TEXTO ÁUREO
Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão".
1
CAPÍTULO
A ORIGEM DO HOMEM
De
onde vim? Quem
sou? Por que
eu sou? Afinal
de contas, o que estou fazendo aqui na terra? Qual é o propósito da minha vida? Para que fui criado? Para onde vou? Há algo mais além desta vida? Essas e outras indagações são feitas constantemente ao longo da
história humana. Durante muito tempo, os seres humanos buscam explicações,
elucidações e respostas.
Qual a origem do
homem? De onde ele veio? Como surgiu na terra? A origem da
humanidade é uma questão com muitas vertentes. Assim, nossa compreensão é
afetada de várias formas. Será que viemos de um ancestral comum — uma
forma compartilhada com chipanzés — ou poderíamos ter-nos originado a partir
dessa forma? A teologia bíblica apresenta a doutrina do homem, à qual,
tradicionalmente, dá-se o nome de antropologia(gr. antropos
= homem; e logos = tratado), que significa “estudo do
homem”.
Ramificações do estudo antropológico do ser humano
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Antropologia Física
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Antropologia Biológica
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Antropologia Social
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Antropologia
Humanista
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Antropologia Cultural
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Antropologia Linguística
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Antropologia Bíblica
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Antropologia
Missionária
|
Assim, vamos
caminhar juntos nessa temática, examinando profundamente os conceitos e os
aspectos oferecidos pela arqueologia, bem como suas vertentes. Entretanto,
daremos ênfase à Arqueologia Bíblico-Teológica e manteremos
nosso foco nela. Começaremos a partir do momento em que o homem
aparece na Terra, formado por Deus no último dia da criação (Gn 1.27). Em
seguida, prosseguiremos com as descobertas e as contribuições que surgem na
vida do ser humano durante sua estada terrena e o futuro que lhe está reservado
— os quais são alvo deste estudo. Investigaremos, por fim, o que a Antropologia
Bíblico-Teológica tem a oferecer na dependência imprescindível do Espírito
Santo na inspiração, e na revelação da Palavra de Deus (Sl 119.105).
A TEORIA DA EVOLUÇÃO
Um dos argumentos
mais fortes da evolução declara que o homem brotou na natureza como resultado
de um processo evolutivo natural. O exemplo mais polêmico (a evolução
humana) vem sendo debatido, por muitos anos, em vários centros de estudos
científicos por diversos estudiosos em todo o mundo.
Vejamos alguns
argumentos da teoria da evolução. Um dos mais conhecidos e difundidos,
sendo, às vezes, utilizado em tom de brincadeira e zombaria, proclama que todos
fomos, somos e continuaremos a ser macacos até que nos
tornemos seres humanos completos.
DESCENDENTES DO MACACO
Um enorme grupo de
estudiosos afirma que a humanidade é descendente de um animal simiesco, que
viveu há milhões de anos mediante um processo de evolução. Assim, o ser
humano tem sua origem no macaco antropoide, que, ao longo do tempo,
evoluiu, mudando de forma até chegar ao seu estado mais elevado que o
homem.
Esse fato, segundo
esse grupo de antropólogos, explica a existência do homem das cavernas, que
seria uma das fases da evolução do ser humano. Os defensores dessa teoria ensinam que a humanidade descende de
animais por meio do processo da evolução.
Tais
estudiosos dizem: o que era caramujo transformou-se em peixe; o que era peixe
chegou a ser réptil; o que outrora era réptil virou pássaro; e o que antes era
macaco evoluiu e tornou-se humano.
Mais que cem diferenças
O
norte-americano Fred H. Klooster, professor de Teologia Prática, escreve:
Os
evolucionistas acreditam que o homem se desenvolveu a partir de organismos
inferiores, mediante uma série de mudanças realizadas por processos puramente
naturais, e que esta linha de desenvolvimento pode ser traçada a partir de
coisas vivas simples, presumivelmente monocelulares, passando por organismos
mais complexos e, finalmente, chegando a organismos que hoje seriam
classificados como símios antropoides (animais cujo aspecto se assemelha ao aspecto humano; o elo entre o macaco e o homem), até aparecer o homem. Os parentes mais próximos do homem são, segundo se crê, os símios
antropoides, por causa do grande número de semelhanças entre os símios e os
seres humanos. Embora seja verdade que há muitas semelhanças entre o homem e os
antropoides, e estas sejam maiores do que as existentes entre o homem e outros
animais, também é verdade que há muitas diferenças entre o homem e os
antropoides, algumas das quais são bastante significativas. É possível listar bem mais
que cem
diferenças entre o homem e os antropoides. Provavelmente a diferença biológica mais relevante é que o homem
tem a capacidade de se comunicar em termos abstratos. Ele desenvolveu a linguagem e tem uma história. Assim, tem a capacidade de
transmitir a sua cultura de uma geração a outra e tirar proveito daquilo que
foi aprendido por gerações anteriores. Estas diferenças sugerem um abismo extenso entre o homem e os
antropoides.
MATÉRIA E FORÇA
A
teoria da matéria e força (outra linha evolucionista) começou a ser mencionada em
tempos remotos, não podendo ser explicada cientificamente quando apareceu e de
que forma ela ocupou espaço. Segundo os cientistas, surgiu, dentro da matéria e da força,
uma célula viva,
mas não se sabe de onde ela veio. Nessa célula, havia uma centelha de vida, da qual se originaram
todas as coisas vivas, desde o reino vegetal até o homem, sendo esse
desenvolvimento controlado por leis inerentes.
Essas
leis, conectadas ao meio ambiente, explicam a origem das diversas espécies que
têm existido e que existem, incluindo o ser humano. Desse modo, segundo tal teoria, houve uma ascensão gradual e
constante desde as formas inferiores de vida até as mais elevadas, chegando ao
homem.
SELEÇÃO NATURAL
Seleção
natural é parte do processo de evolução dos seres vivos, fazendo com que estes
sejam capazes de adaptar-se aos ambientes onde vivem. Inicialmente, esse mecanismo foi proposto pelo naturalista
britânico Charles Darwin (1809-1882).
Darwin
foi um dos maiores nomes do Evolucionismo, que desenvolveu, no século 19, um
conjunto de estudos que deu origem ao Darwinismo, teoria proclamada como sinônima do Evolucionismo. Por meio dela, ele
consagrou-se como o “pai da Teoria da Evolução”.
Darwinismo
Transmutação
de espécies
Gênesis 1.11,12,24-26
Salmo 139.14-16
Jó 10.9,11
A
seleção natural compõe a Teoria da Evolução das Espécies, também conhecida como Darwinismo ou Evolucionismo, juntamente aos
processos de mutação, migração e deriva genética. Como o nome sugere, a seleção natural consiste em um processo
natural, sem qualquer tipo de interferência humana, onde o meio ambiente é
responsável por escolher as espécies mais aptas homo habilis a sobreviver em determinado habitat e deixar seus descendentes.
EVOLUÇÃO TEÍSTA
Evolução
teísta é o ato criador de Deus que ocorre por meio das leis da evolução. Os processos evolucionários
foram usados pelo Todo-poderoso para criar a variedade dos seres na terra,
inclusive os humanos. Deus usou mecanismos evolutivos para produzir todas as formas de
vida.
Assim,
a visão evolutiva padrão das origens humanas — geralmente aceita pelos
evolucionistas teístas — sustenta que nossa espécie, o homo sapiens, surgiu de espécies
semelhantes a macacos, mediante processos evolutivos aparentemente não guiados,
como a seleção natural e a mutação aleatória.
Os
teístas e a Bíblia
Para
muitos evolucionistas teístas, a Bíblia já não é considerada uma verdadeira
fonte de conhecimento, e, cada vez mais, menos pessoas levam as Escrituras a
sério. Os
evolucionistas teístas enfatizam fortemente a revisão constante dos
ensinamentos bíblicos e de suas interpretações e reinterpretações. Dessa forma, tentam
marginalizar a verdade cristã na Igreja.
Evolução teísta
Deus +
evolução
Gênesis 1.3,9
Salmo 33.6,9
João 1.3
Colossenses 1.16
Na
evolução teísta, figuram algumas ramificações, como: evolucionistas teístas,
criacionismo evolucionista ou evolucionismo criacionista. Uma parcela considerável de
evolucionistas declara que Deus não existe e que a vida pode emergir, e assim o
fez, naturalmente de blocos de construção preexistentes e sem vida, sob a
influência de leis naturais, como a gravidade etc.
A posição do criacionismo bíblico
A
crença na evolução teísta em qualquer uma das suas vertentes é inconsistente
com a crença na veracidade bíblica. A Bíblia é a viva Palavra de Deus, dada à humanidade pelo Criador
do universo, e Sua descrição de como Ele criou o mundo não é compatível com a
teoria da evolução. Combiná-las é como combinar água e óleo, isto é, não se misturam!
Aspectos da evolução
Em
relação aos aspectos evolutivos, podemos destacar:
Homo habilis
Uma
espécie da evolução humana já extinta, pertencente à classe dos hominídeos, que
considerou o primeiro ser humano propriamente dito.
Homo erectus
Uma
espécie crucial na evolução do ser humano, que apareceu na linha evolutiva
entre o homo
habilis e
o homo
sapiens. Acredita-se que era capaz de
movimentar-se predominantemente de forma ereta, tal como o homem moderno.
Homo sapiens
Nome
dado à espécie dos seres humanos de acordo com a classificação taxonômica. Essa é uma expressão latina
que significa, literalmente, “homem sábio” ou “homem que sabe”.
Argumentos evolucionistas
Argumento
da Geologia
Argumento da Embriologia
Argumento da Morfologia
Argumento das Partes Rudimentares
Argumento dos Ser Humano
Argumento Característico dos Animais
Argumento da Distribuição dos Animais
TEORIA OU FATO
A
evolução é uma teoria ou um fato? Antropólogos não cristãos, supostamente em nome de argumentos
propagados como científicos, ensinam que a evolução é um fato concreto, real,
estabelecido com as respostas para o futuro da raça humana. Muitos educadores aceitam a
evolução não como teoria simplesmente, mas como um fato estabelecido e
reconhecido, revestido de autoridade pertinente.
Processos básicos da evolução
Mutação
Recombinação
Genética
Seleção Natural
Isolamento Reprodutivo
Para
muitos, a ciência tornou-se uma nova forma de religião, dotada de
infalibilidade, estendendo-se para responder às questões fundamentais sobre
nossas origens e o propósito das nossas indagações de existência que, outrora,
foram objeto de estudo de filósofos e estudiosos religiosos. A ciência, portanto, não é
inimiga da religião. As duas são naturalmente complementares, e existe beleza no
equilíbrio. O cristianismo defensor fundamentalista do criacionismo bíblico é
uma religião racional e razoável, cujo livro sagrado (a Bíblia) tem resistido
ao teste do tempo e contado com inúmeras confirmações por grande parte da
arqueologia.
Durante
a celebração do centenário de Charles Robert Darwin (1808-1882), naturalista
britânico e um dos maiores nomes do evolucionismo, na cidade de Chicago, nos
Estados Unidos, uma figura iminente no mundo evolucionista, Sir Julian Huxley,
afirmou: “Na evolução, não há lugar para o sobrenatural. A terra e seus habitantes não foram criados, eles evoluíram”. Na mesma conferência, Huxley
disse: “Todos nós aceitamos o fato da evolução... A evolução da vida não é mais uma teoria. Ela é um fato. É a base de todo o nosso modo de pensar”.
O
livro Biology
for You, de
1963, confirma isso, relatando: “Todos os biólogos de renome concordam com o
fato de que a evolução da vida na terra é um fato estabelecido”. Um prestigioso presidente de
uma universidade nos Estados Unidos declarou: “É necessário um preconceito
sobrepujante para negar-se a aceitar os fatos, e todo aquele que está exposto à
evidência em apoio da evolução tem de reconhecê-la como fato histórico”.
Entretanto,
a Bíblia ensina que Deus criou o homem e todas as espécies de vida diretamente,
não por meio de um processo de evolução. A seguir, estudaremos, de modo profundo, as verdades bíblicas que
afirmam que nossa origem está em Deus. Ele criou todas as coisas que existem, incluindo o primeiro
homem, e deu-lhes vida.
E
criou [gr. bara] Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho
e fêmea os criou. ...
A tua
Palavra é a verdade. João 17.17
FALSAS
TEORIAS
Existem inúmeras teorias falsas a respeito do
aparecimento do homem na terra. Muitas levam o rótulo de científicas, mas
algumas são incrivelmente absurdas. Pode-se verificar, na maioria desses
conceitos, a intenção maligna de destruir os preceitos da Bíblia Sagrada.
Fazemos bem em tornar a nossa confiança na Palavra de Deus cada vez mais
sólida. Por mais simpáticas, atraentes ou aparentemente convincentes essas
teorias sejam ou pareçam ser, nenhuma delas merece nosso crédito, se tenta
ignorar e refutar o ensino bíblico.
Teorias
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Teoria da Evolução : científica,
humana e secular.
|
Teoria da Extinção: religiosa e
espiritualista.
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Teoria da Reencarnação: pagã e
diabólica.
|
Etimologicamente, o termo evolução provém
do latim evolutio , significando “desabrochamento”. É o processo por meio do
qual ocorrem mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo,
dando origem a espécies novas.
Já
evolucionismo é uma teoria que defende o processo de evolução das espécies
mediante modificações lentas e progressivas, consonantes ao ambiente em que
vivem. Ela ensina que todas as formas de vida tiveram sua origem em uma só
forma, e que as espécies mais elevadas surgiram de um aspecto inferior.
Essa teoria é oposta ao criacionismo , pois
não admite a participação de uma entidade ou ser divino na criação dos seres
vivos que existem na terra. A teoria da evolução apresenta o homem das
seguintes maneiras:
• como
alguém que se elevou de uma ordem inferior, ao passo que as Escrituras declaram
que sua origem é devida à ação criadora de Deus;
• como o
resultado de sucessivas alterações nas formas materiais devido às forças
latentes na matéria, ao passo que a Bíblia declara que o ser físico do homem é
o resultado da ação de Deus, que partiu do exterior;
• como o
clímax de desenvolvimento que ascendeu desde as formas mais inferiores de vida
animal, ao passo que a Palavra de Deus declara que ele pertence à ordem humana,
distinta de todas as outras, e que adquiriu o seu ser de modo imediato e
direto.
PERGUNTAS
AOS DEFENSORES DA TEORIA DA EVOLUÇÃO
1. De onde veio o espaço para o universo, a
matéria e a energia para organizar tudo?
2. Quando, onde, por que e como surgiu
a vida a partir de matéria sem vida? Como a vida aprendeu a se reproduzir?
3. Existe algum animal em plena fase de
transição? Algum réptil que esteja tornando-se mamífero? Outro que esteja
tornando-se ave?
4. A teoria da evolução consegue
responder à pergunta sobre o significado supremo da vida?
5. Onde estão os avanços científicos causados
pela teoria da evolução?
Veja a resposta do Dr. Marc Kirschner,
fundador do Departamento de Biologia Sistemática da Universidade de Harvard,
Estados Unidos:
De
fato, durante os últimos 100 anos, praticamente toda biologia progrediu
independente da teoria da evolução, exceto a própria biologia evolucionária. A
Biologia Molecular, Bioquímica, Fisiologia não levaram em conta a teoria da
evolução.
15 QUESTÕES
PARA EVOLUCIONISTAS
Essas perguntas são baseadas em Evolução: a
origem naturalística da vida e sua diversidade .
1. Como a vida se
originou? O
professor Paul Davies, evolucionista, admitiu: “Ninguém sabe como uma mistura
de químicos inorgânicos espontaneamente se organizou na primeira célula
vivente”. Andrew Knoll, professor de Biologia em Harvard, disse: “Nós realmente
não sabemos como a vida se originou neste planeta”. A menor célula necessita de
centenas de proteínas. Ainda que cada átomo existente no universo fosse um
experimento com todos os aminoácidos corretos presentes, para todas as
vibrações moleculares possíveis durante a suposta idade evolutiva do universo,
não se formaria uma única proteína funcional de tamanho médio. Então, como a
vida, com centenas de proteínas, teve início? Foi apenas pela química, sem o
desenho inteligente?
2. Como o código DNA surgiu? O código
é um sistema de linguagem sofisticado, com letras e palavras cujo significado
não está relacionado às propriedades químicas das letras — assim como a
informação desta página não é um produto de propriedades químicas da tinta (ou
pixels da tela). Que outros sistemas de codificação existiram sem o desenho
inteligente? Como o sistema de codificação do DNA surgiu, sem que fosse
projetado?
3. Como poderiam as mutações — erros
de cópia acidentais (“letras” do DNA trocadas, deletadas ou adicionadas,
duplicação gênica, inversão cromossômica etc.) — criarem o grande volume de
informação no DNA dos seres viventes? Como poderiam tais erros criar três
bilhões de letras de informação do DNA para transformar um micróbio em um
microbiologista?
Há informação tanto para a produção de
proteínas como para o controle de seu uso — que se parece com um livro de
receitas, que contém ingredientes e instruções sobre como e quando utilizar. Um
sem o outro é inútil. Mutações são conhecidas por seus efeitos destrutivos,
incluindo mais de mil doenças humanas, como a hemofilia. Raramente, as mutações
são benéficas. Mas, como a informação dispersa do DNA criou uma rota bioquímica
nova ou nanomáquinas com muitos componentes para tornar a evolução possível?
Por exemplo, como um motor rotativo de 32 componentes — como a ATP sintase (que
produz a energia necessária para toda a vida) ou os robôs, como a cinesina (um
“carteiro” que entrega pacotes no meio intracelular) — se originou?
4. Por que a seleção
natural, um princípio reconhecido por criacionistas, é ensinado como
“evolução”, como se ele explicasse a origem e a diversidade da vida?
Por
definição, a seleção natural é um processo seletivo (seleção dentre a
informação já existente). Logo, não é um processo de criação. Ela pode explicar
a sobrevivência do mais adaptado (porque certos genes beneficiam algumas
criaturas em determinados ambientes), mas não o surgimento do mais adaptado
(onde e quando os genes e as criaturas vieram à existência no princípio). A
morte de indivíduos não adaptados a um ambiente e a sobrevivência daqueles que
estão adaptados não explicam a origem dos recursos que fazem um organismo
adaptado a um ambiente. Por exemplo, como podem pequenas variações flutuantes
entre os bicos dos tentilhões explicar a origem dos bicos dos tentilhões? Como
a seleção natural pode explicar a transição de uma espécie em outra?
5. Como novas rotas
bioquímicas que envolvem múltiplas enzimas trabalhando juntas e sequencialmente
se originaram?
Cada rota
bioquímica e nanomáquina requer múltiplos componentes proteicos e enzimáticos
para funcionar. Como acidentes ao acaso criaram pelo menos um desses
componentes, não mencionando os dez ou vinte ou trinta integrantes comumente
necessários a uma sequência bioquímica programada? O bioquímico evolucionista
Franklin Harold escreveu: “Nós devemos admitir que até a presente data não há
explicação darwiniana detalhada sobre a evolução ou sistemas bioquímicos ou
celulares, apenas uma variedade de especulações ilusórias”.
6. Os seres viventes se parecem como foram
criados. Então, como os evolucionistas sabem que eles não foram projetados?
Richard
Dawkins escreveu: “Biologia é o estudo das coisas complicadas que têm a
aparência de terem sido projetadas com um propósito”. Francis Crick, o
codescobridor da estrutura em dupla hélice do DNA, escreveu: “Biólogos devem
constantemente manter em suas mentes que o que eles veem não foi projetado, mas
evoluído”. O problema para os evolucionistas é que os seres viventes demonstram
grande evidência de projeto (design). Quem se opõe quando um arqueólogo diz que
vasos de cerâmica apontam para um projeto humano? Entretanto, se alguém atribui
o projeto (design) dos seres viventes a um projetista (designer), isso não é
aceitável. Por que a ciência deve ser restrita a causas naturalísticas em vez
de causas lógicas?
7. Como os seres pluricelulares
se originaram?
Como células
adaptadas para a sobrevivência individual “aprenderam” a cooperar e a
especializar-se (incluindo a programação de morte celular) para criar plantas
complexas e animais?
8. Como o sexo se
originou?
A reprodução
sexual proporciona até o dobro do sucesso reprodutivo (capacidade de adaptação)
para as mesmas fontes como reprodução sexual. Logo, como poderia o mais tardio
ganhar vantagem suficiente para ser selecionado? E como meramente a física e a
química inventaram os aparatos complementares necessários para a reprodução ao
mesmo tempo (processos não inteligentes não podem planejar a coordenação futura
de órgãos masculinos e femininos).
9. Por que os (esperados) incontáveis milhões
de fósseis transicionais estão faltando?
Darwin notou o problema, e ele permanece. As
árvores genealógicas evolucionistas nos livros didáticos estão baseadas na
imaginação, não na evidência fóssil. Para o famoso paleontólogo de Harvard (e
evolucionista) Stephen Jay Gould, “a extrema raridade de formas transicionais
nos registros fósseis persiste como um ‘segredo comercial’ da paleontologia”.
Outros evolucionistas especialistas em fósseis reconhecem o problema.
10. Como os “fósseis viventes” permanecem
imutáveis após supostas centenas de milhões de anos, se a evolução transformou
vermes em humanos no mesmo período de tempo?
O professor
Gould escreveu: “A manutenção da estabilidade das espécies deve ser considerada
como um problema evolucionário maior”.
11. Como a química pura
criou mente/inteligência/significado/altruísmo e moralidade? Se todos os seres
viventes evoluíram e inventaram o conceito de Deus — como um ensino
evolucionista —, qual é o propósito ou o significado da vida humana?
Não deveriam os estudantes aprender o niilismo
(a vida sem significado) nas classes de ciência?
12. Por que os contos
evolucionistas são tolerados?
Evolucionistas
geralmente usam contos para “explicar” observações contrárias à teoria
evolucionista. O Dr. Philip Skell, membro da Network-Attached Storage (NAS, nos
Estados Unidos), escreveu: “As explicações darwinistas para tais coisas são
geralmente muito flexíveis: a seleção natural faz humanos centrados em si
mesmos e agressivos — excetuando-se quando os faz altruístas e pacifistas; ou a
seleção natural produz homens viris que buscam a qualquer preço espalhar suas
sementes — com exceção de quando há a preferência por homens que são confiáveis
e provedores. Quando uma explicação é muito flexível a ponto de explicar
qualquer comportamento, é muito difícil testá-la experimentalmente, menos ainda
utilizá-la como catalisadora da descoberta científica”.
13. Onde estão os
avanços científicos decorrentes da evolução?
O Dr. Marc
Kirschner, titular do Departamento de Sistemas Biológicos da Harvard Medical
School, atestou: “De fato, nos últimos cem anos, quase toda a biologia progrediu
independentemente da evolução, excetuando-se a biologia evolucionária por si
mesma. A biologia molecular, bioquímica e fisiologia não se respaldaram na
evolução”. O Dr. Skell escreveu: “É o nosso conhecimento de como esses
organismos realmente operam, não especulações sobre como eles podem ter surgido
milhões de anos atrás. Isso é essencial aos médicos, veterinários,
fazendeiros...”. A evolução realmente atrapalha a descoberta médica. Então,
porque as escolas e as universidades ensinam a evolução tão dogmaticamente,
privando o tempo da biologia experimental que tanto beneficia a humanidade?
14. A ciência envolve a
experimentação para descobrir como as coisas funcionam e de que modo elas
operam. Por que a evolução, uma teoria sobre história, é ensinada como se fosse
uma ciência operacional?
Você não
pode fazer experimentos, ou até mesmo observar o que aconteceu no passado.
Perguntado se a evolução foi observada, Richard Dawkins disse: “A evolução foi
observada. Apenas não foi observada enquanto ocorria”.
15. Por que uma ideia
religiosa fundamentalista, um sistema de crença dogmático que falha na
explicação da evidência científica, é ensinada nas classes de Ciências?
Karl Popper, famoso filósofo da ciência,
disse: “O Darwinismo não é uma teoria científica testável, mas um programa de
pesquisa metafísico [religião]...”. Michael Ruse, filósofo científico
evolucionista, admitiu: “Evolução é uma religião. Essa é a verdade da evolução
no começo e continua sendo verdade ainda hoje”. Se você não pode ensinar religião
nas classes de Ciências, por que o evolucionismo é ensinado?
A TEORIA EVOLUCIONISTA E A VERDADE BÍBLICA
Já sabemos que a teoria ensinada por
Charles Darwin declara que o homem originariamente pertencia a uma classe
inferior e foi ascendendo, de forma progressiva, até se tornar, em verdade, o
homo sapiens, indivíduo desenvolvido e sábio que é hoje. Contudo, a Bíblia
Sagrada afirma o contrário. Nela, tomamos conhecimento de que o homem foi
criado pleno (Ec 7.29; Jó 1.8), foi feito à imagem de Deus (Gn 1.26), foi
moldado distinto de todas as espécies (1 Ts 5.23) e é descendente de Adão (At
17.26).
A origem do homem
Os
ensinamentos propostos pela filosofia e pelas demais ciências humanas até o
presente momento não responderam satisfatoriamente aos questionamentos sobre a
origem do ser humano. O célebre evolucionista Professor Theodosius Dobzhansky
(1900-1975), no seu livro The Biological Basis of Human Freedom , declara: “Não
há dúvida de que tanto os aspectos históricos como os causais do processo evolutivo
estão longe de serem conhecidos completamente [...]. As causas que produziram o
desenvolvimento da raça humana podem ser discernidas apenas vagamente”. Um
renomado teólogo amigo meu escreveu: “Para conhecer o homem, temos de ir além
do que ensinam a filosofia e as demais ciências humanas; temos de tomar posse
das Escrituras, pois só elas respondem satisfatoriamente a toda e qualquer
indagação quanto ao passado, ao presente e ao futuro do homem” (veja 2 Tm
3.16,17).
CRIACIONISMO
BÍBLICO
O
criacionismo bíblico é a doutrina segundo a qual Deus criou intencionalmente, a
partir da Sua Palavra, tudo que existe — visível e invisível — e que é
sustentado pelo Seu poder (Sl 33.6,9). A Bíblia inicia suas páginas com a
declaração: No princípio, criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1), revelando,
assim, a existência de Deus e a causa da existência do universo (Jo 1.3).
Entretanto, o mundo não crê nessa verdade incontestável, e a própria Bíblia
declara: Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus (Sl 14.1; 10.4).
Deus — Criador único e verdadeiro
Deus é
eterno, infinito e autoexistente; portanto, Ele não tem princípio nem fim (Sl
90.2; Ap 22.13). Ele é autoexistente (Êx 3.14; Is 43.10,11; Jo 5.26; At
17.24,25) e único (Dt 6.4; Is 45.22; Mc 12.29; Jo 17.3; Tg 2.19). Diferente do
universo, Deus não necessita da dimensão do tempo, da matéria ou do espaço, nem
está limitado a eles. Deus é espírito (Jo 1.18; 4.24; 2 Co 3.17; Cl 1.13-16). O
universo requereu uma causa, porque teve um princípio (Rm 1.20). Esse princípio
não adveio de uma explosão, de um acidente, de processos de geração espontânea
ou, muito menos, de uma evolução de bilhões de anos por meio da seleção natural
ou teoria da sobrevivência, como a maioria das escolas, dos cientistas e da
mídia ensina e advoga. Deus é o criador supremo (Gn 1.1; Jó 38.3-5; At 17.24;
Hb 11.3).
A
causa do universo e da existência do homem — com toda a sua beleza, sua
complexidade, sua funcionalidade e seu propósito — é diretamente obra das mãos
do Criador. Deus é Todo-Poderoso e transcendente, por isso Ele tem o controle
de tudo que criou (Cl 1.16,17). Ele não pode ser contido ou limitado por Sua
criação, e Seus atributos podem ser claramente vistos em tudo criado (Rm 1.20).
O ser humano foi criado por Deus com uma
finalidade precípua: fazer a diferença no mundo em que vive. Porém, o Senhor
está além da compreensão humana, e, por isso, o homem necessita de fé para agradar
a Ele, crer nele e aproximar-se dele (Hb 11.6). Além disso, o Senhor trouxe o
universo à existência do nada e de maneira instantânea (gr. bara ) e escolheu
criá-lo em uma semana, com dias literais de 24 horas. Em Sua obra, Deus agiu de
forma específica e ordenada a cada dia, a fim de preparar o local onde Ele
colocaria a coroa de Sua criação — o homem.
OS DIAS DA CRIAÇÃO
O primeiro dia No primeiro dia, vemos
Deus criar quatro coisas importantes, nas quais Ele enquadrou o fundamento do
universo a ser formado. Ele criou o tempo, o espaço, a matéria e a luz (Gn
1.1-5). Essa luz, que não era a do sol (Ap 22.5), proveu à terra (matéria) dois
períodos de tempo em sua rotação, aos quais Deus chamou de dia (luz) e noite
(trevas; v. 5). Nessa terra ainda informe, a Bíblia diz que só havia água, e o
Espírito de Deus se movia sobre a face dessas águas (v. 2).
O segundo dia No segundo dia, Deus criou
uma expansão, ou espaço no meio das águas, separando-as e contendo-as em cima e
abaixo dessa expansão (Gn 1.6,7; Sl 104.6; 148.4). A essa expansão entre as
águas Deus chamou céus ou firmamento (Gn 1.8). A atmosfera ou camada de ar que
envolve a terra é formada de diferentes gases, sendo o nitrogênio, o oxigênio e
o gás carbônico os principais responsáveis pela sobrevivência de homens,
animais e plantas.
...
Corpo, alma e espírito
De onde eu vim, qual o meu propósito, para onde irei?
de Joá Caitano
Evolucionismo: A farsa de Charles Darwin
Por Equipe Lepanto
-
11 de outubro de 2008
Descobertas científicas desmentem a teoria evolucionista, oposta ao Criacionismo.
Nossas escolas insistem em ensinar o Evolucionismo como um fato indiscutível
Desde as primeiras séries de nossos estudos vimos sendo familiarizados com uma explicação – no mínimo estranha – sobre a origem da vida: a teoria da evolução de Charles Darwin, soberana nos manuais de colégio.
No entanto, um grande número de escolas norte-americanas está excluindo de seus currículos o ensino do darwinismo. O motivo? Um fato certamente de pouca importância – e talvez por isso nunca seja mencionado no Brasil – : a evolução das espécies jamais foi provada cientificamente.
Paleontologia: faltam evidências
São extraordinárias as falhas e incongruências da teoria darwiniana. Há muito, ela deixou de ser unânime entre os pesquisadores, pois carece de métodos científicos e vem sendo desmentida por vários ramos da ciência. A paleontologia é atualmente o principal argumento contra tal teoria.
Observando o documento fóssil, fica claro a existência de uma sucessão hierárquica das formas de vida ao longo do tempo. Quanto mais antigos os estratos fósseis, mais inferiores são as espécies da escala biológica.
Esse aumento da complexidade das formas de vida no decorrer da história é bastante utilizado pelos evolucionístas como uma argumento a favor de suas hipóteses. Coloca-se esses animais em seqüência e tem-se a impressão de que uns descendem dos outros, como se constituíssem um filão genealógico, desde as formas de vida mais simples, até as atuais.
Mas há um problema que não pode ser ignorado: se a evolução de uma ameba, ao longo da história, deu-se de modo a resultar em seres mais complexos até chegarmos à vastidão infindável de organismos que temos hoje, então seria imprescindível que tenham existido milhares de formas de transição dos seres, passando de uma espécie até se tornarem outra, sucessivamente.
No que dependesse de Darwin seria assim. Entretanto, nunca foram encontrados esses animais de transição ¾ os elos perdidos ¾ entre as espécies.
Essa descontinuidade no registro fóssil é tão contundente para o evolucionismo, que o próprio Darwin afirmou que “talvez fosse a objeção mais óbvia e mais séria” à sua teoria. A confirmação da hipótese evolucionista ficou condicionada ao encontro dos elos perdidos. Mas passaram-se dois séculos e ainda continuam perdidos.
Quando vemos o aparecimento de novidades evolutivas, ou seja, o aparecimento de novos grupos de plantas e animais, isso ocorre como um estrondo, isto é abruptamente. Não há evidências de que haja ligações entre esses novos grupos e seus antecessores. Até porque, em alguns casos, esses animais estão separados por grandes intervalos de até mais de 100 milhões de anos.
O Dr. G. Sermont, especialista em genética dos microorganismos, diretor da Escola Internacional de Genética Geral e professor da Universidade de Peruggia e R. Fondi, professor de paleontologia da Universidade de Siena, no livro Dopo Darwin. Critica all’ evoluzionismo, afirmam nesse sentido que: “é se constrangido a reconhecer que os fósseis não dão mostras de fenômeno evolutivo nenhum… Cada vez que se estuda uma categoria qualquer de organismos e se acompanha sua história
paleontológica… acaba-se sempre, mais cedo ou mais tarde, por encontrar uma repentina interrupção exatamente no ponto onde ¾ segundo a hipótese evolucionista ¾ deveríamos ter a conexão genealógica com uma cepa progenitora mais primitiva. A partir do momento em que isso acontece, sempre e sistematicamente, este fato não pode ser interpretado como algo secundário, antes deve ser considerado como um fenômeno primordial da natureza.”
O exemplo mais gritante de descontinuidade no registro fóssil é o que encontramos na passagem do Pré-Cambriano (primeira era geológica), para o Cambriano. No primeiro encontramos uma certa variedade de microorganismos: bactérias, algas azuis etc. Já no Cambriano, repentinamente, o que surge é uma infinidade de invertebrados, muito complexos: ouriços-do-mar, crustáceos, medusas, moluscos… Esse fenômeno é tão extraordinário que ficou conhecido como “explosão cambriana”.
Ora, se a evolução fosse uma realidade, o surgimento dessa vasta gama de espécies do Cambriano deveria imprescindivelmente estar precedida de uma série de formas de transição entre os seres unicelulares do Pré-Cambriano e os invertebrados do Cambriano. Nunca foi encontrado nada no registro fóssil. Esse é, aliás, um ponto que nenhum evolucionista ignora.
Outro fato é que os organismos sempre permanecem os mesmos, desde quando surgem, até a sua extinção e quando muito, apresentam variações dentro da própria espécie.
Ainda mesmo que um animal apresentasse características de dois grupos diferentes, não poderia ser tratado como um elo real enquanto os demais estágios intermediários não fossem descobertos.
A riqueza das informações fósseis vem servindo contra os postulados evolucionístas. Várias hipóteses de seqüências evolutivas foram descartadas ou modificadas, por se
tratarem de alterações no registro fóssil (tal como a evolução do cavalo na América do Norte).
O próprio pai da paleontologia, o Barão de Couvier, vislumbrou, nessa sucessão hierárquica do dos seres vivos, ao invés de uma evolução, uma confirmação da idéia bíblica da criação sucessiva. As grandes durações da história geológica, que à primeira vista parecem favorecer as especulações dos evolucionístas, fornecem, muito pelo contrário, objeções.
Cabe lembrar que Santo Agostinho, analisando a criação em seis dias no Gênesis, tem o cuidado de não interpretar dia como intervalo de 24 horas. O Santo Doutor interpreta dia como sendo luz, e luz dos anjostestemunhando a criação de Deus. Os seis dias falam de uma ordem na criação, e não propriamente de uma medida de tempo.
O mistério dos fósseis vivos.
Outra objeção à filogênese (evolução genealógica) é apresentada pelos fósseis vivos. Qual a razão que levou várias espécies, gêneros e famílias a atravessarem muitos “milhões de anos” (nas contas dos evolucionistas, é claro), sem sofrer o processo evolutivo que os evolucionístas gostariam de encontrar?
O celacanto é um peixe que aparece em estratos de 300 milhões de anos atrás. Conhecem-se fósseis desse peixe até em estratos do começo da era cenozóica, isto é, até 60 milhões de anos atrás. Pensava-se que o celacanto tivesse existido durante esse intervalo de tempo de 240 milhões de anos. Acontece que de 1938 para cá, vários espécimes, vivos e saudáveis, foram pescados no Oceano Índico.
Quer dizer: esse peixe atravessou 300 milhões de anos até nossos dias, enquanto que, de acordo com os evolucionístas, ao longo dessa duração houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos. (Obs: para o presente estudo, utilizamos a contagem de tempo hipotética dos evolucionistas. Sem que isso signifique uma adesão a esses números que buscam justificar a evolução).
Os foraminíferos e radiolários são seres unicelulares, cujas carapaças são responsáveis por grandes espessuras nas rochas sedimentárias. Os foraminíferos constituem uma das ordens biológicas que aparecem no Pré-Cambriano e que existe até hoje. Vários organismos se extinguiram ao longo do tempo que vai da era paleozóica superior a nossos dias.
Também fato científico estranho à Teoria. Porque esta faz remontar a origem dos animais pluricelulares aos animais unicelulares. Como explicar, então, que os foraminíferos e radiolários não se transformaram em animais pluricelulares, ao longo de tão dilatada história biológica? Grande mistério…
Seleção Natural: mecanismo anti-evolução
Alguém poderia perguntar: e a seleção natural, ocorre? Sim, ocorre. Mas não como Darwin a concebeu. Vejamos o famoso exemplo das mariposas da Inglaterra. Inicialmente elas tinham coloração clara. Acontece que a Revolução Industrial trouxe grande emissão de poluentes e os troncos das árvores ficaram mais escuros. Decorrido algum tempo, as mariposas teriam “evoluído”, tornando-se escuras.
Durante muito tempo, insistia-se que esse fosse um nítido caso de evolução. Mas o advento da genética mendeliana encarregou-se de negá-lo. Sabe-se hoje que, qualquer mudança nas características de uma espécie só ocorre por estar “contida” no seu material genético e a variação dar-se-á nos limites da carga genética dessa espécie, não passando disso. É o que aconteceu com as mariposas inglesas.
Elas eram claras e tornaram-se escuras porque em seu conjunto genético havia uma variação genética para a cor escura. As mariposas continuavam e continuam sendo mariposas. Assim como continuam a nascer mariposas claras.
Não houve, portanto, evolução. Na verdade, a seleção natural ocorre para que os seres permaneçam vivos em um meio ambiente cambiante. E à medida que possibilita a predominância das características mais vantajosas ou superiores em um determinado meio, torna os indivíduos mais parecidos e não mais diferentes. Portanto, não opera, uma diversificação. Ela trabalha como uma força conservadora.
Ademais, se a evolução existisse realmente, a seleção natural se encarregaria de barrar o seu processo, pois os seus mecanismos de atuação são antagônicos. Um ser vivo que desenvolvesse uma característica nova (patas, asas, olhos…) não se beneficiaria enquanto ela não estivesse absolutamente desenvolvida. Ao contrário, seria prejudicial. Por que a seleção natural iria favorecer um animal com um órgão em formação? Essa característica nova, além de não cumprir as funções da estrutura que a deu origem, ainda não desempenha a sua própria função porque ainda está em desenvolvimento.
Assim, pela teoria da evolução houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos e aves. Ora, um peixe que estivesse desenvolvendo características de anfíbios, patas por exemplo, nem nadaria e nem se locomoveria com destreza porque suas nadadeiras estariam se convertendo em patas. Pois bem, a seleção natural se encarregaria de eliminá-lo, por sua debilidade.
Golpe derradeiro: a genética
Quando ficou patente que a seleção natural por si só era incapaz de explicar o processo evolutivo as mutações foram escolhidas como uma tentativa de salvar a teoria evolucionista.
As mutações constituem a única hipótese potencialmente capaz de gerar uma característica nova. Entretanto, elas não ocorrem para adaptar o organismo ao ambiente e nem há condições de se saber o gene a sofrer mutações. É um processo absolutamente fortuito.
Erros de leitura do DNA – o que é realmente raríssimo – causam as mutações. A mutação só acontece se a alteração no DNA modificar o organismo. Em geral, esses erros não provocam nenhum resultado porque o código genético está engendrado de modo tão formidável, que torna neutras as mutações nocivas. Mas quando geram efeitos, eles são sempre negativos.
Com efeito, não há registro de mutações benéficas e a possibilidade delas existirem é tão reduzida que pode ser descartada. Em seres humanos, existem mais de 6 mil doenças genéticas catalogadas, por exemplo, melanoma maligno, hemofilia, alzheimer, anemia falciforme. Essas doenças – e grande parte das catalogadas – foram localizadas nos genes correspondentes. Assim se todas as mutações que as causaram fossem corrigidas, teríamos uma espécie de homem perfeito. Esse é, aliás, um indício de que esse homem perfeito tenha existido, como é ensinado no Gênesis.
A genética, ao invés de corroborar a hipótese evolucionista, desacreditou-a ainda mais. Atestou a impossibilidade de que um organismo deixe de ser ele mesmo. As famosas experiências do biólogo T. Morgam com a mosca da fruta (geralmente citadas em manuais escolares) elucidam muito bem essa questão: As mutações, em geral, mostram deterioração, desgaste ou desaparecimento geral de certos órgãos; nunca desenvolvem um órgão ou função nova; a maioria provoca alterações em caracteres secundários tais como cor dos olhos e pelos, sendo que, quando provocavam maiores modificações, eram sempre letais; os mutantes que se equiparam à mosca normal, no que diz respeito ao vigor, são uma minoria e, mutantes que tenham sofrido um desenvolvimento realmente valioso na organização normal, em ambientes normais, são desconhecidos.
Darwin fraudou
E se a realidade não colabora, pior para ela, diria Darwin. Os escândalos sobre falsificações foram uma constante na história do evolucionismo. O próprio pai da teoria fraudou. No seu livro “As expressões das emoções no homem e nos animais” foi utilizada uma série de fotografias forjadas a fim de comprovar suas hipóteses.
E ainda recentemente foi descoberto mais um embuste: o archeoraptor. Com uma imaginação bem apurada, muitos aclamavam esse achado como sendo a ligação entre as atuais aves e os dinossauros. Não passava de uma mistura mal-ajambrada de peças de diversos fósseis.
O evolucionismo não é científico!
Estamos diante de um fato insólito na história da ciência. A teoria da evolução, de Darwin a nossos dias, não só não se confirmou, mas se tornou cada vez mais insustentável. Entretanto, ela continua sendo defendida e propalada como verdadeiro dogma. É uma vaca sagrada contra a qual ninguém tem o direito de discordar, apesar de seu inteiro despropósito.
Porque tanta insistência? Haverá por detrás disso uma segunda intenção de seus propugnadores (ou pelo menos de uma parte deles)? Engels dá-nos uma pista numa de suas cartas a Marx: “o Darwin que estou lendo agora é magnífico. A teologia não estava destruída em algumas de suas partes, e agora isso acaba de acontecer”.
Reside nisso toda a questão. Aceita-se o evolucionismo para não se aceitar a Deus. Desde a sua origem, essa teoria esteve impulsionada mais pelo desejo de prover o ateísmo de fundamento científico, do que em encontrar a origem das espécies.
Atribuir ao acaso toda a ordem perfeita e harmônica do universo é um inteiro disparate. O cientista que toma essa atitude joga para trás todos os parâmetros científicos (em nome dos quais ele fala)e lança mão de argumentos filosóficos que a própria ciência já desmentiu.
É impossível admitir o acaso como resposta para um fenômeno tão manifestamente racional como é o finalismo presente na organização do mundo. Mesmo Darwin sabia o quanto eram absurdas as suas formulações, e admitiu a que fins elas serviam: “estou consciente de que me encontro num atoleiro sem a menor esperança de saída. Não posso crer que o mundo, tal como vemos, seja resultado do acaso, e, no entanto, não posso considerar cada coisa separada como desígnio divino.”
Por tudo isso é que a teoria da evolução não pode reclamar para si a denominação de científica. A obstinação e a atitude de seus adeptos demonstram que o evolucionismo consiste em um movimento filosófico e religioso.
É uma concepção do universo para a qual nada mais é estável, tudo está sujeito a um eterno fluir. E mais ainda, tudo quanto há na vida social, desde o direito até a religião, foi fruto da evolução, inclusive a idéia de Deus.
Essa teoria se espalhou para todos os campos do conhecimento, sobretudo nas ciências humanas. E seus resultados foram funestos, não só para a pesquisa, mas também no campo prático, basta lembrar que ela serviu de fundamento para as mais mortais concepções de Estado que já existiram: o comunismo e o nazismo.
O evolucionismo funciona como fundamento do relativismo contemporâneo. Fato esse , aliás, o único capaz de explicar o porque de se defendê-lo com tanta contumácia, pois, uma vez derrubado este bastião, não há nada que justifique a ideologia relativista, nem na ciência e nem no senso comum das pessoas.
Enfim, encerramos mencionando a Quinta Via de Santo Tomás de Aquino, em que o Doutor Angélico lembra que a teleologia (fim inteligente) presente em todo o universo reclama a necessidade de Deus. “Vemos que algumas coisas, como os corpos naturais, carentes de conhecimento, operam em vista de um fim; o que se conclui de operarem sempre ou freqüentemente do mesmo modo, para conseguirem o que é ótimo; donde resulta que chegam ao fim, não pelo acaso, mas pela intenção. Mas, assim como a seta é dirigida pelo arqueiro, os seres sem conhecimento não tendem ao fim sem serem dirigidos por um ente conhecedor e inteligente. Logo, há um ser inteligente, pelo qual todas a coisas naturais se ordenam ao fim, e a que chamamos Deus.”
Capítulo 13: A
criação do homem
Temos só uma coisa a inquirir neste capítulo e essa é o
método de Deus na criação do homem. O estado original do homem será tratado num
capítulo mais tarde, como será também a natureza do homem.
Criou Deus o homem por um ato direto? Ou foi por meio e pelo
processo de evolução das formas mais baixas da vida? Afirmamos que foi por um
ato direto. Para prova disto, notamos:
I. ARGUMENTOS DA
EVOLUÇÃO REFUTADOS
1. O ARGUMENTO DA
GEOLOGIA.
Dizem-nos que um exame de restos fossilizados mostra que as
várias formas de vida na terra não se originaram todas de uma vez, mas
sucessivamente e que, como regra, a sucessão procede das formas mais simples
para as mais complexas.
Em resposta a este argumento, seja primeiro observado que a
asserção supra, mesmo se verdadeira, não prova a evolução de uma espécie para
outra na ausência do registro geológico de elos conectores entre as espécies.
Mais tarde notaremos mais em minúcia a ausência de elos conectores no registro
geológico. Em face a essa ausência, caso fosse verdadeiro tudo quanto se afirma
sobre a sucessão dos fosseis, o registro geológico apenas provaria uma sucessão
de espécies e não de evolução.
Mas, quanto à sucessão das espécies, ninguém menos que T. H.
Huxley declara: “Na atual condição de nossos conhecimentos e de nossos
métodos um veredicto – “não provado e não provável” – deve ser arquivado contra
todas as grandes hipóteses dos paleontologistas a respeito da sucessão geral da
vida no globo” (Lay Sermons, pág. 213, London, 1883). E George
MacCreay Price, no seu livro “Os Fundamentos da Geologia” explodiu
completamente esta “teoria casca de cebola”, assim chamada, de épocas
sucessivas quando apenas existiam certas formas de vida.
Eis aqui algumas das afirmações do Professor Price, achadas
no seu notável “Q. E. D.”: “É verdade que no princípio do século dezenove Sir
Charles Lyell e outros tentaram dar de mão a esta herança não cientifica das
cascas de cebola de Werner, mas a geologia moderna nunca se livrou ainda de sua
idéia assencial e mais característica, pois todos os nossos compêndios falam de
várias fases quando só certos tipos de vida prevaleceram sobre o globo.
Daí é que Whewell, na sua “História das Ciências Indutivas” recusa reconhecer
que qualquer avanço real se tenha feito na direção de uma ciência estável como
a astronomia, física e química. “Custosamente sabemos”, diz ele, “se o
progresso começou. A história da astronomia física quase principia com Newton e
poucas pessoas aventurar-se-ão a afirmar que o Newton da geologia tenha
aparecido”.
“A ciência da geologia, conforme se ensina comumente, está
verdadeiramente numa espantosíssima condição e sem dúvida apresenta a mistura
mais esquisita de fato e absurdo a encontrar-se no circulo todo de nosso
conhecimento moderno … Que gente educadíssima ainda creia na sua tese principal
de uma época definida para cada espécie particular de fóssil é
exemplo triste mas instrutivo dos efeitos da inércia mental”.
“Mas a teoria de eras definitas e sucessivas, com as formas
de vida aparecendo na terra numa ordem precisa e invariável, está morta em todo
o tempo por vir e para cada homem que tenha bastante treino e métodos
científicos para saber quando uma coisa está realmente provada”.
E dos “Fundamentos da Geologia” do Professor Price disse
Gilbert E. Bailey, primeiro professor de geologia na Universidade de
Califórnia: “Foi preciso. Creio que descascastes completamente a teoria casca
de cebola”.
2. O ARGUMENTO DA
EMBRIOLOGIA.
Alega-se, geralmente, entre os advogados da evolução, que o
embrião humano, no seu desenvolvimento, passa pelas mesmas mudanças que eles
supõem ter passado o homem na sua evolução da ameba, recapitulando assim a
evolução da raça. Ou, para ser mais explícito, o argumento da embriologia,
inclui as seguintes três asserções: Primeira, que os germes das
plantas, dos animais e do homem são idênticos, não mostrando nenhuma diferença
tanto na análise química como sob o microscópio; Segunda, que, no
desenvolvimento do embrião achamos uma recapitulação da história antepassada do
organismo particular a que pertence o embrião; Terceira, que,
quando isto é comparado com outros achados da ciência, e a ordem das coisas
vivas, segundo são classificadas pela ciência, apresenta uma sucessão completa
de formas desde a ameba ao homem.
Em resposta a este argumento desejamos dizer:
(1) A semelhança entre o germe das plantas, dos animais e
do homem é só aparente e superficial.
Isto é verdadeiro pelas seguintes razões:
A. O protoplasma de um dado germe não pode ser homogêneo,
conquanto assim pareça.
Uma parte desse protoplasma sempre se desenvolve em sangue,
outra em músculos, outra em células cerebrais. Se o protoplasma fosse
homogêneo, então tudo que sabemos de causa e efeito compelir-nos-ia a crer que
o ser dele desenvolvido seria exatamente homogêneo em todas as suas partes. Em vez
de se formar uma conclusão que destrói a lei bem estabelecida de causa e
efeito, muito melhor é concluir que o protoplasma de um germe parece homogêneo
só porque não temos os meios necessários para descobrirmos sua heterogeneidade.
B. O mesmo argumento se aplica com força sempre maior à
contenção que o germe do homem é exatamente igual aos das plantas e dos
animais.
Se são exatamente iguais, porque o homem se desenvolve
invariavelmente de um, um animal de outro e uma planta de outro sem jamais uma
reversão? Desde que os cientistas empreenderam explicar os segredos da vida,
expliquem-nos eles isto. E, até que o façam, pedir-lhes-emos que fiquem
acusados de ensinar uma teoria não cientifica.
(2) É também verdadeiro que o embrião humano
no seu desenvolvimento retraça a história antepassada da raça, mas por uma
afirmação que paira somente num fundamento aparente e superficial.
A. O embrião da espécie humana nunca é realmente semelhante
a um verme, a um peixe, a um réptil ou mesmo a um dos animais mais elevados.
Assim diz o Professor Thompson em “Outline of Zeology”, pág.
64. Os invertebrados permanecem dobrados para trás e os vertebrados dobram em
direção oposta em redor da gema do ovo. Tudo o que se pode afirmar
verdadeiramente a respeito da similaridade embriológica está exposto pelo
Professor Hegner, da Universidade de John Hopkins, nas palavras seguintes:
“Certas fases neste desenvolvimento têm sido reconhecidas como comuns a todos
os animais mais elevados” (College Zoology). Notai que ele inclui somente os
animais mais elevados. E ele não afirma uma similaridade exata entre os
embriões mesmo dos referidos animais, senão que somente em certas fases de
desenvolvimento são comuns a todos eles.
Essas fases de desenvolvimentos que são comuns a todos os
animais mais elevados são dadas pelo Professor Hergner como segue: (1) Fendagem
ou a divisão da célula simples do ovo em outras células. (2) a formação de uma
cavidade no centro do ovo. (3) Gastrulação ou o engraçamento das células num
lado do ovo. (4) Introversão, por meio da qual se formam camadas de germe
adicionais. Quando está completa aquela segunda fase em que se forma a cavidade
do centro, o ovo é como uma bola de borracha oca e a cavidade do centro está
rodeada por uma camada simples de células; mas o lado que está endurecido na
terceira fase curva-se para dentro e assim o ovo assume grosseiramente o feitio
de uma ferradura e vem a possuir uma dupla camada de células. E o Professor
Hergner nos diz que “a maioria dos animais mais elevados tem uma terceira
camada que aparece comumente entre as outras duas”. (5) O desenvolvimento
dessas camadas em órgãos. A camada mais externa desenvolve-se em pele do corpo,
na coberta dos vários corpos e no sistema nervoso. A camada do meio
desenvolve-se em músculos, tecidos de conexão e sustento, no sangue e nos vasos
sanguíneos. A camada interna desenvolve-se na coberta do trato digestivo, na
faringe e no trato respiratório.
Agora, se houvesse exata similaridade entre as fases de
desenvolvimento em todos os animais mais elevados, isso nada provaria a favor
da evolução; porque é só para ser esperado que o plano perfeito do Deus
onisciente teria fases comuns na reprodução das formas mais elevadas da vida.
Mas não há exata similaridade entre as fases de
desenvolvimento de todos os animais mais elevados. Topamos uma diferença
importante logo na primeira fase do desenvolvimento do ovo ou germe. Há quatro
tipos distintos de divisão da célula: (1) Divisão igual, onde o ovo se divide
em duas partes iguais e estas em quatro, etc.; (2) Divisão desigual, onde se
formam uma célula grande e outra pequena; (3) Divisão discoidal, onde o ovo
inteiro não se divide, mas onde se formam na superfície células pequenas; (4)
Divisão superficial, onde o núcleo do ovo se divide rapidamente e as novas
células emigram para a superfície e formam uma camada simples de células.
Desde que um dado ovo não pode sotopor-se a cada tipo de
divisão, é obrigatória uma divisão logo na primeira fase entre algumas das
formas mais elevadas da vida.
Uma segunda diferença já então se apresentou na citação do
Professor Hegner em que ele menciona o fato de na quarta fase só a maioria de
os animais mais elevados desenvolverem uma terceira camada de células.
Não admira, pois, que o Professor Conn, em “Evolution of
Today”, admita que a embriologia muitas vezes dá uma história falsa e que o
paralelo é grandemente uma grande ilusão.
3. O ARGUMENTO DA
MORFOLOGIA.
Tem-se achado que há uma similaridade de plano entre a
escama de um peixe, a barbatana de uma baleia, a perna de um animal e o braço
de um homem; bem como uma medida de similaridade entre outras partes
correspondentes. Por causa disto dizem os evolucionistas que todas estas
espécies provêem de um antepassado comum.
Mas, em resposta a isto, Huxley, em “Study of Zoology”, pág.
86, diz: “Nenhuma quantidade de evidência puramente morfológica pode bastar
para provar que umas coisas vieram a existir de um modo mais do que de outro”.
E o Professor Quatrefages, do Museu de Ciência Naturais, de Paris, escreve o
seguinte: “Sem deixar o domínio dos fatos e julgando somente do que conhecemos,
podemos dizer que a morfologia em si mesma justifica a conclusão que uma
espécie nunca produziu outra por derivação”.
Nós, portanto, riscamos o argumento provindo da morfologia
com o seguinte comentário de Alexandre Patterson:
“Esta parecença de partes é bem o que deveríamos esperar das
coisas que se originam de um operador inteligente, seja criador, seja
manufaturador. Encontra-se em qualquer fabrica. A roda é a mesma do carrinho de
mão, na carroça, na carruagem, na locomotiva. De fato, a uniformidade de plano
prova a unidade causal e não a diversidade de causas fortuitas reclamada pelos
evolucionistas. Se a evolução fosse verdade, haveria tanta diversidade no meio
dos órgãos como há no meio das formas dos órgãos. Se a operação de condições
fortuitas resultará em mudanças radicais nas formas dos órgãos, por que então
não há uma diversidade semelhante no meio dos próprios órgãos? A evolução não
tem resposta. A criação tem tal resposta; um é Deus e o Seu plano é um. Porque
não deveriam ser iguais as formas de todas as coisas, sendo que são para viver
nos mesmos climas, comer o mesmo alimento e propagar-se da mesma maneira?” (O
outro lado da Evolução, pág. 45).
4. O ARGUMENTO DAS
PARTES RUDIMENTARES DO HOMEM.
Afirmam os evolucionistas que há certos órgãos e partes no
homem que são inúteis e que os mesmos devem ser considerados como relíquias de
órgãos e partes úteis em nossos antepassados supostamente inferiores na sua
evolução. Dizem eles que os cabelos compridos de nossas sobrancelhas, as pontas
e todo o exterior do nosso ouvido, os cinco dedos do pé, as reentrâncias nos
pescoços dos embriões, o apêndice e, possivelmente, as amídalas, são tudo
relíquias de nossa ascendência bruta.
A resposta a isto é simples. De fato, todo este argumento
encarna tanta ignorância e tão pouca sã razão que é estranho que qualquer
pessoa inteligente tivesse a temeridade de o apresentar.
Notai os seguintes pontos:
(1) Ainda que não se possa achar utilidade para certas
partes no homem, todavia não é certo que sejam inúteis.
O homem ainda não avançou tão longe que possa estar certo de
que não descobrirá novos fatos que lançarão luz sobre tais problemas como este.
(2) O apêndice talvez tenha tido um uso puramente humano
nos primórdios de sua história, quando os seus hábitos foram diferentes.
Tem havido bastantes mudanças nos hábitos de vida do homem,
particularmente quanto à sua dieta, para explicar-se a existência do apêndice
sem o mesmo tempo assumir-se que ele foi herdado de uma suposta ascendência
bruta. Tem sido afirmado, por exemplo, que o coelho, por causa de sua dieta
exclusivamente vegetal, acha uso para o seu apêndice. Provavelmente o homem
também o achou quando ele viveu mais de uma dieta vegetal. Assim, quando os
homens assumem que tais coisas como as mencionadas são restos de uma
ascendência bruta, fazem-no arbitrariamente.
(3) Nenhuma razão pode ser dada porque devêramos ter
herdado sobrancelhas aparte de todo o cabelo que cobre a face de um antepassado
macacoide.
O uso de roupa supre aos evolucionistas uma explicação
plausível porque o manto comprido de pelo do macaco não continuou no homem. Não
se proporciona, contudo, igual explicação para a ausência de cabelo sobre a
testa nua. E a força do uso de roupa como razão para a ausência comparativa de
cabelo comprido sobre o corpo humano está grandemente enfraquecida pela mesma
ausência na testa humana.
(4) De que serviram aos nossos antepassados as pontas da
orelha?
A menos que as mesmas foram úteis aos nossos antepassados de
um modo que não para nós, nossa posse delas, então, não pode ser invocada como
argumento para a evolução.
(5) A asserção que toda a orelha exterior é inútil é
quase demasiada tola para merecer atenção.
Observai os comparativamente surdos quando levam a mão em
concha através da orelha para facilitar a audição … Nada mais é preciso dizer
em resposta a esta ignorante noção.
(6) quando o pé está nu, são os dedos de valor
perceptível em balançar o corpo.
Não há duvidas que, por bastante tempo, os sapatos foram
pouco conhecidos após a criação do homem. Vemos assim a necessidade dos dedos.
(7) As reentrâncias são necessárias, não resta duvida, à
própria manutenção do embrião.
Através delas o fluido circo-ambiente ganha acesso e, sem
dúvida, preenche alguma necessidade no desenvolvimento dos órgãos internos.
5. O ARGUMENTO DE CARACTERÍSTICOS HUMANOS NOS ANIMAIS.
Um argumento da evolução se deduz do fato que se acham
animais com memória, amor, ódio, ciúme e pelo fato que podem planear e usar de
meios, admirar a beleza e, nalguns casos, combinar em esportes. Mas isto nada
prova mais do que uma certa soma de similaridade na vida íntima dos animais e
do homem. Como no argumento da morfologia, este argumento prova apenas um grau
de unidade de plano por parte do Criador. Argüiramos da mesma maneira que os
anjos evoluíram dos homens em vista do fato que o homem possui certas características
em comum com os anjos; e, na mesma base, podíamos argumentar que o homem
evoluiu do diabo.
6. ARGUMENTO DA
DISTRIBUIÇÃO DE ANIMAIS.
Diz-se que certos animais se encontram em certas regiões, o
que é tomado como evidencia que eles evoluíram de onde de encontram. A asserção
supra é em parte falsa. Em uma das Ilhas Bermudas encontram-se lagartos iguais
aos da Austrália; noutra iguais ao da América. Huxley afirmou que na vizinhança
de Oxford, Inglaterra, acham-se restos de animais como os da Austrália. Mais:
ele afirma que as Ilhas Britânicas estiveram uma vez ligadas à África. Se isto
for verdade (e não há razão por que não deveria ser), essas ilhas estiveram
indubitavelmente ligadas também com a Europa. E é também perfeitamente provável
que a Ásia e a América do Norte estiveram ligadas no Estreito de Béring, se não
em outros pontos. Assim é verossímil que, originalmente, todos os continentes
estiveram visivelmente ligados e os animais destarte espalhados. Então morreram
em regiões a eles não adequadas ou se tornaram extintas devido a inimigos
predatórios. O fato de os restos de apenas certos animais poderem ser achados
numa localidade dada não é prova que eles são os únicos que jamais existiram
lá. As relíquias não podem de nenhum modo ser creditadas como darem um
arquivo
perfeito da vida animal.
II. FATOS CIENTÍFICOS
OPOSTOS À EVOLUÇÃO
A evolução é uma teoria não sustentada por fatos imparciais.
É uma cisma selvagem. A única causa de sua invenção é que ela ministra ao
orgulho do homem natural e o auxilia a desfazer-se de concepção que lhe são
desagradáveis ao coração ímpio e rebelde. Seus sentidos são obtusos ao máximo
para perceberem coisas espirituais. Assim os milagres são-lhes repugnantes;
portanto, ele busca uma explicação materialista da vida. Não há um só fato em
prova da evolução, mas muitos fatos contra ela. Os seguintes fatos são alguns
deles:
1. A IMPOSSIBILIDADE
DE SE DAR CONTA DA LINGUAGEM NA BASE DA EVOLUÇÃO.
Diz o Professor Max Mueller: “Há uma barreira que ninguém
ainda se aventurou tocar, – a barreira da linguagem. A linguagem é o nosso
Rubicon e nenhum bruto jamais ousa transpô-lo … Nenhum de seleção natural
destilara jamais palavras significantes das notas de pássaros e animais”. (Lesson
on the Science of Language, pág. 23, 340, 370).
2. A IMPOSSIBILIDADE DE SE DAR CONTAS DE OUTRAS COISAS NA
BASE DA EVOLUÇÃO.
As coisas seguintes de que a evolução não pode dar conta são
tiradas de “Evolution at the Bar” (P. Mauro):
(1) As asas das Aves.
Segundo a evolução, as asas das aves “devem ter-se
desenvolvido cada uma indepentende da outra do que no princípio era um calombo
ou protuberância acidentais nas costas de um réptil implume. Mais ainda, devem
ter-se perpetuado, com desenvolvimento firmemente progressivo, guardando passo
uma com a outra, através da progênie de gerações sem conta, durante todo
referido tempo essas excrescências inaturais seriam, não uma vantagem senão,
decididamente, um entrave aos seus possuidores. Mas isto não podia prosseguir
sob a “lei de Seleção Natural”, porque essa “lei” tolera somente a promoção de
variações úteis; logo, a Seleção Natural destruiria rapidamente tais variações.
Mas, conversamente, as asas da ave destroem a Seleção Natural. A Evolução não
pode dar conta das asas, quer por Seleção Natural, quer por qualquer outro
método de operação. Muitos evolucionistas competentes têm admitido isto (entre
eles Herbert Spencer); contudo, agarram-se à Evolução, não obstante a
impossibilidade de proporem um método pelo qual ela pudesse operar”.
(2) Os hábito da aranha aquática.
A aranha aquática respira o ar e contudo vive debaixo dágua.
Ela constrói sua casa debaixo dágua e a enche de ar. Como chegou ela a tão
estranhos hábitos? A evolução não tem resposta. A vida da aranha aquática exige
uma equipamento muito complexo. Tudo dela não podia ter-se desenvolvido quer
fora dágua, que na água, segundo os métodos evolucionários. Se ela viveu sempre
na água, a evolução não tem explicação do fato de ela respirar o ar. Se ela
primeiro viveu em seco, e evolução não pode explicar como ela desenvolveu a
habilidade de viver debaixo dágua; porque isso teria sido impossível sem o seu
equipamento altamente especializado, que consiste de – (1) Pelos protetivos
para prevenirem-na de se molhar. (2) O órgão ou órgãos próprios para secreção
de um material a prova de água. (3) A habilidade de formar esse material dentro
de uma célula estanque. (4) O estranho aparelho para encher sua casa de ar. (5)
Os vários instintos maravilhosos que causam a consecução dessas notáveis
funções. Nenhuma delas seria de valor incompleto de desenvolvimento. Da aranha
aquática requerer-se-ia viver dentro dágua por séculos sem conta para o
desenvolvimento deste equipamento, mas ela não poderia viver dentro dágua sem o
equipamento! Até aí para a evolução da aranha aquática.
(3) A habilidade produtora de seda de outras aranhas.
Para a produção de seda estão as aranhas munidas de – (1)
Glândulas capazes de destilarem um fluido que se endurece instantaneamente e se
cristaliza em seda quando exposto ao ar. (2) Fianderinhas (três)
assemelhando-se a pernas, perfuradas nas pontas com miríades de tubos
excessivamente delgados com o fim de enovelarem o fluido em fios tão pequenos
que a união de milhares deles faz uma trança de seda escassamente visível a
olho nu. (3) Pernas traseiras adaptadas à função altamente especializada de
formar milhares desses filamentos microscópicos num fio. E, neste caso, assim
como no primeiro, pode-se indicar que nenhuma destas seria de utilidade alguma
sem as outras, nem todas elas juntas seriam de utilidade alguma, salvo no atual
estado completo de desenvolvimento. Se as fianderinhas tivessem menos que o
número de tubos que elas têm agora, não haveria a área de exposição ao ar para
efetuar o endurecimento do fluido em seda. A Seleção Natural não teria tolerado
nenhum desses órgãos num estado incompleto de desenvolvimento.
Não é necessário que continuemos com o tratamento minucioso
dos órgãos e instintos das abelhas e hábitos do castor. Em ambos os casos a
evolução colapsa numa tentativa de explicação muito no mesmo jeito como nos
casos já mencionados.
(4). O fato que as características adquiridas e as
variações fortuitas não são regularmente transmissíveis.
A evolução ensina que um calombo fortuito aparecendo no
corpo de algum animal perpetuou-se e finalmente desenvolveu-se em pernas, que
as manchas sensitivas fortuitas que deram uma sensação agradável quando viradas
na direção do sol, fazendo assim o animal guarda-las na direção do sol,
transmitiram-se, e, sob o estímulo da luz, desenvolveram-se em olhos. Todavia,
todo esforço para provar a transmissibilidade de características adquiridas e
variações fortuitas terminou em sombrio fracasso. Todas as venetas e esportes
podem ocorrer, mas não se propagam regularmente em espécies iguais. Há sempre
uma reversão ao tipo na vasta maioria das descendências. Uma criancinha pode
nascer com seis dedos nas mãos, ou nos pés, e com alguém de sua progênie pode
acontecer o mesmo, mas uma variação tal nunca torna permanente. Professor
Coulter, da Universidade de Chicago, diz: “(1) É geralmente crido
que os caracteres adquiridos não são herdados. (2) A mais leve variação usada
pela teoria de seleção natural não pode ser continuada pela seleção contínua
além dos limites das espécies. (3) As formas conservadas pela seleção artificial
revertem. (4) A seleção entre tais variações leves é uma que pode ter nenhuma
vantagem decidida”. George McCready Price diz: “Algumas vezes a Lei de Mendel é
chamada de lei de herança alternativa, assim incorporando no seu nome o
pensamento que uma descendência possa mostrar caracteres possuídos por um dos
pais ou pelo outro, mas ela não pode desenvolver quaisquer caracteres que sejam
que não fossem manifestos ou latentes no ascendente. Mudanças no ambiente
durante a fase embrionica, é verdade, parecem algumas vezes estar registradas
na forma crescente; mas nunca se provou que essas mudanças induzidas possam em
algum tempo avultar numa unidade de caráter ou fator genérico que se manterão e
segregarão como um fator distinto depois da hibridização. A ascendência só
fornece o material para o fator e nenhuma quantidade de mudança induzida
consegue registrar-se no organismo de maneira a entrar nesse circulo encantado
de caracteres ancestrais, único que parece estar transmitido à posteridade”.
(Q. E. D., pág. 91).
(5) A lei universal de retrogressão em vez de progressão.
O professor George McCready Price diz: “É uma lei universal
das coisas vivas que todas as formas deixadas a si mesmas tendem a degenerar. A
necessidade de seleção artificial contínua na beterraba, no algodão da Ilha do
Mar, no milho, no gado Jersey e Holstein e nos cavalos de trote, prova esta
tendência universal para degenerar” (Q. E. D., pág. 94). O Professor A. H.
Sayce, esse eminente arqueologista de Oxford, diz: “Quanto mais antiga a
cultura, mais perfeita se acha ser. Este fato é muito notável em vista de
teorias modernas de desenvolvimento e de evolução da civilização dentre a
barbárie. Seja qual for a razão, tais teorias não surgem pelas descobertas da
arqueologia. Em vez do progresso que se devera esperar, achamos retrogressão e
decadência.” (Homiletic Review, June, 1902).
(6) O intervalo entre os vertebrados e invertebrados no
reino animal.
A evolução não tem podido transpor este intervalo
provadamente e demonstrar como os animais de espinha dorsal evolveram dos que a
não tem. Prof. Hegner, da Universidade de John Hopkins, no seu “College
Zoology”, pág. 619, cita com aprovação Wilder, assim: “A origem dos vertebrados
está perdida na obscuridade de formas a nós desconhecidas”. Mas, se a ciência
nalgum tempo o demonstra, haverá um consolo para nós: a demonstração pode
monstrar-nos como remediar a falta de espinha de pregadores pés de lã e
compromissórios.
(7) O intervalo entre as diferentes espécies de cada
classe.
Cândidos estudantes de geologia dizem-nos que as espécies
aparecem de repente no arquivo geológico sem formas intermediárias. E entre os
incontáveis animais e insetos em existência não há um elo de ligação entre as
espécies. Isto é a cruz da teoria evolucionista em geral e é aqui que a
evolução está destituidissima de prova. Deixada está ela como um litigante num
tribunal, com as suas testemunhas mais importantes dolorosa e ominosamente
ausentes. Contudo, urge o litigante em que o tribunal decida a seu favor no
pressuposto que a questão seria provada se ele pudesse apresentar as
testemunhas que não pode e para cuja ausência não pode oferecer razão. O
evolucionista é um indivíduo estranhamente crédulo. Ele está tão acostumado a
vôos tontos da imaginação que não acha dificuldade em trepar de espécie em
espécie tanto no registro geológico como entre as formas vivas sem se aborrecer
com os intervalos escancarados entre as espécies.
Dizemos isto de nós mesmos, ou não dizem também o mesmo os
cientistas? O Dr. Robert Watts diz: “O registro das rochas nada sabe da
evolução de uma forma mais elevada vinda de uma mais baixa… Tanto a natureza
como a revelação proclamam-se lei inviolável, que o igual produz igual”. O Dr.
J. B. Warren, da Universidade de Califórnia, disse: “Se a teoria de evolução
for verdadeira, então, durante os muitos milhares de anos cobertos no todo ou
em parte atual conhecimento humano, seriam certamente conhecidos alguns casos
de evolução entre uma e outra espécie. Nenhum caso tal é conhecido”. O Dr.
David Brewster declara: “Temos prova absoluta da imutabilidade das espécies,
quer a sondemos nas épocas históricas ou geológicas”. Sir William Dawson,
grande geólogo canadense, diz: “Não há evidencia direta que no curso de tempo
geológico uma espécie mudou-se gradual ou repentinamente noutra” (Modern Ideas
of Evolution, pág. 118). O Professor Winchell diz: “O grande fato obstinado que
toda forma da teoria encontra logo de início é, que, não obstante as variações,
estamos ignorantes de um só caso de derivação de uma boa espécie doutra.
Vasculhado tem sido o mundo por um exemplo, e ocasionalmente pareceu por algum
tempo como se um exemplo tivesse sido achado da originação de uma espécie
genuína por agencias naturais assim chamadas, mas apenas damos expressão a
admissão de todos os recentes advogados das teorias de derivação quando
anunciamos que o há muito procurado calvário experimental não foi descoberto”
(The Doctrine of Evolution, pág. 54). Diz o Professor Conn: “Será admitido de
todos os lados que nenhum exemplo inquestionável foi observado de uma espécie
ser derivada de outra.” (Evolution of Today, pág. 23). O Dr. Etheridge, do
Museu Britânico, perito em fossiologia, diz: “Em todo este grande museu não há
uma partícula de evidência da transmutação das espécies. Nove décimos da prosa
dos evolucionistas são escarrada tolice, não achada nas observações e
totalmente desamparadas pelos fatos. Este museu está cheio de provas da
completa falsidade de suas idéias.” O Professor Lê Conte, da Universidade de
Califórnia, diz: “A evidência da geologia hoje é que as espécies parecem vir à
existência repentinamente e em completa perfeição, ficam substancialmente
imudáveis durante o termo de sua existência e morrem em completa perfeição.
Outras espécies tomam seus lugares por substituição, aparentemente, não por
transmutação”.
(8) O tremendo intervalo entre o animal mais elevado e o
homem.
O Dr. Frederich Pfaff, professor de ciência natural na
Universidade de Erlangen, diz: “Em nenhum lugar dos depósitos mais antigos se
vê um macaco que se aproxima mais de perto do homem, ou homem que de perto mais
se aproxima de um macaco, ou talvez de homem nenhum. O mesmo hiato que se acha
hoje entre o homem e o macaco retrocede em indiminuidas largura e profundidade
ao período terciário. Só este fato basta para fazer sua ininteligibilidade
clara a quem quer que não esteja penetrado pela convicção da infalibilidade da
teoria de transmutação gradual e desenvolvimento progressivo de todas as
criaturas organizadas” (Age and Origin of Man, pág. 52). Lê Conte diz: “Os
homens mais primitivos até agora achados não são em nenhum sentido elos
conetivos entre o homem e o macaco. O crânio de Mentone é de tamanho médio ou
mais que médio, enquanto o de Neanderthal, também muito antigo, é de tipo
inferior, mas em nenhum respeito intermediário entre o homem e o macaco, sendo
verdadeiramente homem”. O Dr. Virchow, que foi a autoridade alemã mais alta em
fisiologia e estilizado o “chimico dianteiro do globo”, sendo o originador da
teoria do germe, disse: “A forma intermediária é inimaginável, salvo num
sonho”. E outra vez: “É tudo asneira. Não pode ser provado pela ciência que o
homem descendeu do macaco ou de outro animal. Desde o anúncio da teoria, todo o
conhecimento científico real caminhou na direção oposta. A tentativa de achar a
transição do animal ao homem acabou em fracasso total”.
III. FATOS BÍBLICOS
OPOSTOS À EVOLUÇÃO
Até aqui discutimos a evolução de um ponto de vista
científico. Isto fizemos porque todo o estudante da Bíblia bem informado devera
saber algo do aspecto científico deste assunto. Uma refutação inteligente da
evolução pela Bíblia é impossível sem algum conhecimento correto do aspecto
científico.
Viramos agora a notar o ensino da Bíblia em referência a
evolução. Alguns eruditos da Bíblia acham que a Bíblia não está em antagonismo
necessário com a teoria da evolução; mas está e, especialmente, com referência
às seguintes matérias:
1. O MÉTODO DE
CRIAÇÃO DO HOMEM.
A Bíblia declara que o homem foi criado do pó da terra
(Gênesis 2:7; 3:19; 18:27; Jô 10:9; 34:15; Salmos 104:14; Eclesiastes 12:7),
não de formas de vida previamente existentes, como seria o caso se a evolução
fosse verdadeira.
2. O MÉTODO DE
CRIAÇÃO DA PLANTA.
Refere a Bíblia que Deus criou “toda planta do campo antes
que estivesse na terra e toda erva do campo antes de crescer” (Gênesis 2:5).
Por outro lado, a evolução alega que as plantas se produzem por desenvolvimento
gradual e evolução de uma para outra. A evolução afirma a produção por
crescimento; a Bíblia ensina a produção antes do crescimento.
3. O ESTADO ORIGINAL
DO HOMEM.
De acordo com a Bíblia, o homem foi criado santo e justo,
caiu desse estado, trazendo o pecado ao mundo (Gênesis 1:27; Eclesiastes 7:29;
Romanos 5:12-21; 1 Coríntios 15:22). Mas a evolução não tem lugar para um
estado original santo do homem, nem para a entrada do pecado através de uma queda.
4. O COMEÇO DA RAÇA
HUMANA.
Aprendemos da Bíblia que a raça humana começou com um homem,
Adão. Mas, se a evolução fosse verdadeira, é certo que muitos seres humanos
teriam sido produzidos simultaneamente e em várias partes da terra.
5. O MÉTODO E O TEMPO
DA CRIAÇÃO DA MULHER.
O relato escriturístico da criação da mulher representa-a
como sendo criada conforme o homem e de uma costela tirada do homem. Por outro
lado, a evolução teria necessariamente produzido a fêmea com o macho, do
contrário a procriação teria sido impossível.
6. A PERMANENCIA DAS
ESPÉCIES.
Lemos que Deus prescreveu que cada espécie de animal
produzisse “segundo sua espécie”. Isto nega a hipótese evolucionária da
transmutação das espécies.
IV. OS EFEITOS
ESPIRITUAIS DA EVOLUÇÃO
O Professor Jonathan Rigdon, Ph. D., no seu “Ciência e
Religião”, diz que “tanto quanto à religião concerne, não faz diferença,
absolutamente, se a hipótese da evolução é verdadeira ou falsa”. Discordamos
fortemente desta posição, não somente porque se opõe à Bíblia, mas também por
causa dos seus pestilências efeitos espirituais. O Professor Virchow
eminentíssimo entre os patologistas europeus, denunciou a evolução como ruinosa
ao estado e disse que ela devera ser excluída das escolas. É ruinosa ao estado
e a tudo de valor no reino secular, mas muito mais ruinoso no espiritual.
Alguns dos efeitos espirituais da evolução como segue:
1. LEVA A CONCLUSÃO
QUE A RELIGIÃO NADA MAIS É QUE UM PRODUTO DE EVOLUÇÃO.
O Professor Rigdon, no livro previamente citado, diz: “Se a
evolução provar-se verdadeira, então veremos que a religião mesma, crença em
Deus e imortalidade, é o efeito mais alto da evolução. A religião então
aparecerá como a suprema atitude mental que a luta pela existência desenvolveu
para fazer a vida digna de se viver e para salvar a raça de extinção
voluntária”.
Isto tanto deixa a religião como mera crença na existência
de Deus e no fato da vida após morte, ou, se por crença em Deus e na
imortalidade quer-se dizer o que a Escritura significa pela fé e a esperança do
crente, como a evolução despreza a obra regeneradora do Espírito Santo, pela
qual estas são efetuadas. Ambas estas alternativas são falsas. A religião
ensinada na Bíblia é mais do que crença na existência de Deus e no fato da vida
depois da morte. A evolução podia produzir esta crença e contudo estar longe da
fé e esperança do Cristão. A fé e a esperança do Cristão são confiança em
Cristo para salvação e a expectação de uma imortalidade bem-aventurada na
presença de Deus. Estas se produzem, não por quaisquer meios naturais senão
pelo mesmo poder que levantou a Cristo dentre os mortos (Efésios 1:19,20).
2. FAZ DA BÍBLIA
TAMBÉM UM DOS SEUS PRODUTOS.
E não basta dizer que a evolução foi o meio de Deus para
dar-nos a Bíblia, e, portanto, que a Bíblia não está roubada de seu caráter
sobrenatural. A Bíblia professa ter sido escrita, não por vontade do homem,
como teria sido o caso se ela viesse pela evolução, mas pela ação sobrenatural
do Espírito Santo. (2 Pedro 1:21).
3. DESTROI A
REALIDADE DO PECADO E SUA ODIOSIDADE À VISTA DE DEUS.
Aos olhos dos evolucionistas o pecado é somente imaturidade
humana. O pecado não entrou no mundo como escolha deliberada de um ser humano
maduro que verificou algo de suas conseqüências e não é agora o resultado de
inimizade contra Deus: é, meramente, um incidente no destino ascensional da
raça.
4. SUBSTITUIU O
TREINO E O BOM AMBIENTE NO LUGAR DE REGENERAÇÃO E DO SANGUE DE CRISTO.
Se o pecado é apenas de relíquias de imperfeição animal, não
carecemos de nada como seu remédio a não ser de tais coisas que contribuem para
promover a evolução da raça. Assim a regeneração e o sangue de Cristo são
desnecessários.
5. SUBSTITUI A
SALVAÇÃO INDIVIDUAL ACENTUADA NA BÍBLIA PELA SALVAÇÃO SOCIAL.
A evolução faz os homens interessados na raça como um todo
para que ela atinja a mais elevada civilização, cultura e eficiência; Deus está
preocupado com o cumprimento do Seu propósito através da salvação espiritual do
indivíduo.
6. SUBSTITUI A LEI DE AMOR NA BÍBLIA PELA LEI DA
SOBREVIVENCIA DO MAIS APTO.
A evolução não tem lugar para os fracos e incapazes; mas a
Bíblia nos manda socorrer os fracos e os fortificar. A civilização,
inteiramente imbuída de evolução e permeada pelo seu espírito, não faria
nenhuma provisão pelos fracos.
7. AUMENTA O PREJUIZO
NATURAL CONTRA OS MILAGRES.
Diz o Professor Rigdon: “A toda pessoa pensante os milagres
são repugnantes”. Isto diz ele, não como uma negação dos milagres senão para
expressar a preferência da mente do homem por uma explicação natural. O homem
tem uma tal preferência e a evolução encoraja esta preferência, agravando a
repugnância do homem para com os milagres. Por essa razão achamos muitíssimo
evolucionistas negando o nascimento virginal e a ressurreição corporal de
Cristo, como negando também o elemento miraculoso na regeneração.
Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
A CRIAÇÃO E A NATUREZA DOS SERES HUMANOS
Os propósitos de Deus não podem ser separados da sua
criação. Deus criou o Universo objetivando comunhão eterna com a humanidade. Os
escritores sagrados, de forma inequívoca, atribuem a criação - tudo que existe
e "não é Deus" - ao Deus trino e uno. Sendo Deus Criador, somente Ele
merece nosso reverente temor e adoração. O fato de que o mesmo Deus está agora
sustentando o Universo oferece-nos confiança durante as provações da vida. Além
disso, a cosmovisão bíblica (à luz criacionista) afirma que a criação física é
basicamente ordeira (tornando possível a ciência) e benéfica à existência
humana. Além disso, os seres humanos são "bons" quando em
relacionamento com Deus. E, finalmente, a totalidade da criação está avançando
na direção do clímax redentor em Jesus Cristo, nos "novos céus e nova
terra".
A TERMINOLOGIA
BÍBLICA PARA A HUMANIDADE
Os escritores do Antigo Testamento tinham numerosos termos à
sua disposição ao descrever o ser humano. Talvez o mais importante, que ocorre
562 vezes, seja 'adam. 10 Esse termo refere-se à raça humana (tanto homens
quanto mulheres) como a imagem de Deus e o ápice da criação (Gn 1.26-28; 2.7).
A humanidade foi criada por aconselhamento divino especial (v. 26) - segundo o
tipo divino (vv. 26,27) - e colocada numa posição acima do restante da criação
(v. 28). Os escritores bíblicos empregavam a palavra 'adam para conotar
"humanidade" (substantivo) ou "humano" (adjetivo). Menos
frequentemente, a palavra se refere ao homem individual, Adão. Outro termo
genérico, encontrado 44 vezes no Antigo Testamento, é 'enosh, cujo significado
predominante é "humanidade" (Jó 28.13; SI 90.3; Is 13.12). A palavra
pode, às vezes, referir-se a um indivíduo, mas somente no sentido mais geral
(Is 56.2). O termo 'ish, que aparece 2.160 vezes no Antigo Testamento, é mais
específico. Indica um homem como indivíduo masculino ou marido, embora às vezes
usado para a "humanidade" de modo geral, especialmente para
distinguir entre Deus e o homem.71
Os escritores do Antigo Testamento empregam o termo gever 66
vezes para retratar a juventude e a força, e até o aplicam a mulheres e crianças.
Uma palavra correlata, gibbor, tipicamente refere-se a homens fortes,
guerreiros - ou heróis. Passando ao Novo Testamento, verificamos que o termo
anthrõpos geralmente significa a "humanidade" e faz distinção entre
os seres humanos e os animais (Mt 12.12), os anjos (1 Co4-9), Jesus Cristo (Gl
1.12; embora Ele seja anthrõpos em Fp 2.7; 1 Tm 2.5) e Deus (Jo 10.33; At
5.29). A palavra anthrõpinos também distingue a humanidade dos animais na ordem
divina da criação (Tg 3.7) e ocasionalmente assinala a distinção entre Deus e o
ser humano (At 17.24,25; 1 Co 4.3,4). As vezes, Paulo usa anthrõpinos ao
mencionar as limitações inerentes ao ser humano (Rm 6.19; 1 Co 2.13).72 Por
causa do uso genérico de termos como 'adam, 'enosh, e anthrõpos, os crentes
devem acautelar-se ao elaborar doutrinas que fazem distinção entre os papéis
masculinos e os femininos. Muitas vezes, as versões bíblicas omitem a distinção
entre os termos genéricos e os que especificam o sexo masculino. Mesmo quando
usados os termos específicos para o sexo masculino (tais como 'ish ou gever, no
Antigo Testamento, e anêr, no Novo Testamento), o ensino não deve ser limitado
a apenas um dos sexos, pois não raro as palavras vão além do sentido restrito.
A palavra "irmãos" (adelphoi), por exemplo, normalmente um termo
específico do sexo masculino, muitas vezes inclui implicitamente as
"irmãs".73
Os escritores sagrados frequentemente descrevem os seres
humanos como criaturas pecaminosas, carentes de redenção. De fato, não podemos
estudar a humanidade na Bíblia de modo abstrato, pois as declarações a este
respeito "são sempre pronunciamentos parcialmente teológicos".74
Resumindo, os escritores retratam a humanidade a perverter o
conhecimento de Deus, em rebelião contra a sua lei (Gn 6.3,5; Rm 1.18-32; 1 Jo 1.10).
Esta a razão do apelo de Cristo ao arrependimento (Mt 9.13; Mc 1.15; Lc 15.7;
Jo 3.15-18), sendo acompanhado nisto por vários autores do Novo Testamento.
Realmente, "Deus tem colocado os seres humanos como enfoque da sua
atenção, visando redimi-los para si mesmo e habitar com eles para sempre".
75
A ORIGEM DA RAÇA
HUMANA
Os escritores sagrados sustentam de modo consistente que
Deus criou os seres humanos. Os textos bíblicos mais precisos indicam que Deus
criou o primeiro homem diretamente do pó (úmido) da terra. Não há lugar aqui
para o desenvolvimento paulatino de formas mais singelas de vida em outras mais
complexas, tendo o ser humano como ponto culminante.76
Em Marcos 10.6, o próprio Jesus declara: "Desde o
princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea". Não pode haver dúvida
quanto ao desacordo do evolucionismo com o registro bíblico. A Bíblia indica
com clareza que o primeiro homem e a primeira mulher foram criados à imagem de
Deus, no princípio da criação (Mc 10.6), e não formados no decurso de milhões
de anos de processos macroevolucionários.
Num trecho curioso, Gênesis registra a criação especial da
mulher: "E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher;
e trouxe-a a Adão" (2.22). A palavra original traduzida por
"costela" é tsela', termo este que não é usado em outra parte do
Antigo Testamento nesse sentido. Em outros textos, significa o lado de uma
colina, talvez um cume ou terraço (2 Sm 16.13), os lados da arca da aliança (Ex
25.12,14), uma câmara lateral de uma construção (1 Rs 6.5; Ez 41.6) e as folhas
de uma porta dobradiça (1 Rs 6.34). Por isso, a palavra pode significar que
Deus tomou parte do lado de Adão, inclusive ossos, carne, artérias, veias e
nervos, posto a afirmação do próprio homem: "Esta é agora osso dos meus
ossos e carne da minha carne" (Gn 2.23). A mulher foi feita "da mesma
matéria" que o homem, compartilhava da mesma essência. Além disso, esse e
outros textos deixam claro que a mulher foi alvo direto da atividade criadora
de Deus, da mesma maneira que o homem.
Os COMPONENTES
BÁSICOS DOS SERES HUMANOS
Quais os componentes básicos dos seres humanos? A resposta a
esta pergunta usualmente inclui um estudo dos termos "mente",
"vontade", "corpo", "alma" e
"espírito". Realmente, os escritores sagrados empregam uma ampla
variedade de termos para descrever os componentes essenciais dos seres humanos.
A Bíblia menciona "coração", "mente",
"rins", "lombos", "fígado", o "íntimo"
e as "entranhas" como componentes das pessoas, que contribuem para a
capacidade distintivamente humana de reagir a certas situações. Em hebraico, a
palavra "coração" (lev, levav) era usada no tocante ao órgão físico,
porém mais frequentemente no sentido abstrato, para descrever a natureza
interior, a mente ou pensamentos íntimos, os sentimentos ou emoções, os
impulsos profundos e até mesmo a vontade. No Novo Testamento,
"coração" (kardia) também significa o órgão físico, mas primariamente
a vida interior com suas emoções, pensamentos e vontade, bem como a habitação
do Senhor e do Espírito Santo.
Os escritores do Antigo Testamento também empregavam o termo
kilyah ("rins") para referir aos aspectos íntimos, secretos da
personalidade. Jeremias, por exemplo, lamenta diante de Deus os seus
compatriotas insinceros: "Tu sempre estás nos seus lábios, mas longe dos
seus rins" (Jr 12.2, literal). No Novo Testamento, nephroi
("rins") é usado uma só vez (Ap 2.23), quando Jesus adverte o anjo da
igreja em Tiatira: "E todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda
os rins e os corações" (ARA).
Às vezes, os escritores do Novo Testamento descrevem uma
atitude com a palavra splanchna ("entranhas"; ou "coração",
1 Jo 3.17). Jesus "teve compaixão" da multidão (Mc 6.34; ver também
8.2). Em certo lugar, splanchna parece formar um paralelo com kardia (2 Co
6.12); ou ocorre onde poderíamos esperar a palavra pneuma
("espírito", 2 Co 7.15).
O Novo Testamento menciona ainda a "mente" (nous,
dianoia) e a "vontade" (thelema, boulema, boulesis). A
"mente" denota a faculdade da percepção intelectual, bem como a
capacidade de fazer julgamentos morais. Em certas ocorrências no pensamento
grego, parece formar um paralelo com o termo "coração" (lev) do
Antigo Testamento. Em outros trechos, parece que os gregos distinguiam os dois
(ver Mc 12.30). Ao considerar a "vontade," a "vontade ou volição
humana pode ser representada, por um lado, como um ato da mente que se dirige a
uma escolha livre. Mas, por outro lado, pode ser motivada por um desejo que
provém pressuroso do inconsciente".77 Posto que os escritores sagrados usavam
esses termos de várias maneiras (assim como fazemos na linguagem cotidiana), é
difícil determinar com precisão, pelas Escrituras, onde termina a
"mente" e começa a "vontade".
Observe que muitos dos termos estudado são um tanto
ambíguos, e certamente coincidem parcialmente entre si em algumas ocasiões.
Agora, nosso estudo passa aos termos "corpo", "alma" e
"espírito". E possível incorporar todos os termos já mencionados em
componentes como "alma" e "espírito"? Ou é artificial
semelhante divisão, podendo-se esperar, no máximo, uma divisão
material/imaterial?
Os escritores
sagrados tinham uma ampla variedade de termos relativos ao "corpo".
Para os hebreus, "carne" (basar, she'er) e "alma" (nephesh)
podiam significar corpo (Lv 21.11; Nm 5.2, onde o significado parece ser
"cadáver"). "Força" (me'od) dizia respeito ao poder físico
do corpo (Dt 6.5). Os escritores do Novo Testamento mencionam a
"carne" (sarx, que às vezes significava o corpo físico), a
"força" (ischus) do corpo (Mc 12.30) ou, mais frequentemente, o
"corpo" (soma), que ocorre 137 vezes.
Quanto a alma, o termo primário dos hebreus era nephesh, que
ocorre 755 vezes no Antigo Testamento. Mais frequentemente, esse termo
abrangente significa meramente "vida", "próprio-eu",
"pessoa" (Js 2.13; 1 Rs 19.3; Jr 52.28). Quando usado nesse sentido
amplo, nephesh descreve o que somos: almas, pessoas (neste sentido, não
"possuímos" alma ou personalidade).78 Às vezes nephesh podia
significar a "vontade" - ou "desejo" - de uma pessoa (Gn 23.8;
Dt 21.14). Ocasionalmente, porém, destaca aquele elemento nos seres humanos que
possui vários apetites: a fome física (Dt 12.20), o impulso sexual (Jr 2.24) e
o desejo moral (Is 26.8,9), no Antigo Testamento. Em Isaías 10.18 nephesh
ocorre juntamente com "carne" (basar), aparentemente para denotar a
pessoa inteira. 79
Os escritores do Novo Testamento usaram psuchê 101 vezes
para descrever a alma humana. No pensamento grego, a "alma" pode ser:
(1) a sede da vida, ou a própria vida (Mc 8.35); (2) a parte interna do ser
humano, equivalente ao ego, à pessoa ou à personalidade (a Septuaginta traduz o
heb. lev — "coração" - por psuchê 25 vezes); ou (3) a alma por
contraste com o corpo. O termo psuchê, como elemento conceituai dos seres
humanos, provavelmente significa "discernimento, vontade, disposição,
sensações, poderes morais"80 (Mt 22.37). Não é fácil, porém, traçar linhas
divisórias definitivas entre os muitos significados dessa palavra.
O termo ruach é "espírito", encontrado 387 vezes
no Antigo Testamento. Embora o significado básico seja "ar em
movimento", "vento", "sopro", "hálito",
ruach também denota "a totalidade da consciência imaterial do homem"
(Pv 16.32; Is 26.9). Em Daniel 7.15, ruach está contido no seu invólucro, o
"corpo".81 J. B. Payne indica que tanto nephesh quanto ruach podem
partir do corpo na ocasião da morte e, mesmo assim, existir num estado separado
dele (Gn 35.18; SI 86.13). 82
No Novo Testamento, o termo pneuma basicamente significa
"vento" ou "hálito", referindo-se ao "espírito"
de um homem ou de uma mulher. E o poder que as pessoas experimentam e que as
relacionam com "o âmbito espiritual, a dimensão da realidade que jaz além
da observação comum e do controle humano". O espírito, portanto, vincula
os seres humanos ao mundo espiritual e os ajuda a interagir nessa dimensão. Em
outras ocorrências, porém, por ocasião da morte, o espírito se afasta, e o
corpo cessa de representar a pessoa inteira (Mt 27.50; Lc 23.46; At 7.59). 83
Depois desta breve
resenha de termos bíblicos, permanecem algumas perguntas: Quais os elementos
constituintes mais fundamentais dos seres humanos? Todos os termos aqui
estudados podem ser classificados segundo a divisão "corpo, alma e
espírito"? Devemos contrastar apenas o material com o imaterial? Ou
devemos considerar que os seres humanos são uma unidade e, portanto,
indivisíveis? O tricotomismo. Os tricotomistas sustentam que o ser humano é
constituído de três elementos: corpo, alma e espírito. A composição física dos
seres humanos é a parte material da sua constituição que os une aos demais
seres viventes, inclusive as plantas e os animais. As plantas, os animais, os
seres humanos, todos podem ser descritos em termos de existência física.
A "alma" é considerada o princípio da vida física
ou animal. Os animais possuem uma alma básica e rudimentar: apresentam
evidências de emoções e são descritos com o termo psuchê em Apocalipse 16.3
(ver também Gn 1.20, onde são descritos como nephesh chayyah, "de alma
vivente" no sentido de "indivíduos vivos" dotados de certa
medida de personalidade). Os seres humanos e os animais são distintos das
plantas, em parte pela capacidade de expressar sua personalidade individual.
O "espírito" é considerado um poder sublime que
estabelece os seres humanos na dimensão espiritual e os capacita à comunhão com
Deus.5 Pode-se distinguir o espírito da alma, sendo aquele "a sede das
qualidades espirituais do indivíduo, ao passo que nesta residem os traços da
personalidade". Embora distintos entre si, não é possível separar alma e
espírito. Pearlman declara: "A alma sobrevive à morte porque é energizada
pelo espírito, mas alma e espírito são inseparáveis porque o espírito está
entretecido na própria textura da alma. São fundidos e caldeados numa só
substância". 84 Textos bíblicos que parecem apoiar o tricotomismo incluem
1 Tessalonicenses 5.23, onde Paulo pronuncia a bênção: "E todo o vosso
espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". Em 1 Coríntios 2.14-3.4, Paulo
refere-se aos seres humanos como sarkikos (literalmente: "carnal"
3.1,3), psuchikos (literalmente: "segundo a alma", 2.14) e
pneumatikos (literalmente: "espiritual", 2.15). Esses dois textos
parecem demonstrar de forma ostensiva três componentes elementares. Vários
outros textos parecem distinguir alma e espírito (1 Co 15.44; Hb 4.12).
O tricotomismo é bastante popular nos círculos conservadores.
H. O. Wiley, porém, indica que erros podem ocorrer quando seus vários
componentes ficam fora de equilíbrio. Os gnósticos, antigo grupo religioso
sincretista que adotava elementos tanto do paganismo quanto do Cristianismo,
sustentavam que, se o espírito emanava de Deus, era imune ao pecado. Os
Apolinarianos, grupo herético do século IV condenado por vários concílios
eclesiásticos, acreditavam que Cristo possuía corpo e alma, mas que o espírito
humano fora substituído pelo Logos divino. Placeu (1596-1655 ou 1665), da
Escola de Samur, na França, ensinava que somente o pneuma era criado
diretamente por Deus. A alma, dizia, era mera vida animal e perecia com o
corpo. 85
O dicotomismo. Os dicotomistas sustentam apenas dois elementos
constituintes dos seres humanos: o material e o imaterial. Observam que, nos
dois Testamentos, as palavras "alma" e "espírito" às vezes
são usadas de modo intercambiável. Parece que assim ocorre com a colocação
paralela de "espírito" e "alma" em Lucas 1.46,47: "A
minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu
Salvador" (ver também Jó 27.3). Muitos texto bíblicos parecem subentender
uma dupla divisão nos seres humanos, sendo que "alma" e
"espírito" são usados como sinônimos. Em Mateus 6.25, o Senhor Jesus
adverte: "Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida [psuchê], pelo que
haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo
que haveis de vestir". Em Mateus 10.28, Ele diz: "Não temais os que
matam o corpo e não podem matar a alma". Em 1 Coríntios 5.3, porém, Paulo
fala em estar "ausente no corpo" (soma) mas "presente no
espírito" (pneuma), sendo que os dois aspectos aparentemente abrangem a
pessoa total. Além disso, há ocasiões em que perder o pneuma significa-morrer
(Mt 27.50; Jo 19.30), assim como perder a psuchê envolve a morte (Mt 2.20; Lc
9.24).
A dicotomia é "provavelmente o conceito mais sustentado
no decurso da maior parte da história do pensamento cristão".86 Seus
adeptos, assim como acontece entre os tricotomistas, têm a capacidade de
declarar e defender suas opiniões sem cair em erros doutrinários. Pearlman
declara: "Os dois pontos de vista são corretos, sendo devidamente
compreendidos".87 Quando, porém, os componentes do dicotomismo perdem o
equilíbrio, podem surgir erros.
Os gnósticos adotavam
um dualismo cosmológico, cujo impacto sobre o seu conceito dos seres humanos era
significativo. Diziam que o Universo estava dividido entre um lado imaterial,
espiritual, que era intrinsecamente bom, e um lado material, físico,
intrinsecamente mau. Um abismo intransponível fazia a separação entre esses
dois. aspectos do Universo. Paradoxalmente, os seres humanos eram formados por
esses dois componentes. Como consequência dessa natureza dualista, os seres
humanos podiam optar por um destes dois comportamentos: (1) pecar à vontade,
pois o espírito bom nunca será maculado pelo corpo mau; (2) castigar o corpo
mediante disciplinas ascéticas, por ser ele mau.
Na era moderna, Erickson cita erros doutrinários dentro da
teologia liberal, tais como: (1) alguns liberais acreditam não ser o corpo
parte essencial da natureza humana, ou seja, a pessoa pode funcionar muito bem
sem ele; (2) alguns liberais chegam ao ponto de apontar a ressurreição da alma
em substituição à doutrina bíblica da ressurreição do corpo. 88
O monismo. O monismo, também uma cosmovisão, remonta "aos
filósofos présocráticos que apelavam a um único princípio unificador para
explicar toda a diversidade da experiência observada".89 No entanto, pode
adotar um enfoque muito mais estreito, e o faz quando se aplica ao estudo dos
seres humanos. Os monistas teológicos argumentam que os vários componentes dos
seres humanos descritos na Bíblia perfazem uma unidade indivisível e radical.
Parcialmente, o monismo era uma reação neo-ortodoxa ao liberalismo, que havia
proposto uma ressurreição da alma, mas não a do corpo. Veremos, porém, que o
monismo, ao reagir corretamente contra o erro do liberalismo, apresenta seus
próprios problemas.
Os monistas defendem que, onde o Antigo Testamento emprega a
palavra "carne" (basar), os escritores do Novo Testamento
aparentemente empregam tanto "carne" (sarx) quanto "corpo"
(soma). Qualquer desses termos pode referir-se ao ser humano inteiro porque,
nos tempos bíblicos, ele era considerado um ser unificado. Segundo o monismo,
pois, devemos considerar o ser humano como um todo unificado, e não como vários
componentes que podem ser individualmente identificados e classificados. Quando
os escritores sagrados falam de "corpo e alma... deve-se considerar uma
descrição exaustiva da-personalidade humana. No conceito do Antigo
Testamento", cada pessoa individual "é uma unidade psicofísica, carne
animada pela alma". 90
A dificuldade do monismo, obviamente, é o fato de não deixar
lugar para um estado intermediário entre a morte a ressurreição física no
futuro. Esse ponto de vista discorda de numerosos textos bíblicos.91 Jesus
também faz clara referência ao corpo e à alma como elementos divisíveis quando
adverte: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma"
(Mt 10.28).
Tendo passado em revista várias opiniões a respeito do ser
humano e observado possíveis erros dentro de cada posição, estamos prontos a
formular uma síntese. Os escritores sagrados, segundo parece, empregam os
termos de várias maneiras. "Alma" e "espírito" às vezes
parecem sinônimos, ao passo que em outras ocasiões se apresentam distintos. Vários
termos bíblicos, na realidade, parecem descrever a totalidade da pessoa humana,
ou do próprio-eu, inclusive "homem", "carne"',
"corpo" e "alma", bem como o substantivo composto
"carne e sangue". O Antigo Testamento, talvez mais obviamente que o
Novo, vê a pessoa individual como um ser unificado. Os seres humanos são
humanos por causa de tudo quanto são. Fazem parte do mundo espiritual e podem
relacionar-se com a realidade espiritual. São criaturas com emoções, vontade e
moral. Fazem parte do mundo físico e podem, portanto, ser identificados como
"carne e sangue" (Gl 1.16; Ef 6.12; Hb 2.14). O corpo físico, criado
por Deus, não é inerentemente mau (era o que os gnósticos argumentavam, e
parece que alguns cristãos assim acreditam hoje).
O ensino bíblico a respeito da natureza pecaminosa do ser
humano caído é que todo ele está afetado, não apenas uma parte. 92 Além disso,
os seres humanos - conforme os conhecemos e a Bíblia identifica - não podem
herdar o Reino de Deus (1 Co 15.50). Em primeiro lugar, é necessária uma
mudança essencial. Acrescente-se que, quando o componente imaterial do ser
humano parte, por ocasião da morte, nenhum dos dois elementos em separado pode
ser descrito como um ser humano. O que permanece na terra é um cadáver, e o que
partiu a estar com Cristo, um ser desencarnado, imaterial, ou espírito (que tem
existência consciente pessoal, mas não "plenamente humana"). Na
ressurreição do corpo, o espírito será reunido com um corpo ressurreto,
transformado e imortal (1 Ts 4.13-17), e, mesmo assim, nunca mais será
considerado humano, na concepção atual (1 Co 15.50).
Considerar o ser humano uma unidade condicional resulta em
várias implicações.
Primeira: o que afeta um elemento do ser humano afeta a pessoa
inteira. A Bíblia vê a pessoa como um ser global, "e o que toca numa parte
afeta a totalidade". Em outras palavras, uma pessoa portadora de doença
crônica (no corpo) por certo terá afetadas as emoções e a mente e até o canal
da comunhão normal com Deus. Erickson observa: "O cristão que deseja ter
saúde espiritual dedicará atenção a questões tais como a dieta, o repouso e o
exercício".93 De modo semelhante, a pessoa que sofre certas pressões
mentais poderá manifestar sintomas físicos ou até mesmo doenças físicas.
Segunda: os conceitos bíblicos de salvação e santificação não devem
ser considerados como a redução do corpo mau à escravidão do espírito bom.
Quando os escritores do Novo Testamento mencionam a "carne" num
sentido negativo (Rm 7.18; 8.4; 2 Co 10.2,3; 2 Pe 2.10), falam da natureza
pecaminosa, e não especificamente do corpo físico. No processo da santificação,
o Espírito Santo renova a pessoa inteira. De fato, somos inteiramente uma
"nova criatura" em Cristo Jesus (2 Co 5.17).
Stanley M. Horton Editor Geral
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D. 7. O Dia dos Animais e do Homem (1.24-31)
Dando mais uma ordem: Produza a terra alma vivente (24), DEUS encheu a terra de criaturas: as bestas-feras da terra (os animais selvagens, 25), gado e... todo réptil que se move sobre a terra (26). Mas este dia teria a coroação do ato criativo. A deidade, em deliberação, disse: Façamos o homem (26). Esta criatura tinha de ser diferente. DEUS disse que o homem tinha de ser feito à nossa imagem, tendo certa semelhança com a realidade, mas carecendo de plenitude. O homem devia ser conforme a nossa semelhança, tendo similitude geral com DEUS, mas não sendo uma duplicata exata. Não era para ele ser um pequeno DEUS, mas definitivamente tinha de estar relacionado com DEUS e ser o portador das características distintivas espirituais que o marcam exclusivamente como ser superior aos animais. Em 1.26-30, encontramos “O Homem Feito à Imagem de DEUS”.
1) Um ser espiritual apto para a imortalidade, 26ab; 2) Um ser moral que tem a semelhança de DEUS, 27; 3). Um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo, 26c,28-30 (G. B. Williamson). Uma das marcas da imagem de DEUS foi Ele ter dado ao homem o status e o poder de governante. O direito de o homem dominar (28) ressalta o fato de que DEUS o equipou para agir como governante. A aptidão para governar implica em capacidade intelectual adequada para argumentar, organizar, planejar e avaliar. A aptidão para governar implica em capacidade emocional adequada para desejar o mais alto bem-estar dos súditos, apreciar e honrar o que é bom, verdadeiro e bonito, repugnar e repudiar o que é cruel, falso e feio, ter profunda preocupação pelo bem-estar de toda a natureza e amar a DEUS que o criou. A aptidão para governar implica em capacidade volitiva adequada para escolher fazer a toda hora o que é certo, obedecer ao mandamento de DEUS indiscutivelmente e sem demora, entregar alegremente todos os poderes a DEUS em adoração jovial e participar em uma comunhão saudável com a natureza e DEUS.
DEUS criou o homem para ser uma pessoa que tivesse autoconsciência, autodeterminação e santidade interior (Ec 7.29; Ef 4.24; Cl 3.10). A imagem foi distribuída sem distinção de macho e fêmea, tornando-os iguais diante de DEUS.
Como DEUS abençoou (22) o que previamente havia criado (21), assim DEUS outra vez abençoou (28) esta fase da sua obra. Incumbiu o homem com a responsabilidade de reproduzir-se e sujeitar à sua superintendência a terra e tudo que nela havia. O ato de abençoar o gênero humano é de significado mais amplo que o de abençoar os animais (22). O homem é capaz de ter consciência dessa bênção e pode responder a ela. “Abençoar” em relação a um ser racional é ato de transmitir um senso da vontade de DEUS para o abençoado. Isto é especialmente significativo para o homem, pois a ordem de procriar coloca a aprovação de DEUS no ato de reprodução. Essencialmente, a relação homem-mulher na procriação é boa, está dentro da vontade de DEUS e é básica para o bem-estar deles. No Antigo Testamento, há dois aspectos para o ato de conceder bênçãos. Da parte de DEUS, há o ato de um Ser superior concedendo favor a quem é dependente dele. Da parte do homem, há o retorno da gratidão ao Doador de dons (Gn 24.48; Dt 8.10). Aspecto importante da bênção de DEUS era a concessão de poder e habilidade para sujeitar e dominar (28) os outros seres criados que habitam a terra. Mas era uma autoridade delegada, um governo subordinado, pelo qual o homem prestava contas a DEUS.
Presumimos que a responsabilidade de controlar a vida animal não acarreta o direito de abusar dela, caso contrário não teria sido bom.
DEUS concedeu ao homem o direito de usar os frutos da vida vegetal para comida (29). Isto não lhe deu o privilégio de explorar a natureza, deixando para trás estrago e desolação. O cuidado apropriado dos frutos da vida vegetal tem necessariamente de acarretar o cultivo (2.15) e a conservação dos recursos naturais. O fato de os animais, sujeitos ao controle do homem, também se alimentarem de plantas, toda a erva verde (30), destaca ainda mais a responsabilidade que pesa sobre o homem. Ele é responsável por controlar a natureza de modo que a natureza supra as necessidades de todas as criaturas vivas e não só as necessidades do homem (ver 9.3 sobre a permissão de comer carne). A morte de animais não é mencionada, embora não haja razão para presumir a ausência de morte animal antes da queda. O foco está na vida, na harmonia, na ordem e na aptidão de forma e função para o domicílio terrestre do homem.
Em 1.1-5, 26-31, vemos a “Criação pela Vontade Onipotente”, com a idéia central no versículo 1.1) Causa adequada, 1,2; 2) Desígnio evidente, 2-5; 3) Homem semelhante a DEUS, 26-30; 4) Concepção onisciente, 31 (G. B. Williamson).
Não há indicação clara de que a história no capítulo 2 tenha alguma parte na seqüência de tempo do aparecimento de plantas e animais. Pelo contrário, a atenção é focada no fato de que sem chuva e o cuidado vigilante do homem a terra era originariamente estéril. Por conseguinte, DEUS forneceu umidade e formou o homem para que as plantas que precisam de cultivo frutificassem. Mais detalhes sobre a criação do homem são dados aqui que em 1.27. Em 2.7, o homem é apresentado como criatura da terra. Ele é formado do pó. Com profundo interesse, DEUS inalou vida no homem, ato que realça o fato de que a vitalidade do homem e a dinâmica interna vêm diretamente de DEUS. Qualquer outro objeto do afeto e esperança do homem é ilusão. Ele é feito para dois mundos; portanto, ser separado de DEUS é murchar como o fruto de uma videira cortada. As duas expressões: o fôlego da vida (7, nishmat chayyim) e a alma vivente {nefesh chayyah) têm muito em comum. Ambas podem ser usadas para referir-se tanto a animais como ao homem. Fôlego (nishmat) está mais associado com o homem, mas é designado a animais em 7.22. Alma vivente se aplica a todos os tipos de animais em 1.20,21,24,30; 2.19; 9.12,15,16. O termo hebraico nefesh tem conotação mais ampla que o termo nishmat. Ambos podem significar “respiração, fôlego, hálito”, mas nefesh também inclui estes significados: ser vivo, alma, vida, ego, pessoa, desejo, apetite, emoção e paixão. O homem é único. Ele é o que é, porque DEUS... soprou em seus narizes o fôlego da vida. DEUS nunca fez isso com um animal. A Mulher que DEUS Formou (2.18-25)
Havia um aspecto da criação de DEUS que não estava totalmente satisfatório. O fato de o homem ainda estar só (18) não era bom. O isolamento é prejudicial. Por dedução, a relação social, ou seja, o companheirismo, é bom. Por conseguinte, DEUS determinou fornecer ao homem uma adjutora que esteja como diante dele, literalmente, uma ajudante que lhe correspondesse, alguém que fosse igual e adequada para ele. “Uma ajudante certa que o complete” (VBB). A Bíblia Confraternidade traduz: “Uma ajudante como ele mesmo”. Considerando que não há formas de tempos verbais em hebraico, não se conclui necessariamente que DEUS formou os animais depois de ter formado o homem. Pode igualmente significar que depois que o homem foi colocado no jardim, os animais que DEUS previamente formara foram trazidos a Adão (19). A seqüência de tempo não é o item importante aqui. Um aspecto da imagem de DEUS foi demonstrado pelo poder de Adão discernir a natureza de cada animal e dar um nome certo, pois em hebraico, nome e caráter coincidiam. Quando Adão pôs os nomes (20), ele mesmo foi capaz de discernir que nenhum dos animais era uma adjutora que estivesse como diante dele. Ele, como também DEUS, tinha de saber disso para apreciar o que DEUS estava a ponto de fazer.
O sono pesado (21) é o tipo no qual os sentimentos ou capacidade emotiva deixam de funcionar normalmente. Ver Gênesis 15.12; Jó 4.13; 33.15, onde a frase está ligada com visões; e 1 Samuel 26.12 e Jonas 1.5, onde o termo não está relacionado com visões. Ver também Isaías 29.10, onde a expressão sugere falta de sensibilidade espiritual. A costela (22) pode significar o osso e a carne que a envolve. E a parte do corpo mais próxima do coração, que para os hebreus era o lugar dos afetos. A mulher não foi feita de substância inferior. Para acentuar a singularidade deste ato, é usado um verbo hebraico diferente (yiben), que significa “construir”, detalhe completamente perdido na palavra traduzida por formou. DEUS trouxe-a a Adão para sua aprovação e avaliação. Assim, parte da história segue a seqüência dos dias criativos no capítulo 1, isto é, a decisão (18-20), o ato criativo (21,22) e a aprovação (23). De imediato, Adão (23) viu a conveniência desta ajudante. Ela era parte íntima dele, osso dos meus ossos e carne da minha carne e, desta forma, adequada para ele. Mas ele também demonstrou sua posição de autoridade ao lhe dar um nome.
Com efeito, esta foi a instituição da relação matrimonial. Desde o princípio, DEUS quis que o casamento fosse exclusivo e íntimo. Não era simplesmente para a mulher agarrar-se ao homem como um apêndice. Para deixar clara a responsabilidade do homem, DEUS ordenou que o homem se apegasse à sua mulher (24) no compromisso mútuo da verdadeira união. O casamento tem de permanecer irrompível ao longo da vida, pois foi dito: E serão ambos uma carne, ou seja, uma identificação completa entre si. E nisto eles não se envergonhavam (25).
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
FONTE: APAZDOSENHOR.ORG







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