Capítulo 4
OS ELEMENTOS
DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Hernandes Dias Lopes
O apóstolo
Paulo abre as cortinas do futuro, acende a luz no palco da História e nos
mostra que o melhor para o povo de Deus está por vir. O futuro não vem envolto
em trevas. Ao contrário, ele traz em sua bagagem a garantia de que a morte não
tem a última palavra. Não caminhamos para uma noite trevosa, mas para um
amanhecer glorioso. Não estamos fazendo uma viagem rumo ao abismo, mas rumo à
glória. Não avançamos para um destino desconhecido, mas para um lugar certo e
glorioso que nos foi preparado.
Na sua
segunda vinda, Cristo colocará todos os seus inimigos debaixo dos seus pés e
triunfará sobre todos eles (I Co 15.25).
Vamos
abordar o tema proposto à luz de l Tessalonicenses 4.13-18. Destacamos na
introdução três pontos:
Em primeiro
lugar, a desesperança daqueles que não conhecem a Deus (l Ts 4.13). O mundo
pagão era completamente desprovido de esperança. O futuro para eles era sombrio
e ameaçador. Frente à morte, o mundo pagão reagia com profunda tristeza. A tristeza
do pagão é incurável, contínua, e sem intermitência. Seu desespero não tem
pausa. O verbo grego lupesthe, "entristecer-se", no tempo presente,
significa uma tristeza contínua. Uma inscrição típica encontrada em um túmulo
demonstra esse fato: "Eu não existia. Vim a existir. Não existo. Não me
importa".
O mundo
grego e romano dos dias de Paulo era um mundo totalmente sem esperança (Ef
2.12). No entendimento deles não havia nenhum futuro para o corpo, pois este
não passava de uma prisão da alma. Os epicureus não acreditavam na eternidade.
Para eles, a morte era o ponto final da existência. Os estóicos diziam que
enquanto estamos vivos a morte
não existe
para nós, e quando ela aparecer, nós já não existimos. Os pagãos reagiam com
desespero diante da morte.
William
Barclay registra o que alguns pensadores disseram. Esquilo escreveu: "Uma
vez que o homem morre não há ressurreição". Teócrito disse: "Há
esperança para aqueles que estão vivos, mas os que morrem estão sem
esperança". Catulo afirmou: "Quando nossa breve luz se extingue, há
uma noite perpétua em que deveremos dormir".
Os crentes
neófitos de Tessalônica, egressos dessa desesperançosa realidade, e ainda sendo
brutalmente perseguidos, estavam se entristecendo, porque julgavam que seus
entes queridos, os crentes que dormiam em Cristo haviam perecido. Essa carta
foi escrita para abrir-lhes os olhos da alma para a bendita verdade divina
acerca da esperança cristã.
William
Hendriksen afirma com resoluta convicção: "De fato, à parte do
cristianismo não existia nenhuma base sólida de esperança em conexão com a vida
por vir".
Em segundo
lugar, a tristeza dos que vivem sem esperança (l Ts 4.13). A tristeza é filha
da desesperança. O mundo sem Deus é um mundo triste. A morte para aqueles que
não conhecem a Deus é um fim trágico. Na verdade, não há esperança fora da fé
bíblica e evangélica. Só lhes resta uma profunda tristeza quando olham pelo
túnel do tempo para verem o palco do futuro.
Howard
Marshall diz que a igreja de Tessalônica enfrentava dois graves problemas que
estava tirando sua alegria:
O primeiro
dizia respeito aos membros da igreja que tinham morrido antes da segunda vinda
de Cristo. A morte deles significava que estariam excluídos dos eventos
gloriosos associados com a parousia (4.13-18)?
O segundo
dizia respeito ao cronograma da segunda vinda. Por detrás dele havia o temor de
que a parousia pudesse pegar os vivos desprevenidos e, portanto, não
participariam da salvação (5.1-11).
Em terceiro
lugar, a revelação de Deus que dá esperança (l Ts 4.13,15). As religiões têm
especulado sobre o destino da alma depois da morte. Os filósofos discutem a
imortalidade.
Os espíritas
falam na comunicação com os mortos. Os católicos romanos pregam sobre o
purgatório, um lugar de tormento e autopurificação. Há aqueles que negam a
doutrina da segunda vinda de Cristo (2Pe 3.4).
Agora, Paulo
resolve esse problema dizendo que não precisamos especular, pois temos uma
revelação específica e clara de Deus acerca do nosso destino depois da morte
(4.15; 2 Tm l.l0).
A Bíblia tem
uma clara revelação acerca da morte e da ressurreição (I Co 15.51-54; Jo
5.24-29; 11.21-27), bem como sobre a segunda vinda de Cristo (4.13-18). A
autoridade da Palavra de Deus dá-nos a segurança e o conforto que nós
precisamos, diz Warren Wiersbe.
Quatro
verdades essenciais da fé cristã são tratadas pelo apóstolo Paulo no texto em
tela que servem de fundamento da nossa esperança. A segunda vinda de Cristo
A segunda
vinda de Cristo é a grande ênfase desta carta.
William
Barclay diz que a palavra grega parousia era uma palavra técnica para descrever
a vinda do rei. No grego clássico significa apenas presença ou vinda de uma
pessoa. Nos papiros e no grego helenista, parousia é a palavra técnica que se
usava com respeito à vinda de um imperador, de um rei, de um governador, e, em
geral, de uma pessoa importante para a cidade, para a província. Tal visita
requeria uma série de preparativos. Finalmente, parousia expressava a visita de
um deus.
Foi
precisamente essa palavra que Paulo usou para descrever a vinda de Jesus
Cristo.
Paulo
abordou a doutrina da segunda vinda de Cristo em quatro perspectivas
diferentes: em relação à salvação (1.9,10), ao serviço (2.19,20), à
estabilidade (3.11-13) e ao consolo (4.18).
Russell
Norman Champlin diz que em relação aos crentes a segunda vinda de Cristo, a
parousia, se reveste dos seguintes elementos:
Os crentes
devem amar a vinda do Senhor (2 Tm 4.8); devem esperar por ele (Fp 3.20; Tt
2.13; devem aguardar a Cristo (I Co 1.7; 1 Ts 1.10); devemos apressar a vinda
de Cristo (2 Pe 3.12); devemos orar para o seu
desenlace
(Ap 22.20); devemos estar preparados para esse dia (Mt 24.44); devemos vigiar a
respeito (Mt 24.42).''
O texto em
apreço trata da segunda vinda de Cristo em conexão com a situação dos crentes
que morreram. Paulo nos dá aqui quatro informações preciosas:
Em primeiro
lugar, não é a alma que dorme na hora da morte, mas o corpo. A doutrina da
aniquilação do ímpio e do sono da alma está em desacordo com o ensino das Escrituras.
Não é a alma que dorme na hora da morte, mas o corpo. O homem rico que se
banqueteava com seus amigos, com vestes engalanadas, ao morrer, não foi
aniquilado nem sua alma ficou dormindo. Ele foi para o inferno, onde enfrentou
um terrível e intérmino sofrimento (Lc 16.19-31).
Ao ladrão
arrependido na cruz Jesus disse: "Na verdade te digo que hoje mesmo
estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43). O paraíso não é a sepultura. Jesus
entregou seu espírito ao Pai. A alma daquele ladrão arrependido não ficou em
estado de inconsciência, mas foi imediatamente para o céu, para o paraíso,
enquanto seu corpo desceu à sepultura. William Hendriksen, nessa mesma linha de
pensamento, diz que esse dormir não indica um estado intermediário de repouso
inconsciente (sono da alma). Ainda que a alma esteja dormindo para o mundo que
deixou (Jó 7.9,10; Is 63.16; Ec 9.6), contudo, ela está desperta com respeito
ao seu próprio mundo (Lc 16.19-31; 23.43; 2 Co 5.8; Fp 1.21-23; Ap 7.15-17;
20.4).
Howard
Marshall diz que a palavra "dormir" era comum no mundo antigo como um
eufemismo para a morte, e é achada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento
(Gn 47.30; Dt 31.16; lRs 22.40; Jo 11.11-13; At 7.60; 13.36; 1 Co 7.39; 11.30).
A Bíblia é
clara ao afirmar que a morte para o cristão é deixar o corpo e habitar com o
Senhor (2 Co 5.8). Morrer é partir para estar com Cristo (Fp 1.23).
Na hora da
morte, o corpo feito do pó, volta ao pó, mas o espírito volta para Deus (Ec
12.7). A figura do sono, portanto, é usada em relação ao corpo e não em relação
ao espírito.
A figura do
sono enseja-nos três verdades: Primeiro, o sono é símbolo de descanso. A Bíblia
diz que aqueles que morrem no Senhor são
bem-aventurados,
porque descansam das suas fadigas (Ap 14.13). Segundo, o sono pressupõe
renovação. O corpo da ressurreição será um corpo incorruptível, imortal,
poderoso, glorioso, celestial, semelhante ao corpo da glória de Cristo.
Terceiro, o sono implica expectativa de acordar. O mesmo corpo que desceu à
tumba sairá dela ao ressoar da trombeta de Deus.
Em segundo
lugar, os mortos em Cristo estão na glória com ele (I Ts 4.14). Um indivíduo
abordou um pastor cuja esposa havia morrido: "Eu soube que você perdeu a
sua esposa. Eu sinto muito". O pastor respondeu: "Não, eu não a
perdi. Você não perde uma coisa ou pessoa quando você sabe onde ela está. Eu
sei onde ela está. Ela está com Jesus no céu".
As almas dos
remidos estão reinando com Cristo no céu (Ap 20.1-4). Os remidos não poderiam
vir com Cristo se já não estivessem com ele. As almas no céu clamam (Ap 7.15-
17), descansam das fadigas (Ap 14.13), vêem a face de Cristo (Ap 22.4),
trabalham (Ap 22.5), e reinam (Ap 20.14).
Citando H.
Bavinck, William Hendriksen diz que o estado dos bemaventurados no céu, por
mais glorioso que seja, tem um caráter provisório, e isto por diversas razões:
1) eles estão no céu, agora, limitados a esse céu, sem que possuam ainda a
terra, a qual, com o céu, lhes foi prometida como herança; 2) ademais, vivem
despojados do corpo; 3) a parte nunca está completada sem o todo. Somente em
relação à comunhão com todos os santos pode-se conhecer a plenitude do amor de
Cristo (Ef 3.18). Na segunda vinda, o estado intermediário cederá espaço à
gloriosa realidade da eternidade, "assim, estaremos para sempre com o
Senhor" (1 Ts4.17).
Em terceiro
lugar, os mortos em Cristo pirão com Cristo em glória (l Ts 4.14). Cristo virá
do céu num grande cortejo. Ele estará acompanhado de seus anjos e remidos.
Nenhum deles ficará no céu nessa gloriosa vinda ao som de trombeta. Ele virá
com os seus santos e para os seus santos. Entre nuvens eles descerão com o Rei
dos reis para o maior evento da História, quando os túmulos serão abertos e
quando os vivos serão transformados.
William
Hendriksen coloca esse glorioso fato, assim:
O mesmo Deus
que ressuscitou a Jesus dentre os mortos também ressuscitará dentre os mortos
os que pertencem a Jesus. Ele os compelirá a
virem com
Jesus, do céu, ou seja: ele trará do céu suas almas, de modo que possam
reunir-se rapidamente (num piscar de olhos) com seus corpos, e assim partir
para encontrar o Senhor nos ares, a fim de permanece¬rem com ele para sempre.
Em quarto
lugar, os mortos em Cristo não terão nenhuma desvantagem em relação aos vivos
(l Ts 4.15). Aqueles que morrem em Cristo não estão de forma alguma em desvantagem
em relação aos que estiverem vivos na segunda vinda. E isto por duas razões:
Porque,
quando o salvo morre, sua alma entra imediatamente no gozo do Senhor. As almas
dos filhos de Deus vão diretamente para o céu depois da morte (SI 73.24,25). A
Bíblia diz que o espírito dos salvos na hora da morte é imediatamente
aperfeiçoado para entrar na glória (Hb 12.23). O apóstolo Paulo diz que partir
para estar com Cristo é incomparavelmente melhor (Fp 1.23). Por isso, a morte
para o crente é lucro (Fp 1.21), é preciosa aos olhos de Deus (SI 116.15) e é
uma profunda felicidade (Ap 14.13). Estevão na hora da morte, disse:
"Senhor Jesus, recebe o meu espírito!" (At 7.59).
Porque,
quando Jesus voltar, os mortos em Cristo ressuscitarão antes de os vivos serem
transformados (4.15). Mesmo que esse fato seja tão repentino como um abrir e
fechar de olhos (I Co 15.51,52), os corpos dos remidos, que estavam dormindo,
se levantarão da terra antes de os vivos serem transformados e arrebatados
(4.15; I Co 15.51,52). A ressurreição precederá ao arrebatamento.
Quando o
apóstolo Paulo diz que os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, não é em
relação aos outros mortos, mas em relação aos que estiverem vivos. Paulo não
está ensinando duas ressurreições. O texto em apreço é uma instrução apostólica
acerca da esperança cristã. Ele está trazendo uma palavra de consolo para os
crentes em relação ao estado dos que morrem em Cristo (4.18). Fica evidente,
pois, que ambos os grupos, os mortos e os sobreviventes são crentes. Paulo não
está traçando contraste entre crentes e descrentes, dizendo que os crentes
ressuscitam primeiro, e os descrentes mil anos depois. Ambos os grupos: mortos
ressurretos e vivos transformados sobem para encontrar o Senhor nos ares. A
ressurreição dos mortos
Destacamos
alguns pontos no trato dessa matéria:
Em primeiro
lugar, a doutrina da ressurreição era rejeitada pelos gregos. Quando Paulo
pregou a doutrina da ressurreição aos filósofos atenienses, quase todos
zombaram dele (At 17.32).
Os gregos
eram como os saduceus que rejeitavam a doutrina da ressurreição (At 23.6-8). A
grande esperança dos gregos era justamente livrar-se do corpo. Tessalônica era
uma cidade grega e os gregos não acreditavam na ressurreição do corpo. Os
gregos achavam que o corpo era essencialmente mau. O corpo era considerado
pelos gregos como um claustro, ou a prisão da alma. A destruição do corpo e não
a sua ressurreição era desejada pelos gregos.
Em segundo
lugar, a ressurreição de Cristo é a garantia da nossa ressurreição (I Ts 4.14).
Alguns crentes de Tessalônica estavam tendo essa confusão de crer na
ressurreição de Cristo sem crer ao mesmo tempo na ressurreição dos salvos (I Co
15.12,13). Paulo, então, mostra a eles que não podemos crer numa coisa sem crer
na outra. Não podemos crer na ressurreição de Cristo sem crer na ressurreição
dos salvos, visto que a ressurreição de Cristo é o penhor e a garantia da nossa
ressurreição.
O apóstolo
Paulo, tratando da mesma matéria em sua primeira carta aos coríntios, escreve
mostrando a impossibilidade de crer na ressurreição de Cristo sem crer na
ressurreição dos salvos:
Ora, se é
corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam
alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição
de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a
nossa pregação, e vã a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus,
porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele
não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos
não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é
vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que
dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a
esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas, de fato, Cristo
ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.
Na
ressurreição, teremos ao mesmo tempo continuidade e descontinuidade. O mesmo
corpo que descerá ao túmulo se levantará dele. Porém, esse corpo, mesmo
mantendo sua identidade inalienável, não ressuscitará com as mesmas marcas de
fraqueza e corruptibilidade. O corpo é uma espécie de semente. No sepultamento,
lançamos na terra uma semente e dela brotará uma linda flor. O corpo da
ressurreição será um corpo novo, imortal, incorruptível, poderoso, glorioso,
espiritual, e celestial (I Co 15.35-49).
Em terceiro
lugar, a ressurreição dos mortos se dará na segunda vinda de Cristo (l Ts
4.16). A segunda vinda de Cristo será pessoal, visível, audível, e gloriosa.
Três fatos vão ocorrer, quando da segunda vinda de Cristo, em relação à ressurreição
dos mortos:
O Senhor
virá mediante a sua palavra de ordem (l Ts 4.16). Essa é uma voz de autoridade.
Jesus Cristo dará uma palavra de ordem, como fez do lado de fora do túmulo de
Lázaro (Jo 11.43). O evangelista João registra: "Os que se acham nos
túmulos ouvirão a sua voz e sairão" (Jo 5.28). O soberano Senhor do
universo erguerá a sua voz e todos os mortos a ouvirão e sairão dos seus
túmulos, uns para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição do juízo
(Jo 5.28,29).
A palavra
grega keleusma, traduzida por "palavra de ordem", significa comando,
sonido. Essa palavra cujo significado traz a ideia de uma ordem gritada para os
mortos levantarem de seus túmulos só aparece aqui em todo o Novo Testamento. A
palavra era usada de vários modos, por exemplo, o grito dado pelo mestre do
navio para os seus remadores, ou por um oficial para os seus soldados, ou por
um caçador para os seus cães, ou por um cocheiro para os cavalos. Quando usada
para pessoa militar ou naval, era um grito de batalha. Na maior parte das
vezes, denota um grito alto e autoritário, com frequência dado num momento de
grande agitação. Desta forma, Cristo retorna como um grande Vencedor. Sua
palavra de ordem é como a ordem que um oficial dá em voz alta à sua tropa. É
uma ordem expressa para que os mortos ressuscitem!
O Senhor
virá mediante a voz do arcanjo (l Ts 4.16). O arcanjo era um termo para anjos
do grau mais elevado. Essa palavra "arcanjo" só aparece aqui e em
Judas 9. Na última passagem, o arcanjo é Miguel (Ap 22.7; Dn 10.13,21; 12.1).
Ele é representado como o líder dos anjos santos
e defensor
do povo de Deus. "Para os crentes essa voz trará plenitude de alegria. Ela
soará para proclamar a libertação do povo de Deus. Cristo virá para a
libertação da igreja e o julgamento do mundo.
O Senhor
virá mediante o ressoar da trombeta de Deus (1 Ts 4.16). A trombeta era usada
pelos judeus em suas festas, e também era associada com as teofanias e com o
Fim, e é, também, ligada com a ressurreição dos mortos. No Império Romano, as
trombetas eram usadas para anunciar a chegada de uma pessoa importante. William
Hendriksen tece o seguinte comentário acerca do sonido da trombeta:
O sonido da
trombeta aqui é muito apropriado. Na antiga dispensação, quando Deus
"descia", por assim dizer, para encontrar-se com o seu povo, esse
encontro era anunciado por meio do sonido de uma trombeta (Êx 19.16,17). Por
isso, quando as bodas do Cordeiro com sua noiva atingir seu clímax (Ap 19.7),
esse clamor de trombeta será muitíssimo apropriado. Da mesma forma, a trombeta
foi usada como sinal da vinda do Senhor para resgatar o seu povo da opressão
hostil (Sf 1.6; Zc 9.14). Foi o sinal de seu livramento. Assim também o último
sonido de trombeta será o sinal para os mortos ressurgirem, para os vivos se transformarem
e para que todos os eleitos de Deus sejam reunidos dos quatro ventos (Mt 24.31)
para o encontro do Senhor.
Essa descida
do Rei dos reis, acompanhado dos anjos e remidos entre nuvens, será visível,
audível, e majestosa. Ele virá para juízo e também para livramento (Mt
25.31-46). O arrebatamento
Não
estaremos usando aqui o termo "arrebatamento" no mesmo sentido
utilizado pelos dispensacionalistas. Os dispensacionalistas pregam um
arrebatamento invisível e inaudível. Não subscrevemos a doutrina do arrebatamento
secreto e distinto da segunda vinda visível. Não entendemos que o ensino
dispensacionalista, que afirma que a segunda vinda de Cristo se dará em dois
turnos, um secreto e outro visível, tenha amparo nas Escrituras. Cremos, sim,
que a segunda vinda será única, visível, audível, e gloriosa.
Como essa
palavra "arrebatamento" foi usada no Novo Testamento? Warren Wiersbe
sugere quatro formas diferentes dessa palavra que lançam luz sobre o
arrebatamento dos salvos.
Em primeiro
lugar, foi usada no sentido de arrebatar rapidamente (At 8.39). Filipe foi
arrebatado rapidamente da presença do eunuco. Quando Cristo vier no ar, entre
nuvens, os mortos em Cristo ressuscitarão com corpos gloriosos e nós os que
estivermos vivos seremos transformados e arrebatados rapidamente como num
piscar de olhos (I Co 15.52).
Em segundo
lugar, foi usada no sentido de arrebatar pela força (Jo 6.15). A multidão
estava com o intuito de arrebatar Jesus para fazê-lo rei. Cristo nos arrebatará
e nos tomará da terra. Nada nos deterá aqui. Nada nos prenderá a este mundo.
Não hesitaremos como a mulher de Ló. Seremos arrancados como por uma força
magnética. Seremos atraídos a Jesus pelo seu poder para encontrá-lo nos ares.
Em terceiro
lugar, foi usada no sentido de arrebatar para um novo lugar (2Co 12.3). Paulo
foi arrebatado da terra para o céu.
Jesus foi
preparar-nos um lugar (Jo 14.3). Quando ele vier, ele vai nos levar para a casa
do Pai. Nós somos peregrinos aqui neste mundo. Nossa casa permanente não é
aqui. Nossa pátria não está aqui. A nossa pátria está no céu (Fp 3.20,21). Em
quarto lugar, foi usada no sentido de arrebatar do perigo (At 23.10). Paulo foi
arrebatado da turba de judeus que queria matá-lo. O mundo está maduro para o
juízo. O mundo sofrerá o ardor da ira de Deus no seu justo julgamento. Porém,
nós não entraremos em juízo condenatório. Não estamos destinados para a ira,
mas para vivermos em deliciosa comunhão com o Senhor por toda a eternidade. A
eternidade com o Senhor
Os salvos
serão arrebatados para viverem eternamente com o Senhor. A eternidade é mais do
que uma duração infinita de tempo; é uma qualidade superlativa de vida. A
eternidade é uma reunião, em que os salvos estarão para sempre com o Senhor. A
essência da vida eterna é comunhão com Deus e com o seu Filho (Jo 17.3).
A palavra
grega apanthesis, "reunião", "encontro" tem um sentido
técnico no mundo helenístico em relação à visita de dignitários às cidades,
onde o
visitante seria formalmente encontrado pelos cidadãos, ou uma delegação deles,
que sairiam da cidade para esse propósito e, então, seria cerimonialmente
escoltado de volta para a cidade. O sentido original era de "encontrar-se
com alguém da realeza ou com alguma pessoa importante".
Como será
essa reunião com o Senhor?
Em primeiro
lugar, esse encontro será a festa apoteótica das bodas do Cordeiro. A
eternidade não será uma sucessão de tempo interminável, monótona, e entediante.
A eternidade será uma festa que nunca vai acabar. A Bíblia diz que esse será
como um dia eterno da celebração das bodas do Cordeiro. As bodas tinham quatro
estágios:
O
compromisso do noivado. Cristo se comprometeu em amor com sua noiva. Ela está
se preparando e se ataviando para o seu noivo.
A preparação
para o casamento. Nesse tempo o noivo paga o dote pela noiva e a noiva se
atavia para o noivo. Cristo morreu pela sua igreja e a igreja está se
preparando para receber Jesus.
O cortejo do
noivo à casa da noiva com seus amigos. O noivo é acompanhado dos amigos com
música até a casa da noiva. Cristo virá com os anjos e os remidos ao som da
trombeta de Deus para buscar a sua noiva, a igreja. Depois ele voltará com a
sua noiva gloriosa para a casa do Pai.
A festa das
bodas, então, tem início. Este será o encontro íntimo, eterno, e bendito entre
o Cordeiro e sua noiva, quando pela eternidade sem fim desfrutaremos de sua
presença e nos deleitaremos em sua comunhão. Não apenas teremos total e íntima
comunhão com Cristo, mas também vamos nos relacionar intimamente uns com os
outros. Seremos uma só família, um só rebanho (I Co 13.12).
Em segundo
lugar, esse encontro será glorioso. A vinda de Cristo será um dia de trevas
para os inimigos do Cordeiro e um dia de glória para a igreja. A Babilônia, o
falso profeta, o anticristo, o dragão, a morte e aqueles que não tiveram seus
nomes inscritos no Livro da Vida serão lançados no lago de fogo. Porém, os
remidos, com corpos luminosos como o sol em seu fulgor, subirão para reinarem
com Cristo por toda a eternidade. Entrarão, enfim, naquele lar onde não haverá
mais dor, nem lágrimas, nem luto. Então, se cumprirá o desejo de Cristo, que
nós pudéssemos um dia ver sua glória e compartilhar dela (Jo 17.22-24). O
apóstolo
Paulo diz que essa esperança bendita nos ajuda a enfrentar os sofrimentos do
tempo presente (Rm 8.18), pois em comparação com a glória que será revelada em
nós, as nossas tribulações, aqui, são leves e momentâneas (2 Co 4.17).
Em terceiro
lugar, esse encontro será eterno (l Ts 4.17). O apóstolo Paulo acentua:
"E, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (4.17). O propósito da
redenção não é apenas nos livrar da condenação, mas também nos conduzir à
comunhão com Cristo para sempre e sempre. Nesse encontro não haverá despedidas
nem adeus. António Hoekema refutando a tese dispensacionalista de um
arrebatamento pré-tribulacional, escreve:
A ideia que
depois de encontrar com o Senhor nos ares estaremos com ele durante sete anos
no céu, e mais tarde durante mil anos sobre a terra, é pura especulação e nada
mais. A unidade eterna com Cristo na glória é o claro ensino desta passagem, e
não um arrebatamento prétribulacional.
Howard
Marshall corretamente afirma que a ideia da existência interminável não é
especialmente atraente ou consoladora se não é melhor do que a vida atual. Para
o cristão, no entanto, a vida aqui e agora é a vida em comunhão com Jesus, e a
esperança futura é de uma vida ainda mais estreitamente ligada a ele.
Duas
conclusões devem ser extraídas dessa magnífica passagem:
A segunda
vinda de Cristo marcará o fim das oportunidades. Desde o momento em que o
Senhor surge nas nuvens do céu e se põe a descer, não haverá mais oportunidade
para a conversão. Ele não vem para salvar, mas para julgar, diz William
Hendriksen. Ele não vem mais como o servo sofredor, mas como o rei vitorioso.
Ele não vem mais com as marcas dos cravos em suas mãos, mas com o cetro de
ferro para subjugar as nações. Quando a trombeta soar não haverá mais tempo
para se preparar. A porta estará fechada e, então, será tarde demais para se
buscar a salvação. Agora é o tempo aceitável. Hoje é o dia da salvação.
A segunda
vinda de Cristo deve encher o coração dos salvos de consolo. O propósito de
Paulo em ensinar sobre a segunda vinda de Cristo e a ressurreição não é
alimentar a curiosidade frívola, mas consolar os crentes. Uma vez esclarecido
que os que adormecem em Cristo não sofrem nenhuma desvantagem em relação aos
sobreviventes, surge, pois, uma
sólida base
para o encorajamento, diz William Hendriksen. Aqueles que crêem em Cristo e
foram perdoados; cujos nomes estão escritos no Livro da Vida, não têm motivo
para se entristecerem. Eles devem animar uns aos outros uma vez que caminhamos
não para uma tumba fria, mas para o alvorecer da ressurreição. Nosso destino é
a glória. Nossa pátria é o céu. Temos uma viva e bendita esperança. Temos uma
imarcescível coroa para receber. Temos uma mui linda herança. Temos pela frente
o paraíso, a casa do Pai, o lar celeste, a nova Jerusalém, a bem-aventurança
eterna!
Capítulo 6
A CELEBRAÇÃO
VITORIOSA DAS BODAS DO CORDEIRO DE DEUS
EM SUA GLORIOSA VINDA
Estamos
chegando ao momento culminante da história da humanidade. Nos capítulos 1-11 de
Apocalipse vemos a perseguição do mundo sobre a igreja e como Deus enviou seus
juízos sobre ele. Nos capítulos 12-22, observamos como essa batalha se torna mais
renhida e agora o dragão, o anticristo, o falso profeta e a grande meretriz se
ajuntam para perseguir o Cordeiro e a sua igreja.
Nos
capítulos 17 e 18 vemos como o sistema do mundo, representado pela religião
falsa e os sistemas político e econômico entram em colapso. Agora João tem a
visão da alegria do céu pela queda da Babilônia, a alegria do céu pelas bodas
do Cordeiro e a visão da gloriosa vinda de Cristo e sua vitória retumbante
sobre seus inimigos. O tema deste capítulo está baseado em Apocalipse 19.1-21.
Os céus celebram o triunfo final de Deus sobre a grande meretriz
Destacaremos
aqui quatro pontos:
Em primeiro
lugar, a meretriz que corrompia a terra
e matava os servos de Deus está sendo julgada (Ap 19.2). Deus não pode premiar
o mal. Ele é justo. Quando a Babilônia caiu, a ordem foi dada no céu:
"Exultai sobre ela, ó céus, e vós, santos, apóstolos e profetas, porque
contra ela julgou a vossa causa" (Ap 18.20). Jesus está julgando a
meretriz, a falsa igreja, e casando-se com sua noiva, a verdadeira igreja. Ao
mesmo tempo em que a religião prostituída diz: Ai, Ai, a noiva do Cordeiro, a
igreja, diz: Aleluia!
Em segundo
lugar, o poder do mundo que é transitório está caindo (Ap 19.1). A grande
meretriz, o sistema religioso, político e econômico que dominou o mundo e
ostentou sua riqueza, poder e luxúria, entra em
colapso. O
mundo passa. Na segunda vinda de Cristo esse sistema estará completamente
destruído.
Os céus se
regozijam porque Deus está julgando os seus inimigos. Deus está no trono. Dele
é a salvação, a glória e o poder. O poder da falsa religião caiu. As máscaras
da falsa religião caíram. O falso sistema religioso é condenado por dois
motivos: 1) Corrompeu a terra com a sua prostituição (Ap 19.2) - levou as
nações a se curvarem diante de ídolos. Desviou as pessoas do Deus verdadeiro.
Ensinou falsas doutrinas. Esforçou-se para produzir apóstatas em vez de
discípulos de Cristo; 2) Matou os servos de Deus (Ap 19.2) — a falsa religião
sempre se opôs à verdade e perseguiu os arautos da verdade. Ela matou os
santos, os profetas, os apóstolos e tantos mártires ao longo da História.
Em terceiro
lugar, a condenação desse sistema do mundo é eterna (Ap 19.3). Não apenas o mal
será vencido, mas os malfeitores serão atormentados eternamente. A Bíblia fala
sobre penalidades eternas. Não existe nada de aniquilação, mas de tormento sem
fim.
Em quarto
lugar, a igreja e os anjos adoram a Deus porque ele está reinando (Ap 19.4-6).
Deus sempre esteve no trono. O inimigo sempre esteve no cabresto de Deus. Mas
agora chegou a hora de colocar todos os inimigos debaixo dos seus pés. Agora
chegou o dia do julgamento do Deus Todo-poderoso. Todos os inimigos serão
lançados no lago do fogo. O livro de Apocalipse é o livro dos Tronos. Deus
agora conquista os tronos da terra. O trono do diabo, do anticristo, do falso
profeta, da Babilônia, dos poderosos do mundo. Todos estarão debaixo dos pés de
Jesus. Os impérios poderosos cairão. As superpotências econômicas cairão. Os
déspotas cairão. Todo joelho vai se dobrar diante do Senhor. Aleluia porque só
o Senhor reina! O coro celestial é unânime: "Aleluia! Pois reina o Senhor,
nosso Deus, o Todo-poderoso" (Ap 19.6). Os céus celebram o casamento da
noiva com o seu Noivo, o Cordeiro de Deus
Destacamos
quatro verdades gloriosas sobre o casamento de Cristo com sua igreja:
Em primeiro
lugar, enquanto a meretriz é julgada, a
noiva é honrada (Ap 19.7,8). Enquanto a meretriz, a falsa igreja é julgada; a
verdadeira
igreja, a noiva do Cordeiro é honrada. Enquanto a meretriz tem suas vestes
manchadas de prostituição e violência, as vestes da noiva do Cordeiro são o
mais limpo, o mais puro e o mais fino dos linhos.
A noiva se
atavia, mas as vestes lhe são dadas. A igreja se santifica, mas essa
santificação vem do Senhor. A igreja desenvolve a sua salvação, mas é Deus quem
opera em nós tanto o querer como o realizar.
Em segundo
lugar, os bem-aventurados convidados para as bodas e a noiva são as mesmas
pessoas (Ap 19.9). Essa é uma subreposição de imagens. A noiva é a igreja e os
convidados para as bodas são todos aqueles que fazem parte da igreja. Os
convidados e a noiva são uma e a mesma coisa. A igreja é o povo mais feliz do
universo. A eternidade será uma festa que nunca acabará.
Em terceiro
lugar, o noivo é descrito como Cordeiro (Ap 19.9). Ele quer ser lembrado pelo
seu sacrifício pelo pecado. Como noivo da igreja ele quer ser amado e lembrado
como aquele que deu sua vida pela sua amada.
Em quarto
lugar, as bodas falam da consumação gloriosa do relacionamento com sua igreja
(Ap 19.7). O casamento de Cristo com sua igreja será um casamento perfeito, sem
crise, sem divórcio. O casamento mais decantado no século 20 foi o do príncipe
Charles e a princesa Diana, na Inglaterra. Esse casamento acabou em tragédia.
Porém, o casamento de Cristo com sua igreja jamais enfrentará crise, jamais
passará por divórcio.
Para
entendermos essa figura de linguagem que descreve o casamento de Cristo com a
igreja, precisamos compreender que o pano de fundo para essa metáfora é o
casamento dentro da cultura judaica. Como se processava o casamento na cultura
dos hebreus? Havia quatro estágios importantes:
Primeiro, o
noivado. Era algo mais profundo do que um compromisso significa para nós. A
obrigação do matrimônio era aceita na presença de testemunhas e a bênção de
Deus era pronunciada sobre a união. Desde esse dia o noivo e a noiva estavam
legalmente casados (2 Co 11.2).
Segundo, o
intervalo. Durante o intervalo o esposo paga ao pai da noiva um dote.
Terceiro, a
procissão para a casa da noiva. Ao final do intervalo o noivo sai em procissão
para a casa da noiva. A noiva se prepara e se atavia. O noivo em seu melhor
traje é acompanhado de seus amigos que cantam e levam tochas e seguem em
direção à casa da noiva. O noivo recebe a noiva e a leva em procissão ao seu
próprio lar.
Quarto, as
bodas. As bodas incluem a festa das bodas que durava sete ou quatorze dias. Agora
a igreja está desposada com Cristo. Ele já pagou o dote por ela. Ele comprou a
sua esposa com seu sangue. O intervalo é o período que a noiva tem para se
preparar. Ao final desse tempo, o noivo vem acompanhado dos anjos para receber
a sua noiva, a igreja. Agora começam as bodas. O texto registra esse glorioso
encontro: "Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são
chegadas às bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou" (Ap
19.7). As bodas continuam não por uma semana, mas por toda a eternidade. Oh,
dia glorioso será aquele! Os céus se abrem para a vinda triunfal do Noivo, o
Rei dos reis
Destacaremos
cinco verdades para a nossa reflexão:
Em primeiro
lugar, a aparição do Noivo, o Rei dos reis (Ap 19.11). João vê Jesus vindo
vitoriosamente do céu. O céu se abre. Dessa vez o céu está aberto não para João
entrar (Ap 4.1), mas para Jesus e seus exércitos saírem (Ap 19.11). A última
cena da História está para acontecer. Jesus virá para a última batalha. E o
tempo da grande tribulação. Satanás estará dando suas últimas cartadas. O
anticristo e o falso profeta estarão seduzindo o mundo e perseguindo a igreja.
Mas Jesus aparece como o supremo conquistador. Ele aparece repentinamente em
majestade e glória!
Em segundo
lugar, a descrição do Noivo, o Rei dos reis (Ap 19.1113,15,16). O Noivo é Fiel
e Verdadeiro (Ap 19.11). Essa verdade está em contraste com o anticristo que é
falso e enganador.
O Noivo
também é aquele que a tudo perscruta (Ap 19.12). Seus olhos são como chamas de
fogo. Nada ficará oculto do seu profundo julgamento. Ele vai julgar suas
palavras, obras e os segredos do seu coração. Aqueles que escaparam do juízo
dos homens não escaparão do juízo de Deus.
O Noivo é o
vencedor supremo (Ap 19.12b). "Na sua cabeça há muitos diademas." Ele
tem na sua cabeça a coroa do vencedor e do conquistador. Quando ele entrou em
Jerusalém, ele montou em um jumentinho, como um servo. Mas agora ele cavalga um
cavalo branco. Ele tem na sua cabeça muitas coroas, símbolo da sua suprema
vitória.
O Noivo é
insondável em seu ser (Ap 19.12c). Isso revela que nós jamais vamos esgotar
completamente o seu conhecimento.
O Noivo é a
Palavra de Deus em ação (Ap 19.13). Deus criou o universo por intermédio da sua
Palavra. Agora Deus vai julgar o mundo pela sua Palavra. Jesus é o grande juiz
de toda a terra.
O Noivo é o
amado da igreja e o vingador de seus inimigos (Ap 19.13,15). Seu manto está
manchado de sangue, não o sangue da cruz, mas o sangue dos seus inimigos (Is
63.2,3). Ele vem para o julgamento. Ele vem para colocar os seus inimigos
debaixo dos seus pés. Ele vem para recolher os eleitos na ceifa e pisar os
ímpios como numa lagaragem (Ap 14.17-20). Ele vem para julgar as nações (Mt
25.31-46).
O Noivo é o
REI DOS REIS E O SKNHOR DOS SENHORES (Ap 19.16). Deus o exaltou sobremaneira.
Deu-lhe o nome que está acima de todo nome. Diante dele todo joelho deve se
dobrar: o diabo, o anticristo, o falso profeta, os reis da terra, os ímpios.
Em terceiro
lugar, os exércitos ou acompanhantes do Noivo, o Rei dos reis (Ap 19.14). O Rei
virá em glória. Ao clangor da trombeta de Deus. Ao som do trombeta do arcanjo.
Cristo descerá do céu. Todo o olho o verá. Ele virá pessoalmente, fisicamente,
visivelmente, audivelmente, poderosamente, triunfantemente. O rei virá com o seu
séquito: os anjos e os remidos (Mt 24.31; Mc 13.27; Lc 9.26; I Ts 4.13-18; 2 Ts
1.7-10). Um exército de anjos descerá com Cristo. Os salvos que estiverem na
glória virão com ele entre nuvens. Todos como vencedores, montados em cavalos
brancos. Todos com vestiduras brancas. Outrora, a nossa justiça era como trapos
de imundícia, mas agora, vamos vestir vestiduras brancas. Somos justos e
vencedores.
Em quarto
lugar, a derrota dos inimigos pelo Rei dos reis é descrita em toda a sua
hediondez (Ap 19.17,18). Enquanto os remidos são convidados para entrar no
banquete das bodas do Cordeiro, as aves são
convidadas a
se banquetearem com as carnes dos reis, poderosos, comandantes, cavalos e
cavaleiros. Há um contraste entre esses dois banquetes: O primeiro é o banquete
da ceia nupcial do Cordeiro, que todos os santos são convidados (Ap 19.7-9). O
segundo, o banquete dos vencidos, que todas as aves de rapina são convocadas.
Isso indica que todo o poder terreno chegou ao fim. A vitória de Cristo é
completa!
Em quinto
lugar, o Rei dos reis triunfa sobre seus inimigos na batalha final, o Armagedom
(Ap 19.19-21). Essa será a peleja do Grande Dia do Deus Todo-poderoso (Ap
16.14). Os exércitos que acompanham a Cristo não lutam. Porém, Jesus Cristo
destruirá o anticristo com o sopro da sua boca pela manifestação da sua vinda
(2 Ts 2.8). Todas as nações da terra o verão e o lamentarão (Ap 1.7). Quando os
inimigos do Cordeiro se reunirem, então, sua derrota será total e final (Ap
19.19-21). Essa batalha Jesus vence não com armas, mas com a sua Palavra, a
espada afiada que sai da sua boca (Ap 19.15).
Aquele dia
será dia de trevas e não de luz para os inimigos de Deus. Ninguém poderá
escapar. Aquele será o grande dia da ira do Cordeiro e do juízo de Deus. O
anticristo e o falso profeta serão lançados no lago do fogo, onde a meretriz
também estará queimando (Ap 19.3,20). Eles jamais sairão desse lago. Serão
atormentados pelos séculos dos séculos (Ap 20.10). Enquanto os inimigos de Deus
estarão sendo atormentados por toda a eternidade, a igreja desfrutará da
intimidade de Cristo nas bodas do Cordeiro para todo o sempre.
Em breve
Cristo voltará como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Prezado leitor, é
Cristo o Senhor da sua vida hoje? Você está preparado para se encontrar com
Cristo? Vigie para que aquele grande dia não o apanhe de surpresa.
Hernandes Dias Lopes
Comentário explicativo versículo por versículo
César Francisco Raymundo
(1ª Corintios
15:20-28)
Uma vez que Ele
porá “todos os inimigos debaixo dos seus pés” e a morte física será o último
inimigo a ser destruído, isto significa um reinado progressivo na história
humana em que através dos séculos o Senhor vem trazendo restauração aos poucos
até atingir o dia perfeito. Não é uma restauração abrupta, mas progressiva. É
como diz em Provérbios 4:18:
“Mas a vereda dos
justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito”.
Enquanto o trabalho
de conquistar as nações através da pregação do evangelho não for cumprido, o
Senhor não virá, porque “convém que o céu o contenha até o tempo da restauração
de todas as coisas” (Atos 3:21).
“E, assim como aos
homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim
também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de
muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”.
(Hebreus 9:27-28) Essa vinda de Cristo
é chamada de “segunda” porque é contrastada com a primeira, o Seu nascimento em
Belém. O que Jesus virá fazer na terra em Sua aparição futura? Virá destruir o
mundo e estabelecer Seu reino? Ele virá para julgar os vivos e os mortos:
“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos
que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm
esperança. Porque, se cremos que Jesus
morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a
trazer com ele. Dizemo-vos, pois,
isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do
Senhor, não precederemos os que dormem.
Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo,
e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor”.
(1 Tessalonicenses 4:13-17)
O arrebatamento aqui
descrito está longe de ser a fantasia ensinada em nossos dias. Os pregadores
fizeram muita propaganda encima do tal do “arrebatamento secreto”. Alguns
mentiram ao
afirmar que Jesus virá para que você não tenha que morrer.
Aviões se chocando contra prédios, carros desgovernados, locais públicos com
milhares de pessoas desaparecendo é tudo produto da mente fértil de falsos
mestres. O verdadeiro arrebatamento
virá na sequência da ressurreição dos mortos. Toda a criação ressuscitará, a
vida tomará conta e o que ficar para trás será condenado. Ao falar sobre o
encontro de vivos e mortos com Cristo, o apóstolo Paulo usou uma cena comum em
seus dias. R. C. Sproul expressou isto:
“O objetivo das
imagens aqui ecoa e reflete algo que era comum no mundo contemporâneo em que
Paulo escreveu - ou seja, o padrão e a prática do retorno triunfal a Roma dos
exércitos romanos... Depois de vencer
uma batalha, os exércitos Romanos acampariam fora da cidade e mandariam um
mensageiro anunciar a sua chegada. A cidade passaria então a ser preparada com
uma decoração e um arco de triunfo. Em um momento pré-arranjado, um sinal seria
feito através de trombetas para que fosse destruído. Ou seja, quando os
exércitos marchariam em triunfo na cidade.
Mas antes de começarem a marcha ao sinal da trombeta, todo mundo que era
um cidadão real de Roma seria convidado para vir para fora da cidade para
participar do desfile de marcha de volta através do arco do triunfo com o
exército vitorioso... . Com isso, o
nativo de Pittsburgh concluiu: “O que eu ouço que Paulo está dizendo é que
quando Jesus voltar, ele vai voltar a esta terra com toda a sua Igreja, a
Igreja será arrebatada para encontrálo enquanto ele descer e vai continuar a
descer junto com sua comitiva inteira dos crentes”. Mais especificamente, citando os ensinamentos
de Paulo, Sproul afirmou que aqueles que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro e serão levados para o ar e os que estão vivos na segunda vinda de
Cristo também serão levados para o encontro com o Senhor enquanto ele descer”. Sobre quando tudo isso ocorre, isto é
desconhecido”.42
Com a ressurreição
dos mortos e o arrebatamento dos vivos vem também a ira de Deus contra os
homens ímpios:
“E esperar dos céus
o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra
da ira futura”.
(1ª Tessalonicenses 1:10)
Mateus 24 e a vinda de Cristo
Comentário explicativo versículo por versículo
César Francisco Raymundo
Russel Shedd - Comentário da Bíblia
2 Tessalonicenses
O
Arrebatamento dos Santos, 4.13-18
O Dia do
Senhor, 5.1-11
4.13 Dormem
representa a palavra
grega que descreve
14 vezes no
NT a morte exclusivamente do
crente (cf. Jo
11.11). Não nos
dá informação sobre
o estado entre
a morte e a
ressurreição além de
afirmar que dormir
em Cristo garante
voltar juntamente com Ele no dia
da ressurreição (v. 14). Tanto em morte como em vida estamos com Ele
(5.10; Fp 1.23),
portanto a nossa
tristeza é devida
somente à separação
temporária enquanto a morte do incrédulo é separação eterna (cf. 2 Ts
1.9).
4.15Em vv.14-18
Paulo apresenta ensino
sobre o arrebatamento
da Igreja. Claramente encontramos:
1) A
vinda do Senhor (parousia, ver 2 Ts 2.1n) se realizará na descida do Senhor do
céu;
2) A ressurreição dos crentes depende da
ressurreição de Cristo (v. 14);
3) Os
salvos ressuscitarão antes dos outros acontecimentos ligados com sua vinda (v.
16; cf. Ap 20.4-6);
4) O
encontro com o
Senhor, dos mortos
e vivos, nos
ares significa permanência no
novo corpo glorioso (1 Jo 3.2, 1Co 15.51-53) na presença de Cristo que então
deve proceder para a terra na companhia dos santos (1 Co 6.2; Ap 20.4).
4.18Consolai-vos.
N. Hom. A bendita
esperança da Vinda
do Senhor:
1)
Encoraja a evangelização do mundo
(Mc 13.10);
2) Tira o temor (Jo14.1-3);
3) Dá
firmeza na obra do Senhor (1 Co 15.50-58);
4) Dá
consolação na perda de uma pessoa amada (1 Ts 4.18);
5) Purifica a vida em santidade (Tt 2.12-14; 2
Pe 3.11, 12; 1 Jo 3.3).
5.2 O Dia do Senhor, é uma frase do AT
significando a intervenção divina na história com salvação e julgamento (Is
2.12, 13.6, Sf 1.14; 3.11, 16). No NT refere-se à Segunda Vinda do Senhor (Lc
17.24; 1 Co 1.8).
5.8
A maneira de
vigiar para que
o dia do
Senhor não nos
sobrevenha com "repentina destruição" (v.
4) é sermos do
dia (5; cf.
Jo 8.12), sermos
sóbrios (desembaraçar-se de todo pecado e peso, Hb 12.1) e vestir-nos
de fé no Senhor (Ef 2.8), amor aos irmãos (1 Ts 4.9) e esperança nas promessas
(1 Pe 1.3, 13, 21).
5.9Destinou
(gr etheto)é uma palavra
muito mais suave
do que predestinou (Rm
8.29, 30). A iniciativa da nossa salvação da ira de Deus tem origem no
seu amor manifestado na morte de Cristo por nós (v. 10; Rm 5.8).
5.12,14 A construção no
grego dá a
entender que é
:um só grupo (os anciãos,
também chamados bispos, At 20.17, 28; note a referência a pastorear
donde vem o termo pastor) que preside, trabalha
e admoesta os
crentes. Mas não
somos encorajados a
elevar o pastor a uma classe
clerical conquanto os crentes saltem com a responsabilidade (v. 14).
5.23 Espírito,
alma e corpo, Não prova coisa alguma acerca da psicologia do homem (cf. Mc
12.30). O alvo desta oração é a santificação total do homem.
Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios
A
RESSURREIÇÃO CORPORAL, 15.1-58
A
Ressurreição de Cristo, um Fato Central da Fé,15.1-20
Seqüência
dos Acontecimentos, 15.21-28
A
Ressurreição e o Sofrimento do Crente, 15.29-34
Distinção
entre o Corpo Atual e o Corpo Ressuscitado, 15.35-49
Vitória
Completa sobre a Morte, 15.50-58
15.3,4
Paulo apresenta uma
antiga formulação que
resume os fatos
do evangelho.
Recebi,
dos outros apóstolos.
A crucificação e
ressurreição são os
fatos centrais. As Escrituras
comprovam que Jesus é o Messias predito no AT (Lc 24.25-27). Sepultado. O
túmulo vazio confirma a ressurreição corporal.
15.5-7 As
aparições comprovam a
ressurreição. Não pretende
ser uma lista
completa. Cefas. Pedro, em
aramaico (Jo 1.42).
Cf. Lc 24.34. Aos
doze. São os apóstolos
(Lc 24.36ss). Quinhentos. Possivelmente se manifestou a eles na Galiléia
(cf. Mt 28.16ss) ou em Jerusalém.
Dormem. A morte, assim denominada
na literatura grega
e hebraica, ganhou novo
significado na ressurreição
de Cristo. Tiago. Provavelmente
o irmão de Jesus, antes descrente (Jo 7.5; Gl 1.18).
Todos os apóstolos. Cf. At 1.4ss.15.8,9A manifestação a Paulo foi a última a
ser registrada por ser um ou dois anos após a
ascensão. Paulo era
um apóstolo autêntico
porque viu o
Senhor pessoalmente e foi
comissionado por Ele (At 22.14s).
15.10A
graça de Deus transforma o indigno (2 Co 11.5).15.12,13 Em geral,
os gregos consideravam
toda a matéria
inerentemente má, por
isso rejeitavam a ressurreição.Os judeus
acreditavam que cada
átomo do corpo
sepultado ressuscitaria
literalmente. Paulo corrige
os dois erros
neste capítulo.
15.14-18 Negar
a ressurreição de Cristo
seria tornar o
cristianismo em ilusão.
Não haveria perdão
dos pecados Rm 4.25). 15.19 A ressurreição é o cerne da esperança do
cristão (1 Pe 1.3s).
15.20Mas de
fato.São invertidas todas
as suposições anteriores. As primícias. Cf. Lv 23.10ss. A ressurreição de Cristo garante
a vida eterna para todos os Seus. As primícias asseguram a ceifa.
15.21,22
Não se
apresenta a doutrina
da salvação universal. Em
Adão. São os que compartilham da sua natureza caída. Todos
os que estão em Cristo compartilham da Sua natureza e serão vivificados (2Pe
1.4).
15.23Vindo
(grparousia).Usada para uma visita real. Chegou a ter no NT sentido técnico que
denota a volta de Cristo.15.24 Oreino de Cristo começou quando Ele foi
glorificado (At 2.32; Ef 1.19-23). Através da
Igreja, consolida a
vitória já ganha
(Cl 2.15) vencendo
as forças restantes
que se opõem a Ele. O
fim. Consumação da
história. Cumprida a
missão, Cristo entregará
o Reino ao Pai.
15.26Morte
(gr thanatos). Será destruída com efeito retroativo, devolvendo a vida a todas
as suas vítimas (Ap 20.12, 15).
15.29
Há umas
40 interpretações Seria
uma prática sem fundamento
bíblico que Paulo aproveita para mostrar a incoerência
dos seus oponentes em Corinto.
15.30,31Também
nós. Paulo não aceita nem pratica o batismo para os mortos (29). Dia morro. Cf.
2 Co 4.8ss; 11.23ss; Rm 8.36. Glória. Paulo ainda tem confiança nos coríntios.
15.32Feras. Provavelmente, Paulo
se refere metaforicamente a
uma luta com
homens enfurecidos (2 Co 1.8ss; cf. Sl 22.12-21). Os cidadãos romanos
não eram forçados a lutar com animais. Comamos... Provérbio comum (Is 22.13). A
vida sem a ressurreição perde o sentido.
15.33Conversações.
Melhor: associações, amizades. Bons costumes.
Comportamento moral. O relaxamento moral resulta das deficiências
doutrinárias.
15.34Vergonha.
Alguns na igreja
de Corinto não
tinham discernimento espiritual
mas estavam em plena, comunhão. Todos são culpados. 15.35-38 Abotânica
mostra que a dissolução e a continuidade não são incompatíveis (Jo 12.24). As
partes visíveis da semente se decompõem, mas as submicroscópicas resultam em
novo corpo.
15.39,40
Carne (gr sarx).A zoologia demonstra
diversos tipos de
corpos terrestres. Corpos celestiais. Há diversidade
nos corpos destinados
ao ambiente celestial
(cf. diferentes tipos de anjos).
15.42 Paulo continua
insistindo na ressurreição corporal. Corrupção. Sujeito a
decomposição
como o cadáver que sem beleza ou forças se destina ao pó (43).
15.44 Natural (gr psuchikon).O corpo humano
adaptado somente para
a vida neste mundo. Espiritual (gr pneumatikon).Não
quer dizer um corpo invisível (puro espírito), mas um corpo que corresponderá
às necessidades da vida espiritual (2 Pe 3.10, 13).
15.45;46Alma vivente (gr psuchen-zõsan).O corpo psicossomático que
Adão recebeu herdado por
toda a raça
humana. O último Adão. Cristo
tornou-se a fonte
da vida espiritual através da Sua
obra redentora (Hb 2.14s; 5.9). 1
15.50 Carne
e sangue. Éa natureza
psicossomática do homem,
que não é necessariamente pecaminosa
(Hb 2.14).Herdar. É uma impossibilidade assim
como o peixe não pode viver fora
da água.
15.51,52Mistério.
Vd n
em 2.7,8. Num momento(gr atomos). Unidade
indivisível de tempo. A trombeta.
Os judeus associavam a trombeta com festividades, triunfos e eventos
escatológicos. Última. Marcará o fim da história e a vinda de Cristo (Mt
24.31).
15.53,54Se
revista. A natureza terrena é comparada com a roupa que precisa ser trotada (2
Co 5.2-4). A palavra. Is 25.8. À profecia, parcialmente entendida pelo profeta,
significa o fim da morte (26).
15.55,56
É uma
canção triunfante (Os
13.14). O aguilhão (gr
kentron).É como o da abelha ou da serpente. Causa dor e dano.
Para o cristão, a morte é como uma picada de um
escorpião sem veneno
(Ap 9.10). O
aguilhão não é
a morte mas
o pecado não perdoado. A lei. Define o pecado e
condena o transgressor.
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