segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Lição 2 : O arrebatamento dos salvos



                                       Capítulo 4

                        OS ELEMENTOS DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
 Hernandes Dias Lopes

        O apóstolo Paulo abre as cortinas do futuro, acende a luz no palco da História e nos mostra que o melhor para o povo de Deus está por vir. O futuro não vem envolto em trevas. Ao contrário, ele traz em sua bagagem a garantia de que a morte não tem a última palavra. Não caminhamos para uma noite trevosa, mas para um amanhecer glorioso. Não estamos fazendo uma viagem rumo ao abismo, mas rumo à glória. Não avançamos para um destino desconhecido, mas para um lugar certo e glorioso que nos foi preparado.
Na sua segunda vinda, Cristo colocará todos os seus inimigos debaixo dos seus pés e triunfará sobre todos eles (I Co 15.25).
Vamos abordar o tema proposto à luz de l Tessalonicenses 4.13-18. Destacamos na introdução três pontos:
Em primeiro lugar, a desesperança daqueles que não conhecem a Deus (l Ts 4.13). O mundo pagão era completamente desprovido de esperança. O futuro para eles era sombrio e ameaçador. Frente à morte, o mundo pagão reagia com profunda tristeza. A tristeza do pagão é incurável, contínua, e sem intermitência. Seu desespero não tem pausa. O verbo grego lupesthe, "entristecer-se", no tempo presente, significa uma tristeza contínua. Uma inscrição típica encontrada em um túmulo demonstra esse fato: "Eu não existia. Vim a existir. Não existo. Não me importa".
O mundo grego e romano dos dias de Paulo era um mundo totalmente sem esperança (Ef 2.12). No entendimento deles não havia nenhum futuro para o corpo, pois este não passava de uma prisão da alma. Os epicureus não acreditavam na eternidade. Para eles, a morte era o ponto final da existência. Os estóicos diziam que enquanto estamos vivos a morte
não existe para nós, e quando ela aparecer, nós já não existimos. Os pagãos reagiam com desespero diante da morte.
William Barclay registra o que alguns pensadores disseram. Esquilo escreveu: "Uma vez que o homem morre não há ressurreição". Teócrito disse: "Há esperança para aqueles que estão vivos, mas os que morrem estão sem esperança". Catulo afirmou: "Quando nossa breve luz se extingue, há uma noite perpétua em que deveremos dormir".
Os crentes neófitos de Tessalônica, egressos dessa desesperançosa realidade, e ainda sendo brutalmente perseguidos, estavam se entristecendo, porque julgavam que seus entes queridos, os crentes que dormiam em Cristo haviam perecido. Essa carta foi escrita para abrir-lhes os olhos da alma para a bendita verdade divina acerca da esperança cristã.
William Hendriksen afirma com resoluta convicção: "De fato, à parte do cristianismo não existia nenhuma base sólida de esperança em conexão com a vida por vir".
Em segundo lugar, a tristeza dos que vivem sem esperança (l Ts 4.13). A tristeza é filha da desesperança. O mundo sem Deus é um mundo triste. A morte para aqueles que não conhecem a Deus é um fim trágico. Na verdade, não há esperança fora da fé bíblica e evangélica. Só lhes resta uma profunda tristeza quando olham pelo túnel do tempo para verem o palco do futuro.
Howard Marshall diz que a igreja de Tessalônica enfrentava dois graves problemas que estava tirando sua alegria:
O primeiro dizia respeito aos membros da igreja que tinham morrido antes da segunda vinda de Cristo. A morte deles significava que estariam excluídos dos eventos gloriosos associados com a parousia (4.13-18)?
O segundo dizia respeito ao cronograma da segunda vinda. Por detrás dele havia o temor de que a parousia pudesse pegar os vivos desprevenidos e, portanto, não participariam da salvação (5.1-11).
Em terceiro lugar, a revelação de Deus que dá esperança (l Ts 4.13,15). As religiões têm especulado sobre o destino da alma depois da morte. Os filósofos discutem a imortalidade.
Os espíritas falam na comunicação com os mortos. Os católicos romanos pregam sobre o purgatório, um lugar de tormento e autopurificação. Há aqueles que negam a doutrina da segunda vinda de Cristo (2Pe 3.4).
Agora, Paulo resolve esse problema dizendo que não precisamos especular, pois temos uma revelação específica e clara de Deus acerca do nosso destino depois da morte (4.15; 2 Tm l.l0).
A Bíblia tem uma clara revelação acerca da morte e da ressurreição (I Co 15.51-54; Jo 5.24-29; 11.21-27), bem como sobre a segunda vinda de Cristo (4.13-18). A autoridade da Palavra de Deus dá-nos a segurança e o conforto que nós precisamos, diz Warren Wiersbe.
Quatro verdades essenciais da fé cristã são tratadas pelo apóstolo Paulo no texto em tela que servem de fundamento da nossa esperança. A segunda vinda de Cristo
A segunda vinda de Cristo é a grande ênfase desta carta.
William Barclay diz que a palavra grega parousia era uma palavra técnica para descrever a vinda do rei. No grego clássico significa apenas presença ou vinda de uma pessoa. Nos papiros e no grego helenista, parousia é a palavra técnica que se usava com respeito à vinda de um imperador, de um rei, de um governador, e, em geral, de uma pessoa importante para a cidade, para a província. Tal visita requeria uma série de preparativos. Finalmente, parousia expressava a visita de um deus.
Foi precisamente essa palavra que Paulo usou para descrever a vinda de Jesus Cristo.
Paulo abordou a doutrina da segunda vinda de Cristo em quatro perspectivas diferentes: em relação à salvação (1.9,10), ao serviço (2.19,20), à estabilidade (3.11-13) e ao consolo (4.18).
Russell Norman Champlin diz que em relação aos crentes a segunda vinda de Cristo, a parousia, se reveste dos seguintes elementos:
Os crentes devem amar a vinda do Senhor (2 Tm 4.8); devem esperar por ele (Fp 3.20; Tt 2.13; devem aguardar a Cristo (I Co 1.7; 1 Ts 1.10); devemos apressar a vinda de Cristo (2 Pe 3.12); devemos orar para o seu
desenlace (Ap 22.20); devemos estar preparados para esse dia (Mt 24.44); devemos vigiar a respeito (Mt 24.42).''
O texto em apreço trata da segunda vinda de Cristo em conexão com a situação dos crentes que morreram. Paulo nos dá aqui quatro informações preciosas:
Em primeiro lugar, não é a alma que dorme na hora da morte, mas o corpo. A doutrina da aniquilação do ímpio e do sono da alma está em desacordo com o ensino das Escrituras. Não é a alma que dorme na hora da morte, mas o corpo. O homem rico que se banqueteava com seus amigos, com vestes engalanadas, ao morrer, não foi aniquilado nem sua alma ficou dormindo. Ele foi para o inferno, onde enfrentou um terrível e intérmino sofrimento (Lc 16.19-31).
Ao ladrão arrependido na cruz Jesus disse: "Na verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43). O paraíso não é a sepultura. Jesus entregou seu espírito ao Pai. A alma daquele ladrão arrependido não ficou em estado de inconsciência, mas foi imediatamente para o céu, para o paraíso, enquanto seu corpo desceu à sepultura. William Hendriksen, nessa mesma linha de pensamento, diz que esse dormir não indica um estado intermediário de repouso inconsciente (sono da alma). Ainda que a alma esteja dormindo para o mundo que deixou (Jó 7.9,10; Is 63.16; Ec 9.6), contudo, ela está desperta com respeito ao seu próprio mundo (Lc 16.19-31; 23.43; 2 Co 5.8; Fp 1.21-23; Ap 7.15-17; 20.4).
Howard Marshall diz que a palavra "dormir" era comum no mundo antigo como um eufemismo para a morte, e é achada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Gn 47.30; Dt 31.16; lRs 22.40; Jo 11.11-13; At 7.60; 13.36; 1 Co 7.39; 11.30).
A Bíblia é clara ao afirmar que a morte para o cristão é deixar o corpo e habitar com o Senhor (2 Co 5.8). Morrer é partir para estar com Cristo (Fp 1.23).
Na hora da morte, o corpo feito do pó, volta ao pó, mas o espírito volta para Deus (Ec 12.7). A figura do sono, portanto, é usada em relação ao corpo e não em relação ao espírito.
A figura do sono enseja-nos três verdades: Primeiro, o sono é símbolo de descanso. A Bíblia diz que aqueles que morrem no Senhor são
bem-aventurados, porque descansam das suas fadigas (Ap 14.13). Segundo, o sono pressupõe renovação. O corpo da ressurreição será um corpo incorruptível, imortal, poderoso, glorioso, celestial, semelhante ao corpo da glória de Cristo. Terceiro, o sono implica expectativa de acordar. O mesmo corpo que desceu à tumba sairá dela ao ressoar da trombeta de Deus.
Em segundo lugar, os mortos em Cristo estão na glória com ele (I Ts 4.14). Um indivíduo abordou um pastor cuja esposa havia morrido: "Eu soube que você perdeu a sua esposa. Eu sinto muito". O pastor respondeu: "Não, eu não a perdi. Você não perde uma coisa ou pessoa quando você sabe onde ela está. Eu sei onde ela está. Ela está com Jesus no céu".
As almas dos remidos estão reinando com Cristo no céu (Ap 20.1-4). Os remidos não poderiam vir com Cristo se já não estivessem com ele. As almas no céu clamam (Ap 7.15- 17), descansam das fadigas (Ap 14.13), vêem a face de Cristo (Ap 22.4), trabalham (Ap 22.5), e reinam (Ap 20.14).
Citando H. Bavinck, William Hendriksen diz que o estado dos bemaventurados no céu, por mais glorioso que seja, tem um caráter provisório, e isto por diversas razões: 1) eles estão no céu, agora, limitados a esse céu, sem que possuam ainda a terra, a qual, com o céu, lhes foi prometida como herança; 2) ademais, vivem despojados do corpo; 3) a parte nunca está completada sem o todo. Somente em relação à comunhão com todos os santos pode-se conhecer a plenitude do amor de Cristo (Ef 3.18). Na segunda vinda, o estado intermediário cederá espaço à gloriosa realidade da eternidade, "assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1 Ts4.17).
Em terceiro lugar, os mortos em Cristo pirão com Cristo em glória (l Ts 4.14). Cristo virá do céu num grande cortejo. Ele estará acompanhado de seus anjos e remidos. Nenhum deles ficará no céu nessa gloriosa vinda ao som de trombeta. Ele virá com os seus santos e para os seus santos. Entre nuvens eles descerão com o Rei dos reis para o maior evento da História, quando os túmulos serão abertos e quando os vivos serão transformados.
William Hendriksen coloca esse glorioso fato, assim:
O mesmo Deus que ressuscitou a Jesus dentre os mortos também ressuscitará dentre os mortos os que pertencem a Jesus. Ele os compelirá a
virem com Jesus, do céu, ou seja: ele trará do céu suas almas, de modo que possam reunir-se rapidamente (num piscar de olhos) com seus corpos, e assim partir para encontrar o Senhor nos ares, a fim de permanece¬rem com ele para sempre.
Em quarto lugar, os mortos em Cristo não terão nenhuma desvantagem em relação aos vivos (l Ts 4.15). Aqueles que morrem em Cristo não estão de forma alguma em desvantagem em relação aos que estiverem vivos na segunda vinda. E isto por duas razões:
Porque, quando o salvo morre, sua alma entra imediatamente no gozo do Senhor. As almas dos filhos de Deus vão diretamente para o céu depois da morte (SI 73.24,25). A Bíblia diz que o espírito dos salvos na hora da morte é imediatamente aperfeiçoado para entrar na glória (Hb 12.23). O apóstolo Paulo diz que partir para estar com Cristo é incomparavelmente melhor (Fp 1.23). Por isso, a morte para o crente é lucro (Fp 1.21), é preciosa aos olhos de Deus (SI 116.15) e é uma profunda felicidade (Ap 14.13). Estevão na hora da morte, disse: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito!" (At 7.59).
Porque, quando Jesus voltar, os mortos em Cristo ressuscitarão antes de os vivos serem transformados (4.15). Mesmo que esse fato seja tão repentino como um abrir e fechar de olhos (I Co 15.51,52), os corpos dos remidos, que estavam dormindo, se levantarão da terra antes de os vivos serem transformados e arrebatados (4.15; I Co 15.51,52). A ressurreição precederá ao arrebatamento.
Quando o apóstolo Paulo diz que os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, não é em relação aos outros mortos, mas em relação aos que estiverem vivos. Paulo não está ensinando duas ressurreições. O texto em apreço é uma instrução apostólica acerca da esperança cristã. Ele está trazendo uma palavra de consolo para os crentes em relação ao estado dos que morrem em Cristo (4.18). Fica evidente, pois, que ambos os grupos, os mortos e os sobreviventes são crentes. Paulo não está traçando contraste entre crentes e descrentes, dizendo que os crentes ressuscitam primeiro, e os descrentes mil anos depois. Ambos os grupos: mortos ressurretos e vivos transformados sobem para encontrar o Senhor nos ares. A ressurreição dos mortos
Destacamos alguns pontos no trato dessa matéria:
Em primeiro lugar, a doutrina da ressurreição era rejeitada pelos gregos. Quando Paulo pregou a doutrina da ressurreição aos filósofos atenienses, quase todos zombaram dele (At 17.32).
Os gregos eram como os saduceus que rejeitavam a doutrina da ressurreição (At 23.6-8). A grande esperança dos gregos era justamente livrar-se do corpo. Tessalônica era uma cidade grega e os gregos não acreditavam na ressurreição do corpo. Os gregos achavam que o corpo era essencialmente mau. O corpo era considerado pelos gregos como um claustro, ou a prisão da alma. A destruição do corpo e não a sua ressurreição era desejada pelos gregos.
Em segundo lugar, a ressurreição de Cristo é a garantia da nossa ressurreição (I Ts 4.14). Alguns crentes de Tessalônica estavam tendo essa confusão de crer na ressurreição de Cristo sem crer ao mesmo tempo na ressurreição dos salvos (I Co 15.12,13). Paulo, então, mostra a eles que não podemos crer numa coisa sem crer na outra. Não podemos crer na ressurreição de Cristo sem crer na ressurreição dos salvos, visto que a ressurreição de Cristo é o penhor e a garantia da nossa ressurreição.
O apóstolo Paulo, tratando da mesma matéria em sua primeira carta aos coríntios, escreve mostrando a impossibilidade de crer na ressurreição de Cristo sem crer na ressurreição dos salvos:
Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.
Na ressurreição, teremos ao mesmo tempo continuidade e descontinuidade. O mesmo corpo que descerá ao túmulo se levantará dele. Porém, esse corpo, mesmo mantendo sua identidade inalienável, não ressuscitará com as mesmas marcas de fraqueza e corruptibilidade. O corpo é uma espécie de semente. No sepultamento, lançamos na terra uma semente e dela brotará uma linda flor. O corpo da ressurreição será um corpo novo, imortal, incorruptível, poderoso, glorioso, espiritual, e celestial (I Co 15.35-49).
Em terceiro lugar, a ressurreição dos mortos se dará na segunda vinda de Cristo (l Ts 4.16). A segunda vinda de Cristo será pessoal, visível, audível, e gloriosa. Três fatos vão ocorrer, quando da segunda vinda de Cristo, em relação à ressurreição dos mortos:
O Senhor virá mediante a sua palavra de ordem (l Ts 4.16). Essa é uma voz de autoridade. Jesus Cristo dará uma palavra de ordem, como fez do lado de fora do túmulo de Lázaro (Jo 11.43). O evangelista João registra: "Os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão" (Jo 5.28). O soberano Senhor do universo erguerá a sua voz e todos os mortos a ouvirão e sairão dos seus túmulos, uns para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição do juízo (Jo 5.28,29).
A palavra grega keleusma, traduzida por "palavra de ordem", significa comando, sonido. Essa palavra cujo significado traz a ideia de uma ordem gritada para os mortos levantarem de seus túmulos só aparece aqui em todo o Novo Testamento. A palavra era usada de vários modos, por exemplo, o grito dado pelo mestre do navio para os seus remadores, ou por um oficial para os seus soldados, ou por um caçador para os seus cães, ou por um cocheiro para os cavalos. Quando usada para pessoa militar ou naval, era um grito de batalha. Na maior parte das vezes, denota um grito alto e autoritário, com frequência dado num momento de grande agitação. Desta forma, Cristo retorna como um grande Vencedor. Sua palavra de ordem é como a ordem que um oficial dá em voz alta à sua tropa. É uma ordem expressa para que os mortos ressuscitem!
O Senhor virá mediante a voz do arcanjo (l Ts 4.16). O arcanjo era um termo para anjos do grau mais elevado. Essa palavra "arcanjo" só aparece aqui e em Judas 9. Na última passagem, o arcanjo é Miguel (Ap 22.7; Dn 10.13,21; 12.1). Ele é representado como o líder dos anjos santos
e defensor do povo de Deus. "Para os crentes essa voz trará plenitude de alegria. Ela soará para proclamar a libertação do povo de Deus. Cristo virá para a libertação da igreja e o julgamento do mundo.
O Senhor virá mediante o ressoar da trombeta de Deus (1 Ts 4.16). A trombeta era usada pelos judeus em suas festas, e também era associada com as teofanias e com o Fim, e é, também, ligada com a ressurreição dos mortos. No Império Romano, as trombetas eram usadas para anunciar a chegada de uma pessoa importante. William Hendriksen tece o seguinte comentário acerca do sonido da trombeta:
O sonido da trombeta aqui é muito apropriado. Na antiga dispensação, quando Deus "descia", por assim dizer, para encontrar-se com o seu povo, esse encontro era anunciado por meio do sonido de uma trombeta (Êx 19.16,17). Por isso, quando as bodas do Cordeiro com sua noiva atingir seu clímax (Ap 19.7), esse clamor de trombeta será muitíssimo apropriado. Da mesma forma, a trombeta foi usada como sinal da vinda do Senhor para resgatar o seu povo da opressão hostil (Sf 1.6; Zc 9.14). Foi o sinal de seu livramento. Assim também o último sonido de trombeta será o sinal para os mortos ressurgirem, para os vivos se transformarem e para que todos os eleitos de Deus sejam reunidos dos quatro ventos (Mt 24.31) para o encontro do Senhor.
Essa descida do Rei dos reis, acompanhado dos anjos e remidos entre nuvens, será visível, audível, e majestosa. Ele virá para juízo e também para livramento (Mt 25.31-46). O arrebatamento
Não estaremos usando aqui o termo "arrebatamento" no mesmo sentido utilizado pelos dispensacionalistas. Os dispensacionalistas pregam um arrebatamento invisível e inaudível. Não subscrevemos a doutrina do arrebatamento secreto e distinto da segunda vinda visível. Não entendemos que o ensino dispensacionalista, que afirma que a segunda vinda de Cristo se dará em dois turnos, um secreto e outro visível, tenha amparo nas Escrituras. Cremos, sim, que a segunda vinda será única, visível, audível, e gloriosa.
Como essa palavra "arrebatamento" foi usada no Novo Testamento? Warren Wiersbe sugere quatro formas diferentes dessa palavra que lançam luz sobre o arrebatamento dos salvos.
Em primeiro lugar, foi usada no sentido de arrebatar rapidamente (At 8.39). Filipe foi arrebatado rapidamente da presença do eunuco. Quando Cristo vier no ar, entre nuvens, os mortos em Cristo ressuscitarão com corpos gloriosos e nós os que estivermos vivos seremos transformados e arrebatados rapidamente como num piscar de olhos (I Co 15.52).
Em segundo lugar, foi usada no sentido de arrebatar pela força (Jo 6.15). A multidão estava com o intuito de arrebatar Jesus para fazê-lo rei. Cristo nos arrebatará e nos tomará da terra. Nada nos deterá aqui. Nada nos prenderá a este mundo. Não hesitaremos como a mulher de Ló. Seremos arrancados como por uma força magnética. Seremos atraídos a Jesus pelo seu poder para encontrá-lo nos ares.
Em terceiro lugar, foi usada no sentido de arrebatar para um novo lugar (2Co 12.3). Paulo foi arrebatado da terra para o céu.
Jesus foi preparar-nos um lugar (Jo 14.3). Quando ele vier, ele vai nos levar para a casa do Pai. Nós somos peregrinos aqui neste mundo. Nossa casa permanente não é aqui. Nossa pátria não está aqui. A nossa pátria está no céu (Fp 3.20,21). Em quarto lugar, foi usada no sentido de arrebatar do perigo (At 23.10). Paulo foi arrebatado da turba de judeus que queria matá-lo. O mundo está maduro para o juízo. O mundo sofrerá o ardor da ira de Deus no seu justo julgamento. Porém, nós não entraremos em juízo condenatório. Não estamos destinados para a ira, mas para vivermos em deliciosa comunhão com o Senhor por toda a eternidade. A eternidade com o Senhor
Os salvos serão arrebatados para viverem eternamente com o Senhor. A eternidade é mais do que uma duração infinita de tempo; é uma qualidade superlativa de vida. A eternidade é uma reunião, em que os salvos estarão para sempre com o Senhor. A essência da vida eterna é comunhão com Deus e com o seu Filho (Jo 17.3).
A palavra grega apanthesis, "reunião", "encontro" tem um sentido técnico no mundo helenístico em relação à visita de dignitários às cidades,
onde o visitante seria formalmente encontrado pelos cidadãos, ou uma delegação deles, que sairiam da cidade para esse propósito e, então, seria cerimonialmente escoltado de volta para a cidade. O sentido original era de "encontrar-se com alguém da realeza ou com alguma pessoa importante".
Como será essa reunião com o Senhor?
Em primeiro lugar, esse encontro será a festa apoteótica das bodas do Cordeiro. A eternidade não será uma sucessão de tempo interminável, monótona, e entediante. A eternidade será uma festa que nunca vai acabar. A Bíblia diz que esse será como um dia eterno da celebração das bodas do Cordeiro. As bodas tinham quatro estágios:
O compromisso do noivado. Cristo se comprometeu em amor com sua noiva. Ela está se preparando e se ataviando para o seu noivo.
A preparação para o casamento. Nesse tempo o noivo paga o dote pela noiva e a noiva se atavia para o noivo. Cristo morreu pela sua igreja e a igreja está se preparando para receber Jesus.
O cortejo do noivo à casa da noiva com seus amigos. O noivo é acompanhado dos amigos com música até a casa da noiva. Cristo virá com os anjos e os remidos ao som da trombeta de Deus para buscar a sua noiva, a igreja. Depois ele voltará com a sua noiva gloriosa para a casa do Pai.
A festa das bodas, então, tem início. Este será o encontro íntimo, eterno, e bendito entre o Cordeiro e sua noiva, quando pela eternidade sem fim desfrutaremos de sua presença e nos deleitaremos em sua comunhão. Não apenas teremos total e íntima comunhão com Cristo, mas também vamos nos relacionar intimamente uns com os outros. Seremos uma só família, um só rebanho (I Co 13.12).
Em segundo lugar, esse encontro será glorioso. A vinda de Cristo será um dia de trevas para os inimigos do Cordeiro e um dia de glória para a igreja. A Babilônia, o falso profeta, o anticristo, o dragão, a morte e aqueles que não tiveram seus nomes inscritos no Livro da Vida serão lançados no lago de fogo. Porém, os remidos, com corpos luminosos como o sol em seu fulgor, subirão para reinarem com Cristo por toda a eternidade. Entrarão, enfim, naquele lar onde não haverá mais dor, nem lágrimas, nem luto. Então, se cumprirá o desejo de Cristo, que nós pudéssemos um dia ver sua glória e compartilhar dela (Jo 17.22-24). O
apóstolo Paulo diz que essa esperança bendita nos ajuda a enfrentar os sofrimentos do tempo presente (Rm 8.18), pois em comparação com a glória que será revelada em nós, as nossas tribulações, aqui, são leves e momentâneas (2 Co 4.17).
Em terceiro lugar, esse encontro será eterno (l Ts 4.17). O apóstolo Paulo acentua: "E, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (4.17). O propósito da redenção não é apenas nos livrar da condenação, mas também nos conduzir à comunhão com Cristo para sempre e sempre. Nesse encontro não haverá despedidas nem adeus. António Hoekema refutando a tese dispensacionalista de um arrebatamento pré-tribulacional, escreve:
A ideia que depois de encontrar com o Senhor nos ares estaremos com ele durante sete anos no céu, e mais tarde durante mil anos sobre a terra, é pura especulação e nada mais. A unidade eterna com Cristo na glória é o claro ensino desta passagem, e não um arrebatamento prétribulacional.
Howard Marshall corretamente afirma que a ideia da existência interminável não é especialmente atraente ou consoladora se não é melhor do que a vida atual. Para o cristão, no entanto, a vida aqui e agora é a vida em comunhão com Jesus, e a esperança futura é de uma vida ainda mais estreitamente ligada a ele.
Duas conclusões devem ser extraídas dessa magnífica passagem:
A segunda vinda de Cristo marcará o fim das oportunidades. Desde o momento em que o Senhor surge nas nuvens do céu e se põe a descer, não haverá mais oportunidade para a conversão. Ele não vem para salvar, mas para julgar, diz William Hendriksen. Ele não vem mais como o servo sofredor, mas como o rei vitorioso. Ele não vem mais com as marcas dos cravos em suas mãos, mas com o cetro de ferro para subjugar as nações. Quando a trombeta soar não haverá mais tempo para se preparar. A porta estará fechada e, então, será tarde demais para se buscar a salvação. Agora é o tempo aceitável. Hoje é o dia da salvação.
A segunda vinda de Cristo deve encher o coração dos salvos de consolo. O propósito de Paulo em ensinar sobre a segunda vinda de Cristo e a ressurreição não é alimentar a curiosidade frívola, mas consolar os crentes. Uma vez esclarecido que os que adormecem em Cristo não sofrem nenhuma desvantagem em relação aos sobreviventes, surge, pois, uma
sólida base para o encorajamento, diz William Hendriksen. Aqueles que crêem em Cristo e foram perdoados; cujos nomes estão escritos no Livro da Vida, não têm motivo para se entristecerem. Eles devem animar uns aos outros uma vez que caminhamos não para uma tumba fria, mas para o alvorecer da ressurreição. Nosso destino é a glória. Nossa pátria é o céu. Temos uma viva e bendita esperança. Temos uma imarcescível coroa para receber. Temos uma mui linda herança. Temos pela frente o paraíso, a casa do Pai, o lar celeste, a nova Jerusalém, a bem-aventurança eterna!

                                                          Capítulo 6
 

              A CELEBRAÇÃO VITORIOSA DAS BODAS DO CORDEIRO DE DEUS 
                                           EM SUA GLORIOSA VINDA

Estamos chegando ao momento culminante da história da humanidade. Nos capítulos 1-11 de Apocalipse vemos a perseguição do mundo sobre a igreja e como Deus enviou seus juízos sobre ele. Nos capítulos 12-22, observamos como essa batalha se torna mais renhida e agora o dragão, o anticristo, o falso profeta e a grande meretriz se ajuntam para perseguir o Cordeiro e a sua igreja.
Nos capítulos 17 e 18 vemos como o sistema do mundo, representado pela religião falsa e os sistemas político e econômico entram em colapso. Agora João tem a visão da alegria do céu pela queda da Babilônia, a alegria do céu pelas bodas do Cordeiro e a visão da gloriosa vinda de Cristo e sua vitória retumbante sobre seus inimigos. O tema deste capítulo está baseado em Apocalipse 19.1-21. Os céus celebram o triunfo final de Deus sobre a grande meretriz
Destacaremos aqui quatro pontos:
Em primeiro lugar, a meretriz  que corrompia a terra e matava os servos de Deus está sendo julgada (Ap 19.2). Deus não pode premiar o mal. Ele é justo. Quando a Babilônia caiu, a ordem foi dada no céu: "Exultai sobre ela, ó céus, e vós, santos, apóstolos e profetas, porque contra ela julgou a vossa causa" (Ap 18.20). Jesus está julgando a meretriz, a falsa igreja, e casando-se com sua noiva, a verdadeira igreja. Ao mesmo tempo em que a religião prostituída diz: Ai, Ai, a noiva do Cordeiro, a igreja, diz: Aleluia!
Em segundo lugar, o poder do mundo que é transitório está caindo (Ap 19.1). A grande meretriz, o sistema religioso, político e econômico que dominou o mundo e ostentou sua riqueza, poder e luxúria, entra em
colapso. O mundo passa. Na segunda vinda de Cristo esse sistema estará completamente destruído.
Os céus se regozijam porque Deus está julgando os seus inimigos. Deus está no trono. Dele é a salvação, a glória e o poder. O poder da falsa religião caiu. As máscaras da falsa religião caíram. O falso sistema religioso é condenado por dois motivos: 1) Corrompeu a terra com a sua prostituição (Ap 19.2) - levou as nações a se curvarem diante de ídolos. Desviou as pessoas do Deus verdadeiro. Ensinou falsas doutrinas. Esforçou-se para produzir apóstatas em vez de discípulos de Cristo; 2) Matou os servos de Deus (Ap 19.2) — a falsa religião sempre se opôs à verdade e perseguiu os arautos da verdade. Ela matou os santos, os profetas, os apóstolos e tantos mártires ao longo da História.
Em terceiro lugar, a condenação desse sistema do mundo é eterna (Ap 19.3). Não apenas o mal será vencido, mas os malfeitores serão atormentados eternamente. A Bíblia fala sobre penalidades eternas. Não existe nada de aniquilação, mas de tormento sem fim.
Em quarto lugar, a igreja e os anjos adoram a Deus porque ele está reinando (Ap 19.4-6). Deus sempre esteve no trono. O inimigo sempre esteve no cabresto de Deus. Mas agora chegou a hora de colocar todos os inimigos debaixo dos seus pés. Agora chegou o dia do julgamento do Deus Todo-poderoso. Todos os inimigos serão lançados no lago do fogo. O livro de Apocalipse é o livro dos Tronos. Deus agora conquista os tronos da terra. O trono do diabo, do anticristo, do falso profeta, da Babilônia, dos poderosos do mundo. Todos estarão debaixo dos pés de Jesus. Os impérios poderosos cairão. As superpotências econômicas cairão. Os déspotas cairão. Todo joelho vai se dobrar diante do Senhor. Aleluia porque só o Senhor reina! O coro celestial é unânime: "Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-poderoso" (Ap 19.6). Os céus celebram o casamento da noiva com o seu Noivo, o Cordeiro de Deus
Destacamos quatro verdades gloriosas sobre o casamento de Cristo com sua igreja:
Em primeiro lugar, enquanto a meretriz  é julgada, a noiva é honrada (Ap 19.7,8). Enquanto a meretriz, a falsa igreja é julgada; a
verdadeira igreja, a noiva do Cordeiro é honrada. Enquanto a meretriz tem suas vestes manchadas de prostituição e violência, as vestes da noiva do Cordeiro são o mais limpo, o mais puro e o mais fino dos linhos.
A noiva se atavia, mas as vestes lhe são dadas. A igreja se santifica, mas essa santificação vem do Senhor. A igreja desenvolve a sua salvação, mas é Deus quem opera em nós tanto o querer como o realizar.
Em segundo lugar, os bem-aventurados convidados para as bodas e a noiva são as mesmas pessoas (Ap 19.9). Essa é uma subreposição de imagens. A noiva é a igreja e os convidados para as bodas são todos aqueles que fazem parte da igreja. Os convidados e a noiva são uma e a mesma coisa. A igreja é o povo mais feliz do universo. A eternidade será uma festa que nunca acabará.
Em terceiro lugar, o noivo é descrito como Cordeiro (Ap 19.9). Ele quer ser lembrado pelo seu sacrifício pelo pecado. Como noivo da igreja ele quer ser amado e lembrado como aquele que deu sua vida pela sua amada.
Em quarto lugar, as bodas falam da consumação gloriosa do relacionamento com sua igreja (Ap 19.7). O casamento de Cristo com sua igreja será um casamento perfeito, sem crise, sem divórcio. O casamento mais decantado no século 20 foi o do príncipe Charles e a princesa Diana, na Inglaterra. Esse casamento acabou em tragédia. Porém, o casamento de Cristo com sua igreja jamais enfrentará crise, jamais passará por divórcio.
Para entendermos essa figura de linguagem que descreve o casamento de Cristo com a igreja, precisamos compreender que o pano de fundo para essa metáfora é o casamento dentro da cultura judaica. Como se processava o casamento na cultura dos hebreus? Havia quatro estágios importantes:
Primeiro, o noivado. Era algo mais profundo do que um compromisso significa para nós. A obrigação do matrimônio era aceita na presença de testemunhas e a bênção de Deus era pronunciada sobre a união. Desde esse dia o noivo e a noiva estavam legalmente casados (2 Co 11.2).
Segundo, o intervalo. Durante o intervalo o esposo paga ao pai da noiva um dote.
Terceiro, a procissão para a casa da noiva. Ao final do intervalo o noivo sai em procissão para a casa da noiva. A noiva se prepara e se atavia. O noivo em seu melhor traje é acompanhado de seus amigos que cantam e levam tochas e seguem em direção à casa da noiva. O noivo recebe a noiva e a leva em procissão ao seu próprio lar.
Quarto, as bodas. As bodas incluem a festa das bodas que durava sete ou quatorze dias. Agora a igreja está desposada com Cristo. Ele já pagou o dote por ela. Ele comprou a sua esposa com seu sangue. O intervalo é o período que a noiva tem para se preparar. Ao final desse tempo, o noivo vem acompanhado dos anjos para receber a sua noiva, a igreja. Agora começam as bodas. O texto registra esse glorioso encontro: "Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas às bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou" (Ap 19.7). As bodas continuam não por uma semana, mas por toda a eternidade. Oh, dia glorioso será aquele! Os céus se abrem para a vinda triunfal do Noivo, o Rei dos reis
Destacaremos cinco verdades para a nossa reflexão:
Em primeiro lugar, a aparição do Noivo, o Rei dos reis (Ap 19.11). João vê Jesus vindo vitoriosamente do céu. O céu se abre. Dessa vez o céu está aberto não para João entrar (Ap 4.1), mas para Jesus e seus exércitos saírem (Ap 19.11). A última cena da História está para acontecer. Jesus virá para a última batalha. E o tempo da grande tribulação. Satanás estará dando suas últimas cartadas. O anticristo e o falso profeta estarão seduzindo o mundo e perseguindo a igreja. Mas Jesus aparece como o supremo conquistador. Ele aparece repentinamente em majestade e glória!
Em segundo lugar, a descrição do Noivo, o Rei dos reis (Ap 19.1113,15,16). O Noivo é Fiel e Verdadeiro (Ap 19.11). Essa verdade está em contraste com o anticristo que é falso e enganador.
O Noivo também é aquele que a tudo perscruta (Ap 19.12). Seus olhos são como chamas de fogo. Nada ficará oculto do seu profundo julgamento. Ele vai julgar suas palavras, obras e os segredos do seu coração. Aqueles que escaparam do juízo dos homens não escaparão do juízo de Deus.
O Noivo é o vencedor supremo (Ap 19.12b). "Na sua cabeça há muitos diademas." Ele tem na sua cabeça a coroa do vencedor e do conquistador. Quando ele entrou em Jerusalém, ele montou em um jumentinho, como um servo. Mas agora ele cavalga um cavalo branco. Ele tem na sua cabeça muitas coroas, símbolo da sua suprema vitória.
O Noivo é insondável em seu ser (Ap 19.12c). Isso revela que nós jamais vamos esgotar completamente o seu conhecimento.
O Noivo é a Palavra de Deus em ação (Ap 19.13). Deus criou o universo por intermédio da sua Palavra. Agora Deus vai julgar o mundo pela sua Palavra. Jesus é o grande juiz de toda a terra.
O Noivo é o amado da igreja e o vingador de seus inimigos (Ap 19.13,15). Seu manto está manchado de sangue, não o sangue da cruz, mas o sangue dos seus inimigos (Is 63.2,3). Ele vem para o julgamento. Ele vem para colocar os seus inimigos debaixo dos seus pés. Ele vem para recolher os eleitos na ceifa e pisar os ímpios como numa lagaragem (Ap 14.17-20). Ele vem para julgar as nações (Mt 25.31-46).
O Noivo é o REI DOS REIS E O SKNHOR DOS SENHORES (Ap 19.16). Deus o exaltou sobremaneira. Deu-lhe o nome que está acima de todo nome. Diante dele todo joelho deve se dobrar: o diabo, o anticristo, o falso profeta, os reis da terra, os ímpios.
Em terceiro lugar, os exércitos ou acompanhantes do Noivo, o Rei dos reis (Ap 19.14). O Rei virá em glória. Ao clangor da trombeta de Deus. Ao som do trombeta do arcanjo. Cristo descerá do céu. Todo o olho o verá. Ele virá pessoalmente, fisicamente, visivelmente, audivelmente, poderosamente, triunfantemente. O rei virá com o seu séquito: os anjos e os remidos (Mt 24.31; Mc 13.27; Lc 9.26; I Ts 4.13-18; 2 Ts 1.7-10). Um exército de anjos descerá com Cristo. Os salvos que estiverem na glória virão com ele entre nuvens. Todos como vencedores, montados em cavalos brancos. Todos com vestiduras brancas. Outrora, a nossa justiça era como trapos de imundícia, mas agora, vamos vestir vestiduras brancas. Somos justos e vencedores.
Em quarto lugar, a derrota dos inimigos pelo Rei dos reis é descrita em toda a sua hediondez (Ap 19.17,18). Enquanto os remidos são convidados para entrar no banquete das bodas do Cordeiro, as aves são
convidadas a se banquetearem com as carnes dos reis, poderosos, comandantes, cavalos e cavaleiros. Há um contraste entre esses dois banquetes: O primeiro é o banquete da ceia nupcial do Cordeiro, que todos os santos são convidados (Ap 19.7-9). O segundo, o banquete dos vencidos, que todas as aves de rapina são convocadas. Isso indica que todo o poder terreno chegou ao fim. A vitória de Cristo é completa!
Em quinto lugar, o Rei dos reis triunfa sobre seus inimigos na batalha final, o Armagedom (Ap 19.19-21). Essa será a peleja do Grande Dia do Deus Todo-poderoso (Ap 16.14). Os exércitos que acompanham a Cristo não lutam. Porém, Jesus Cristo destruirá o anticristo com o sopro da sua boca pela manifestação da sua vinda (2 Ts 2.8). Todas as nações da terra o verão e o lamentarão (Ap 1.7). Quando os inimigos do Cordeiro se reunirem, então, sua derrota será total e final (Ap 19.19-21). Essa batalha Jesus vence não com armas, mas com a sua Palavra, a espada afiada que sai da sua boca (Ap 19.15).
Aquele dia será dia de trevas e não de luz para os inimigos de Deus. Ninguém poderá escapar. Aquele será o grande dia da ira do Cordeiro e do juízo de Deus. O anticristo e o falso profeta serão lançados no lago do fogo, onde a meretriz também estará queimando (Ap 19.3,20). Eles jamais sairão desse lago. Serão atormentados pelos séculos dos séculos (Ap 20.10). Enquanto os inimigos de Deus estarão sendo atormentados por toda a eternidade, a igreja desfrutará da intimidade de Cristo nas bodas do Cordeiro para todo o sempre.
Em breve Cristo voltará como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Prezado leitor, é Cristo o Senhor da sua vida hoje? Você está preparado para se encontrar com Cristo? Vigie para que aquele grande dia não o apanhe de surpresa.
                                                                   Hernandes Dias Lopes        



                                 Comentário explicativo  versículo por versículo
                                                     César Francisco Raymundo

  (1ª Corintios 15:20-28)   
    Uma vez que Ele porá “todos os inimigos debaixo dos seus pés” e a morte física será o último inimigo a ser destruído, isto significa um reinado progressivo na história humana em que através dos séculos o Senhor vem trazendo restauração aos poucos até atingir o dia perfeito. Não é uma restauração abrupta, mas progressiva. É como diz em Provérbios 4:18:     
 “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”.
    Enquanto o trabalho de conquistar as nações através da pregação do evangelho não for cumprido, o Senhor não virá, porque “convém que o céu o contenha até o tempo da restauração de todas as coisas” (Atos 3:21).
    “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”. (Hebreus 9:27-28)    Essa vinda de Cristo é chamada de “segunda” porque é contrastada com a primeira, o Seu nascimento em Belém. O que Jesus virá fazer na terra em Sua aparição futura? Virá destruir o mundo e estabelecer Seu reino? Ele virá para julgar os vivos e os mortos:

“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.    Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.    Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.    Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.    Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”.                                                           (1 Tessalonicenses 4:13-17)

   O arrebatamento aqui descrito está longe de ser a fantasia ensinada em nossos dias. Os pregadores fizeram muita propaganda encima do tal do “arrebatamento secreto”. Alguns mentiram ao
afirmar que Jesus virá para que você não tenha que morrer. Aviões se chocando contra prédios, carros desgovernados, locais públicos com milhares de pessoas desaparecendo é tudo produto da mente fértil de falsos mestres.     O verdadeiro arrebatamento virá na sequência da ressurreição dos mortos. Toda a criação ressuscitará, a vida tomará conta e o que ficar para trás será condenado. Ao falar sobre o encontro de vivos e mortos com Cristo, o apóstolo Paulo usou uma cena comum em seus dias. R. C. Sproul expressou isto:
    “O objetivo das imagens aqui ecoa e reflete algo que era comum no mundo contemporâneo em que Paulo escreveu - ou seja, o padrão e a prática do retorno triunfal a Roma dos exércitos romanos...    Depois de vencer uma batalha, os exércitos Romanos acampariam fora da cidade e mandariam um mensageiro anunciar a sua chegada. A cidade passaria então a ser preparada com uma decoração e um arco de triunfo. Em um momento pré-arranjado, um sinal seria feito através de trombetas para que fosse destruído. Ou seja, quando os exércitos marchariam em triunfo na cidade.    Mas antes de começarem a marcha ao sinal da trombeta, todo mundo que era um cidadão real de Roma seria convidado para vir para fora da cidade para participar do desfile de marcha de volta através do arco do triunfo com o exército vitorioso... .    Com isso, o nativo de Pittsburgh concluiu: “O que eu ouço que Paulo está dizendo é que quando Jesus voltar, ele vai voltar a esta terra com toda a sua Igreja, a Igreja será arrebatada para encontrálo enquanto ele descer e vai continuar a descer junto com sua comitiva inteira dos crentes”.     Mais especificamente, citando os ensinamentos de Paulo, Sproul afirmou que aqueles que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro e serão levados para o ar e os que estão vivos na segunda vinda de Cristo também serão levados para o encontro com o Senhor enquanto ele descer”.    Sobre quando tudo isso ocorre, isto é desconhecido”.42 

   Com a ressurreição dos mortos e o arrebatamento dos vivos vem também a ira de Deus contra os homens ímpios: 
    “E esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura”.                                                            (1ª Tessalonicenses 1:10)
 
   Mateus 24 e a  vinda de Cristo 
  Comentário explicativo  versículo por versículo
                                   César Francisco Raymundo





       

Russel Shedd - Comentário da Bíblia

2 Tessalonicenses

O Arrebatamento dos Santos, 4.13-18
O Dia do Senhor, 5.1-11
4.13 Dormem representa  a  palavra  grega  que  descreve  14  vezes  no  NT  a  morte exclusivamente  do  crente  (cf.  Jo  11.11).  Não  nos  dá  informação  sobre  o  estado  entre  a morte  e  a  ressurreição  além  de  afirmar  que  dormir  em  Cristo  garante  voltar  juntamente com Ele no dia da ressurreição (v. 14). Tanto em morte como em vida estamos com Ele (5.10;  Fp  1.23),  portanto  a  nossa  tristeza  é  devida  somente  à  separação  temporária enquanto a morte do incrédulo é separação eterna (cf. 2 Ts 1.9).
4.15Em  vv.14-18  Paulo  apresenta  ensino  sobre  o  arrebatamento  da  Igreja.  Claramente encontramos:
1) A vinda do Senhor (parousia, ver 2 Ts 2.1n) se realizará na descida do Senhor do céu;
 2) A ressurreição dos crentes depende da ressurreição de Cristo (v. 14);
3) Os salvos ressuscitarão antes dos outros acontecimentos ligados com sua vinda (v. 16; cf.  Ap  20.4-6); 
4)  O  encontro  com  o  Senhor,  dos  mortos  e  vivos,  nos  ares  significa permanência no novo corpo glorioso (1 Jo 3.2, 1Co 15.51-53) na presença de Cristo que então deve proceder para a terra na companhia dos santos (1 Co 6.2; Ap 20.4).
4.18Consolai-vos. N.  Hom. A  bendita  esperança  da  Vinda  do  Senhor:
 1)  Encoraja  a evangelização do mundo (Mc 13.10);
 2) Tira o temor (Jo14.1-3);
3) Dá firmeza na obra do Senhor (1 Co 15.50-58);
4) Dá consolação na perda de uma pessoa amada (1 Ts 4.18);
 5) Purifica a vida em santidade (Tt 2.12-14; 2 Pe 3.11, 12; 1 Jo 3.3).
 5.2 O Dia do Senhor, é uma frase do AT significando a intervenção divina na história com salvação e julgamento (Is 2.12, 13.6, Sf 1.14; 3.11, 16). No NT refere-se à Segunda Vinda do Senhor (Lc 17.24; 1 Co 1.8).
5.8 A  maneira  de  vigiar  para  que  o  dia  do  Senhor  não  nos  sobrevenha  com  "repentina destruição"  (v.  4)  é  sermos do  dia  (5;  cf.  Jo  8.12),  sermos  sóbrios  (desembaraçar-se  de todo pecado e peso, Hb 12.1) e vestir-nos de fé no Senhor (Ef 2.8), amor aos irmãos (1 Ts 4.9) e esperança nas promessas (1 Pe 1.3, 13, 21).
5.9Destinou (gr etheto)é  uma  palavra  muito  mais  suave  do  que predestinou  (Rm  8.29, 30). A iniciativa da nossa salvação da ira de Deus tem origem no seu amor manifestado na morte de Cristo por nós (v. 10; Rm 5.8).
 5.12,14 A construção  no  grego  dá  a  entender  que  é  :um  só  grupo  (os  anciãos,  também chamados bispos, At 20.17, 28; note a referência a pastorear donde vem o termo pastor) que  preside,  trabalha  e  admoesta  os  crentes.  Mas  não  somos  encorajados  a  elevar  o pastor a uma classe clerical conquanto os crentes saltem com a responsabilidade (v. 14).
5.23 Espírito, alma e corpo, Não prova coisa alguma acerca da psicologia do homem (cf. Mc 12.30). O alvo desta oração é a santificação total do homem.
Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios
A RESSURREIÇÃO CORPORAL, 15.1-58
A Ressurreição de Cristo, um Fato Central da Fé,15.1-20
Seqüência dos Acontecimentos, 15.21-28
A Ressurreição e o Sofrimento do Crente, 15.29-34
Distinção entre o Corpo Atual e o Corpo Ressuscitado, 15.35-49
Vitória Completa sobre a Morte, 15.50-58
15.3,4 Paulo  apresenta  uma  antiga  formulação  que  resume  os  fatos  do  evangelho.
Recebi, dos  outros  apóstolos.  A  crucificação  e  ressurreição  são  os  fatos  centrais. As Escrituras comprovam que Jesus é o Messias predito no AT (Lc 24.25-27). Sepultado. O túmulo vazio confirma a ressurreição corporal.
 15.5-7 As  aparições  comprovam  a  ressurreição.  Não  pretende  ser  uma  lista  completa. Cefas.  Pedro,  em  aramaico  (Jo  1.42).  Cf.  Lc  24.34. Aos  doze. São  os  apóstolos  (Lc 24.36ss). Quinhentos. Possivelmente se manifestou a eles na Galiléia (cf. Mt 28.16ss) ou em  Jerusalém. Dormem. A morte,  assim  denominada  na  literatura  grega  e  hebraica, ganhou  novo  significado  na  ressurreição  de  Cristo. Tiago.  Provavelmente  o  irmão  de Jesus, antes descrente (Jo 7.5; Gl 1.18). Todos os apóstolos. Cf. At 1.4ss.15.8,9A manifestação a Paulo foi a última a ser registrada por ser um ou dois anos após a  ascensão.  Paulo  era  um  apóstolo  autêntico  porque  viu  o  Senhor  pessoalmente  e  foi comissionado por Ele (At 22.14s).
15.10A graça de Deus transforma o indigno (2 Co 11.5).15.12,13 Em  geral,  os  gregos  consideravam  toda  a  matéria  inerentemente  má,  por  isso rejeitavam  a  ressurreição.Os  judeus  acreditavam  que  cada  átomo  do  corpo  sepultado ressuscitaria  literalmente.  Paulo  corrige  os  dois  erros  neste  capítulo.
 15.14-18 Negar  a ressurreição  de  Cristo  seria  tornar  o  cristianismo  em  ilusão.  Não  haveria  perdão  dos pecados Rm 4.25). 15.19 A ressurreição é o cerne da esperança do cristão (1 Pe 1.3s).
15.20Mas  de  fato.São  invertidas  todas  as  suposições  anteriores. As  primícias. Cf.  Lv 23.10ss. A ressurreição de Cristo garante a vida eterna para todos os Seus. As primícias asseguram a ceifa.
15.21,22 Não  se  apresenta  a  doutrina  da  salvação  universal. Em  Adão. São  os  que compartilham da sua natureza caída. Todos os que estão em Cristo compartilham da Sua natureza e serão vivificados (2Pe 1.4).
15.23Vindo (grparousia).Usada para uma visita real. Chegou a ter no NT sentido técnico que denota a volta de Cristo.15.24 Oreino de Cristo começou quando Ele foi glorificado (At 2.32; Ef 1.19-23). Através da  Igreja,  consolida  a  vitória  já  ganha  (Cl  2.15)  vencendo  as  forças  restantes  que  se opõem a  Ele. O  fim.  Consumação  da  história.  Cumprida  a  missão,  Cristo  entregará  o Reino ao Pai.
15.26Morte (gr thanatos). Será destruída com efeito retroativo, devolvendo a vida a todas as suas vítimas (Ap 20.12, 15).
15.29 Há  umas  40  interpretações  Seria  uma prática  sem  fundamento  bíblico  que  Paulo aproveita para mostrar a incoerência dos seus oponentes em Corinto.
15.30,31Também nós. Paulo não aceita nem pratica o batismo para os mortos (29). Dia morro. Cf. 2 Co 4.8ss; 11.23ss; Rm 8.36. Glória. Paulo ainda tem confiança nos coríntios.
15.32Feras.  Provavelmente,  Paulo  se  refere  metaforicamente  a  uma  luta  com  homens enfurecidos (2 Co 1.8ss; cf. Sl 22.12-21). Os cidadãos romanos não eram forçados a lutar com animais. Comamos... Provérbio comum (Is 22.13). A vida sem a ressurreição perde o sentido.
15.33Conversações. Melhor:  associações,  amizades. Bons  costumes.  Comportamento moral. O relaxamento moral resulta das deficiências doutrinárias.
15.34Vergonha. Alguns  na  igreja  de  Corinto  não  tinham  discernimento  espiritual  mas estavam em plena, comunhão. Todos são culpados. 15.35-38 Abotânica mostra que a dissolução e a continuidade não são incompatíveis (Jo 12.24). As partes visíveis da semente se decompõem, mas as submicroscópicas resultam em novo corpo.
15.39,40 Carne (gr sarx).A  zoologia  demonstra  diversos  tipos  de  corpos  terrestres. Corpos  celestiais. Há  diversidade  nos  corpos  destinados  ao  ambiente  celestial  (cf. diferentes tipos de anjos).
15.42 Paulo   continua   insistindo   na   ressurreição   corporal. Corrupção. Sujeito   a
decomposição como o cadáver que sem beleza ou forças se destina ao pó (43).
 15.44 Natural (gr psuchikon).O corpo  humano  adaptado  somente  para  a  vida  neste mundo. Espiritual (gr pneumatikon).Não quer dizer um corpo invisível (puro espírito), mas um corpo que corresponderá às necessidades da vida espiritual (2 Pe 3.10, 13).
15.45;46Alma  vivente (gr psuchen-zõsan).O corpo  psicossomático  que  Adão  recebeu herdado  por  toda  a  raça  humana. O  último  Adão. Cristo  tornou-se  a  fonte  da  vida espiritual através da Sua obra redentora (Hb 2.14s; 5.9). 1
15.50 Carne e   sangue. Éa   natureza   psicossomática   do   homem,   que   não   é necessariamente  pecaminosa  (Hb 2.14).Herdar. É  uma  impossibilidade  assim  como  o peixe não pode viver fora da água.
15.51,52Mistério. Vd  n  em  2.7,8. Num  momento(gr atomos).  Unidade  indivisível  de tempo. A trombeta. Os judeus associavam a trombeta com festividades, triunfos e eventos escatológicos. Última. Marcará o fim da história e a vinda de Cristo (Mt 24.31).
15.53,54Se revista. A natureza terrena é comparada com a roupa que precisa ser trotada (2 Co 5.2-4). A palavra. Is 25.8. À profecia, parcialmente entendida pelo profeta, significa o fim da morte (26).
15.55,56 É  uma  canção  triunfante  (Os  13.14). O  aguilhão (gr kentron).É  como o  da abelha ou da serpente. Causa dor e dano. Para o cristão, a morte é como uma picada de um  escorpião  sem  veneno  (Ap  9.10).  O  aguilhão  não  é  a  morte  mas  o  pecado  não perdoado. A lei. Define o pecado e condena o transgressor.

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