CPAD : O CORPO DE CRISTO – Origem, Natureza
e Missão da Igreja no Mundo
| Lição 05: A Missão da Igreja de Cristo
Finalmente
apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a
sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham
visto já ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a
toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão
demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma
coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos
e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e
assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as
partes, coo- perando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais
que se seguiram. Amém! (Mc 16.14-20)
E
perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam
pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um
tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo
o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a
Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à
igreja aqueles que se haviam de salvar. (At 2.42-47)
Neste
capítulo, estudaremos a missão da igreja de Cristo nos seus principais
aspectos: proclamação, discipulado, adoração, edificação e comunhão. Para
tanto, o Ide de Jesus, conforme registrou Marcos, bem como a descrição da vida
comunitária da igreja, conforme o registro de Lucas, serão nossos pontos de
partida. Isso significa dizer que a missão da Igreja será mais bem compreendida
se vista a partir da sua ação em relação aos perdidos e como ela cuida dos seus
convertidos.
Proclamando o Cristo Vivo!
Biblicamente,
a obra missional da igreja é apresentada a partir de um contexto do Cristo já
ressuscitado. Esse fato é muito importante. A igreja cumpre a sua missão
somente quando tem consciência de que serve a um Cristo vivo. Nesse aspecto, é
bom recordarmos que os discipulos ainda tinham na memória um Cristo morto:
"[...] lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por
não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado" (Mc 16.14). A
igreja não cumprirá o seu papel na Grande Comissão com um Cristo morto. Esse
fato pode ser visto a partir do encontro que Jesus teve com dois dos seus
discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35). Como os discipulos citados por
Marcos, Lucas também mostra que os dois discípulos do caminho de Emaús ainda
continuavam com um Cristo morto nas suas memórias. Tudo o que eles pensavam e
faziam tomavam por base o fato de que Jesus ainda continuava sem vida.
O escritor
Gabriel Josipovici parte da narrativa de Lucas 24.13-35 para fazer,
metaforicamente, uma ponte entre o passado e o presente desses discípulos do
caminho de Emaús. Essa passagem bíblica contrasta a vida dos discípulos por
meio da relação entre o que havia acontecido antes com o que estava acontecendo
agora. Os discipulos estavam com a sua mente e foco no passado e não conseguiam
enxergar nada além deles. O que havia acontecido, sublinha Josipovici, eram
os eventos confusos que levavam à morte de
Jesus; o desapareci mento do corpo; o fornecimento de informação, que é clara,
porém não compreendida, embora se presuma que os dois discípulos estejam
familiarizados com a Escritura.
É nesse
contexto que se revela Jesus, fazendo que eles vejam o que está acontecendo
naquele momento. Essa manifestação do Cristo vivo produz a "iluminação
final, por meio de uma ação específica executada por alguém presente entre
eles, que lança uma luz retrospectiva sobre tudo o que aconteceu antes". O
Cristo ressurreto faz que eles vejam o que está acontecendo, e não apenas o que
havia acontecido. Jesus faz a ponte entre passado e presente! Ele irá
mostrá-los que os eventos passados dão significado ao presente, mas que o
presente, da mesma forma, dá significado ao passado. Esses fatos, quando
relacionados à vida de Cristo, acontecem numa sucessão de eventos: a morte de
Jesus, o túmulo vazio, as Escrituras, que dão testemunho desses fatos, e a
presença viva de Jesus.
Um Cristo
morto produz uma teologia morta. A Teologia Liberal, por exemplo, fala muito
sobre o cristianismo, mas a partir de um Cristo morto. Evidentemente, nem todos
os teólogos que possuem alguma relevância no mundo acadêmico são liberais;
contudo, é um fato inegável que muitos flertam com essa escola teológica. Por
exemplo, quando comenta sobre a ressurreição de Jesus, o teólogo Giuseppe
Barbaglio (1934-2007) gasta vinte páginas do seu livro Jesus, Hebreu da
Galileia na tentativa de fazer um apanhado "histori- camente"
convincente da ressurreição de Jesus. Teria sido o relato da ressurreição feito
pelos discípulos alucinações, visões sensíveis, fantasias ou percepções
mentais? Na concepção de Barbaglio, quando Jesus ressuscitou, Ele "se fez
ver", e não "foi visto", como mostra as versões da Bíblia. Para
um leigo, essas expressões parecem dizer a mesma coisa e, ao que parece, não
possuem nenhuma significação importante. Barbaglio, contudo, consegue ver algo
além.
Ele explica:
Normalmente, usa-se a forma verbal ophthe, um
aoristo formalmente
passivo seguido, porém
não por um normal complemento agente,
mas por um dativo; por
isso deve traduzir não como "foi visto",
mas "se fez
ver". Na tradição bíblico-hebraica serve para indicar
as aparições de Deus a
Abraão (Gn 12.7; 17.1), a Moisés na sarça
(Ex 3.2: o anjo do Senhor
que está por Deus), a Salomão (1 Rs 3.5),
etc. Ora, em duas
atestações que remontam aos primeiros anos
da crença cristă se faz
recurso disso para exprimir a aparição de
Jesus ressuscitado aos
primeiros cristãos. Em Lucas 24.34, lemos:
"verdadeiramente o
Senhor foi ressuscitado e 'se fez ver a Simão
(ophthe Simoni)";
em 1 Co 15.4,5, Paulo transmite quanto ele mesmo
recebera: Cristo
"ressuscitou e é o Ressuscitado (egegertai) e "se fez ver" a
Cefas e aos Doze (ophthe Kepha-i kai tois dodeka)". Outros beneficiários
da aparição do Ressuscitado são indicados por Paulo em 1 Cor 15.6-8: "Se
fez ver" a quinhentos irmãos de uma só vez/ a Tiago/a todos os
apóstolos/por último em absoluto [...] se fez ver também a mim". Em Atos
13.31, fala-se de Cristo que "se fez ver àqueles que com ele subiram da
Galileia a Jerusalém.
A meu ver,
quando se equipara as aparições do Cristo ressuscitado com outras manifestações
teofânicas do Antigo Testamento, como faz Barbaglio, acaba-se perdendo a
importância que esse fato tem. Isso por- que essas manifestações teofânicas,
embora sejam eventos miraculosos e sobrenaturais, não podem ser equiparados com
a ressurreição física de Jesus. Não é apenas uma questão de natureza léxica que
deve ser levada em conta, mas, sobretudo, contextual. A questão, portanto, não
é o significado da expressão "foi visto" que é alterado, mas o
sentido "se fez ver" que torna o fato da ressurreição enfraquecido.
Parece que a ressurreição sai da esfera fisica e passa a orbitar na esfera puramente
espiritual. Essa sutil mudança de sentido no uso dessas expressões "se fez
ver", em vez de "foi visto" destoa do tom literal que a
ressurreição de Cristo assume nas páginas do Novo Testamento. Lucas, por
exemplo, mostra uma ressurreição física, literal, na qual a dimensão corpórea
de Jesus podia ser tocada. "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu
mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes
que eu tenho" (Lc 24.39). Em outras palavras, "se fez ver"
situa-se mais na esfera subjetiva, mental e psicológica dos discípulos do que
na esfera real em meu entendimento, nada diferente do que ensinaram os teólogos
liberais ou neo-ortodoxos.
Tudo isso
parece muito rebuscado e de uma perspicácia extra- ordinária. Esse tipo de
"Cristo", todavia, não tem força para fazer a igreja andar. Não é o
Cristo vivo e ressuscitado mostrado no fim dos evangelhos, no livro de Atos e
nas Cartas do Novo Testamento. A perspectiva de Marcos, por exemplo, é do
Cristo vivo, que ressuscitou, que convoca a sua igreja. "E disse-lhes: Ide
por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15). O
"Ide" aqui é a tradução do participio grego poreuthentes, cujo
sentido literal seria: "tendo ido, pregai". Isso nos faz entender que
Jesus tinha por certo que os seus discípulos atenderiam a sua ordem. Possui,
portanto, o sentido de "quando vocês forem, preguem o evangelho a toda
criatura". É preciso entender esse comissionamento no contexto de Lucas
24.49, isto é, no contexto da igreja revestida de poder. Isso fica perceptível
como um evento futuro quando Jesus faz referência aqui ao falar em línguas (Mc
16.17), fenômeno este que só se manifestará no Pentecostes. A missão da igreja,
portanto, é proclamar o evangelho. O evangelho precisa ser pregado a todos, e
não somente a alguns. Preocupa-me muito a maneira como estamos fazendo missões.
Há muitas atividades nas igrejas, há belos conjuntos, muitos cantores, bons
pregadores; todavia, uma grande maioria está apenas atuando dentro de quatro
paredes. A igreja precisa sair.
William
Barclay (1907-1978) põe em destaque alguns fatos de Marcos 16. De acordo com
Barclay, essa passagem biblica dá a nós uma descrição do dever da igreja.
Assim, o texto põe em relevo a grande missão que Jesus atribuiu aos seus
discípulos:
(1) A
Igreja tem uma tarefa de pregação. É dever da Igreja, e isso significa de todo
cristão, contar a história da Boa Nova de Jesus àqueles que não a ouviram. O
dever cristão consiste em ser arautos de Jesus; (2) A Igreja tem uma tarefa de
cura. Aqui temos um fato que encontramos uma e outra vez. O cristianismo está
preocupado com os corpos, e não apenas com as almas. Jesus queria trazer saúde
ao corpo e à alma; (3) A Igreja tem uma fonte de poder [...] por trás dessa
linguagem pitoresca está a convicção de que o cristão está cheio de um poder
para lidar com a vida que os outros não possuem [...]. A Igreja não está sozinha na realização de
sua tarefa. Cristo sempre trabalha com ela e nela e através dela. O Senhor da
Igreja ainda está na Igreja e é o Senhor poderoso. É assim que este evangelho
termina com a mensagem de que a vida cristã é vivida na presença e no poder
Daquele que foi crucificado e ressuscitou.
A
expressão "quem não crer" registrada em Marcos 16.16 é carre- gada de
sentido moral, isto é, põe aquele que ouve a pregação diante de uma escolha:
crer ou não crer; receber ou rejeitar. Dessa forma, a missão da igreja é
pregar, e a resposta será dada por aquele que ouve a Palavra. O Espírito Santo
produz a convicção no pecador que pode aceitar ou não a oferta da salvação. Por
outro lado, a igreja tem a missão de mostrar os distintivos que a fazem ser
diferente de outras entidades e instituições meramente humanas. "E estes
sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas
línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortifera, não lhes
fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão" (Mc
16.17,18). Não há dúvida de que essas palavras de Jesus fazem paralelo com os
fatos acontecidos após o Pentecostes. O que está em destaque aqui é o poder
sobrenatural com o qual a igreja deve estar revestida. Esse aspecto missional
da igreja fica em relevo quando ela passa pela renovação do Espírito Santo. J.
W. Hjertstrom, pioneiro do avivamento pentecostal em Chicago em 1906, observa
que uma igreja cheia do Espírito passa a enxergar com outros olhos esse aspecto
proclamativo da Palavra:
Há um despertar para o
trabalho de missões. O crente toma consciên- cia de que tudo pertence a Deus,
tornando-se, assim, um mordomo. Nenhum sacrifício é grande demais quando o
objetivo é glorificar a Cristo. O mundano não compreende essas coisas. O
Espírito faz o crente ficar maravilhado com a obra missionária. Ele encontra-se
numa atitude de gratidão para com aquele que tanto fez pela sua vida. Assim
como um investidor investe no sistema financeiro, aquele que é cheio do
Espírito quer investir tudo em prol do Reino."
Todas as
referências citadas aqui, exceto "beber coisa mortifera", são
encontradas no livro de Atos. O que está em foco aqui não é uma igreja
espetaculosa, mas uma igreja cheia de poder, uma igreja que tem intimidade com
Deus e que é capaz de enfrentar Satanás, o pecado e as suas consequências.
Celebrando o
Cristo Vivo
Até aqui,
vimos a missão da igreja num contexto de proclamação. Como a igreja deve atuar
lá fora onde os pecadores estão. Vejamo-na, portanto, pelo lado de dentro. A
igreja só estará pronta a sair fora das suas portas se ela estiver bem com Deus
pelo lado de dentro:
E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e
na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e
mui- tas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam
estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e
repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando
unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com
alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo.
E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
(At 2.42-47)
Aqui são
citados os pilares da igreja (doutrina, comunhão, partir do pão e oração). É
interessante observar como o Espírito Santo inspirou Lucas a construir essa
frase. A palavra "perseverar" é quem rege toda a sentença. A igreja
era perseverante em tudo. Tudo o que é nomina- do aqui é imprescindível para a
vida da igreja. A instrução ou ensino "[...] perseveravam na
doutrina", que aqui aparece com o nome de doutrina (gr. didaché) vem em
primeiro lugar. Uma igreja forte é uma igreja ensinada; uma igreja forte é uma
igreja discipulada; uma igreja forte e uma igreja doutrinada. A Igreja
Primitiva, portanto, já possuía o seu código doutrinário - a doutrina dos apóstolos.
Nenhuma igreja será relevante se a Palavra de Deus não tiver um lugar de
destaque ou primazia em seu meio. Da mesma forma, uma igreja saudável é aquela
que persevera: "na comunhão e nas orações". Sobre esse texto,
Robertson comenta:
Comunhão (koinôniäi).
Palavra antiga vindo de koinönos (parceiro, participante do interesse comum), e
isso de koinos, o que é comum a todos. Essa associação envolve a participação,
como no sangue de Cristo (Fp 2.1), ou cooperação na obra do evangelho (Fp 1.5)
ou na doação aos necessitados (2 Co 8.4; 9.13). Assim, há grande diversidade de
opiniões sobre o significado preciso de koinonia nesse versículo. Pode
referir-se à distribuição de fundos mencio- nada no versiculo 44 ou à unidade
de espírito na comunidade dos crentes, ou à Ceia do Senhor (como em 1 Coríntios
10.16) no sentido de comunhão, ou à participação em refeições comuns ou ágapas
(festas de amor). O partir do pão (tëi klasei tou artou). A palavra klasis é
antiga, mas apenas Lucas a usa no N.T. (Lc 24.35; At 2.42), embora o verbo klaö
seja usado em outras partes do N.T. como no versículo 46. A questão aqui é se
Lucas está se referindo a uma refeição comum, como em Lucas 24.35, ou à Ceia do
Senhor (Lc 22.19). Supõe-se geralmente que os antigos discípulos atribuíam tal
importância ao partir do pão nas refeições comuns, e não à nossa ação de
graças, que, a princípio, seguiam a refeição com a Ceia do Senhor, uma
combinação chamada agapai, ou festas de amor. "Não há dúvida de que, neste
período, a Ceia era unifor- memente precedida por uma refeição comum, como era
o caso quando a ordenança foi instituída" (Hackett). Isso levou a alguns
abusos, como os mencionados em 1 Coríntios 11.20. Portanto, é possível que o
que se menciona aqui seja a Ceia do Senhor que se seguiu à refeição normal.
A Igreja
Apostólica era uma igreja que orava (At 1.14; 3.1; 4.23; 12.5). Uma igreja que
é corretamente discipulada ora. Sem oração não há vida cristă saudável. Os
discipulos receberam o batismo no Espírito Santo quando estavam reunidos em
oração (At 1.14; 2.1-4); Pedro curou o paralítico junto a Porta Formosa do
Templo, quando subia para a oração da hora nona (At 3.1); os apóstolos
suportaram perseguições porque oravam (At 4.31-32); os apóstolos também ti-
veram ministérios exitosos porque priorizavam a oração (At 6.4); os discipulos
em Samaria receberam o Espírito Santo quando Pedro e João oravam por eles (At
8.15); Cornélio teve uma visão do anjo de Deus quando fazia a oração (At 10.2);
Pedro foi orientado pelo Espí- rito Santo como agir em relação ao gentios
quando estava no eirado orando (At 10.9); da mesma forma, Pedro foi solto da
prisão quando a igreja estava reunida em oração a favor dele (At 12.5). Vejamos
mais um detalhe nesse relato lucano: "[...] em cada alma havia
temor". A palavra "temor" traduz o termo grego
"phobos". Essa palavra dá origem à palavra portuguesa
"fobia" (medo de alguma coisa). Em o Novo Testamento, possui o
sentido de "reverência" e "respeito". Não há dúvidas de que
"temor" aqui não quer dizer "in- timidados", com medo de
alguma coisa, mas, sim, um sentimento de reverência que vinha pela presença de
Deus e que, portanto, fazia com que houvesse respeito na igreja. Isso coloca a
igreja na esfera disciplinar. Uma igreja irreverente, isto é, onde não há temor
ou respeito pelo sagrado, não é uma igreja bíblica.
O CORPO DE CRISTO – Origem,
Natureza e Missão da Igreja no Mundo
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