TEXTO BÍBLICO BASE
João 1:1-13
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz.
Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.
Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;
Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
TEXTO ÁUREO
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz.
Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.
Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;
Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
TEXTO ÁUREO
Porque um menino nos nasceu, um filho
se nos deu,
e o principado está sobre os seus ombros, e se
chamará o seu nome:
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte,
Pai da Eternidade,
Príncipe da Paz.
Isaías 9:6
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
O texto áureo desta lição (Is 9.6) manifesta o
testemunho profético das duas naturezas do Senhor Jesus, quando faz referência
ao menino que nasce (Jesus-homem) e ao Filho que nos é dado (Jesus-Deus). O termo
menino evidencia a natureza humana do Senhor Jesus; enquanto o termo filho revela
a natureza divina de Cristo.
1. JESUS-HOMEM: O MENINO NASCE1.1. Semelhante a nós
Diversas passagens bíblicas comprovam a humanidade de Cristo.
Como homem, Ele experimentou as mesmas coisas que experimentamos. Ele:
- Nasceu
da mesma forma que todas as crianças (Lc 2.7);
- Desenvolveu-se
em estatura como qualquer outro jovem (Lc 2.40,52);
- Assumiu
a semelhança de carne pecaminosa, mas não o pecado da natureza carnal (Rm
8.3; 2Co 5.21).
1.1.1. Outras evidências textuais
O Dr. Harold L. Willmington, em sua obra teológica intitulada "Guia de Willmington para a Bíblia", contempla-nos com um joia de inestimável valor a respeito da humanidade do Senhor Jesus:
- Na
dimensão física - Seu corpo foi concebido no ventre de uma mulher (Mt
1.20; Lc 1.31), e com aquele corpo, Ele viveu na Terra (Mt 26.12). Ele
possuía carne e sangue (Hb 2.14); Ele sentiu fome (Mt 4.2; 21.18); Ele
sentiu sede (Jo 4.7; 19.28); Ele cansou-se (Jo 4.6); Ele dormiu (Mt 8.24);
Ele suou gotas de sangue (Lc 22.44); Ele sofreu (1 Pe 4.1); Ele sangrou
(Jo 19.34); Ele morreu (Mt 27.50; 1 Co 15.3).
- Na
dimensão cognitiva - Ele era sábio (Lc 2.40,52); Ele aprendia (Lc 2.46,47;
Hb 5.8).
- Na dimensão emocional - Ele amou (Mc 10.21; Jo 11.3; 13.23); Ele demonstrou compaixão (Mt 14.14; Mc 1.41; Lc 7.13); Ele irou-se e entristeceu-se (Mc 11.15-18); Ele sentiu alegria (Lc 10.21) etc.
2. JESUS-DEUS: O FILHO NOS É DADO
2.1. O testemunho das Escrituras
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento expõem de modo claro e sublime a divindade do Senhor Jesus. Observe:
2.1.1. No Antigo Testamento
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento expõem de modo claro e sublime a divindade do Senhor Jesus. Observe:
2.1.1. No Antigo Testamento
- Gênesis
3.15 - Neste texto, encontramos a primeira referência feita ao Verbo
divino. Jesus só poderia ser o Redentor da humanidade porque, além de
humano, possuía todos os atributos da divindade.
- Isaías
7.14 - Isaías vaticinou que a virgem conceberia e daria a luz um filho,
cujo nome seria Emanuel (hb. Deus Conosco). Esta
profecia é uma clara referência ao Verbo que se fez carne
e habitou entre nós (Jo 1.14).
- Miqueias
5.2 - Inspirado pelo Espírito do Senhor, além de anunciar o lugar do
nascimento do Messias (Belém), Miqueias referiu-se a Ele da seguinte
maneira: [Aquele] cujas origens são desde os tempos antigos, desde
os dias da eternidade. Jesus é eterno. Jesus é Deus.
- Isaías
9.6 - Isaías atribui a Jesus nomes e títulos inerentes a Deus: Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
2.1.2. No Novo Testamento: João
João, em seu evangelho apresenta-nos Aquele que é divino. Observe:
- O
testemunho do Pai (Jo 5.32-37; 8.18);
- O
testemunho do Filho (Jo 8.14; 18.37);
- O
testemunho do Espírito Santo (Jo 15.26; 16.13-15);
- O
testemunho da Palavra (Jo 1.45; 15.25; 19.36);
- O
testemunho de João Batista (Jo 1.7; 5.32-35);
- O
testemunho das obras (Jo 10.25; 14.11).
2.1.3. No Novo Testamento: Paulo
Paulo estava convicto de que Cristo possuía a mesma natureza do Pai. Observe:
- Gálatas
4.4,5 - Paulo compreendia que havia um plano eterno a ser cumprido na
plenitude dos tempos.
- Colossenses
1.19; 2.9 - O apóstolo sabia que em Cristo residia toda a plenitude
(gr. pléróma = deidade plena).
- 1
Timóteo 3.16 - Um ser humano comum não poderia possuir a glória que havia
em Cristo.
- Tito
2.11-13 (NTLH) - Paulo afirma a Tito que Deus revelou a sua graça [por
intermédio de Cristo] para dar a salvação a todos.
3. VATICÍNIOS RELACIONADOS AO VERBO DIVINO GERADO EM UM VENTRE HUMANO
3.3. O Espírito Santo descerá
Gabriel, o anjo do Senhor, declarou: Descerá sobre ti o Espírito Santo (Lc 1.35). Os editores de O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento apropriadamente destacam: "A concepção virginal de Jesus indica que Ele é singularmente separado, o Santo, expressão que aqui é mais do que um título, é uma descrição da natureza sem pecado de Jesus. O nascimento ímpar é outra razão pela qual o menino pode ser chamado de Filho de Deus". (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, p. 147).
Quando Maria declarou: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1.38), naquele momento o Espírito Santo desceu sobre ela, poderoso, sublime e excelso.
3.2. A semente dará o seu fruto

A primeira profecia bíblica (Gn 3.15), confirmada pela declaração do apóstolo Paulo no Novo Testamento (Gl 4.4), destaca a semente da mulher como fonte originária do Senhor Jesus.
Nas palavras do teólogo Albert Barnes: "Isso significa evidentemente, que o corpo de Jesus seria criado pelo poder direto de Deus. Não foi por geração ordinária; mas, como o Messias veio para redimir os pecadores - para fazer expiação por outros, e não por si mesmo, era necessário que sua natureza humana fosse pura e livre da corrupção da Queda. Deus preparou-lhe, portanto, um corpo pela criação direta que deveria ser puro e santo (Hb 10.5).".
4. JESUS CRISTO, PLENAMENTE DIVINO, PLENAMENTE HUMANO
Ao se afirmar que Jesus é divino, está-se dizendo que Ele possui em si a plenitude da divindade; está-se dizendo que Ele é Deus, o ser supremo e sobrenatural que criou o Universo - esta é a ideia encontrada em Colossenses 2.9.
4.1. O depoimento da Teologia
O colegiado de teólogos cristãos manifestou-se acerca de uma doutrina fundamental da fé cristã: a união das duas naturezas do Senhor Jesus Cristo, a humana e a divina.
No palácio de Savoy, em Londres, cerca de duzentos delegados de cento e vinte igrejas participaram de uma conferência (1658) na qual concordaram, por unanimidade, acerca de uma confissão de fé, disciplina e ordem. Eis a declaração de Savoy: "O filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade, sendo verdadeiro e eterno Deus, da mesma substância e igual ao Pai, quando chegou a plenitude dos tempos, tomou sobre si a natureza humana, com todas as propriedades essenciais e enfermidades comuns; embora sem pecado: foi concebido pelo poder do Espírito Santo, no ventre da virgem Maria, e da substância dela. Para que duas naturezas inteiras, perfeitas e distintas, a divindade e a humanidade, fossem inseparavelmente unidas em uma só pessoa, sem conversão, composição ou confusão. Esta pessoa é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, mas um só Cristo, o único Mediador entre Deus e o homem".
CONCLUSÃO
Deus fez-se homem para salvar o homem (Is 43.11).
Deus fez-se homem assumindo a forma de servo (Fp 2.6-9), para reconciliar consigo o mundo (2 Co 5.19).
Enfim, Deus fez-se homem para tornar os filhos dos homens filhos de Deus (Jo 1.12)!
Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 60
AS DUAS
NATUREZAS DE JESUS
Um dos maiores e mais profundos
mistérios na teologia cristã é a união entre as duas naturezas na pessoa
bendita do Senhor Jesus Cristo. Esta matéria é conhecida como união
hipostática. O que é a união hipostática? O renomado teólogo Dr. Harold L. Willmington,
em sua excepcional obra teológica, Guia de Willmington para a Bíblia, afirma:
A expressão união hipostática vem de um
termo grego que significa “subsistência”, referindo-se às naturezas divina e
humana de Jesus. Basicamente, trata-se de uma verdade teológica que afirma que
Jesus Cristo, desde a Sua encarnação, passou a ser, continua sendo e para
sempre será 100% Deus e 100% homem, 100% do tempo.
União hipostática
Perfeição na união das duas naturezas
em uma só pessoa. A segunda pessoa da Trindade, o Cristo pré-encarnado, tomou
a natureza humana, ficando eterna, e, verdadeiramente, a divindade e a
humanidade, unidas em uma só pessoa. Essas duas naturezas de Cristo são
inseparavelmente unidas sem confundir ou requerer identidades separadas,
tornando-se eternamente o Deus-homem. Completamente Deus, e completamente
homem.
Duas naturezas distintas em uma só
pessoa para sempre. O termo hipostasia deriva de hipostasis que significa “o
modo de ser pelo qual qualquer existência substancial recebe uma
individualidade independente e distinta”. A expressão hipostasia é puramente
teológica e se aplica apenas a Cristo em quem existe a união de duas
naturezas. A história não registra nenhum outro exemplo de qualquer ser igual
a Cristo. Ele é a incomparável pessoa teantrópica. Essa pessoa única com duas
naturezas, sendo a revelação de Deus aos homens, é a manifestação da
humanidade ideal e perfeita.
|
CONCEITOS
SOBRE AS DUAS NATUREZAS DE CRISTO
A doutrina das duas naturezas numa só
pessoa transcende a razão humana. É expressão de uma realidade supersensível e
de um mistério incompreensível que não tem analogia na vida do homem, não acha
suporte na razão humana e, portanto, só pode ser aceita pela fé, na autoridade
da Palavra de Deus. Por essa razão, há necessidade de atentar para os ensinos
da Escritura sobre esse ponto.
A cristologia bíblica apresenta
claramente as duas naturezas do Senhor Jesus; divindade e humanidade. As duas
naturezas permanecem distintas e são completamente unidas em uma pessoa. Várias
passagens bíblicas no Antigo e no Novo Testamento evidenciam esta verdade. A
primeira profecia da Bíblia (Gn 3.15) menciona a semente da serpente (figura do
diabo) e a semente da mulher referindo-se à bendita pessoa do Senhor Jesus,
como diz Paulo: mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho,
nascido de mulher, nascido sob a lei (Gl 4.4).
Isaías, o profeta messiânico que mais
profetizou sobre a pessoa do Senhor Jesus, vaticinou as naturezas divina e
humana, de Cristo: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o
principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is 9.6). A união dessas
naturezas no ventre de Maria envolveu a obra sobrenatural do Espírito Santo.
Mesmo que a compreensão desta obra divina escape do nosso entendimento, ela foi
necessária para que o nosso Redentor fosse divino-humano.
SIGNIFICADO
DE HERESIA
O que é heresia?
A palavra “heresia” é praticamente a
transliteração de hairesis – “opinião, escolha, escola de pensamento, doutrina
religiosa; teoria que nega ou contraria a doutrina estabelecida por um grupo”
(Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
Aspectos heréticos que
aparecem na Bíblia
Dissensão: o termo heresia (do grego
haireses) é usado diversas vezes no Novo Testamento. Em algumas passagens, é
traduzido por seita, como em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22. Em outras, é
traduzido por heresias, partidos, facções, como em 1 Coríntios 11.19; Gl 5.20
e 2 Pe 2.1.
Espírito de divisão: o vocábulo
aparece, às vezes, com o sentido de espírito sectário e nem sempre representa
uma ruptura com o sistema convencional de determinada comunidade. Os saduceus
e os fariseus formavam seitas e facções dentro do próprio judaísmo, Atos
5.17; 15.5; 26.5. Paulo adverte para que não haja facções no Corpo de Cristo,
e condena as inovações doutrinárias que dividam a Igreja, 1 Co 11.19; Gl
5.20.
Erro doutrinário: a primeira
referência à heresia com o sentido de erro doutrinário, aplicado aos que
abandonaram a verdadeira fé, está em 2 Pedro 2.1. Paulo chama de hereges os
que teimam em seguir seus próprios pensamentos, contrariando os princípios básicos
da fé cristã. Recomenda que tais pessoas sejam evitadas, Tito 3.10
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Heresias
cristológicas
Heresias cristológicas são doutrinas e
pensamentos sobre Jesus Cristo que são contrários aos ensinamentos da Palavra
de Deus. Uma das primeiras, e antigas, heresias negava a humanidade de Jesus
Cristo, classificada nas vertentes conhecidas como docetismo, apolinarismo e
eutiquianismo. A segunda heresia negava a divindade de Cristo defendida por
ebionismo, adocionismo e arianismo.
Sete principais heresias
cristológicas ligadas às
duas naturezas do Senhor Jesus
Docetismo: dizia que Jesus não tinha
um corpo real;
Adocionismo: dizia que Jesus era
filho adotivo de Deus;
Arianismo: dizia que Jesus era
inferior ao Pai;
Apolinarismo: dizia que Jesus não
tinha alma humana;
Nestorianismo: dizia que, em Jesus,
havia duas pessoas;
Monofisismo: dizia que Cristo tinha
uma só natureza;
Monotelismo: dizia que Jesus não
tinha vontade humana, ou o “querer humano”.
|
O estudo profundo das doutrinas
bíblicas nos dará uma sólida base bíblica e teológica que prova que o Senhor
Jesus Cristo é, de fato, Deus que se tornou homem. Munidos com o testemunho das
Escrituras que apresentam as verdades bíblicas de forma clara e convincente
podemos rejeitar todas as heresias acerca das duas naturezas de Cristo.
Jesus é um ser único, pois possui duas
naturezas (divina e humana) em uma só pessoa; Era necessário que Deus se
tornasse homem para que tivéssemos um sacerdote perfeito (sem pecado) e
eternamente eficaz; quando o Logos de Deus se tornou humano, ao nascer da
virgem, Maria, passou a possuir eterna e indissoluvelmente as duas naturezas —
divina e humana; e Jesus é o único ser humano que não pecou, possuindo uma
humanidade pura, diferente da nossa, a qual é deturpada pelo pecado. Esta
humanidade será restaurada naqueles que creram em Jesus Cristo e assim se
tornaram filhos de Deu. Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente (Hb
13.8).
O Concílio
de Calcedônia
Este concílio, um dos mais importantes
na história do cristianismo, foi convocado para discutir sobre as duas
naturezas de Jesus Cristo. Observe a decisão que encerrou as discussões
cristológicas acerca das naturezas do Senhor:
Ensinamos, unanimemente, a confessar um
só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, o mesmo perfeito em divindade e
perfeito em humanidade; o mesmo verdadeiramente Deus, e verdadeiramente homem,
composto de uma alma racional e de um corpo, consubstancial ao Pai, segundo a
divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade, “semelhante a nós em
tudo com exceção do pecado” [Hb 4.15]; gerado do Pai antes de todos os séculos,
segundo a divindade, e nesses últimos dias, para nós e para nossa salvação,
[...] segundo a humanidade. Um só e mesmo Cristo, Senhor, Filho único que
devemos reconhecer em duas naturezas, sem confusão, sem mudanças, sem divisão,
sem separação. A diferença das naturezas não é de modo algum suprimida por sua
união, mas, antes, as propriedades de cada uma são salvaguardadas e reunidas em
uma só pessoa e uma só hipóstase.
A NATUREZA
DIVINA DO SENHOR JESUS
Nos primeiros dias da Igreja surgiram
muitos críticos que tentaram negar a natureza divina do Senhor Jesus. A fé
cristã foi atacada com veemência em uma das suas principais doutrinas — a
divindade de Cristo.
Não há cristianismo sem que haja uma
compreensão correta de quem é Jesus. E uma das coisas que precisamos
compreender é que Jesus é Deus.
O comentarista bíblico, José Anderson,
em sua obra acerca da natureza divina de Cristo, declara:
A Natureza Divina é aquilo que Deus é,
é Sua essência! O que faz Deus ser Deus é Sua NATUREZA! Se em algum momento,
Deus deixar de ter essa natureza, isso significa que Ele deixou de ser Deus.
Biblicamente, Deus é imutável, ou seja, não pode mudar em Sua natureza e
perfeições! Por exemplo, em Malaquias 3:6 Deus afirma: Porque eu, o SENHOR, não
mudo (Nm 23.19; 1 Sm 15.29; Is 46.9-11 e Ez 24.14).
Razões bíblicas de que
Jesus é Deus
Jesus tinha conhecimento desse fato e
transparecia isso por meio de prerrogativas próprias da divindade.
Ele se autodenominou Deus
Afirmando que era Deus diante dos
Judeus (Jo 8.58)
Afirmando Sua soberania (Jo
5.20,26,27)
Assumindo Sua posição de Juiz
universal (Jo 5.22,27)
Dando novos mandamentos (Mt
5.21,28,34,39,44)
Colocando-se em igualdade com o Pai
(Jo 8.19)
Exerceu prerrogativas próprias da
divindade
Multiplicando os pães (Jo 6.5-12)
Acalmando a tempestade (Mc 4.39-41)
Andando sobre as águas do mar (Jo
6.19-21)
Perdoando pecados (Lc 5.20-26)
Revelando os segredos do coração (Mt
9.4)
Revelando o futuro: destruição do
templo de Jerusalém 70 d.C. (Mt 24.1,2)
Revelando a glória do céu (Jo 3.13)
Manifestando Sua onisciência (Jo
2.24,25)
|
Provas
bíblicas da divindade de Cristo
• Provada por Seus nomes: Deus (Hb 1.8;
Rm 9.5); Filho de Deus (Mt 16.16; 26.61-64); Senhor, equivalente a “Jeová”, na
Septuaginta (Mt 22.43-45); Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).
• Provada por Suas características:
Onipotência (Mt 28.18); Onisciência (Jo 1.48); Onipresença (Mt 18.20); Vida (Jo
1.4; 5.26); Verdade (Jo 14.6); Imutabilidade (Hb 13.8).
• Provada por Suas obras: Criação (Jo 1.3); Sustentação (Cl 1.17);
Perdão de pecados (Lc 7.48); Ressurreição dos mortos (Jo 5.25); Julgamento (Jo
5.27); Envio do Espírito Santo (Jo 15.26).
• Provada pela adoração oferecida a
Ele: Por anjos (Hb 1.6); Por homens (Mt 14.33); Por todos (Fp 2.10).
Provada por igualdade na Trindade: Com
o Pai (Jo 14.23; 10.30); Com o Pai e o Espírito (Mt 28.19; 2 Co 13.13).
A natureza
humana de Cristo
A doutrina teológica Kenosis surgiu na
vida da Igreja em seus primeiros anos de existência. Esse termo “vem da palavra
grega para a doutrina do autoesvaziamento de Cristo em sua encarnação”. Foi a
autorrenúncia, em vez de esvaziamento da divindade, e não foi uma troca da
divindade pela humanidade. Filipenses 2.7 diz: Mas, aniquilou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. Cristo não deixou
de ser Deus ao longo de Seu ministério na terra. Entretanto, Sua glória
celestial foi deixada de lado. Jesus se submeteu à vontade do Pai por completo
durante seu ministério terreno.
Evidências
bíblicas da humanidade do Senhor Jesus
O apóstolo Paulo em sua Carta da
alegria (Fp 2.5-11) aborda magistralmente, cheio do Espírito Santo, a abnegação
do Senhor Jesus como ser biológico carnal humano. A proposta do Pai para o
Filho, o Servo sofredor, era o caminho do sofrimento, culminando na cruz (Is
53.1-5; Hb 12.2). Estude minuciosamente um dos mais profundos e significativos
textos das Escrituras, registrado pelo apóstolo Paulo:
De sorte que
haja em
vós o mesmo sentimento
que houve também em
Cristo Jesus, que, sendo
em forma de Deus, não
teve por usurpação ser
igual a Deus. Mas
aniquilou-se a si mesmo,
tomando a forma de
servo, fazendo-se
semelhante aos homens.
Filipenses 2.5-7
E, sendo
encontrado em
forma humana,
humilhou-se a si mesmo
e foi obediente até à
morte, e morte de cruz!
Por isso Deus o exaltou
à mais alta posição e lhe
deu o nome que está
acima de todo nome,
para que ao nome de
Jesus se dobre todo
joelho, no céu, na terra e
debaixo da terra, e toda
língua confesse que Jesus
Cristo é o Senhor, para a
glória de Deus Pai.
Filipenses
2.8-11 NVI
Nascimento humano
O Senhor Jesus nasceu como todos os
bebês humanos (Lc 2.7). Ele viveu cada etapa de uma criança normal, da infância
à adolescência, e seguiu à maturidade: E o menino crescia e se fortalecia em
espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele (Lc 2.40).
Mente humana
Jesus passou por um processo de
aprendizado como qualquer criança (crescia em sabedoria Lc 2.52). Ele aprendeu
a ler, escrever e a ser obediente aos seus pais (Lc 2.51). O nascimento dotado
de uma mente humana é uma evidência robusta e incontestável da natureza humana
do Senhor Jesus Cristo.
Emoções humanas
O primeiro Adão foi criado e formado
por Deus como um ser biológico (corpo), um ser psicológico (alma) e um ser
teológico (espírito). Estas três dimensões formam o homem criado por Deus. O
segundo Adão, Jesus, gerado, formado e enviado pelo Pai, obedece a essas mesmas
dimensões estabelecidas por Deus.
Existem inúmeras indicações de que
Jesus possuía alma humana (ou espírito). Antecedendo Sua crucificação, Ele
disse: Agora, está angustiada a minha alma (Jo 12.27 ARA). João escreveu: Ditas
estas coisas, angustiou-se Jesus em espírito (Jo 13.21 ARA). As palavras
referentes ao termo angustiar, em ambos os casos, representam o termo grego
tarassü, geralmente, empregado em referência a pessoas ansiosas ou a pessoas
surpreendidas por um perigo.
O qual, nos dias da sua
carne, oferecendo, com
grande clamor e
lágrimas, orações e
súplicas ao que o podia
livrar da morte, foi
ouvido quanto ao que
temia. Ainda que era
Filho, aprendeu a
obediência, por aquilo que
padeceu. E, sendo
ele consumado, veio a
ser a causa de eterna
salvação para todos os
que lhe obedecem.
Hebreus 5.7-9
Max Lucado disse:
Se Jesus fosse apenas Deus, Ele poderia
nos criar, mas não nos compreender. Um Jesus apenas homem poderia nos amar, mas
jamais nos salvar. E um Jesus que é o Deus/homem? Perto o suficiente para ser
tocado. Forte o suficiente para confiarmos. O Salvador que está bem ao nosso
lado.
ACHAMOS O
MESSIAS
Este achou primeiro a
seu irmão Simão e disse-
lhe: Achamos o Messias
(que, traduzido, é o
Cristo).
João 1.41
Um dos temas mais interessantes na
Bíblia, ligado diretamente ao Senhor Jesus, em Seu aspecto humano, é atribuído
ao título de Messias. Messias significa ungido. Messias era o salvador
prometido por Deus, anunciado pelo Antigo Testamento, que mudaria o mundo.
Messias é a palavra hebraica para
designar o salvador ungido por Deus. Em grego, Messias foi traduzido como
Cristo.
Quando Jesus apareceu, os judeus
esperavam a vinda do Messias, como estava profetizado no Antigo Testamento. É
oriundo do hebraico, meshiha, significando “o ungido”, e derivado de mashah,
significando “ungir”. Este título foi atribuído a Jesus, o salvador esperado.
Tem o mesmo significado de Cristo, a partir do nome grego Christós, “o ungido”.
Profecias
messiânicas
cumpridas em Jesus
|
Antigo Testamento
|
Cumprimento
no Novo Testamento
|
Nascimento virginal
|
Gn 3.15
|
Mt 1.16
|
Seria descendente
de
Sem
|
Gn 9.26
|
Lc 3.23-38
|
Seria descendente
de
Abraão
|
Gn 12.3
|
Mt 1.1; Gl 3.16
|
Seria
descendente de
Isaque
|
Gn 17 19
|
Mt 12
|
Seria descendente
de
Jacó
|
Nm 24.17.19
|
Mt 1.2
|
Seria descendente
de
Judá
|
Gn
49.10
|
Mt 1.2
|
Seria descendente
de
Davi
|
2
Sm 7.12-16; Is
9.7;
Sl 89
|
Mt
1.1; Lc 1.32,33
|
Nasceria
de
uma
virgem
|
Is 7.14
|
Mt
1.23; Lc 1.26,27,30,31
|
Nasceria
em
Belém
|
Mq
5.2
|
Mt
2.4-6; Lc 2.4-7
|
Seria precedido
por
um
precursor
|
Is
40.3-5; Ml 3.1
|
Mt
1-3; 11.10,11; Mc 1.2-4
|
Sua missão
|
Is 61.1,2
|
Lc 4.17-19
|
Teria
um ministério na
Galileia
|
Is
9.1,2
|
Mt 4.13-17
|
Curaria enfermos
|
Is 53.4
|
Mt
8.17
|
Ensinaria
por parábolas
|
Sl 78.2
|
Mt
13.35
|
Entraria
em Jerusalém
montado em
um jumento
|
Zc
9.9
|
Mt
21.5; Mc 11.7,9,11
|
Seria aclamado
pelas
pessoas
|
Sl
118.26
|
Mt 21.9
|
Seria
maior do que Davi
Seria rejeitado
|
Sl
110.1
Sl 118.22
|
Mt 22 .41-45
Mt 21.42
|
Seria
honrado apenas com os lábios
|
Is 29.13 |
Mt
15.7-9
|
Seria
abandonado pelos amigos
|
Zc
13.7
|
Mt
26.31
|
Seria
vendido por 30 peças de prata
|
Jr
18.1,2; 19.1-15; 32.6-9; Zc 11.12,13
|
Mt
26.15; 27.5,7,9,10
|
Bradaria
na cruz pelos
pecados carregados
|
Sl
22.1
|
Mt
27.46; Mc 15.34
|
Seria ridicularizado
|
Sl 22.7
|
Mt
27.39,40; Lc 23.35
|
Seria insultado
|
Sl
22.8
|
Mt
27.43
|
Seria traspassado
|
Sl 22.16; Zc 12.10
|
Jo
20 25 27
|
Não
teria nenhum osso quebrado
|
Sl
22.17
|
Jo 19.32-36
|
Teria
suas vestes sorteadas
|
Sl 22.18
|
Mt
27.35; Jo 19.24
|
Oraria
ao Pai a respeito de
Sua
morte
|
Sl 22.19
|
Mt
26.39; Hb 5.7
|
Seria
cuspido
e
ferido
|
Is
50.6
|
Mt
26.67,68
|
Seria desfigurado por meio de açoites
|
Is 52.14
|
Jo
19.1
|
Seria
morto
violentamente
|
Is
53 15
|
Jo 19 1. 16
|
Seria
morto como um
cordeiro e não
abriria
sua
boca
|
Is 53.7
|
Mc
15.4,5; Jo 1.29
|
Ressuscitaria dos
mortos
|
Sl
16 10
|
At
2.27-36; Mt
28.6; Mc 16.6,7
|
Ascenderia
aos céus
|
Sl 68.18
|
Mc
16.19; At 1.9
|
Toda profecia acerca do Messias se
cumpriu. Deus promete e cumpre Sua palavra (Nm 23.19). Jesus, humanamente, não
teve pai. Foi concebido pelo Espírito Santo no ventre de Maria. Este processo
foi um milagre; Sua vida foi um portento, o nascimento por uma virgem foi um
fenômeno, Sua morte foi sacrificial e Sua ressurreição uma retumbante vitória.
Toda profecia acerca do Messias se
cumpriu. Deus promete e cumpre Sua palavra (Nm 23.19). Jesus, humanamente, não
teve pai. Foi concebido pelo Espírito Santo no ventre de Maria. Este processo
foi um milagre; Sua vida foi um portento, o nascimento por uma virgem foi um
fenômeno, Sua morte foi sacrificial e Sua ressurreição uma retumbante vitória.
E, sem dúvida alguma,
grande é o mistério da
piedade: Aquele que se
manifestou em carne foi
justificado em espírito,
visto dos anjos, pregado
aos gentios, crido no
mundo recebido
acima na Glória
1 Timóteo 3 :16
Trechos do livro : CORPO ALMA E ESPÍRITO
JOA CAITANO

ADVEC – ASSEMBLEIA DE DEUS VITÓRIA EM CRISTO | TAQUARA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – MATERIAL SUPLEMENTAR LPD n.º 60
"Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um
filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco."
Mateus 1:23.
“Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu
Filho, nascido de mulher.” Gálatas 4:4.
A fé cristã se fundamenta na afirmativa de que
Jesus de Nazaré é um judeu nascido duma mulher chamada Maria, em Belém. Este
Jesus foi crucificado em Jerusalém e a sua morte nos trouxe a libertação dos
nossos pecados tirando toda a condenação que estava sobre nós. Ele é o Filho
eterno de Deus que se fez homem. Ele saiu de Deus (Jo 13:3), veio do céu (Jo 3:
13; 6:33) e em carne, pois o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:14).
Crer em Cristo 100% Deus e 100% homem não faz dEle
duas pessoas e sim uma única pessoa com duas naturezas. Várias foram as
tentavas de explicar as duas naturezas de Cristo, ou em Cristo. Por exemplo, os
gnósticos afirmavam que Jesus e Cristo eram duas pessoas distintas - Jesus era
homem filho de Maria; Cristo um espírito que veio sobre Jesus no batismo e O
abandonou na crucificação. O que os gnósticos não entenderam é que em sua
encarnação Jesus se despiu de sua glória, não de sua divindade.
Mesmo no meio Cristão é fácil encontrar pessoas
confusas com a dupla natureza de Cristo e que chegam a pensar que Ele era 50%
homem e 50% Deus, em outras palavras, meio homem e meio Deus. Na verdade, era
100% homem e 100% Deus, segundo as escrituras. Assim como é herético negar a
humanidade de Cristo, também o é negar-lhe a divindade.
Não são poucas as passagens que evidenciam sua
natureza humana (Mt 1:25; Lc 2:7; Gl 4:4, Lc 2:40-52 e Hb 5:8), ou divina (Rm
9:5; Hb 1:8; Jo 1:1-3; 1:18; 20:28; At 20:28; Tt 2:13 e 2Pe 1:1). Em nossa
lição da EBD são mencionados vários versículos que atestam tanto uma quanto
outra natureza (motivo pelo qual me furtarei de comentá-los).
Alguém afirmou a respeito da divindade e
humanidade de Cristo: “Como no caso da Trindade divina, não cremos porque
entendemos, cremos porque é bíblica.”
Qual a razão de Cristo ter as duas naturezas?
Já em sua concepção vemos a ação natural (ventre
de Maria) e a ação divina (Espírito Santo), ambos trabalhando conjuntamente.
Aquele que viria para tirar o pecado do mundo teria que ser verdadeiramente
homem, mas sem estar contaminado pelo pecado, este é o maior motivo de ter sido
gerado pelo Espírito.
O nosso Mediador precisava ser verdadeiramente
Deus e verdadeiramente homem para que o plano divino da salvação pudesse ter
eficácia. Somente a provação de um verdadeiro homem poderia ter valor e após a
sua aprovação pagar o resgate requerido para a nossa redenção e se oferecer
como sacrifício em nosso lugar. Contudo, por mais perfeito que o homem fosse
não poderia oferecer um sacrifício infinito, possibilitando a redenção de todos
os seres humanos, mesmo aqueles que ainda não haviam nascido, algo que só a sua
natureza divina e imaculada pôde oferecer (Jo 3:17).
O “site” Mundo Conservador, em sua publicação
intitulada “Jesus: 100% homem, 100% Deus”, de 14 de dezembro de 2016, faz o
seguinte comentário: “Jesus afirmou que Ele é o único caminho para Deus (Jo
14.6). Logo, Cristo é, por assim dizer, a única ponte sobre o abismo que nos
separa de Deus. As pontes, sabemos, unem duas extremidades. Portanto, a título
ilustrativo e didático, para entendermos a importância da humanidade e da
divindade de Cristo, digamos que cada lado da “Ponte Cristo” representa uma
natureza Dele. Um lado da ponte, a natureza humana. O outro lado, a natureza
divina. Se cortarmos um dos lados da ponte, não poderemos, claro, chegar ao
outro lado. Assim, os dois lados da “Ponte Cristo” têm que estar inteiros, não
apenas um, para que cheguemos a Deus.”
Página 2 de 2
Para os interessados em se aprofundar nesse tema,
indico que pesquise sobre o Concílio de Calcedônia (451 d.C.).
Deus nos abençoe!
(Dc. Odir de Almeida)
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