terça-feira, 26 de janeiro de 2016

LIÇÃO 5 : O ARREBATAMENTO DA IGREJA





C. O Tribunal de Cristo.

"Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo". II Co 5.10.
 Esse julgamento não foi estabelecido para determinar se as pessoas que diante dele comparecerem são culpadas ou inocentes, isto é, salvas ou perdidas, uma vez que este julgamento é exclusivamente para os salvos. A questão da salvação individual fá foi resolvida, há muito. Agora se trata da questão de recompensas, que será resolvida conforme a fidelidade ou infidelidade do crente, como mordomo na casa do Mestre. I Co 3.11-15. Na sua primeira epístola (2.28), João revela a possibilidade do crente sofrer grande vergonha nesse dia, dizendo: "Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, (.ara que, quando ' ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda". Sem dúvida, muitos crentes, perante esse tribunal ficarão cabisbaixos, cheios de remorso e em pranto, pensando como durante seus poucos dias no mundo foram tão preguiçosos e negligentes em obedecer às ordens do Mestre. O Juiz será o próprio Senhor Jesus, Aquele cujo aspecto é descrito em Ap 1.13-17, o "Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus". Diante do Seu olhar coisa nenhuma será oculta. Bom será então que a pessoa hoje muito utilize o seu privilégio de auto-juízo!
 Na antiga Grécia realizavam-se muitos jogos e corridas e outras provas desportivas. Ao término desses os atletas reuniam-se defronte ao palanque ou "tribunal", chamado "bema" na língua grega, onde estaria sentado o juiz, que então distribuía os prêmios aos vencedores. As coroas eram de folhas de louro, portanto "corruptíveis". Bem podemos imaginar o desapontamento dos demais atletas que não ganharam o prêmio e tiveram que presenciar a entrega dos lauréis aos competidores. I Co 9.24-27. Na descrição de Paulo sobre este julgamento as obras do crente feitas por motivos indignos comparam-se a feno, palha, e madeira, substâncias de fácil combustão, enquanto as obras realizadas no amor de Deus e pelo amor às almas são como ouro, prata e pedras preciosas que resistem a prova de fogoJ O sábio Salomão afirma em Ec 2.1- 11 que as obras do homem são loucura ou vaidade, e isso em razão de tê-las realizado num espírito egoísta, "para si" e para sua própria glória. Faz parte do "feno, palha e madeira".
 A Bíblia menciona as coroas reservadas para o povo de Deus.

1) A Coroa da Vida. Tg 1.12; Ap 2.10. É a coroa especial do mártir ou aquele que estiver tão consagrado ao Senhor que alegremente daria a sua vida na causa de Cristo. A palavra "testemunha" em Atos 1.8, no original grego, é "mártir", fato que ensina que a verdadeira testemunha de Jesus é aquele que está pronto a ser morto pelo nome de Cristo.

2) A Coroa de Glória, I Pe 5.2-4. Esta coroa está reservada para os servos fiéis que trabalharam não por amor ao lucro, nem para exercer domínio, mas trabalharam de boa vontade, pelo amor a Deus e às almas. I Ts 2.19,20; Fl 4.1; Dn 12.3; Pv 11.30. As próprias almas que ganhamos para Cristo são como "coroa". Fl 4.1.

 3) A Coroa da Justiça. II Tm 4.8. Esta coroa está reservada para aqueles que amam a vinda de Cristo.

4) A Coroa Incorruptível. I Co 9.25-27. Esta coroa está reservada para aqueles que venceram a carne, não vivendo segundo as cobiças da carne, mas sim vivendo no Espírito. Gl 6.8. Que Deus nos ajude a nos esforçar para que ganhemos essas coroas de tão alto valor.

Apresentamos agora o "Sonho do Obreiro" que ilustra as verdades salientes do Juízo do Tribunal de Cristo. Esse tal obreiro do Senhor certa noite sentou-se no sofá, extremamente cansado dos seus muitos trabalhos. Muita gente havia se convertido. O obreiro sentia realmente grande alegria em trabalhar para Jesus! O trabalho ia bem, e estava coeso debaixo da sua orientação. Seus sermões estavam fazendo grande efeito entre os ouvintes. A igreja estava superlotada. Cansado assim, o obreiro passou a dormir e sonhou que uma pessoa estranha entrou na sala sem se anunciar ou pedir licença. Ela trazia consigo vários instrumentos para medir as coisas, como certos químicos e aparelhos diversos, que lhe dava um aspecto deveras estranho. O estranho aproximou-se do obreiro a dormir, e, estendendo a mão lhe disse: "E como vai com o seu zelo?" O obreiro no momento pensou que o estranho estivesse falando de sua saúde. Mas não, a interrogação tinha a ver com o ZELO, a qualidade chamada "zelo", com o qual qualquer obreiro trabalha. Assim ele logo respondeu que o seu zelo era muito grande e não duvidou, nem por um minuto, que o estranho aprovaria na Integra a sua afirmação. Esperava ver aquele sorriso de aprovação total. No sonho o obreiro julgou que o zelo fosse uma coisa de qualidade física. Assim meteu a mão contra o peito e retirou de si esse objeto, o zelo, e o apresentou ao estranho para ele fazer um exame minucioso do mesmo.
O estranho procedeu a colocar o "zelo" primeiramente na balança, dizendo, "o zelo do senhor pesa 100 quilos!" O obreiro logo sentiu uma certa satisfação ao saber que pesava tanto, mas então notou que o estranho mantinha um aspecto de pessoa um pouco atribulada. Ele não se definiu e se notava que logo em seguida faria outros testes e pesquisas. Foi então que ele dividiu o montante do zelo em átomos e pôs tudo isso num cadinho, o qual foi posto no fogo. Quando a massa toda se fundiu, então o retirou do fogo e deixou-o esfriar. Quando estava rio, notou-se que se havia separado em camadas ou estratos. Quando o homem da ciência bateu de leve com o martelinho, tudo se separou. Então cada camada foi novamente analisada e posta na balança para verificar o seu peso. O estranho fazia muitas anotações enquanto se processava a pesquisa. Quando terminada a pesquisa, o estranho entregou ao obreiro todas as anotações, estando o seu semblante marcado por certa tristeza e apreensão, e compaixão ao mesmo tempo. Contudo, não lhe disse nenhuma palavra a não ser: "Que Deus tenha misericórdia de você!" Com isso saiu da sala e desapareceu! As anotações diziam o seguinte:

ANALISE DO ZELO DO SENHOR JUNIO


Naturalmente, o obreiro levou um susto muito grande. Tentou encontrar algum erro nas anotações, mas convenceu-se que estava tudo certo. Serviu para provocar nele uma atitude realmente positiva, pois o estranho havia demorado um pouco no corredor. O obreiro soltou um grito, dizendo, "Senhor, salva-me" e na mesma hora ajoelhou-se ao lado do sofá, com o papel na mão, os olhos contemplando--o demoradamente. De repente o papel transformou-se em espelho e o obreiro viu no mesmo o seu próprio coração refletido. Estava tudo certo! Ele o reconheceu e o sentiu de perto. Confessou que foi verdade mesmo! Deplorou esse estado de coisas e buscou a graça de Deus, até às lágrimas, que Deus o ajudasse livrar-se do seu egoísmo. No meio daquela angústia profunda, o Sr. Junio acordou! Para livrar-se do inferno, ele já havia pedido ao Senhor, mas para se ver livre de si mesmo, essa foi a primeira vez que pediu tal coisa. Ele continuou em oração até que sentiu aquele fogo refinador ter feito a sua obra, queimando tudo que não é de Deus e transformando o coração para a obediência total a Cristo. Assim, irmãos, todos nós, lá no céu, estaremos aos pés de Jesus, o grande "Químico", para Lhe agradecer ter revelado a nós os nossos defeitos e as nossas falhas. Jesus, o nosso Mestre, espera de nós, Seus servos, uma mordomia fiel sobre as coisas a nós confiadas, conforme a revelação de Sua Palavra.

do livro : O PLANO DIVINO ATRAVÉS DO SÉCULO




O FINAL DE TODAS AS COISAS 
Capítulo 5 
O Arrebatamento da Igreja
 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16,17).

Já sabemos que a volta do Senhor Jesus dar-se-á em duas fases. A primeira fase corresponde ao arrebatamento da Igreja, quando Jesus cumprirá o que prometeu aos seus discípulos, em relação ao seu retorno para buscá-los e levá-los para o céu. Na última reunião com eles, antes de sua morte, e percebendo que estavam preocupados com o que dissera sobre a ida a Jerusalém e ser morto, Jesus lhes disse: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14.1-3 - grifo nosso).

Os Testemunhas de Jeová costumam abordar crentes, novos convertidos, dizendo-lhes que ninguém vai para o céu. No entanto, o texto citado indica claramente que Jesus tranquilizou seus seguidores, prometendo-lhe vir “outra vez” e levá-los para si mesmo, para que, onde Ele estivesse, eles haveriam de estar. Em Atos 1.11, o texto diz que Jesus “foi recebido em cima nos céus”. Jesus prometeu buscar seus servos para estar com eles. Muitos caem nas armadilhas dos hereges por não conhecerem as Escrituras. Isso é um grande erro (Mt 22.29).

Antes de ascender aos céus, após a sua ressurreição, Jesus apareceu e reuniu-se com os discípulos cerca de dez vezes, no espaço de quarenta dias. Lucas refere-se a esse período com detalhes muito importantes, dando lhes suas preciosas instruções antes da despedida: “aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias e falando do que diz respeito ao Reino de Deus” (At 1.3). Naquela, que foi a última reunião com os apóstolos, eles demonstraram sua inquietação acerca dos últimos tempos, especificamente sobre a restauração do reino a Israel. O momento da ascenção foi marcado pela resposta de Jesus, que lhes disse: “[...] Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem 0 recebeu, ocultando-o a seus olhos” (At 1.7-9).

Podemos imaginar a estupefação no olhar dos apóstolos, ao contemplarem aquele quadro jamais visto por eles, ao verem Jesus vencendo a lei da gravidade, e subindo, subindo, até ser oculto por uma nuvem e desaparecer no espaço. Seus corações aceleravam-se pelo inusitado acontecimento diante de seus olhos. Mas, antes que suas esperanças se dissipassem, por não mais verem seu Mestre, Senhor e Pastor, imediatamente, dois mensageiros celestiais foram enviados para tranquilizá-los. “E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.10,11 - grifo nosso). Sim, Jesus voltará, creiam ou não creiam os ímpios, creiam ou não creiam os teólogos incrédulos. Ele é Fiel.

1 - Todos os Salvos Serão Arrebatados

1. O Encontro com Jesus nos Ares

a) A reunião dos salvos no encontro com Cristo. O arrebatamento da Igreja se dará por ocasião da primeira fase da vinda de Jesus. A palavra arrebatamento, na língua original do Novo Testamento, o grego, é harpazó, e dá a ideia de rapto, ou de remoção repentina, de modo súbito. O arrebatamento da Igreja reunirá os que morreram em Cristo, isto é, confessaram a Jesus como seu Salvador e permaneceram fiéis até à morte para receberem “a coroa da vida” (Ap 2.10), e os que estiverem vivos, aguardando o glorioso evento. No arrebatamento da Igreja, haverá a união dos que “em Jesus dormem” (que morreram) com os que serão transformados (1 Ts 4.13). Paulo expressa essa verdade de modo muito claro, demonstrando que os mortos serão ressuscitados e arrebatados dos seus túmulos ou dos locais onde morreram.

1 b) A precedência dos ressuscitados. “Dizemo-vos, pois, isto pela lavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4.15,16). É a precedência honrosa que Deus concederá aos “que morreram em Cristo”. Serão arrebatados primeiro, ainda que num “abrir e fechar de olhos”.

Na ressurreição, o corpo dos salvos, ainda que transformados em pó, carbonizados ou comidos por peixes ou feras, serão trazidos à existência pelo poder de Deus, pela energia criadora de sua palavra: [...] a saber, Deus, o qual vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se já fossem” (Rm 4.17). A ressurreição dos salvos para serem arrebatados é a vitória sobre a morte, “o último inimigo” a ser aniquilado (1 Co 15. 26). A segunda ressurreição será para os ímpios, após o Milênio (Ap 20.5).

2. Quem Será Arrebatado

O arrebatamento dos salvos, ressuscitados e transformados, será repentino. Diante disso, o crente fiel deve estar preparado para “a última grande viagem”, em direção aos céus, à presença gloriosa de Deus, para habitar na nova Jerusalém”. Só chegarão aos céus aqueles que forem vencedores. Na jornada da vida cristã, o caminho é estreito e tem “altos e baixos”, em termos de momentos e eventos que nos alcançam. Graças a Deus, na maior parte do tempo, para a maioria dos salvos, a vida é “um banquete contínuo” (Pv 15.15). Mas nem sempre é assim. Hora estamos nos montes, hora estamos nos vales. Experimentamos alegrias, prazer divinal, e também vivenciamos momentos de tristeza e decepções.

 Nessa alternância de fatos, muitos não conseguem seguir em frente, e se deixam vencer pelo desânimo, pelo cansaço espiritual, e caem à beira do caminho. Uns voltam à vida de pecado; outros tornam-se descrentes ou ateus; outros apostatam da fé. São derrotados. Mas, no arrebatamento, não haverá derrotados, vencidos, fracassados ou desviados. Só estarão inscritos os vencedores. Jesus disse a João, na Ilha de Patmos: “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome” (Ap 3.12). Será o coroamento da carreira cristã.
Paulo aproveitou a figura de uma corrida, nas Olimpíadas gregas, comparando a vida do crente com um atleta que luta ou corre, visando alcançar um prêmio nas competições. “E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado” (1 C o 9.25- 27). Por tudo isso, que é tão glorioso e além do que a mente humana possa avaliar, é que João diz: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 Jo 3.2,3).

II - O que O correrá no Arrebatamento

 Na sua primeira vinda, para proclamar seu evangelho de salvação, Jesus palmilhou esta terra, pisou no chão, andou de sandálias, andou de barco, dormiu em lugar incerto, nas cidades, aldeias e distritos; Ele “se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). Contudo, na primeira fase de sua vinda, quando haverá o arrebatamento da Igreja, Jesus não toca­rá na terra. Ele estará “nos ares” ou “nas nuvens” (1 Ts 4.17). Nenhum teólogo ou cientista cristão poderá explicar como os crentes fiéis serão arrebatados. E um mistério que só a fé pode aceitar como real e factual.

1. A Ressurreição dos Mortos

A ressurreição dentre os mortos é doutrina que faz parte eminentemente do patrimônio da fé cristã. No tempo de Paulo, ele sentiu necessidade de ensinar à igreja de Corinto sobre esse importante tema da vida da Igreja. Corinto era uma cidade grega. E os gregos acreditavam na alma, e que esta seria imortal, mas não criam na ressureição dos mortos. Entendiam que o corpo é uma “prisão da alma” e que não faria sentido libertar-se dessa prisão e retomar para outro corpo e continuar com a alma encarcerada.

a) Dúvidas quanto à ressurreição. Com essa visão, até mesmo os crentes eram influenciados pela descrença quanto à ressurreição. Havia, mesmo entre os crentes, quem não cresse na ressurreição. Escreveu Paulo aos crentes de Corinto: “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou” (1 Co 15.12,13). O tema da ressurreição é de tamanha significância que só se pode entender pela fé. A lógica racional, que dominava a mente dos primeiros crentes por influência da cultura grega, bem como o entendimento lógico dos homens, nos dias presentes, inclui a ressurreição na ideia de que a Bíblia é cheia de mitos.

A falta de fé na doutrina da ressurreição dos mortos é tão grave que resulta em questionamentos que podem desacreditar a mensagem do evangelho, o papel dos pregadores e a certeza da salvação. Paulo argumentou em sua carta aos coríntios: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens (1 Co 15.14-19).

Existem teólogos, que na verdade nem mereceriam esse nome, que se valem de argumentos racionais e humanistas, para negarem o fato da ressurreição. Rudolf Bultmann (1884-1976) afirmava que a Bíblia está cheia de mitos. Daí, suas ideias serem denominadas ' Teologia do Mito . Segundo essa teologia, pode-se crer em Jesus como Salvador, sem ter que crer em seu nascimento virginal, em sua ressurreição, ou na sua segunda vinda; Deus não se revela milagrosamente no tempo e no espaço. “O homem moderno pensa de modo científico, em categorias rigorosamente causais”.2 São especulações humanas, que em nada abalam o alicerce da inspiração da Bíblia, como revelação de Deus ao homem.

 b) A garantia da ressurreição. A Palavra de Deus assegura-nos que os mortos hão de ressuscitar. “Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele” (1 Ts 4.14). Paulo também diz: “Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem” (1 Co 15.21). Creiam ou não creiam os ímpios, queiram ou não queiram os materialistas, que dizem que, na morte, o ser humano é igual a um animal irracional, nada mais restando, a não ser a decomposição orgânica e o pó, os que morreram em Cristo, em fidelidade e santidade, tornarão a viver, e farão parte da “primeira ressurreição (cf. Ap 5.6). 

O corpo dos salvos que estiverem mortos, não importa há quantos anos ou séculos, não importa a forma como morreram, de velhice, de doença, de acidente, etc., haverá a poderosa ação do Espírito Santo, transmutando seus corpos em corpos gloriosos: “Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor” (1 Co 15.42,43).

 c) A primeira ressurreição. Após valer-se da dialética, Paulo afirma com convicção plena 
que a ressurreição não pode ser questionada, mas é um fato real, admitido pela fé, que tem por base e referência a ressurreição de Cristo, como o primeiro a reviver pelo poder sobrenatural de Deus, tornando-se a garantia de que todos os que morreram nele haverão de reviver. Ele diz, no início de sua carta, que Cristo “ressuscitou, segundo as escrituras” (1 Co 15.4b); “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Co 15.20-23). Neste estudo, estamos discorrendo sobre a “primeira ressurreição” (Ap 20.5). A ressurreição dos salvos. O primeiro, ou “as primícias”, a dar início à primeira ressurreição, foi Jesus. Ninguém reviveu, vencendo a morte física, antes dEle. Depois que Ele ressuscitou, houve a ressurreição de muitos servos de Deus, que estavam nos sepulcros. “E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados” (Mt 27.52); eles também fazem parte da primeira ressurreição; mais dois grupos também farão parte desse evento glorioso: “as duas testemunhas” (Ap 11.1-12, ler especialmente v. 12 - “subi cá”); e o último grupo dos “mártires”, que aceitarão a Cristo na “grande tribulação” (Ap 7.9-17).

Na revelação do Apocalipse, o próprio Jesus Cristo diz a João: “Não temas; eu sou o Primeiro e o Ultimo e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1.17b,18 - grifo nosso). A ressurreição dos mortos e a transformação dos vivos será um processo de tão grande complexidade, que só pela fé podemos acreditar. Como corpos que sequer existirão mais nos túmulos, ou desaparecidos em meio a catástrofes, poderão se recompor e assumir a condição de corpos incorruptíveis, gloriosos. Paulo diz: “E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória” (1 Co 15.54).

2. A Transformação dos Vivos

a) O processo da transformação. De igual modo, a transforma­ ção do corpo dos vivos será 
algo inimaginável à mente humana. Num instante, num átimo de tempo, “num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Co 15.52). Com o se dará essa metamorfose? Não ousamos especular. Mas entendemos que o Criador, que fez todas as coisas passarem a existir a partir do nada, também fará a transformação dos corpos físicos, corrompidos e mortais se tornarem corpos espirituais, semelhantes ao corpo glorioso de Cristo, ao ressuscitar ao terceiro dia, da tumba em Jerusalém. Seu corpo, o mesmo que foi sepultado, ressurgiu resplandecente, capaz de atravessar as paredes, e se deslocar no espaço sem auxílio de qualquer objeto ou equipamento material. Ele deu uma amostra do que seria o corpo ressurreto quando se transfigurou no monte da Transfiguração (Mt 17.2).

Os salvos que estiverem vivos, quando da volta de Jesus, passarão por um processo sobrenatural instantâneo, pelo qual serão, primeiramente, transformados e, ato contínuo à ressurreição dos salvos, serão arrebatados com eles. Diz a Bíblia: “depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17 - grifo nosso). A transformação dos vivos é descrita por Paulo de forma bem interessante: “Eis aqui vos digo um mistério: 

Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade” (1 Co 15.5-53), O apóstolo ressalta a transformação sobrenatural do corpo corruptível (que se decompõe) em um corpo incorruptível, que não pode mais envelhecer, adoecer e morrer. Enfatiza a vitória sobre a morte, quando o corpo do salvo se tornará imortal, pela ressurreição ou pela transformação, por se tomar espiritual e glorificado.

 b) A necessidade da transformação. “A transformação dos vivos é  necessária. Diz a Bíblia “que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrrupção” (1 Co 15.50). Na condição natural, biológica, limitada, ninguém pode sequer chegar às nuvens sem aparelhos especiais de sobrevivência. Astronautas usam trajes espaciais, adaptados para a rarefação do ar atmosférico. Nas estações espaciais, por mais modernas que sejam, os cientistas criam condições especiais para os que nela passam alguns dias e têm que voltar à Terra. Os mortos, ao ressuscitarem, terão corpo semelhante ao de Jesus, após sua ressurreição (Fp 3.21), e estarão de imediato em condições de subir aos céus, sem auxílio de qualquer equipamento fabricado pelo homem. Assim, a transformação é o processo sobrenatural, em que o corpo, formado por tecidos, células, sangue e outros elementos físicos, será transformado num corpo glorioso, idêntico ao dos ressuscitados, com que poderão ir ao encontro do Senhor nos ares”,3 ou literalmente, nas nuvens.

III - O Antes e o Depois do Arrebatamento

1. A Necessidade da Vigilância

Diante dessa realidade espiritual tão profunda, todo crente que espera a volta de Jesus, deve estar preparado a cada dia, a cada instante. Ao deitar, o crente, jovem ou adulto, precisa estar com sua “bagagem” espiritual pronta, pois, quando “a trombeta de Deus” tocar, anunciando a volta de Cristo, não haverá mais tempo, um segundo sequer, para alguém se preparar. O pai crente não poderá avisar ao filho que se prepare; não poderá chamar sua filha, que estiver desviada, para que deixe sua vida de pecaminosidade; o filho crente não poderá acordar seu pai e dizer que “Jesus está voltando”; o esposo salvo não poderá despertar a esposa, dizendo que “chegou a hora”; nem a esposa salva poderá alertar ao marido descrente que Jesus está chamando. Não! Todos esses alertas devem ser dados agora, no dia que se chama hoje. Porque, no arrebatamento, os eventos finais serão de uma rapidez fulminante, “num abrir e fechar de olhos” (1 C o 15.51).

2. E Viverão Felizes para Sempre

As histórias de amor, na literatura romântica, na ficção, sempre terminam com a frase “e viveram felizes para sempre”. Na maioria dos casos narrados, a história não passa de uma imaginação fértil do escritor das obras de contos infantis ou juvenis. No entanto, a história de amor de Deus para com o homem é diferente. Ela é real. Jesus é a expressão máxima do amor de Deus (Jo 3.16). Nada é fictício, nada é mito ou fábula. Tudo é real e eterno. A Igreja, a “Noiva do Cordeiro”, há de se encontrar com Ele, “o Noivo”, nas nuvens, a fim de viverem felizes para todo o sempre. O começo da História da Igreja foi de perseguições cruéis, quando muitos crentes pagaram com a própria vida. Ao longo dos séculos, a Noiva de Jesus tem sofrido coisas inimagináveis. Foi perseguida pelos judeus; foi perseguida de forma mais cruel pelo Império Romano, que quis eliminar o cristianismo da face da terra; foi atacada de modo mortal pelo materialismo ateu, começando no Iluminismo, quando a fé foi substituída na mente de muitos homens pelas conclusões das ciências; no século passado, o materialismo investiu pesado contra a Igreja. O comunismo ateu foi implacável e planejou a destrui­ ção da fé cristã, matando crentes, banindo pastores e fechando igrejas.
Mas em todos esses embates, a Igreja de Cristo, a Noiva do Cordeiro, saiu vitoriosa. Porque Ele disse: “[...] edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). No século atual, há perseguições terríveis, como vimos no capítulo 2, mas a Noiva do Senhor subirá ao encontro dEle, para encontrá-lo “nas nuvens” (1 Ts 4.17). 

O apóstolo João, em sua primeira Carta, exorta os crentes a se manterem fiéis e puros, aguardando a volta do Senhor: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 Jo 3.2,3). Em breve, haverá as “Bodas do Cordeiro”, quando haverá a união da Noiva, a Igreja, com seu Noivo, elevada à condição de esposa eterna; “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7). Vale a penas ser crente, mas se for para ir para o céu.




                    Texto extraído : http://www.apazdosenhor.org.br                                                      
Comentário/Introdução
O Arrebatamento é o divisor de épocas na história do povo cristão na terra.
Assim como o Dilúvio, A Torre de Babel, A chamada de Abraão, O reinado de Davi, A vinda de JESUS (sua morte e ressurreição); assim também o Arrebatamento marca a introdução ao fim da existência humana sobre a terra, pois logo após o Arrebatamento vem a Grande Tribulação, depois o Milênio e depois o Juízo Final e o fim de todas as coisas que hoje existem na terra.
O Arrebatamento pré-tribulacional ensina que, antes do período de sete anos conhecido como Tribulação, todos os membros do corpo de CRISTO (tanto os vivos quanto os mortos) serão arrebatados nos ares para o encontro com JESUS CRISTO e depois serão levados ao céu.

I. A VOLTA DO SENHOR JESUS
1. Sentido literal.
O termo “arrebatamento” deriva da palavra raptus em latim, que significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus equivale a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 4.17. Esse evento, descrito aqui e em 1Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange apenas os salvos em CRISTO.
ESTUDO DE PALAVRAS ESCRITAS NA LÍNGUA GREGA
a)Optomai - ( aparecer ) aparecerá pela segunda vez ( Hb 9:28 )
b)Ercomai - ( vir ) virei outra vez ( Jo 14:3 )
c)Epphanos - ( aparição ) aparição de Nosso Senhor ( I Tm 6:14 )
d)Apokalypsi - ( revelação, desvendamento ) manifestação ( I Co 1:7 )
e)Parousia - ( presença e ou vinda ) vinda ou retorno ( II Ts 2:8 )
ARREBATAMENTO - Tirar com violência ou força, arrancar, levar, desprender de um ímpeto, extasiar. ( Aurélio , Buarque de Holanda Ferreira ) .
Gramaticalmente temos a idéia que arrebatamento é uma ação conjunta, rápida e de forma precisa e violenta, eis a razão que o Apóstolo Paulo nos ensina que será tão rápido como um abrir e fechar de olhos.
 
2. Definição bíblico-teológica.
O ensino do Arrebatamento é mais claramente apresentado em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Nessa passagem Paulo informa seus leitores de que os crentes que estiverem vivos por ocasião do Arrebatamento serão reunidos aos que morreram em CRISTO antes deles. No versículo 17 a palavra "arrebatados" traduz a palavra grega harpazo, que significa "dominar por meio de força" ou "capturar". Essa palavra é usada 14 vezes no Novo Testamento Grego de várias maneiras diferentes.
Ocasionalmente o Novo Testamento usa harpazo com o sentido de "roubar", "arrastar" ou "carregar para longe" (Mateus 12.29; João 10.12). Também pode ser usada com o sentido de "levar embora com uso de força" (João 6.15; 10.28-29; Atos 23.10; Judas 23). No entanto, para nossos propósitos, um terceiro uso é mais significativo. Diz respeito ao ESPÍRITO SANTO levando alguém de um lugar para outro. Encontramos esse uso em quatro ocorrências (Atos 8.39; 2 Coríntios 12.2, 4; 1 Tessalonicenses 4.17; Apocalipse 12.5).[2]
Esse último uso é ilustrado em Atos 8.39, quando Filipe, ao completar o batismo do oficial etíope, é "arrebatado" e divinamente transportado do deserto até a cidade costeira de Azoto. De modo semelhante, a Igreja será, num momento, levada da terra ao céu. Não deve-se estranhar, portanto, que um autor contemporâneo tenha chamado esse evento peculiar de "O Grande Seqüestro".[...]


Texto extraído : http://www.apazdosenhor.org.br



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