TEXTO
ÁUREO
“Vós mesmos sabeis que,
pare que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mães me
servirem.”
(At 20.34)
VERDADE
PRÁTICA
É possível servir a Deus
e aos outros por meio de sua profissão onde quer que você vá.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 18.1-5; 1 Tessalonicenses 4.11,12
Atos 18
1- Depois disto, partiu Paulo de
Atenas e chegou a Corinto.
2- E, achando um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco
tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que
todos os judeus saíssem de Roma), se ajuntou com eles,
3- e, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e
trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas.
4-E todos os sábados disputava na sinagoga e convencia a judeus e gregos.
5-Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, foi Paulo impulsionado pela
palavra, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo.
1 Tessalonicenses 4
11- e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e
trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado;
12- para que andeis honestamente para com os que estão de fora e não
necessiteis de coisa alguma.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Deus tem
levantado muitos missionários por meio de suas vocações profissionais. Isso
significa que as profissões desses missionários acabam se tornando um meio para
abrir portas da pregação em países em que o modelo tradicional de envio seria
inviabilizado. A luz do exemplo do apóstolo Paulo, Priscila e Áquila,
veremos que é perfeitamente possível conciliar o chamado missionário com a
profissão. Que o Espírito Santo toque os corações de modo que os contextos
profissionais se tornem contextos missionários.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Relacionar a vida profissional de
Paulo com a ministerial;
II) Explicar a expressão
“Missionários fazedores de
tendas”;
III) Discutir Vocação, Profissão e
Missões.
B) Motivação: Já imaginou que Deus pode usar um missionário no campo de atuação
profissional que ele esteja plantado? Há países que um missionário nos moldes
tradicionais jamais entraria, mas por meio de uma profissão as portas se abrem.
Por isso, fazer missões por meio do contexto profissional em que a pessoa atua
pode ser uma grande vocação que trará resultados gloriosos para o Reino de
Deus.
C) Sugestão de Método: Na lição anterior estudamos a respeito do cuidado
integral no envio do missionário e sua família, nesta estudaremos a relação do
chamado missionário com o campo profissional da pessoa chamada. Por isso, para
iniciar a lição desta semana, pergunte o seguinte: Você acha que é possível
conciliar chamado missionário com profissão? É possível ser missionário é um
profissional bem-sucedido ao mesmo tempo? Ouça as respostas dos alunos com
atenção. Em seguida, inicie a exposição do conteúdo, mostrando o quanto é
possível Missão e Profissão estarem na mesma visão de Reino.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Encerre a aula com uma oração. Apresente diante de Deus,
juntamente com a classe, as profissões de seus alunos e, também, a oportunidade
de, por meio da profissão deles, o Senhor abrir uma porta de pregação do
Evangelho.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 95, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O ofício”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a
reflexão a respeito da profissão do apóstolo Paulo;
2) O texto “A importância do trabalho na perspectiva cristã”, ao final do
terceiro tópico, amplia a reflexão a respeito do trabalho na perspectiva do
Reino de Deus.
INTRODUÇÃO
É preciso abandonar a vocação
profissional para exercer o chamado missionário? Só existe apenas um modelo de
chamado missionário? Chamado missionário e vida profissional são
irresponsáveis, a semana traz uma reflexão à luz da vida do apóstolo Paulo como
alguém que, ao mesmo tempo, exerce uma profissão e anuncia o Evangelho de
Cristo. De acordo com esse exemplo bíblico, vamos meditar a respeito dos
“fazedores de tendas”. O que essa expressão quer dizer e até que ponto a vida
profissional e o chamado missionário podem e devem se encontrar para a glória
de Deus.
Palavra
– Chave:
PROFISSÃO
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
O
OFÍCIO
“Todo
menino judeu aprendia um oficio e tentava ganhar a vida com ele. Paulo e Áquila
haviam sido treinados para fabricar tendas, cortando e costurando os tecidos de
lã de cabra, usados na confecção delas. As tendas eram usadas para alojar os
soldados. Sendo assim, podem ter sido vendidas para o exército romano. Como um
profissional liberal, Paulo poderia ir aonde Deus o levasse, pois teria seu
sustento garantido. A expressão “fabricante de tendas” também costumava ser
utilizada para quem trabalhava com couro. […] Paulo disse aos judeus que havia
feito tudo o que podia por eles” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2004, p.1526).
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“A
IMPORTÂNCIA DO TRABALHO NA PERSPECTIVA CRISTÃ
Há mais
coisas em um viver cristão do que simplesmente amar os outros. Devemos ser
responsáveis em todas as áreas da vida. Alguns dos cristãos tessalonicenses
haviam adotado uma vida ociosa, dependente da doação dos outros. Alguns gregos
tratavam o trabalho manual com desprezo. Por esta razão Paulo o admoestou os
tessalonicenses a trabalharem arduamente e a viverem tranquilamente.
Você não pode ser eficiente ao
compartilhar a sua fé com outros se estes não lhe respeitarem. Seja qual for a
sua atividade profissional, desempenhe-a fielmente e seja uma força positiva na
sociedade. […] Algumas pessoas na igreja de Tessalônica estavam propagando um
falso ensino de que, como Cristo retornaria a qualquer momento, as pessoas
deveriam deixar as suas responsabilidades, abandonar o trabalho […] Mas Paulo
disse que deveriam ser responsáveis e retornar imediatamente ao trabalho”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1690).
CONCLUSÃO
Deus está chamando cada vez mais
profissionais para que levem a mensagem de salvação até aos confins da Terra,
especialmente aos povos não alcançados. Entretanto, é preciso um alerta: Nem
todos os que se sentem atraídos a “fazer tendas” estão qualificados para a
tarefa. É necessário examinar os motivos e avaliar a disposição espiritual.
Daí, a importância do trabalho da igreja local na descoberta de vocações, pois
é onde o crescimento espiritual ocorre mais plenamente no contexto de uma
igreja saudável, acompanhado de um programa pessoal, com o objetivo de levar a
pessoa a desenvolver o conhecimento de Deus e das Escrituras. Uma vez que a
base está firmada, podemos aprender habilidades ministeriais, especialmente,
como levar outros a Cristo e discipulá-los.
CPAD – Até os Confins da Terra –
Pregando o Evangelho a todos os Povos até a Volta de Cristo
| Lição 08: Missionários Fazedores de Tendas
I - A VIDA PROFISSIONAL DE PAULO E SUA VOOAÇÃO MINISTERIAL
1. A profissão do apóstolo Paulo
Ao
fazer a leitura bíblica em Atos 18.1-4, deparamo-nos com o exemplo
do apóstolo Paulo, que trouxe um termo missiológico: “ Fazedor de Tendas” . A
expressão “fabricante de tendas” (skenopoiós) é traduzida com mais precisão por
“trabalhadores em couro” . Tendas são feitas com pelos ou couro de cabra.
Por força de um édito do
imperador romano Cláudio (49 d.C.), que ordenou que todos os judeus saíssem de
Roma, muitos deles vieram morar em Corinto, que, apesar de ser conhecida com o
a capital da depravação e uma das cidades mais devassas da época, era um porto
de forte comércio. Ali, Paulo encontrou-se com o casal judeu Aquila e Priscila,
que provavelmente já eram cristãos (caso contrário, Lucas teria mencionado a
sua conversão), que passaram a ser os seus leais coope[1]radores. Paulo passou a
morar e trabalhar com esse casal por serem da mesma profissão, dividindo o seu
tempo entre fabricar tendas e contar ao povo que o Senhor havia reservado para
os que creem uma morada não feita de mãos humanas, no Céu (At 18.18-19; 24-26;
Rm 16.3-5).
Áquila e Priscila constituem um caso interessante. Eles mostram que um
profissional, mesmo não sentindo o chamado de Deus para dedicar a vida toda à
obra missionária, pode fazê-lo valiosamente por determinado período, em
momentos específicos.
2. Como o apóstolo Paulo conjugava vida
profissional e ministerial?
A
tradição judaica exigia que os mestres religiosos oferecessem gratuitamente os
seus serviços espirituais, e cada rabino tinha que aprender uma profissão para
sustentar-se. Entre os judeus, os meninos eram todos obrigados a aprender
ofícios. Era considerado desonroso não ser familiarizado com algum ramo dos
trabalhos e artes manuais. O conhecimento prático de uma profissão era
considerado um recurso para obter a independência pessoal. Os rabinos diziam: “
Quem não ensina um ofício a seu filho é com o se o tivesse criado para
tornar-se um ladrão” . “Fazedores de tendas” teciam o pano escuro de pelos de
camelo ou de bode com que as tendas eram confeccionadas. Paulo sustentou-se
dessa forma em certos lugares (At 20.34; 1 Co 4.12; 2 C o 9.8,9; 2 Ts 3.8) e
pelas razões apresentadas em 2 Coríntios 11.9- 12. Essa não era a melhor
política em alguns lugares, com o Paulo mais tarde descobriu, porque não
ensinava adequadamente os novos convertidos a sustentar a obra (2 Co 12.13; cf
G1 6.6).
Myer
Pearlman fala que
o apóstolo Paulo adotava a política firme de
não aceitar ofertas das pessoas que ele procurava ganhar para Cristo: seu
objetivo era merecer a confiança do povo e comprovar que seus motivos eram sem
interesse de ganhar dinheiro (1 Co 9.16-18). Pregava nas sinagogas e em
qualquer lugar onde alguém pudesse escutar sua mensagem.
Dessa
forma, através da sua habilidade profissional, o apóstolo podia aproximar-se
das pessoas de diferentes crenças e ser o seu próprio mantenedor.
O
apóstolo Paulo, judeu da tribo de Benjamim, nasceu como cidadão romano
(provavelmente, porque o seu pai também já era cidadão romano), em Tarso da
Cilícia, com o nome hebraico Saulo. Paulo era, ao que tudo indica, um dos seus
nomes romanos. Educado como fariseu, viria a ser altamente capacitado na lei
judaica e na suá tradição (G11.14) Ele era fariseu e fora criado aos pés de
Gamaliel, mas não se esque[1]ceu
da arte de fazer tendas que aprendera na juventude. Embora tivesse direito de
ser sustentado pelas igrejas que ele plantara, Paulo trabalhou no seu ofício
para ganhar o seu sustento (o apóstolo Paulo costumava sustentar-se
pessoalmente), pois temia escandalizar os irmãos e não queria correr o risco de
ser interpretado com o aven[1]tureiro,
em Corinto. Várias referências bíblicas dão a ideia de que isso era costume
seu, e não meramente algo que ele praticava em certas ocasiões: “Vós mesmos
sabeis que, para o que me era neces[1]sário,
a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram” (At 20.34). Além disso,
em 1 Coríntios 9 .12ss, vemos que ele trabalhou em Éfeso; 1 Coríntios 4.12 diz
que ele trabalhou em Corinto; e em 1 Tessalonicenses 2.9 e 2 Tessalonicenses
3.7-9, é perceptível que ele trabalhou em Tessalônica.
3. Á ética financeira na atividade missionária
de Paulo
O texto
de 1 Coríntios 9.12ss demonstra que Paulo considerava que o costume judaico —
que foi incorporado ao cristianismo — de os ministros receberem ajuda econômica
da parte daqueles para quem ministravam era uma norma legítima e correta aos
olhos de Deus e até mesmo recomendada nas Escrituras desde os tempos do Antigo
Testamento.
Paulo geralmente não aceitava
ofertas em dinheiro enviadas pelas igrejas cristãs e muito menos as exigia,
ainda que algumas ofertas voluntárias tivessem sido enviadas a ele pelos
crentes de Filipos (Fp 4.10-12).
Paulo
mais tarde reconheceu que não havia ensinado adequada[1]mente os novos
convertidos a sustentar a obra (2 Co 12.13; G1 6.6), privando-os do fruto que
devia abundar à conta de quem dá (Fp 4.17; 2 Co 11.7-12; 2 Tm 2.4-6).
Paulo era um missionário
pioneiro. O seu ministério era alcançar lugares não alcançados pelo evangelho
(Rm 15.20). Para isso, ele sempre planejou os seus passos, dependeu da direção
do Espírito e contou com o apoio das igrejas.
Antonia
Feonora van der Meer, autora do livro Missionários Feridos, ao comentar o texto
de Romanos 15.22-33, mostra-nos exatamente isso. Paulo está encerrando essa
preciosa epístola a uma igreja que ele ainda não conhecia pessoalmente. Ainda
assim, ele não esconde quais são os seus projetos e como ele conta com o
sustento desses irmãos.
No entanto, quando o apóstolo
diz que esperava “ ... que para lá seja por vós encaminhado...” (v.24) ou “ ...
passando por vós, irei à Espanha” (v.28), estava falando sobre uma ajuda
financeira da igreja em Roma para que ele pudesse viajar até a Espanha. Mesmo
não conhecendo os irmãos de Roma, Paulo pediu ajuda financeira pelas seguintes
razões: Ele trabalhava muito (v. 18-21,25-26j. Paulo era um exemplo de
missionário trabalhador. Ele derramava suor, sangue e lágrimas na obra do
Senhor (At 20.18-21). Ele concluía o que começava (v.23,28). Ele não parava a
obra do Senhor na metade. Era fiel ao serviço do Senhor. Quem sabe, não foi por
isso que ele rejeitou a presença de João Marcos para a segunda viagem
missionária (At 15.36-41). Ele era responsável com o dinheiro (v.25-26). Paulo
e Barnabé foram os responsáveis por levar uma oferta da Macedônia e Acaia para
os crentes pobres de Jerusalém. Os irmãos confiavam na responsabilidade
financeira do apóstolo. (2009, p. 162)
O
apóstolo Paulo apresenta as suas justificativas pelos motivos que se seguem:
Por causa da distância da igreja e queridos (v.22-23). Por se encontrar longe
dos amigos e irmãos, Paulo precisava de condições financeiras para se sustentar
(alimentação, hospedagem, saúde, etc.). Por causa das viagens missionárias (v.24-25,28-29).
Com o missionário, Paulo precisava realizar várias viagens. Precisava
desembolsar dinheiro para pagar navios, cavalos e etc. Por causa da ajuda aos
outros (v.25-26). Com certeza Paulo também ajudava financeiramente os
necessitados (At 20.33-35; G1 2.10). Usava o que ganhava para ajudar os outros.
Por gratidão (v.27). Nesta carta aos Romanos, Paulo ensina que a Igreja é o
ramo enxertado na oliveira (Israel). Todo gentio tem uma dívida de gratidão
para com os judeus (Rm 3.1-2). Por ser um princípio bíblico (v. 27). A Bíblia é
clara sobre o ensino de ajudar financeiramente aqueles que se afadigam na
Palavra. Os que trazem benefícios espirituais devem receber benefícios
materiais (Cl 6.6; 1 Tm 5.17-18).
II - MISSIONÁRIOS FAZEDORES DE
TENDAS
1. Fazedores de tendas
Fazer
tendas não é uma ideia nova. E tão antiga quanto as Escrituras: “ Fazedores de
tendas são discípulos de Jesus Cristo que, chamados por Deus e comissionados
pela sua igreja, usam seus dons, talentos e habilidades profissionais para
servir ao Senhor em um contexto transcultural” (Interserve Brasil — CEM). Fazedores
de tendas são profissionais de negócios em missão que operam em regiões de
grande antagonismo à mensagem cristã.
Missionários “fazedores de
tendas” são pessoas a quem o Senhor Deus vocaciona para a missão especial de
evangelizar. São homens e mulheres qualificados espiritual, física, intelectual
e emocionalmente e que são trei[1]nados
para realizarem missões transculturais através das suas profissões.
De acordo com Marcelo Aleixo
Gonçalves, autor do livro Teologia e História da Missão Cristã (Unicesumar),
por muitos anos, o entendi[1]mento
e a forma de fazer missões consistiam na prática de abandonar a vida secular
(trabalhos profissionais, estudos, etc.) para dedicar-se integralmente aos
ministérios, somente dentro da igreja, e poucos cristãos tinham o entendimento
de levar a igreja para fora dela junto aos afazeres diários.
Hoje, o entendimento tornou-se
mais amplo, ou seja, é perfeita[1]mente
possível ser um profissional ou empreendedor e realizar a obra missionária sem
a necessidade de abandonar a carreira profissional.
2. A força missionária no mundo
Fazer
missões tornou-se um movimento global que começou com a ação de Deus no mundo,
pela sua graça, para reconciliar o mundo consigo mesmo (2 Co 5.18,19), e Ele
conta conosco para continuar com essa missão.
A maior força missionária cristã
do mundo é formada por profissionais, empreendedores e estudantes que se movem
entre culturas para servir a Cristo através das suas vidas e trabalho. Em 1
Coríntios 9.20-22, o apóstolo Paulo deixa o exemplo desse princípio de alcançar
os segmentos da sociedade, identificando-se com eles a fim de contextualizar o
evangelho.
Sabemos que a maioria dos grupos de povos
não alcançados ou menos alcançados vive em nações que são fechadas aos
missionários tradicionais. Profissionais e empreendedores cristãos são aceitos
nesses mesmos países. Cristãos com diferentes habilidades, ofícios, negócios e
profissões têm acesso a lugares onde tradicionais plantadores de igreja e
evangelistas não têm.
3. O preparo dos fazedores de
tendas
Como os
outros missionários, os “fazedores de tendas” devem estar plenamente preparados
para tornarem-se os ministros transculturais mais eficientes que puderem. O que
é preciso para ser um missionário “fazedor de tendas” ? Estar decidido e
preparado para servir, observando essas condições, julgadas indispensáveis:
Testemunho e conhecimento do evangelho; a sua preparação mais importante será a
espiritual; dignidade pessoal; para ensinar o evangelho a outras pessoas,
precisa ter o Espírito Santo na sua vida; trabalho e autossuficiência; saúde
física e emocional; preparação financeira.
Julgo oportuna a orientação do apóstolo
Paulo ao jovem Timóteo, quando diz em 2 Timóteo 3.17: “ para que o homem de
Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” .
O que esses “fazedores de tendas”
e profissionais fazem no local de trabalho deve ser valorizado como parte do
ministério das igrejas locais.
Cresce o número de profissionais
missionários, ou “fazedores de tendas” , como são chamados. São cristãos,
homens e mulheres, trei[1]nados
por instituições missionárias para utilizar a sua profissão no exterior a fim
de testemunharem de Cristo, principalmente em países fechados para o trabalho
missionário tradicional.
III - VOCAÇÃO, PROFISSÃO E MISSÕES
1. Deus é quem chama
Muitas
são as oportunidades de estarmos envolvidos com os trabalhos em nossas
comunidades de fé locais, grupos com trabalhos evangelísticos de grande
impacto, organizações missionárias relevantes em nosso contexto e até em outros
países.
A palavra vocação vem do latim vocatio,
vocationis e significa chamamento, ato de chamar (vocare) ou escolher, que
supõe disposição ou aptidão inerente para algum oficio.
Para nós, cristãos, quem
vocaciona obviamente é Deus. Ele mesmo é quem capacita e comissiona cada um
para uma determinada missão no mundo. E também Ele quem gera em nós
habilidades, talentos, sentimentos de envolvimento com causas específicas que
nos levarão a trabalhar em atividades que fazem sentido e, inclusive,
realização pessoal.
2. Exercendo a vocação
Quando
respondemos de forma prática a esse chamado, colocando em execução nossa
vocação, encontramos nosso propósito. A vocação é a missão única para a qual
cada um de nós foi preparado e entregue a fim de prestarmos serviço a nosso
Criador; é a razão pela qual cada um de nós foi efetivamente criado por Deus,
sendo Ele mesmo quem nos dá condições reais para realizarmos tais tarefas
através de nossos dons e virtudes, tornando-nos parte integrante dos seus
planos para a sua honra e glória.
Alguns podem ser chamados para realizar tarefas específicas. Na Bíblia,
temos diversos exemplos disso, como, por exemplo: Abraão, que foi chamado para
ser iniciador de uma grande nação (Gn 12.2); Jonas, que teve de ir à Nínive
anunciar o juízo de Deus (Jn 1.2); e Paulo, que foi enviado aos gentios, indo
para além de Israel (At 22.21). Paulo foi um grande homem de fé, obediente e
comprometido com o chamado que teve para a salvação e para anunciar a mesma a
outros povos. Ele compreendeu que a morte, crucificação e ressurreição de Jesus
era algo para cada cristão experimentar, mas também anunciar aos outros (2 C o
4.11-14). Paulo exercia a sua vocação anunciando sobre Jesus e testemunhando do
evangelho por onde Deus o enviava.
Ao longo da História da Igreja,
Deus tem chamado homens e mu[1]lheres
para realizarem tarefas específicas. Martinho Lutero (1483-1546) foi levantado
para reformar a igreja; David Livingstone (1813-1873) foi levantado para
missões na África; John Paton (1824-1907) foi levantado para levar o evangelho
nas longínquas ilhas do Pacífico; Lillian Trasher (1887-1961) foi levantada
para cuidar de centenas de crianças no Egito, a ponto de ser chamada a Mãe do
Nilo , Gunnar Vingren (1879-1933) e Daniel Berg (1884-1963) foram enviados por
Deus para o Brasil para pregar o batismo com o Espírito Santo. A todo instante,
milhares de crentes estão sendo chamados por Deus para as mais diversas
tarefas.
Somos todos vocacionados para servir a
Cristo com o que somos e com o que temos, sendo o objetivo principal glorificar
o nome de Deus Pai (Rm 16.25-27) dentro e fora da igreja. Tudo o que temos vem
de Deus e deve ser usado para a honra e glória do nome dEle!
Hoje, com a diversidade de
trabalho que os campos missionários exigem não somente na área eclesiástica
(como pastor, capelão, educador cristão e ministro de música), mas também na
área profissional (como empresário, professor, enfermeiro, médico, dentista,
assistente social, dentre outras profissões), aumentou o número de cristãos na
busca de profissionalizar as suas habilidades (1 Co 9.16,17).
Enquanto vocação vem do latim
vocare e significa chamar, missão é o ato de enviar ou de ser enviado. Assim,
toda pessoa tem uma vocação, e a consequência disso é a missão. No entanto, nem
toda pessoa exerce a sua missão, mesmo tendo sido chamada por Deus. A palavra
“missão” vem do verbo latim mito, que significa “enviar” . No Novo Testamento,
essa palavra vem do grego apostello, que tem o mesmo significado na sua
essência. Missões é a transmissão da mensagem salvadora de Cristo. A melhor
definição de missões foi dada por John Leonard:
Missões
é a obra de Deus confiada à Igreja, que seguindo o exemplo de Cristo, proclama
por palavras e ações o Reino de Deus, chamando todos ao arrependimento e à fé
em Cristo, ensinando-os a serem discípulos dele, integrando-os em igrejas
locais.
Missões são iniciativas religiosas destinadas
a propagar os princípios do cristianismo entre os povos não monoteístas.
Baseiam-se em princípios da teologia cristã e em imitação do ministério de
Jesus Cristo e em cumprimento do mandamento que Ele deu aos seus apóstolos para
pregarem o evangelho pelo mundo.
Participar da missão significa participar ao
lado de Deus da sua intenção de promover e amar o ser humano. Nesse sentido, a
missão da Igreja — com a evangelização ao seu lado — será sempre um movimento
voltado para a promoção da vida e da dignidade do ser humano no seu mais alto
nível.
3. Minha profissão, meu campo missionário
Somos todos vocacionados para
servir a Cristo com o que somos e com o que temos, sendo o objetivo glorificar
o nome de Deus Pai (Rm 16.25-27) tanto dentro quanto fora da igreja. Deus está
chamando cada vez mais profissionais, testemunhas cristãs, para que levem a
mensagem de salvação até os confins da terra, especialmente aos povos que
carecem de ouvir o evangelho e experimentar a sua ação transformadora.
Nem todos os que se sentem atraídos
a fazer tendas estão qualificados para a tarefa. E necessário examinar os
motivos e avaliar a disposição espiritual. A menos que os fazedores de tendas
sejam relativamente maduros e saibam com o se sustentar espiritualmente, é bem
provável que a sua missão não seja bem-sucedida. O que é fundamental a todo
processo é um sentido claro de chamado para a missão transcultural.
O crescimento espiritual ocorre
mais plenamente no contexto de uma igreja saudável, acompanhado de um programa
pessoal, com o objetivo de levar a pessoa a desenvolver o conhecimento de Deus
e das Escrituras. Uma vez que a base está firmada, é importante aprender
habilidades ministeriais, especialmente com o levar outros a Cristo e
discipulá-los.
Caro “fazedor de tendas” deste
tempo chamado de Pós-Modernidade, tenha como lema este pensamento: “ Servindo a
Deus e aos outros através de sua profissão aonde quer que você vá” !
Nos abençoe pelo PIX:
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