Lição
07 – Asa, confiança plena no Senhor
Todos os reis de Israel e Judá tinham
diante de si duas opções: fazer o que era reto aos olhos do Senhor, ou praticar
o mau. O rei Asa usou sua inteligência, fez o que era reto e foi muito
abençoado por Deus.
Para começo de conversa Asa aboliu a
idolatria de Judá e cortou na própria carne para fazer a vontade do Senhor,
pois sua mãe, Maaca, filha de Absalão e neta de Davi, adorava Aserá, uma
divindade canaanita, que era a deusa da fertilidade, do amor e da guerra. Maaca
tinha feito um horrível ídolo de Aserá e por isso Asa não permitiu que ela
fosse rainha em Judá e mais, ele próprio queimou o ídolo que sua mãe adorava
junto ao ribeiro de Cedrom.
Não ficou só nisso. Asa mandou que
Judá buscasse ao Senhor e que observasse Sua lei e Seus mandamentos e retirou
de todas as cidades de Judá os altares e as imagens e por isso seu reino viveu
tempos de paz.
Asa foi um excelente administrador e
edificou cidades fortificadas em Judá, isso porque o Senhor lhe deu paz de
todos os lados e ele pode se dedicar a construir cidades, cercando-as de muros
e torres de vigia, portas e ferrolhos e isso fez o reino prosperar.
Em Judá, Asa organizou um exército de
trezentos mil homens, além de mais duzentos e oitenta mil de Benjamin, todos
traziam escudos e atiravam com arco e eram homens valentes. Asa tinha um
exército mediano, para os padrões da época, de cerca de quinhentos e oitenta
mil homens bem armados e treinados.
Um dia Zerá, rei dos etíopes, saiu
contra Asa com um exército de um milhão de soldados e trezentos carros de
guerra e invadiu Judá. O rei Asa não se acovardou e saiu para pelejar contra o
exército invasor, mas antes de tudo Asa clamou a Deus e disse: “Senhor,
nada para ti é ajudar, quer o poderoso quer o de nenhuma força; ajuda-nos,
pois, Senhor nosso Deus, porque em ti confiamos, e no teu nome viemos contra
esta multidão. Senhor, tu és nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem.” (II
Crônicas 14:11).
Asa era um servo de Deus inteligente
e sabia usar sua inteligência. Ele não confiou em suas forças para vencer o
inimigo, antes orou a Deus e pediu a Ele vitória, pois para Deus não é nada
ajudar tanto ao poderoso, quanto ao fraco. Belíssima fé.
Pois bem. A fé em ação sempre produz
bons resultados e o Senhor atendeu ao clamor do rei Asa e feriu os etíopes
diante de Asa e de Judá e o numeroso exército etíope fugiu diante da poderosa
mão do Senhor. A coisa ficou feia para os etíopes, tanto é que Asa e seus
soldados perseguiram os invasores e matavam os etíopes às pampas,
porque morreram tantos, que os que restavam não ofereciam qualquer resistência.
Os etíopes foram destruídos diante do
Senhor dos Exércitos e diante do exército de Judá e os soldados do rei Asa
levantaram grande despojo. Todas as cidades nos arredores foram saqueadas e um
grande terror caiu sobre seus moradores, porque eles viram o mover da mão do
Senhor sobre os inimigos de Judá.
Asa não poupou sua própria mãe para
fazer o que era reto aos olhos do Senhor e isso agradou o coração de Deus e
chamou Sua atenção para ouvir o clamor de Seu servo. Asa agiu sua fé ao
enfrentar um exército que era (praticamente) o dobro do seu exército, porque
ele sabia para o que servia a sua fé.
Por maior que seja o exército
inimigo, por mais violenta que seja a batalha, há um Deus que é Senhor da
História, que move as circunstâncias a favor daqueles que O amam de todo
coração. Deus é o mesmo ainda hoje, veja: “Jesus Cristo é o mesmo,
ontem, e hoje, e eternamente.” (Hebreus 13:8). Jesus é um só com Deus
Pai e Ele vive eternamente e Seu caráter, Seu Poder são imutáveis.
Israel estava dividida em dois reinos e Asa reinava sobre Judá.
Ele foi um daqueles reis que fez o que era reto diante do Senhor e por isso foi
muito abençoado, pois Asa aboliu a idolatria de Judá e foi um excelente gestor
público. Quando os etíopes declararam guerra contra Judá, Asa buscou ao Senhor
e teve uma belíssima vitória sobre um exército que era três vezes maior do que
o de Judá.
Houve paz de todos os lados e Asa trabalhou duro para promover o
progresso da nação e construiu muitas cidades-armazém e cidades-fortalezas com
tudo o que tinha direito na época: muros altos, torres de vigia, pesadas portas
e ferrolhos, porém toda essa prosperidade fez crescer a cobiça dos povos
vizinhos sobre Judá.
Durante trinta e cinco anos do reinado de Asa, Judá gozou de
perfeita paz, porém no trigésimo sexto ano Baasa, rei de Israel, subiu contra
seus irmãos de Judá. Baasa edificou uma fortaleza chamada Ramá bem diante dos
olhos atônitos de Asa. A ideia era não deixar ninguém chegar ao rei de Judá,
foi uma espécie de boicote comercial bélico.
Na primeira ocasião, quando os etíopes cercaram Judá, Asa tomou
a atitude certa e pediu ajuda ao Senhor, porém desta vez, contra Israel,
Asa pisou na bola feio e deixou de lado o Senhor dos
Exércitos, para agir politicamente e não deu muito certo, aliás, quando se
mistura política nos negócios de Deus é um desastre mesmo.
Sabendo que Israel contava com o apoio bélico de Ben-Hadade, rei
da Síria, Asa tirou prata e ouro dos tesouros da casa de Deus e de sua própria
casa e enviou seus mensageiros ao rei sírio com uma proposta, veja: “Acordo há entre mim e ti, como houve entre meu pai e o
teu; eis que te envio prata e ouro; vai, pois, e anula o teu acordo com Baasa,
rei de Israel, para que se retire de sobre mim.” (2 Crônicas 16:3).
Ao invés de clamar pelo Senhor, Asa resolveu fazer uma manobra
muito usada até em hoje em política e tratou de cooptar (corromper) o rei da
Síria, para que ele anulasse seu acordo com Baasa, rei de Israel. O “novo
acordo” com Judá foi mais vantajoso para Ben-Hadade e ele aceitou ajudar Asa,
então enviou seus exércitos guerrearem contra as cidades de Israel. Foi um
tremendo golpe nos planos de Baasa e ele deixou de edificar Ramá e Asa
reconquistou o controle da situação, chamando todo Judá para levar todas as
pedras e madeira de Ramá e com elas edificou duas novas cidades em Judá.
Aparentemente tudo correu bem para o rei Asa, mas era só
aparência, porque Deus não gostou nadinha da manobra política de Asa e mandou
um profeta levar um recadinho ao rei. O homem se chamava Hanani e ele entregou
com fidelidade o recado de Deus para o rei Asa e disse um monte de coisas que o
rei não gostou e concluiu com uma sentença:“Porque,
quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte
para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele; nisto, pois,
procedeste loucamente porque desde agora haverá guerras contra ti." (2 Crônicas 16:9).
Viu só? O rei Asa gozou de trinta e cinco anos de paz de todos
os lados, mas como ele procedeu mal diante do Senhor, a partir daquele momento
acabou a paz e vieram tempos de guerra, de angústia, de perdas sobre Judá.
Asa poderia ter se arrependido de seu pecado, mas ao inverso,
ele se revoltou contra o pobre do profeta e mandou prendê-lo. Um absurdo. O
equivalente a matar o carteiro que entregou a cobrança do banco. E não ficou só
nisso, Asa passou a perseguir algumas pessoas em Judá, o que mostra que Deus
está sempre certo e, mais uma vez, acertou em cheio quando disse que Asa
“procedeu loucamente”.
Asa ficou gravemente enfermo no ano trigésimo nono de seu
governo, uma doença nos pés que a Bíblia não identifica. Outra vez Asa errou e
não buscou ao Senhor, preferindo se tratar com a “avançada” medicina da época e
acabou que o rei Asa morreu no ano quadragésimo primeiro de seu reinado.
Muitas lições em um único texto. Primeiro a lição positiva,
edificante: Asa buscou ao Senhor desde o princípio de seu governo e foi
abençoado com paz de todos os lados e venceu o poderoso exército etíope. Depois
a lição por contraste (o que ele fez não devemos fazer): Asa não buscou a Deus
na guerra contra Israel e cooptou o rei da Síria. Asa não se arrependeu de seus
pecados e ainda mandou prender o profeta que foi apenas entregar o recadinho de
Deus para ele e por fim, Asa ficou doente com gravidade e, outra vez, não
buscou ao Senhor, acabou morrendo e sem paz.
É lógico que Deus nunca dispensou a parte do homem e toda doença
tem que ser tratada pela medicina humana, mas a cura só pode vir através de
Jesus, que na cruz, pagou por todos os nossos pecados e levou sobre Si todas as
nossas enfermidades.
Não adianta nadinha começar certo e adiante “meter os pés pelas
mãos” e deixar de lado o Senhor. A fidelidade é uma obra da vida toda, não se
pode ser fiel só um cadinho, para em seguida deixar fluir a infidelidade. Ou
bem se é fiel, ou deixa de ser por completo. Jesus é fiel, Deus é fiel, O
Espírito Santo é fiel e quem for seu servo será fiel no pouco para depois
administrar o muito.
http://sombradoonipotente.blogspot.com/2013/10/a-historia-do-rei-asa-de-juda.
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