O Propósito do Fruto do
Espírito Santo
E
|
ntender bem o propósito do Espírito Santo de Deus em nossa
vida é algo muito importante, pois se isso não for feito corremos o risco de
beirarmos a diversos extremos, como aconteceu com a Igreja de Corinto, que
valorizava mais os dons espirituais do que as virtudes do fruto do Espírito
Santo.
Historicamente, sabemos que na promoção
de muitos avivamentos alguns começaram a dar mais ênfase aos dons do que as
virtudes, todavia, se cada cristão realmente seguir a Palavra de Deus, com
certeza terá equilíbrio nesse ponto.
A Essência do Fruto
do Espírito
Ao entrarmos em contato com Gálatas 5,
falando a respeito do Fruto do Espírito, podemos logo dizer que o singular é
usado tão somente pelo fato de todas as virtudes virem do Espírito Santo.
O propósito
do Fruto do Espírito Santo é produzir no crente frutos, não obras, nem apenas
qualidades morais. O Espírito trabalha na vida do cristão desejando que ele
tenha qualidade de vida espiritual. As virtudes vêm do Espírito, com isso é
possível entender que essa qualidade de vida espiritual não parte do próprio
crente e não é resultado de seus meros esforços, antes essa produtividade
acontece por causa da nova natureza que foi implantada no seu ser, de modo que
agora o cristão sempre andará em novidade de vida (Rm 6.4; Ef 3.19). A
qualidade de vida produzida pelo Espírito tem um nível que nenhum homem neste
mundo pode conceder, que nenhuma Universidade ou Faculdade pode oferecer, antes
tudo vem de cima, do alto (Tg 1.17). No momento em que o Espírito Santo passa a
habitar no coração do crente, a colheita acontece de modo abundante.
O pastor Raimundo de Oliveira, em sua obra As
Grandes Doutrinas da Bíblia, ao fazer uma definição lacônica sobre o fruto do
Espírito, afirma que:
Numa análise do
fruto do Espírito, apontando o amor como o aspecto exaltado do mesmo fruto,
escreve o Dr. Boyd: Gozo é o amor obedecendo. Paz é o amor repousando.
Longanimidade é o amor sofrendo. Benignidade é o amor mostrando compaixão.
Bondade é o amor agindo. Fé é o amor confiando. Mansidão é o amor suportando.
Temperança é o amor controlando. (OLIVEIRA, 1987, p. 140)
Essas virtudes dão
uma qualidade de vida que não pode vir do nosso ambiente, da nossa cultura, nem
podem ser produzidos por nós mesmo, antes é algo que vem do Espírito Santo de
Deus. Nossa vida espiritual só tem qualidade quando na verdade é dominada pelo
fruto do Espírito.
O Fruto do Espírito
em Contraste com as Obras da Carne
Em se tratando
do homem natural, veja o que Paulo diz:
Ora o homem
natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. (1
Co 2.14)
O homem
natural tem bondade no seu ser e pode produzir coisas boas, as quais podemos
denominar de obras. As obras estão no nível da carne, algumas podem ser boas e
outras más. Paulo usa a expressão obras para denotar os esforços dos homens na
realização de algo dependente de seus esforços. A qualidade de vida exposta por
aqueles que seguem o princípio natural não permanece para sempre, é momentânea,
isso porque nada vem de cima, mas nasce do próprio homem. Ao contrário do
cristão, existe algo transcendental em sua vida, seus atos são dominados pelo
amor, de modo que o que o crente realiza é devido àquilo que o Espírito Santo
implantou no seu ser.
O cristão vive sua vida espiritual dominada
pelo Espírito Santo de Deus, a lei que age no seu interior é a do amor, por
isso tem capacidade de cumprir com as exigências divinas.
Na expressão
latina: “Fructus utem Spiritusest...” (Mas o fruto do Espírito é...), a palavra
fruto fala de proveito, rendimento, lucro, gozo e delícias. No grego veja que a
palavra fruto está no nominativo, isso quer dizer que é o sujeito da frase, e o
mais interessante é o artigo genitivo: “Karpòs toû Pnéumatòsestín...” O karpós
pode ser entendido de modo literal como fruto (Mt 12.33), e também como
resultado, ato e produto (Mt 7.16; Gl 5.22; Ef 5.9).
A origem do
fruto produzido pelo cristão vem diretamente do Espírito Santo de Deus. O homem
por si mesmo não tem como produzir o fruto descrito em Gálatas, antes, por meio
de uma ação divina é que esse princípio maravilhoso se torna abundante em sua
vida.
A Vida Controlada
pelo Espírito
Vivendo no
Espírito o cristão expressa uma nova vida, posto que o princípio da antiga lei
já foi eliminado, agora o que lhe domina é a nova lei do Espírito (Rm 8.2). O
importante de ser controlado pelo Espírito é porque Ele não é um código de lei
para o crente, transformando-o em um legalista, porém as virtudes que se
desenvolvem em sua vida vêm pela vida do Espírito.
Uma pessoa
pode fazer o bem para alguém devido a um código ou uma lei; outros podem andar
juntos apenas por questão de conveniência, mas quanto ao verdadeiro cristão, mascarar
as coisas é impossível, pois no seu interior está implantada a nova lei do
Espírito.
A vida no Espírito concede ao crente não
somente transformação em suas ações, contudo pelo seu viver ele é capaz de
conduzir outros a desejarem o que ele tem em sua vida (2Co 3.18). Jesus disse
que devemos brilhar neste mundo como luz.
O que torna os
discípulos diferentes é o poder do ensino de Cristo em suas vidas, e também sua
vocação espiritual (Ef 4.1), desse modo eles podem ser facilmente
identificáveis. O sal torna-se diferente por causa do poder que impõe no meio
dos alimentos.
O cristão é
tão diferente no mundo, assim como o sal é diferente entre os demais alimentos.
Sabemos que o sal tem um poder antisséptico, deste modo, quando posto nas
carnes ou alimentos, ele os preserva dos microorganismos. Os discípulos de
Cristo são purificadores morais em um mundo de baixa moral.
O cristão
deve ter uma vida disciplinada e virtuosa que transmita qualidade moral, caso
isso não ocorra poderá perder seu poder e a sua influência. O seu falar deve
ser temperado com sal, para que os outros possam sempre querer ouvi-lo (Cl
4.6).
Um cristão
que não tem salinidade em sua vida só serve para ser jogado fora e pisado pelos
homens. Lucas diz que é até perca de tempo colocar sal sem qualquer poder em um
campo, pois desse modo o que se gastará é energia (Lc 14.35).
O verdadeiro
servo de Cristo procura viver o evangelho na prática e expressar uma vida de
testemunho vivo, autêntico, resplandecendo como luz no mundo (Fp 2.15). O
brilhar do cristão é resultado da sua comunhão com a luz maior, Jesus, porém,
para brilhar nos lugares escuros, essa luz precisa estar em lugares
estratégicos, sem qualquer interferência. Uma cidade sobre um monte é vista com
maior facilidade por causa de sua posição de destaque. Jesus diz que é
inapropriado colocar uma candeia debaixo da cama, logo ela serviria como um
barril, mas a luz deve ser colocada no velador, pois somente assim brilhará de
modo adequado.
O cristão
deve fazer de tudo para que sua luz seja sentida no mundo (Pv 4.18; Fp 2.15; Ef
5.1), pois agindo dessa forma o mundo perceberá a presença da Verdadeira Luz em
sua vida. Ao procurar um meio para exercer sua influência, o cristão não busca
sua autoglorificação, mas seu desejo é que todos possam ver as bênçãos
recebidas por meio de Cristo Jesus.
O brilhar
dessa luz pode ser expresso por meio de serviço e atos generosos que procurem
em tudo honrar aquEle que lhe concedeu o brilho espiritual (1Pe 2.12; Jo 15.8;
1Co 14.25).
Uma coisa
interessante no texto em relação à palavra fruto, Paulo fez questão de usá-la
não apenas para contrastar com a palavra carne, antes, ele queria expor um
aspecto pedagógico, pois obras não geram obras, mas fruto gera frutos; quer
dizer, gera virtudes. Vemos, então, a
dinâmica do Espírito Santo na vida do crente, seu trabalho é levá-lo a produzir
o que Deus implantou em seu ser, isto é, corresponder ao que é divino, ao
próprio Cristo.
Em comunhão
com o Espírito Santo o cristão não produz um estilo de vida legalista, nem
procura impor princípios morais à força, nem vive apenas falando de ética,
antes, ele produzirá uma qualidade de vida que está acima de qualquer lei moral
ou ética. Por vezes o crente ora, lê a Bíblia, participa de congressos e
reuniões, tudo isso é importante, mas se a sua comunhão não brotar do Espírito
Santo, tudo será em vão.
Dirigido pelo Espírito o cristão é obediente,
submisso, tem desejo de orar, ler a Bíblia e frequentar a Casa de Deus. A sua
vida torna-se frutífera em todos os aspectos, porque ele não está tentando ter
uma vida de qualidade apenas por sua força mental e moral, mas a transformação
real em sua vida é por meio do Espírito, de modo que essa qualidade é visível,
como disse o salmista, sempre dando fruto na estação própria (Sl 1.3). Quando o
cristão é dirigido pelo Espírito está participando da natureza de Deus (Rm
3.21), por isso deseja expressar no seu viver prático as qualidades desse Ser
Supremo (Mt 5.48). O Espírito implanta o seu fruto, que é a expressão do
caráter de Deus, para que todos nós sejamos como Jesus Cristo.
O Espírito Santo e o
Caráter do Crente
Na teologia organizada por Stanley M. Horton, segundo as
palavras de David Lim, em se tratando do fruto do Espírito Santo, ele é bem
direto em afirmar categoricamente que tem relação com crescimento e caráter.
Observe:
Qual é o
relacionamento entre os dons e o fruto do Espírito? O fruto tem a ver com o
crescimento e o caráter; o modo de vida é o teste fundamental da autenticidade.
O fruto em Gálatas 5.22,23, consiste nas “nove graças que perfazem o fruto do
Espírito — o modo de vida dos que são revestidos pelo poder do Espírito Santo
que neles habita”. Jesus disse: “Por seus frutos os conhecereis”. (Mt 7.16-20;
[...] Lc 6.43-45) (HORTON, 1996, p. 488)
A
palavra caráter fala das qualidades inerentes de uma pessoa, essas qualidades
determinam a conduta e a concepção moral. O fruto do Espírito, na vida do
crente, trabalha para que o caráter de Cristo seja real, ou melhor, Ele deseja
que a santidade que há em Deus brilhe em nosso ser.
Na terra o
cristão precisa viver procurando expressar o caráter de Cristo, alcançando o
nível de sua espiritualidade (Hb 4.13). Podemos admirar o caráter de muita
gente neste mundo, mas para termos o caráter de Jesus Cristo precisamos ter um
viver dominado pelo Espírito Santo, pois Ele produzirá em nós a qualidade de
vida que Deus deseja. Ao usar a palavra fruto, o apóstolo Paulo está
evidenciando o caráter que Deus espera de seus filhos, na distinção entre fruto
e dons é importante saber que nem todos os crentes terão os mesmos dons, mas em
relação ao fruto do Espírito Santo, todos os crentes precisam ter.
Ligados com o
Espírito Santo de Deus todos os crentes são como uma grande árvore que produz o
mesmo fruto. Os cristãos só podem ser como Jesus Cristo, mediante ao fruto do
Espírito, quando Ele nos enche e nos domina, então, as virtudes cristãs
aparecem (Cl 3.5,12).
Podemos dizer
que o Espírito Santo é o vigia da vida do crente. Ele passa a nos controlar de
tal modo que não deixa entrar em nossa vida aquilo que contraria a vontade de
Deus e age também para que não entre aquilo que não satisfaz a Deus.
Quem não vive
dominado pelo Espírito Santo não pode crescer, visto que ainda está dominado
pelos desejos pecaminosos, os quais produzem um estilo de vida baixo,
comprometido e que foge dos padrões divinos. A produtividade na vida do crente
e a formação do seu caráter vêm quando o Espírito Santo habita, o qual nos leva
a ter prazer na Palavra de Deus e nos concede uma vida maravilhosa (Sl 1.3; Jo
15.4,5).
Certa vez,
Jesus deixou claro que o relacionamento com Ele é o que leva à produtividade
espiritual acontecer, daí a importância de o cristão desejar sempre permanecer
em Cristo. Com os dons posso até fazer coisas grandiosas, mas sem estar ligado
em Cristo, fora de Cristo e sem o fruto do Espírito, não tem como o homem ser
como Jesus Cristo é.
Uma vida nova
e brilhante só é possível para quem está em Cristo (2Co 5.17), Ele coloca em
nós o seu Espírito, que faz com que seus frutos apareçam, desse modo
expressamos um estilo de vida que lhe agrada. Existem muitas árvores no meio
dos salvos que precisam do machado divino, conforme falou João Batista.
Árvores boas
não podem ser cortadas, pois serão reconhecidas pelos frutos que produzem (Mt
7.20). Não há como se cometer injustiça para com um crente que tem qualidade de
vida, que se manifesta pelo Fruto do Espírito, antes eles devem ser bem
cuidados, pois já estão limpos pela Palavra (Jo 15.3).
Em relação ao
nosso caráter, o Espírito Santo de Deus trabalha para que essa transformação
seja constante (2 Co 3.18), se deixarmos que o Espírito plante em nós o seu
fruto, então, o caráter de Cristo irá aparecer (Gl 5.22,23).
Pelo nosso
simples esforço podemos alcançar um caráter básico, isso de modo bem lento, mas
quando deixamos que o Espírito Santo atue em nossa vida, a verdadeira
transformação acontece. Precisamos entender que, mesmo o Espírito Santo habitando
em nossa vida, a transformação do nosso caráter é paulatina, não de maneira
abrupta.
No meio
cristão percebe-se que no momento da conversão alguns crentes logo se tornam
fortes e destemidos, mas outros vão lentamente caminhando em sua fé e no seu
desenvolvimento espiritual. Para com estes, Paulo disse que os que são bem
estruturados devem ajudá-los.
Existem
irmãos que se convertem a Cristo de todo coração, mas ainda existem coisas em
sua vida que o Espírito Santo precisa mudar, especialmente no seu caráter, é
bom lembrar de que essa atividade não é nossa, os líderes podem ensinar a
Palavra, mas a transformação só quem pode fazer é Jesus.
Pedro andava
com Jesus, e pelo texto bíblico sabemos um pouco do seu caráter, em sua negação
afirmando que não conhecia Jesus, ele até jurou. E ele negou outra vez com
juramento: Não conheço tal homem. (Mt 26.72).
Observe que a
palavra grega órkos fala de um juramento que é feito com promessa (Mt 5.33),
Pedro queria se fechar para proteger sua vida e não a comprometer em nada.
Jesus disse que quando ele realmente se convertesse, então poderia apascentar
suas ovelhas (Lc 22.32). Jesus não desprezou Pedro por sua fraqueza e mentira,
mas procurou conduzir-lhe pela vereda da verdade, confrontando-o, sabendo que
um dia esse homem iria avançar em sua vida espiritual. Como espirituais que
somos, devemos dar tempo para que as pessoas sejam transformadas e possam
desenvolver o caráter de Cristo (Hb 12.14; 1Pe 4.6).
As Obras da Carne e o
Fruto do Espiríto
Jamais devemos nos esquecer de uma coisa: a formação do
caráter de uma pessoa leva tempo, e Jesus esperou isso em muitos dos seus
discípulos, amando-os até o fim (Jo 13.1). Jamais devemos nos afastar de alguém
do nosso meio por alguma falha em seu caráter, antes, é primordial que
primeiramente tratemos de dar tempo ao tempo, essa postura só adota quem tem o
amor como fruto do Espírito em sua vida. Para que o caráter do cristão possa
estar em desenvolvimento, ele precisa estar constantemente lendo e meditando na
Palavra de Deus, pois ela dirá o que é melhor para sua vida; desenvolver o
hábito de orar sempre (Lc 18.1), pois por meio da oração é que se tem comunhão
com Deus; e expressar o amor, que é a grande prova da espiritualidade (1 Jo
4.7).
Testemunhando as
Virtudes do Reino de Deus
Pedro faz uma
distinção importante de como os cristãos são chamados no mundo, e como são
vistos pela visão divina. Na visão do mundo, os cristãos são apenas
estrangeiros e peregrinos. A palavra peregrino no grego é paraikos, significa
uma pessoa que é tratada como estrangeiro, que não tem direito de cidadania e
que vive na terra temporariamente. A palavra forasteiro do grego é parepidemos,
que é uma pessoa que vem de outra região para viver com os nativos, seria na
verdade um refugiado.
No aspecto
espiritual, o povo de Deus é visto da seguinte maneira:
a) Raça
eleita. A palavra raça em grego é génos, fala de parentes, pessoas de várias
naturezas que são agregadas e passam a ser uma família. A palavra eleita,
elektós fala de escolhidos, separados, escolhidos por Deus para obter a
salvação;
b) Sacerdócio
real. Hierateuma fala de um ofício de sacerdote, uma ordem, um corpo; real em
grego é basileio, majestoso;
c) Nação Santa.
Ethnos, multidão que vive em conjunto, da mesma natureza, família. Santa.
Hagios fala algo muito santo;
d) Povo de
propriedade de Deus. A palavra povo do grego é laós e significa tribo, nação,
pessoas que são da mesma origem e língua. Na expressão “exclusiva”, temos a
preposição grega eis que significa: dentro, em direção a, para.
Então entenda o
seguinte: o cristão neste mundo é apenas um forasteiro, um peregrino, pois sua
cidadania é celestial, ele pertence a outro mundo e tem outro Dono, por isso o
seu estilo de vida é diferente, suas metas e seus planos são totalmente
distintos dos habitantes deste mundo. Essa é a razão de o cristão não aceitar
os modelos impostos pela sociedade deste século, pois tal já segue o modelo da
Pedra Principal, por isso foge das paixões carnais e tem um viver exemplar
entre os pagãos.
Todo cristão
deve viver de modo exemplar por saber que a sua salvação custou um alto preço,
sendo assim não pode se deixar dominar pelas tribulações, mas deve manter-se
firme, uma vez que todos foram escolhidos por Deus por intermédio de Cristo
para um propósito específico: ser propriedade exclusiva de Deus que o cristão
procure desenvolver uma vida de total submissão, tanto para com as autoridades
estatais como também com os senhores, isto é, os patrões.
A submissão
do crente às autoridades é uma prova de que no seu coração o orgulho e a
anarquia não têm mais força. Sujeição, no grego, é hipotasso, um termo militar
que fala do agrupamento, ajuntamento de tropa, que se organiza sob o comando de
um líder, mas fora do contexto militar. Fala de cooperar, assumir
responsabilidade voluntariamente e é nesse sentido que o crente faz uso dessa
palavra.
Todas as
pessoas que não são dominadas pelo sentimento cristão, seja ela quem for,
sempre manifesta o desejo de dominar e não de ser dominado, todavia, quando o
cristão vive para Deus, procura viver em sujeição, isso para que o Senhor seja
glorificado, como já dizia o apóstolo Paulo: fazei tudo para glória de Deus (1
Co 10. 31).
O cristão age
de modo que seja um exemplo para os pagãos, a fim de que o evangelho não seja
motivo de escândalo, nem para que a sua vida seja como sal sem sabor, como luz
fora do velador, ou debaixo da cama, antes é uma luz no lugar certo para glória
de Deus.
O procedimento
sincero de um cristão nesse mundo reflete a sua íntima vida de comunhão com
Deus, ou seja, o fruto do Espírito é manifesto pelo seu bom procedimento em
sujeição total ao Espírito Santo de Deus (Gl 5.22). Pedro diz que tem de
anunciar as virtudes daquEle que o chamou das trevas para a luz.
A palavra
virtude, no grego, é areté, fala de se expressar uma vida de excelência moral,
é a manifestação do poder divino (Fp 4.8), quer dizer também a capacidade por
meio da qual alguém se sobressai, quer seja pelo caráter, inteligência, poder,
bondade ou valor. Quando o cristão se apresenta de modo insubordinado,
desrespeitando as leis, as autoridades, é sinal de que ele não tem uma vida
dominada pelo Espírito Santo, a Bíblia mostra que Daniel e seus companheiros
nunca desrespeitaram as auto ridades de sua época, preferiram morrer na
presença de Deus do que dar uma resposta
de desrespeito a Nabucodonosor (Dn 3.16). Daniel preferiu orar a Deus em seu
quarto a fazer motim e revoltas contra o rei, ele confiava plenamente em Deus e
na sua vida de fidelidade com Deus (Dn 6.10).
Só mesmo um
cristão transformado pode entender tudo isso e viver como Deus deseja, é isso o
que Paulo fala em uma de suas cartas (Rm 13.1,2). A vida com Cristo destrona do
coração do cristão o orgulho, a prepotência, a autossuficiência, o espírito de
superioridade e suas próprias ideias, pois a humildade passa a ser um marco de
destaque em sua vida, porque ele sabe quem realmente habita em seu ser (Gl. 2.
20).
O Espírito
Santo de Deus testemunhou sobre a Pessoa de Jesus Cristo (Jo 14.26; 15.26), Ele
ainda continua, mas João diz que o Espírito Santo continua testemunhando ao
coração do homem pecador, dando ênfase à obra realizada por Cristo no calvário
e falando do valor das Escrituras.
Vivendo no
Espírito, o cristão procura testemunhar as virtudes do Reino de Deus por meio
de uma vida exemplar, visto que agora é salvo e esta em um relacionamento íntimo
com o Pai, desse relacionamento é que vem o fruto do Espírito.
1 Ὑµεῖςἐστετὸἅλαςτῆςγῆς (Vós sois o salda terra. Hálas é neutro, é usado como um símbolo de tempero moral, sabedoria e personalidade na fala. A forma clássica
está na septuaginta Mc 9.50). µωρανθῇ, quer dizer
desagradável, tedioso, estulto, tolo, néscio, imbecil. οὕτως λαµψάτωτὸφῶ ςὑµῶνἔµπροσθεντῶνἀνθρώπων:
Assim, resplandeça esplendidamente a luz, que tem o sentido de verdade, pureza
espiritual, razão, mente e
entendimento (Mt 6.23; Lc 11.35). O advérbio émprosthen, quer dizer, adiante,
de, por diante. Perante os homens é que devemos brilhar.
NOTAS : Conhecendo as doutrinas da bíblia - Myer Pearlman
3. Espírito
regenerador.
Consideraremos as seguintes
verdades relativas ao Espírito regenerador. Sua presença é registrada no Antigo
Testamento, porém não é acentuada; seu derramamento é descrito, principalmente
como uma bênção futura, em conexão com a vinda do Messias; e mostra
características distintas.
(a) Operativo mas não
acentuado. O Espírito Santo no Antigo Testamento é descrito como associado
à transformação da natureza humana. Em Isa. 63:10,11 faz-se referência ao
êxodo e à vida no deserto. Quando o profeta diz que Israel contristou o
seu santo Espírito, ou quando se diz que deu seu "bom Espírito"
para os instruir (Nee. 9:20), refere-se ao Espírito como quem inspira
a bondade. (Vide Sal. 143:10.) Davi reconhecia o Espírito como presente
em toda a parte, aquele que esquadrinha os caminhos dos homens, e revela,
à luz de Deus, os esconderijos mais escuros de suas vidas. Depois de cometer seu
grande pecado, Davi orou para que o Espírito Santo de Deus, a Presença
santificadora de Deus, aquele Espírito que influencia o caráter, não lhe fosse
tirado (Sal. 51:11). Esse aspecto, porém, da obra do Espírito não é acentuado
no Antigo Testamento. O nome Espírito Santo ocorre somente três vezes
no Antigo Testamento, mas oitenta e seis no Novo, sugerindo que no Antigo
Testamento a ênfase está sobre operações dinâmicas do Espírito, enquanto no
Novo Testamento a ênfase está sobre o seu poder santificador.
(b) Sua concessão representa
uma bênção futura. O derramamento geral do Espírito como fonte de
santidade é mencionado como acontecimento do futuro, uma das bênçãos
do prometido reino de Deus. Em Israel o Espírito de Deus era dado
a certos lideres escolhidos, e indubitavelmente quando havia verdadeira
piedade, tal se devia à obra do seu Espírito. Mas em geral, a massa do povo
inclinava-se para o paganismo e para a iniqüidade. Embora de tempos em
tempos fossem reavivados pelo ministério de profetas e reis piedosos, era
evidente que a nação era má de coração e que era necessário um
derramamento geral do Espírito para que voltassem a Deus. Tal derramamento
foi predito pelos profetas, que falaram que o Espírito Santo seria derramado
sobre o povo numa medida sem precedentes. Jeová purificaria os corações do
povo, poria seu Espírito dentro deles, e escreveria a sua lei em seu interior.
(Ezeq. 36:25-29; Jer. 31:34.) Nesses dias o Espírito seria derramado com
poder sobre toda a carne (Joel 2:28), isto é, sobre toda a classe e
condição de homens, sem distinção de idade, sexo e posição. A oração de
Moisés de que "todo o povo do Senhor fosse profeta" seria então
cumprida (Num. 11:29). Como resultado, muitos seriam convertidos, porque
"todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Joel
2:32). A característica que distinguia o povo de Deus sob a velha dispensação
era a possessão e revelação da lei de Deus; a característica que distingue seu
povo sob a nova dispensação é a escrita da lei e a morada do Espírito em seus
corações.
(c) Em conexão com a vinda do
Messias, o grande derramamento do Espírito Santo teria por ponto culminante a
Pessoa do Messias-Rei, sobre o qual o Espírito de Jeová repousaria
permanentemente na qualidade de Espírito de sabedoria e entendimento, de
conhecimento e temor santo, conselho e poder. Ele seria o Profeta perfeito que
proclamaria as Boas-Novas de libertação, de cura divina, de consolo e de
gozo. Qual é a conexão entre esses dois grandes eventos proféticos? Será a
vinda do Ungido e a efusão universal do Espírito Santo? João Batista respondeu
quando interrogado: "Eu, em verdade, vos batizo com água, para o
arrependimento; mas aquele que vem apos mim é mais poderoso do que eu;
cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo,
e com fogo." Em outras palavras, o Messias é o Doador do Espírito
Santo. Foi isso que o assinalou como o Messias ou o Fundador do Reino de
Deus. A grande bênção da nova época seria o derramamento do Espírito e foi
o mais elevado privilégio do Messias, o de conceder o Espírito. Durante
seu ministério terrestre Cristo falou do Espírito como o melhor dom do Pai
(Luc. 11:13); ele convidou os sedentos espiritualmente a virem
beber, oferecendo-lhes abundante abastecimento da água da vida; em
seus discursos de despedida prometeu enviar o Consolador a seus
discípulos. Notem especialmente a conexão do dom com a obra redentora de
Cristo. A concessão do Espírito está associada com a partida de Cristo
(João 16:7) e sua glorificação (João 7:39), o que implica sua morte (João
12: 23, 24; 13:31, 33; Luc.24:49). Paulo claramente declara essa conexão
em Gál. 3:13,14; 4:4-6 e Efés. 1:3, 7:13, 14.
(d) Exibindo características
especiais. Talvez este seja o lugar de inquirir acerca do significado da
declaração: "porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda
Jesus não ter sido glorificado". João certamente não queria dizer que
nos tempos do Antigo Testamento ninguém haja experimentado manifestações
do Espírito; todo judeu sabia que as poderosas obras dos dirigentes
de Israel e as mensagens dos profetas eram provenientes das operações do
Espírito de Deus. Evidentemente ele se refere a certos aspectos da obra do
Espírito que não eram conhecidos nas dispensações anteriores. Quais são,
então, as características distintas da obra do Espírito na presente
dispensasão?
1) O Espírito ainda não havia
sido dado como o Espírito do Cristo crucificado e glorificado. Essa missão
do Espírito não podia iniciar-se enquanto a missão do Filho não
terminasse; Jesus não podia manifestar-se no Espírito enquanto estivesse em
carne. O dom do Espírito não podia ser reivindicado por ele a favor
dos homens enquanto ele não assumisse sua posição de Advogado
dos homens na presença de Deus. Quando Jesus falou, ainda não havia no mundo
uma força espiritual como a que foi inaugurada no dia de Pentecoste e que
posteriormente cobriu toda a terra como uma grande enchente. Porque Jesus
ainda não havia subido aonde estivera antes da encarnação (João 6:62), e
ainda não estivera com o Pai (João 16:7; 20:17), não podia haver uma
presença espiritual universal antes que fosse retirada a presença na
carne, e o Filho do homem fosse coroado na sua exaltação à destra de Deus.
O Espírito foi guardado nas mãos de Deus aguardando esse derramamento
geral, até que o Cristo vitorioso o reivindicasse a favor da humanidade.
2) Nos tempos do Antigo
Testamento o Espírito não era dado universalmente, mas, de modo geral
limitado a Israel, e concedido segundo a soberana vontade de Deus a certos
indivíduos, como sejam: profetas, sacerdotes, reis e outros obreiros em
seu reino. Mas na presente época ou dispensação o Espírito está
ao dispor de todos, sem distinção de idade, sexo ou raça. Nesta relação
nota-se que o Antigo Testamento raramente se refere ao Espírito de Deus
pela breve designação "o Espírito". Lemos acerca do "Espírito de
Jeová " ou "Espírito de Deus". Mas no Novo Testamento
o título breve o "Espírito" ocorre com muita freqüência,
sugerindo que suas operações já não são manifestações isoladas, mas
acontecimentos comuns.
3) Alguns eruditos crêem que
a concessão do Espírito nos tempos do Antigo Testamento não envolve a
morada ou permanência do Espírito, que é característica do dom nos tempos
do Novo Testamento. Eles explicam que a palavra "dom", implica
possessão e permanência, e que nesse sentido não havia Dom do Espírito
no Antigo Testamento. É certo que João Batista foi cheio do
Espírito Santo desde o ventre de sua mãe e isso implica uma
unção permanente. Talvez esse e outros casos semelhantes poderiam
ser considerados como exceções à regra geral. Por exemplo,
quando Enoque e Elias foram transladados, foram exceções à regra
geral do Antigo Testamento, isto é, a entrada na presença de Deus era
por meio do túmulo e do Seol (o reino dos espíritos desencarnados).
IV. O Espírito na experiência humana.
Esta secção concerne às
várias operações do Espírito em relação com os homens.
1. Convicção.
Em João 16:7-11 Jesus
descreve a obra do Consolador em relação ao mundo. O Espírito agirá como
"promotor de Justiça", por assim dizer, trabalhando para
conseguir uma condenação divina contra os que rejeitam a Cristo. Convencer
significa levar ao conhecimento verdades que de outra maneira seriam
postas em dúvida ou rejeitadas, ou provar acusações feitas contra a conduta. Os
homens não sabem o que é o pecado, a justiça e o juízo; portanto, precisam ser
convencidos da verdade espiritual. Por exemplo, seria inútil discutir com uma
pessoa que declarasse não ver beleza alguma numa rosa, pois sua
incapacidade demonstraria falta de apreciação pelo belo. Precisa ser despertado
nela um sentido de beleza; precisa ser "convencida" da beleza da
flor. Da mesma maneira, a mente e a alma obscurecidas nada discernem
das verdades espirituais antes de serem convencidas e despertadas pelo
Espírito Santo. Ele convencerá os homens das seguintes verdades:
(a) O pecado de
incredulidade. Quando Pedro pregou, no dia de Pentecoste, ele nada disse acerca
da vida licenciosa do povo, do seu mundanismo, ou de sua cobiça; ele não
entrou em detalhes sobre sua depravação para os envergonhar. O pecado do
qual os culpou, e do qual mandou que se arrependessem, foi a crucificação do
Senhor da glória; o perigo do qual os avisou foi o de se recusarem
a crer em Jesus. Portanto, descreve-se o pecado da incredulidade como o
pecado único, porque, nas palavras dum erudito, "onde esse
permanece, todos os demais pecados surgem e quando esse desaparece todos
os demais desaparecem". É o "pecado mater", porque produz
novos pecados, e por ser o pecado contra o remédio para o pecado.
Assim escreve o Dr. Smeaton: "Por muito grande e perigoso que seja
esse pecado, tal é a ignorância dos homens a seu respeito que
sua criminalidade é inteiramente desconhecida até que seja descoberta
pela influência do Espírito Santo, o Consolador. A consciência poderá
convencer o homem dos pecados comuns, mas nunca do pecado da
incredulidade. Jamais homem algum foi convencido da enormidade desse
pecado, a não ser pelo próprio Espírito Santo."
(b) A justiça de Cristo.
"Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais"
(João 16:10). Jesus Cristo foi crucificado como malfeitor e impostor. Mas
depois do dia de Pentecoste, o derramamento do Espírito e a realização do
milagre em seu nome convenceram a milhares de judeus de que não somente
ele era justo, mas também era a fonte única e o caminho da justiça. Usando
Pedro, o Espírito os convenceu de que haviam crucificado o Senhor
da Justiça (Atos 2:36, 37), mas também ele lhes assegurou que havia perdão
e salvação em seu nome (Atos 2:38).
(c) O juízo sobre Satanás.
"E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado"
(João 16:11). Como se convencerão as pessoas na atualidade de que o crime
será castigado? Pela descoberta do crime e seu subseqüente castigo; em
outras palavras, pela demonstração da justiça. A cruz foi uma
demonstração da verdade de que o poder de Satanás sobre a vida dos homens
foi destruído, e de que sua completa ruína foi decretada. (Heb. 2:14,15; l
João 3:8; Col. 2:15; Rom. 16:20.) Satanás tem sido julgado no sentido de
que perdeu a grande causa, de modo que já não tem mais direito de reter, como
escravos, os homens seus súditos. Pela sua morte, Cristo resgatou todos os
homens do domínio de Satanás, devendo estes aceitar sua libertação. Os homens
são convencidos pelo Espírito Santo de que na verdade são livres (João 8:36).
Já não são súditos do tentador; já não são obrigados mais a obedecer-lhe,
agora são súditos leais de Cristo, servindo-o voluntariamente no dia do
seu poder. (Sal. 110:3.) Satanás alegou que lhe cabia o direito de possuir os
homens que pecaram, e que o justo Juiz devia deixá-los sujeitos a ele.
O Mediador, por outra parte, apelou para o fato de que ele,
o Mediador, havia levado o castigo do homem, tomando assim o
seu lugar, e que, portanto, a justiça, bem como a
misericórdia, exigiam que o direito de conquista fosse anulado e que o
mundo fosse dado a ele, o Cristo, que era o seu segundo Adão e Senhor
de todas as coisas. O veredito final divino foi contrário ao príncipe
deste mundo — e ele foi julgado. Ele já não pode guardar seus bens em paz
visto que Um mais poderoso o venceu. (Luc. 11:21, 22.)
2. Regeneração.
A obra criadora do Espírito
sobre a alma ilustra-se pela obra criadora do Espírito de Deus no princípio
sobre o corpo do homem.
Voltemos à cena apresentada
em Gên. 2:7. Deus tomou o pó da terra e formou um corpo. Ali jazia
inanimado e quieto esse corpo. Embora já estando no mundo, e rodeado por
suas belezas, esse corpo não reagia porque não tinha vida; não via, não
ouvia, não entendia.
Então "Deus soprou em
seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente".
Imediatamente tomou conhecimento, vendo as belezas e ouvindo os sons do
mundo ao seu redor. Como sucedeu com o corpo, assim também sucede com a alma. O
homem está rodeado pelo mundo espiritual e rodeado por Deus que não está
longe de nenhum de nós. (Atos 17:27.) No entanto, o homem vive e opera
como se esse mundo de Deus não existisse, em razão de estar morto
espiritualmente, não podendo reagir como devia. Mas quando o mesmo Senhor
que vivificou o corpo vivifica a alma, a pessoa desperta para o mundo
espiritual e começa a viver a vida espiritual. Qualquer pessoa que tenha
presenciado as reações dum verdadeiro convertido, conforme a experiência
radical conhecida como novo nascimento, sabe que a regeneração não é meramente
uma doutrina, mas uma realidade prática.
3. Habitação.
Vide João 14:17; Rom. 8:9; 1Cor. 6:19; 2Tim.
1:14: 1João 2:27; Col. 1:27; 1João 3:24; Apo. 3:20. Deus está sempre
e necessariamente presente em toda parte; nele vivem todos os homens; nele
se movem e têm seu ser. Mas a habitação interior significa que Deus está
presente duma maneira nova, mantendo uma relação pessoal com o indivíduo. Esta
união com Deus, que é chamada habitação, morada, é produzida realmente
pela presença da Trindade completa, como se poderá ver por um exame
dos textos supra citados. Considerando que o ministério especial
do Espírito Santo é o de habitar no coração dos homens, a experiência é
geralmente conhecida como morada do Espírito Santo.
Muitos eruditos ortodoxos
crêem que Deus concedeu a Adão não somente vida física e mental mas também
a habitação do Espírito, a qual ele perdeu por causa do pecado. Essa perda
atingiu não somente a ele mas também os seus descendentes. Essa ausência
do Espírito deixou o homem nas trevas e na debilidade espiritual. Quando,
não logo, pouco a pouco, ataca essas falhas, uma após outra,
ora estas ora aquelas, entrando nos mínimos detalhes de modo
tão cabal que, não podendo escapar à influência do Espírito, um dia esse
homem será perfeito, glorificado pelo Espírito, e resplandecente com a vida de
Deus".
Nenhum comentário:
Postar um comentário