A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS
Capítulo 9
A Corrupção dos
Últimos Dias
A humanidade
poderia ter começado bem. Mas começou mal. Com o pecado da desobediência a
Deus, em sua origem, o ser humano não soube aproveitar a bondade de Deus ao
criá-lo. Feito “imagem ’ e “semelhança” de Deus” (Gn 1.29), usou mal o
livre-arbítrio, concedido pelo Criador. E, já no princípio, no cenário do
Jardim do Éden, lugar maravilhoso, onde não faltava absolutamente nada, o homem
preferiu ouvir a voz do Diabo. Além disso, o homem desencaminhou-se,
construindo deuses falsos para adorar, desprezando a adoração ao Deus
verdadeiro, Criador dos céus, da terra e do homem.
O pecado é a
raiz de todos os males e comportamentos inadequados do homem enquanto criatura,
perante o seu Criador. E a origem da corrupção que acompanha o homem, desde o
seu princípio, passando pela História, em suas diversas fases ou períodos, chegando
aos dias presentes, e se prolongará e se projetará no futuro, até o final de
todas as coisas, conforme o que nos relata a Palavra de Deus. A humanidade terminará
mal. Até que o Deus Criador intervenha, implantando o seu Reino com o objetivo
de restaurar o planeta Terra ao seu destino glorioso, previsto pelo Senhor. O
juízo do Dilúvio universal foi a reação de Deus à corrupção geral do gênero humano,
por volta do ano 600 da vida do patriarca Noé (G n 7.6,11).
1- E Deus
derramou seu terrível juízo contra os povos diluvianos, em razão da corrupção
generalizada que tomou conta da mente e dos atos daquelas pessoas que habitavam
o planeta (G n 6.5-1). Ao longo dos séculos, em vez de o homem aprender com
a experiência e as evidências da criação que Deus existe e é o Soberano Criador
e Senhor do Universo, pelo contrário, afastou-se mais de Deus, não apenas em
termos de crença, mas de práticas cada vez mais corruptas e abomináveis, em
termos de culto, com a adoração a ídolos ou falsos deuses, mas também por meio
de práticas consideradas abominações pelo Senhor, como a prática da
homossexualidade (Lv 18.20; 20.13 e refs.). Daquela população mundial, de
alguns milhões de pessoas, só escaparam oito seres humanos (Gn 7.7; 2 Pe 2.5).
2 - Depois
de séculos, em vez de o homem evoluir, com o diz a fábula da Teoria da
Evolução, não só tem decaído em sua vida biológica, com o tem piorado
terrivelmente em termos espirituais e morais. Nunca houve tanta corrupção
espiritual e moral, na experiência humana, como nos dias em que vivemos.
Certamente, esses dias, do século XXI, são os “tempos trabalhosos” a que se
referiu o apóstolo Paulo, em sua Segunda Carta a Timóteo (3.1-9). Ele aludia
aos atos de corrupção, imaginados e praticados pelo homem , por sua natureza
decaída e destruída pelo pecado. Mas nunca imaginaria que a corrupção, nos fins
dos tempos que antecedem a volta de Cristo, seria institucionalizada,
reconhecida e aprovada pelos governos e parlamentos, e superaria o descalabro moral
dos povos antediluvianos ou à depravação de Sodoma e Gomorra.
No texto em
estudo, neste capítulo, Paulo enumera características dos homens corruptos, na
época de Timóteo, que eram os “falsos mestres” ou ensinadores, que procuravam incutir na mente
dos crentes de Êfeso, heresias de perdição, “doutrinas de demônios” e “vãs
contendas”, que só causavam dissensões e divisões no seio da igreja local. Ele
conduz os leitores de sua carta, a partir de Timóteo, ao cenário escatológico
dos “últimos dias” (2 T m 3.1), quando homens de índole perniciosa haveriam de
levantar-se “enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13). Neste parágrafo da
carta, ele nos mostra a corrupção do ser humano, “nos últimos dias”. Foi um a mensagem profética,
pois tudo o que ele previu, em termos de corrupção moral, numa visão escatológica,
está acontecendo em nossos dias.
I - OS TEMPOS
TRABALHOSOS
1. Protagonistas dos Tempos Trabalhosos
“Sabe,
porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1). Nos parágrafos anteriores, o
apóstolo tinha seu foco na exortação a Timóteo, tendo em vista sua pouca
experiência diante de situações de desafio, no confronto com os falsos mestres.
Neste capítulo, Paulo volta-se para os “falsos mestres” propriamente ditos,
revelando e ressaltando suas características gerais e pessoais, que os colocam
num a posição altamente negativa e prejudicial à realidade da vida cristã.
Em outras
traduções, esses tempos são considerados “tempos difíceis”. Na realidade, o
texto faz alusão aos tempos que antecedem a vinda de Cristo. Deus está fora do
tempo, ainda que o criou, mas o homem está inserido no tempo e sujeito às
limitações temporais. Sempre houve tempos difíceis ou trabalhosos para a igreja
cristã. Ela nasceu debaixo da perseguição dos judeus; experimentou a
perseguição dos imperadores de Roma, que intentavam eliminar o cristianismo da
face da terra; na Idade Média, sofreu a perseguição dos reis, dos imperadores,
e da Igreja Católica Romana, que tudo fizeram para silenciar a voz dos
protestantes, que confrontavam os desmandos do clero corrupto que se
aproveitava da ignorância do povo.
Depois,
veio, na História, a perseguição diabólica, por meio do materialismo ateu e
anticristão. Os comunistas entenderam (e ainda entendem) que o cristianismo é
um empecilho aos seus objetivos declarados ou velados de dominação do mundo. Os
comunistas foram derrotados e alijados em seu próprio berço, a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas. Esse regime de tirania e injustiças eliminou
muitos cristãos, matando-os nas prisões, na Sibéria, deixando-os morrer de
inanição e frio insuportável. Mas o comunismo foi destruído na Europa Oriental.
No entanto, o cristianismo continuou e continua em sua marcha vitoriosa em
busca do encontro com Cristo, na eternidade.
2. Homens de Má índole
As
características dos homens maus, ímpios e inimigos do evangelho, constam de
algumas “listas negras”, nas epístolas de Paulo. Logo após esse texto, Paulo adverte
os destinatários das cartas pastorais de que Deus já via a tudo e a todos no
plano espiritual (1 Tm4.1). A lista de más qualidades dos homens ímpios
contém 18 itens (2 Tm 3.2-9), cujo comentário seria excessivo, mas para melhor
entendimento, as resumimos rapidamente, tais qualificações nada recomendáveis,
que, infelizmente, são observadas em muitos lugares, em igrejas cristãs, na
vida de pessoas que se dizem cristãs.
1)
Amantes de si mesmos.
São egoístas ao extremo. Buscam os seus interesses em primeiro lugar, antes de valorizarem os outros
e a obra do Senhor. Eles não têm amor, pois o verdadeiro amor “não busca seus
interesses” (1 C o 13.5).
2)
Avarentos. São amantes
do dinheiro, fruto da característica anterior, de seu egoísmo. Hoje, há falsos
obreiros, que só pregam por dinheiro, pensando em enriquecer (1 T m 6.10).
3)
Presunçosos. São homens
cheios de orgulho, de arrogância, que se julgam superiores aos outros. No
ministério, tal característica é motivo de conflitos desnecessários,
contrariando Filipenses 2.3.
4)
Soberbos. Qualidade
semelhante à anterior. Paulo acentua, mostrando que tais homens são orgulhosos
(ver 1 Tm 1.7, 6.4); são candidatos à queda espiritual (Pv 16.18).
5)
Blasfemos. São os mesmos
a que se referiu o apóstolo em 1 Timóteo 6.4,5. Blasfemar é dizer maldição,
praga, imprecação. Ou pronunciar coisas que ofendem de modo contundente a
santidade de Deus. Desobedientes a pais e mães. São péssimos exemplos na família,
pois não honram seus pais e mães (cf. Êx 20.12); e são candidatos a ter um a
vida sem a bênção de Deus, por não considerarem o valor de seus pais.
7)
Ingratos. São pessoas
egoístas e autossuficientes. Por isso, não cultivam a virtude da gratidão. São
ingratos a Deus, aos pais, aos amigos, à igreja, aos pastores. Têm distúrbios
emocionais que os impedem de ser humildes e gratos.
8)
Profanos. São homens que
não respeitam as coisas sagradas (Lv 19.8, 12; M t 12.5); há obreiros que
transformam igrejas em “casas de show”, em danceteria, em palco de luta-livre,
em casas de jogo e até em boates.
9)
Sem afeto natural. É o m
esmo que ser “sem amor” (Rm 1.31); são homens “ignorantes”, grosseiros,
estúpidos ou “mal educados”, no trato com o cônjuge, com os filhos, com os
pais, com outras pessoas.
10)
Irreconciliáveis. Que
não são humildes para reconciliarem-se com os outros, em situações de
desentendimentos ocasionais; não sabem pedir perdão, e muito menos perdoar. Não
são perdoados por Deus (Mt 6.15).
11)
Caluniadores. Cometem o
crime de calúnia (Crime contra a honra - Art. 128 do Código Penal); nas
igrejas, esse crime é ignorado. Raramente se pune um caluniador.
12)
Incontinentes. Que não
sabem conter-se, sem autocontrole, sem domínio próprio.
13)
Cruéis. São pessoas
desumanas, impiedosas. Não fazem parte dos que são salvos em Cristo Jesus. 14)
Sem amor para com os bons. Quem não ama não é salvo. Está em trevas, perdido. E
é considerado homicida em termos espirituais (Ver 1 Jo 2.9,11; 3.15); se tais
homens não amam “os bons”, imagine como tratam “os maus” ou “inimigos” (Mt
5.44).
15)
Traidores. O termo já
diz tudo. São “discípulos” de Judas, que traiu seu Mestre por 30 moedas de
prata (Mt 26.15); seu fim foi a perdição (Mt 27.5).
16)
Obstinados. Sua
obstinação não é no sentido da persistência em fazer o bem, mas em fazer o mal,
em persistir no erro, na maldade.
17)
Orgulhosos. Semelhante à
qualidade número 4.
18)
Mais amigos dos deleites do que amigos de Deus. Com o são egoístas, presunçosos e autossuficientes,
só pensam em si. Para eles, os prazeres da carne e do mundo são mais
importantes do que amarem a Deus (1 Jo 2.15,16; Rm 8.7,8).
Após
discriminar as péssimas qualidades de falsos mestres, no seio da igreja cristã,
Paulo alerta a Timóteo que tais homens têm “aparência de piedade” , mas negam
“a eficácia dela” e ordena que o discípulo se afaste deles (2 Tm 3.5). Esses
maus obreiros aproveitavam-se de “mulheres néscias, carregadas de pecados,
levadas de várias concupiscências”, entrando em suas casas para a prática do
pecado, naturalmente (2 Tm 3.6). E conclui que tais homens são com parados aos
magos de Faraó, “Janes e Jambres” (2 Tm 3.8), que fizeram suas feitiçarias ou
mágicas, resistindo a Moisés (cf. Ex 7.11,12,22; 8.7). Paulo resume suas
qualidades desabonadoras do caráter como “sendo homens corruptos de
entendimento e réprobos quanto à fé” (2 Tm 3.8), e que não serão bem-sucedidos
em seus intentos malignos.
II - CARÁTER, ENGANOS E
PERSEGUIÇÕES
1. Paulo,
Obreiro Exemplar “Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver,
intenção, fé, longanimidade, caridade, paciência” (2 T m 3.10). O apóstolo Paulo — outrora
perseguidor do evangelho e dos seguidores de Cristo, fariseu respeitado, mas
ignorante acerca da verdade e defensor ardoroso da Lei de Moisés — tornou-se um
dos maiores exemplos de fé, amor e fidelidade ao cristianismo. Seu caráter era
demonstrado por sua conduta exemplar. Na sua segunda carta a Timóteo, ele
elogia seu jovem discípulo por sua obediência em seguimento de sete aspectos de
sua vida, que bem pode ser um resumo do caráter cristão.
1) Doutrina.
N a verdade,
o apóstolo usava um a linguagem que Timóteo conhecia bem; Paulo não fundara um
movimento religioso, ou
houvera codificado nenhum sistema de doutrina. Mas era um seguidor autêntico de
Jesus, na proclamação do evangelho e da doutrina de Cristo. Timóteo andava nos
caminhos do Senhor, seguindo os ensinamentos que Paulo lhe ministrava.
2) Modo de viver. Uma coisa é pregar, ensinar,
transmitir mensagens e ensinamentos; outra coisa é, além de pregar, dar o
exemplo aos que recebem o ensino; Paulo discipulara Timóteo e podia dizer: “Sede
também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes
em nós, pelos que assim andam ” (Fp 3.17; 1 C o 11.1).
3) Intenção.
Com o poderia Timóteo conhecer a “intenção” de Paulo? Intenção quer dizer
“intento, propósito, plano, ideia; vontade, desejo, querer” (Dicionário
Houaiss); certamente, a intenção de Paulo era demonstrada por suas práticas,
exemplos e testemunho, de um verdadeiro cristão. Seguindo o exemplo de Paulo,
seguia o seu pensamento (Fp 4.8).
4) Fé. Paulo
era um homem de fé muito elevada. Suportar o que ele suportou, em embates,
combates e sofrimentos, só seria possível para um humilde “gigante na fé”; e
passava a mensagem do evangelho pela fé genuína (1 C o 2.3; G1 2.20); sua fé
não era teórica, apenas mística, mas era uma fé demonstrada na prática (1 C o
2.4).
5)
Longanimidade. Ser eloqüente não é difícil, se alguém tem o dom natural da
oratória; ser bom administrador é para quem tem conhecimentos e capacidade
administrativa; há obreiros que possuem esses dotes pessoais; mas ser longânimo
é para quem tem esse requisito como fruto do Espírito Santo (G1 5.22).
6) Caridade.
Caridade é o amor na prática. Não se manifesta apenas no falar, no dizer, na
exposição verbal eloqüente; só se materializa ou se demonstra de modo prático,
vivencial; Paulo não só falou, ensinou, mas deu exemplo do que é ter caridade;
em 1 Coríntios 13, ele devotou um capítulo doutrinário sobre a caridade, que é
a manifestação do Amor Agape, o amor de Deus, na vida de seus servos.
7)
Paciência. É sinônimo de “calma, tranqüilidade, serenidade”. É um estado de
espírito; é também equivalente a “longanimidade”, mas esta é “paciência para
suportar os defeitos e as faltas dos outros”; o cultivo dessa qualidade requer
tempo e experiências com as situações mais diversas, ou adversas; Timóteo
aprendera com Paulo as lições da paciência.
2 . Paulo, o Perseguido
A vida
cristã de Paulo começou, no caminho de Damasco, quando Jesus o encontrou, num a
jornada que seria de perseguição aos cristãos (At 9.5). Naquele encontro
dramático, marcante e inesquecível, o fariseu famoso caiu por terra, e, após
sua conversão, batismo e acolhimento pelos irmãos de Damasco, sua vida mudou.
De perseguidor passou a ser perseguido (At 9.17,23-25). Em várias ocasiões, em
seu ministério, esteve em perigo de morte ou em risco de vida (2 C o 11.23). Se
Timóteo não houvesse tido um discipulado seguro e eficaz, poderia ter retornado
para sua terra e desistido de ser cristão. M as seguiu o exemplo do Senhor
Jesus, na companhia de seu tutor espiritual. Enquanto isso, os “homens maus e
enganadores” não teriam um fim proveitoso, mas colheriam o que plantaram.
III - A BOA FORMAÇÃO CRISTÃ E PERSEVERANÇA NA
PALAVRA
1. Permanência na Palavra
Timóteo tivera
a oportunidade de ter uma formação familiar e cristã do melhor nível. Sua
educação era esmerada. Como já visto, no capítulo 7 deste comentário, Timóteo
era filho e neto de servas de Deus, que o educaram nos caminhos do Senhor (1 Tm
1.5). No lado espiritual, doutrinário, ele era oriundo de um a família bem
estruturada na fé cristã. Por outro lado, na vida ministerial, era discípulo do
apóstolo Paulo. Sua formação familiar era tão marcante, que Paulo, nesta seção
da segunda carta, faz referência à sua infância, num lar cristão que valorizava
o ensino, no culto doméstico — coisa rara nos dias atuais.
2. 0 Valor do Ensino Bíblico
O discipulado cristão deve ser acima de
tudo fundamentado na Bíblia, a Palavra de Deus. Nos tempos hodiernos, o ensino
da Palavra tem sido negligenciado, em grande parte das igrejas, em muitos
lugares no mundo. Não são poucas as igrejas que eliminaram de seu programa a
Escola Dominical e alegam suas conveniências, de transporte, distâncias,
inseguranças, etc.
A nosso ver, não houve nenhum a vantagem em
adotar essa programação, que exclui o ensino sistemático e voltado para cada
faixa etária. Pelo contrário. Quando o ensino não é cuidadoso, paciente e
dedicado, há grande prejuízo para as novas gerações. Graças a Deus pelas
igrejas cristãs que dão valor ao ensino da Palavra, no lar, através do culto
doméstico, e na igreja, na ministração do ensino na Escola Dominical e nos
cultos de doutrina.
Paulo
tira o foco de Timóteo e dos falsos mestres, e se volta para o valor do ensino
da Palavra de Deus: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 T m 3.16).
Mas ele ressalta que tais resultados só são alcançados se a “Escritura”, ou a
Palavra ensinada for “divinamente inspirada”. Os objetivos do ensino bíblico
divinamente inspirado são:
1) “Ensinar”, ou seja, transmitir ensinos espirituais, com base na
Palavra de Deus, que são úteis e necessários para um a boa formação cristã; sem
ensino, nenhum a igreja se mantém de pé; é necessário que as pessoas escutem a
Palavra do Senhor Jesus e as ponham em prática, para poderem ficar firmes. D o
contrário, serão destruídas pelas intempéries espirituais (cf. M t 7,24-27;
2.25; T t 2.12).
2)
“Para redarguir” ou seja, “retrucar, responder, replicar”, ou argumentar com segurança; e
também, como em outras traduções, “para repreender”; o ensino fundamentado na
Palavra de Deus capacita o cristão para argumentar com segurança acerca de sua
fé (cf. 1 Pe 3.15).
3)
“Para corrigir”. O
ensino bíblico bem fundamentado é como um prumo, que mostra o que está fora do
lugar na construção de uma casa. Na vida cristã, se não houver o cuidado
indispensável com as instruções e orientações do Senhor, muita coisa fica
“torta” ou em desacordo com a vontade de Deus. O ensino é que conduz o homem à
santidade e à santificação (SI 119.105; Rm 15.4; 1 C o 4.17).
4)
“Para instruir em justiça ”. O ensino da Palavra de Deus é instrução que leva o homem a viver de modo
justo e digno. O salmista disse: “Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas
da justiça por amor do seu nome” (SI 23.3). 5) A perfeição do homem de D e u
s”, “para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda
boa obra” (3.17). Este é um dos grandes objetivos do ensino da Palavra de Deus:
levar o hom em à perfeição relativa, no seu relacionamento com Cristo (2.21; T
t 1.16).
CONCLUSÃO
O texto estudado mostra que é plano do
adversário da Igreja promover movimentos contrários à sã doutrina, de tal forma
que a corrupção moral e espiritual encontre espaço no meio da com unidade cristã.
O s “tempos trabalhosos” a que Paulo se referiu seriam acentuados nos últimos
tempos que antecedem a volta de Jesus. Em contraposição aos falsos mestres,
Paulo exorta Timóteo a permanecer no que aprendeu, tanto no seu lar, sob os
cuidados de sua mãe e de sua avó, ambas cristãs, bem como do que absorveu nos
ensinos e no exemplo de Paulo, seu “pai na fé”.
As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais
As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais
E à semelhança de Janes e
Jambres que se colocaram contra Moisés, esses também se opõem à verdade. São
homens que tiveram suas mentes corrompidas; são reprovados na fé.
Quem são
Janes e Jambres?
Não
encontramos esses nomes no Antigo Testamento, mas achamos os tais nas palavras
de Paulo; "Como Janes e Jambres se opuseram a Moisés, esses também
resistem à verdade..." (v. 8).
O nome dos
mágicos não são citados em nenhum outro lugar da Bíblia a não ser por Paulo
quando escreve a Timóteo. Esses nomes aparecem diversas vezes no Talmude (livro
sagrado dos judeus), no Targum (reunião de comentários aramaicos da Bíblia
hebraica), noutros escritos rabínicos e em alguns de Qumran (estes conhecidos
como "Manuscritos do Mar Morto").
Isso
mostra-nos que no século I muitos manuscritos apócrifos circulavam com
informações históricas dos tempos do AT e muitos cristãos estudiosos das
Escrituras, como Paulo, usava-os brevemente como fontes seguras de dados
memoráveis concernentes aos seus antepassados.
O uso dos
dois ilusionistas no Êxodo, citado por Paulo, é trazer à existência pessoas
ligadas às artimanhas de Satanás e contrárias à verdade divina.
Pesquisadores
afirmam ainda que Janes e Jambres eram escribas do antigo Egito pertencentes a
uma classe inferior de sacerdotes. Eram, também, habilidosos encantadores e que
se pareciam muito com seguidores da verdade. É possível, baseado nessas
informações, afirmar que estes homens sábios ajudavam, de certa forma, Faraó
nas suas investidas contra Moisés. No Novo Testamento, portanto, Paulo cita-os
de forma profética, referindo-se à pessoas que surgiriam no decurso dos tempos,
semelhantes a estes, reprovadas na fé e com as mentes depravadas; resistentes e
contrários ao plano de libertação da igreja que ainda está no mundo.
Fonte: Revista DEFESA DA FÉ ;
Jones de Lira
Nenhum comentário:
Postar um comentário