Ética Cristã
e Planejamento Familiar
O
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casamento cristão pressupõe a formação de uma
nova família e, como resultante, o nascimento de filhos. Está inserida na
criação dos filhos, a responsabilidade familiar de prover o sustento e todo o
cuidado indispensável para o desenvolvimento do ser humano. Por conseguinte,
entre outros deveres e obrigações do casal, inclui-se o planejamento familiar.
A Declaração de Fé das Assembleias de Deus professa que “a família é uma
instituição criada por Deus, imprescindível à existência, formação e realização
integral do ser humano, sendo composta de pai, mãe e filho(s) — quando houver”.
Reitera ainda a Declaração que “o pai e a mãe integram, de forma originária,
determinante e estruturante, a família, e a eles a Bíblia impõe o dever de
sustentar, formar, disciplinar os filhos e instruí-los moral e espiritualmente”
(SOARES, 2017, p. 205). No caso de infertilidade em, pelo menos, um dos
cônjuges, nas Assembleias de Deus pode-se recorrer às técnicas reprodutivas,
desde que a fertilização ocorra no interior do corpo da mulher e os gametas
utilizados pertençam ao próprio casal (SOARES, 2017, p. 206). Quanto ao uso de
métodos contraceptivos no planejamento familiar, as Assembleias de Deus
preferem o método natural, mas não se opõem ao uso dos métodos artificiais,
desde que não sejam abortivos (BARROS, 1997, p. 93).
Assim sendo,
o posicionamento ético cristão quanto à procriação e o planejamento familiar
baseiam-se no equilíbrio entre esses dois institutos. De um lado, não se deve
procriar de modo imprudente e irrefletido, e, de outro, não se deve
deliberadamente, por questões moralmente injustificáveis, evitar
ou impedir
toda e qualquer concepção e a consequente procriação da espécie humana.
I. CONCEITO GERAL DE PLANEJAMENTO FAMILIAR
Neste
capítulo, analisaremos o conceito de “controle de natalidade” e “planejamento
familiar”. Embora, algumas vezes, essas expressões sejam usadas como sinônimos,
entre esses dois institutos existem diferenças cruciais que não podem ser
confundidas ou abarcadas pelo relativismo cultural. 1. Controle de Natalidade
São procedimentos de políticas demográficas com o objetivo de diminuir e até
impedir o nascimento de crianças. Tais medidas são adotadas pelos governos para
refrear o aumento da população de um país. Nesse caso, regular o número dos filhos
é visto como solução para erradicar os níveis de pobreza, bem como alternativa
para a preservação e o melhor uso dos recursos naturais. Por ordem do Estado, o
número de filhos é limitado à revelia da vontade dos pais. Para esse fim, são
utilizados métodos contraceptivos e até esterilização permanente. Em países
totalitários ocorrem denúncias do uso do aborto e até do infanticídio como
soluções para o controle de natalidade. Em sentido mais amplo, o controle de
nascimento de seres humanos pode ser considerado como:
Qualquer ato ou
aparelho que mantenha separada duas pessoas de sexo oposto que tenham o
potencial de procriar, qualquer ato ou aparelho que mantenha a pessoa, o macho
ou fêmea, incapaz de realizar a totalidade da função sexual, qualquer ato ou
aparelho que mantenha separados os espermatozoides e os óvulos durante ou após
a relação sexual, e qualquer ato ou aparelho que destrua o produto da concepção
(o zigoto formado pelos gametas masculino e feminino), não obstante a idade do
produto de concepção. (HENRY, 2007, p.140)
Nesse contexto, o controle de natalidade
visa manter o índice populacional dentro dos parâmetros estabelecidos pela
autoridade estatal. Alguns pesquisadores diferenciam o controle de natalidade
do controle populacional. Alegam que o primeiro contempla apenas os métodos
contraceptivos que impedem a procriação e que o segundo atua, inclusive, na
eliminação de pessoas que já nasceram. Seja como for, trata-se de controle da
reprodução humana que, se não observados os princípios éticos e morais, atentam
contra a soberania divina e a inviolabilidade da vida.
O Relatório de Kissinger
O “Relatório de Kissinger”, datado de 30
de setembro de 1974, foi redigido pelo então secretário de Estado dos Estados
Unidos Henry Kissinger. Para entender os atuais programas de natalidade, é
indispensável o conhecimento do referido relatório norte-americano. O documento
recebeu o título “Implicações do Crescimento da População Mundial para a
Segurança e os Interesses Externos dos Estados Unidos”, classificado como
“confidencial” sob o código NSSM 200. O texto foi desclassificado pela Casa
Branca e deixou de ser sigiloso em 1989. O relatório estabelece políticas e
estratégias para a redução do crescimento populacional dos países em
desenvolvimento. As ações recomendadas para o “controle de natalidade” envolvem
a ampla divulgação e comercialização indiscriminada de anticonceptivos orais,
uso do dispositivo intrauterino (DIU), esterilização de homens e mulheres e o
uso de preservativos. E, dentre outras políticas de controle, o documento
destaca a prática do aborto:
Embora os órgãos que estão participando
deste estudo não tenham recomendações específicas para propor em relação ao
aborto, acredita-se que as questões seguintes são importantes e devem ser
consideradas no contexto de uma estratégia global de população: – nunca um país
reduziu o crescimento da sua população sem recorrer ao aborto. (NSSM 200, 1974,
p. 182)
Ressalta também o relatório a importância
do papel da mulher no controle dos nascimentos. Ideias como o empoderamento
feminino, direito sobre o próprio corpo, disputa com os homens na esfera
política e no mercado de trabalho são apontados como essenciais para o sucesso
do programa:
A condição e a utilização das mulheres
nas sociedades dos países subdesenvolvidos são particularmente importantes na
redução do tamanho da família […] As pesquisas mostram que a redução da
fertilidade está relacionada com o trabalho da mulher fora do lar. (NSSM 200,
1979, p. 1301)
Estudiosos do controle populacional avaliam
que foi a partir desse relatório que assustadoramente se implantaram, nos
países em desenvolvimento, diversos e variados processos políticos para a
redução dos nascimentos. Incluem-se como consequência do “Relatório de
Kissinger” as propostas para a institucionalização da educação sexual nas
escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Desse modo, o
controle de natalidade nos países subdesenvolvidos estaria a serviço dos
interesses econômicos das grandes potências, e não apenas com a manutenção
ambiental do planeta. Apesar das controvérsias acerca do assunto, ressalta-se
sua contribuição, positiva e negativa, para a redução populacional.
Taxa de natalidade no Brasil
Em 26 de outubro de 2016, dados
divulgados pelo IBGE avaliaram que o envelhecimento da nação, não excluíndo a
melhoria da qualidade de vida, estaria relacionado com a queda de nossa taxa de
fecundidade. Na década de 1980, a taxa de nascimento era estimada em 4,12
filhos por mulher. No ano 2000, a taxa caiu para 2,39 filhos. E, de acordo com
as estimativas do IBGE, esse número deverá cair para 1,51 em 2030 e chegará ao
índice de 1,50 no ano de 2060. Coincidência ou não, nossa taxa de fecundidade
diminuiu drasticamente após o documento norte-americano conhecido como “Relatório
de Kissinger”. Desde 1974, o Brasil adota medidas para fins de controle das
taxas de natalidade. Analistas apontam que “estabeleceu-se, através da mídia
principalmente, que uma família ideal teria o número máximo de dois filhos por
casal. Além disso, acontece até hoje a distribuição de pílulas
anticoncepcionais e camisinhas, bem como a venda desses produtos a preços
acessíveis e sem controle médico” (PENA, 2017, p. 1).
2. Planejamento Familiar
Diferente do
“controle de natalidade”, que consiste em evitar o nascimento dos filhos por
meio do controle estatal, a proposta do “planejamento familiar” é de instituir
a paternidade-maternidade responsável. Trata-se de uma decisão voluntária e
sensata por parte dos pais quanto ao número de filhos que possam criar e educar
com dignidade. No planejamento familiar, fatores diversos são analisados, tais
como, a saúde dos pais, as condições e a renda da família, o tempo entre uma e
outra gestação e o espaçamento de nascimento entre um e outro filho. No
contexto cristão, quanto ao número de filhos, o casal deve buscar orientação
divina por meio da oração e submeterse à direção do Espírito Santo.
O planejamento familiar é algo restrito
à realidade de cada lar constituído. Algumas famílias terão condições
econômicas, psicológicas e estruturais para criar um único filho e outras podem
criar um número maior de filhos. E isso, quando respeitadas as condições e ou
as limitações particulares, não enaltece e nem deprecia as famílias. Alguns
lares lutam contra a infertilidade e se submetem a tratamentos diversos para
viabilizar a gravidez. Em certos casos, o tratamento é eficaz e a gravidez
acontece, e em outros não. Existem ainda as situações em que a fecundidade é
tamanha que se faz necessário o uso de métodos contraceptivos. Portanto,
ratifica-se que cada família deve, sob o temor de Deus, adequar-se às suas
particularidades para planejar o nascimento de seus filhos.
Métodos contraceptivos
Denomina-se de “métodos contraceptivos” os
procedimentos que são empregados para evitar a concepção ou a gravidez. Em
outras palavras, tais métodos, impedem que os espermatozoides fertilizem o
óvulo. Dentre os métodos atualmente disponíveis existem os irreversíveis ou
permanentes (esterilização cirúrgica) e os reversíveis ou temporários (utilizados
durante o ato sexual). Diante dos variados métodos existentes, a Igreja
posiciona-se contrária ao uso do DIU (Dispositivo Intrauterino) e a denominada
pílula do “dia seguinte” por possuírem características abortivas. Quanto ao uso
do DIU, cientistas da área médica e estudiosos da ética cristã, avaliam que:
Não existe
consenso completo sobre o modo de funcionamento do DIU. Sabe-se que a
peristalse tubária aumenta e passa rapidamente o óvulo das trompas para o
útero. O DIU mantém as partes do útero separadas e pode interferir na
implantação normal do óvulo. Não foi demonstrado que óvulos fertilizados
tivessem sido abortados do útero, contudo a ovulação ocorre, os espermatozóides
não são impedidos de entrar na trompa do falópio e as trompas não são bloqueadas
aos óvulos — e a implantação não ocorre. (HENRY, 2007, p. 138)
Diante
dessa controvérsia, entende-se que o DIU não impede a fertilização e sim a
implantação do óvulo já fertilizado. Nesse caso, trata-se de técnica condenada
pelas Escrituras por atentar contra a inviolabilidade da vida. Quanto à pílula
do “dia seguinte”, a oposição da Igreja para o seu uso relaciona-se com as
mesmas questões éticas do DIU, pois a citada pílula é usada após o coito, e
“não tem como objetivo o isolamento do espermatozoide e do óvulo, mas procura
alterar, por meio do uso de hormônios, a parede do útero para tornarem
impossível a implantação do óvulo” (HENRY, 2007, p. 139), tornando-se em
condenável técnica abortiva.
Por
fim, assume-se neste tópico que a contraconcepção em análise é aquela que se
pratica no âmbito do casamento bíblico, sem mancha, sem mácula, monogâmico e
heterossexual (Hb 13.4). O pressuposto adotado para o uso de métodos
contraceptivos no planejamento familiar refere-se ao entendimento de que o sexo
não é exclusivamente procriação. Entende-se também que a procriação deve ser
responsável e fundada no amor para com o cônjuge e os filhos que virão a
nascer. Condena-se o uso dos métodos contraceptivos quando usado fora do
casamento, para encobrir as consequências de atividade sexual ilícita, quando
usado como ideologia meramente humana, quando não se quer assumir a
responsabilidade da maternidade e paternidade divinamente instituída, e quando
as técnicas possuem características abortivas.
II. O QUE AS ESCRITURAS DIZEM SOBRE O
PLANEJAMENTO FAMILIAR
O
planejamento familiar não é um tema exclusivo de nossa época. Ele está presente
nas páginas do Antigo e do Novo Testamento. E todos os exemplos bíblicos
ratificam a inviolabilidade da vida e a intervenção divina em favor das
famílias de acordo com sua soberana vontade.
1.
A
Família e a Procriação da Espécie
Após criar o
primeiro casal, Deus os abençoou e lhes disse: “Frutificai, e multiplicai-vos,
e enchei a terra” (Gn 1.28). Nesse primeiro mandamento, Deus requereu à
reprodução do gênero humano. Após o dilúvio, o sobrevivente Noé e seus filhos
também receberam mandamento acerca da procriação: “Frutificai, e
multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 9.1). Note-se que essa é uma ordem
universal direcionada às gerações pré e pós-diluviana. Repara-se que Deus não
especificou qual seria o fator multiplicador e nem quantos filhos deveriam ser
gerados por família. Observa-se ainda que os propósitos são idênticos: homens e
mulheres devem se reproduzir para “encher a terra”.
O modelo bíblico para a procriação
A procriação nas páginas da Bíblia
Sagrada envolve um homem e uma mulher que, unidos pelos laços do matrimônio e
por meio do ato sexual, reproduzem a espécie humana. As Escrituras ensinam que
suscitar a descendência é uma responsabilidade da família, intimamente ligada à
perpetuação da raça humana. A reprodução humana é um processo divinamente
criado que depende da união dos gametas masculino e feminino. Cada um — o macho
e a fêmea — possui a sua própria célula reprodutora: a do homem é o
espermatozoide e a da mulher é o óvulo. Essas células reprodutoras possuem cada
uma 23 cromossomos, o que corresponde à metade encontrada em outras células do
organismo. Por isso, para gerar um novo ser vivo, é indispensável à união dos
gametas do macho e da fêmea. Essa união resulta em 46 cromossomos, gerando a
primeira célula do ser vivo, chamada de zigoto ou célula-ovo. A partir daí, a
combinação do material genético do homem e da mulher dará origem a uma terceira
combinação, que resultará na perpetuação da descendência e da raça humana.
Portanto, a procriação bíblica requer naturalmente a relação sexual entre um homem
e uma mulher.
Quanto ao modelo de procriação artificial,
nossa Declaração de Fé assevera o seguinte:
As técnicas em que a fertilização ocorre
fora do corpo da mulher, com a respectiva manufatura do embrião, são
condenáveis por desrespeitarem o processo de fecundação natural que deve
ocorrer no interior do ventre materno […] Condenamos as técnicas reprodutivas
que requerem o descarte de embriões e doação. Rejeitamos a maternidade de
substituição, mediante a qual se doa temporariamente o útero, por ferir a
pureza monogâmica. Não admitimos a reprodução post-mortem em virtude da
cessação do vínculo matrimonial. (SOARES, 2017, p. 206)
Sob essa questão, a igreja posiciona-se
favorável ao uso das demais técnicas artificiais de reprodução desde que não
atentem contra a pureza da relação sexual monogâmica. O texto normativo
reconhece a reprodução artificial desde que a fertilização (processo no qual
tem início a vida humana) ocorra no interior do corpo da mulher e os gametas
utilizados pertençam ao próprio casal (SOARES, 2017, p. 206).
2. O Planejamento Familiar no Antigo Testamento
Na
Antiga Aliança, a fertilidade era vista como uma dádiva: “Eis que os filhos são
herança do Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão” (Sl 127.3). Nesse
contexto, ter muitos filhos era sinal de benevolência do Altíssimo e sinônimo
de felicidade (Sl 127.5). A esterilidade era motivo de discriminação (1 Sm 1.6,7),
provocava desavenças (Gn 30.1,2) e era vista como vergonha (Gn 30.23). Em
contraste a essa cultura, as esposas dos patriarcas foram estéreis e sofreram
muito até que Deus lhes abriu a madre. Sara concebeu na velhice e gerou apenas
um filho: Isaque (Gn 21.2). Isaque, ao casar-se, durante 20 anos orou pelo
ventre de Rebeca, e ela gerou dois filhos: Jacó e Esaú (Gn 25.21). Raquel, a
esposa amada de Jacó, após anos de espera também concebeu apenas dois filhos:
José e Benjamim (Gn 35.24). Percebe-se, então, no caso dos patriarcas, a
intervenção divina e as diferenças do multiplicador de família para família.
A lei do levirato
Para o povo hebreu, suscitar
descendência era algo primordial para a família e para o cumprimento da
promessa abraâmica (Gn. 12.3; 13.16). Gerar filhos era uma bênção divina que
representava prestígio social e continuidade dos laços sanguíneos (Sl 128.1-6;
Pv 31.28). Por isso, desde o princípio foi instaurado entre os hebreus a lei do
levirato. O vocábulo vem do latim levir, que significa “cunhado”, e consiste no
ato de suscitar descendência ao homem que tenha morrido sem deixar filhos.
Nesse caso, o cunhado deveria se casar com a viúva e gerar com ela uma
descendência para seu irmão. Desse modo, o filho que nascesse seria considerado
filho do falecido, fazendo com que a memória deste jamais fosse esquecida.
O primeiro caso bíblico relata que Er
era casado com Tamar e morreu sem deixar descendentes. Então, Judá, seu pai,
ordenou ao seu segundo filho, Onã, que tomasse a viúva para suscitar com ela
descendência ao seu irmão (Gn 38.7,8). Porém, diz o texto que Onã “toda vez que
possuía a mulher do seu irmão, derramava o sêmen no chão para evitar que seu
irmão tivesse descendência” (Gn 38.9b, NVI). Realizava ele o que hoje é chamado
de “coito interrompido”, considerado no texto como um mal pelo qual o Senhor o
matou (Gn 38.10). Contudo, o castigo de Onã não se deu pelo fato de ele usar um
método contraceptivo — aliás, um dos menos eficazes —, mas pela sua postura
egoísta por saber que “a descendência não seria sua” (Gn 38.9a, NVI). Cerca de
500 anos depois, essa cultura foi incorporada na Lei mosaica com um adendo de
não obrigatoriedade. O cunhado poderia recusar o casamento com a viúva do irmão
(Dt 25.7a). A mulher então deveria levar o caso ao conhecimento dos anciãos (Dt
25.7b). Se o homem persistisse em não tomar a cunhada por esposa, a viúva
deveria pegar uma das sandálias dos pés do cunhado e cuspir no seu rosto em
sinal de protesto (Gn 25.9). A partir dessa ação, a casa do descumpridor de seu
dever passaria a ser conhecida como “a casa do descalçado” (Gn 25.10).
3. O Planejamento Familiar no Novo Testamento
Na Nova Aliança, a fertilidade também é
exaltada. Ao visitar Maria e anunciar a sua gravidez, o anjo lhe disse: “Salve
agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1.28). Na
mesma ocasião, ao contar para Maria acerca da gravidez de Isabel, o anjo
enfatizou: “Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o
sexto mês para aquela que era chamada estéril” (Lc 1.36). Isabel gerou um único
filho, João, o batista (Lc 1.59-60), e Maria, após o nascimento de Jesus, gerou
ao menos quatro filhos e duas filhas (Mt 13.55,56). Repara-se, em ambos os
casos, a intervenção divina e a diferença no fator multiplicador de uma casa
para outra casa.
Os deveres da família cristã Em sua
Epístola aos Efésios, Paulo trata dos deveres dos maridos, das esposas e dos
filhos (Ef 5.21-33; 6.1-4). Como fundamento para esses deveres, o apóstolo
estabelece a regra da sujeição mútua (Ef 5.21). Nem o marido é sem a mulher e
nem a mulher é sem o marido (1 Co 11.11). No texto bíblico, as mulheres recebem
a incumbência de serem submissas aos esposos (Ef 5.22), os maridos são
exortados a amar suas mulheres do mesmo modo como Cristo amou a Igreja (Ef
5.25), e os filhos são orientados a obedecer e honrar pai e mãe (Ef 6.1,2). Uma
família cristã que observa esses princípios vive em harmonia, e as deliberações
são tomadas de comum acordo entre o marido e a mulher, cabendo a decisão final
à cabeça do lar (Ef 5.23). Não obstante, as decisões no âmbito do lar têm como
pressuposto o amor, e não a arbitrariedade ou autoritarismo. Com essa
percepção, o planejamento familiar não é ignorado ou negligenciado, ao
contrário, o número de filhos e as condições para criá-los são avaliados por
meio do diálogo, da oração e do temor ao Senhor.
III. ÉTICA CRISTÃ NA LIMITAÇÃO DO NÚMERO DE
FILHOS
A limitação do número dos filhos requer
aprovação divina por meio da oração e motivações que sejam coerentes com a
ética cristã. Por meio da prole dos patriarcas e das famílias registradas no
Novo Testamento, percebese que o fator multiplicador era variado de geração a
geração.
1. A Questão do Fator Multiplicador
Quem se opõe ao planejamento familiar
considera a limitação do número dos filhos uma desobediência ao mandamento de
procriação (Gn 1.28). Por isso ensinam que a mulher deve gerar filhos
indefinidamente. Contrariando essa ideia, a mulher não é fértil todos os dias.
O Criador agraciou a mulher com apenas três dias férteis a cada mês, indicando
que ela não tem o dever de gerar filhos a vida toda. Deus não estipulou qual
deveria ser o número de filhos. Portanto, o mandamento de multiplicação é
cumprido quando o casal gera um filho, pois eram duas pessoas e agora passaram
a ser três. Deve-se ainda entender que a ordem de procriação é “geral” e não
“específica”, ou seja, Deus ordenou a reprodução da raça, e não
obrigatoriamente que cada pessoa se reproduza. Em consequência, algumas pessoas
vão reproduzir muito, outras vão reproduzir pouco e outras não vão reproduzir.
Não gerar filhos é pecado?
Gerar filhos é uma ordenança do Criador
para toda a humanidade (Gn 1.22). Trata-se de um projeto divino para a
perpetuação da espécie humana criada à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26).
No entanto, deixar de gerar filhos não caracteriza desobediência a uma norma
que é “geral”, e não “específica”. Não gerar filhos não é pecado desde que os
motivos alegados não atentem contra a soberania divina. Do contrário, os
solteiros e os viúvos (1 Co 7.8), os eunucos (Mt 19.12) e os casados estéreis
(Lc 23.29) estariam em pecado. E, se fosse pecado não procriar, até a privação
sexual voluntária, autorizada nas Escrituras, estaria em contradição (1 Co
7.5). Desse modo, gerar ou não filhos, bem como o fator multiplicador, depende
da vontade e do projeto do Senhor para cada família.
2. A Questão Ética no Planejamento Familiar
Planejar não é pecado. Cristo elogiou o
planejamento do construtor e do rei guerreiro (Lc 14.28-32). O pecado está na
presunção em não pedir a aprovação divina no projeto (Tg 4.13-15). O cristão
deve aconselhar-se com Deus para tomada de qualquer decisão (Tg 1.5; 1 Jo
5.14). Nossas motivações devem ser apresentadas ao Senhor em oração e devem ser
desprovidas de vaidade e de egoísmo (Tg 4.2,3). Assim, é vaidade a mulher não
querer procriar para não alterar a beleza e a estrutura do corpo. Infelizmente,
em nossos dias, o culto ao corpo seduz algumas mulheres a se posicionarem
contra a maternidade. Igualmente se classifica como egoísmo não gerar filhos
para fugir da responsabilidade paterno-materna. O esquivar-se das obrigações da
paternidade é uma postura presente no hedonismo. Também incorrem em erro
aqueles que, pela falta de planejamento, procriam em demasia e não conseguem
prover o suficiente e indispensável para os filhos. Desse modo, a paternidade
irresponsável torna-se culpada pelas mazelas a que sua prole estará exposta
durante toda a vida.
É pecado limitar o nascimento dos
filhos?
O homem não peca pela simples limitação
ou espacejamento do nascimento de seus filhos. Comete pecado quando suas
motivações são presunçosas e utilitaristas. Portanto, postergar o nascimento
dos filhos até que se possa cuidar melhor da família, limitar o número dos
filhos para que se possa criá-los com dignidade e espaçar o tempo de nascimento
entre um e outro filho para melhor acolher mais uma criança não podem ser
considerados como pecado, pois as Escrituras ensinam ao homem cuidar bem de sua
família (1 Tm 5.8). As famílias que se preocupam em planejar são mais
bem-sucedidas na criação e no sustento de seus filhos. O resultado tem sido satisfatório
sob vários aspectos, tais como: possibilidade de propiciar um adequado plano de
saúde, educação apropriada, alimentação equilibrada e saudável, compatível
vestuário e calçados, e tempo de qualidade para estar com os filhos. Para
tanto, ao planejar o nascimento dos filhos, sempre se faz necessário consultar
a vontade soberana do Senhor (Mt 6.10). O cristão que consulta ao Senhor e
aceita a vontade divina na limitação do número de seus filhos é abençoado em
toda a sua família (Sl 128.1-6).
VALORES
CRISTÃOS
O relatório Kissinger
Trechos traduzidos
do documento “CONFIDENCIAL”: “NSSM 200 – Implications of Worldwide Population
Growth for U.S. Security and Overseas Interests”, desclassificado pela Casa
Branca em 1989.
Apresentação
Durante algum tempo
os processos utilizados para reduzir os nascimentos, tais como a esterilização
em massa de mulheres, o uso indiscriminado de contraceptivos, a propaganda para
legalização do aborto e as propostas para a institucionalização da educação
sexual nas escolas de Primeiro e Segundo Graus, não tiveram uma explicação.
Para entendermos a
política de controle de população é indispensável o conhecimento do documento
“confidencial” Implicações do Crescimento da População Mundial para a Segurança
e os Interesses Externos dos Estados Unidos, classificado sob o código NSSM 200
(*).
(*) “Implications
of Worldwide Population Growth for U.S. Security and Overseas Interests” (NSSM
200) – 30 de dezembro de 1974, “CONFIDENCIAL” – desclassificado pela Casa
Branca em 1989.
Este documento
confidencial produzido pela equipe do Sr. Henri Kissinger em 1974,
desclassificado pela Casa Branca em 1989, estabelece as políticas e estratégias
a serem implementadas pelo Governo Americano, para a redução da população dos
países em desenvolvimento. O documento expõe a preocupação com o crescimento da
população mundial e propõe medidas de controle utilizando como eufemismo “
Serviços de Planeamento Familiar ”. Entre os instrumentos de “planeamento
familiar” recomendados estão: anticonceptivos orais, DIUs, melhores métodos de
prever a ovulação, esterilização de homens e mulheres, meios leuteolíticos e
auto-progesterona, métodos não clínicos: espumas, cremes e preservativos.
A importância dos
objectivos propostos explica a extraordinária soma de recursos empregados nos
projectos de controle populacional no mundo e, particularmente no Brasil, um
dos 13 “países chaves” mencionados naquele documento. É oportuno observar a
importância que o relatório dá ao papel da mulher no controle da população. O
uso da mulher para os objectivos a serem alcançados parece excluir a
participação do homem no planeamento familiar, na medida em que os programas de
planeamento familiar são parte integrante dos programas de saúde voltados para
a assistência à mulher: programa de assistência integral a saúde da mulher;
programa de assistência materno-infantil, etc.
Por outro lado, as
constantes recomendações no sentido de incutir nas mulheres a igualdade com os
homens na participação política, no mercado de trabalho, nos salários na
educação, etc. têm por objectivo não a libertação da mulher no sentido cristão
da palavra, mas o uso da mulher para o controle de nascimentos. “ A condição e
a utilização das mulheres nas sociedades dos países subdesenvolvidos são
particularmente importantes na redução do tamanho da família… As pesquisas
mostram que a redução da fertilidade está relacionada com o trabalho da mulher
fora do lar.” (NSSM 200, pag. 1301)
“Nas ultimas décadas os Estados Unidos
tornaram-se cada vez mais dependentes da importação de minerais dos países em
desenvolvimento e é provável que essa situação continue.
Nos casos extremos
em que o crescimento populacional leve a fome endémica, agitações de populações
famintas e desordem social, essas condições não são muito favoráveis à
exploração sistemática de depósitos minerais nem aos investimentos a
longo-prazo que são necessários para o aproveitamento desses depósitos. Mas
mesmo não havendo o problema da fome, as concessões às companhias estrangeiras
poderão ser expropriadas ou sujeitas a intervenção arbitrária, a menos que
sejam atendidas algumas das mínimas aspirações do povo de ter melhoria material
e a menos que as condições de acesso e exploração convençam os governos e os
povos de que esse aspecto da ordem económica internacional “tem algo de bom
para eles”. As acções governamentais, os conflitos trabalhistas, as sabotagens
e os distúrbios civis põem em risco a calma exploração das matérias-primas
necessárias. Ainda que o crescimento populacional não seja, obviamente, o único
factor envolvido, esses tipos de transtornos são mais difíceis de acontecer sob
conduções de baixo ou nenhum crescimento populacional.” (Página 37)
Nas nações
industrializadas, o crescimento populacional aumenta a necessidade de produção
industrial. Isso com o tempo contribui para esgotar os recursos nacionais de
matérias-primas e requer fontes de pouca rentabilidade e suprimentos externos.
Para obter matérias-primas, as nações industrializadas procuram localizar e
desenvolver fontes externas de suprimento. A possibilidade de haver choques de
interesses entre os países em desenvolvimento é evidente e já começou. É
visível a discussão quando exigem direitos de águas territoriais e soberania
nacional sobre os recursos minerais. Essa situação pode tornar-se pior nas
disputas pela exploração e pelo aproveitamento do solo oceânico.” (Página 84)
“A assistência para
o controle populacional deve ser empregada principalmente nos países em
desenvolvimento de maior e mais rápido crescimento onde os EUA tem interesses
políticos e estratégicos especiais. Esses países são Índia, Bangladesh,
Paquistão, Nigéria, México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Egipto,
Turquia, Etiópia e Colômbia.” (Páginas 14/130, parágrafo 30)
“Embora os órgãos
que estão participando deste estudo não tenham recomendações especificas para
propor em relação ao aborto, acredita-se que as questões seguintes são
importantes e devem ser consideradas no contexto de uma estratégia global de
população: – nunca um país reduziu o crescimento da sua população sem recorrer
ao aborto” (NSSM 200, Pag. 182)
“A condição e a
utilização das mulheres nas sociedades dos países subdesenvolvidos são
particularmente importantes na redução do tamanho da família… As pesquisas
mostram que a redução da fertilidade está relacionada com o trabalho da mulher
fora do lar.” (NSSM 200, pag. 1301)
“Finalmente,
prestar serviços de planeamento familiar integrado aos serviços de saúde de
maneira mais ampla ajudaria os EUA a combater a acusação ideológica de que os
EUA estão mais interessados em limitar o número de pessoas dos países menos
desenvolvidos do que no seu futuro e bem-estar” (NSSM 200, pag. 177)
“Este é um aspecto
vital de todo o programa populacional no mundo. (1) As informações e as
modernas técnicas de planeamento familiar devem ser totalmente colocadas, tão
logo quanto for possível, à disposição dos 830% das populações nos principais
países em desenvolvimento que ainda não foram alcançados, principalmente as
populações rurais pobres que possuem a mais elevada fertilidade. (2) Deve-se
aumentar as pesquisas com o objectivo de desenvolver métodos de controle da
natalidade simples, baratos, eficientes, seguros, duradouros e aceitáveis.
Todos os órgãos federais devem colaborar para que haja um aumento de 60 milhões
de dólares anualmente para as pesquisas biomédicas nesse campo”.
—
Em obediência às
recomendações do Plano Mundial de População, o programa geral de assistência
deve concentrar-se em selectivos planos de desenvolvimento em áreas que
ofereçam mais incentivos para que as pessoas tenham famílias menos numerosas.
Em muitos casos será preciso realizar pesquisas e programas experimentais que
orientem subsequentes campanhas em maior escala. As áreas preferenciais
incluem:
– Dar níveis
mínimos de educação, especialmente às mulheres;
– Aumentar as
oportunidades de trabalho, principalmente para as mulheres;
– Educar as novas
gerações a desejarem famílias menos numerosas.” (Páginas 16 e 17)
“Como medidas para
fazer com que os líderes dos países menos desenvolvidos compreendam mais as
questões populacionais e reforcem o planeamento populacional nos planos de
desenvolvimento nacional, devemos pôr em acção as recomendações que estão na
Parte II, Secção VI, inclusive:
—
b) Preparar
projecções do crescimento populacional para cada pais com analises da relação
entre as tendências populacionais e o desenvolvimento económico e social de
cada pais e discuti-las com líderes nacionais.
c) Oferecer mais
programas de treinamento na área de economia demográfica para os funcionários
mais importantes dos países menos desenvolvidos.
d) Planear
programas para que os ministros e importantes funcionários de governo bem como líderes
influentes da vida privada conheçam pessoalmente a sede da ONU em Nova Iorque
e) Assegurar
assistência aos líderes dos países menos desenvolvidos para incluírem as
questões populacionais nos planos nacionais, particularmente quando esses
planos se relacionam com os serviços de saúde, educação, recursos agrícolas,
desenvolvimento, mercado de trabalho, distribuição equitativa da renda e
estabilidade social.
f) Assegurar também
assistência aos líderes dos países menos desenvolvidos para integrarem os programas
populacionais e os programas de planeamento familiar nos grandes sectores do
desenvolvimento: saúde, nutrição, agricultura, educação, serviços sociais,
sindicatos trabalhistas, actividades feministas e programas de desenvolvimento
comunitário.
—
h) Dar assistência
principalmente aos programas de desenvolvimento das regiões rurais.” (Páginas
19/21)
“Para assegurar os
outros das nossas intenções devemos mostrar o nosso ênfase no direito de cada
pessoa e casal determinar livremente e de maneira responsável o número e o
espaçamento dos seus filhos e no direito de terem informações, educação e meios
para realizar isso, e mostrar que nós estamos sempre interessados em melhorar o
bem-estar de todos.” (Página 22, parágrafo 34)
“Recomendamos mais
ênfase nos meios de comunicações de massa, nas técnicas de comunicação mais
modernas e em outros programas de incentivo e educação populacional da ONU e
USA. É preciso dar mais prioridade aos programas de informação de planeamento
familiar no mundo inteiro.” (Página 23, parágrafo 36)
“O principal factor
que está a influir na necessidade de matérias-primas não agrícolas é o nível de
actividade industrial, regional e mundial. Por exemplo, os EUA, com 6% da
população do mundo, consomem aproximadamente um terço dos recursos mundiais. A
necessidade de matérias-primas, diferente da necessidade de alimentos, não tem
ligação directa com o crescimento populacional. A actual escassez e elevados
preços da maior parte das matérias-primas são consequências principalmente do
aumento e desenvolvimento das regiões industrializadas nos anos de 1972 e 1973.
(Página 36)
“Todos os casais e
indivíduos têm o direito humano básico de decidir com liberdade e
responsabilidade o número e o espaçamento dos seus filhos e o direito de terem
informações, educação e meios para realizar isso.” (Página 88)
“As mulheres têm
direito a completa participação no processo de desenvolvimento, particularmente
por meio de participação imparcial na vida educacional, social, económica,
cultural e política. Além disso, deve-se aplicar as medidas necessárias para
facilitar essa participação, mostrando que as responsabilidades da família
devem ser assumidas igualmente tanto pelo homem como pela mulher.” (Página 89)
“Algumas
recomendações mais importantes:
1. Os governos
devem integrar as medidas e programas populacionais em abrangentes planos e
programas sociais e económicos, e essa integração deve aparecer nas metas,
meios e organizações de planeamento dentro do país. Deve-se formar um grupo que
cuide das questões populacionais e colocá-lo num elevado nível da estrutura
administrativa nacional.
—
3. Deve-se dar
máxima prioridade à redução da mortalidade e morbidez e ao aumento da
expectativa de vida, e os programas nesse sentido devem alcançar as regiões
rurais e os grupos não privilegiados.
—
30. A meta do
planeamento familiar e dos serviços relacionados deve ser impedir as gravidezes
indesejadas e também eliminar a esterilidade ou sub-fecundidade involuntárias,
a fim de possibilitar aos casais terem o número de filhos que desejam.
6. Os sectores
assistenciais, os assistentes sociais e os canais não-governamentais devem ser
usados para ajudar a prestar serviços de planeamento familiar.
7. Os governos com
programas de planeamento familiar precisam considerar a necessidade de
coordená-los com os serviços de saúde e outros serviços que tenham como
objectivo elevar a qualidade de vida.
8. Os países que
desejam fazer algo sobre os níveis de fertilidade precisam de dar prioridade
aos programas de desenvolvimento e aos planos de educação e saúde que têm
efeito decisivo nas tendências demográficas, inclusive a fertilidade. A
cooperação internacional deve ter como prioridade ajudar esses programas
nacionais, os quais poderão incluir: redução na mortalidade infantil; mais
educação, principalmente para as mulheres, melhoria na condução das mulheres,
reforma agrária e apoio à velhice.
9. Os países que
acham que as suas taxas de natalidade são prejudiciais aos seus objectivos
nacionais são convidados a estabelecer metas quantitativas e pôr em execução
programas para realizá-los até 19830.
30. Os países
desenvolvidos devem ser estimulados a desenvolver políticas apropriadas para as
questões da população, consumo e investimentos, tendo em mente a importante
necessidade de melhorar a igualdade internacional.
—
12. Os governos
devem assegurar a total participação das mulheres na vida educacional, económica,
social, e política dos seus países, em igualdade de conduções com os homens.
—
130. Para garantir
as informações necessárias sobre as tendências populacionais, os censos
populacionais devem ser realizados em intervalos regulares e as informações
sobre os nascimentos e mortalidade devem ser apresentadas, pelo menos, uma vez
por ano.
—
17. Dar treinamento
de modo interdisciplinar, para os profissionais da saúde, médicos, paramédicos,
pessoas encarregadas de executar programas, importantes funcionários governamentais
e líderes sociais, comunitários e trabalhistas, para que saibam conduzir os
programas populacionais. Devem empreender-se programas de educação e informação
que levem as informações sobre a questão populacional a todas as regiões dos
países”. (Páginas 90 a 93)
“As seguintes áreas
parecem conter significativas possibilidades de contribuir para reduzir a
fertilidade, as quais são discutidas nas secções subsequentes:
– dar níveis
mínimos de educação, principalmente às mulheres;
– reduzir a
mortalidade infantil;
– aumentar as
oportunidades no mercado de trabalho, especialmente para as mulheres;
– criar um sistema
de previdência social;
– adoptar planos de
desenvolvimento que façam com que o crescimento dos rendimentos favoreça os
pobres, principalmente planos de desenvolvimento rural que se concentre na
pobreza rural;
– ter como
prioridade educar e ensinar sistematicamente a próxima geração a desejar
famílias menos numerosas.” (Página 111)
“Sem melhores
garantias de que não haverá falta de alimentos, os problemas levarão a
possíveis conflitos e levarão as pessoas a querer famílias mais numerosas como
meio de garantir a sua futura segurança económica, anulando assim as campanhas
de controle populacional e os programas de desenvolvimento.” (Página 112)
“Os EUA
fortaleceram a sua credibilidade como defensores da redução do crescimento
populacional explicando que, embora não tenham nenhuma política de planos
populacionais escrita, os EUA têm uma legislação, políticas do Executivo e
decisões de fórum que equivalem a uma política nacional e que o nosso nível de
fertilidade nacional já está abaixo do nível de substituição e provavelmente
chegará a uma população estável no ano 2.000.” (Página 113)
“É vital que a
campanha para desenvolver e fortalecer o envolvimento de líderes dos países
menos desenvolvidos não seja vista por eles como uma política dos países
industrializados para se utilizar de recursos e impedir e reduzir o poder dos
países desenvolvidos. O aumento de tal consciência poderia gerar um ataque sério,
que seria prejudicial à causa da estabilidade populacional. Por isso, os EUA e
outros países “ricos” devem tomar cuidado para que as políticas que eles
advogam para os países menos desenvolvidos sejam aceitas dentro de seus
próprios países (isso pode requerer debate e declaração publica das políticas
que pretendemos). E, naturalmente, os próprio líderes dos países em
desenvolvimento devem, sempre que possível, usar a sua posição de liderança
política.” (Páginas 113 e 114)
“Os EUA podem
ajudar a diminuir as acusações de motivação imperialista por trás do seu apoio
aos programas populacionais, declarando reiteradamente que tal apoio vem da
preocupação que os EUA têm com:
a) o direito de
cada casal escolher com liberdade e responsabilidade o número e o espaçamento
dos seus filhos e o direito de eles terem informações, educação e meios para
realizar isso;
b) o
desenvolvimento social e económico fundamental dos países pobres nos quais o
rápido crescimento populacional é uma das causas e consequência da pobreza generalizada.”
(Página 1130)
“O consenso é que
os cinco factores seguintes contribuem profundamente para o declínio da
fertilidade: educação, principalmente das mulheres; redução da mortalidade
infantil; oportunidades para as mulheres no mercado de trabalho; previdência
social (a fim de dissipar o conceito de que os filhos são garantia de um futuro
económico); e a correlativa igualdade na distribuição da renda e no
desenvolvimento rural. Há vários outros factores, apurados em pesquisas,
análise histórica e experiência, que também têm efeito na fertilidade,
inclusive o adiamento do casamento e pagamentos directos (inclusive
financeiros) para os que aceitam o planeamento familiar.” (Página 138)
“3. Aumentar as
oportunidades no mercado de trabalho, principalmente para as mulheres
Debate
O emprego é a chave
para o aumento da renda… As boas oportunidades de trabalho fazem com que os
pais limitem o tamanho da sua família e invistam no bem-estar dos filhos que
têm. A condução e a utilização das mulheres nas sociedades dos países
subdesenvolvidos são de extrema importância na redução do tamanho da família.
Para as mulheres, o emprego fora do lar oferece uma alternativa para um
casamento e maternidade precoces, e incentiva a mulher a ter menos filhos após
o casamento… As pesquisas, mostram que a redução da fertilidade está
relacionada com o trabalho da mulher fora do lar… A melhoria da condução legal
e social da mulher dá às mulheres maior voz nas decisões que elas tomam sobre
as suas vidas, inclusive o tamanho da família, e pode dar oportunidades
alternativas à maternidade, reduzindo assim os benefícios de ter filhos”.
(Página 1301)
“Recomendações
1. A AID deve
buscar oportunidades de ajudar os programas nacionais de desenvolvimento
económico, a fim de aumentar o papel das mulheres no processo de
desenvolvimento.
2. A AID deve rever
os seus programas de treinamento e educação a fim de providenciar para que
esses programas dêem igual acesso às mulheres.
3. A AID deve
aumentar os cursos pré-vocacionais e vocacionais a fim de envolver as mulheres
de modo mais directo na aprendizagem de ofícios que possam aumentar a sua renda
e conduções na comunidade (isto é, funções paramédicas relacionadas com o
fornecimento de serviços de planeamento familiar).
4. A AID deve
encorajar o desenvolvimento e a colocação de mulheres dos países menos
desenvolvidos como integrantes importantes nas tomadas de decisão nos programas
de desenvolvimento, particularmente nos programas que tenham como objectivo
aumentar o papel das mulheres como produtoras de bens e serviços, e por outro
lado, melhorar o bem-estar das mulheres (isto é, os programas nacionais de
crédito e financiamento, e os programas nacionais de saúde e planeamento familiar).
30. A AID deve
encorajar, onde for possível, a activa participação das mulheres no mercado de
trabalho a fim de promover salário igual para trabalho igual, iguais benefícios
e iguais oportunidades de emprego.
6, A AID deve
continuar a rever seus programas e projectos a fim de observar o seu impacto
sobre as mulheres dos países subdesenvolvidos e ajustá-los, conforme for
necessário, para que promovam maior participação das mulheres – particularmente
aquelas das classes mais baixas – no processo de desenvolvimento.” (Páginas
1302 e 1303)
“Muito pouca
atenção é dada à educação populacional e à educação sexual nas escolas, e na
maior parte dos países nenhuma atenção é dada a essa questão nas primeiras
séries, as quais são tudo o que 2/3 a 3/4 das crianças conseguem alcançar.
Contudo, é fácil de ver que as campanhas de controle da natalidade dirigidas
aos adultos, mesmo com o máximo de êxito, farão com que eles aceitem a
contracepção para reduzir a natalidade só ao nível do desejado tamanho da
família – e as pesquisas sobre atitudes, práticas e conhecimentos mostram que
essa media de tamanho desejado é de 4 ou mais filhos. A grande necessidade é
convencer as massas da população que é para seu benefício individual e nacional
ter, em média, só 3 ou então dois filhos.” (Páginas 1307 e 1308)
“Recomendação
Para que a AID
estimule campanhas especificas a fim de desenvolver meios de educar as crianças
de idade escolar primaria a abraçar o ideal da família de dois filhos e para
que a UNESCO seja solicitada para tomar a liderança mediante educação formal e
informal.
Recomendações
gerais para os órgãos da ONU
Quanto a cada uma
das seis categorias acima, o Estado e a AID devem realizar campanhas
especificas para fazer com que a ONU, a OMS, a OIT, a FAO, a UNESCO, a UNICEF e
a UNFA tomem papel de liderança nos órgãos ligados à ONU com mais programas e
campanhas, citando o Plano Mundial de População.” (Página 1309)
“Além de criar o
clima para o declínio da fertilidade, conforme indicado numa secção anterior, é
indispensável fornecer técnicas eficientes e seguras de controle da
fertilidade” (Página 168)
“1- Sistema de
Distribuição Integrada:
Este meio envolve o
fornecimento de planejamento familiar juntamente com os serviços de saúde e/ou
nutrição, principalmente mediante programas dirigidos pelo governo. Há claras
razões estratégicas que mostram que esses serviços devem ser prestados de forma
integrada. Bem poucos países subdesenvolvidos têm os recursos, em termos de
finanças e pessoal especializado, para ajudá-los a desenvolver cada tipo de
serviço para os 830% da sua população. Ao combinar vários serviços num só
sistema de distribuição, eles poderão conseguir o máximo de impacto com poucos
recursos.
Finalmente, prestar
serviços de planejamento familiar dentro de programas de serviços de saúde de
maneira mais ampla ajudaria os EUA a combater a acusação ideológica de que os
EUA estão mais interessados em limitar o número de pessoas dos países menos
desenvolvidos do que no seu futuro e bem-estar.” (Página 176)
O que é a RU 486?
A
RU -486 é um fármaco que se utiliza, quase exclusivamente, para produzir o
aborto de embriões de poucos dias de vida.
O seu nome genérico é Mifepristona. É uma hormona sintética que bloqueia a progesterona, hormona esta que é indispensável ao prosseguimento da gravidez. O filho concebido não pode continuar o seu desenvolvimento normal porque a RU 486 impede a sua implantação no útero (nidação), ou provoca a sua expulsão do próprio útero, produzindo a sua morte.
O seu nome genérico é Mifepristona. É uma hormona sintética que bloqueia a progesterona, hormona esta que é indispensável ao prosseguimento da gravidez. O filho concebido não pode continuar o seu desenvolvimento normal porque a RU 486 impede a sua implantação no útero (nidação), ou provoca a sua expulsão do próprio útero, produzindo a sua morte.
Pode-se
dizer que é uma “antiprogesterona”. A progesterona facilita a implantação do
óvulo fecundado fazendo com que as células do endométrio sintetizem e armazenem
glucógeno, fomentando o crescimento dos vasos sanguíneos do mesmo endométrio e
facilitando o relaxamento do útero para que não haja contracções. Deste modo,
aumenta a firmeza do colo do útero e fecha-o para que o embrião não possa ser
expulso. Quer dizer, prepara a mãe para que o seu filho, que já começou o seu
processo vital, possa continuar a desenvolver-se.
A
RU- 486 tem o efeito contrário. Se for administrada antes da implantação do
novo ser no útero impede que se efectuem as mudanças necessárias e que seja
criado no endométrio o ambiente adequado para que se implante o embrião. Se for
administrada depois da implantação bloqueia a actividade secretora do
endométrio e corrói-o, produzindo o desprendimento do embrião. Além disso,
aumenta as contracções e amolece e dilata o colo do útero para tomar mais fácil
a expulsão.
Por
conseguinte, a RU 486 é sempre abortiva, tanto quando é administrada antes como
depois da implantação do bebé no útero da mãe.
Quem a elaborou e onde é comercializada?
O
Dr Georges Teusch que, com Daniel Philibert, era investigador da empresa
francesa Roussel-Uclaf, daí o nome RU, uma filial da multinacional farmacêutica
Hoechst. O conselheiro científico deste laboratório, Dr. Beaulieu, convenceu o
então presidente do conselho de administração Dr. Sakiz a continuar o estudo da
substância, pelo que erradamente se lhe atribui por vezes a autoria da mesma.
Em
1988, suspendeu-se a distribuição em França devido a um protesto público, mas
voltou a ser posta em circulação porque o governo francês tinha cerca de 36%
das acções da Roussel-Uclaf. Em 1989 foi proibida a importação nos Estados
Unidos.
Em
1993, o presidente Clinton instou para que se comercializasse. Em 1994, por
dificuldades de comercialização, a Roussel-Uclaf cedeu gratuitamente os
direitos de distribuição ao Population Council, organização de planeamento
familiar sustentada pelas Nações Unidas e por fundações americanas como a
Rockefeller. Uma empresa húngara foi encarregada da sua produção mas também
desistiu. Perante a possibilidade de um boicote, e pesando os benefícios que a
RU traria com os custos do boicote, a Hoechst cedeu gratuitamente os direitos
ao Dr. Sakiz, que constituiu uma sociedade que fabrica apenas a RU, e mais
nenhum produto.
Já
em 1999, a RU 486 começou a ser distribuída em diversos países europeus
(Alemanha, Espanha, Áustria, etc.) sob a designação de Mifegyne e debaixo de
forte contestação. A sua introdução nos EUA está a ser estudada pelas
autoridades federais.
Quando foi descoberta?
Em
1980, tendo a experimentação humana começado em 1982.
Entre 1982 e 1988, que foi o período de prova até ser autorizada, detectaram-se utilizações ilegais e comércio em França, nos Países Baixos, no Reino Unido, em Itália e noutros países.
Entre 1982 e 1988, que foi o período de prova até ser autorizada, detectaram-se utilizações ilegais e comércio em França, nos Países Baixos, no Reino Unido, em Itália e noutros países.
Como foi apresentada?
A
RU foi apresentada como uma alternativa moderna e segura ao aborto cirúrgico e
como um possível medicamento para o tratamento de doenças como o cancro da
mama, certos tumores cerebrais e síndroma de Cushing, um problema da glândula
pituitária. No entanto, o National Cancer Institute (NCI) afirmou que a RU não
oferece nada que tenha vantagens relativamente a outras terapias já usadas, e a
ARC e a Liga Nacional (associações francesas de investigação contra o cancro)
suspenderam o seu auxílio ao desenvolvimento do fármaco. A AMA (American
Medical Association) investigou as suas possibilidades terapêuticas e chegou à
conclusão de que não há provas substanciais para afirmar que a RU 486 possa
servir de tratamento eficaz para essas doenças.
Porque é tão atractiva para os defensores do aborto?
É
muito atractiva porque é vista como «uma forma de eliminar o “problema” sem
passar pela clínica». Os seus defensores afirmam também que diminui os traumas
psicológicos que o aborto cirúrgico produz – reconhecendo assim que estes
existem – e pensam também que assim se ultrapassa a dificuldade de a maioria
dos médicos não quererem praticar o aborto.
De
facto, nenhuma dessas “vantagens” provou ser real.
Diversos
psiquiatras concluíram que esses traumas não diminuem, porque além dos que
qualquer aborto já origina, que são certamente muito sérios, acresce que a
mulher vive sozinha a responsabilidade do aborto e vê ao longo de vários dias a
expulsão do feto, que demora um mínimo de 72 horas (3 dias).
Tão
pouco se evita totalmente a possibilidade de entrada numa clínica, porque nos
casos em que não actua pode acontecer que o feto não seja expulso e, nesse
caso, há que fazer um aborto cirúrgico. Em muitos países a RU só é mesmo
administrada em clínicas ou hospitais.
Também
pode acontecer que a gravidez continue e a criança nasça com defeitos
congénitos mais ou menos graves, porque a RU actua durante as primeiras semanas
da gravidez, que são fundamentais para a correcta formação dos órgãos do corpo
do bebé. Em geral, nas clínicas onde a RU é administrada, as mulheres são
obrigadas a assinar um documento que autoriza a praticar um aborto cirúrgico se
a RU não tiver efeito.
Além
de tudo isto, surgem frequentemente hemorragias abundantes que obrigam a
recorrer a cuidados hospitalares.
Os
defensores da RU aconselham a não utilizá-la em que casos?
Entre
outros:
–
Gravidez não confirmada;
– Suspeita de gravidez extra-uterina;
– Se tiverem passado 50 dias desde o início da última menstruação;
– Se houverem contra-indicações à prostaglandina;
– Em casos de insuficiência supra-renal, problemas de coagulação ou tratamento anticoagulante, insuficiência renal, insuficiência hepática, diabetes tratada com insulina, etc.;
– Antecedentes asmáticos, bronquite crónica, antecedentes cardiovasculares, hipertensão, etc.;
– Devem abster-se do tabaco e do álcool durante os dias em que estiver a ser utilizado o método abortivo
– Os riscos aumentam com a idade.
– Suspeita de gravidez extra-uterina;
– Se tiverem passado 50 dias desde o início da última menstruação;
– Se houverem contra-indicações à prostaglandina;
– Em casos de insuficiência supra-renal, problemas de coagulação ou tratamento anticoagulante, insuficiência renal, insuficiência hepática, diabetes tratada com insulina, etc.;
– Antecedentes asmáticos, bronquite crónica, antecedentes cardiovasculares, hipertensão, etc.;
– Devem abster-se do tabaco e do álcool durante os dias em que estiver a ser utilizado o método abortivo
– Os riscos aumentam com a idade.
Que efeitos colaterais tem?
–
Dores fortes durante até 10 dias.
– Hemorragias durante uma a duas semanas, que podem tomar necessário um tratamento de urgência, como uma transfusão e, portanto, a entrada num centro hospitalar.
– Retenção do feto.
– Complicações muito graves (5 em cada 1000 casos).
– Problemas psicológicos.
– Efeitos tetraratogénicos (malformações) se a gravidez continuar.
– São conhecidos alguns casos de morte causada pela RU.
– Por tudo isto, em geral restringe-se ao uso hospitalar, não se cumprindo o objectivo da utilização individual.
– Hemorragias durante uma a duas semanas, que podem tomar necessário um tratamento de urgência, como uma transfusão e, portanto, a entrada num centro hospitalar.
– Retenção do feto.
– Complicações muito graves (5 em cada 1000 casos).
– Problemas psicológicos.
– Efeitos tetraratogénicos (malformações) se a gravidez continuar.
– São conhecidos alguns casos de morte causada pela RU.
– Por tudo isto, em geral restringe-se ao uso hospitalar, não se cumprindo o objectivo da utilização individual.
E do ponto de vista social?
Entre
outros:
– A mulher pode ser obrigada a abortar por terceiros, por engano, sob coacção, sob o efeito do álcool ou da droga.
– Apesar do controlo burocrático e administrativo em hospitais, é uma ilusão pensar que não vai existir um comércio ilegal de enormes proporções, como acontece com as drogas proibidas que atravessam as fronteiras e entram inclusivamente em prisões e hospitais.
– Se os riscos e contra-indicações são sérios em países industrializados, em termos sanitários o perigo toma-se extremo nos países subdesenvolvidos.
– A mulher pode ser obrigada a abortar por terceiros, por engano, sob coacção, sob o efeito do álcool ou da droga.
– Apesar do controlo burocrático e administrativo em hospitais, é uma ilusão pensar que não vai existir um comércio ilegal de enormes proporções, como acontece com as drogas proibidas que atravessam as fronteiras e entram inclusivamente em prisões e hospitais.
– Se os riscos e contra-indicações são sérios em países industrializados, em termos sanitários o perigo toma-se extremo nos países subdesenvolvidos.
Baseado
na folha informativa “La Pildora Abortiva RU 486”.
Bibliografia: prospecto da RU 486; Dimensión de Vida, n0 33; relatório do Dr. Justo Aznar sobre a RU 486 (chefe do Dep. de Biopatologia Clínica do Hospital La Fé, Valencia, Espanha).
Bibliografia: prospecto da RU 486; Dimensión de Vida, n0 33; relatório do Dr. Justo Aznar sobre a RU 486 (chefe do Dep. de Biopatologia Clínica do Hospital La Fé, Valencia, Espanha).
Tradução:
Margarida Brito Correia
Adaptação: Miguel P. Correia
(in Factos da Vida, número 3, Maio de 2000)
Adaptação: Miguel P. Correia
(in Factos da Vida, número 3, Maio de 2000)
Adaptação, para
Português de Portugal, da tradução existente em http://providafamilia.org/
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