem de Ageu. No
sexto mês. Chamado Elul, este mês caía em Setembro mais ou menos. A data da
profecia no reinado de um monarca gentio é testemunho eloqüente de que "o
tempo dos gentios" já tinha começado (cons. Lc. 21:24; Esdras 4:24).
Conforme as datas se sucedem através de toda a profecia, o progresso da obra se
torna claro. Zorobabel. Seu nome significa "nascido ou gerado na Babilônia".
Nos registros históricos ele é chamado de Sesbazar (veja Esdras 1:8; 5:14, 16).
Ele era um descendente da dinastia davídica, o bisavô de Jeoaquim (Jeconias; I
Cr. 3:17, 19), e foi feito governador de Judá por Ciro (Esdras 5:14). Josué.
Era filho de Jeozadaque, sumo sacerdote no tempo da invasão babilônica (I cr.
6: IS). Assim a profecia de Ageu se dirige aos chefes civis e religiosos da
nação.
2.
Este povo.
Não o "Meu" povo, mas "Este" povo, a fim de demonstrar o
desagrado do Senhor. Não veio ainda o tempo. Esta era a desculpa que o povo
oferecia para não reconstruir o Templo. De acordo com o seu modo de pensar, o
tempo não era apropriado. Na realidade, a raiz da dificuldade se encontrava
neles mesmos, não em alguma circunstância externa ou fator de tempo. O
subterfúgio está claro ; eles não diziam que a obra não deveria prosseguir, mas
que não era o momento apropriado de fazê-lo. Alguém poderia achar que um lapso
de dezesseis anos teria demonstrado a necessidade de um esforço de sua parte.
Mas o coração que não está pronto sempre encontra desculpas. Dificilmente
podemos aceitar que eles tivessem calculado meticulosamente os setenta anosa
partir de 586 A.C. A impressão é, antes, de que eles achavam que uma renovação
da atividade da construção despertada a hostilidade latente dos persas e os
colocaria em dificuldades.
4.
Acaso é tempo . . . ?
A ASV traduz o pronome adicional no original, vós mesmos. Ageu perguntou aos
líderes se a hora não era auspiciosa apenas para os assuntos relacionados com
Deus. Sua atividade nas questões pessoais (tais como a construção de casas)
dava uma impressão totalmente diferente. Que contraste – o Templo do Senhor
desolado e devastado ao lado das habitações particulares acabadas e enfeitadas
dos exilados que tinham retornado! A pergunta do profeta, com um golpe
magistral, desmascarou a indiferença, o egoísmo e a desobediência da nação.
Casas apaineladas. Eram casas meticulosamente adornadas. Lambrisamento com
cedros se encontravam em palácios de reis (veja I Reis 7:7; Jr. 22:14).
Considerando que essa madeira era cara e não comum na Judéia, o seu uso era
sinal de luxo. Em ruínas. Onde estavam os seus corações, aí também se encontrava
o Seu tesouro. Compare sua indiferença para com a casa de Deus coma elogiável
preocupação de Davi (II Sm. 7:2).
II. Convocação à Séria Reflexão. 1:5, 6.
5. Considerar o vosso passado. A necessidade
da hora era considerar (lit., colocai o vosso coração em) suas ações. No vi, o
coração geralmente representa a sede dos pensamentos. Para uma pessoa se sentir
grata ela deve refletir nas causas de sua gratidão. Convocação à reflexão.
Convocação à reflexão é um assunto favorito deste profeta. Ele fala nisso no
versículo 7 e então duas vezes em 2:18. É um desafio para o autoexame e o
auto-julgamento. O povo judeu podia facilmente avaliar a natureza dos seus atos
pelos resultados obtidos deles.
6. Tendes semeado muito. Eles se
consumiam por ocasião da semeadura. Eles não poupavam esforços para assegurar a
prosperidade. Mas suas colheitas eram totalmente desapontadoras. Eles deviam
ter percebido que não podiam se enriquecer à custa de Deus (cons. Lv. 26:26;
Os. 4:10; Mq. 6:14). Vestis-vos. Nada parecia ser o suficiente, nem o alimento,
nem a bebida, nem as roupas. Saquitel furado. Os salários eram tão pequenos que
desapareciam diante das necessidades diárias; os ganhos dos trabalhadores logo
eram gastos. Não há nenhuma contradição entre a descrição da pobreza aqui e a
descrição das casas apaineladas e caras do versículo 4. Como em outras
sociedades, os ricos coexistem com os pobres. Aquela época, como toda época na
história da humanidade, comprovou a verdade de Mt. 6:33. Quando Deus é
esquecido, todo o trabalho é sem lucro. As civilizações materialistas da
atualidade precisam pensar nesta verdade mais do que em qualquer outra coisa.
III. Os Castigos de Deus para Israel. 1:7-11.
8. Subi ao monte. Após outra
convocação para um sério exame de sua condição, apresenta-se o remédio. O povo
devia subir às terras altas e às áreas cobertas de matas para buscar madeira
para o Templo. Dela me agradarei. Deus prometeu desde o início que a obediência
resultaria em sua aprovação. Resumidamente Ageu dedara: "Obedecei a Deus e
tereis as suas bênçãos e a sua aprovação". Serei glorificado. Aqui está a
prova de que Deus se preocupava, com Ageu, com os aspectos espirituais da
reconstrução. Salomão tinha orado (I Rs. 8:30) que Deus fosse magnificado
através da adoração do Seu povo. Quando essa atividade da vida espiritual foi
negligenciada, resultou em esterilidade. O Talmude Babilônico declara que cinco
das coisas que havia no primeiro Templo faltavam no Templo de Zorobabel: 1) a
glória do Shequiná, 2) o fogo Santo, 3) a arca da aliança, 4) o Urim e o Tumim,
e 5) o espírito de profecia (provavelmente o Espírito Santo). Apesar de
qualquer coisa que possa ter faltado na restauração do Templo, Deus
inequivocamente prometera que Suas bênçãos lá estariam.
9. Esperastes o muito. Ageu retorna ao
tema das conseqüências desastrosas da indiferença do povo pelas coisas
espirituais. Tal negligência tinha um efeito direto em seus assuntos temporais.
Embora tivessem grandes esperanças em colheitas abundantes, tais expectativas
foram frustrantes. Pouco havia para exibirem pelo seu grande dispêndio de
energias. Eu com um assopro o dissipei. Até o pouco que foi colhido de nada
lhes adiantou. Deus providenciou que fosse impróprio para o consumo ou que
fosse disperso. O povo foi assina informado que não devia atribuir a pequena
produção do solo a nenhuma outra causa, como por exemplo à terra há tanto
negligenciada durante o período do cativeiro, mas ao castigo direto de Deus.
Por quê? Como a providência divina podia ser explicada? O castigo divino tinha
de ser declarado segundo seus atos. Em que eles falharam? Cada um de vós corre.
A resposta é clara. Em buscar a sua própria sorte, exibiram considerável grau
de zelo, correram para se dizer a verdade, na busca de seus interesses
egoístas, ignorando os interesses do Senhor. Um contraste notável entre a minha
casa e a sua própria casa.
10.
Retêm o seu orvalho.
O Senhor reteve o orvalho que substituía a chuva durante os meses secos do
verão, de modo que a terra não produzia. Assim Deus manifestou claramente que
Ele era o administrador supremo do alimento de Israel.
11.
Fiz vir a seca.
Mais de uma vez na história de Israel Deus viu que havia necessidade de fazer a
nação perceber sua total dependência dEle para todas as necessidades da vida.
Repetidas vezes os mestres e profetas do V.T. enfatizaram que no caminho da
obediência Israel encontraria o equilíbrio das forças da natureza para o seu
benefício e recebimento de bênçãos. Deus advertira o povo de que se fosse
desobediente, os próprios céus se tornariam como bronze (Dt. 28:23). A seca que
ele enviou à terra e às montanhas afetou o cereal, o vinho, o azeite, todos os
produtos da terra e todo o trabalho do homem e do gado. A fome sempre fora um
flagelo terrível na mão de Deus. Veja II Rs. 8:1; Sl. 105:16; cons. Dt. 11:14;
18:4. A criação inferior sempre fica envolvida na sorte do homem (Rm. 8:19-21).
IV. Obediência da Nação. 1:12-15.
12.
Atenderam à voz do SENHOR. Aqui se encontra a indicação de que houve uma
cooperação sincera entre os líderes e o povo. A mensagem do profeta tivera o
efeito pretendido. O povo prontamente avaliou a mensagem de Ageu, aceitando-a
como a vontade de Deus expressa através do seu servo. Seu Deus. Duas vezes Deus
foi assim chamado. Parece que há uma implicação aqui de que a nação agora se
inclino u a uma conformação mais achegada com o relacionamento que tinha com
Deus na qualidade de Seu povo escolhido e participante da aliança.
13.
O enviado do SENHOR . . . a mensagem do SENHOR. Com nova visão
espiritual, o povo reconheceu Ageu como o porta-voz do senhor, investido de
autoridade divina Eu sou convosco. A mensagem era curta, mas não poderia ser
mais confortadora ou mais fortalecedora. No passado esta mensagem fora usada
por Deus para incitar os homens a grandes realizações (como, por exemplo, em
Êx. 3:12; Jr. 1:8) e continua sendo a mais tranqüilizadora de todas as
promessas feitas aos servos do Senhor Jesus Cristo em todo o mundo (cons. Mt.
28:20). O retorno ao Senhor foi sincero; caso contrário esta forte palavra de
tranqüilização não lhes teria sido dada.
14.
O Senhor despertou.
Todas as boas intenções e propósitos do povo de Deus emanam do Senhor. Ele é
que dá energia aos homens para querer e fazer a Sua vontade (Fp. 2:13).
Espírito. O uso triplo do termo indica que a batalha estava ganha ou perdida no
reino espiritual, não em qualquer condição externa favorável ou desfavorável.
Eles vieram e se puseram ao trabalho. O povo começou a trabalhar reunindo o
material necessário para a estrutura; os fundamentos não foram, contudo,
colocados até três meses mais tarde.
15. Vigésimo quarto dia. Ageu toma o
cuidado de dar uma outra data precisa, tão importante é o assunto no qual tem
colocado o seu coração. Houve um intervalo de vinte e três dias entre esta data
e a que foi dada no versículo 1. Deus sempre toma nota de qualquer aspecto da
obediência dos seus filhos.
Ageu
2
I. Estimulo à Construção. 2:1-5.
1. No sétimo mês, no vigésimo primeiro do mês. A segunda
mensagem do profeta está datada do sétimo dia da Festa dos Tabernáculos, a
festa final da colheita no calendário hebreu (cons. Lv. 23:39-44). A festa
ficava assinalada por muita alegria (como ainda acontece hoje em dia) e os
sacrifícios de ação de graça eram mais numerosos no último dia do que em
qualquer outro dia do ano. Contudo, comas colheitas escassas e o humilde começo
da construção do Templo, o contraste com as antigas condições devia ser
especialmente doloroso. Havia, portanto, necessidade de estímulo (cons. Esdras
3:12, 13). Freqüentemente Satanás faz seus mais fortes ataques aos homens logo
após eles terem firmemente se resolvido a seguir a liderança do Senhor. O povo
precisava de forte estímulo para resguardá-lo do desalento. No primeiro
capítulo a necessidade era uma mensagem às consciências e vontades de um povo
indiferente; aqui havia necessidade de uma palavra de conforto e estímulo para
os corações da nação despertada.
3. Quem há entre vós . . . ? As palavras são
dirigidas aos líderes civis e religiosos e ao remanescente que voltara. Deus
comparava o Templo de Salomão com o que estava em construção. Através de Ageu
perguntava aos líderes e ao povo quantos deles se lembravam da glória da
primeira estrutura. Passado um período de setenta anos de exílio, provavelmente
poucos eram os que tinham visto o primeiro Templo. Como nada. A conjuntura da
pergunta do Senhor se encontra na narrativa de Esdras3:8-13. O registro declara
que na colocação dos alicerces do segundo Templo os sacerdotes acompanharam a
cerimônia com o cânticos de salmos e tocar de trombetas. A geração mais jovem,
sem meios de comparação neste caso, exultava por causa da realização. Mas os
homens mais velhos que tinham conhecido o primeiro e glorioso Templo choravam
abertamente por causa do notável contraste entre os dois santuários. Ageu
dirigiu a sua pergunta a este último grupo. Do ponto de vista divino só havia
uma única casa do Senhor em Jerusalém, quer edificada por Salomão, Zorobabel ou
mais tarde por Herodes. Uma vez Deus se referira ao edifício de Salomão
chamando-o de "esta casa em sua primeira glória". Os pensamentos
divinos não são humanos, e os seus juízos são tomados com base no absoluto.
4-2.
Sê forte.
No exórdio dirigido ao príncipe, sacerdote e povo, o Senhor ordena a todos que
sejam fortes. Deus, que primeiro estabeleceu um contraste notável entre as
edificações, agora oferecia ao povo preparação espiritual para a execução de
suas tarefas. Seu propósito em estabelecer a diferença não era o de
desencorajá-los, mas antes de fazêlos perceber a magnitude de sua obra, sua
incapacidade de realizá-la com suas próprias forças e a necessidade de confiar
na suficiência dEle. O Senhor era a sua força. Novamente, a palavra
encorajadora de que a presença do Senhor seria sua constante porção lhes foi
apresentada.
5.
Segundo a palavra da aliança que fiz convosco. Se havia uma nação da terra que
devia estar certa da fidedignidade de Deus em relação às suas promessas, essa
nação era Israel. Ela tinha feito uma aliança (lit., cortado uma aliança,
falando com referência às vítimas que eram divididas pelo meio para ratificação
de uma aliança; cons. Gn. 15:10) para estabelecer um relacionamento permanente
com os filhos de Israel quando saíram do Egito. A aliança no Monte Sinai é o
que se temem vista (cons. Ex. 19:5; especialmente 33:12-14). Considerando que
Deus fora fiel a essa promessa através dos séculos passados da história de
Israel, podia-se confiar nEle com toda certeza para manutenção de sua palavra
empenhada aos contemporâneos de Ageu. O meu Espírito habita no meio de vós. Um
sinal da veracidade da promessa era a presença do Espírito de Deus habitando
entre eles. Deus não os abandonara, embora estivesse grandemente aborrecido com
sua indiferença para com o Seu amor e Suas ordens. Eles nada tinham a temer.
II. Promessa de Glória Futura. 2:6-9.
6.
Ainda uma vez, dentro em pouco. A expressão crítica provavelmente
significa que dentro de muito pouco tempo os acontecimentos mencionados se
realizariam. Farei abalar o céu. Este versículo e os três seguintes são
distintivamente messiânicos no pensamento (veja também Is. 61:1-3; Dn. 9:24-27;
Zc. 9:9, 10). Aqui a mensagem do profeta mescla detalhes da primeira e segunda
vindas de Cristo, como outras profecias do V.T. fazem com freqüência. A
predição do abalo nos céus, na terra, no mar, certamente se refere a algo mais
que uma exibição fora do comum da onipotência de Deus no reino natural; toda a
atmosfera da profecia leva o leitor para o período apocalíptico. Vemos aqui
novamente Deus intervindo sensível e manifestamente nos negócios dos homens.
Qual seria o relacionamento de idéias entre a declaração deste versículo e a do
versículo 5? O profeta encorajou os judeus a prosseguirem na obra do Templo com
toda a diligência, pois, conforme ele lhes assegurava, o seu Deus, o Senhor das
nações, logo demonstraria o Seu grande poder em benefício de Israel. Ele
sacudiria o universo material e derrubaria os reinos terrenos e finitos a fim
de estabelecer um reino final e definitivo na terra, o reino do querido Filho
de Deus.
7.
Farei abalar todas as nações. Esta predição tem se referido à
ascensão e sublevação dos impérios persas e grego. Ninguém pode negar
racionalmente que esses governos foram abalados no passado. Mas a leitura
cuidadosa das profecias da Escritura convencem o estudante sem preconceitos que
essas ocorrências não passaram de passos preparatórios no processo através do
qual Deus pretende desalojar os reinos deste mundo, para substituí-los pelo
governo justo do Messias de Israel e Redentor do mundo (veja Hb. 12:26, 27; Ap.
11:15). As coisas preciosas de todas as nações. Os tradutores não têm
concordado com a tradução das quatro palavras hebraicas desta porção do
versículo. A LXX as traduz assim: as coisas preferidas de todas as nações
virão. A ASV prefere esta tradução: as coisas preciosas de todas as nações, com
a anotação à margem, as coisas desejadas (heb., desejo) de todas as nações
virão. Outros sugeriram: os gentios virão com suas coisas deliciosas, ou as
possessões preciosas dos pagãos. Que significado deve ser dado à passagem
segundo essas traduções? A falta de esplendor e adornos externos no Templo de
Zorobabel seriam mais que compensados pelos presentes preciosos que todos os
povos trariam para tornar o Templo do Senhor em uma coisa bela e gloriosa. É
claro que tal tributo ao Senhor será prestado como sincera homenagem. Faz jus a
esta interpretação o uso do sujeito feminino singular e do verbo no plural.
É bom lembrar, contudo, que desde o
começo a maioria dos intérpretes cristãos seguiram a tradição judia associando
a passagem à vinda do Messias de Israel. Parece claro a esses intérpretes que o
anseio que todas as nações têm em comum deve ser o seu anseio pelo Libertador,
quer percebam ou não a natureza do seu desejo ou a identidade do seu verdadeiro
cumprimento no Senhor Jesus Cristo. Mais ainda, no hebraico geralmente um nome
abstrato substitui um concreto; assim a referência ao Messias não é
automaticamente excluída com base nas considerações lingüísticas. O uso do verbo
no plural não milita contra a interpretação messiânica, pois há exemplos nos
quais o verbo concorda com o segundo dos dois nomes. Encherei de glória esta
casa. É interessante que toda a habitação terrena do Deus infinito encheu-se de
glória (veja Êx. 40:35 com referência ao Tabernáculo Mosaico; I Rs. 8:10,11; II
Cr. 5:13, 14 quanto ao Templo Salomônico). O Templo de Zorobabel tinha ainda de
se encher com a glória da presença do Filho de Deus encarnado (João 1:14), não
se mencionando a glória do Segundo Advento (Ml. 3:1). O Senhor prediz que as
nações serão abaladas (não redimidas). Esse abalo foi o preparativo de Sua
primeira vinda e se completará com o segundo aparecimento (Dn. 2:35, 44; Mt.
21:44). Concordantemente, Deus encherá a sua casa, o Templo do futuro, com
glória sem precedentes.
8. Minha é a prata. Para que o
remanescente não ficasse sobrecarregado com a preocupação sobre a falta dos
preciosos metais para a restauração do Templo, o Senhor apontava para os seus
inesgotáveis suprimentos. Tem-se calculado que no Templo de Salomão foram
usados cerca de vinte milhões de dólares em ouro para revestimento do
compartimento mais interno do santuário. Mas o que era isto em comparação com
os suprimentos dAquele que tem tudo? (Sl. 50:12). Sim, mais do que isso, Deus o
embelezará na vinda do Seu Filho. Os pobres exilados tinham pouco para enfeitar
o Templo, mas Deus lhes assegurou que supriria a falta.
9.
A glória desta última casa. O sentido é que a última glória da casa excederia
de muito toda a glória antiga. É de vital importância que se perceba que nas
Escrituras o Templo de Deus em Jerusalém é considerado como uma entidade,
existindo sob diferentes formas em diferentes períodos da história. A presença
de Cristo emprestaria uma glória ao segundo Templo que o primeiro Templo jamais
conheceu. Tem-se defendido o ponto de vista que a última glória se refere à
glória milenial do Templo visto em Ezequiel, capítulos 40 a 48. Considerando
que há uma continuidade nos Templos das diferentes épocas, esta posição não
pode ser excluída. Embora o Templo de Zorobabel fosse totalmente modificado por
Herodes quando o reformou, o seu Templo continuou sendo considerado como o
segundo Templo. É assim chamado por todas as autoridades judias. E neste lugar
darei a paz. Cristo estabeleceu as bases para a paz espiritual de -Jerusalém
(Cl. 1:20). Ele garante a paz do coração e da mente para os crentes agora (Rm.
5:1; Fp 4:7) Mas finalmente Ele proporcionará a paz mundial na pessoa do
Príncipe da paz (Is. 9:6, 7). Mais do que suficiente, então, é esta resposta de
Deus para a aparência pouco impressionante do versículo 3 Deus sempre reserva o
melhor para o fim só os olhos da fé podem vê-lo.
III. Puro e Impuro nas Questões Levíticas.
2:10-14.
10.
Ao vigésimo quarto dia do mês nono. A quarta mensagem da profecia de Ageu
foi dada dois meses depois da anterior. Foi no nono mês que as chuvas temporãs
podiam ser esperadas para regarem as lavouras. Tendo já experimentado a
escassez e o desapontamento no período anterior o povo devia estar
especialmente preocupado com a produção para o ano seguinte. Durante seu
anterior período de desobediência, foram castigados em assuntos temporais.
Haveria uma mudança agora que tinham obedecido à ordem de Deus através de Ageu?
O profeta responde agora a esta pergunta.
11.
Pergunta agora aos sacerdotes, a respeito da lei. O povo devia
buscar ajuda legal com os sacerdotes daquele tempo. Os sacerdotes Eram
comissionados por Deus a interpretar a Lei; os profetas eram enviados para
aplicá-la (por exemplo, Ageu 2:13, 14). Nos versículos 11 a 13 o povo de Israel
foi descrito, indiretamente, no seu estado de desobediência, condição que não
devia se repetir.
12.
Se alguém leva carne santa. Duas perguntas distintas foram feitas. A primeira
é: Se um homem estivesse carregando carne santa (sacrificial) e tocasse em
outro objeto, esse objeto ficaria santo ou separado para o Senhor por causa do
contato com a carne? Responderam os sacerdotes: Não. A resposta no primeiro
caso está na negativa (cons. Lv. 22:4-6; Nm. 19:11).
13.
Ficará ela imunda?
A segunda pergunta era: Se um homem cerimonialmente impuro por causa de contato
com um cadáver tocasse em um objeto, o objeto ficaria impuro por causa da
impureza Cerimonial do homem? A resposta à segunda pergunta está na afirmativa.
O princípio é que a pureza moral não pode ser transmitida, de acordo com os
regulamentos mosaicos, mas a impureza moral pode ser transmitida. A impureza
legal é transmitida e não a pureza legal ou levítica. Um homem não pode
transmitir sua saúde a uma criança doente, mas uma criança doente pode
transmitir sua doença a um homem.
14.
Assim é este povo.
Embora o povo estivesse negligenciando a obra do Templo, estivera oferecendo
sacrifícios sobre um altar improvisado em Jerusalém (Esdras 3:3). Essas ofertas
não eram agradáveis ao Senhor; por isso Deus tinha retido Suas bênçãos do povo,
conforme se vê claramente no capítulo 1. O que ali oferecem: tudo é imundo.
Exatamente como os israelitas impuros poluíam tudo o que tocavam, assim o povo
em sua desobediência transmitia os resultados dessa desobediência a sua obra,
que se comprovava sem proveito. Assim como carne sagrada não podia comunicar
sua consagração a qualquer objeto, as ofertas que tinham o cuidado de
apresentar sobre o altar de Deus não eram suficientes para garantir a bênção de
Deus e a alegria da santidade. Todo o seu trabalho passado participava de sua
impureza espiritual. A conclusão é clara: não deviam retornar à sua
desobediência anterior, mas deviam abandoná-la. Aqui Ageu está interpretando
causa e efeito de um ângulo da Lei Mosaica, exatamente como antes a explicara
(1:6, 9-11) do ponto de vista da semeadura e colheita. Os paralelos são claros
entre "este povo", "esta nação" aqui e "Este
povo" em 1: 2.
IV. Aplicação Destas Verdades. 2:15-19.
15. Antes de pordes pedra sobre pedra.
O povo de Deus foi intimado a considerar suas difíceis circunstâncias durante o
período em que fora interrompido o trabalho no Templo.
16. Alguém vinha a um monte de vinte medidas. Naqueles dias
de escassez, quando um homem se aproximava de um monte de trigo do qual pensava
obter vinte medidas, descobria que, após debulhado, só dava metade daquela
porção. Vinha ao lagar. O lagar do qual se esperava que desse cinqüenta medidas
de vinho só dava vinte. As expectativas eram constantemente frustrantes, pois a
próspera não de Deus não estava sobre elas.
17.
Eu vos feri.
Como nos dias do profeta Amós (cons. Amós 4:9), o Senhor feria os campos e as
vinhas do Seu povo com crestamento, em resultado da seca excessiva, e com mofo,
em conseqüência de umidade excessiva. O restante da obra de suas mãos era
destruído pela saraiva. Toda a natureza era convocada contra eles. E não houve
entre vós quem voltasse para mim. Esses sinais do desprazer divino deviam ser
advertências bastante claras de castigos futuros, mas o povo era lento em
perceber e não se voltava para Deus com arrependimento e confiança. 18.
Considerai . . . desde este dia em diante. Este versículo expressa uma
exortação dupla. Como os homens dedicam pouco de suas mentes e pensamentos ao
relacionamento que mantém com o Senhor! . . . Antes do vigésimo quarto dia o
povo ainda não tinha se entregado sem reservas à obra, como deveria ter feito.
Queriam comparar condições antes e depois de sua obediência.
19.
Já não há somente no celeiro? O povo podia facilmente verificar a
veracidade ou falsidade das conclusões do profeta. Ao fazê-lo teriam descoberto
há muito que não havia mais sementes no celeiro, e que as videiras e árvores já
não produziam mais frutos. Mas desde este dia vos abençoarei. Mas agora,
permanecendo obedientes, Israel acharia tudo diferente. O profeta não falava
como um técnico agrícola inteligente, prevendo boas colheitas, mas como o
profeta de Deus anunciando a bênção da fé, a prosperidade da confiança. O Deus
que podia reter bênçãos também podia concedê-las ao povo fiel. V. As Futuras
Bênçãos de Deus para Zorobabel. 2 : 20-23.
20. Aos vinte e quatro do mês. No mesmo
dia em que transmitiu sua mensagem anterior (v. 10), Ageu transmitiu também seu
último pronunciamento, uma palavra de encorajamento pessoal a Zorobabel, o
líder civil.
21.
Fala a Zorobabel.
É possível que Zorobabel, na qualidade de governador e líder civil, tivesse
dificuldade em entender as predições anteriores (vs. 6, 7) referentes às
revoluções entre os poderes e feitios mundiais. Talvez ele se preocupasse sobre
como esses procedimentos divinos afetariam o povo cujo chefe ele era. Farei
abalar o céu e a terra. Prontamente se verá e reconhecerá que a mensagem
pessoal a Zorobabel funde-se com o pronunciamento profético referente aos
futuros juízos de Deus sobre as nações.
22.
Derrubarei o trono dos reinos. Alguns intérpretes têm colocado esta
passagem no período da revolta das nações súditas contra o Império Persa. Isto
aconteceu quando Dario Histaspis subiu ao trono em 521 A.C. Mas a profecia de
Ageu considera o futuro ; não se refere a algum acontecimento histórico
conhecido de todos. Mais ainda, há um significado no uso do singular
"trono". É melhor que se veja aqui, de acordo com hábeis expositores,
uma referência à derrota final deste sistema mundial dominado por Satanás,
quando o Rei da justiça, o Senhor Jesus Cristo, retornar para absorver os
governos (cons. Ap. 11:15). O carro. As nações, naquele tempo como agora, ainda
dependerão de forças e armas materiais para alcançarem seus objetivos carnais,
mas o Senhor destruirá totalmente seu poder e demonstração de força. Pela
espada do outro. A destruição começada pelo Senhor terá um fim através da
insanidade da luta civil (veja também Ez. 38:21; Zc. 14:13). Esses acontecimentos
terão lugar nos dias da Guerra do Armagedom. Sem muito esforço de imaginação os
acontecimentos deste versículo podem ser torcidos para se encaixarem em algum
conflito ou movimento político de impérios outrora grandes.
23.
Naquele dia, diz o SENHOR dos exércitos, tomar-te-ei. A nota pessoal
é inconfundível. Zorobabel não se destinava ao juízo, mas para uma missão
específica. Deus trilha reservado honras especiais para este servo Seu. A
promessa realmente se refere ao ofício que Zorobabel exercia como governador em
Judá; não pode se referir ao período de vida do próprio Zorobabel. No seu tempo
os acontecimentos preditos não transpiravam. O significado é que o descendente
messiânico viria através de Zorobabel, da linha de Davi, tal como se fosse através
do próprio Davi. O trono garantido a Davi está aqui comparado com as dinastias
vacilantes do mundo. Zorobabel se encontra em ambas as genealogias do Messias
(Mt. 1:12; Lc. 3:27). Os expositores judeus relacionavam esta passagem de Ageu
com o Messias. Em Zorobabel como tipo está prefigurada, portanto, a pessoa do
antítipo, o Messias. Ambos eram descendentes de Davi; por isso a mistura nesta
profecia.
Como
um anel de selar. O
selo era um objeto de valor e cuidado no Oriente. Era sinal de honra e autoridade
(veja Cantares 8:6; Jr. 22:24). Antigamente, quando o anel de selar era usado
para assinatura de cartas e documentos, representava o seu possuidor, que
sempre o usava (cons. Gn. 38:18; Jr. 22:24). Era uma propriedade de sua estima.
Aqui o selo prefigurava o Cristo precioso. Porque te escolhi. Como outras
pessoas ilustres do V.T. tomaram o seu lugar na linhagem da sucessão messiânica
pela seleção soberana de Deus, assim Zorobabel foi honrado Ageu 17 tomando
lugar nesse grupo de homens que apontavam para o Escolhido de Deus, o Senhor
Cristo.
(Comentário Bíblico Moody)
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