I - ALCANÇANDO O MUNDO ATÉ QUE CRISTO VOLTE
A volta
de Cristo tem sido a tônica de nossos dias. Nenhuma notícia soa tão suave aos
nossos ouvidos e toca tão fundo nossos sentimentos com o esta: “ Eis que venho
sem demora (Ap 22.7, ARA), E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo
para dar a cada um segundo a sua obra” (Ap 22.12); “Aquele que testifica estas
coisas diz.
Certamente, cedo venho. Amém!
Ora, vem, Senhor Jesus! (Ap 22.20).
Algo
glorioso da parte de Deus está para acontecer: Jesus Cristo está voltando para
buscar a sua noiva! Mas a Palavra de Deus afirma que a sua vinda será precedida
por um grande derramamento do Espírito Santo. Não sabemos o dia e a hora em que
nos encontraremos face a face com o Senhor; por isso, precisamos estar atentos.
Jesus afirma claramente que a sua vinda para buscar os salvos antes da Grande
Tribulação será uma ocasião inesperada.
Ele não somente declara que eles
não sabem a hora da sua volta (Mt 24.42), com o também afirmou que nem Ele
mesmo sabia da data do fim (Mc 13.32). Jesus fez essa afirmação para afirmar a
sua humanidade. Quando Ele tornou-se homem, voluntariamente desistiu do uso
ilimitado dos seus atributos divinos — no caso em questão, a onisciência. A
ênfase desse versículo não recai sobre a falta de conhecimento de Jesus, mas
sobre o fato de que ninguém recebeu tal informação. Esse é um segredo do Pai, a
ser revelado quando for a sua vontade.
Não é possível predizer pelas Escrituras ou pela ciência o dia exato da volta
de Jesus.
Ele deixou um ensino à humanidade
para preparar-se e, para isso, não é necessário calcular a data.
Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os
anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai, porque
não sabeis quando chegará o tempo. E como se um homem, partindo para fora da
terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um, a
sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse. Vigiai, pois, porque não sabeis
quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do
galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as
coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai. (Mc 13.32-37) [1]
1. “ E este evangelho do Reino será pregado”
0
capítulo 13 de Marcos é denominado “Pequeno Apocalipse” e é ampliado em Mateus
24, Lucas 21 e no livro de Apocalipse. O propósito desse capítulo não é
especulativo, mas prático. Não tem a finalidade de permitir-nos prever o
futuro, mas, sim, de levar-nos a interpretar o presente, não para satisfazermos
a curiosidade, mas para libertar-nos da perplexidade.
Dentre as muitas promessas feitas
por Jesus, destaca-se a do arrebatamento de Igreja: “E, se eu for e vos
preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu
estiver, estejais vós também” Jo 14.3).
A volta de Jesus será um evento de duas etapas
distintas:
Na primeira fase, Jesus virá
secretamente arrebatar a Igreja; não pisará na terra, vindo até às nuvens.
Somente os salvos irão vê-lo (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.13-17).
O “rapto” da Igreja, do latim rapere, que significa “transportar de um
lugar para outro”, equivale ao grego arpazo, usado em João 10.28,29 e Atos
10.28,29; 8.39; consiste dos santos ressuscitados e dos vivos transformados,
todos trasladados para o Céu por Jesus.
Na segunda fase, Jesus voltará
com a sua Igreja glorificada, rodeado de glória e poder, descendo sobre o monte
das Oliveiras. Virá publicamente, pois todo o mundo irá vê-lo (Ap 19).
De acordo com René Pache
(1904-1979) (The Return of Jesus Christ), existem 1.527 referências à segunda vinda
de Cristo no Antigo Testamento e 319 no Novo'Testamento, num total de 1.846. Um
em cada 25 versículos do Novo Testamento. O apóstolo Paulo refere-se ao assunto
cerca de 50 vezes. A segunda vinda de Cristo é mencionada oito vezes mais que a
primeira.
2. A urgência da tarefa
A urgência da pregação do evangelho está imposta à Igreja e aos seus
membros, que precisam dar frutos com os talentos que lhes foram concedidos
antes da volta do Senhor Jesus Cristo (Mt 25.19-30); da colheita que precisa
ser realizada, antes que termine o tempo certo da ceifa Jo 4.35); dos obreiros
que precisam concluir a obra, mesmo sendo poucos (Mt 9.37); e da noiva, que tem
que se ataviar e estar pronta para as bodas com o noivo (Ap 19.6-9).
A
Grande Comissão deve ser cumprida antes do arrebatamento da Igreja!
A obra
redentora de Jesus Cristo na cruz do Calvário concede à igreja uma grande
esperança: a do arrebatamento. Entre a mensagem da Bíblia Sagrada e a
consumação de nossa esperança, está a chave da salvação do mundo: missões!
Com uma leitura acurada e sem preconceitos no
livro de Apocalipse, não é difícil entender que se complementa nele todo o
propósito de Deus, iniciado no livro de Gênesis, para redimir a humanidade.
O livro
de Apocalipse relata sobre a visão que João teve de uma grande multidão de
pessoas redimidas pelo sangue de Cristo que al[1]gum dia estará reunida
diante do trono de nosso Senhor Jesus Cristo.
O ponto principal em que se
fundamenta a obra de Missões no Apocalipse encontra-se no capítulo 5.9-14, onde
aparece claramente a expressão: “ [...] homens de toda a tribo, e língua, e
povo, e nação” (v. 9).
Em Mateus 28.18-20, onde também
aparece a palavra “ toda” , implica dizer que o Apocalipse reitera o princípio
da universalidade do evangelho, que deve ser pregado a todos os povos e
resultar na conversão de milhões de pessoas oriundas de todas as raças. Essa
ideia de universalidade, globalidade ou totalidade relacionada ao alcance do
evangelho responsabiliza-nos como parte integrante do grandioso projeto de
Deus, a saber, a obra missionária! (1 Co 9.16).
Diante dessa assertiva, impõe-se
à Igreja, com o dever básico e a partir da sua base local, a obrigação de
proclamar o evangelho a todos os povos
O texto
de Apocalipse 5.13 estabelece outra base em que se assenta a obra missionária:
o trabalho de cada um não será em vão.
2.1 Recompensas
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e
constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho
não é vão no Senhor” (1 Co 15.58).
“Porque todos devemos comparecer ante o
tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio
do corpo, ou bem ou mal” (2 Co 5.10).
O Tribunal de Cristo é um evento que acontecerá após o Arrebatamento da
Igreja.
O termo
“Tribunal” (palavra grega bema, ou bematos) refere-se a uma plataforma elevada
de julgamento e recompensa. Esse termo é usado dez vezes no Novo Testamento.
Esse julgamento é exclusivo para os salvos, para o recebimento de galardão e
recompensas (1 Co 3.11-15). Não se trata de julgar se as pessoas estão salvas
ou perdidas, uma vez que a questão da salvação já foi resolvida em vida. As
obras do crente feitas por motivos indignos são comparadas a feno, palha e
madeira, substâncias de fácil combustão.
As
obras realizadas no amor de Deus e pelo amor às almas são como o ouro, prata e
pedras preciosas, que resistem à prova de fogo. A Bíblia Sa[1]grada
menciona as coroas que estão reservadas para o povo de Deus:
1.
Coroa da Vida (Tg 1.12; Ap 2.10)
É a coroa especial do mártir ou aquele que
estiver tão consa[1]grado
ao Senhor que alegremente daria a sua vida na causa de Cristo.
A palavra “ testemunha” em Atos 1.8, no
original grego, é mártir, fato que ensina que a verdadeira testemunha de Jesus
é quem está pronto a ser morto pelo nome de Cristo.
2.
Coroa de Glória (1 Pe 5.2-4)
Essa coroa está reservada para os servos fiéis
que trabalha[1]ram
não por amor ao lucro, nem para exercer domínio, mas trabalharam de boa
vontade, “pelo amor a Deus e às almas” (1 Ts 2.19,20; Dn 12.3; Pv 11.30). As
próprias almas que ganhamos para Cristo são como “ coroa” (Fp 4.1).
3. Coroa da Justiça (2 Tm
4.8)
Essa coroa está
reservada aos que amam a vinda de Cristo. 4. Coroa Incorruptível (1 Co 9.25-27)
Essa coroa está reservada aos que venceram a carne, não vivendo segundo as
cobiças da carne, mas, sim, vivendo no Espírito (G1 6.8).
2.2 Alcançando o mundo até a volta de Jesus
Em meio
a tantas transformações, a Igreja encontra-se diante de um grande desafio: com
o alcançar o mundo com a mensagem do evangelho, antes da volta de Cristo? “ E
este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes,
e então virá o fim” (Mt 24.14).
Pacto
de Lausane
O Pacto
de Lausane foi um grande congresso mundial de evangélicos que ocorreu em 1974
em Lausanne, Suíça, com presença de mais de 150 nações.
INTRODUÇÃO
“Nós,
membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações,
participantes do Congresso Internacional de Evange[1]lização Mundial, em
Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a
comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros.
Estamos pro[1]fundamente
tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por
nossos fracassos e desafiados pela tarefa inacabada da evangelização.
Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por
sua graça, decidimo-nos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a
toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto,
reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto” .
9. URGÊNCIA DA TAREFA
EVANGELÍSTICA
“Mais de dois bilhões e setecentos milhões de
pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem
evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma
reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas
partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo.
Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as
instituições para-eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos
não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização
mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país
evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento
da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não
evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os
seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve
ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que
toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas
novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos
chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças
que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como
obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais
generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização
deles. (João 9:4; Mateus 9:35-38; Romanos 9:1-3; 1 Coríntios 9:19-23; Marcos 16:15;
Isaías 58:6,7; Tiago 1:27; 2:1-9; Mateus 25:31-46; Atos 2:44,45; 4:34,35)”.
Hodiernamente, estamos vivendo o
grande avanço da ciência e na tecnologia, neste tempo denominado
Pós-Modernidade, o que possibilita a Igreja a capacidade de alcançar a raça humana
inteira com o Evangelho de Cristo.
O alerta gravado pelo apóstolo
João, aplica-se à Igreja de hoje (Ap 1.1-3): “Revelação de Jesus Cristo, a qual
Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem
acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo, o qual
testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que
tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta
profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está
próximo” (Ap 1.1 -3).
Senhor Jesus Cristo ainda
continua chamando a sua Igreja. Esse alerta final precisa ser proclamado até a
volta de Jesus. Nesta última hora da Igreja neste mundo, uma nova geração de
voluntários precisa responder ao chamado universal (Mt 28.19-20) para que mais
almas salvas estejam preparadas para ouvir a voz de Cristo quando o mesmo
Senhor descerá do Céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus
(1 Ts 4.16,17).
2.3 Pregar o evangelho, responsabilidade de
todo cristão
A
Declaração de Fé das Assembléias de Deus, aprovada pela Convenção Geral das
Assembléias de Deus no Brasil, organizada pela Comissão de Teólogos e presidida
pelo pastor Esequias Soares da Silva, trata sobre a Igreja no capítulo XI.
Transcrevemos uma parte do tópico 6, que fala sobre a Missão da Igreja:
Entendemos
que a função primordial da Igreja é glorificar a Deus: “quer comais, quer
bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co
10.31). Isso é feito por meio da adoração, da evangelização, da edificação de
seus membros e do trabalho social. A Igreja foi eleita para a adoração e louvor
da glória de Deus, recebendo, também, a missão de proclamar o evangelho da
salvação ao mundo todo, anunciando que Jesus salva, cura, batiza no Espírito
Santo e que em breve voltará. O evangelho é proclamado a homens e mulheres, sem
fazer distinção de raça, língua ou classe social, pois, “o campo é o mundo” (Mt
13.38). Jesus disse: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mt
28.19 - ARA), “e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia
e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Portanto, entendemos que é
responsabilidade da Igreja a obra missionária. (SOARES, 2017, p. 122, 123)
Estamos levando o evangelho do
Reino a todo o mundo? (Mc 16.15,16). A urgência da pregação do evangelho em
todo o mundo reside no fato de que o Senhor não retornará até que esse objetivo
seja cumprido (Mt 24.14). A luz da grande urgência da pregação do evangelho, o
que você tem feito em prol do Reino de Deus? (Ec 9.10; 2 Co 5.10; Ap 22.12). Há
obreiros suficientes do evangelho em nosso meio para cumprir a Grande Comissão?
Por que sempre há tão poucos?:
E,
depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta e mandou-os adiante da sua
face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. E
dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai,
pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. (Lc 10.1,2)
Jesus
admoesta a todos os crentes a estarem sempre conscientes de que os perdidos têm
uma alma eterna, de valor incalculável, e que terão de passar a eternidade no
Céu ou no Inferno e que muitos poderão ser salvos se alguém tão somente lhes
anunciar o evangelho.
Será
que os jovens crentes enxergam a grande urgência desse trabalho? Jo 4.35).
Estamos prontos a dar a vida por esta tão grande obra? (At 20.24).
Se a
igreja não atender ao apelo divino da Grande Comissão, se houver omissão por
parte dos líderes das igrejas, se ninguém se dispuser a ir como missionário, se
o mundo não receber o evangelho nesta dispensação da graça, o Senhor Jesus
Cristo voltará, levará os que fizeram a sua vontade, mas deixará os negligentes
e desobedientes à sua ordem (Mt 24.45-51; 25.14-30).
Em 1 Coríntios 9.16, o apóstolo
Paulo está ciente dessa responsabilidade ao dizer: “ Porque, se anuncio o
evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai
de mim se não anunciar o evangelho!” .
Paulo foi comissionado dessa maneira no momento da sua conversão (At
9.6,15; 22.21). Se não pregar, sofrerá grandes aflições. Não explica a natureza
da aflição, mas é suficiente perceber que o fracasso em pregar o evangelho
seria calamitoso para ele. O apóstolo afirma no versículo 17 que, se ele prega
o evangelho porque quer, ele tem a sua recompensa. Se ele prega porque tem de
pregar, ele simplesmente cumpre o seu papel de despenseiro do evangelho (1 Co
4.1).
A expressão “ ai de mim se não pregar
o evangelho” tem dois sentidos claros: a obrigação e a punição. Quando Paulo
escreve “ ai de mim se não pregar” , o sentido primeiro é o da obrigação em
pregar. Escreve ele:
“pois sobre mim pesa essa obrigação” .
Pregar o evangelho é, antes de tudo, um ato de obediência a Deus. Oremos fervorosamente
pela obra missionária a fim de arrebatar[1]mos almas para Cristo
antes da sua volta! (Jd 22,23).
Com o
responder positivamente diante dos desafios que se colocam diante de nossa
responsabilidade de pregar o evangelho até o arrebatamento da Igreja? O segredo
encontra-se em Zacarias 4.6: “ E respondeu e me falou, dizendo: Esta é a
palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força, nem por violência, mas
pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” .
Embora
essa mensagem tenha sido entregue a Zorobabel, é aplicável a todos os crentes.
Zorobabel, governador de Judá, foi quem reconstruiu o Templo de Jerusalém
quando os israelitas voltaram do exílio. A construção enfrentou várias
dificuldades, mas Zorobabel não desistiu. Deus enviou os profetas Zacarias e
Ageu, no tempo do rei Dario, para encorajá-lo. Ageu repreendeu os israelitas
por terem esquecido a obra do Templo e animou-os a voltar ao trabalho (Ag
1.2-4). Zacarias encorajou Zorobabel, profetizando que ele veria o Templo
reconstruído (Zc 4.9-10).
Por causa dos profetas, Zorobabel decidiu
continuar o trabalho e conseguiu completar a construção do Templo. Nem o
poderio militar, nem o político, nem as forças humanas poderão efetivar a obra
de Deus. Só conseguiremos fazer a sua obra se formos capacitados pelo Espírito
Santo (Jz 6.34; Is 31.3). Jesus iniciou o seu ministério no poder do Espírito
(Lc 4.1,18), e a igreja foi revestida pelo poder do Espírito Santo no dia de
Pentecostes para cumprir a Grande Comissão (At 1.8; 2.4). Deus espera que sejamos
cheios do Espírito Santo, movidos pelo Espírito Santo e na força do Espírito
Santo.
Fomos
levantados por Deus para servirmos nossa geração. Que o Senhor unja cada um de
nós com o seu Espírito.
O poder
que recebemos do Espírito Santo tem com o finalidade capacitar-nos para sermos
testemunhas em todo o mundo. “ Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que
há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém com o em toda
a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). A palavra poder é dínamos,
de onde vem a palavra “ dinamite” . Não cremos que Deus iria conceder à sua
Igreja um poder tão grande se fosse apenas para essa Igreja ficar nos templos
orando, cantando, ouvindo sermões, etc. O poder do Espírito Santo foi outorgado
à Igreja com uma finalidade bem específica: “ Ser-me-eis testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” .
II - A VOLTA DE JESUS ATRELADA À OBRA
MISSIONÁRIA
1. A relação da volta de Jesus e Missões
A volta
de Jesus Cristo, sem sombra de dúvida, está ligada à obra missionária. O fim
virá somente depois que todas as nações ouvirem o evangelho da verdade, isto é,
quando a Igreja houver completado a sua missão evangelizadora de âmbito
mundial.
Muitos intérpretes da Bíblia creem que o “fim” nesse versículo refere-se
à ocasião em que “ os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” , e os
fiéis da igreja de Cristo serão “arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a
encontrar com o Senhor nos ares” (1 Ts 4.16,17).
Jesus
fala aos discípulos como se o que Ele estivesse predizendo fosse ocorrer
naquela mesma geração. Essa, portanto, era a expectativa da Igreja do Novo
Testamento e deve ser também a esperança de todos os que creem em Jesus Cristo
em todos os tempos. Devemos esperar que o Senhor volte em nossa geração (1 Co
15.51). O crente deve ter em mente, em todo o tempo, iminência da vinda de
Cristo e, ao mesmo tempo, difundir o evangelho.
Os
cristãos deverão estar sempre trabalhando pela salvação eterna das almas de
homens e mulheres, com toda a paixão e capacidade de persuasão de que
disponham. Devemos também trabalhar intensa[1]mente em prol da
salvação da sociedade, livrando-a do holocausto em massa, ainda que isso nos
pareça uma causa sem esperança. Vejamos o que nos diz o Senhor Jesus:
[...] Se alguém
quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e
siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a
sua vida por amor de mim achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo
inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?
(Mt 16.24-26)
Com o nosso Pai no Céu não quer que ninguém pereça (2 Pe 3.9), todos os
cristãos devem estar ansiosos para atender a esse chamado e ter uma paixão por
ganhar almas: “ O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas sábio é”
(Pv 11.30).
A expressão “ árvore de vida” significa
que o homem justo não somente escolhe o caminho da vida, como também exerce uma
influência geradora de vida sobre outros. “ O que ganha almas” é literalmente “
um que toma ou adquire almas” . O significado é o de “ capturar” outros com
idéias ou influência. Jesus disse aos discípulos para que fossem pescadores de
homens (Lc 5.10).
O evangelho do Reino é o evangelho pregado no poder e na justiça do
Espírito Santo e acompanhado dos sinais principais do evangelho. Somente Deus
saberá quando isso será realizado segundo o seu propósito. O dever do crente é
ser fiel e alcançar “todo o mundo” até que o Senhor volte para levar a sua
igreja ao Céu (Mt 28.19,20; Jo 14.3; 1 Ts 4.13).
É
oportuna e bastante apropriada a transcrição do comentário da Bíblia de Estudo
Pentecostal (CPAD) de Mateus 28.19, a seguir:
IDE... ENSINAI...BATIZANDO.
[...] A igreja deve ir a todo mundo e pregar o evangelho a todos, de
conformidade com a revelação do Novo Testamento, da parte de Cristo e dos
apóstolos (Ef 2.20). Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar
missionários a todas as nações (At 13.1-4). O evangelho pregado centraliza-se
no arrependimento e na remissão (perdão) dos pecados (Lc 24.47), na promessa do
recebimento do “dom do Espírito Santo” (At 2.38), e na exortação de separar-nos
desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que espera[1]mos
a volta de Jesus, do céu (At 3.19,20); 1 Ts 1.10). O propósito da Grande
Comissão é fazer discípulos que observa[1]rão
os mandamentos de Cristo. Este é o único imperativo direto do texto original
deste versículo. A intenção de Cristo não é que o evangelismo e o testemunho
missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias espirituais não
devem ser concentradas meramente em aumentar o número de membros da igreja,
mas, sim, em fazer discípulos que se separam do mundo, que observam os
mandamentos de Cristo e que o seguem de todo o coração, mente e vontade Jo
8.31).
Note-se, ainda, que
Cristo nos ordena a concentrar nossos esforços para alcançar os perdidos e não
em cristianizar a sociedade ou assumir o controle do mundo. Aquele que creem em
Cristo devem abandonar o presente sistema mundano e separar-se da sua
imoralidade (Rm 13.12; 2 Co 6.14), e ao mesmo tempo expor a sua malignidade (Ef
5.11). Os que creem em Cristo e no evangelho devem ser “batizados” em água.
Este ato representa o compromisso que assumiram, de renúncia à imoralidade, ao
mundo e à sua própria natureza pecaminosa e de se consagrar sem reservas a
Cristo e aos propósitos do seu reino (At 22.16). Cristo estará como seus
seguidores obedientes, através da presença e do poder do Espírito Santo (Mt
1.23; 18.20). Devem ir a todas as nações e testemunhar somente depois que do
alto seja revestidos de poder (Lc 24.49; At 1.8).
Micônio, amigo de Martinho
Lutero, certa noite sonhou e, no seu sonho, viu um ceifeiro que se agitava
tentando sozinho colher uma vasta seara; ele olhou do outro lado do monte e viu
um só pastor esforçando-se para sozinho recolher no aprisco um grande rebanho.
Com grande esforço reconheceu o ceifeiro e o pastor como sendo o mesmo,
tratava-se do íntimo amigo Martinho Lutero. Então disse Micônio: ‘Até aqui só
orei, de hoje em diante descerei a colina e ajudarei o meu amigo” .
2. O chamado para a igreja
As
nações para Jesus! Esse deve ser nosso sonho. Esse deve ser nosso desafio, e
esse deve ser nosso alvo. Nossas orações devem abranger os povos do mundo
inteiro; nosso dinheiro deve estar apoiando missionários nos confins da terra;
nossa vida deve estar sendo gasta nesse propósito; nossos filhos devem estar sendo
treinados com a visão missionária e colocados à disposição do Senhor para os
seus propósitos.
Preliminarmente, devemos agradecer a Deus pelo despertamento missionário
que temos visto no Brasil nesses últimos tempos. As igrejas têm entendido
corretamente a premência de serem testemunhas “ tanto... com o” (At 1.8), ao
mesmo tempo, “tanto” locais, “ com o” mundiais, necessitando de orar mais
intensamente e de recursos humanos e financeiros para que possam alcançar os
perdidos.
Quanto mais confiantes no arrebatamento,
mais objetiva e esperançosa será nossa vida cristã e, por conseguinte, mais
dinâmico e eficaz será o trabalho missionário da Igreja.
A
mensagem bíblica do evangelho tem de estar fundamentada na proclamação da
morte, da ressurreição e da esperança do arrebata[1]mento da Igreja.
A obra
missionária começou com as palavras de Jesus em Atos 1.8 e continuará até que
Ele venha (1 Co 11.26). Que o Espírito Santo continue despertando a Igreja
nesses últimos dias que antecedem a volta do Senhor Jesus Cristo para arrebatar
a sua Igreja!
Até os
Confins da Terra – Pregando o Evangelho a todos os Povos até a Volta de Cristo
Nenhum comentário:
Postar um comentário