quinta-feira, 25 de maio de 2017

Lição 9: Hulda, a Mulher que Estava no Lugar Certo


Lição 9: Hulda, a Mulher que Estava no Lugar Certo

Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 28 de Maio de 2017
Trimestre: 2° de 2017
Texto Áureo
"Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá." (2 Cr 34.24)
Verdade Prática

Quando o povo se corrompe, Deus levanta homens e mulheres como 
instrumentos de advertência contra o pecado.

                                                 Capítulo9

            
                         HULDA: A MULHER QUE
                    ESTAVA NO LUGAR CERTO


     Hulda foi uma mulher sábia e prudente que entrou em cena num período da história de Judá e de Israel em que os reis corromperam-se mais do que os povos ímpios que não reconheciam a Deus. Mesmo vendo a situação calamitosa de seu povo, não se apressou em emitir profecia ou mensagem de sua própria vontade. Porém, no tempo de Deus, ela foi tirada do anonimato e foi usada para transmitir uma mensagem muito dura contra o povo de Judá, no remado de Josias, filho de Amom e neto de Manassés, que foram reis perversos que levaram a na­ção inteira a dar as costas para Deus e voltar-se para a idolatria mais perversa que a Bíblia registra. Josias foi contemporâneo dos profetas Jeremias  (Jr 1.2)  e Sofonias  (Sf 1.1), que o ajudaram em sua missão de reconduzir o povo aos caminhos do Senhor. Mas Deus não quis usar nenhum desses homens para entregar a mais tremenda mensagem de condenação a seu povo por suas iniquidades. Ele quis usar a profetisa Hulda para advertir o povo da grande tragédia que havería de cair sobre Judá e Jerusalém.
       Hulda entrou em cena na história do povo de Judá, mas logo desapareceu após cumprir a missão árdua que Deus lha confiara. Pouco se sabe sobre ela, a não ser que era esposa de Salum, guar­dador das vestiduras, e que habitava em Jerusalém, “na segunda parte” da cidade, ou na “cidade baixa” (2 Rs 22.14). Ela entrou para a história quando o rei Josias tomou conhecimento do conteúdo do livro da Lei, que fora perdido na Casa do Senhor. Ao ouvir a leitura do livro da Lei e as maldições que cairiam sobre seu povo, o rei mandou consultar ao Senhor sobre tamanha desgraça causada pela desobediência do povo. E o sacerdote Hilquias procurou Hulda, a profetisa, para saber como proceder. E Hulda, usada
por Deus, proferiu terrível profecia contra Judá, mostrando que Deus derramaria terrível juízo sobre a desobediência do povo.
        Apesar disso, a mensagem de Deus para o rei Josias foi de amor
e misericórdia. Por meio de Hulda, Deus mandou dizer ao jovem monarca que vira o seu coração humilde e o seu quebrantamento e que não traria mal algum que previra sobre Judá no tempo de seu reinado. De pronto, o rei tomou as medidas urgentes e necessárias para levar o povo ao arrependimento. Ele próprio fez concerto com Deus de obedecê-lo em seu reinado. Depois, levou o povo a fazer o concerto com Deus. E, de forma mais concreta, mandou retirar todas as abominações que o povo adotara em Judá e Jerusalém.

                  I  -  HULDA, VIVENDO NUM TEMPO
                                    DE CRISE
1.  Quem Foi Hulda

Foi uma serva de Deus  que demonstrou ter um caráter firme, decidido e discreto, num tempo em que reis e profetas desviaram-se dos caminhos do Senhor. Pouco se sabe acerca dela. Seu nome, no hebraico, significa “doninha”. O texto em estudo diz que ela era esposa de Salum, filho de Ticva, que era guardador das vestiduras e habitava em Jerusalém, “na segunda parte” da cidade, ou na “cidade baixa”  (2 Rs 22.14). Ela exer­ceu a atividade de profetisa num tempo em que esse ofício era predominantemente confiado a homens. A Bíblia registra que houve apenas mais duas profetisas em toda a história do Antigo Testamento: Miriã, irmã de Moisés  (Ex 15.20), e Débora, que, além de profetisa, era Juíza (Jz 4.4). Hulda entrou em cena num momento especial e dramático da história do reino de Judá, no reinado de Josias  (639-609 a.C).
    Deus não fica impedido de operar quando os homens fogem à sua responsabilidade como líderes para servir a seu povo. Em termos espirituais e morais, a situação de Israel era das piores. Avaliamos melhor o papel de Hulda no meio de seu povo, bem como o seu testemunho eloquente de mulher de Deus, quando vemos, ainda que de forma resumida, o pano de fundo histórico em que ela vivia. O texto bíblico dá a entender que Hulda re­conhecia o seu lugar como profetisa, mas ela só entrou em ação quando foi solicitada.

2.  Ascensão e Decadência do Reino
        Hulda viveu no tempo do  reinado  do rei Ezequias.  Ele foi um  grande rei usado por Deus  de forma extraordinária (716-687 a.C). Porém, ele terminou mal os seus dias por ter dado lugar à exaltação em sua vida. O sucesso em seu reinado e o êxito como administrador fizeram-no sentir-se orgulhoso (2 Cr 32.25). A Bíblia adverte:  “A soberba precede a ruína, e
a altivez do espírito precede a queda”  (Pv  16.18). Sua pros­peridade superou a de muitos reis que o antecederam  (2 Cr 32.27-30), mas ele não soube administrar o sucesso sem perder a humildade. Quando cometeu a imprudência de revelar segre­dos a emissários da Babilônia, Deus repreendeu-o, prometendo juízo sobre seu povo em tempos posteriores. Numa demons­tração de egocentrismo, ele disse que era boa aquela palavra
(2 Rs 20.19). Ezequias é o exemplo de líder que foi escolhido por Deus, que realizou um excelente ministério, mas que não soube consolidar os resultados até o fim. Ele começou bem e terminou de forma melancólica.

               II  - HULDA VÊ O TEMPO DO
                            AVIVAM ENTO
Podemos afirmar que Hulda era uma mulher de oração, de profunda comunhão com Deus em seu ofício incomum de profetisa, num tempo em que os homens eram as referências no ministério profético de caráter nacional. Ela testemunhou os desvios e desmandos de Ezequias e seus sucessores. Certamente, com angústia na alma, ela pedia a Deus a mudança daquele quadro. Humanamente, isso era impossível, mas quando Deus quer agir, o impossível não faz parte de sua linguagem. Se os outros reis não tomaram conhecimento de seu ministério profético, Hulda viu Deus trabalhar de forma evidente para ouvir suas orações e levantou um menino para promover mudanças impactantes no reino de Judá.

                         III  - HULDA É USADA POR DEUS

1.  A Dura Mensagem de Deus
       Hulda podería ter sido usada como outros profetas que, ao contemplarem os desvios do povo, levantaram-se para combater reis, sacerdotes e o povo em geral. Ela, porém, ficou no seu lugar. Essa atitude fazia parte do seu caráter reservado. No tempo de Deus, ela foi apresentada a serviço do seu povo. O sumo sacerdote Hilquias e os demais assessores do rei foram procurar a profetisa Hulda para saber o que iria acontecer com Judá, tendo em vista a grande pecaminosidade de seu povo, motivada pela desobediênncia à palavra de Deus. Os emissários relataram o grave acontecimento por terem tomado conhecimento dos terríveis castigos previstos na Lei de Deus para as transgressões deliberadas do povo. Desse modo, cumprindo sua missão, ainda que num tempo bastante curto como fiel mensageira do Senhor, Hulda deu a resposta ao rei: “E ela lhes disse: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá. Porque me deixaram e queimaram incenso perante outros deuses, para me provocarem à ira com toda a obra das suas mãos; portanto, o meu furor se derramou sobre este lugar e não se apagará” (2 Cr 34.23-25).
       Tanto o rei como os seus assessores já sabiam da gravidade da
situação quando ouviram a leitura do livro da lei que foi achado
na Casa do Senhor.
      Talvez, o povo mais abençoado por Deus, o povo de Israel, por motivos estranhos, nunca permaneceu por longo período em obediência plena ao Senhor. O livro de Juizes mostra a obstinação do povo em pecar, em afastar-se dos caminhos do Senhor. Quando obedeciam a Deus, havia paz, havia bonança e prosperidade. Quando desobedeciam, havia guerra, opressão, cativeiro, escassez e miséria. Por misericórdia, Deus sempre dava
um escape, mas a desobediência sempre foi recorrente no meio daquele povo. No texto em estudo, vemos o povo do reino do Sul, em Judá, numa situação espiritual deplorável. Dá a entender que já fazia muito tempo que a lei sequer era lida perante o povo. O livro da Lei estava perdido!
      A resposta profética de Hulda resume a situação de miséria espiritual do povo: idolatria vergonhosa, a ponto de deixarem de adorar ao Deus de seus pais, que os tirou do cativeiro egípcio e os levou pelo deserto abrasador em segurança até Canaã; o povo inclinava-se perante ídolos ou deuses feitos pelas mãos dos ho­mens, provocando a ira do Senhor. A sentença de Deus através de Hulda foi: “[...] o meu furor se derramou sobre este lugar e não se apagará” (v. 25). Era o prenúncio do cativeiro de Judá anos depois.

2.  Hulda Profetiza para o Rei Josias
       Deus sabe separar aquele que é bom no meio dos maus; ele sabe ver o justo no meio da injustiça; Ele reconhece o caráter de homens que não se corrompem no meio da multidão dos corrompidos. Ele viu Noé e sua família no meio da população mundial de sua época e considerou-os dignos de serem poupados da destruição do Dilúvio. Na crise espiritual de Judá e Jerusalém, Deus mostrou à profetisa Hulda que o rei Josias não seguiu os
maus caminhos de seus pais, mas humilhou-se diante de Deus, reconhecendo a calamidade espiritual de seu povo quando tomou conhecimento do que estava escrito no livro da Lei, além das maldições que eram previstas por Deus para a nação desobediente e idólatra. E, assim, ela fez saber a Josias que tinha visto o seu coração sincero perante seu Deus. A profecia de Hulda para Josias foi um alento para ele, face o seu desespero diante da tragédia que estava prevista sobre seu povo.
    
        Disse Hulda aos mensageiros do rei:
“Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar ao Senhor, assim lhe direis: Assim diz o
Senhor, Deus de Israel, quanto às palavras que ouviste: Como o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante Deus, ouvindo as suas palavras contra este lugar e contra os seus habitantes, e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te tenho ouvido, diz o Senhor.Eis que te ajuntarei a teus pais, e tu serás recolhido ao teu sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus habitantes. E voltaram com esta resposta ao rei” (2 Cr 34.2628)

      Deus teve misericórdia do jovem rei de Judá. Sua resposta para ele, através de Hulda, mostra que o Senhor considerou as atitudes corretas de Josias.
      O seu coração ficou enternecido, ou seja, ficou sensível, quebrantado; ele humilhou-se perante Deus quando ouviu a leitura do livro sagrado, que fora desprezado de forma tão irresponsável por seus pais; num sinal de profunda tristeza, vergonha e dor pela situação de seu povo perante Deus, ele rasgou suas vestes; mais que isso, Josias chorou diante de Deus. O Senhor agrada-se quando um homem prostra-se humilhado ante os próprios pecados ou então quando se humilha, intercedendo por outros ou por seu povo. É interessante notar que Josias não viu tais comportamentos em seu
pai e em seu avô. Pelo contrário, ele viu a desobediência, a rebeldia e a obstinação deles em andar de modo contrário à vontade de Deus.
Porém, mesmo sendo muito jovem, ele entendeu que o caminho seria o do retorno à vontade do Senhor. Por isso, quebrantou-se e foi reconhecido por Deus. Diz a Bíblia: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (SI 51.17). A resposta de Deus a Josias foi altamente positiva e confortadora para ele: “Eis que te ajuntarei a teus pais, e tu serás recolhido ao teu sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus habitantes” (2 Cr 34.28).
      
3.  O Efeito da Profecia sobre Judá e Jerusalém
      Quando um profeta merece credibilidade, sua palavra é reconhecida como sendo da parte de Deus por ser diferente da dos falsos profetas (Dt 18.18-22). Após ouvir a mensagem pro­fética de Hulda, Josias tomou de imediato algumas medidas que demonstram o seu cuidado e zelo em ouvir a voz de Deus. Ele fez uma convocação urgente “a todos os anciãos de Judá e Jeru­salém”. As mudanças numa nação ou numa igreja só têm efeito se começarem pela liderança. Em segundo lugar, ele próprio “subiu à
Casa do Senhor com todos os homens de Judá e os habitantes de Jerusalém, e os sacerdotes, e os levitas, e todo o povo, desde o maior até ao menor”. Depois de reunir todo o povo, “ [...]  ele leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto, que se tinha achado na Casa do
Senhor”  (2 Cr 34.29,30). Até então, apenas o rei e seus assessores tinham conhecimento do conteúdo do livro da Lei e das maldições previstas contra a desobediência do povo. Por isso, Josias providenciou para que a leitura do livro fosse feita perante todo o povo, a exemplo do-que fizera Esdras, o sacerdote, no tempo de Neemias, diante todo o povo (Ne 8.2,3).
       Todas essas medidas eram de caráter conscientizador, mas faltavam as medidas de caráter prático. Somente a conscientiza­ção e o arrependimento sem as mudanças concretas, na prática, no dia-a-dia do povo, nada resolvem. O rei foi sábio e corajoso. Primeiramente, ele próprio fez concerto com Deus para obedecer a sua palavra: “E pôs-se o rei em pé em seu lugar e fez concerto perante o Se n h o r, para andar após o Senhor
e para guardar os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus estatutos, com todo o seu coração e com toda a sua alma, cumprindo as palavras do concerto, que estão escritas naquele livro”  (2 Cr 34.31). Ele entendeu que precisava dar o exemplo de liderança e, antes de propor um concerto do povo com Deus, assumiu o compromisso diante de Deus e do povo de pautar seu reino pelos mandamentos do Senhor.
     Em seguida, ele levou o povo a fazer o concerto com Deus:
“E fez estar em pé a todos quantos se acharam em Jerusalém e em Benjamim; e os habitantes de Jerusalém fizeram conforme o concerto de Deus, do Deus de seus pais” (2 Cr 34.32). Por fim, Josias usou da autoridade que Deus concedera a ele e determinou que “todas as abominações” fossem tiradas do meio de Israel. Tais abominações eram os ídolos perante quem seus pais ficavam curvados, afrontando a santidade de Deus, e também as práticas abomináveis que provocaram a ira do Senhor sobre Israel e Judá, como oferecer sacrifícios humanos aos demônios, incluindo crianças inocentes. E Josias usou da sua autoridade respaldada na palavra de Deus para obrigar o povo a oferecer o verdadeiro culto ao Senhor: “E Josias tirou todas as abominações de todas as terras que eram dos filhos de Israel; e a todas quantos se achara em Israel obrigou a que com tal culto servissem ao Senhor, seu Deus; todos os seus dias não se desviaram de após o Senhor,Deus de seus pais” (2 Cr 34.33). Depois das reformas necessá­rias, Josias cumpriu o que Deus determinara e, então, celebrou a Páscoa ao Senhor em Jerusalém (2 Cr 35.1-19).

                             CONCLUSÃO

        A profetisa Hulda foi uma mulher de Deus que teve um pa­pel significante para a história de seu povo, ainda que de modo muito passageiro. Todavia, o que importa é a qualidade de seu trabalho, e não a extensão de seu ministério. Hulda soube colo­car-se discreta e humildemente no lugar que Deus reservou a ela. Mas, no momento certo, entregou a mensagem de condenação de Deus ao povo de Judá, que, de maneira contumaz, afastara-se dos caminhos do Senhor.
    
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Fonte: Apazdosenhor

HULDA - Dicionario Champlin

    No hebraico, «doninha». Esse era o nome da esposa de Salum. Ela era profetisa. Durante o reinado de Josias, ela residia em Jerusalém, no bairro chamado Cidade Baixa. Ver II Reis 22:14-20II Crô. 34:22-28 e comparar comSof. 1:10.
Um rolo da lei mosaica fora descoberto naquele lugar, pelo sumo sacerdote Hilquias, em cerca de 623 A.C. Hulda foi consultada no tocante a denúncias contidas no rolo. Em vista disso, ela anunciou julgamento contra Jerusalém, para um futuro não muito distante; mas também afirmou, diante de Josias, que isso sucederia somente depois de sua morte.
Só tomamos conhecimento da existência dessa mulher por acidente, por causa dessa circunstância. Observamos que os profetas Jeremias e Sofonias agiam ativamente como tais, nesse tempo, pelo que é curioso que essa mulher tenha sido consultada pelo próprio rei. Só podemos supor que o ofício de profetisa, embora menos frisado no Antigo Testamento que o de profeta, deve ter sido consideravelmente respeitado, embora talvez menos do que nas culturas pagãs.
Alguns intérpretes encontram um problema na sorte que ela declarou para o rei Josias. Ela disse que ele seria recolhido aos seus pais «em paz». No entanto Josias morreu em batalha (II Reis 23:29,30). Portanto, ou a profetisa falhou quanto a esse detalhe, conforme muitos intérpretes pensam, ou então, a paz de que ela falou deve ser compreendida como comparativa: Josias não morreu em um período de grande catástrofe nacional.

JOSIAS - Dicionario Champlin
No hebraico, «fundado por Yah», ou «Yah sustenta». Ele foi o décimo sétimo rei de Judá. A forma grega do nome, que transliterada para o português é tosías, encontra-se em Mat. 1:10,11.
Esboço:
I.    Caracterização Geral
II.    Sumário de Informes Históricos
III.    História Contemporânea
I. Caracterização Geral
Era filho de Amom, a quem sucedeu no trono como o décimo sétimo monarca de Judá, a nação do sul. Seus anos de governo real foram cerca de 639-609 A.C. Tornou-se rei com a tenra idade de oito anos. A Bíblia diz a seu respeito: «Fez ele o que era reto perante o Senhor, andou em todo o caminho de seu pai Davi e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda. (II Reis 22:2). Josias iniciou a reforma do culto no templo de Jerusalém, aboliu a idolatria por todo o seu reino e começou a restaurar, materialmente, o templo. Durante o seu governo foi achado o livro da lei (o que, na opinião de alguns eruditos modernos, tomou-se posteriormente o âmago do nosso livro de Deuteronômio), por Safã, o escriba. Esse documento, com a ajuda do sumo sacerdote Hilquias, foi utilizado por Josias como a base e a inspiração de suas reformas religiosas. Josias foi morto por ocasião de uma batalha, em Megido, onde tentara cortar a marcha do exército egípcio para o norte. Foi sucedido no trono por seu filho, Jeoacaz II.

II. Sumário de Informes Históricos
a.    Josias sucedeu a seu Pai, Amom, como rei de Judá, em cerca de 639 A.C. (II Reis 22:1). Desde o começo ele governou com um propósito reto, não se desviando do Senhor em coisa alguma (vs. 2). Foi contemporâneo do profeta Zacarias (Zac. 6:10).
b.    Seu governo foi depois do reinado aterrorizante de Manassés, de que se tornou culpado seu pai Amom. Mas o anterior desgoverno de seu avô e de seu pai foi corrigido por Josias (II Crô. 34:2; ver também II Reis 22:1,2).
c.    Purificação religiosa de Judá. Sem dúvida, nos seus primeiros anos de governo, Josias foi monarca apenas de nome. Mas, tão cedo quanto os seus dezesseis anos de idade, ele já começara a impor sua vontade, com a eliminação da idolatria e a purificação geral das formas religiosas e práticas. Quando ele estava com vinte anos de idade, esse era um fenômeno generalizado em Judá. Ele chegou mesmo a execrar as sepulturas dos sacerdotes idólatras que tinham participado da apostasia das gerações anteriores. E os ossos deles foram consumados nos altares e, então, esses altares foram derrubados. Ver II Crô. 34:3-7.
d.    O templo é reparado. Isso teve lugar no décimo oitavo ano de seu reinado. A tarefa foi deixada ao encargo de Safã, o secretário de Estado, a Maaséias, governador de Jerusalém, e ao cronista Joá. Ver II Reis 22:3-7II Crô. 34:8-13.
e.    Descobrimento do livro da lei. Não se sabe qual a natureza exata e o conteúdo dessa descoberta. Hilquias, o sumo sacerdote, enquanto fazia reparos no templo de Jerusalém, descobriu um volume que continha pelo menos uma parte dos livros de Moisés, o Pentateuco. Visto que o povo se surpreendeu diante das coisas que ouviu é claro que o sistema da guarda das Escrituras havia falhado, mantendo o povo na virtual ignorância da herança escrita da fé dos hebreus. O décimo segundo capítulo de Deuteronômio fala em favor da centralização do culto religioso; visto que as reformas religiosas de Josias visavam precisamente a isso, alguns estudiosos associam esse achado com o livro de Deuteronômio. (Obs. minha - Pr. Henrique - Sabemos que as maldições pelo descumprimento da lei e quebra de aliança com DEUS está em Deutronômio 28).
Josias sentiu-se alarmado diante das penalidades impostas pela lei, quanto a diversas transgressões, e consultou a profetisa Hulda. Ela afirmou que dias de intenso sofrimento estavam a caminho, mas que Josias, pessoalmente, não haveria de viver o bastante para ser testemunha dos mesmos. A leitura da lei levou ao estabelecimento de um solene pacto, o que foi ratificado pela observância da páscoa no tempo determinado. Ver II Reis 22:8-23:3II Crô. 34:29-33.
f.    O juízo divino continuaria de pé. A ira do Senhor ainda cumpriria seus propósitos (II Reis 23:21-23,26II Crô. 35:1-19), e isso sobreviria sob a forma do cativeiro babilónico. Os capítulos segundo a sexto de Jeremias indicam que apesar de Josias ser homem sincero diante do Senhor entre o povo as reformas foram apenas superficiais. Naturalmente, isso não bastou para impedir a iminente invasão da parte de potências estrangeiras, com os tremendos efeitos que isso teria para Judá. Seja como for, as reformas instituídas por Josias foram mais profundas que as de Ezequias; porém, ocorreram tarde demais e não conseguiram impedir o desastre nacional de Judá.
g.    Morte de Josias. Josias morreu por ocasião da batalha de Megido, em 609 A.C. Essa morte tanto foi trágica quanto desnecessária, pelo menos do ponto de vista humano. Neco II, Faraó egípcio, marchava pela Palestina, a fim de ajudar aos assírios, que estavam a pique de ser derrotados pelos babilónios, em Harã. Josias talvez pensasse que o avanço das forças egípcias, cruzando o território de Judá, fosse uma invasão contra a própria nação de Judá. E ofereceu oposição aos egípcios (II Reis 23:29,30II Crô. 35:20-24). Foi assim que ele foi morto em batalha (II Reis 33:25). A morte de Josias foi lamentada tanto por Jeremias quanto por Sofonias. O livro de Jeremias menciona Josias por dezoito vezes, conforme se vè, por exemplo, em Jer. 1:2,33:622:11,18, e o livro de Sofonias menciona Josias uma vez (Sof. 1:1).

III. História Contemporânea
Quando Josias começou a reinar, o poder dos assírios já estava em franco declínio. Psamético I, Faraó do Egito, estava fortalecendo suas forças, especialmente nas costas marítimas da Filístia. Quando Nabopolassar tornou-se o rei da Babilônia (novembro de 626 A.C.), isso predisse, de forma definida, o fim do império assírio, que os babilónios não demoraram a derrubar. Porém, o Egito procurando evitar a extinção final da Assíria, por temer o inimigo comum, a Babilônia, aliou-se aos assírios. Isso ocorreu em cerca de 616 A.C. Nínive caiu em 612 A.C. Não obstante, as forças assírias ainda não estavam mortas, e controlavam diversos lugares. A Alta Mesopotâmia, com a ajuda dos egípcios, foi mantida por algum tempo pelos assírios.
Mas a derrota final da Assíria ocorreu em Carquemis. À proporção que a Assíria declinava, maior era a independência de Josias e de seu reino, Judá. A renovação do pacto (622 A.C.) pode ser encarada como um desafio à Assíria e às suas formas religiosas. É possível que a morte de Josias tenha ocorrido em resultado de seu desejo de obter uma independência ainda maior de qualquer dominação estrangeira, na esperança de restabelecer o reino de Davi. Porém, o poder dos babilônios era uma força imbatível que nunca desistia, conforme o profeta Jeremias não se cansava de salientar, e que os líderes de Judá teimavam em não acreditar. O resultado final, para Judá, como todos sabemos, foram os setenta anos de exílio na Babilônia.

Hulda
“Se os oráculos da profetisa Hulda procediam de DEUS, por que o rei Josias, que deveria morrer em paz, morreu em guerra (2 Crônicas 34.22-33; 35.20-24)?”
A profecia de Hulda a Josias era um aviso das coisas futuras e não uma sentença determinista e fatalista. O homem tinha como mudar o seu curso, dependendo da forma como se comportasse diante dos mandamentos divinos. Ou seja, uma sentença dada por DEUS poderia ser mudada dependendo do comportamento da pessoa envolvida.
Repare o comportamento do avô de Josias, o rei Ezequias. Quando o profeta Isaías lhe disse para por a casa em ordem porque morreria, o rei se vira para o canto e chora diante de DEUS. Seu comportamento muda a decisão divina e o profeta é obrigado a voltar no meio do caminho e dar ao soberano a grande nova: DEUS aceitara seu pedido e lhe concederia mais quinze anos de vida.
Portanto, uma profecia pode não se cumprir se o comportamento humano mudar a decisão divina.
Ao olharmos a história de Josias narrada nas Sagradas Escrituras, vemos que ele não obedeceu completamente o que DEUS havia falado por intermédio da profetisa Hulda. Note que a principal palavra dada a ele era que morreria em paz e não em guerra. O rei havia conquistado a bênção de ter o fim de seus dias em paz, gozando do fruto de seu trabalho. A obra por ele realizada foi muito maravilhosa na purificação da nação. Entretanto, o texto bíblico em seguida diz: “…depois de tudo isso…”. E o que vemos na sequência é que parece que o coração do rei se exaltou ao ponto de fazer o que queria e desobedecer ao Senhor.
Vejamos o que aconteceu.
Em torno de 612 a.C., a Babilônia, com o apoio dos medos, derrota a Assíria e seu rei foge para Harã. As coisas ficam fora de controle para os assírios que tentam por três anos proteger Harã e seu rei. Os interesses do Egito em tentar controlar a região e o comércio naquela rota levam seu rei Neco a entrar na batalha a favor dos assírios e contra os babilônios. Foi aí que veio o erro de Josias, que em vez de ficar em seu lugar, pensou ser taticamente melhor entrar naquela batalha para defender o lado da Babilônia.
DEUS queria dar paz a Josias, mas ele mesmo foi quem procurou a guerra.
Josias entra no combate contra o Egito em Megido e morre aos 39 anos de idade, prematuramente. Reparem na tristeza do cronista em narrar o acontecimento: “Depois de tudo isso, havendo Josias já preparado a casa, subiu Neco, rei do Egito, para guerrear… e Josias lhe saiu ao encontro. Então, ele lhe mandou mensageiros, dizendo: Que tenho eu que fazer contigo, rei de Judá? Quanto a ti, contra ti não venho hoje, senão contra a casa que me faz guerra; e disse DEUS que me apressasse; guarda-te de te opores a DEUS, que é comigo. Porém, Josias não virou dele o rosto; antes, se disfarçou para pelejar com ele; e não deu ouvidos às palavras de Neco, que saíram da boca de DEUS; antes, veio pelejar no vale de Megido” (2 Crônicas 35.20-22).
O final dessa história já sabemos, e a grande lição de tudo isso é: não saia do centro da vontade de DEUS para sua vida, pois só assim Ele abençoará você como prometeu.
(Escrito Por, Jorge Videira).
Fonte: Apazdosenhor

Hulda, mulher  profetisa – Ministério do ESPÍRITO SANTO
Hulda  viveu na época do rei Josias que era neto do pior rei de Judá – Manassés. Apesar de ser o pior rei ainda alcançou salvação no fim de sua vida. Seu filho Amom segue seus pecados. Josias então é colocado como rei com 8 anos e asumiu definitivamente o desejo de agradar a DEUS aos 16 anos e com 26 comandou um avivamento.
Hulda profetizou na época de Jeremias, de Sofonias e de Habacuque. Sua profecia era de juízo iminente contra Judá, mas retido por causa da aceitação de DEUS do rei Josias com seus feitos contra a idolatria e falta de conhecimento da palavra de DEUS.
O povo vivia na idolatria e seu destino já era certo – o exílio na Babilônia
Porém o rei Josias desviou temporariamente as maldições (Dt 28) de DEUS sobre ele e Judá.

Hulda era pobre e esposa de um ropeiro do rei, Salum – Hulda, mulher de Salum, filho de Tocate, filho de Hasrah  - morava na periferia de Jerusalém. O termo hebraico evidentemente significa um distrito ou subúrbio da cidade.
Duas Profetisas do Antigo Testamento têm nome de animais: Débora (abelha) e Hulda (doninha). Na bênção de Jacó e Moisés, Judá é “leão”, Benjamim, “o lobo” e Dã, a “serpente”.
Doninha – Esta palavra ocorre somente em Lv 11.29, sendo mencionada entre os animais imundos, que se arrastam. Há, na Palestina, vários animais desta espécie, parecendo que aquele de que se trata aqui é o icneumon, que abundantemente se encontra nos lugares rochosos por toda a extensão das planícies cultivadas. Assemelha-se, sob certos aspectos, à doninha, e é também parecido com o furão, muito vulgar na Palestina. Pelo seu corpo comprido e curtas pernas foi provavelmente classificado entre os animais que andam rastejando.

Afinal, quem foi Hulda? Existe esse nome na Bíblia mesmo?
Sim, Hulda existe na Bíblia e existiu fisicamente! Seu nome significa “duração da vida”. Ela foi profetisa no tempo do rei Josias, por volta de 621 a.C.
É um texto um pouco dramático sim…
Josias deu início à reparação do templo e automaticamente isso trazia reparação à vida espiritual daquela nação, a saber, Israel. Um belo dia, Josias pediu que Hilquias fosse conferir o dinheiro  para reformar a casa do Senhor. O que ele não esperava, era o “prêmio” que viria com essa conferência. O povo ansiava por uma nova vida sim, pois tinham total consciência de que estavam no erro, mas não tinham quem os “levasse de volta ao caminho”, digamos assim. Ou seja: ver seu vizinho ao lado pecar, desanimava profundamente ao tentar se santificar. Era povo de dura cerviz.
Hilquias encontrou o livro da Lei e o leu perante Josias. Este ficou tão estarrecido pela não cumprimento da Lei do Senhor, que mandou consultarem um profeta acerca daquilo que estava determinado como castigo, tipo “Senhor, dá tempo de consertar? Socorro!”. Havia a identificação do pecado de idolatria em excesso.
Hulda então entra em cena. Nessa época, segundo a Palavra, Jeremias, Sofonias e Habacuque eram vivos e podiam perfeitamente terem recebido a visita do sacerdote Hilquias, e dos demais que estiveram junto a Hulda. Mas o Senhor escolheu uma mulher para falar o que Ele queria que soubessem.
Hulda foi um dos raros diamantes colocados entre pedregulhos na época da Lei.
Hulda tinha uma autoridade tão grande no Senhor, que foi escolhida pelo sacerdote para buscar ao Senhor pelo rei. E ela sabia da responsabilidade que tinha para com o serviço do Rei dos Reis. Mesmo num tempo em que tudo parecia escuro, contrário, DEUS ainda falava. E por meio de uma mulher.
Ela foi usada para transmitir a Palavra de DEUS - Hulda foi escolhida pelo Senhor naquele momento. Josias também ganha destaque, pois teve humildade em aceitar a palavra de DEUS através de Hulda – uma mulher.
Há profetas para todos os momentos. Há quem te dê uma palavra na hora da dor, da alegria, da aflição, da vitória. Cada momento é diferente para DEUS, assim como é para nós. Nem sempre falamos de tudo com a mesma pessoa, não é mesmo? Você comenta sobre trabalho com seu pastor, mas comenta sobre vida sentimental com sua mãe. DEUS respeita essas diferenças também e tem uma criatividade imensa na hora de trabalhar na nossa vida dessa forma. Ele usa pessoas diferentes em momentos diferentes, para propósitos diferentes.
Hulda, uma mulher devota ao DEUS vivo, recebeu e entregou a mensagem espiritual ao dispor do Senhor e foi honrada por isso. Talvez o rei Josias tenha dado mais crédito a Hulda pois ainda era muito jovem e ainda esperava ouvir melhores conselhos das mulheres e também os profetas homens só traziam mensagens de juízo.

As Profetisas profetizavam em casa, e contavam para um HOMEM, portanto, Hulda NUNCA repreendeu o povo.
Provavelmente não foram procurados Jeremias, Sofonias e Habacuque, devido aos duros discursos contra a apostasia, coisa que os sacerdotes deviam odiar terrivelmente, o que fez com que eles procurassem Hulda.

Mas mesmo assim, querendo eles fugir da verdade, DEUS usou Hulda, que profetizou em sua casa (Jerusalém na segunda parte 2 Rs 22:14; 2 Cr 34:22), ela recebeu a mensagem diretamente de DEUS, e logo a seguir as contou para a comissão sacerdotal enviada pelo rei, e que levou a mensagem ao rei Josias 2 Rs 22:20; 2 Cr 34:28, uma mensagem de fúria de DEUS contra o povo 2 Rs 22:16-17, mas de misericórdia para com o rei 2 Rs 22:19-20 pelo seu temor e humilhação perante o SENHOR.

Isso que demonstra toda a apostasia do período:
- A lei tinha “sumido” apesar de estar dentro da casa do SENHOR - 2 Rs 22:8.
- Israel havia abandonado tanto a DEUS que até havia objetos de idolatria no templo
- E o maior de todos os sinais de apostasia foi que Hilquias e os sacerdotes, mesmo vendo Hulda receber a mensagem de DEUS, e informarem pessoalmente o rei sobre a ira do SENHOR, mesmo assim, eles estavam tão coniventes com a apostasia do povo, que foi necessário o próprio rei mandar eles tirarem os objetos pagãos que estavam no Templo do SENHOR.

2 Rs 23:4 E o rei mandou ao sumo sacerdote Hilquias, aos sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas do umbral da porta, que tirassem do templo do SENHOR todos os vasos que se tinham feito para Baal, para o bosque e para todo o exército dos céus e os queimou fora de Jerusalém, nos campos de Cedrom e levou as cinzas deles a Betel.

Josias era temente a DEUS, muito ANTES de mandar os sacerdotes consultarem o SENHOR, Cronologicamente:

Reto aos olhos de DEUS 2Rs 22:1-2; 2Cr 34:1-2
Humilhação 2Rs 22:11; 2Cr 34:19
Consulta 2Rs 22:14; 2Cr 34:22

Fonte: Apazdosenhor



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