terça-feira, 18 de junho de 2019

Lição 12 : A Nuvem de Glória







                                                                                 O TABERNÁCULO
                                                                                     ELIENAI CABRAL





— CAPÍTULOS 35 a 40 
— A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO 

O Desprendimento Voluntário 


Estes capítulos contêm uma recapitulação de diversas partes do tabernáculo e seu mobiliário; e visto que já expliquei o que creio ser o significado das partes mais proeminentes, é desnecessário acrescentar mais. 

Existem, contudo, duas coisas nesta parte do livro das quais podemos tirar instruções muitos úteis, a saber, em primeiro lugar os sacrifícios voluntários do povo; e, em segundo, a obediência implícita do povo a respeito da obra do tabernáculo do testemunho. 
"Então, toda a congregação dos filhos de Israel saiu de diante de Moisés, e veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o impeliu, e trouxeram a oferta alçada ao SENHOR, para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes santas. E, assim, vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração; trouxeram fivelas, e pendentes, e anéis, e braceletes, e todo vaso de ouro; e todo homem oferecia oferta de ouro ao SENHOR, e todo homem que se achou com pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabras, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles de texugos, os trazia; todo aquele que oferecia oferta alçada de prata ou de metal, a trazia; por oferta alçada ao SENHOR; e todo aquele que se achava com madeira de cetim, a trazia para toda a obra do serviço. E todas a mulheres sábias de coração fiavam com as mãos, e traziam o fiado, o pano azul, a púrpura, o carmesim e o linho fino. E todas as mulheres, cujo coração se moveu em sabedoria, fiavam os pêlos das cabras. E os príncipes traziam pedras sardónicas, e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral, e especiarias, e azeite para a luminária, e para o óleo da unção, e para o incenso aromático. Todo homem e mulher, cujo coração voluntariamente se moveu a trazer alguma coisa para toda a obra que o SENHOR ordenara se fizesse pela mão de Moisés" (capítulo 35:20 a 29). E mais adiante lemos: "E vieram todos os sábios que faziam toda a obra do santuário, cada um da obra que fazia, e falaram a Moisés, dizendo: O povo traz muito mais do que basta para o serviço da obra que o SENHOR ordenou se fizesse... porque tinham material bastante para toda a obra que havia de fazer-se" (capítulo 36:4 a 7). 
Que quadro encantador da dedicação à obra do santuário! Não foram precisos esforços, apelos ou argumentos solenes par constranger os corações do povo a darem. Oh! não: os corações foram voluntariamente movidos. Este era o próprio princípio. A corrente de sacrifícios voluntários vinha dos corações: "Príncipes", "homens", "mulheres", todos sentiam que era para eles um doce privilégio darem ao Senhor, não com um coração estreito ou mão mesquinha, mas de um modo principesco trouxeram "muito mais do que bastava."

 A Obediência Implícita 

Em segundo lugar, quanto à obediência do povo está escrito: "Conforme tudo o que o SENHOR ordenara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel toda a obra. Viu, pois, Moisés toda a obra, e eis que a tinham feito; como o SENHOR ordenara, assim a fizeram; então, Moisés os abençoou" (capítulo 39:42 a 43). O Senhor havia dado instruções minuciosas relativas a toda a obra do tabernáculo. Cada estaca, cada base, cada colchete, cada cordão estavam exatamente nos seus lugares. Não houve lugar disponível para os recursos, a razão ou o sentido comum do homem. O Senhor não delineou um plano deixando ao homem a tarefa de o completar; nem deixou nenhuma margem para o homem fazer introduzir as usas combinações. De modo nenhum. "Atenta, pois, que o faças conforme ao modelo que te foi mostrado no monte (Êx 25:40, 26:30; Hb 8:5).

 Este mandato não deixava lugar para invenções humanas. Se fosse permitido ao homem fazer uma simples estaca, essa estaca estaria, seguramente, fora de lugar, no parecer de Deus. Podemos ver em capítulo 32 o que "o buril" do homem produz. Graças a Deus, o buril não teve lugar no tabernáculo. Neste caso eles fizeram precisamente o que lhes fora dito— nada mais, nada menos. Eis aqui uma lição proveitosa para a igreja professa! Existem muitas coisas na história de Israel que devemos procurar seriamente evitar: as suas murmurações de impaciência, os seus votos de legalismo, e a sua idolatria; porém na sua devoção e na sua obediência podemos imitá-los. Que a nossa devoção seja mais sincera e a nossa obediência mais implícita. Podemos afirmar com toda a segurança que se tudo não tivesse sido feito conforme ao modelo mostrado "no monte" não poderíamos ler, no final do livro, que "então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo, de maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem ficava sobre ela, e a glória do SENHOR enchia o tabernáculo" (capítulo 40:34-35). O tabernáculo era, para todos os efeitos, conforme ao modelo divino, e, portanto, podia ser cheio da glória divina. 

Existem tomos de instruções nesta verdade. Estamos sempre prontos a considerar a Palavra de Deus insuficiente até para os mínimos pormenores ao culto e serviço de Deus. Mas isto é um grande erro, erro que tem sido a origem de abundantes males e erros na igreja professa. A Palavra de Deus é suficiente para todas as coisas, quer seja no que se refere à salvação e conduta pessoal, quer no tocante à ordem e governo da Assembléia. "Toda Escritura,divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra" (2 Tm 3:16-17). Estas palavras resolvem toda a questão. Se a Palavra de Deus prepara um homem perfeitamente"para toda boa obra", segue-se,necessariamente, que tudo o que não se acha nas suas páginas não pode ser uma boa obra. Demais, recordemos que a glória divina não pode ligar-se com aquilo que não for conforme ao modelo divino.

                                                                                       Exodo -C-H-Mackintosh




                              O Tabernáculo e a Nuvem 


A Direção Divina

 Vamos agora falar por alguns momentos sobre o parágrafo final do nosso capítulo, que tem um caráter tão característico como qualquer parte do livro. Nele somos chamados a contemplar uma hoste numerosa de homens, mulheres e crianças, viajando através de um tremendo deserto "onde não havia caminho" — um ermo fatigante, um imenso deserto arenoso sem bússola ou guia humano. Que ideia!

Que espetáculo! Ali estavam esses milhões de seres humanos avançando sem qualquer conhecimento da rota que deviam seguir tão dependentes de Deus quanto à orientação, ao alimento e tudo mais; um exército de peregrinos inteiramente desprovido de recursos. Não podiam fazer planos para o dia seguinte. Quando acampavam não sabiam quando deviam pôr-se em marcha; e quando estavam em marcha não sabiam quando ou onde deviam fazer alto. A sua vida era uma vida de dependência diária e momentânea. Tinham de olhar para cima a fim de receberem a orientação. Os seus movimentos eram dirigidos pelas rodas do carro do Senhor. Era de verdade um maravilhoso espetáculo. Leiamos o seu relato e retenhamos em nossas almas o seu ensino celestial. "E, no dia de levantar o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do Testemunho; e, à tarde estava sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até à manhã. Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo. Mas, sempre que a nuvem se alçava sobre a tenda, os filhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a nuvem parava, ali os filhos de Israel assentavam o seu arraial. Segundo o dito do SENHOR, OS filhos de Israel partiam e segundo o dito do SENHOR assentavam o arraial; todos os dias em que a nuvem parava sobre o tabernáculo, assentavam o arraial.

 E, quando a nuvem se detinha muitos dias sobre o tabernáculo, então os filhos de Israel tinham cuidado da guarda do Senhor e não partiam. E era que, quando a nuvem poucos dias estava sobre o tabernáculo, segundo o dito do SENHOR, se alojavam, e, segundo o dito do SENHOR, partiam. Porém era que, quando a nuvem desde a tarde até à manhã ficava ali e a nuvem se alçava pela manhã, então, partiam; quer de dia quer de noite, alçando-se a nuvem, partiam. Ou, quando a nuvem sobre o tabernáculo se detinha dois dias, ou um mês, ou um ano, ficando sobre ele, então, os filhos de Israel se alojavam e não partiam; e, alçando-se ela, partiam. Segundo o dito do SENHOR, se alojavam e, segundo o dito do SENHOR, partiam; da guarda do SENHOR tinham cuidado, segundo o dito do SENHOR, pela mão de Moisés" (versículos 15-23). Seria impossível conceber um quadro mais admirável de dependência e sujeição absoluta à direção divina do que aquele que é apresentado no parágrafo antecedente. Não havia uma marca de pé humano nem um marco em todo "esse terrível deserto". Era portanto inútil procurar qualquer direção junto dos que tinham passado antes. Dependiam inteiramente de Deus para cada passo do dia. Estavam numa posição em que tinham de esperar constantemente n'Ele. Isto seria intolerável para um espírito insubmisso ou uma vontade inquebrantável; mas para uma alma que conhece e ama a Deus, que confia e se compraz n'Ele, nada podia ser mais profundamente bendito.

 Aqui está o ponto principal de toda a questão. Deus é conhecido, amado e confia-se n'Ele se assim for o coração regozijar-se-á na mais absoluta dependência d'Ele. De contrário, uma tal dependência seria de todo insuportável. O homem não regenerado gosta de pensar que é independente—gosta de ter a ilusão de que é livre—gosta de julgar que pode fazer o que quer, ir onde quer, dizer o que quer.

Mas, ah! é tudo mera ilusão! O homem não é livre. E escravo de Satanás. São passados cerca de seis mil anos desde que ele se vendeu a esse grande proprietário de escravos, que desde então o tem tido em seu poder e o tem ainda hoje. Sim, Satanás mantém o homem natural — o homem não convertido e impenitente — em terrível escravidão. Mantém-no atado de pés e mãos com cadeias e grilhões que se não veem no seu verdadeiro caráter por causa do brilho dourado com que astutamente as cobriu. Satanás domina o homem por meio da sua concupiscência, de suas paixões e de seus prazeres. Levanta desejos no coração que satisfaz em seguida com as coisas que há no mundo, e o homem imagina inutilmente que e livre porque pode satisfazer os seus desejos. Mas e uma triste ilusão; e, mais tarde ou mais cedo, será reconhecido como tal.

 Não há liberdade senão a que Cristo dá ao Seu povo. E Ele quem diz "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" e também "Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8:36). Aqui está verdadeira liberdade. E a liberdade que a nova natureza encontra andando no Espírito e fazendo as coisas que são agradáveis à vista de Deus. "O serviço do Senhor é liberdade perfeita." Mas este serviço, em todos os seus pormenores, implica a mais simples dependência do Deus vivo. Assim foi sempre com o único verdadeiro e perfeito Servo que jamais pisou esta terra. Foi dependente em tudo. Cada movimento, cada ato, cada palavra—tudo quanto fazia e tudo quanto deixava de fazer, — era fruto da mais absoluta dependência e sujeição a Deus. Andava quando Deus queria que Ele andasse, e estava sossegado quando Deus assim queria. Falava quando Deus queria que falasse, e ficava em silêncio quando Deus queria que guardasse silêncio. Jesus, o Caminho

Tal foi Jesus quando viveu neste mundo; e nós, como participantes da Sua natureza—da Sua vida—e tendo o Seu Espírito, que habita em nós, somos chamados para andar em suas pisadas e viver uma vida de simples dependência de Deus, dia após dia. Temos no final deste capítulo uma formosa figura desta vida de dependência, em uma das suas fases especiais. O Israel de Deus—o acampamento no deserto —esse exército de peregrinos seguia o movimento da nuvem. Tinham de olhar para cima para sua orientação. Esta é a própria obra do homem. Foi criado para levantar o seu rosto ao alto, em contraste com as bestas, que foram criadas para olhar para baixo. Israel não podia fazer planos. Não podiam jamais dizer: "Amanha iremos a tal lugar." Dependiam inteiramente do movimento da nuvem.

 Assim era com Israel e assim deveria ser conosco. Estamos passando por um deserto desconhecido—um deserto moral. Não há absolutamente caminho. Não saberíamos como andar, ou aonde ir, se não fosse esta expressão das mais preciosas, profundas e compreensivas saídas dos lábios de nosso bendito Senhor, "Eu sou o caminho". Eis aqui infalível direção divina. Devemos  segui-Lo. "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8:12). Isto é direção vivente. Não se trata de atuar segundo a letra de certos estatutos e regras; é seguir o Cristo vivo; andar como Ele andou; atuar como Ele atuou; imitar o Seu exemplo em todas as coisas. Isto é movimento cristão—atuação cristã. Trata- -se de ter os olhos fixos em Jesus e de ter os característicos traços e as feições do Seu caráter impressos na nossa nova natureza e refletidos ou reproduzidos na nossa vida e conduta diárias.

O Crente Andando nesse Caminho

 Mas isto implica certamente a renúncia da nossa própria vontade, dos nossos planos, da administração de nós próprios. Devemos seguir a nuvem; devemos esperar sempre — esperar somente em Deus. Não podemos dizer "Iremos aqui ou ali, faremos isto ou aquilo, amanhã ou na próxima semana." Todos os nossos movimentos devem ser colocados sob o poder regulador dessa expressão dominante — tantas vezes infelizmente escrita ou proferida levianamente por nós! — "Se o Senhor quiser."

Oh, se pudéssemos compreender melhor tudo isto! Se conhecêssemos melhor o significado da direção divina! Quantas vezes imaginamos inutilmente e afirmamos afoitamente que a nuvem se movimenta na própria direção que se adapta à tendência das nossas inclinações! Queremos fazer determinada coisa ou um certo movimento, e procuramos convencer-nos e de que a nossa vontade é a vontade de Deus.

 Desta forma, em vez de sermos guiados por Deus, enganamo-nos a nós próprios. A nossa vontade é inflexível e por isso não podemos ser propriamente guiados, porque o verdadeiro segredo para se ser retamente guiado—guiado por Deus—é termos a nossa própria vontade completamente submetida . "Guiará os mansos retamente; e aos mansos ensinará o seu caminho (Sl 25:9). "Guiar-te-ei com os meus olhos." Mas ponderemos esta admoestação: Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não tem entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio, para que se não atirem a ti" (SI 32:8- 9). Se o semblante estiver levantado ao alto de modo a contemplar o movimento dos "olhos" divinos, não teremos necessidade de "cabresto" e de "freio".

Mas é neste ponto precisamente que falhamos. Não vivemos suficientemente perto de Deus para discernir o movimento dos Seus olhos. A vontade está em ação. Queremos seguir o nosso próprio caminho, e por isso temos de colher os seus frutos amargos. Assim aconteceu com Jonas. Fora-lhe dito para ir a Ninive; mas ele quis ir para Tarsis; e as circunstâncias pareciam ser favoráveis; a providência parecia apontar na direção da sua vontade. Mas, oh! Teve de encontrar o seu lugar no ventre da baleia, sim, "no ventre do inferno", onde "as ondas e as vagas passaram por cima da sua cabeça". Foi ali que aprendeu a amargura de seguir a sua própria vontade. Teve de ser instruído, nas profundezas do oceano, acerca do verdadeiro significado do "cabresto" e "freio", por não haver querido seguir a direção benévola dos "olhos" divinos. Mas Deus é tão misericordioso, tão terno, tão paciente! Quer ensinar e guiar os Seus pobres e débeis filhos extraviados. Não Se poupa a esforços quando se trata de agir a nosso favor. Ocupa-Se continuamente de nós a fim de podermos ser guardados dos nossos próprios caminhos, os quais estão cheios de espinhos e sarças, e andar nos Seus caminhos, que são agradáveis e tranquilos.

Nada há no mundo mais intensamente abençoado do que levar uma vida de dependência habitual de Deus; depender d'Ele a cada momento, esperar d'Ele e contar com Ele em todas as coisas. Ter n'Ele todos os recursos, tal é o verdadeiro segredo da paz, e de santa independência da criatura. A alma que pode verdadeiramente dizer todas as minhas fontes estão em ti" está elevada acima de toda a confiança na criatura, das esperanças humanas, e expectativas terrestres. Não é que Deus se não sirva da criatura de mil e uma maneiras para prover às nossas necessidades. Não queremos, de modo nenhum, dizer tal coisa. Ele emprega a criatura: mas se nos apoiarmos na criatura em vez de dependermos d'Ele, depressa teremos a pobreza e esterilidade em nossas almas. Existe uma grande diferença entre Deus empregar a criatura para nos abençoar e nós nos apoiarmos sobre a criatura par excluir Deus. Num caso somos abençoados e Ele é glorificado; no outro ficamos desapontados e Ele é desonrado.

E conveniente que a alma considere seriamente esta distinção. Cremos que é constantemente descuidada. Julgamos frequentemente que nos apoiamos em Deus e que esperamos n'Ele, quando, na realidade, se quisermos honestamente penetrar no fundo das cosias e julgar-nos na presença de Deus, encontraremos uma espantosa quantidade de fermento de confiança na criatura. Quantas vezes falamos de viver pela fé e de confiar só em Deus, quando, ao mesmo tempo, se sondássemos as profundidades dos nossos corações, encontraríamos ali uma grande medida de dependência nas circunstâncias, alusão a causas secundárias e coisas semelhantes. Leitor cristão, pensemos atentamente nisto. Vigiemos para que os nossos olhos estejam somente postos no Deus vivo e não sobre o homem, cujo fôlego está nos seus narizes. Esperemos em Deus — esperemos paciente e constantemente. Se estamos embaraçados por qualquer coisa, façamos menção disso direta e simplesmente ao Senhor. Não sabemos o que havemos de fazer ou para que lado nos havemos de voltar ou que passo devemos dar? Lembremos que Ele disse: "Eu sou o caminho"; sigamo-lo. Ele tornará tudo claro, luminoso e certo. Não pode haver trevas, nem perplexidade ou incerteza se O seguimos; porque Ele disse, e nós temos obrigação de crer: "Quem me segue não andará em trevas." Por isso, se andarmos em trevas, é certo que não O estamos seguindo. Nenhumas trevas poderão jamais fixar-se sobre o caminho bendito pelo qual Deus conduz aqueles que, com fé simples, procuram seguir a Jesus.

 Mas alguém que esquadrinha estas linhas pode dizer—ou pelo menos sentir-se disposto a dizer:—apesar de tudo estou embaraçado quanto ao meu caminho. Não sei realmente para que lado me hei de voltar e que passo devo dar. Se for esta a linguagem do leitor, quero apenas fazer-lhe esta pergunta:—Esta seguindo a Jesus? Se assim é, não pode estar embaraçado. Segue a nuvem"?- Nesse caso, o caminho é tão claro quanto Deus o pode fazer. E aqui que esta a raiz de toda a questão. A indecisão ou a incerteza é muitas vezes o fruto da atuação da vontade. Somos levados a fazer o que Deus não quer que façamos ou a ir aonde Deus não quer que vamos. Oramos sobre o assunto e não recebemos resposta. Como é isto*?- Pelo simples fato que Deus quer que permaneçamos tranquilos: que nos quedemos precisamente no lugar em que estamos. Portanto, em vez de torturar o juízo e de cansar as nossas almas a respeito do que devíamos fazer, nada façamos e esperemos simplesmente em Deus.

Este é o segredo da paz e calma elevação. Se um israelita, no deserto, pensasse em fazer algum movimento independentemente de Javé; se lhe tivesse ocorrido marchar quando a nuvem estava parada, ou parar enquanto a nuvem continuava em movimento, podemos facilmente ver qual teria sido o resultado. E outro tanto sucederá sempre conosco. Se nos movemos quando devíamos estar tranquilos, ouse ficamos sossegados quando devíamos avançar, não teremos a presença divina conosco. "Segundo o dito do SENHOR se alojavam, e segundo o dito do Senhor partiam." Mantinham-se em constante atenção a Deus, a situação mais bem-aventurada que alguém pode ocupar; mas que deve ser ocupada antes de saborear a bem-aventurança. É uma realidade para ser conhecida e não uma mera teoria para conversação. Que nos seja dado prová-la ao longo da nossa jornada!

                                                                                   Numeros-C-H-Mackintosh


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                                                    XVII. A NUVEM


Exodo 40:34-3 8; Numeros 9: 15-2 1

A nuvem da glória é significante no plano do Tabernaculo. Todos os esforços de Israel e seu sumo-sacerdote teriam sido em vão se Deus não tivesse se encontrado com eles por sua presença na nuvem. 
Ela significava a liderança pessoal de Deus e a Sua proteção através do deserto.
Sobre o Tabernaculo assim coberto, repousava uma coluna de fogo durante a noite e uma nuvem durante o dia, que guiava os israelitas em sua viagem (exodo 40:34-38). Em meio ao calor do deserto, havia um abrigo refrescante, a sombra daquela nuvem, durante o dia e, na escuridão da noite, repousava sobre o Tabernaculo uma coluna de fog0 &vista de toda a casa de Israel (Exodo 40:3 8).

 0 mundo não sabe de onde recebemos nosso descanso e força. Não ha uma nuvem visivel sobre nós. enquanto andamos no deserto deste mundo. Não veem a nuvem em cuja sombra descansamos. Não veem a coluna de fogo que nos guia quando não sabemos aonde devemos ir. Não sabem que a luz da presença de Deus nos envolve e nosso caminho C iluminado.

 A. NOTAMOS QUE A NUVEM E 0 TABERNACULO VIERAM PARA A HISTORIA E VIDA DE ISRAEL DEPOIS QUE ELES FORAM PROTEGIDOS PEL0 SANGUE.

1. 0 pecador deve, em primeiro lugar, ser batizado em o nome de Jesus Cristo, para receber o sangue (Hebreus 9:22; Atos 2:38), antes de receber o Espirito Santo.

a. 0 Espirito Santo somente pode ser recebido por crentes (João 14:17; 7:37-38; Romanos 8:15).
 b. 0 descrente 0 pode receber.
 c. A ordem divina é claramente estabelecida pelas Escrituras
a seguir (Marcos 16:16; Atos 2:38-39; Efesios 1:12-13) "Depois que ouvistes e crestes "

1) Ouvir o evangelho

2) Crer e ser batizado

3) Ser selado pelo Espirito

 1. Era evidencia da presença de Deus (Exodo 25:8; 40:34-35)
a. Cristo encarnado era Deus dentro de um Deus de carne (1 Corintios 5: 19; Mateus 1 :23).
b. Deus esta no seu povo hoje para o guiar, fortalecer e ensinar, por sua presença pessoal (Jo2o 16: 13; 14:26).

 2. Era evidencia da proteção divina (Salmo 84: 11 ; 105:39; Exodo 14: 19-20). Esta Última referencia mostra Cristo como Salvador para o crente e o juiz para o descrente.
 a. Ele Como Cordeiro (Jogo 1 :29) e o Leiã0 (Apocalipse 5:5). Como Cordeiro, Ele foi levado ao matadouro; como Leã0, Ele vencerá e destruirá Seus inimigos.

 3. A nuvem era uma evidencia da luz divina. Ela servia como sombra de dia e de luz de noite (Exodo 40:38; Numeros 9: 16). Israel estava numa terra quente e um mundo escuro.
a. Cristo hoje é a verdadeira luz do mundo (Jog0 1 :4-9; 8:12). Como Cristo esta na Sua glhria, ausente do mundo, os crentes s3o agora a luz do mundo (Mateus 5:14; Filipenses 2:15) porque eles si3o a luz do Senhor (Efesios 53).

4. A nuvem era evidencia da liderança divina (Numeros 9:17).Israel não se movia, a não ser que a nuvem se movesse. Mudar-se sem a nuvem mover-se era mudar-se sem Deus.
 a. A Palavra (que se fez carne) e que era Deus, como interpretada pelo Espirito Santo, é o guia do povo de Deus (Salmo 1 19: 105). Ela é o guia infalivel do crente.

                                                              POR-TabernacleInTheWilderness – 



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