TEXTO ÁUREO
“Ele,
porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os
fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua
mulher, e serão dois numa só carne?” (Mt 19.4,5).
VERDADE PRÁTICA
A
sexualidade humana tem por objetivo a união do homem e da mulher, no casamento,
a reprodução da espécie e a glorificação do Deus Criador.
Capítulo 6
A Sexualidade Humana
c
|
erta
manhã, durante a nossa visita a Israel, dirigimo-nos à região do mar Morto. E,
ali, diante daquela imensidão salgada e morta, lembrei-me de Sodoma e Gomorra.
De acordo com a Bíblia Sagrada, ambas as cidades podiam ser encontradas
exatamente naquele sítio, que, hoje, é conhecido ainda por estes apelidos mui
emblemáticos: mar de Ló e mar de Sodoma. Trata-se de um lugar quente e
desconfortável. Os que se aventuram a entrar, naquelas águas, são aconselhados
a não exceder os 60 minutos.
Dizem
que o mar Salgado, pois assim a Bíblia o chama, faz bem à saúde, em virtude de
seus muitos sais e minérios. Acredito que essa propaganda seja em parte
verdadeira, pois o lugar é procurado por gente do mundo inteiro. Mas, para mim,
o maior benefício do mar Morto é o seu alerta aos que ainda estão vivos: o Deus
Único e Verdadeiro não se deixa escarnecer; tudo quanto o homem semear isso
também há de ceifar. Sodoma e Gomorra poderiam ter entrado para a história, em
virtude de seu progresso, desenvolvimento e avanços mercantis e econômicos. Em
várias passagens das Sagradas Escrituras, deparamo-nos com indícios de que
ambas as cidades haviam alcançado um elevado grau de civilização (Gn 13.10; Ez
16.49). Todavia, em que pesem todas as suas conquistas, passaram a ser
conhecidas por sua devassidão, torpeza e imoralidade. De tal forma tornaram-se
profanas, que nem respeito mostraram aos santos anjos enviados, pelo Senhor, afim de resgatar ao justo Ló e a sua família.
Apesar
do castigo que sobreveio a Sodoma e a Gomorra, o mundo vem multiplicando sua
devassidão, pecados e iniquidades. Nunca os pecados sexuais tornaram-se tão
escandalosos e descarados; nada mais pode ser proibido ou censurado. No
entanto, o mesmo castigo que se abateu sobre as impenitentes cidades das
campinas do Jordão há de recair sobre os que, menosprezando o Juízo Divino,
vivem como se tudo fosse permitido.
Neste capítulo, veremos o que a Bíblia ensina
e prescreve acerca da sexualidade humana. Conquanto seja um assunto
exaustivamente debatido, está sempre a gerar novas controvérsias. Por essa
razão, recorreremos à Palavra de Deus, a m de buscar o verdadeiro modelo quanto
ao uso santo e decoroso do sexo.
Ao
longo de nossa dissertação, constataremos que o sexo não é uma construção
social, mas algo criado por Deus; um dom, cujos reais objetivos não podem ser
ignorados nem profanados. Mostraremos que as distorções e os pecados sexuais
são uma grave ofensa contra Deus.
Que
o Espírito Santo nos ilumine a compreender mais esse assunto relacionado à
doutrina do homem na Bíblia Sagrada.
I.
O Renascimento de Sodoma e Gomorra
Não
são poucos os cristãos que se assustam com a “invasão” da Europa pelos
muçulmanos. Alguns, chorosos e antevendo a destruição dos valores e conquistas
ocidentais, indagam: “O que será da civilização cristã?”. Em primeiro lugar,
nunca houve uma civilização europeia genuinamente cristã, porquanto o paganismo
sempre esteve presente desde o Volga, passando pelo Danúbio e pelo Sena,
desaguando ora no Atlântico, ora no Mediterrâneo. O que havia, desde
Constantino, o Grande (272-337 d.C.), até o início da Primeira Guerra Mundial,
em 1914, era a hegemonia de uma cultura pagã inuenciada fortemente pelos
valores judaico-cristãos. Mas que, desde aquela época, vem degradando-se de
maneira vertiginosa. Tanto é que, hoje, já se fala, com diabólico ufanismo, na
repaganização do continente europeu. E, como sempre acontece em tais ocasiões,
esse retrocesso espiritual e moral acabou por redundar numa promiscuidade
sexual assustadora e sem precedente algum. Noutras palavras, estamos a assistir
ao renascimento espiritual de Sodoma e Gomorra.
1. A civilização do erotismo.
O decantado mundo clássico Greco romano tolerava práticas que, até há bem pouco
tempo, causavam-nos ascos e repulsas. Os deuses gregos, que os romanos vieram a
tomar emprestados, não serviam de referência espiritual e moral a nenhum de
seus adoradores, pois eram mais degradados e corruptos do que o mais corrupto e
degradado dos homens. Haja vista o chefe de todos eles, fosse Zeus, na Grécia,
ou Júpiter, em Roma. Esse “deus” libertino e sanguinário, que os indo-europeus
chamavam de Dyàuṣpítaḥ,
vivia a corromper donas de casa e donzelas por todas as cidades gregas e
romanas. E, nas horas de ócio, que não eram poucas, jogavam seus adoradores uns
contra os outros, promovendo desentendimentos e guerras.
Ao transitar pelos canais do televisor, para
ver se ainda resta um programa respeitável, constatamos que as divindades do
mundo clássico ressuscitaram e, agora, mais virulentas e lúbricas, tomam de
assalto a todas as telas. Ostentando outros nomes e fantasias, zeram-se mais
exigentes que outrora; requerem o corpo, a alma e o espírito de todos os seus
tolos e desavisados servos (ou escravos?). Este se apresenta como o deus da
guerra: enaltece a violência e despreza a vida humana; e aquela, despudorada e
espezinhando todos os valores cristãos, descobre-se como a deusa do sexo e, no
sexo vil e sujo, enreda crianças, adolescentes e até gente idosa.
Na
verdade, tais divindades não foram criadas nem por Homero, nem por Hesíodo.
Tais poetas limitaram-se a nomear os demônios que, a serviço de Satanás, vêm
induzindo os seres humanos ao pecado, desde a Queda de Adão de Eva. Eles
induziram Caim ao fratricídio; cegaram os olhos de Lameque para que,
banalmente, matasse aqueles dois homens que, sem querer, nele esbarraram; e,
insatisfeito, abriram os olhos desse mesmo Lameque, para que, desrespeitando a
monogamia conjugal, tomasse duas mulheres como esposa. E, a partir desse
evento, os “deuses” do sexo e da violência vêm tomando o mundo de assalto. A
situação só não está pior porque a Igreja de Cristo, como o sal da terra e a
luz do mundo, vem barrando, eficazmente, o avanço de Satanás e de seus demônios.
Vivemos
numa civilização erótica e violenta. Nossos dias em nada diferem do período que
antecedeu o Dilúvio, no qual as pessoas davamse, sem quaisquer regras, às
comidas, às bebidas e àquilo que chamavam de casamento. Viviam para pecar e
pecavam para viver.
O
sexo, hoje, é explorado sem pudor. Vai das modas e grifes mais degradantes que,
indefinindo os sexos, lançam homens e mulheres à devassidão, aos quadrinhos e
filmes que, ao apregoarem serem todas as coisas lícitas, mesmo as mais
inconvenientes e nocivas, clamam por um novo julgamento universal. E, repetindo
um slogan, que infelicitou a França, em 1968, os que a si mesmos intitulam-se
formadores de opinião não cessam de matraquear: “É proibido proibir”. Ora, se
tudo é permitido, a vida torna-se insustentável.
As
marcas de nossa civilização em nada diferem da antediluviana: sexo e violência.
Novelas, filmes e livros. Tudo se acha eivado pelas mesmas iniquidades e
pecados que levaram o mundo antigo à destruição.
2. A cultura do erotismo.
Os
deuses antigos demoravam, às vezes, de dois a três séculos para se tornarem
nacional e internacionalmente conhecidos. Haja vista que o mundo do século IV,
antes de Cristo, só veio a conhecer o panteão grego por meio das conquistas de
Alexandre, o Grande (356-323 a.C.). A partir daí, os deuses da Grécia, com
todas as suas tralhas ideológicas e comportamentais, espraiaram-se da Índia às
fronteiras da Itália.
No
mundo pós-moderno, porém, os ídolos forjados nos estúdios de cinema e nos
ateliês da moda tornam-se conhecidos, literalmente, de um dia para o outro.
Basta um anúncio na televisão, de apenas 30 segundo, para que surja um novo
símbolo sexual — uma Afrodite renascida do Inferno, ou um Apolo ressuscitado de
alguma mente doentia. E, assim, o que era pecado outrora se torna, hoje,
cultura.
A
massificação do adultério, da fornicação, do homossexualismo e até da pedolia
levou a atual geração a tolerar o intolerável. No Sermão Profético, alertou-nos
seriamente o Senhor Jesus: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se
esfriará de quase todos” (Mt 24.12, ARA). Isso significa que até mesmo nós, os
lhos de Deus, corremos o risco de nos conformarmos perigosamente com o presente
século (Rm 12.1,2). De repente, estamos a rotular de cultura o que a Bíblia
chama de iniquidade.
Sejamos firmes e santos, tendo o exemplo do
justo e íntegro Jó sempre diante de nós (Jó 31.1-4).
Nem tudo o que é apresentado como cultura,
arte, folclore e tradição corresponde a esses rótulos inofensivos. O Diabo sabe
como vender seus produtos. E, para colocá-los na feira da concupiscência,
utiliza-se de órgãos públicos, de escolas e até de igrejas. Saibamos como
diferençar uma coisa da outra, pois o nosso compromisso é salgar e iluminar,
com o Evangelho de Cristo, a sociedade na qual vivemos.
3. A religião do erotismo.
Assim
como no mundo antigo a prostituição estava intimamente ligada aos cultos
pagãos, o mesmo acontece hoje. Pelo que me consta, ainda não foram reerguidos
os templos de Baal, de Hathor e de Afrodite. Entretanto, o sexo já vem sendo
praticado, em muitos lugares, como oferenda declarada e explícita a Satanás.
Como se toda essa miséria não bastasse, não faltam teólogos para justicar,
“biblicamente”, a prostituição, o adultério e o homossexualismo. Os tais,
seguindo o exemplo de Balaão, abusam da teologia e da Palavra de Deus, para
corromper o povo do Senhor.
Não obstante o fervor erótico da presente era,
constatamos que as sociedades mais liberais, como as nórdicas, apresentam um
preocupante declínio populacional; tendem a desaparecer se não reverterem
imediatamente essa tendência. Nelas, cumpre-se a profecia de Oseias: “Comerão,
mas não se fartarão; entregar-se-ão à sensualidade, mas não se multiplicarão,
porque ao Senhor deixaram de adorar” (Os 4.10, ARA). Em nada diferem elas de
Sodoma e Gomorra; conquanto desenvolvidas, ricas e prósperas, moralmente são
miseráveis e podres. Nesses países, cresce não apenas o número de ateus, como
também a cifra dos que se declaram inimigos do Deus Único e Verdadeiro. Apoiam
o aborto, a eutanásia, o casamento de pessoas do mesmo sexo e, em alguns
lugares, já defendem abertamente a pedofilia.
Já
começam a aparecer igrejas evangélicas que, apresentando-se como inclusivas,
não só acolhem, mas também justificam os que se entregam aos pecados sexuais.
Ao torcerem as Escrituras, defendem o homossexualismo como se essa prática
fosse o plano de Deus à humanidade. Hoje, vemos com tristeza e pesar, várias
denominações, que, apesar de seu passado comprometido com a Palavra de Deus, já
começam a consagrar pessoas declaradamente homossexuais ao ministério cristão.
Se
não estivermos vigilantes e cuidadosos, a doutrina de Balaão entrarnos-á de
maneira sorrateira e disfarçada pelas igrejas, pervertendo os santos,
exatamente como aconteceu durante a peregrinação de Israel pelo Sinai.
Atentemos a esta advertência de Jesus à igreja de Pérgamo: “Tenho, todavia,
contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de
Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos lhos de Israel
para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição” (Ap
2.14).
Não transformemos os nossos santuários em
templos pagãos e dedicados aos pecados sexuais. Hoje, muitas igrejas são
mobiliadas para terem aparências de casas noturnas: luzes apagadas, canhões
luminosos, efeitos especiais, dança e sensualidade. Os gritos são
ensurdecedores; a música, alucinante. Enfim, um desastre à espiritualidade de
quem busca agradar a Deus. O que é isso senão a doutrina de Balaão? Esse
profeta estrangeiro sabia que não podia amaldiçoar Israel, porque Israel, como
povo do Senhor, já era abençoado. Sua maldição, por conseguinte, jamais
atingiria os hebreus. Mas, como bom teólogo que era, Balaão usou a teologia
para, teologicamente, amaldiçoar o povo do Senhor. Seu trabalho de feitiçaria
não pega, o pecado certamente pegará.
E,
assim, manipulando a revelação e a teologia que Deus lhe conara, Balaão
engendrou um meio para levar a maldição, a derrota e a morte ao arraial hebreu.
Põe-se, então, a ensinar o amedrontado Balaque a espalhar, pelo acampamento
hebreu, mulheres levianas e despudoradas, para que, brandindo seus encantos,
induzisse os varões israelitas a comerem alimentos consagrados aos ídolos e a
se prostituírem. E, como resultado dessa orgia e desenfreio, o Santíssimo Deus
eliminou, dentre os lhos de Israel, num só dia, a 24 mil homens.
À
semelhança de Balaão, há “obreiros” que, em suas conferências e sermões,
esboçados no Inferno, e totalmente descomprometidos com a santificação do povo
de Deus, buscam alternativas para inar seus redis e inchar seus apriscos. Eles
enchem suas igrejas de crentes desnutridos, enfermos e mortos. Ao invés de
ensinarem a doutrina da santificação, tangem suas ovelhas com teologias ruins e
putrefatas.
Quanto
a nós, ensinemos ao povo de Deus que, sem a santificação, ninguém verá o Senhor
(Hb 12.14). Por que transformar nossos templos em boates e casas noturnas? Em
minha Bíblia, está escrito: “Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa
convém a santidade, Senhor, para todo o sempre.” (Sl 93.5, ARA). Se não
proclamarmos a doutrina da santificação às ovelhas e aos cordeirinhos de Jesus
Cristo, não tomaremos parte no arrebatamento da Igreja. E, quando do Juízo
Final, seremos lançados no Lago de Fogo. Que Deus tenha misericórdia de nós.
Nos próximos tópicos, mostraremos qual o plano de Deus concernente à
sexualidade humana. II. Deus Criou apenas dois Sexos
Deus criou apenas dois sexos: o masculino e o
feminino. Além dessa fronteira, só há pecado e abominação diante do Criador e
Senhor de todas as coisas.
1. Definição de sexo. O
sexo pode ser definido, de acordo com o Dicionário Houaiss, como a “conformação
física, orgânica, celular, particular que permite distinguir o homem e a
mulher, atribuindo-lhes um papel específico na reprodução”.
O
ser humano é identificado por seu sexo logo ao nascer (Gn 4.1; 30.21). Hoje,
aliás, já se sabe o sexo da criança ainda em seu período de gestação. Logo, o
sexo não é o resultado de uma engenharia social e política, como o querem os
ideólogos do gênero. Ou se nasce homem, ou se nasce mulher. É o que demonstra a
Bíblia Sagrada e a própria ciência.
Neste
ensejo, esclarecemos que o homem, como indivíduo, não pertence ao gênero, mas
ao sexo masculino. Todavia, a palavra “homem”, como substantivo e classe
gramatical, faz parte do gênero masculino. O mesmo se aplica à mulher.
2. Deus criou o sexo. Os
anjos, desde que foram criados, continuam com o número de seu contingente
inalterado; eles não se reproduzem sexualmente; foram chamados à existência
duma só vez (Sl 33.6; Lc 20.34-36). No entanto, o ser humano propaga-se por
meio da junção sexual (Gn 4.1). Logo, por intermédio de um só casal — Adão e
Eva — vieram a existir todas as nações, línguas e povos que, hoje, conhecemos
(At 17.26).
O
sexo foi criado por Deus; não é invencionice humana. Quando usado de acordo com
as ordenanças divinas torna-se fonte de bênção ao esposo e à esposa.
3. Os dois sexos. Ao
criar o ser humano, o Senhor os fez macho e fêmea (Gn 1.26,27). Por conseguinte,
há somente dois sexos: o masculino e o feminino. Estes devem ser tratados como
sexos, e não como gêneros, conforme já vimos. Ainda que alguém exteriormente
transmude-se, jamais perderá a essência do sexo com que nasceu. O
homossexualismo e outras práticas igualmente abomináveis jamais conseguirão
mudar o que Deus criou.
III. Objetivos da Sexualidade
Humana
O
sexo foi criado por Deus, tendo em vista três objetivos: a procriação da
espécie humana, a união conjugal e a glória divina.
1. Procriação. Como
já dissemos, só existe um meio de a espécie humana propagar-se: por meio da
união sexual entre um homem e uma mulher (Gn 4.1). Enquanto a etapa atual da
criação divina não for concluída, casamentos serão consumados e seres humanos
continuarão a nascer até a consumação dos séculos (Is 65.20). Todavia, chegará
o momento em que a humanidade não mais necessitará procriar-se (Lc 20.34-36).
Tanto os que forem para o Céu como os que forem para o Lago de Fogo não mais
propagarão a espécie; estará ndada a nossa atividade sexual, porque o ser
humano, agora, não será mais carne e sangue (1 Co 15.50). Teremos um corpo de
glória; seremos semelhantes aos anjos. Aleluia!
2. União conjugal.
O sexo foi criado por Deus para ser desfrutado no contexto da vida matrimonial
(Gn 2.24). Como veremos daqui a pouco, o sexo, quando praticado antes e fora do
casamento, afigura-se como ofensa e pecado perante o Criador. No casamento,
porém, une o casal e perpetua os laços entre o homem e a sua esposa.
3. A glória de Deus. O
sexo não é uma atividade meramente fisiológica ou recreativa. Aos olhos de
Deus, é algo sagrado, pois os que o praticam são templo do Espírito Santo (1 Co
6.19). Na Bíblia, há um livro dedicado às belezas da vida conjugal (Ct 2.1-4).
Aliás, a Igreja de Cristo é apresentada como a Noiva do Cordeiro (Ap 21.9;
22.17). Pode haver algo mais glorioso?
IV. Distorções da Sexualidade
O
sexo, quando praticado antes, ou fora do casamento, gera iniquidades e
abominações: fornicação, adultério, homossexualismo, ideologias nocivas,
pornograa e maus pensamentos.
1. A
fornicação. A fornicação é o relacionamento sexual antes do casamento (1 Tm
1.10). Logo, quando um casal de namorados ou de noivos pratica o sexo, tanto o
rapaz quanto a moça pecam contra o Senhor (Ef 5.5). Se este é o seu caso, deixe
o pecado imediatamente, e procure a ajuda de seu pastor. Enfim, a atividade
sexual de pessoas solteiras é algo condenável aos olhos do santíssimo Deus.
2. O adultério.
Este é o pecado cometido fora do casamento. A m de proteger a harmonia
conjugal, o Senhor decretou: “Não adulterarás” (Êx 20.14). Jesus, no Sermão da
Montanha, condena não somente o ato, em si, como a própria cobiça (Mt 5.27,28).
Que o Senhor nos guarde desse pecado que tantas lágrimas tem derramado. Sejamos
éis à companheira que o Senhor nos concedeu (Ml 2.16). Os adúlteros não terão
parte nem guarida no Reino de Deus.
Mantenhamos
fielmente o nosso casamento. Que ninguém veja o divórcio como escape às suas
desavenças conjugais, nem como oportunidade para dar vazão às suas cobiças e
concupiscências. Se há conflitos matrimoniais, busque ajuda junto ao seu
pastor. E, se por acaso, o seu coração já se deixou enredar por outra mulher,
cuidado! Não se prenda aos laços de Satanás. Caso contrário, perderá você a esposa
querida, os lhos que tanto o admiram e a própria alma. Haja como homem de Deus.
E, como homem de Deus, encaminhe a sua família à Jerusalém Celeste.
3. O homossexualismo.
É o relacionamento sexual de pessoas do mesmo sexo. Na Bíblia Sagrada, o
homossexualismo é conhecido como o pecado de Sodoma e Gomorra (Dt 23.18; 1 Co
6.9; 1 Tm 1.10). Essa abominação contraria o plano divino quanto ao casamento
que, além de ser monogâmico e indissolúvel, é também heterossexual (Gn 2.24).
Jesus veio para salvar a todos os pecadores, inclusive os homossexuais. Quem
lhe procura o auxílio é verdadeiramente liberto, conforme escreve Paulo aos
irmãos de Corinto (1 Co 6.9-11).
4. A ideologia de gênero.
A chamada ideologia de gênero é mais uma tralha inventada pelos inimigos da
família cristã. Alegando que o sexo é uma mera construção social, tal ensino
instiga os pais a educar os lhos de maneira neutra, deixando aos meninos e às
meninas a escolha de seu “sexo social ou ideológico”. A Bíblia, porém, é
taxativa quanto a tais asneiras (Dt 22.5). Queridos pais, sejam criteriosos na
educação de seus lhos; admoeste-os na Palavra de Deus (Ef 6.4). Não deixe nem
ao Estado, nem à sociedade a educação de seus pequeninos; eles são herança do
Senhor (Sl 128).
5. A pornografia.
É sabido que, antes, para se assistir a um filme pornográfico, a pessoa tinha
de entrar por determinadas ruas e ruelas, até chegar a um cinema suspeito e
pulguento. Hoje, com os avanços das mídias, temos em mãos tabletes e celulares,
que, num único clique, remetem-nos ora a Sodoma ora a Gomorra. Por essa razão,
temos de nos precaver de todas as maneiras, para não imitarmos aqueles anciãos
de Jerusalém, que, em suas câmaras secretas, adoravam as mais asquerosas
imagens e pinturas (Ez 8).
6. Diante do pecado, não há
ninguém forte; se não vigiarmos, cairemos. Por esse
motivo, quer moços, quer velhos, revistamo-nos da graça de Deus, para que não
venhamos a praticar amanhã o que, hoje, veementemente condenamos. Mas a boa
notícia é que temos o Espírito Santo, que, habitando em nós, conduz-nos de
vitória em vitória. NEle, somos fortes, porque já vencemos o Maligno (1 Jo
2.13,14).
Usemos
as mídias com prudência e moderação; consagremo-los ao Senhor. Se formos
assistir a algo, evitemos as armadilhas de um lugar solitário. Jamais nos
esqueçamos de que o Senhor Jesus, cujos olhos são chamas de fogo, está
contemplando todas as coisas.
7. Maus pensamentos.
Tiago mostra, em sua epístola, como funciona a mecânica do pecado (Tg 1.13-15).
Como se observa, a mecânica do pecado é simples, mas eficientíssima. Sejamos
precavidos; resguardemos o nosso coração, porque dele procedem as saídas da
vida e da morte.
De um olhar concupiscente, vem a cobiça. E, da
cobiça, brotam os pensamentos ruins e as fantasias mais inconsequentes. Depois,
mesmo antes de o cobiçoso haver cometido aquele pecado, já engenhado em sua
alma, o seu coração, agora necrosado, não terá sensibilidade alguma para ouvir
as admoestações do Espírito Santo. A essas alturas, a transgressão sexual já é
uma realidade no espírito do crente descuidado. E, a partir deste ponto, o
adultério, a fornicação e outras delinquências sexuais são apenas uma questão
de tempo e oportunidade.
Portanto,
sempre que um mau pensamento assediá-lo, querido irmão, lembre-se desta
passagem do apóstolo Paulo (Fp 4.8,9).
Conclusão
Apesar
de o ser humano ser dotado de sexo, foi este criado para louvar e exaltar a
Deus por intermédio de uma vida santa e pura. Que jamais nos esqueçamos de que
o nosso corpo é o templo do Espírito Santo. Não somos um mero fenômeno fisiológico;
fomos criados à imagem e à semelhança do Deus Eterno e Santo.
Quanto
a nós obreiros, que temos a responsabilidade de ministrar a Palavra do Senhor à
Igreja de Cristo, sejamos corajosos e firmes quanto à doutrina da santificação.
Que os pecados recebam os nomes pelos quais devem eles ser conhecidos. Hoje,
somos acossados pela ditadura do movimento homossexual; violentamente, buscam
emudecer-nos para que não preguemos contra o pecado de Sodoma e Gomorra. Os
ativistas gays de hoje são tão insolentes e agressivos quanto os sodomitas de
ontem. Sob o estandarte de uma suposta homofobia, querem sufocar-nos a voz,
para que não mais ensinemos passagens como Levítico 18.22 e Romanos 1.26,27. Se
nos calarmos, não poderemos salvar nossos lhos e netos dessa libertinagem e
devassidão que arruínam a civilização atual.
Sejamos
corajosos. Não nos acovardemos diante do pecado. Em meio a esse desafio,
alenta-nos Paulo: “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de
poder, de amor e de moderação” (2 Tm 1.7,ARA).
Salvemos
nossos meninos e meninas, rapazes e moças, homens e mulheres, anciãos e anciãs
do pecado que, nestes dias pós-modernos, nos rodeia e assedia.
O Senhor está
conosco.
Claudionor de Andrade. A Raça Humana
- Origem, Queda e
Redenção
7 Relacionamento sexual
Posso dizer, sem medo de errar, que pelo menos 30% de todos
os casos de aconselhamento que tenho tido, tem algo a ver com a vida
desajustada na área sexual. Mesmo vivendo numa sociedade saturada de sexo, há
poucos casais que entram no casamento com um conhecimento adequado nesta área.
A informação que o jovem recebe através da TV, rádio, jornais, revistas,
livros, escola, e outros meios de comunicação é simplesmente inadequada para,
uma vez casado, desfrutar desta relação harmoniosamente.
Além desta informação
inadequada que os meios de comunicação oferecem, os pais infelizmente também
não estão orientando seus filhos a respeito dos propósitos de Deus para o uso
da sua sexualidade. A falta de educação sexual correta tem levado muitos casais
a não abrir o jogo sobre as dificuldades que têm encontrado no casamento.
Eu tenho três propósitos em escrever este capítulo:
1. Estabelecer os
propósitos de Deus revelados na Palavra de Deus em ter-nos criado como pessoas
sexuais;
2. Tratar de alguns problemas específicos que poderão
encontrar em seu casamento;
3. Através da avaliação, mostrar quais são os possíveis
problemas e conversar sobre eles. Se for possível compartilhar com o
conselheiro. Quero encorajá-lo(a) a ler cuidadosamente o capítulo com a sua
Bíblia aberta e depois separadamente responder as perguntas na avaliação com toda
honestidade e sinceridade.
Nós vivemos numa sociedade saturada pelo sexo. As pessoas
estão sendo bombardeadas com sexo através de todos os meios de comunicação. Os
comerciais de TV enfatizam o sexo em suas propagandas, bem como, revistas,
jornais e livros. É difícil para o crente viver numa sociedade assim sem se
contaminar com as suas atitudes. O cristão fica confuso quanto a como reagir e
como saber qual é a vontade de Deus para ele. Os jovens estão fazendo perguntas
tais como: "O sexo é sujo e só deve ser usado para gerar filhos? A relação
pré-marital não é justificável, se vai me ajudar a entender como meu namorado
se sente em relação a mim?". Às vezes, jovens noivos me perguntam: 'Jaime,
nós vamos casar logo, não seria bom ter relação sexual para aprendermos como
amar melhor no casamento?". Jovens namorados raciocinam do seguinte modo:
"A relação sexual no namoro é importante porque através desta intimidade
você pode descobrir se tem ou não compatibilidade". Alguns jovens acham
que é errado ter relação sexual pré-conjugal, mas não vêem nenhuma razão para
não desenvolver certa intimidade física, e até mesmo levar seu parceiro a um
clímax sexual. Outros acham que podem fantasiar com seu namorado ou sua
namorada. E a masturbação, é prejudicial? É contra a Palavra de Deus?
Essas e centenas de outras perguntas e dúvidas estão na
mente do jovem adolescente e até de muitos adultos. Há uma resposta de Deus
para estas dúvidas? Será que Deus nos deixou uma orientação sadia a respeito
desta área tão importante de nossa vida? Quero responder essa pergunta de uma
maneira categoria: "SIM!". A Bíblia tem muito a dizer sobre sexo! Ela
não é um manual de sexo, mas quando fala do assunto podemos ter a certeza que
ela é atual e relevante.
Quando Deus criou o homem e a mulher, macho e fêmea, o
registro de Gênesis diz: "... eis que tudo era bom..." (Gênesis
1:31). Conforme o desígnio e a sabedoria de Deus, a nossa sexualidade foi
estabelecida para a procriação da raça humana no contexto do relacionamento do
casamento. A Palavra de Deus nos dá a melhor perspectiva sobre o sexo. Não é
uma perspectiva distorcida e negativa como a filosofia puritana, nem como a
"nova moralidade" que deixa de lado o padrão de Deus sobre moral e
sugere uma "liberdade" completa na expressão dos desejos sexuais.
Deus nos criou seres sexuais para o bem-estar do homem e da mulher, e é seu
propósito que entendamos o plano dEle para nossa vida.
"Deixar"
para "unir"
Em Gênesis 2, nós
lemos sobre o primeiro casamento, o de Adão e Eva. No versículo 24, as
Escrituras descrevem este casamento, usando duas palavras importantíssimas:
"Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os
dois uma só carne".
A primeira palavra é "deixa". O homem deixa
emocionalmente de ser filho e se torna marido. Semelhantemente a mulher deixa
emocionalmente de ser filha e assume o papel de esposa. Quando não há este
"abandono" emocional, há problemas no casamento, especialmente com
relação aos sogros. Isto não quer dizer que não possa ter pelos pais o mesmo
sentimento, nem ficar abraçado com eles quando converso, nem sentir uma alegria
infinita quando estamos todos juntos. Eu devo deixar de ter funcionalmente a
posição de filho.
A segunda palavra é "une". No hebraico significa
"cimentar". O plano original de Deus é que duas pessoas casadas
expressem o seu amor mútuo e desfrutem dele através do ato sexual. O plano de
Deus não é separação ou divórcio. O relacionamento é para sempre, até que a
morte os separe. Foi isso que Jesus Cristo quis deixar claro em Mateus 19,
quando alguns fariseus vieram a Ele e o experimentaram, perguntando: "É
lícito o marido repudiar sua esposa por qualquer motivo?". Naquela ocasião
Jesus respondeu: "Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez
homem e mulher?". E depois Ele citou a passagem de Gênesis 2: - "Por
esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os
dois uma só carne, de modo que já não são mais dois, porém uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem"
Os fariseus não ficaram satisfeitos com a resposta, e
perguntaram a Jesus: "Por que, então, Moisés mandou dar carta de divórcio
e repudiar?".
Jesus respondeu: - "Por causa da dureza do vosso
coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres, entretanto, não foi
assim desde o princípio".
No plano de Deus a separação só deveria ocorrer através da
morte. Deus permitiu o divórcio por causa da dureza dos corações do povo de
Israel, mas este não era seu plano original e perfeito.
Somente o noivo e a noiva que "deixaram" e
"se uniram", tornando-se uma só carne, realmente podem desfrutar,
dentro do plano de Deus, do relacionamento sexual.
Em Gênesis 2:25 nós lemos: "Ora, um e outro, o homem e
sua mulher, estavam nús, e não se envergonhavam". Esta passagem se refere
a um período de inocência. Não havia pecado no mundo. O homem andava em
perfeita comunhão com Deus e um com o outro. Não havia nenhum embaraço ou
vergonha no relacionamento físico.
Mas, quando o pecado entrou no mundo, podemos notar o
primeiro resultado em Gênesis 3:7: "Abriram-se, então os olhos de ambos,
e, percebendo que estavam nús, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para
si". Aqui está uma percepção distorcida. O pecado anuviou a capacidade do
homem de ver Deus como Ele é, bem como o seu próximo e a si mesmo. E agora ele
passa a encarar sua sexualidade de maneira diferente.
Quando Adão e Eva ouviram
a voz do Senhor Deus, procurando o homem no jardim por volta do meio-dia,
esconderam-se da presença do Senhor, e Ele perguntou: "Onde estás?".
O homem respondeu: "Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive
medo e me escondi". Aqui temos o primeiro registro de medo na Bíblia. Medo
do quê? Medo da nudez. Medo porque ele desobedeceu ao Senhor. Deus pergunta ao
homem: "Quem te fez saber que estavas nu?" Desde aquele dia o sexo
tem sido deturpado pela pecaminosidade do homem. Deus criou o sexo puro, uma
expressão linda do relacionamento conjugal. Mas o homem — pecador e corrupto —
arrastou para a lama dos seus próprios pensamentos e prazeres uma coisa linda
que Deus criou.
Somente quando estudamos a Bíblia é que podemos ter um ponto
de vista divino e voltar a desfrutar desta parte da criação de Deus.
Sexo —
Privilégio para os casados
Primeiramente, o sexo é restrito ao relacionamento do
casamento. Eu não posso ser enfático demais neste ponto, porque o jovem crente
está sendo bombardeado diariamente por idéias que parecem bonitas e lógicas a
respeito do sexo pré-conjugal. Também relacionamentos extramaritais parecem ser
moda nos dias atuais.
Numa pesquisa
recentemente realizada pela revista Manchete, entre jovens de 16 a 22 anos, nós
descobrimos como o diabo tem saturado as mentes dos jovens atuais. Por exemplo,
esta pergunta feita para homens e mulheres: "Você já teve relações
sexuais?". 91% dos homens e 35% das mulheres colocaram sim. Este é um fato
alarmante.
Uma outra pergunta foi a seguinte: "Para você sexo é
uma coisa natural que pode acontecer entre duas pessoas a qualquer
momento?". A esta pergunta, 53% dos homens e 35% das mulheres responderam
sim.
Mas a pergunta mais assustadora da pesquisa foi a de n.° 15:
"Você é a favor do amor livre?". 80% dos homens e 71% das mulheres
responderam sim. Interessante esta frase "amor livre". De fato é uma
contradição, porque o amor nunca é livre. E se for livre não é amor.
O amor exige compromisso, promessa e fidelidade. Essas
qualidades estão-se desvanecendo em nossa sociedade. Os casais, no altar das
igrejas, fazem promessas que nunca pretendem cumprir. Talvez você esteja
dizendo: "Mas Jaime, esta pesquisa foi realizada principalmente entre
não-cristãos". E eu digo: "Isto é verdade, mas tenho verificado que
muitas das atitudes e procedimentos do jovem que não conhece a Cristo têm
sutilmente entrado na igreja e, pouco a pouco, estão tomando conta da juventude
evangélica".
Quando lá no altar
você colocar aquela linda aliança no dedo do(a) seu/sua noivo(a), você estava
dizendo primeiramente: "Querido(a), com esta aliança eu lhe dou todo o meu
amor. Eu prometo ser fiel e você será a única pessoa que terá o meu amor".
A aliança é também um símbolo, uma lembrança dos votos que
vocês fizeram perante o Senhor e sua igreja.
A Palavra de Deus é
abundantemente clara em mostrar que o sexo deve ser desfrutado somente por
aqueles que "deixaram", e "se uniram" e "se tornaram
uma só carne". Veja as seguintes passagens:
Hebreus
13:4: "Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem
como o leito sem mácula, porque Deus julgará os impuros e adúlteros".
I
Tessalonicenses 43-7: "Pois esta é a vontade de Deus, a vossa
santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba
possuir o próprio corpo, em santificação e honra, não com o desejo de lascívia,
como os gentios que não conhecem a Deus, e que, nesta matéria, ninguém ofenda
nem defraude a seu irmão, porque o Senhor, contra todas estas coisas, como
antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não
nos chamou para a impureza, e, sim, em santificação".
I
Coríntios 7:1-5: "Quanto ao que me escrevestes, é bom que o
homem não toque mulher, mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria
esposa e cada um o seu próprio marido. O marido conceda à esposa o que lhe é
devido, e também semelhantemente a esposa ao seu marido. A mulher não tem poder
sobre o seu próprio corpo, e sim, o marido, e também, semelhantemente, o marido
não tem poder sobre o seu próprio corpo, e, sim, a mulher. Não vos priveis um
ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos
dedicardes à oração e novamente vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente
por causa da incontinência".
Qualquer outro procedimento é simplesmente uma paixão carnal
que Deus nunca poderá abençoar. A prática do sexo extra-conjugal só trará
encrencas, desconfianças, frustrações e infidelidade no casamento.
Sexo — procriação A segunda observação sobre sexo no casamento
é que ele é destinado a gerar filhos. A Palavra de Deus nos diz em Gênesis
1:28: "E Deus os abençoou, e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos,
enchei a terra e sujeitai-a...".
Obviamente, um dos
propósitos principais da nossa sexualidade é poder gerar filhos e, portanto,
obedecer a ordem de Deus de multiplicação. O homem, sem dúvida, tem obedecido
esta ordem, talvez melhor do que qualquer outro mandamento de Deus. O mundo
está caminhando para cinco bilhões de habitantes. Sem tocar no assunto do
planejamento familiar e do uso ou não de anticoncepcionais, eu gostaria de
dizer que a Palavra de Deus nos diz que "os filhos são herança do Senhor,
e o fruto do ventre seu galardão. Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos
da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava..." (Salmo
127:3-5).
Uma aljava cheia continha pelo menos cinco flechas. Isto
naturalmente, não quer dizer que não se possa ser abençoado com um ou dois
filhos. Mas é importante frisar, num mundo tão egoísta quanto o que vivemos,
que os filhos são uma bênção para qualquer família.
Sexo
—Meio de Comunicação
No relacionamento entre marido e mulher, o ato conjugal foi
designado por Deus para providenciar um meio de expressar a profunda unidade
entre o casal. Portanto, a terceira observação sobre sexo no casamento é que
ele é comunicativo. Há uma comunhão de espírito quando há a união dos corpos.
Isto pode se explicar porque em Gênesis 4:1 o Espírito Santo achou por bem usar
a palavra "conheceu". O termo "conheceu" é a melhor maneira
de expressar o ato conjugal. É a intimidade proveniente da experiência de
tornar-se "uma só carne".
No plano de Deus, o
sexo foi designado para providenciar uma revelação total do amado.
Quando o casal dá de suas energias, sentimentos e afeições
num relacionamento físico, marido e mulher experimentam uma comunicação íntima.
Esse é o meio de "conhecer" um ao outro. Cada vez que um casal
comprometido através do amor conjugal tem uma relação física, está celebrando a
experiência de "uma só carne".
As implicações práticas desta experiência são muitas, porque
o ato conjugal não é somente um ato físico mas também emocional e espiritual.
Tenho conversado com casais que dizem: "Jaime, quando nós temos este
relacionamento, nós nos sentimos mais perto do Senhor do que em qualquer outra
hora do casamento". A idéia que prevalece nos meios evangélicos é que o
sexo é carnal e não pode ser considerado um exercício espiritual.
Agora, há o perigo de
pensarmos que o casal deve somente se comunicar nesta área da vida. A
comunicação é tremendamente importante no casamento, e, certamente, o ato
sexual é uma pequena parte do todo.
Sexo — prazer conjugal
Em quarto lugar, a nossa sexualidade não visa somente gerar
filhos e providenciar um meio de comunicação, mas também proporcionar prazer
conjugal. Uma moça que estava tendo algumas dificuldades no seu relacionamento
com o noivo, contou-me a seguinte história: "Jaime, quando eu era garota a
minha mãe me ensinou que o sexo é sujo e deve ser usado apenas para gerar
filhos, e que, para a mulher casada ele é "uma cruz" que precisa ser
carregada durante os anos do casamento. Filha, agüente firme, leve sua
"cruz", e Deus lhe dará forças". Não é de admirar que esta moça
estava encrencada com o noivo, porque ele cria que o sexo não é sujo e também é
para o prazer e bem-estar do marido e da esposa. Ela então me perguntou:
"Jaime, a Bíblia tem alguma coisa a dizer sobre isso? Existe a
possibilidade, dentro do plano de Deus, de se desfrutar do sexo sem o intuito
de procriação?". Eu falei: "Sim, a Bíblia é abundantemente clara ao
dizer que Deus designou o sexo para ser também um meio de prazer".
Os escritores da Bíblia usando, às vezes, uma linguagem
poética, descrevem os órgãos genitais, os impulsos, energias e desejos sexuais.
Uma ilustração deste fato encontramos em Provérbios 5, onde o grande sábio
Salomão exorta seu filho sobre os perigos da mulher adúltera e exalta as
delícias da expressão sexual com a esposa. Nos versículos 1 e 2, Salomão chama
a atenção do filho, porque a instrução que tem para dar é fundamental para sua
vida de casado.
- "Filho meu,
atende à minha sabedoria: à minha inteligência inclina o teu ouvido, para que
conserves a discrição, e os teus lábios guardem o conhecimento".
Nos versículos 3 a 6 ele descreve a mulher adúltera, ou
prostituta.
- "Porque os lábios da mulher adúltera destilam favos
de
mel, as suas palavras são mais suaves do que o azeite, mas o fim dela é
amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes. Os seus pés descem
à morte, os seus passos conduzem-na ao inferno. Ela não pondera a vereda da
vida, anda errante nos seus caminhos, e não o sabe".
Nos versículos 7 a
14, ele exorta o filho quanto aos perigos de uma vida de promiscuidade. -
"Agora, pois, filho, dá-me ouvidos, e não te desvies das palavras da minha
boca. Afasta o teu caminho da mulher adúltera, e não te aproximes da porta da
sua casa, para que não dês a outrem a tua honra, nem os teus anos a cruéis,
para que dos teus bens não se fartem os estranhos, e o fruto do teu trabalho
não entre em casa alheia, e gemas no fim de tua vida, quando se consumirem a
tua carne e o teu corpo, e digas: Como aborreci o ensino! E desprezou o meu
coração a disciplina! E não escutei a voz dos que me ensinavam, nem a meus
mestres inclinei os meus ouvidos! Quase me achei em todo mal, que sucedeu no
meio da assembléia e da congregação".
Cuidado! "Afasta o teu caminho da mulher adúltera e não
te aproximes da porta da sua casa". Amigo, que mensagem atual! Qual é o
caminho da mulher adúltera? Em qual esquina está seduzindo os homens que
passam? Em qual praça? Em que casa? Salomão diz: "afasta-te do seu
caminho, para não dares o vigor da tua juventude a uma estranha, nem os teus
anos a cruéis". E Salomão continua: "filho, se não obedeceres às
minhas palavras, lamentarás no fim da tua vida, quando se consumirem a tua
carne e o teu corpo". E aqui o grande sábio se refere a doenças venéreas.
"Como aborreci o ensino e desprezou o meu coração a disciplina".
Quantas pessoas olham para trás e gostariam de apagar essas experiências
amargas da vida. O pai fala tudo isso a seu filho para que ele possa contrastar
este procedimento com as delícias e prazeres da relação física no plano de
Deus.
No versículo 15
lemos: "Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu
poço". Salomão usa as expressões "cisterna" e "poço".
A "cisterna" era um depósito onde se podia matar a sede com as águas
cristalinas. Salomão exorta o seu filho a beber da sua própria cisterna e das
correntes do seu poço, ou seja, satisfazer-se com a sua esposa. Deus está
dizendo que o prazer sexual se encontra na própria casa, com seu próprio marido
e esposa. As forças sexuais não devem ser espalhadas desordenadamente pelas
ruas e praças da cidade.
"Sejam para ti", a Palavra de Deus nos diz. Ele
não deve abraçar a adúltera, mas sim a sua esposa.
"Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher
da tua mocidade". Essa é uma expressão de alegria, gozo e prazer. Certamente
não se refere a "uma cruz" que a mulher tem de carregar, nem a algo
que ela tem de agüentar. Salomão usa até animais bonitos — "corça de
amores e gazela graciosa" — para descrever uma experiência de alegria e
profunda satisfação.
"Saciem-te os
seus seios em todo o tempo, e embriagate sempre com as suas carícias". A
palavra embriagar tem a idéia de ficar intoxicado ou extasiado. A idéia
principal é que a pessoa fica envolvida neste ato, sendo transportada com
encanto pelo amor do cônjuge. Você será transportado, banhado e embrulhado no
amor do seu cônjuge. E o êxtase de um no braço do outro não é nada mais nada
menos do que uma expressão de prazer, gozo e alegria.
Agora vamos voltar à noiva que falou comigo. Eu quero que
você saiba que, por causa daquela conversa, ela recebeu uma nova perspectiva
sobre o sexo. Hoje, ela e seu marido desfrutam de um relacionamento físico bem
ajustado. Eles têm um lar muito feliz, juntamente com seus dois lindos filhos.
O livro de Cantares de Salomão é uma expressão do amor físico
de duas pessoas que se amam muito. Sim, a nossa sexualidade também foi criada
para o prazer e alegria do casal. É importante que o casal desenvolva uma
mentalidade saudável sobre este setor tão importante da vida.
Sexo — experiência de dar
A quinta observação que eu gostaria de fazer sobre o sexo no
casamento é que o sexo é uma experiência de dar. O amor "eros" é o
amor sexual no casamento. Isso é importante, mas esse tipo de amor precisa ser
permeado pelo amor "ágape", que é o amor de Deus. E o amor de Deus se
manifesta em dar: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu...".
A principal característica do amor, portanto, é que ele dá.
A palavra é a mesma encontrada em Efésios 5:25, quando Paulo diz:
"Maridos, amai vossas mulheres como também Cristo amou a igreja, e a si
mesmo se entregou por ela".
Quando o relacionamento é governado pelo amor
"ágape", qualquer problema no relacionamento físico será superado.
Em I Coríntios 7:1-5, o apóstolo Paulo precisava tratar de
um problema de impureza sexual dentro da igreja de Corinto. Precisamos lembrar
que os crentes de Corinto foram convertidos de um paganismo que exaltava
sobremodo o sexo e incluía a prática de relações sexuais dentro dos seus
próprios cultos de adoração aos deuses. Chegou a haver mais de mil
prostitutas-profetisas. Elas eram usadas no templo de Corinto dedicado à deusa
Afrodite. Corinto era uma cidade extremamente pecaminosa e tinha a reputação de
praticar excessos sexuais e toda espécie de imoralidade.
Paulo nos diz em I Coríntios 6:9-11 que os crentes
convertidos tinham sido fornicadores, adúlteros, idólatras, homossexuais, etc.
Não é difícil entender por que Paulo precisou exortar e
instruir várias vezes a igreja de Corinto sobre a prática de pureza moral. Por
esta razão Paulo, falando do relacionamento físico, exorta em I Coríntios 7:5:
"Não vos priveis um ao outro". Não há lugar para o egoísmo no
relacionamento físico no casamento. Esta ordem é especialmente importante
quando a tentação ao adultério está tão presente em nossa sociedade. Satanás
procura causar encrencas e dificuldades no relacionamento físico a fim de
aumentar a tentação que levará à alguma forma de promiscuidade.
No versículo 1 Paulo
cita que a igreja de Corinto havia escrito uma carta pedindo orientação a
respeito do relacionamento físico. Ele reconhece também a tentação na área da
imoralidade sexual. Ele está admitindo que o marido e a esposa têm necessidades
sexuais e emocionais que devem ser satisfeitas no relacionamento conjugal. No
versículo 4, Paulo novamente está tomando o cuidado de expressar igualdade:
"A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e,
sim, o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu
próprio corpo e, sim, a mulher".
Basicamente o que Paulo está dizendo neste versículo é que
cada parte é responsável em colocar como prioridade as necessidades sexuais do
outro. Em outras palavras, o corpo da mulher pertence ao marido, e o corpo do
marido pertence à esposa. A palavra "poder" no versículo 4 talvez
pudesse ser traduzida por "autoridade". Para que isso aconteça, não
pode existir simplesmente amor "eros", e sim, amor "ágape".
Este amor é paciente, é benigno, não arde em ciúmes, não se conduz inconvenientemente,
não procura os seus interesses, tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo
suporta.
Muitos cônjuges usam o sexo como uma arma para conseguir
outras coisas no casamento. Por isso Paulo diz: "Não vos priveis um ao
outro", e termina dizendo: "para que Satanás não vos tente por causa
da incontinência" (ou por falta de autocontrole). Quantas vezes o diabo
consegue vitórias na vida de um casal por desobediência a esta ordem bem
simples de Paulo.
Também quero dizer que há uma necessidade de autocontrole,
especialmente por parte do marido, em pelo menos três situações da vida
conjugal:
1) o período um pouco antes e depois do nascimento de um
filho;
2) o período
menstrual da esposa;
3) no caso de algum problema fisiológico da esposa, que,
então, deve ser tratado e resolvido por um médico de confiança.
No versículo 5, Paulo nos dá uma exceção além daquelas que
acabei de apresentar. Vamos imaginar que você é casado e no domingo à noite
você ouviu uma mensagem desafiadora de seu pastor sobre a necessidade de uma
vida intensa de oração. Você se sentiu tocado. Chega em casa e fala para o seu
marido ou esposa: "Querido(a), vamos jejuar por um mês na área sexual do
nosso casamento para que eu possa dedicar-me intensamente ao exercício
espiritual da oração". Paulo está dizendo: "Você não pode tomar uma
decisão assim". Ele diz: "Por mútuo consentimento". Isso significa
uma convicção que os dois têm e uma concordância completa quanto à necessidade
de cessar a atividade sexual por algum tempo com um propósito espiritual, que é
oração. Certo marido falou comigo: "Pastor Jaime eu estou enfrentando
dificuldades com a minha esposa nesta área da minha vida.
Quando ela percebe
que eu quero ter relação sexual, ela arranja qualquer desculpa: dor de cabeça,
preocupações, dores menstruais, etc. Ela me diz: "Querido, eu sinto que
preciso ler a Bíblia e orar. Pode ir para a cama que eu vou mais tarde". 0
amor é sensível às necessidades do parceiro.
Esposas têm-se referido a esta área da vida conjugal,
dizendo: "Pastor Jaime, ele me pega, me usa e me joga". Muitas
esposas tem encarado o ato sexual como uma "cruz". Às vezes, por
questão de ignorância por parte do marido, que não compreende que o período de
despertamento da mulher para conseguir o orgasmo é bem mais longo do que o do
homem. Outras vezes não é questão de ignorância, mas falta de experiência e
sensibilidade do marido para com a esposa. Por outro lado, muitas mulheres não
querem sexo porque o marido não é carinhoso. O período de esfriamento da esposa
é mais vagaroso, e portanto, o homem não deve afastar-se dela logo, porque,
procedendo assim, ela pode sentir-se como "um brinquedo" de seu
prazer. Para a mulher, o ato conjugal é muito mais emocional do que para o
homem. Ela se envolve muito mais emocionalmente do que o marido. Portanto, é
importante manter um ambiente de amor, bondade, carinho e compreensão dentro do
lar, não somente na hora do relacionamento físico, mas em todos os níveis de
relacionamento. Quando o casal compreende que o ato sexual é para duas pessoas
que "deixaram" seus pais, "uniram-se" e "tornaram-se
uma só carne" e que ele é comunicativo, recreativo e um meio de gerar
filhos e proporcionar prazer a ambos, será bem mais difícil para Satanás
conseguir vitória no relacionamento conjugal. O casal que tem essa mentalidade
não dá chance aos ataques do inimigo nesta área.
Infelizmente
recebemos no nosso passado uma bagagem distorcida sobre o sexo. Um dos desafios
para os pais cristãos e para a liderança da igreja é desenvolver atitudes
bíblicas sobre a sexualidade humana e abrir o jogo com seus fi lhos
para que eles tenham uma vida feliz e saudável e possam, assim, construir
famílias realmente cristãs.
Antes de dizer SIM
-Jaime Kemp
➤NOTA : Poliamoroso, demissexual, arromântico e outras 20
caracterizações sexuais.
A sexualidade não se resume aos rótulos gay e
heterossexual. Bem pelo contrário: há novos termos a surgirem todos os dias.
Considere este o derradeiro guia da sexualidade: com novos
temos a surgirem todos os dias, talvez esteja na altura de se atualizar um
bocadinho. Para tal, abrimos os glossários da associação portuguesa rede ex
aequo, e das norte-americanas Human Rights Campaign e o Centro de Recursos
LGBTQIA da UC Davis.
Androsexual
Termo referente a uma atração (emocional, romântica e/ou
sexual) pela masculinidade. Ser androsexual pode significar que se sente
atraído por homens, mas também por mulheres masculinas.
Arromântico
Este termo descreve alguém que não sente atração romântica
ou desejo de romance. Eles podem sentir-se preenchidos por amizades e outros
relacionamentos não românticos.
Assexual
Pessoa que não sente atração sexual por pessoas de nenhum
gênero.
Bi-curioso
Termo usado para identificar alguém que não se identifica
como bissexual nem homossexual, mas sente ou mostra interesse em ter atividade
sexual com alguém do mesmo sexo.
Bissexual
Pessoa que se sente atraída, física, emocional e
psicologicamente, por pessoas quer do mesmo sexo quer por pessoas de sexo
diferente.
Demissexual
Este termo descreve alguém que tem apenas uma atração sexual
por pessoas com quem já criou um vínculo emocional. Esse tipo de sexualidade
está intimamente relacionada com a assexualidade, o que significa que muitas
pessoas que são demissexuais não experimentam o desejo sexual com muita
frequência.
Gay
Ou homossexual: pessoa que se sente atraída, física,
emocional e psicologicamente, por indivíduos do mesmo sexo. Pode ser usada
tanto por homens como por mulheres.
Graysexual
Está entre a assexualidade e a sexualidade. Inclui que
pessoas que não costumam, mas às vezes, experimentam atração sexual por outros.
Gynesexual
É o oposto de androsexual. Há uma atração emocional,
romântica e/ou sexualmente pela feminilidade, tanto por mulheres como por
homens femininos.
Heterossexual
Pessoa que se sente atraída, física, emocional e
psicologicamente, por pessoas de sexo diferente do seu.
Intersexual/Intersexo
Indivíduo que tem órgãos genitais/reprodutores (internos
e/ou externos) masculinos e femininos, em simultâneo, ou cromossomas que não
são nem XX nem XY.
Lésbica
Mulher que se sente atraída, física, emocional e
psicologicamente, por uma outra mulher. Nem todas as mulheres que se sentem
atraídas por mulheres usam esse termo — elas podem descrever-se como gays.
Monossexual
Significa que tem desejo emocional, romântico e/ou sexual
por apenas um gênero. Ser heterossexual ou gay são formas de monossexualidade.
Não-monossexual
É contrário de monossexual. As pessoas sentem atração por
mais de um gênero.
Pansexual/Omnisexual
Ambos os termos referem-se a pessoas que se sentem atraídas,
emocional, romântica e/ou sexualmente, por pessoas de todos os gêneros e sexos.
Não é o mesmo que ser bissexual, uma vez que normalmente são pessoas que não se
identificam com um binário de gênero.
Poliamoroso
Pessoas que desejam ter relacionamentos consensuais não
monogâmicos ou relacionamentos com várias pessoas. O poliamoroso pressupõe um
relacionamento simultâneo entre três ou mais pessoas ao mesmo tempo, sempre com
o conhecimento de todos.
Polissexual
É a orientação sexual daqueles que sentem atração por várias
pessoas de mais do que um sexo biológico ou identidade de gênero. Qual é a
diferença entre polissexual e pansexual? O prefixo “pan” significa todos e o
prefixo “poli” significa muitos.
Queer
Termo que diz respeito à forma como algumas pessoas
expressam a sexualidade ou a identidade de gênero. Por vezes é usado como sinônimo
da comunidade LGBT.
Questioning
Termo utilizado para descrever pessoas que ainda estão no
processo de explorar a sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Sexualmente
fluído
Este termo refere-se à ideia de que as orientações sexuais
podem mudar com o tempo — e podem mudar com base na situação em questão. As
pessoas também podem identificar-se como sexualmente fluídas.
Skoliosexual
Ser skoliosexual significa que se sente atraído (emocional,
sexual e romanticamente) por pessoas que não se identificam binariamente (como
homens ou mulheres, portanto).
Solosexual
É o tipo de orientação sexual de alguém que não sente
atração por terceiros, independentemente do seu sexo ou gênero. Apenas sente
atração por si próprio.
Transgénero
Termo abrangente que inclui qualquer pessoa que, por
qualquer razão, não se identifica com o gênero associado ao sexo que lhe foi
atribuído à nascença. Pode, ou não, fazer algum tipo de transição.
FONTE :
https://magg.sapo.pt
Lição 6 - A Sexualidade Humana, apresentado pelo Comentarista das Revistas Lições Bíblicas de Adultos da CPAD, pastor Claudionor de Andrade. A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção Uma obra guiada pelo Santo Espírito que nos esclarece que a antropologia tem que ser bíblica e genuinamente teológica e há de repousar em Deus, o Criador.
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