Jeroboão , O Triste Fim de um Bom Começo
I REIS
11:26-40
Qualquer
semelhança entre Jeroboão e muitos de nós hoje não será mera coincidência. Há
aqueles que, por motivos egoístas, materialistas e políticos, acabam se
desviando do caminho inicial e experimentam a corrupção e a dureza de coração.
São pessoas que não têm uma história com final feliz. Até mesmo na vida
espiritual esse cruel quadro pode ser observado.
Jeroboão foi colocado pelo próprio Deus como rei de Israel. O Senhor prometeu abençoar-lhe, mas ele tornou-se um mau exemplo para todo o reino e pagou um preço muito alto por ter se afastado de Deus.
Jeroboão foi colocado pelo próprio Deus como rei de Israel. O Senhor prometeu abençoar-lhe, mas ele tornou-se um mau exemplo para todo o reino e pagou um preço muito alto por ter se afastado de Deus.
1. O
AMBIENTE HISTORICO
Com a morte
de Salomão, surgiu a revolta do povo contra os pesados impostos que haviam sido
lançados para a manutenção da luxuosa corte real. O povo fez um pedido no
sentido de se fazer uma redução nos impostos; porém, Roboão, filho e sucessor
de Salomão, recusou-se terminantemente ceder a esse pedido. Com isso, dez
tribos se revoltaram e estabeleceram um novo reino, aclamando como seu rei,
Jeroboão, filho de Nebate. Como afirma H.Fernhout, “Jeroboão foi sensível às
reclamações de seus conterrâneos e canalizou a frustração deles como suporte
para sua tentativa de tomar o trono.”
A esta divisão de poder deu-se o nome de “reino de Israel”, ou “reino das dez tribos”. A primeira capital foi Siquém e depois Samaria.
Jeroboão, a fim de impedir que seu povo fosse a Jerusalém, no reino do sul, para prestar culto a Deus, fez estabelecer no seu reino o culto idólatra com altares em Betei, no extremo sul, e em Dã, no extremo norte (I Rs 12.25-33). Jeroboão levou o povo à adoração de um ídolo, que simbolizava Deus sob a forma de bezerro.
Ele reinou 22 anos em Israel (I Rs 14.20).
A Bíblia fala de Jeroboão II, filho de Jeoás, rei de Israel, que o sucedeu no trono (II Rs 14.23-29). No entanto, o presente estudo discorre sobre Jeroboão, filho de Nebate.
Observando a trajetória deste rei de Israel, podemos destacar as seguintes lições:
A esta divisão de poder deu-se o nome de “reino de Israel”, ou “reino das dez tribos”. A primeira capital foi Siquém e depois Samaria.
Jeroboão, a fim de impedir que seu povo fosse a Jerusalém, no reino do sul, para prestar culto a Deus, fez estabelecer no seu reino o culto idólatra com altares em Betei, no extremo sul, e em Dã, no extremo norte (I Rs 12.25-33). Jeroboão levou o povo à adoração de um ídolo, que simbolizava Deus sob a forma de bezerro.
Ele reinou 22 anos em Israel (I Rs 14.20).
A Bíblia fala de Jeroboão II, filho de Jeoás, rei de Israel, que o sucedeu no trono (II Rs 14.23-29). No entanto, o presente estudo discorre sobre Jeroboão, filho de Nebate.
Observando a trajetória deste rei de Israel, podemos destacar as seguintes lições:
2. AS
BÊNÇÃOS DA PROSPERIDADE
A
proclamação de Jeroboão como rei das dez tribos foi profetizada por Aías,
profeta de Deus, conforme a narrativa de I Reis 11.26-40. Ao anunciar a
Jeroboão que este seria rei em Israel, Aias declarou que a fidelidade do rei a
Deus seria a garantia de bênçãos sobre Israel. Assim diz o Senhor: “Se ouvires
tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto
perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi
meu servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a
Davi, e te darei Israel” (v.38). Antes mesmo de se tornar rei, Jeroboão já
estava recebendo de Deus as mesmas promessas feitas a Davi e Salomão, com
referência ao êxito real. O Senhor assegurou a bênção de sua companhia e a
estabilidade do reino.
A fidelidade de Deus no cumprimento de todas as Suas promessas precisa ser o referencial para todo cristão, estimulando-o a manifestar fidelidade a Deus em todas as áreas de sua vida. A fidelidade se manifesta através da obediência a todos os mandamentos de Deus.
Muitos manifestam fidelidade apenas naquilo que lhes convém e com o que eles concordam. São cristãos que usam a sua consciência e não a Palavra de Deus como regra de fé e conduta, ou seja, são guiados pela consciência e não pela revelação bíblica. Há aqueles que dizem: “A minha consciência não me acusa, logo, eu estou certo e não tenho com que me preocupar”. É oportuno recordar as palavras do apóstolo Tiago, que disse: “Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tg 2.10).
Sobre as bênçãos da fidelidade, as Escrituras Sagradas ensinam: “O homem fiel será cumulado de bênçãos…”(Pv 28.20). Os que são chamados por Deus para o Seu Reino têm diante de si o desafio da fidelidade, pois, “…o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (I Co 4.2).
A maior bênção para aquele que é fiel ao Senhor está descrita em Mateus 25.21: “…Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor”.
Embora Deus abençoe maravilhosamente aqueles que lhe são fiéis, vale a pena lembrar que ser abençoado não significa ficar livre de dificuldades. É oportuno lembrar o exemplo do íntegro, reto, temente e fiel Jó, entre tantos outros exemplos do passado e do presente, que poderiam ser mencionados.
A fidelidade de Deus no cumprimento de todas as Suas promessas precisa ser o referencial para todo cristão, estimulando-o a manifestar fidelidade a Deus em todas as áreas de sua vida. A fidelidade se manifesta através da obediência a todos os mandamentos de Deus.
Muitos manifestam fidelidade apenas naquilo que lhes convém e com o que eles concordam. São cristãos que usam a sua consciência e não a Palavra de Deus como regra de fé e conduta, ou seja, são guiados pela consciência e não pela revelação bíblica. Há aqueles que dizem: “A minha consciência não me acusa, logo, eu estou certo e não tenho com que me preocupar”. É oportuno recordar as palavras do apóstolo Tiago, que disse: “Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tg 2.10).
Sobre as bênçãos da fidelidade, as Escrituras Sagradas ensinam: “O homem fiel será cumulado de bênçãos…”(Pv 28.20). Os que são chamados por Deus para o Seu Reino têm diante de si o desafio da fidelidade, pois, “…o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (I Co 4.2).
A maior bênção para aquele que é fiel ao Senhor está descrita em Mateus 25.21: “…Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor”.
Embora Deus abençoe maravilhosamente aqueles que lhe são fiéis, vale a pena lembrar que ser abençoado não significa ficar livre de dificuldades. É oportuno lembrar o exemplo do íntegro, reto, temente e fiel Jó, entre tantos outros exemplos do passado e do presente, que poderiam ser mencionados.
3. AS
RESPONSABILIDADES DOS QUE LIDERAM
Por motivos
políticos e de vaidade pessoal, o rei Jeroboão desviou-se do Senhor. Ele, cuja
proclamação como rei foi algo dos planos de Deus, agora deixa Deus
completamente fora de seus planos. Com medo de que o povo fosse a Jerusalém
para adorar ao Senhor e com isso voltasse para o reino de Judá, decidiu
estabelecer no seu reino o culto idólatra, convidando o povo para adorar diante
dos bezerros de ouro (I Rs 12.26-33). O culto idólatra permaneceu até à queda
do reino.
Jeroboão designou homens sem qualquer qualificação para serem sacerdotes. A quem desejasse ele dava a investidura para se tornar sacerdote dos lugares altos. Não eram homens da linhagem de Levi, conforme Deus havia determinado (I Rs 12.31; 13.33-34). Assim, Jeroboão conduziu o povo ao pecado.
Por culpa de Jeroboão, todo o Israel caiu em pecado. Ele, que começou defendendo os direitos e as causas justas do povo, tornou-se responsável pelos erros religiosos de todos os moradores de Israel.
Aqueles que lideram, presidem, ensinam etc., precisam vigiar a sua conduta e observar os seus caminhos, pois, muitos são os que seguem o seu exemplo e os tomam como referencial para suas vidas. Assim, é preciso tomar todo cuidado para não levar outros ao erro. O escritor de Eclesiastes afirma que o erro dos que governam é um grande mal presente na terra (Ec 10.5).
Um exemplo notável de alguém que estava plenamente convicto de suas responsabilidades pode ser encontrado no apóstolo Paulo. Ele afirmou: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” (I Co 11.1). Quantos de nós podemos fazer tal afirmação?
O apóstolo Pedro adverte quanto ao risco de se cair da firmeza devido à influência errônea dos insubordinados (II Pe 3.17). Judas, o escritor da epístola, declarou que muitos se precipitaram no erro de Balaão (Jd 11).
Jeroboão designou homens sem qualquer qualificação para serem sacerdotes. A quem desejasse ele dava a investidura para se tornar sacerdote dos lugares altos. Não eram homens da linhagem de Levi, conforme Deus havia determinado (I Rs 12.31; 13.33-34). Assim, Jeroboão conduziu o povo ao pecado.
Por culpa de Jeroboão, todo o Israel caiu em pecado. Ele, que começou defendendo os direitos e as causas justas do povo, tornou-se responsável pelos erros religiosos de todos os moradores de Israel.
Aqueles que lideram, presidem, ensinam etc., precisam vigiar a sua conduta e observar os seus caminhos, pois, muitos são os que seguem o seu exemplo e os tomam como referencial para suas vidas. Assim, é preciso tomar todo cuidado para não levar outros ao erro. O escritor de Eclesiastes afirma que o erro dos que governam é um grande mal presente na terra (Ec 10.5).
Um exemplo notável de alguém que estava plenamente convicto de suas responsabilidades pode ser encontrado no apóstolo Paulo. Ele afirmou: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” (I Co 11.1). Quantos de nós podemos fazer tal afirmação?
O apóstolo Pedro adverte quanto ao risco de se cair da firmeza devido à influência errônea dos insubordinados (II Pe 3.17). Judas, o escritor da epístola, declarou que muitos se precipitaram no erro de Balaão (Jd 11).
4. O PREÇO
DA INFIDELIDADE
O triste
caminho de Jeroboão, seguido por seus sucessores, trouxe calamidade a ele e ao
reino de Israel. A sua infidelidade custou-lhe a vida do filho Abias (I Rs
14.1-20). E curioso observar que Jeroboão era alguém bem intencionado, pois deu
o nome de Abias ao seu filho, que quer dizer: “Deus é meu pai”. Só que as
atitudes de Jeroboão revelam que ele rapidamente esqueceu-se de Deus como Pai
e viveu vida de rebeldia diante do Senhor.
A Bíblia Vida Nova, comentando o versículo 11 do capítulo 14, declara: “A maldição sobre a casa de Jeroboão foi completa, pois considerava-se uma calamidade moral, o não receber, na morte, os devidos funerais (Jr 16.6)”.
Se, por um lado, Deus abençoa àqueles que lhe são fiéis, por outro, Ele traz o castigo e a merecida punição pela desobediência. Foi o que aconteceu com o reino de Israel que, induzido por Jeroboão, afastou-se do Senhor.
Muitos são aqueles que estão pagando um alto preço por sua infidelidade a Deus. Se as conseqüências não são imediatas ou se Não acontecem nesta vida, todos podem estar certos de que um dia a infidelidade será manifestada para vergonha e tristeza do infiel. Eles ouvirão de Jesus a sentença: “…servo mau e negligente…lançai-o para fora nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 25.29-30).
A Bíblia Vida Nova, comentando o versículo 11 do capítulo 14, declara: “A maldição sobre a casa de Jeroboão foi completa, pois considerava-se uma calamidade moral, o não receber, na morte, os devidos funerais (Jr 16.6)”.
Se, por um lado, Deus abençoa àqueles que lhe são fiéis, por outro, Ele traz o castigo e a merecida punição pela desobediência. Foi o que aconteceu com o reino de Israel que, induzido por Jeroboão, afastou-se do Senhor.
Muitos são aqueles que estão pagando um alto preço por sua infidelidade a Deus. Se as conseqüências não são imediatas ou se Não acontecem nesta vida, todos podem estar certos de que um dia a infidelidade será manifestada para vergonha e tristeza do infiel. Eles ouvirão de Jesus a sentença: “…servo mau e negligente…lançai-o para fora nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 25.29-30).
Os Pecados de Jeroboão
As histórias
dos reis de Israel estão cheias de citações dos pecados de Jeroboão. A maldade
dele se tornou ponto de referência para julgar os seus sucessores. Os registros
nos dois livros dos Reis comentam que outros andaram, seguiram, aderiram e não
se apartaram dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate. Agora, quase 3.000 anos
depois do reinado deste rei, ainda podemos – e devemos – aprender lições
importantes dos seus erros.
O
contexto histórico
Salomão, o
terceiro rei de Judá, pecou tanto contra Deus que o Senhor decidiu tirar a
maior parte do reino das mãos dos descendentes dele. Após a morte deste filho
de Davi, o reino se dividiu em duas partes. A parte do sul, conhecida como
Judá, ficou sob o domínio dos descendentes de Davi. A maior parte, composta das
dez tribos do norte, foi dada por Deus a Jeroboão, filho de Nebate, um
efraimita já provado como administrador hábil.
Jeroboão
tinha tudo que precisava para ser muito bem sucedido. Quando Deus mandou o
profeta Aías falar com Jeroboão sobre o plano divino de lhe entregar as 10
tribos de Israel, ele prometeu a permanência da família de Jeroboão no trono,
se este fosse fiel ao Senhor: “Se ouvires tudo o que eu te ordenar,
e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os
meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei
contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei
Israel” (1 Reis 11:38). Que promessa! Que oportunidade para
estabelecer sua dinastia em Israel! Mas houve uma condição: Se ouvir as
ordens, andar no caminho, fizer o que é reto
e guardar os mandamentos de Deus, a dinastia dele seria
estabelecida. Esta condição de obediência foi o problema de Jeroboão. Vamos
examinar a história de Jeroboão para aprender como evitar os pecados que
levaram ao fracasso da dinastia dele.
A
preocupação de Jeroboão
A pesar
da promessa de Deus, Jeroboão sentiu-se inseguro como rei de Israel. Ele se
preocupou, especialmente, com a influência dos irmãos em Judá. Se os israelitas
voltassem a Jerusalém para comemorar as festas anuais, como Deus mandou na lei
dada a Moisés, eles poderiam rejeitar Jeroboão. Os sacerdotes lá em Jerusalém
iam comentar sobre o templo que foi projetado pelo avô e construído pelo pai do
rei de Judá. Assim, pensou Jeroboão, o povo consideraria Roboão o rei legítimo
e voltaria para Judá. Eles poderiam até assassinar o rei de Israel!
Quantas
vezes fazemos a mesma coisa? Ao invés de confiar nas promessas de Deus,
imaginamos todas as coisas que poderiam acontecer. Ficamos preocupados e
ansiosos sobre coisas imaginadas, quando devemos simplesmente confiar no
Senhor. Pedro disse que devemos nos humilhar “sob a poderosa mão de
Deus... lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de
vós” (1 Pedro 5:6-7).
As
inovações de Jeroboão
A falta
de fé de Jeroboão o levou a cometer uma série de pecados. Na leitura de 1 Reis
12:25-33, encontramos quatro inovações que o rei de Israel introduziu, sem
autorização divina. Ele mudou:
1. Os
símbolos da religião dos israelitas. A adoração verdadeira envolvia a
arca da aliança, o altar dos holocaustos, o templo em Jerusalém, etc. A
religião inovadora de Jeroboão tinha outros símbolos – bezerros de ouro e
altares em Dã e Betel. Ele tinha um certo apoio histórico, pois o primeiro sumo
sacerdote de Israel havia feito um bezerro de ouro (Êxodo 32:1-29). Precedente
histórica, sem a aprovação divina, não serve para guiar o nosso caminho.
2. O
lugar da adoração. Quando o povo estava prestes a entrar na terra
prometida, Deus falou que designaria um lugar exclusivo para determinadas
comemorações e sacrifícios (Deuteronômio 12:1-14). Jerusalém foi o lugar que o
Senhor escolheu, e ali Salomão construiu o templo. Mas, Jeroboão tinha alguma
base histórica na escolha de outros lugares, especialmente Betel. A própria
palavra significa “casa de Deus”, pois foi ali que Jacó encontrou Deus (Gênesis
28:10-22). Duas gerações antes, o próprio Abrão sacrificou ao Senhor perto de
Betel (Gênesis 12:8). O fato de Deus ter aceito uma coisa numa época não é
prova de que ele aceitará a mesma coisa numa outra época.
3. O
sacerdócio. A lei dada por meio de Moisés foi clara. Os sacerdotes de
Israel seriam levitas. Jeroboão não respeitou esta limitação e ordenou pessoas
de outras tribos como sacerdotes. Quem tivesse dinheiro para fazer os
sacrifícios que o rei pediu poderia ser sacerdote. Quando Deus dá qualificações
para posições de serviço no reino dele, devemos respeitar todas as condições
por ele impostas. Apesar de tais orientações na palavra, quantos homens hoje
continuam agindo como pastores, mesmo não tendo todas as qualificações que Deus
exige deles? Quem tiver dinheiro para pagar mensalidades de algum curso de
teologia se torna pastor, ignorando e desrespeitando as qualificações bíblicas
(1 Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9).
4. As
datas das festas. Deus ordenou algumas festas especiais, inclusive a Festa
dos Tabernáculos que foi comemorada no sétimo mês do calendário judaico.
Jeroboão escolheu o oitavo mês para a festa inventada por ele. Nosso serviço
deve ser feito para agradar a Deus, nunca colocando a nossa vontade acima da
palavra dele.
Deus
disse “não” cinco vezes!
Deus só
precisa falar uma vez, e nós devemos respeitar a palavra dele. Às vezes, ele
mostra sua longanimidade, dando diversas oportunidades para o pecador enxergar
seu erro e se arrepender. No caso de Jeroboão, podemos identificar cinco vezes
que Deus condenou seu pecado.
1. Deus
disse “não” na lei. Todas as inovações de Jeroboão feriram os princípios da
lei dada ao povo 500 anos antes (Êxodo 25-28; 30:1-10; Levítico 23:33-44;
Números 3:3,44-45; Deuteronômio 12:1-14).. Se Jeroboão tivesse respeitado a
palavra já escrita, não teria causado os grandes estragos que ele trouxe sobre
sua família e sobre o povo de Israel. Também, não teria perdido o apoio dos
levitas e outros fiéis que saíram de Israel e foram para Judá, um lugar onde
seria possível continuar servindo ao Senhor (2 Crônicas 11:13-17).
2. Deus
disse “não” pela boca de um profeta de Judá. Deus mandou um profeta de Judá
a Betel, onde fez profecias detalhadas (cumpridas 300 anos depois) sobre
os pecados de Jeroboão. A palavra foi confirmada por uma série de sinais
miraculosos. Mesmo assim, Jeroboão não se arrependeu de sua maldade (leia o
relato em 1 Reis 13:1-10,33-34).
3. Deus
disse “não” pela boca do profeta Aías. Alguns anos antes, Deus tinha usado
Aías para falar para Jeroboão que este seria rei de Israel. Desta vez, o mesmo
profeta, já velho e cego, viu claramente os pecados que o rei cometera. Ele
falou das conseqüências graves: a aniquilação da casa de Jeroboão e o cativeiro
de Israel além de Eufrates, uma profecia cumprida 200 anos mais tarde (1 Reis
14:1-16). A palavra de Aías foi confirmada pela morte do filho de Jeroboão, mas
este ainda não se arrependeu.
4. Deus
disse “não” pela boca do rei Abias. Jeroboão ainda estava reinando em
Israel quando Abias, o neto de Salomão, começou a reinar em Judá. Durante este
período, houve guerra entre os dois reinos. Abias tinha uma desvantagem
militar, contando com 400.000 soldados para guerrear contra os 800.000 homens
no exército de Jeroboão. Antes de travar a batalha, o rei de Judá foi para
Israel e tentou convencer Jeroboão de seus erros e da futilidade de entrar
nesta batalha. Ele começou com um resumo da história da divisão dos reinos, e
passou a mostrar a posição precária de Jeroboão e seus homens. Observe alguns
pontos de contraste que ele frisou (2 Crônicas 13:8-12):
Israel
|
Judá
|
Exército maior
(800.000 homens)
|
Exército menor (400.000
homens)
|
Bezerros de ouro
feitos por Jeroboão
|
O Senhor
|
Sacerdotes não
aprovados por Deus
|
Sacerdotes do Senhor,
levitas
|
Adoração errada
|
Adoração autorizada por
Deus
|
Deixou de servir a
Deus
|
Guarda os preceitos do
Senhor
|
Quando Abias
falou, Jeroboão deveria ter ouvido. Mas ele estava muito ocupado preparando a
sua resposta – planejando a tática militar e organizando uma emboscada para
vencer o inimigo. Como é comum a mesma atitude hoje. Quando alguém nos
repreende, damos ouvidos para aprender como melhorar e corrigir erros, ou
ficamos o tempo todo pensando em como responder para nos defender e nos
justificar? Jeroboão deveria ter ouvido as palavras de Abias!
5. Deus
disse “não” pela derrota esmagadora no campo de batalha. Jeroboão, na
sua esperteza, tentou ganhar a vantagem decisiva sobre Judá. Mas Abias havia
falado a verdade – Deus estava com Judá. Os bezerros de ouro e 800.000 soldados
não resistiram os 400.000 apoiados pelo Senhor. Naquele dia, meio milhão de
soldados de Israel caíram mortos, e Deus deu uma grande vitória ao povo de
Judá, comandado por Abias. Jeroboão nunca recuperou força para desafiar Judá
outra vez (2 Crônicas 13:14-20).
Aplicações
Observemos
algumas lições importantes desta história de Jeroboão:
1. Quando
Deus fala, devemos ouvir. Ele não precisa falar cinco vezes. Uma vez na
palavra dele basta. Se Jeroboão tivesse respeitado a lei já revelada, poderia
ter evitado muito sofrimento (Provérbios 16:20;19:16).
2. Nunca
devemos introduzir doutrinas ou práticas na igreja sem a autorização da palavra
de Deus (Colossenses 3:17; 2 João 9).
3. Devemos
rejeitar qualquer pastor que não tenha todas as qualificações reveladas pelo
Espírito Santo em 1 Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9. Pastores não
qualificados devem obedecer a Deus e renunciar as suas posições.
4. “Se
Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31). Por outro
lado, “Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a
sentinela” (Salmo 127:1).
5. Devemos
ouvir aquele que nos corrige, ao invés de nos preocupar com as nossas
defesas e justificativas (Provérbios 15:5,31-32;19:27; 27:5). Se Jeroboão
tivesse ouvido Abias, 500.000 homens poderiam ter sobrevivido naquele dia.
6. Devemos
abandonar o erro e buscar um lugar para servir ao Senhor conforme a vontade dele.
Quando Jeroboão conduziu Israel ao pecado, os servos do Senhor deixaram o país
e foram para Judá. Quando igrejas hoje se desviam da palavra de Deus e recusam
se arrepender, somos obrigados a sair delas e procurar outras pessoas que
respeitam a palavra de Deus (2 Coríntios 6:14 - 7:1).
Os pecados
de Jeroboão levaram Israel à destruição, pois Deus se afastou deste povo
rebelde (2 Reis 17:21-23). Vamos evitar os erros deste rei rebelde!
Quem mora na sua casa?
Betel ou Bete-Áven?
Abraão
adorou a Deus naquele lugar. Jacó, depois de um encontro com Deus, deu ao local
um nome de signficado especial. Samuel julgou Israel no mesmo lugar. Elias e
Eliseu passaram por lá em sua última viagem juntos. Mas, Jeremias disse que
Israel envergonhou-se do mesmo lugar. Betel, uma cidade localizada 20 km ao
norte de Jerusalém, tem uma história cheia de significado. Faremos bem
aprendendo e aplicando em nossas vidas as lições de Betel.
Abrão
Adora em Betel
Abrão deixou
Ur dos caldeus e subiu o vale do Rio Eufrates até Harã, onde seu pai faleceu.
De Harã, ele virou para o sul e seguiu em direção à terra de Canaã. Parou em
Siquém, e depois edificou um altar entre Ai e Betel, onde "invocou
o nome do Senhor" (Gênesis 12:8). Abrão continuou a sua
jornada ao sul e estabeleceu residência no Neguebe. Passou algum tempo no Egito
e voltou novamente para o Neguebe, de onde fazia viagens a Betel para invocar o
nome de Deus (Gênesis 13:3-4). Betel, para o patriarca Abrão, foi um lugar de
encontro com Deus. Tornou-se a casa de Deus.
Quando
estudamos a vida de Abraão, percebemos que esse herói da fé construiu altares
em diversos lugares, invocando o nome do Senhor por meio de sacrifícios. Hoje,
não precisamos amontoar pedras e queimar holocaustos para invocar o nome do
Senhor, mas este deseja que oremos "em todo lugar, levantando
mãos santas, sem ira e sem animosidade" (1 Timóteo 2:8). O
louvor a Deus deve fazer parte do nosso dia-a-dia.
Jacó
Encontra Deus em Betel
Embora o
autor de Gênesis tenha usado o nome Betel quando falou de Abrão, a cidade
adotou esse nome duas gerações mais tarde. Quando a contenda entre Jacó e Esaú
chegou ao ponto de o mais velho querer matar o mais novo, Jacó fugiu de sua
terra e procurou seus parentes em Padã-Arã. No final do primeiro dia de viagem,
ele parou em uma cidade chamada Luz. Durante a noite, Deus apareceu a Jacó e
lhe mostrou uma escada da terra ao céu, pela qual anjos desciam e subiam. Deus
repetiu a Jacó as três partes da grande promessa feita a Abrão em Gênesis 12:
Terra prometida; Povo numeroso; Bênçãos para todas as famílias da terra por
meio de seu descendente. Quando acordou, Jacó disse: "Na
verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E temendo, disse: Quão
temível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus". Jacó
mudou o nome do lugar, chamando-o de "Betel", que significa
"casa de Deus" (Gênesis 28:1-22).
Jacó habitou
20 anos em Padã-Arã. Casou-se, teve filhos e tornou-se rico. Quando voltou para
sua terra, ficou algum tempo em Siquém. Quando Deus o chamou para voltar a
Betel, Jacó mandou que todos de sua família se purificassem antes de subir à
casa de Deus. Ele fez um altar e o chamou de "El-Betel", que
significa "Deus da Casa de Deus" (Gênesis 35:1-7).
Nós, também,
devemos nos purificar antes de nos aproximarmos de Deus. Ele é luz, e não
mantém comunhão com as trevas. Devemos jogar fora "toda
impureza e acúmulo de maldade" (Tiago 1:21) e nos
purificarmos "de toda impureza, tanto da carne como do
espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus" (2
Coríntios 7:1).
Betel: A
Casa de Deus
A
importância de Betel como um lugar de encontros com Deus continuou por mais de
800 anos, até o início do reino de Israel. Era um dos lugares onde Samuel
julgava o povo (1 Samuel 7:16). Quando Saul foi ungido rei, encontrou homens
que estavam "subindo a Deus a Betel" (1
Samuel 10:3).
Quando
pensamos em Betel, da chegada de Abrão em Canaã até a época dos reis, pensamos
na casa de Deus, um lugar especial de encontros entre homens de fé e seu
Criador.
Uma
Mudança Triste
Infelizmente,
Betel perdeu a honra de ser a casa de Deus. Jeremias, escrevendo 400 anos
depois de Samuel, disse que "a casa de Israel se envergonhou de
Betel" (Jeremias 48:13). Por quê? O profeta Oséias, um século
antes de Jeremias, explica o motivo dessa triste mudança. Repetidamente, Oséias
se refere a Betel com outro nome, "Bete-Áven". Veja as palavras desse
profeta: "...não subais a Bete-Áven..." (4:15); "Levantai
gritos em Bete-Áven" (5:8). Em vez de Betel, Oséias usa esse
outro nome. Bete-Áven quer dizer "Casa do Nada" ou "Casa de
Vaidade". Como é que a Casa de Deus tornou-se a Casa do Nada? Oséias
explica: "Os moradores de Samaria serão atemorizados por causa
do bezerro de Bete-Áven... e os sacerdotes idólatras tremerão por causa da sua
glória, que já se foi.... Israel se envergonhará por causa de seu próprio
capricho.... E os altos de Áven, pecado de Israel, serão
destruídos..." (10:5-8). O pecado, a idolatria e,
especificamente, o bezerro de ouro foram motivos para o declínio de Betel. A
casa de Deus tornou-se a casa de vaidade. O Senhor não habitou mais na cidade
onde Abrão, Jacó, Samuel e outros o encontravam. Ele foi expulso de sua própria
casa.
O Pecado
de Jeroboão
O fato mais
marcante na triste história de Betel aconteceu nove séculos antes de Cristo,
logo após a morte do rei Salomão. Devido à infidelidade de Salomão, Deus tirou
uma boa parte do reino que pertencia aos reis descendentes de Salomão, e a deu
nas mãos de Jeroboão. Este começou a reinar sobre as dez tribos do norte,
conhecidas coletivamente como Israel ou Samaria. Deus prometera estabelecer o
reinado de Jeroboão, se o mesmo fosse fiel: "Se ouvires tudo o
que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante
mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu
servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a
Davi, e te darei Israel" (1 Reis 11:38).
Em vez de
confiar na promessa de Deus, Jeroboão procurou seus próprios meios para segurar
o poder sobre Israel. Ele ficou preocupado com as viagens periódicas dos
israelitas a Jerusalém, o centro de adoração a Deus no Antigo Testamento.
Imaginou que a influência de seus irmãos do sul provocaria uma rebelião e faria
com que o rejeitassem como rei. Para evitar tal acontecimento, Jeroboão
introduziu uma série de mudanças nas práticas religiosas do povo (1 Reis
12:25-33): Ele mudou os símbolos religiosos. Em vez de
representar a presença de Deus com a arca da aliança, Jeroboão fez dois
bezerros de ouro, repetindo o pecado cometido por Arão logo após a saída do
Egito (Êxodo 32). Mudou o lugar sagrado. Deus havia escolhido
Jerusalém como o lugar de adoração para os israelitas. Jeroboão, para evitar
que o povo voltasse para o território de Judá, escolheu Betel e Dã. Mudou
o sacerdócio. Deus especificou sacerdotes da tribo de Levi, mas
Jeroboão consagrou sacerdotes de outras tribos. Jeroboão mudou o
calendário religioso. Havia festas importantes em Jerusalém em
diferentes meses do ano, incluindo uma que começava no dia 15 do sétimo mês.
Mas Jeroboão escolheu o décimo quinto dia do oitavo mês para a sua festa, sem
nenhuma autorização divina.
Várias
pessoas tentaram corrigir esses graves erros de Jeroboão. Deus mandou um
profeta com provas milagrosas, mas o teimoso rei não se arrependeu (1 Reis
13:1-10). Mesmo nos últimos anos do reinado de Jeroboão, Abias, rei de Judá,
tentou mais uma vez mostrar o pecado de Jeroboão. Em seu discurso, Abias
mostrou que Jeroboão e o povo de Israel perderam a comunhão com Deus por terem
abandonado os seus princípios (2 Crônicas 13:8-12). Novamente, Jeroboão confiou
em sua astúcia e não se arrependeu. Enquanto Abias falava, o rei de Israel
mandou que os seus soldados preparassem uma emboscada e atacassem seus irmãos
de Judá. Mas, Deus não estava do lado de Jeroboão, e o exército de Israel foi
terrivelmente derrotado. De fato, a Casa de Deus tornou-se a Casa do Nada! As
gerações posteriores seguiram os passos errados de Jeroboão e, 200 anos depois,
Israel caiu diante do exército da Assíria. Por causa dos bezerros de ouro de
Jeroboão, "... o Senhor muito se indignou contra Israel e o
afastou da sua presença" (2 Reis 17:16-18).
Outros
"Betel"?
O caso de
Betel e de seu pecado é único na história do povo de Deus? Infelizmente, não.
Consideremos outras casas de Deus:
O templo
em Jerusalém representou
a presença de Deus no meio do povo a partir do reinado de Salomão. Mas por duas
vezes, Deus deixou a sua casa devido ao pecado do povo. Ezequiel, nos capítulos
de 8 a 10, mostra como Deus foi expulso quando o povo encheu a casa com
idolatria, perversidade e corrupção. Dessa forma, o profeta explicou o motivo
da destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C. Depois do cativeiro
babilônico, o povo retornou a Jerusalém e reconstruiu o templo. Mas, ao longo
das gerações, eles se desviaram do caminho de Deus novamente. Jesus queria
resgatar a nação judaica, mas esta recusou. Ele prometeu que a casa ficaria
deserta e profetizou sobre a destruição de Jerusalém pelos romanos - profecia
cumprida em 70 d.C. (Mateus 23:37-38; 24:1-34). A Casa de Deus tornou-se a Casa
do Nada.
A igreja
de Jesus é a
casa de Deus (1 Coríntios 3:16-17; 1 Timóteo 3:15). Mas, da mesma forma que o
povo do Velho Testamento desviou-se do Senhor, hoje, igrejas podem abandonar o
caminho e perder a sua comunhão com Deus (Apocalipse 2:5; 3:3; etc.). A Casa de
Deus pode ficar deserta.
O cristão é o templo do Senhor (João
14:23; 1 Coríntios 6:19-20). Para manter a nossa comunhão com Deus, temos de
amá-lo e guardar a sua palavra. Se voltar ao pecado e recusar a se arrepender,
perderá a sua esperança (Hebreus 10:26-31). Deus ainda pode sair de sua casa.
Quem Mora
na Sua Casa?
Jesus quer
habitar em nós. Para isso, é necessário crucificar o velho homem egoísta e
deixar Cristo viver em nós (Gálatas 2:19-20). Dependemos totalmente de Jesus?
Deixamos Deus dominar completamente a nossa vida? Ou expulsamos o Senhor de uma
casa cheia de pecado, perversidade e egoísmo? Deus não divide a casa com as
trevas (leia Colossenses 3:1-10).
Você pode,
honestamente, chamar-se de Betel, ou de Bete-Áven? Quem mora na sua casa? Você,
eternamente, pretende morar na casa de quem?
- por Dennis
Allan
Os argumentos de Jeroboão para defender inovações
Os psiquiatras nos dizem que a maioria das pessoas que são enganadas quer ser enganada. Pelo menos têm suas mentes preparadas para tentar acreditar num certo tipo de mensagem. Esta é a tremenda vantagem que o médico charlatão tem com os que estão seriamente doentes ou incuráveis; eles querem acreditar nele. O falso mestre goza exatamente da mesma vantagem, quando diz o que é desejado e agradável a seus ouvintes. Estes fornecedores de falsa esperança não são desprovidos de habilidade e usualmente se exercitam para desenvolver uma apresentação atraente, razoável e acreditável. Mas o elemento real do engano não é, normalmente, tanto a habilidade para confundir intelectualmente como é a capacidade para entender e instigar os desejos e as fraquezas das pessoas.
Os argumentos de Jeroboão para levar Israel à trágica apostasia é um exemplo nítido. Não obstante sua posição como rei, seu sucesso é espantoso ao executar uma mudança drástica e popular nas devoções religiosas de uma nação, em uma só geração. Os lugares indicados por ele mesmo ficavam como rivais de Jerusalém como sedes de adoração (Deuteronômio 12:14; 1 Reis 12:28-29) e o povo teve três santuários em vez de um só. Ele instituiu seus próprios aspectos, tais como imagens e sacerdotes não levíticos (1 Reis 12:28,31). Ele mudou as datas dos dias de festa, de acordo com o que ele tinha "escolhido ao seu bel prazer". Assim, em vez de lealdade religiosa e unidade entre o povo, temos uma grande divisão: três santuários em vez de um, duas ordens de adoração, em vez de uma, imagens absolutamente não autorizadas, sacerdócios rivais e festas competitivas. E um dos estabelecimentos de Jeroboão era em Betel, apenas 19 quilômetros de Jerusalém, uma descarada declaração de divisão e desrespeito pela verdadeira adoração. Para um homem realizar tanto, mesmo para o mal, é exigida capacidade e percepção dos desejos e fraquezas de um povo. Os argumentos de Jeroboão refletem sua posse desta percepção.
1. Ele apelou para o conforto, conveniência e vida regalada: "Basta de subirdes a Jerusalém" (1 Reis 12:28). Jerusalém estava mesmo a uma grande distância para aqueles que não tinham problemas com poluição de escapamento de automóvel. Era uma viagem que consumia tempo e considerável despesa. Sem dúvida os menos zelosos ficaram alegres ao ouvir um homem da proeminência de Jeroboão, vitalidade e força pessoal, dizer que isso era exigir demais. Ele entende. E quem teria uma mente tão estreita para dizer que Deus condenaria a adoração em Dã, mas aceitaria em Jerusalém?
2. Ele apelou para o senso de piedade e adoração deles. "Vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito" (1 Reis 12:28). Não subestime a esperteza de Jeroboão acusando-o aqui de tentar dizer aos judeus que Jeová não é Deus. Isso muito provavelmente teria ofendido tanto uma realidade e fé tão básicas que teria sido quase impossível acreditar. Mas o povo se deleitava em ter uma representação tangível da divindade. Talvez ela fosse modelada mais ou menos como um querubim, como alguns sugerem, o que teria facilitado o apelo de Jeroboão para o povo identificar Deus com seus bezerros e buscar a ele ali.
3. Ele apelou para o orgulho. Os israelitas já tinham se desligado de Judá, zangados com as palavras imprudentes de Roboão. Eles se tinham rebelado, dizendo: "Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé! Às vossas tendas, ó Israel!" (1 Reis 12:16). Judá não nos oferece nada! Vamos para casa. Jeroboão ofereceu-lhes santuários em sua terra! Israel é tão boa quanto Judá. Dã e Betel são tão satisfatórias quanto Jerusalém. O orgulho regional pode ficar forte.
4. Ele apelou para memórias nostálgicas e preciosas pela própria seleção de Dã e Betel como santuários, e Siquém como capital. Fora da conveniência para o povo do norte, Dã era associada com a adoração de Deus através de imagens de prata (Juízes 17 e 18). Jeroboão inventou um bezerro de ouro. Betel estava fortemente associada com Jacó e Samuel e assim era historicamente afetuosa em sua sentimentalidade, e se tornou o lugar de um templo pretensioso. Siquém relembra os dias de Abraão, e foi uma cidade sacerdotal. Estas são as "nossas" cidades.
5. Ele dava a entender que tudo estava bem, que era a mesma velha adoração para aqueles que não têm porção em Judá e nenhum desejo de apoiar seus estabelecimentos. Era revolução religiosa, mas é duvidoso que muitos do povo realmente o soubessem. Do que ele disse, eles gostaram, e queriam acreditar, e acreditaram mesmo. Enganados e em erro, todo o tempo pensando que tudo estava bem e que serviam a Deus!
Todas as inovações bem-sucedidas possuem mais ou menos o mesmo gosto popular, conveniência, orgulho e são aparentemente razoáveis e piedosas. Seja como for, não eram todos que estavam enganados. Alguns teimosamente resistiram às inovações, preferindo a autoridade de Deus ao "tão bom quanto..." do homem. Ainda que conforme todas as aparências Jeroboão tinha sido bem-sucedido, ele nunca teve a autoridade ou aprovação de Deus, e seu sucesso aparente não somente levou Israel a sua queda mas arrebatou o reinado de Jeroboão e destruiu sua posteridade da face da terra. E ainda alguns dizem, "Você não pode argumentar com sucesso." Você deve discutir com sucesso, meu amigo, e fazer todo o caminho de volta a Jerusalém.
- por Jere Frost
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