Fidelidade versus Idolatria e Heresias
Quando o cristão tem uma fé verdadeira, não se perde pelo caminho da vida, nem é iludido pelas coisas deste mundo, e nunca anda para trás, só para a frente. A fé do cristão o faz esperar em Deus, depender dEle em tudo, mesmo que as circunstâncias sejam contrárias. A fé que o cristão tem lhe dá uma visão além das coisas desta vida, de uma realidade melhor que a do momento presente. A fé que o cristão tem é uma fé que acredita no poder de Deus que é capaz de criar tudo outra vez, não importa o cenário que se apresente. Quando o cristão acredita que Deus é fiel, ele recebe a aprovação divina.
Quando o cristão vive pela fé, quer oferecer a Deus o melhor, ele leva a sério as advertências divinas, o medo não faz parte de sua vida; ele coloca de lado os riscos e se entrega aos cuidados do Pai. Quando o cristão vive pela fé, acredita que ela é o seu poder bélico capaz de destruir qualquer muralha, gigante, nações. A todos que vivem pela fé Deus honra concedendo vitórias.
A Fidelidade de Deus
Pistós é aplicado a Deus para mostrar que Ele é fiel, isso é maravilhoso porque sabemos que servimos a um Deus digno de confiança, imutável (Ml 3.6). Nas muitas cartas de Paulo, ele destacou com mestria o quanto Deus é fiel, santo, justo, verdadeiro, que cumpre o que promete e jamais abre mão de sua fidelidade (ICo 1.9; 1 Ts 5.24; 2Ts 3.3; 2.13).
Precisamos confiar em Deus a todo momento, pois Ele jamais abandona os seus (Hb 10.22). Ainda que tudo pareça contrário a nós, devemos sempre colocar nEle nossa esperança, sempre com paciência, pois Ele ouvirá o nosso clamor (SI 40.1).
A Fé no Contexto Bíblico de Hebreus 11
Nesse capítulo, o autor está respondendo a alguém mostrando que é possível viver na fé. Como prova disso ele apresenta algumas pessoas que viveram as oposições da vida, suas circunstâncias adversas, mas conseguiram sair vitoriosos.
O autor procura dar uma definição da fé, não de modo teológico, filosófico; antes, o seu conceito sobre a fé é descrito da seguinte maneira: “Ela faz o cristão enxergar aonde os olhos carnais não podem ver”. Como prova dessa definição, o autor apresenta os personagens do Antigo Testamento. Tais homens puderam viver confiando no que não enxergavam, mas tinham plena certeza, do grego hypóstasis, uma certeza absoluta de que os fatos que se não veem, palavra que no grego é pragmáton, tornar-se-iam realidade.
Uma expressão que sempre está presente no texto épístei- nooümen — por fé entendemos. Por meio de um ato de fé, os servos de Deus tomavam conhecimento do Deus que criou o mundo pela sua Palavra. Todos os homens de Deus que aparecem nas páginas do Antigo Testamento agiram por meio da fé.
O propósito do autor dessa carta é incentivar a nova geração a avançar também por meio dessa fe, acreditando nas promessas de Cristo Jesus.
Os Protagonistas da Fé (Hb 11.4-40)
Vamos agora analisar a vida de fé dos homens de Deus e o que eles conseguiram por meio dela.
Abel
O seu sacrifício perfeito por meio da fé foi um sacrifício de sangue. Assim, simbolicamente, ele estava dando início a uma vida de fé. O cristão só pode viver uma vida de fé se acreditar no poder do sangue de Jesus. É por meio do seu sangue que temos uma nova vida. E por essa razão que o sangue de Abel ainda fala.
Enoque
Por meio desse homem, aprendemos que é possível viver uma vida piedosa neste mundo e estar preparado para uma vida melhor com Deus no céu, mas é necessário viver pela fé, pois sem ela ninguém poderá agradar a Deus.
Noé
Por meio da fé, esse homem pôde perceber que Deus julgaria a terra. Assim, ele foi incentivado pela fé a viver em Deus e trabalhar na construção da arca. Sem uma verdadeira fé, o cristão jamais se colocará a trabalhar ativamente para Deus. A fé de Noé lhe deu duas coisas: a primeira, confiança para trabalhar cumprindo o propósito divino; em segundo lugar, ele foi livrado do grande Dilúvio.
Os que vivem pela fé não produzem nada de si mesmos, pois a fé tem a sua própria justiça. Agora o autor cita mais seis nomes de pessoas que irão desempenhar um trabalho não isolado, mas que alcançará a vida de muitas pessoas na terra. São eles: Abraão, Sara, Isaque, Jacó, José e Moisés. Esses homens cumpriram os propósitos de Deus na terra. Vamos analisar como isso foi possível:
Abraão
Por meio da fé, ele e Sara conseguiram ser obedientes. Deixou o seu conforto material e sua residência fixa passando a ser um peregrino, vivendo em tendas e correndo os riscos da vida no mundo. Obedeceu quando Deus solicitou que seu filho fosse entregue.
Sabemos que todo o futuro da vida de Abraão estava em seu filho Isaque. Paulo descreve muito bem como foi a fé de Abraão e Sara (Rm. 4.20). Por meio dessa fé, eles viram que nada iria servir de barreira para que eles alcançassem a promessa, nem mesmo a morte era um temor para eles.
Nós aprendemos com Abraão que a vida de fé é uma peregrinação neste mundo, e que às vezes é preciso morrer por essa fé. Nada nesse mundo deve mudar o curso da nossa caminhada, pois entendemos que temos uma melhor pátria, o maior tesouro (Mt 6.19-22; SI 16.2; Jo 14.1,2).
Isaque
Por meio da fé, ele pôde abençoar os seus filhos, acreditando nas promessas que Deus tinha feito a Abraão.
Jacó e José .
Nesses dois patriarcas nós temos exemplo de te viva, pois Jacó perpetua a promessa que foi feita a Abraão e a seus filhos, e não somente isso, mas ele prova que era obediente e submisso a Deus. José demonstra a sua verdadeira fé quando perto da sua morte pediu que seus ossos não fossem deixados no Egito, pois Deus certamente os visitaria. Essa atitude expressava o nível de fé que esse homem tinha nas promessas de Deus feita ao seu pai.
Moisés
A fé de Moisés começa primeiramente com os seus pais, que não temeram as imposições ilegais de Faraó (Ex 1.16-22). A expressão “formoso” aplicada a Moisés já carregava algum presságio, ou melhor, que o povo de Deus seria abençoado por intermédio de sua vida. A fé desse homem levou-o a fazer escolhas certas na vida, pois mesmo sendo príncipe preferiu sofrer com o povo de Deus. Moisés tinha conhecimento das promessas de Deus, e que elas carregavam também muitas aflições e perigos. Ainda assim, optou por ficar do lado da fé.
Moisés se torna o homem das grandes esperanças de um povo sofrido. A fé não somente fez Moisés ter boas escolhas, ser o homem de esperança dos judeus escravizados, rejeitar os prazeres supérfluos do mundo, mas ele aceitou o opróbrio, que fala dos sofrimentos que Cristo sofreu. Sem dúvida alguma, pela fé esse homem já antevia os sofrimentos de Cristo, mas preferiu ficar desse lado.
Por meio da fé, Moisés praticou muitas coisas: deixou o Egito, que foi a terra do seu nascimento, que lhe oferecia grandes oportunidades na vida, como poder, fama, riqueza, prestígio; realizou a Páscoa, deixando claro que Deus libertaria o seu povo, isso por meio do sangue; viu o Mar Vermelho se abrir e o povo passar vitorioso.
A fé de Josué, Israel e Raabe
Por meio da fé de Josué e Israel, Jericó teve que tombar. A fé de Raabe deu a ela o direito de participar das bênçãos que eram destinadas aos judeus (Mt 1.5).
O autor responde às pessoas que pediam prova de que era possível alpém viver na fé, mas note que a lista é muito grande. Ela envolvia juizes, reis e profetas, todos eles viveram por meio da fé. Pela fé eles conseguiram ser fortes, firmes, corajosos, perseverantes. O escritor estava dizendo aos seus leitores o seguinte: Se vocês desejam que alguns fatos da vida se tornem valorosos, vivam por meio da fé”.
Mais uma coisa interessante encontramos nesse texto: o autor diz que, mesmo eles tendo experimentados muitas bênçãos, não conseguiram tomar conhecimento das bênçãos da comunhão e do perdão de todos os seus pecados, por meio do sacrifício de Jesus no calvário. Esses homens viveram em uma perspectiva totalmente diferente da qual a Igreja vive hoje, pois eles estavam ainda dentro da velha aliança, mas conseguiram viver de modo positivo por meio de sua fé em Deus.
O autor mostra que Deus já tinha preparado uma nova aliança que possibilitaria a velha e a nova geração viverem desfrutando de todas as suas bênçãos. Isso aconteceria por meio da morte de Cristo no calvário.
A geração passada foi aperfeiçoada — no grego é teleiothôsm, perfeitos, completos — no sacrifício de Jesus. Os cristãos teriam que deixar de lado o legalismo mosaico e viver pela fé no Cristo vivo e ressuscitado, pois Ele é o grande exemplo de vida para todos.
A Fé como Virtude do Fruto do Espírito na Vida do Crente
Expusemos acima a fé no seu aspecto de confiança, especialmente na pessoa de Jesus Cristo, nosso Salvador. Essa fé pode ser chamada de teológica, mas a fé fruto do Espírito Santo é uma virtude cristã. Mais do que se tratar de um relacionamento com Deus, ela envolve nossa atitude para com o próximo.
Quando a fé como virtude do fruto do Espírito habita no crente o que realmente marca sua vida é a fidelidade, ou seja, ele é uma pessoa confiável, leal. Alguns teólogos têm questionado o porquê de a ênfase sobre a fé ter sido mais teológica do que como virtudes éticas. Posso dizer que isso se deve ao seguinte fato: um crente que de fato aceitou a Jesus pela fé, tendo o Espírito Santo produzindo o caráter de Cristo em sua vida, com certeza não precisará de tantos argumentos para que seja uma pessoa sincera, digna de confiança.
No Comentário Bíblico Beacon, falando da fé como aspecto do fruto do Espírito Santo está escrito:
Fidelidade não diz respeito somente a manter-se fiel a Deus diante das provas e coações, mas também a ser leal ao próximo. O elogio de Paulo aos seus colaboradores fieis (1 Co 4.17; Ef 6.21), e aos santos fiéis (Ef 1.1; Cl 1.2), certamente engloba tais confianças nas relações humanas. Muito corretamente, a fidelidade representa o nível mais alto de responsabilidade entre o marido e mulher (cf. 1 Tm 3.11). “Não há igreja ou casamento que permaneça, a menos que esteja fundamento na lealdade”, é mais que virtude humana, é fruto do Espírito. (BEACON, 2006, p. 76)
Em umas poucas passagens do Novo Testamento, a fé como fidelidade e virtudes éticas são mencionadas. Elas aparecem em Mateus 23.23. Com esse sentido, ela é vista também em Tito 2.10, e tratando da fidelidade de Deus, como uma pessoa confiável, o apóstolo Paulo cita Romanos 3.3. No livro do Apocalipse, a fé aparece como fidelidade, pois em meio às perseguições, idolatrias e ameaças, os servos de Deus permaneceram incólumes, sem negar a fé (Ap 2.13).
É fácil exibir uma fé emocional, a fé que busca milagres, a fé que expõe belas verdades teológicas, mas a fé que requer de nós sacrifício, testemunho, compromisso, fidelidade, essa não é fácil. Louvamos a Deus porque ainda temos no mundo cristãos que sofrem e são mortos devido à fidelidade para com Cristo, mas, por outro lado, é triste dizer que ainda há muitos crentes que não mantêm sua sinceridade e lealdade a Cristo porque falta a fé que vem do fruto do Espírito.
A fé como uma qualidade de vida confiável é apresentada muitas outras passagens do Novo Testamento:
a) O mordomo fiel (Mt 24.45).
b) Os servos fiéis nos talentos (Mt 25.21).
c) Fidelidade para com o que é dos outros (Lc 16.1-12).
d) Fidelidade dos ministros da obra de Deus (1 Co 4.1).
e) Paulo entendeu que Jesus o achou fiel (lTm 1.12).
f) Os homens de Deus precisam ser fieis nos ensinos (2Tm 2.2). v
g) Os ajudadores dos pastores ou líderes precisam ser fiéis (ICo 4.17; Ef 6.21; IPe 5.12).
h) Fidelidade nas esposas (lTm 3.11).
Os homens de negócios procuram pessoas capazes, inteligentes, que saibam se relacionar bem, mas, acima de tudo, eles querem em suas empresas pessoas confiáveis. Ora, se os homens, que são falhos, desejam assim, e Deus? Não se pode colocar na obra do Senhor pessoas que não sejam dignas de confiança, que não sustentem suas palavras, pois sempre irão envergonhar o nome de Jesus Cristo. Onde não há sinceridade, fidelidade, não tem como os relacionamentos serem firmados; o filho precisa ser fiel, o empregado precisa ser fiel, o marido precisa ser fiel, a esposa precisa ser fiel, o pastor precisa ser fiel, o membro precisa ser fiel. Se isso de fato acontecer, não haverá espaço para desconfiança, dúvidas. Está escrito na Palavra que os salvos em Cristo, a despeito de qualquer vicissitude, devem sempre permanecer fiéis a Cristo (Ap 2.10).
Nosso maior exemplo de fidelidade é Jesus, Ele foi fiel na missão para a qual o Pai o tinha enviado (Hb 3.2,5) e jamais deixou de cumprir toda a sua vontade. Isso mostra para nós que Ele é confiável. João apresenta Jesus como a testemunha fiel (Ap 1.5).
Idolatria: Desvio da Adoração do Verdadeiro Deus
A palavra idolatria fala de se prestar culto a um ídolo, essa definição pode ser tirada da própria formação da palavra no grego, eidolon é ídolo, latreuein é adorar, mas, de modo geral, idolatria é tudo aquilo que usurpa o lugar de Deus.
Todo homem é sujeito à idolatria — seu dinheiro pode se tornar um deus, sua posição pode ser idolatrada. Por isso, precisa constantemente da orientação da Palavra e da ajuda do Espírito Santo para vencer essa tentação, que se manifesta de diversas formas (Cl 3.5). O grande mal da idolatria é que ela desvia o homem do verdadeiro Deus, pois, cego pelo pecado, ele adora qualquer coisa ou objeto como se fosse o Deus verdadeiro (Rm 1.21,25).
Em muitas nações primitivas, segundo os antropólogos, a idolatria começa de uma forma, mas no seu transcurso vai se processando até que fica purificada, mas o certo é que se não houver uma orientação realmente bíblica, o homem continuará a adorar deuses falsos como se fossem verdadeiros. Muitos não sabem, mas na adoração de muitos ídolos o que está presente é o poder demoníaco (ICo 10.20), que o homem natural não compreende. A história mostra imoralidades, abusos sexuais, alcoolismo, sacrifícios de infantes, tudo relacionado a deuses, como se realmente fosse algo normal. Por isso Deus enviou seus profetas, autorizando seus servos a destruírem todos, e os povos que tiveram que ser expulsos de Canaã era devido a tais práticas absurdas (Dt 7.1-5; 12.2,3).
Precisamos entender que nem sempre qualquer imagem pode ser considerada uma idolatria. Salomão fez imagens de querubins, mas elas não eram adoradas (2Cr 3.7,10). Um quadro, uma foto, pode apenas representar as qualidades boas de alguém, sem que seja adorado, porém, quando qualquer objeto passa a ser venerado, de imediato deve ser eliminado, pois nada pode tomar o lugar de Deus.
O pão e o vinho da Santa Ceia são símbolos que relembram a morte de Jesus Cristo, que nos concedeu perdão dos nossos pecados, mas Paulo deixa claro que eles são memoriais, jamais devem ser cultuados (ICo 11.24).
O grande mal da idolatria é que ela tira o homem do foco do Deus verdadeiro, por diversas vezes na Bíblia vemos pessoas adorando os astros, inclusive reis de Israel fizeram isso. Essa prática era muito comum na Babilônia e no Egito, onde as pessoas olhavam para certos objetos ou astros e os consideravam deuses, afirmando que neles havia espíritos divinos.
A Bíblia é clara em dizer que o sol e a lua foram feitos para desempenharem apenas um papel relacionado com a natureza, jamais para produzirem orientações espirituais, como creem os astrólogos (Gn.1.14; SI 136.7; 104.9).
De modo enfático, a Bíblia é terminantemente contra a idolatria. Ela já começa sua narrativa descartando as ideias panteístas e panenteístas,1 pois apresenta Deus como o Criador de todas as coisas. Por isso Moisés, logo no segundo mandamento, proíbe qualquer tipo de adoração a qualquer outro deus (Êx 20.3-5).
Deus abomina qualquer tipo de idolatria e ídolos. Estas passagens bíblicas revelam como ela é vista na visão divina:
a) Abominável (Dt 7.25).
b) Odiosa para Deus (Dt 16.22).
c) Tola e sem sentido (SI 115.4,8).
d) Não tem proveito algum (Is 46.7).
e) Despreza a razão (Rm 1.21,23)
f) É contagiosa (Ez 20.7).
g) E pedra de tropeço (Ez 14.3).
h) São impotentes (1 Co 8.4; Hb 10.5).
Como Adorar o Deus Verdadeiro?
Lendo João 1.6-18, observa-se que ele fala da luz verdadeira. O evangelista deixa bem claro a todos que João Batista não era a luz, isso no sentido de ele ser a verdade absoluta, certa; sua missão era apenas falar da verdadeira luz. Era essa luz que iluminaria a todos os homens. Todos quantos recebessem essa luz, ou seja, as verdades de Deus — que é por meio dela que o homem encontra a vida —, se tornariam filhos de Deus.
Somente a Palavra de Deus é que pode recriar um novo homem para a sua glória, a capacidade humana, a vontade humana não pode formar o homem que Deus deseja. É a razão do verbo ter se encarnado, passando a viver entre os homens, revelando a graça, a verdade e a glória do Pai que o homem pode nascer de novo.
João prossegue sua mensagem fazendo um contraste entre ele e Jesus. Primeiramente ele diz que não é a luz; depois afirma que Jesus é antes dele. Além disso, nem mesmo Moisés pôde trazer o que a humanidade necessitava, ele apenas escreveu a Lei, mas a graça e a verdade somente vieram por Jesus Cristo. Esses versículos apresentam o testemunho que João estava falando a todos a respeito do verbo para que as pessoas viessem a crer em Jesus como luz. João diz que Jesus é a verdadeira luz, ou seja, um sol, e não uma vela. Jesus como luz iria fazer um contraste entre a sua verdade e a “verdade” dos homens, iria mostrar quem estava com a verdade. Anteriormente, o homem recebeu a revelação de Deus por meio da natureza, da lei, só que o Verbo traria uma maior revelação a toda a humanidade.
Quando essa luz se manifestou, nem todos se voltaram para ela; antes, foram contra ela, pois não foram capazes de discernir entre as ditas revelações do passado com o que agora estava sendo revelado em Cristo.
Cristo veio como uma bênção para todos os homens. Aqueles que o receberam passaram a ter direito à herança divina, visto que agora foram feitos filhos de Deus, tudo porque creram no seu nome, ou seja, na sua pessoa. Esse nascimento não vem por meio dos processos humanos: sangue e carne, que é vontade natural, que no caso João usou aqui a palavra marido (Andrós — normalmente um adulto, varão, marido I Coríntios 13.11; Atos 8.3,12; Marcos 10.2), mas esse novo nascimento aconteceria por meios sobrenaturais. E não somente isso, agora essa nova família iria carregar o nome de Deus, e não um nome de uma família da terra.
João mostra que a encarnação do Verbo foi de grande importância, pois Deus já tinha se revelado ao homem pela natureza e na sua própria consciência, mas era preciso algo revelado, um objeto próprio para o homem nele colocar a sua fé. Por isso o Verbo se fez carne. Daquele momento em diante, o homem não teria mais do que se queixar, se o mundo natural o levasse a adorar qualquer deus, se a sua consciência estava corrompida, com a revelação do Verbo, a encarnação de Jesus, ele poderia alcançar uma verdadeira fé. Desse modo estaria livre do panteísmo, do gnosticismo.
É em Jesus Cristo que se encontra a graça e a verdade. Ele faz oposição a todo e qualquer ensinamento errado. Jesus é a glória de Deus que habita entre os homens. Era isso que João queria dizer quando declarou que o Verbo se fez carne, fazendo ligação com o que Moisés escreveu no uso da palavra tenda, do hebraico 'ohel (Êx 40.34), que fala de armar a barraca, acampar (Gn 13.12,18; Is 13.20). Na encarnação de Cristo, Ele se torna o Deus conosco, aquEle que armou sua tenda entre os homens (Mt 1.23).
João Batista trouxe ao mundo a melhor mensagem, pois mesmo que Moisés tenha o seu lugar como uma pessoa usada por Deus, como um grande homem no meio dos israelitas, ele apenas falou de uma Lei, mas que não podia salvar, mas condenar. João Batista foi um grande homem usado por Deus, mas sua missão era apenas falar da pessoa do Messias. Cada um trouxe algo de Deus para a humanidade, mas somente Jesus pôde se revelar ao mundo como as verdades de Deus e a vida verdadeira para o homem.
Quando Jesus Cristo se manifesta, as teofanias bíblicas deixam de ter a sua importância, pois mesmo que tais aparições tivessem sua canonização elas jamais poderiam revelar a Deus em sua essência. E isso que João quer dizer quando afirma: “Ninguém jamais viu a Deus, em se tratando da natureza real dEIe”.
Quando Jesus passa a viver no meio da humanidade, Ele se torna a Palavra em essência para nós, Ele é o hermeneuta do Pai, pois Jesus veio ao mundo para declarar a vontade do Pai. Por isso Ele disse: “Quem vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9). Como diz certo teólogo, Jesus interpretou Deus ao homem.
Heresias: A Quebra da Comunhão
Haireses fala de escolha, é tomar algo para si. No seu aspecto negativo, fala de pessoas que tomam uma doutrina errada, então tal grupo passa a ser denominado de seita. Primariamente, haireses não tem um sentido negativo, pois apenas quer dizer escolha ou partido. Posteriormente essa palavra passou a ser vista de modo negativo, apontando para uma deterioração da boa doutrina. Haireses passou a ser descrita como alguém que cria levante, contrariando a opinião do grupo naquilo que se acredita. Na Coleção de Ensinos Teológicos, o pastor José Apolônio diz:
A palavra “Heresiologia” deriva-se do vocábulo grego “hairesia”, que significa opinião escolhida, seleção preferência, e “logia” — tratado ou estudo. Assim a palavra exprime: Estudo sobre opinião escolhida, em oposição a uma disciplina aceita, acatada. É, pois, uma doutrina falsa. (2006, p. 11)
Nas diversas definições para a palavra heresia, seguindo a Septuaginta, podemos dizer que ela pode ser conceituada deste modo:
a) Escolha voluntária para se fazer ou ofertar algo (Lv 22.18).
b) Opiniões escolhidas para destruir algo (2Pe 2.1).
c) Partidos que têm suas opiniões próprias (At 5.17; 24.14; 28.22).
Falamos anteriormente que a palavra seita não carregava doutrinariamente um aspecto negativo e, historicamente, Eusébio falava da igreja como sendo uma santíssima heresia, isto é, um grupo que aceitou a doutrina e optou por viver nela.
Mas haireses como obra da carne aparece no contexto bíblico no sentido de facção, especialmente nos textos de 1 Coríntios 11.19 e Gálatas 5.20, que fala das dissidências de opiniões entre os cristãos. Entendemos, então, na referência que Paulo faz de heresias como obra da carne, que seu propósito é destacar não a questão doutrinária, mas sim o espírito de partidarismo e facção entre os crentes, as opiniões carnais que dividiam o corpo de Cristo.
O apóstolo Pedro, falando da heresia em seu aspecto negativo que depois passou a invadir a comunidade de salvos, diz:
E também houve entre o povo falsos profetas, como entre ' vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. (2 Pe 2.1)
Um crente que não tem base bíblica, estrutura, deixa-se facilmente dominar por tais heresias, mas Deus pesará a sua mão contra os mesmos, e contra os falsos mestres, Pedro enumera no capítulo citado acima quatro informações sobre os falsos mestres:
a) Eles entram na igreja dissimuladamente. Eles não agem de supetão; começam nas casas, nas portas das cozinhas, em reuniões particulares, em movimentos espirituais isolados, em montes. São os clandestinos do Reino. Eles estavam presente nos dias de Paulo (2Tm 3.6).
b) A mensagem deles. Atacam a Bíblia, a Cristo, fazem isso mostrando que têm grande espiritualidade. Assim, passam a renegar ao Senhor. Eles tomam o lugar da Palavra em suas mensagens, não procuram dar valor à revelação bíblica; antes, forjam histórias, contam curas que nunca aconteceram, milagres quando nunca sucederam, seus ensinos são pervertidos, e envenenam a vida dos que ouvem, isto é, se não tiver estrutura, conhecimento da Palavra de Deus. As mensagens deles são difíceis de serem identificadas, visto que eles não fazem isso logo de início e publicamente. Eles pervertem os bons costumes, vendem uma vida de ilusão, prometem liberdade, mas é um tipo de liberdade que escraviza.
c) Eles são movidos pelo dinheiro. Seus corações são dominados pelo desejo de ter muito mais dinheiro. São como Geazi: estão dispostos até a mentir em troca de terem o que o seu coração deseja (2 Rs 5.20-27). São dominados pelo desejo de terem fama, nome, posição. Assim, conforme falou Paulo, a piedade deles é disfarçada. Eles são semelhantes a ovelhas, todavia, são lobos devoradores (Jo 10.11-13).
d) O fim deles. Pedro diz que tais mestres não ficarão impunes, eles serão julgados pelo Senhor por causa de suas heresias. Pedro faz um apanhado histórico, cita os anjos que se rebelaram contra Deus e foram punidos, cita o Mundo Antigo, que também foi punido com o Dilúvio, escapando apenas Noé e sua família. Cita Sodoma e Gomorra, que foram destruídas com fogo e enxofre, e mostra que Deus livrou a Ló, e que Ele livra os seus servos, pois sabe como socorrer o justo na hora da provação.
As heresias ensinadas pelos falsos mestres e doutores são perigosíssimas, pois levam pessoas a negarem o Senhor, visto que seu alvo é arrebatar pessoas para si com o intento de formar seus próprios partidos. Na obra Heresias e Modismos, do pastor Esequias Soares, ele fala desses heresiarcas assim:
[...] Os heresiarcas são fundadores e líderes de seitas ou movimentos heterodoxos. Eles são contra tudo aquilo que cremos e pregamos desde o princípio e procuram contestar com argumentos ardilosos, sofismas e persuasão. As principais doutrinas da teologia cristã: a Bíblia, a doutrina de Deus, a identidade de Cristo e a sua obra, o homem e o seu destino são os pontos mais atacados por tais líderes. Esses pontos foram atacados desde a era apostólica. (SOARES, 2006, p. 28, 29)
O grande mal da heresia, conforme Paulo e Pedro mencionam, como obra da carne, é quando ela dá origem a partidos dentro da igreja destruindo sua unidade, harmonia, gerando uma má conduta entre os membros. E isso que Paulo diz dos cristãos de Corinto. Eles deixaram a comunhão, a festa agápe, e passaram a formar pequenos partidos, os quais já não participavam dos mesmos ideais, antes eram egoístas e presunçosos, excluindo algumas pessoas e fazendo preferências por outras.
Entendemos então que o haireses é uma obra perigosa da carne, pois seu propósito é dividir, estragar a unidade que foi formada por Cristo Jesus (Jo 17.21). A essência do verdadeiro cristianismo não é a formação de grupinhos, não eleva um e rebaixa o outro. Caso algum membro da igreja esteja dominado por esse sentimento maléfico, não estava vivendo a verdadeira comunhão com Jesus.
O pastor, como servo de Cristo, tem a responsabilidade de vigiar o rebanho e lutar pela sua unidade. Não é seu dever de imediato expulsar alguém que talvez esteja sendo seduzido por algum tipo de heresia. Paulo, em seu ministério, teve que enfrentar muitos heréticos, os quais buscavam sempre causar divisão, mas ele procurou ensinar sobre a verdade em Cristo Jesus, e para os que eram facciosos, ensinavam vãs filosofias, falava que eles deveriam ser admoestados pelos menos três vezes. Caso não atendessem, logo deveriam ser evitados (Tt 3.10).
O combate que Paulo fazia contra os hereges é porque ele sabia que seus ensinos errados tanto criavam facções como perturbavam a paz da igreja. Um ensino errado que Paulo e João tiveram que combater fortemente foi o gnosticismo. Para o teólogo William S. Smith, o gnosticismo era caracterizado por um aspecto filosófico cristão, pois ensinava que a salvação deste mundo mau acontecia por meio de um conhecimento (gnosis), nesse caso o gnosticismo era uma filosofia. O gnosticismo cristão afirmava que o Deus sublime, não o Deus inferior que criou o mundo, enviou Cristo para salvar o espírito do homem deste mundo mau, por seu ensino e exemplo. Na visão desse gnosticismo cristão, Jesus seria apenas um pedacinho de Deus.
Os defensores do gnosticismo diziam que o mundo existente era resultado de sucessivas criações. Tudo funcionava mais ou menos assim: alguma coisa criou certo mundo, e do mundo criado veio outro mundo até surgir a humanidade. No pensamento gnóstico, o homem estava em uma posição inferior, pois ele era um resultado último de várias sucessões, por isso não poderia se aproximar de Deus.
É a partir desse momento que os gnósticos dizem que o homem precisava de seres angelicais, intermediários espirituais, emanações diversas que entrassem em contato com os deuses. Esses seres espirituais precisavam ser cultuados, reverenciados e adorados.
Crê-se que as cartas pastorais foram escritas para combater esse ensino errado, essa heresia (2 Tm 2.23; 3.1), as quais eram ensinadas e espalhadas pelos falsos mestres. Observe bem, no contexto de 1 Coríntios 11.19, as facções surgem por causa de preferências por pessoas, as quais eram muito estimadas; já no contexto de 2 Pedro 2.1, a divisão acontece por meio dos ensinos heréticos.
Portanto, o ensino de Paulo sobre como tratar os hereges, é que eles primeiramente devem ser advertidos, e caso não aceitem a correção então devem ser ignorados, pois é necessário que haja separação dos tais (2 Tm 3.5; 1 Tm 5.8; Tt 1.16; 2 Ts 3.6). Jamais devemos agir como no passado, em que a igreja católica montou o tribunal de inquisição, matando muitos cristãos, ou agir como João Calvino, que em Genebra, Suíça, matou mais de sessenta pessoas, isso sem contar com as prisões.
NOTA:
1 Panenteísmo (pan-en-teismo), ou krausismo, é uma doutrina que diz que o universo está contido em Deus ou nos deuses, mas Deus ou os deuses é/são maior(es) do que o universo. É diferente do panteísmo, a crença de que Deus ou os deuses e o universo coincidem perfeitamente (ou seja, são o mesmo). O termo foi proposto por Karl Christian Friedrich Krause, na sua obra System des Philosophie (1828), para designar a sua própria doutrina teológica que pretendia servir de mediação entre o panteísmo e o teísmo. O termo passou a ser utilizado para designar múltiplas tentativas análogas, extravasando o sentido original que lhe fora atribuído por Karl Krause. No panenteísmo, todas as coisas estão na divindade, são abarcadas por ela, identificam-se (ponto em comum com o panteísmo), mas a divindade é, além disso, algo além de todas as coisas, transcendente a elas, sem necessariamente perder sua unidade (ou seja, a mesma divindade é todas as coisas e algo a mais). Esta crença panenteísta pode ser identificada de forma bastante válida com a interpretação cabalística, especificamente a ideia de Tzimtzum. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Panenteismo) 113
Fidelidade, Firmes na Fé
INTRODUÇÃO
I-O SIGNIFICADO DE FIDELIDADE
II-IDOLATRIA E HERESIA: UM PERIGO À FIDELIDADE
III-SEJAMOS FIÉIS ATÉ O FIM
CONCLUSÃO
Na lição de número 9, estudaremos a fidelidade, contrapondo com a idolatria, uma das obras da velha natureza. Fidelidade é uma característica daquele que é fiel, leal e que demonstra zelo pelo Senhor. Lealdade também está relacionada à fé, pois são duas palavras cognatas, ou seja, vem da mesma raiz. Podemos definir fé como o “firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). É a confiança que temos em Deus. Porém, o significado da palavra fé é amplo.
Por isso, é importante destacar alguns aspectos da fé:
a) Fé natural – “Confiança desenvolvida em virtude da íntima comunhão que o crente mantém com o Espírito Santo (Gl 5.22). É uma fé constante e regular que independe das circunstâncias (Hb 3.17,18). Não é uma fé miraculosa; ela nasce como resultado de um relacionamento com o Senhor Jesus.”1
b) Fé salvadora – “Proveniente da proclamação do Evangelho, esta fé leva-nos a Cristo como o nosso único e suficiente Salvador (Jo 3.16). Ao contrário da fé natural, que brota através do labor filosófico, a fé salvadora só há de nascer no coração humano através da pregação do Evangelho (Rm 10.13). Sem a mensagem da cruz, não pode haver fé salvadora.2”
c) Dom da fé – “Capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito Santo, através da qual o crente é levado a exercer a fé de maneira extraordinária (1 Co 12.9; 13.2), visando a expansão do Reino de Deus. O dom da fé induz o crente a fazer grandes petições, e a receber, de igual modo, grandes respostas. Esse carisma porém, não é para ser utilizado em favor de quem o possui; deve visar, antes de mais nada, à expansão do Reino de Deus”.3
d) Fruto da fé – Confiança desenvolvida em virtude da íntima comunhão que o crente mantém com o Espírito Santo (Gl 5.22). É uma fé constante e regular que independe das circunstâncias. Não é uma fé miraculosa; ela nasce como resultado de um singular relacionamento com o Senhor Jesus.”4
Essas definições nos ajudam a compreender que a fidelidade, fruto do Espírito, abrange a ideia de lealdade, sinceridade e integridade. A fé é o antídoto que nos preserva da idolatria.
Idolatria não se refere somente a imagens de escultura, mas é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus em nossos corações. A palavra idolatria é oriunda de eidolon, e latreia, “serviço sagrado, culto, adoração. Tal prática é pecaminosa e quem a comete está roubando e negando a soberania de Deus. Por isso, o primeiro dos Dez Mandamentos é “não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Os quatro primeiros mandamentos são uma referência ao nosso relacionamento com Deus e segundo o
Comentário Bíblico Moody “o primeiro mandamento resguarda a unidade de Deus, o segundo a sua espiritualidade, e o terceiro sua divindade ou essência”.
Para mostrar o quanto a idolatria é prejudicial à fé cristã, copia no quadro o esquema abaixo e leia com os alunos as referências.
Deus proíbe a fabricação de ídolos e deuses de fundição
Lv 19.4
A adoração a Deus deve ser sem imagens e sem figuras
Dt 4.12
Somente Deus deve ser adorado e a Ele devemos servir
Mt 4.10
Deus é espírito e deve ser adorado em espírito e em verdade
Jo 4.24
Deus não habita em templos feitos por mãos humanas
At 17.24,25
O combate à idolatria é mantido pelo apóstolo João
1 Jo 5.21
(Extraído de SOARES, Esequias. Os Dez Mandamentos: Valores divinos para uma sociedade em constante mudança. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 27).Sugestão didática:
Explique aos alunos que o primeiro mandamento divino ensinava aos israelitas quanto à idolatria. Eles eram o povo escolhido por Deus para revelá-Lo às demais nações pagãs que estavam ao redor. Por isso, deveria adorar somente a Ele de todo o coração a fim de que todas as nações soubessem que o Todo-Poderoso é único. O povo de Deus jamais poderia esquecer que quem os resgatou da escravidão do Egito foi o Senhor. Agora suas vidas pertenciam não mais a Faraó, mas ao Criador e Libertador. Explique aos alunos que assim como Deus libertou Israel e tornou-se o seu Senhor, Jesus Cristo nos redimiu e nos libertou mediante o seu sacrifício na cruz. Agora pertencemos a Ele e devemos adorá-Lo em espírito e em verdade (Jo 4. 23).
Material: Figura de revistas usadas: casa, carro, filhos, líderes evangélicos, crianças.
Procedimento: Mostre as figuras, uma a uma, para a sua turma. Pergunte se estas figuras têm relação com idolatria. Incentive a participação e ouça os alunos. Em seguida pergunte: “O que é idolatria?” Ouça os alunos com atenção. Diga que idolatria é o amor excessivo por alguma pessoa ou objeto. Mostre a figura da casa e explique que sua casa pode se tornar um ídolo. Seu carro também pode se tornar um ídolo. (Mostre todas as figuras dizendo que podem se tornar ídolos.) Qualquer coisa que tome o lugar de Deus em nossos corações é idolatria. Muitos, erroneamente, pensam que idolatria é adorar somente imagens. Mostre que Deus tem aversão à idolatria, por isso encontramos várias referências tanto no Antigo como em o Novo Testamento que nos mostram que precisamos evitá-la. Conclua lendo com seus alunos os seguintes textos bíblicos: Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2 Rs 17.35,37,38; 1 Co 10.7,14; Cl3.5; Ap 22.15.
Telma Bueno
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
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