quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

quando se perde a esperança
como encontrarmos a dor?
parece que ela não mais machuca
está entorpecida ou envelhecida?
onde buscá-la?
como persegui-la?
em que estrada ela descansa?
talvez esteja na esquina
ou numa casa, ou num beco
num telhado ou entre árvores.
quem sabe espalhada entre areias e granizos.
no fundo de um rio entre tantos rios.
em alto mar possivelmente
tão distante! tão fria!
ah, então uma embarcação resolveria!
entrando nela, tão segura e forte
batendo ventos e marolas
caindo a chuva e a tempestade
nada lhe abalaria. tão segura e firme
com sua bússola e seu leme
não viraria nem desistiria
persegueria sempre, sempre muda.
e lá estaria ela. A dor, sempre sem cor.
que bela embarcação seria essa
que vista soberana se teria dela
quanta cor, que belas velas!
que lindo chão possui ela
seguro e fortes que mantém pés
seguindo até ela,
 a dor.
 que chão de amor!
que visão de cima dela
que alegria...
 tão pequenina e frágil
 tão distante e insignificante
tão nua e crua
ficou a dor de cima dela,
 da esperança!

por Alda Reis


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