Classe: Adultos
Revista: Do professor -
CPAD
Data da aula: 21 de Maio de 2017
Trimestre: 2° de 2017
Texto Áureo
"A resposta branda desvia o
furor, mas a palavra dura suscita a ira." (Pv 15.1)
Verdade Prática
A mulher sábia, além de edificar a
sua casa, contribui para apaziguar os ânimos dos que vivem ao seu redor.
Capítulo 8
ABIGAIL: UM CARÁTER
CONCILIADOR
Abigail aparece na Bíblia em circunstâncias estranhas. Ela era esposa de
um rico fazendeiro, proprietário de grandes rebanhos de ovelhas e de cabras que
vivia nas proximidades do Carmelo, em Maom, não muito distante do deserto de
Parã. Para esse deserto, Davi deslocou-se com seus homens para evitar
confrontos com o rei Saul, que teimava em persegui-lo sem razão, temendo perder
o reino para o jovem pastor de ovelhas.
Naquelas circunstâncias, os
pastores de Davi travaram contato com os pastores de Nabal. Durante vários
dias, eles ficram reunidos, e os homens de Davi serviam de apoio e de guarda
para os rebanhos de Nabal. Mas talvez esse fato não tivesse sido bem comunicado
a ele. Em certo tempo, os homens de Davi, bem como suas famílias, que se
achavam acampados na região, tiveram necessidade de víveres, de alimentos. E
Davi, imaginando que Nabal reconhecería os benefícios feitos a seus pastores e seus rebanhos no deserto, resolveu
mandar alguns criados falarem com Nabal, pedindo algum alimento, quando soube
que ele tosquiava suas ovelhas no Carmelo.
Aquilo que parecia uma
solicitação razoável e sem maiores pretensões tornou-se motivo de uma grande
questão, com lances imprevisíveis de mal-estar e má vontade. Davi não exigiu
de Nabal que mandasse grandes quantidades de víveres, mas, sim, que enviasse
para seus homens o que achasse à mão, ou seja, o que pudesse
mandar. Porém, ao ouvir o pedido de Davi, Nabal encolerizou-se diante dos
mensageiros e disse que não iria atender o pedido de um homem que, na visão
dele, era mais um fugitivo de “seu senhor”, dizendo ainda que não iria
alimentar homens que sequer sabia de onde vinham (1 Sm 25.10.11).
Se a resposta de Nabal a
Davi, mesmo sendo negativa, tivesse sido dada de forma adequada, respeitosa e
com as devidas justificativas, provavelmente a reação teria sido diferente.
Podería não ter satisfeito as expectativas, mas teria sua razoabilidade.
No entanto, como a resposta foi desaforada, desrespeitosa e em tom de
deboche, acabou mexendo com os brios humanos de Davi, despertando seu lado
temperamental. Davi ficou irado, convocou 400 homens dos que formavam seu grupo
no deserto
e dirigiu-se a Maom para atacar Nabal e a todos de sua casa, com o
propósito de vingar a desmoralização pela resposta insolente do insensato
fazendeiro.
Como Deus sempre age nas
situações de crise, um homem de Nabal fez saber a ameaça à sua esposa. Ao saber
da terrível decisão contra a sua casa, Abigail agiu rapidamente, preparou alimentos
e levou-os com seus criados ao encontro de Davi. Assim, ao vê-lo, prostrou-se
em terra, assumindo a culpa da desfeita, e deu sábios conselhos a Davi, mostrando
que Deus podería agir em seu lugar para que ele não manchasse suas mãos de
sangue sem necessidade. Davi ficou impressionado com a atitude de Abigail,
ouviu o seu conselho, recebeu a sua dádiva e retornou de sua temivel empreitada
de vingança. Pouco tempo depois, Nabal foi ferido por Deus e morreu, e Davi
tomou Abigail como sua esposa e, como se diz nas histórias de amor, “foram
felizes para sempre”, com a bênção de Deus.
HISTÓRIA
Para entendermos o caráter de
uma pessoa, faz-se necessário conhecer um pouco de sua história, de suas
atitudes e ações. Abigail só passou a fazer parte da história bíblica por causa
do comportamento insensato e precipitado de seu marido. Aqui,temos
uma narrativa que confirma que Deus utiliza-se até mesmo de loucos para criar circunstâncias
que propiciam condições para seus propósitos serem alcançados.
1. Davi Recorre a Nabal e É
Desconsiderado
Davi e seus homens
acamparam-se no deserto de Pará, nas proximidades do Carmelo e das propriedades
de Nabal. Ali ele ficou com seus homens e sua família. Como sua tropa dependia
de ajuda para alimentar-se no deserto, Davi, ao saber que Nabal, um homem riquíssimo
e muito próspero, estava tosquiando ovelhas, mandou dez jovens para saudá-lo,
desejando paz a ele e à sua casa e solicitando que enviasse o que pudesse para
seus homens. Com seu temperamento colérico, Nabal sequer agradeceu a saudação.
E respondeu de forma grosseira e irônica aos criados de Davi: “Quem
é Davi, e quem é o filho de Jessé?
[...]. Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas
reses que degolei para os meus tosquiadores e o daria a homens que eu não sei
de onde vêm?” (1 Sm 25.6-11). Ele desdenhou de Davi e de seus homens. Os servos
ou soldados de Davi já se tornaram amigos dos pastores de Nabal. Enquanto esses
estavam acampados no mesmo deserto, as tarefas comuns acabaram aproximando-os,
e Davi tinha informações de Nabal, e é possível que Nabal tivesse informações
de Davi, como o texto indica, em sua referência ao pai de Davi.
A resposta dura de Nabal, sem
dúvida alguma, era uma grande afronta a Davi e a seu grupo de guerreiros
dispostos a lutar por sua causa em defesa de Davi, deles próprios e de suas
famílias. Ao tomar conhecimento da resposta grosseira de Nabal, Davi tomou400
homens para ir em direção a Nabal, deixando outros 200 com a bagagem. A
intenção de Davi era atacar Nabal e tudo o que ele tinha, com extrema vingança,
disposto a destruir tudo sem deixar ninguém com vida, “mesmo até um menino” (1
Sm
25.22). A reação de Davi foi temperamental. Numa ocasião em que ele
estava sendo perseguido por Saul, suas emoções estavam à flor da pele. Era,
porém, uma reação carnal, humana, carregada de ressentimento e vingança, o que
não era da vontade de Deus (1 Sm 25.10-13, 21,22).
Com aquele comportamento agressivo e desequilibrado, Davi estava dando
um péssimo exemplo para seus homens e seus filhos. Nem parecia o Davi que agiu
com temor de Deus e amor por Saul quando teve a oportunidade de eliminar Saul
com um só golpe, numa caverna, no deserto de En-Gedi. Para mostrar que ele
tivera tal chance, ele apenas cortou um pedaço do manto do seu feroz
perseguidor e não o matou, em respeito à unção de Deus sobre Saul (1 Sm
24.1-6). Ele não agiu assim apenas uma vez. Depois
dos acontecimentos envolvendo Nabal e Abigail, Davi poupou a vida de
Saul outra vez, em respeito à unção (1 Sm 26.7-11). Esse era seu caráter de
homem segundo o coração de Deus. Como, então, ele agiu assim diante de um homem
insensato, que talvez não tivesse a seu serviço homens armados, mas tão somente
pastores de ovelhas? Isso mostra que, se a natureza humana não for controlada
pelo Espírito Santo, poderá mudar num momento, de santo para ímpio, de manso
para violento, de ovelha para leão
feroz, disposto a destruir e a matar o que encontrar pela frente.
Por isso, Paulo doutrinou
com muita propriedade aos crentes da Galácia: “[...] Andai em Espírito e não
cumprireis a concupiscência da carne”
(G1 5.16). Às vezes, mesmo homens de Deus esquecem sua condição
espiritual e agem de forma intempestiva e irracional. Moisés era o homem mais
manso da terra, mas, num acesso de ira, quebrou as tábuas que Deus fez (Nm
12.3; Ex 32.19). Não é de admirar que Davi, o homem segundo o coração de Deus
(1 Sm 2.35), também perdesse o equilíbrio emocional numa ocasião crítica. E foi
nesse cenário conturbado e ameaçador que apareceu a figura de Abigail, que, com
sua atitude sábia, diligente e moderadora, evitou uma tragédia e mudou a
história de Davi e de seus homens. Diante desses exemplos, devemos vigiar nosso
temperamento no seu lado defeituoso, carnal, para não darmos
lugar à ira a ponto de perdermos o equilíbrio e a sanidade. Há poucos
dias, vimos, na Internet, o caso de um pastor nos Estados Unidos que matou
outro pastor, jubilado, por uma discussão de natureza teológica!
CARÁTER
1. Uma Mulher Prudente
O nome Abigail
significa “pai da alegria” ou “exultação”.1 Seu nome também corresponde ao seu
caráter pacificador e humilde. Ela era uma mulher dotada de beleza física e
entendimento (1 Sm 25.3). Um servo de Nabal comunicou à sua senhora o mal que
iria cair sobre sua casa por causa da loucura de Nabal em ter sido afrontoso
com Davi; e também disse para ela o quanto ele e seus companheiros, pastores de
Nabal, tinham sido tão bem acolhidos por Davi e por seus homens enquanto
ficaram no deserto, apascentando as ovelhas do patrão. E advertiu sobre o que
iria fazer, pois a decisão de Davi como vingança era exterminar tudo o que
pertencesse a Nabal (1 Sm 25.14-17). E
foi diante de tamanho perigo que Abigail teve oportunidade de demonstrar quem
era ela. Normalmente, é nas horas difíceis e nos momentos críticos e adversos
que as pessoas demonstram claramente sua índole, formação e caráter. Abigail
deu uma lição que é importante para todos os que servem a Deus: saber agir nos
momentos de crises e ameaças.
2. O Caráter Diligente e Sábio
Ao saber do mal que
estava arquitetado contra seu esposo e sua casa, Abigail não se demorou. Com
diligência e sabedoria, ela apressou-se em agir. Abigail não foi apenas orar a Deus.
Cremos que ela fez isso, sim, mas também agiu de forma rápida e eficiente. Ela
preparou uma carga de cereais, frutas e vinho, colocou-os sobre alguns jumentos e mandou que os criados
seguissem adiante enquanto ela ia atrás. Entretanto, ela fez tudo
isso sem comunicar nada ao seu marido insensato. Caso fizesse, todo o
plano para evitar o mal teria resultado num fracasso e numa tragédia maior do
que estava projetada. Ela colocou sua vida em risco, mas foi usada por Deus
para evitar um grande
desatino por parte de Davi. Em sentido contrário, em direção à sua casa,
lá vinha Davi com seus 400 homens, respirando raiva e sentimento de vingança.
Ao encontrar os servos de
Nabal, Davi desabafou, dizendo: “ [...] Na verdade, em vão tenho guardado tudo quanto
este tem no deserto, e nada lhe faltou de tudo quanto tem, e ele me pagou mal
por bem. Assim faça Deus aos inimigos de Davi e outro tanto, se eu deixar até à
manhã, de tudo o que tem, mesmo até um menino”
(1 Sm25.21-22). Naquela hora tão
desagradável, lá estava o homem escolhido por Deus, ungido por Samuel,
deixando-se dominar pela natureza carnal, respirando vingança
e desejo de fazer justiça com as próprias mãos. Que diferença tão grande
entre o que acontecia no Antigo Testamento e o que Jesus ensinou em seu
evangelho, mandando amar os próprios inimigos, bendizendo-os e orando por
eles (Mt 5.44). Naquele
contexto histórico e cultural, Deus permitia a vingança (Ex 21.24;
SI 57.6; 94;109;).
3. O Caráter Conciliador de
Abigail
Davi cavalgava com a
fúria dos homens de coração ferido. Sua mente fervia sentimentos de vingança.
Ele não via o momento em que ordenaria a seus homens que levantassem as espadas
e lanças e começassem a destruir tudo o que pertencia a Nabal e, por fim, destruíssem
sua própria vida. No entanto, em sentido contrário, vinha Abigail montada em
seu jumento. Em seu coração, ela levava sentimento de humildade, de amor e de
perdão. Ao ver Davi, ela desceu de seu animal e prostrou-se com o rosto em
terra diante daquele que intentava destruir sua família. Seu gesto, em vez de
significar subserviência ou medo, demonstrou coragem, humildade e
determinação: “Elançou-se a seus pés e disse: Ah! Senhor meu, minha seja a
transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos e ouve as
palavras da tua serva” (1 Sm 25.24).
Grande parte do capítulo
em análise registra as palavras de Abigail visando dissuadir Davi de levar
adiante o seu intento de violência e morte. Além de avocar para
si a culpa de Nabal, Abigail diz a Davi que ele não leve em conta o que o seu
esposo
fez, porque o seu nome indicava sua loucura. E fez Davi ver que Deus
livrara-o de vir com sangue e fazer justiça com as próprias mãos, e mostrou “a
benção” que levara para Davi e seus homens, pedindo perdão a Davi como se ela
fosse a causadora do tãogrande transtorno, e ainda reconheceu que Davi
guerreava as guerras do Senhor e que não era culpado de nenhum mal. Ela ainda
anteviu a vitória de Davi sobre seus inimigos e disse que ele seria feito por Deus
“chefe sobre Israel” e que, quando assim sucedesse, Davi não se esquecesse dela
(1 Sm 25.25-31). Foi uma atitude de muito significado e efeito sobre o coração
de Davi. Ele nunca imaginara que sua sede de vingança e sua fúria unidas ao seu
desafeto pudessem ser anulados pela sabedoria e pela força do sentimento de uma
mulher de caráter pacificador.
III - O RESULTADO DO CARÁTER DE
ABIGAIL
1. Davi Foi Aplacado por Abigail
Uma tragédia estava
planejada no coração de Davi. Com os pensamentos de vingança, ele planejara, de
forma carnal e precipitada, em eliminar Nabal e toda a sua casa, “mesmo até um
menino”! Mas, ao encontrar-se com Abigail, foi vencido pela palavra sábia e prudente
de uma verdadeira mulher de Deus, que tinha tudo para ser rainha, e não esposa
de um louco desvairado. Cumpriu-se o que diz Salomão: “A resposta branda
desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1). A atitude
humilde e conciliadora de Abigail foi uma resposta à atitude agressiva
de Davi. Certamente, ele aprendeu uma grande lição para a sua vida. Ele era
corajoso e provou isso quando enfrentou Golias. Faltava-lhe, porém, a
lapidação de seu caráter para enfrentar situações adversas e oposições. Na
verdade, Nabal não era seu inimigo. Era apenas um homem insensato, usando a
lógica de quem possui seus bens e não quer repartir com quem não conhece.
Em primeiro plano, em
nossa mente, vemos Abigail ensinando a Davi como um homem de Deus deve
comportar-se. Na verdade, porém, devemos ver Deus ensinando a Davi através de
Abigail. Assim como Moisés só aprendeu no deserto as lições mais preciosas para
a sua vida, Davi também precisou ir para o deserto de Parã antes de ir para o
palácio (1 Sm 25.1). Se não fosse a atitude pacificadora
de Abigail, não somente seu esposo insensato e sua família seriam destruídos
pela fúria de Davi, mas este próprio teria em sua história uma página suja de
sangue e de insensatez; ele teria feitouma loucura e tornado-se tão louco
quanto Nabal. Matar um tolo por causa de seu egoísmo e insensatez não era uma
atitude própria para um homem que já fora ungido por Deus para ser rei, e matar
sua esposa e sua família seria muito mais ignominioso. Deus já havia dito que
familiares nao deveriam ser mortos por causa dos seus pais (Dt24.16). Abigail
foi abençoada e aprovada por Deus como uma mulher de paz. Jesusdisse:
“bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”
(Mt 5.9). “As suas palavras foram como um bálsamo de cura para o espírito
raivoso e o orgulho ferido de Davi. Ele estava a um passo de macular o seu
futuro reinado com uma mancha que, talvez, nunca superasse. E teria vivido com
esse borrão em seu relato real para o resto de sua vida”.2
2. Nabal Foi Ferido por Deus
Por causa da atitude
prudente de Abigail, Nabal não sabia o que tinha acontecido no dia anterior da
ameaça que pairava sobre ele e sua casa, nem do encontro com Davi. Ela deixou
para contar-lhe os fatos em torno de suas atitudes no momento certo. Se ela
tivesse falado com Nabal enquanto ele estava embriagado, sem a menor dúvida
podería ter sido agredida por ele, diante dos seus servos, ou então Nabal
podería ter preparado jumentos e ido contra Davi, com seus homens, o que
causaria grande confusão e contenda que resultaria numa luta ou até numa
carnificina.Abigail só contou o risco que ele correra por causa
de sua insensatez no dia seguinte, quando já estava mais calmo após o efeito
da bebida alcoólica em sua cabeça. Ao relatar os acontecimentos,
“ [...] se amorteceu nele o seu
coração, e ficou ele como pedra” (1 Sm 25.37).Deus tem seus caminhos e suas
maneiras de agir no seu tempo. Desde que Nabal sofreu o impacto das más
notícias acerca do que poderia ter-lhe acontecido pela sua insensatez, a Bíblia
diz de forma bem simples e direta: “E aconteceu que, passados quase dez dias,
feriu o Sen h o r a Nabal, e este morreu” (1 Sm 25.38). Não se sabe de que mal ele
morreu. Pode ter sido um ataque cardíaco fulminante, um acidente vascular
cerebral ou outro sério problema de saúde. Dez dias depois, foi feito o
sepultamento do homem duro, intolerante e maligno, o “tal filho de Belial” (1 Sm 25.17).
Se Davi tivesse feito justiça com suas
próprias mãos, as coisas teriam tomado um rumo imprevisível e perigoso. Mas,
como a sábia mulher agiu com presteza e eficiência, ele foi poupado de manchar
suas mãos e sua história com o sangue de Nabal. A sentença contra ele já estava
expressa por Deus: “Minha é a vingança e a recompensa, ao tempo em que resvalar
o seu pé; porque o dia da sua ruína está próximo, e as coisas que lhes hão de
suceder se apressam a chegar” (Dt 32.35).
3. Davi Casa-se com Abigail
Em seu encontro com Davi,
depois de sua intercessão conciliadora, Abigail pediu-lhe que se lembrasse
dela, quando o Senhor o fizesse “chefe sobre israel”, ou seja, quando assumisse
o reinado (1 Sm 25.30,31). Contudo, logo após a morte de
Nabal, Davi agradeceu a Deus por ter-lhe livrado de cometer um grave erro
diante do Senhor: “E mandou Davi falar a Abigail, para tomá-la por sua
mulher” (v. 39). E ele assim fez,
mandando seus criados falar com Abigail, transmitindo o honroso convite: “Davi
nos tem mandado a ti, para te tomar por sua mulher” (v. 40). Ao ouvir as
palavras dos emissários de Davi, Abigail “[...] se levantou, e se inclinou com
o rosto em terra, e disse: Eis aqui a tua serva servirá de criada para lavar os
pés dos criados de meu senhor” (v. 41). Nessa declaração, podemos mais uma vez
observar o quanto Abigail era humilde. Ela podería ter dito que lavaria os pés
de Davi, de seu senhor, mas colocou-se na disposição de ser serva dos criados
do rei, lavando os seus pés.Ela apressou-se, certamente mudou suas
vestes, “montou num jumento com as suas cinco moças que seguiam as suas
pisadas; e ela seguiu os mensageiros de Davi e foi sua mulher” (v. 42). Poderiamos dizer: e viveram felizes
para sempre. Mesmo havendo outras esposas de Davi, cremos que Abigail foi muito
amada por ele por ter sido usada por Deus como conselheira eficaz. Tempos
depois, quando moravam em Ziclague, os amalequitas, durante a ausência
de Davi, tomaram a cidade e levaram cativos todos os moradores, incluindo
Abigail e Ainoã. Foi grande a angústia de Davi e de seus homens, mas ele orou a
Deus, e o Senhor deu-lhe tão grande vitória que ele recuperou suas esposas e
livrou todos os habitantes daquela cidade (1 Sm 30.1-21).
CONCLUSÃO
A Bíblia diz que “Deus
escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para
aniquilar as que são” (1 Co 1.28). Nabal era um homem insensato, dotado de um
temperamento duro e violento, mas Deus permitiu que Davi precisasse dele, para
que uma mulher sábia e prudente protagonizasse um exemplo marcante para seus
servos e suas servas em todo o mundo ao
longo dos séculos. Viúva de um homem irascível, que era bem-sucedido em suas
atividades produtivas, mas um tolo e insensato no relacionamento humano, Abigail
jamais imaginou ser esposa do rei Davi, o mais afamado monarca de Israel.
Vivendo próximo ao deserto de Parã, ela nunca seria parte da história de Davi
se não fosse a mão de Deus movendo as circunstâncias e os tempos para realizar
seus planos. O Deus de Davi é o nosso Deus, o qual provê tudo para os que nEle
confiam.
ABIGAIL
| ||
QUALIDADES E REALIZAÇÕES
|
LIÇÕES DE SUA VIDA
|
ESTATÍSTICAS VITAIS
|
Sensível e capacitada.
|
As situações difíceis da vida podem fazer aflorar o melhor que as pessoas possuem em si mesmas.
|
Local: Carmelo. Ocupação: Dona de casa.
|
Oradora persuasiva, capaz de ver além de si mesma.
|
Não é preciso ter um título prestigioso para ser importante.
|
Parentes: Primeiro esposo: Nabal. Segundo esposo: Davi. Filho: Quiliabe.
|
O Caráter do Cristão
Caro professor, prezada professora,
Abigail, um
Caráter Conciliador
2° Trimestre
de 2017
ESBOÇO DA
LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – ABIGAIL, UM POUCO DE SUA HISTÓRIA
II – ABIGAIL DEMONSTRA O SEU CARÁTER
III – O RESULTADO DO CARÁTER DE ABIGAIL
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
I – ABIGAIL, UM POUCO DE SUA HISTÓRIA
II – ABIGAIL DEMONSTRA O SEU CARÁTER
III – O RESULTADO DO CARÁTER DE ABIGAIL
CONCLUSÃO
OBJETIVO
GERAL
Mostrar que a mulher sábia, além de edificar sua casa, contribui para apaziguar os ânimos.
Mostrar que a mulher sábia, além de edificar sua casa, contribui para apaziguar os ânimos.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I – Apresentar um resumo da história de Abigail;
II – Mostrar aspectos do caráter de Abigail;
III – Explicar quais foram os resultados do caráter de Abigail.
I – Apresentar um resumo da história de Abigail;
II – Mostrar aspectos do caráter de Abigail;
III – Explicar quais foram os resultados do caráter de Abigail.
PONTO
CENTRAL
Abigail era sábia e possuía um caráter conciliador.
Abigail era sábia e possuía um caráter conciliador.
Caro professor, prezada professora,
A lição
desta semana está estruturada em três partes. A primeira, o comentarista faz um
resumo de Abigail, a personagem central de nossa lição. A segunda parte, o
comentarista levanta as características da mulher de Nabal. Por fim, na
terceira parte, o comentarista destaca os resultados que emanam do caráter
dessa prudente mulher.
Ao lermos o texto narrativo em estudo é possível destacar a virtude dos pacificadores. No Sermão do Monte, nosso Senhor ensinou que “bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Nesse sentido, a virtude dos pacificadores tem a ver com a disposição da pessoa, mediante sua reconciliação com Deus, buscar a reconciliação com os outros a fim de viver uma vida de paz: “se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).
Esse processo é perceptível na vida de Abigail. A Bíblia relata que o esposo de Abigail era “duro e maligno nas obras” (1 Sm 25.3) e, que por intermédio dele, Davi foi afrontado (25.10-12). Assim, o futuro reio de Israel se ira e decide trucidar Nabal e seus homens. Nesse contexto, o Deus Altíssimo enviou essa prudente mulher a fim de evitar que Davi cometesse grande injustiça contra os homens de Nabal1. Abigail aconselhou a Davi, e este reconheceu o mal que poderia fazer ao planejar uma vingança cruel e torpe. Nesse sentido, o Altíssimo enviou a pessoa certa, sensata e de bom senso para demover o homem segundo o coração de Deus de sujar suas mãos com o sangue alheio.
Essa narrativa bíblica destaca pelo menos três virtudes na vida de Abigail: a prudência, a diligência e a sabedoria. Essas virtudes destacam o caráter conciliador e pacificador que o Senhor Jesus ensinou no Sermão do Monte em o Novo Testamento. Não se pode “jogar gasolina” em algo que está pegando fogo, mas devemos “apagar o fogo”, acalmar os ânimos. Assim, o nosso Deus será exaltado e o Evangelho do Senhor Jesus fará sentido em nossa vida.
Ao lermos o texto narrativo em estudo é possível destacar a virtude dos pacificadores. No Sermão do Monte, nosso Senhor ensinou que “bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Nesse sentido, a virtude dos pacificadores tem a ver com a disposição da pessoa, mediante sua reconciliação com Deus, buscar a reconciliação com os outros a fim de viver uma vida de paz: “se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).
Esse processo é perceptível na vida de Abigail. A Bíblia relata que o esposo de Abigail era “duro e maligno nas obras” (1 Sm 25.3) e, que por intermédio dele, Davi foi afrontado (25.10-12). Assim, o futuro reio de Israel se ira e decide trucidar Nabal e seus homens. Nesse contexto, o Deus Altíssimo enviou essa prudente mulher a fim de evitar que Davi cometesse grande injustiça contra os homens de Nabal1. Abigail aconselhou a Davi, e este reconheceu o mal que poderia fazer ao planejar uma vingança cruel e torpe. Nesse sentido, o Altíssimo enviou a pessoa certa, sensata e de bom senso para demover o homem segundo o coração de Deus de sujar suas mãos com o sangue alheio.
Essa narrativa bíblica destaca pelo menos três virtudes na vida de Abigail: a prudência, a diligência e a sabedoria. Essas virtudes destacam o caráter conciliador e pacificador que o Senhor Jesus ensinou no Sermão do Monte em o Novo Testamento. Não se pode “jogar gasolina” em algo que está pegando fogo, mas devemos “apagar o fogo”, acalmar os ânimos. Assim, o nosso Deus será exaltado e o Evangelho do Senhor Jesus fará sentido em nossa vida.
SUGESTÃO
DIDÁTICA
Ao final da aula, divida a classe em pequenos grupos. Para esta lição propomos um período de discussão organizada sobre a característica da virtude do pacificador. A discussão deve se dá em torno dessa questão proposta. Determine um tempo mínimo. Em seguida, permita que cada grupo faça uma exposição livre ou, com perguntas previamente elaboradas por você, dirigi-as a cada grupo. Trate sempre de amarrar as questões, apresentando a devida orientação bíblica sobre o assunto segundo a lição.
Ao final da aula, divida a classe em pequenos grupos. Para esta lição propomos um período de discussão organizada sobre a característica da virtude do pacificador. A discussão deve se dá em torno dessa questão proposta. Determine um tempo mínimo. Em seguida, permita que cada grupo faça uma exposição livre ou, com perguntas previamente elaboradas por você, dirigi-as a cada grupo. Trate sempre de amarrar as questões, apresentando a devida orientação bíblica sobre o assunto segundo a lição.
Boa aula!
1 Bíblia de Estudo Pentecostal,
CPAD, p.468.
Marcelo
Oliveira de Oliveira
Editor responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
Editor responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
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