TEXTO
ÁUREO
“O meu Deus, segundo as
suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.”
(Fp 4.19)
VERDADE
PRÁTICA
O sustento missionário é
um investimento espiritual que Deus credita na conta dos doadores.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.10-20
10- Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa
lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido
oportunidade.
11- Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o
que tenho.
12- Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas
as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter
abundância como a padecer necessidade.
13- Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
14 Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.
15-E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho,
quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e
a receber, senão vós somente.
16 Porque também, uma e outra vez, me mandastes o
necessário à Tessalônica.
17-Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.
18 – Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que
recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de
suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.
19 – O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as
vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.
20 – Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo sempre. Amém!
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A lição
desta semana traz o assunto do sustento financeiro da obra missionária. Ela
está fundamentada em Filipenses
4.10-20. Há uma comparação entre os filipenses e os corintos que servirá
como um importante ensinamento para a compreensão contemporânea do sustento
financeiro na obra missionária. Dessa forma, estudaremos a perspectiva bíblica
do sustento financeiro da obra missionária, os princípios básicos para esse
sustento financeiro e um estímulo para se investir na obra missionária.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Explicar a relação da Igreja de
Filipos com o sustento missionário;
II) Elencar os princípios básicos do
sustento missionário;
III) Conscientizar a respeito da
importância do investimento financeiro da obra missionária.
B) Motivação: Em Lucas 8.1-3 há uma disposição das mulheres em financiar o
ministério de Jesus. Tudo na obra de Deus na atualidade exige essa mesma
disposição. Assim, é muito importante desenvolver um senso coletivo de
responsabilidade financeira com a causa de Missões. Os compromissos da obra são
inúmeros e para o Evangelho chegar aos lugares ainda não alcançados requer
esforço financeiro e liberalidade.
C) Sugestão de Método: Na última lição estudamos a relação do chamado
missionário com o campo profissional da pessoa chamada. Nesta lição, falaremos
de maneira mais específica a respeito do sustento financeiro da obra
missionária. Para iniciá-la, sugerimos a seguinte atividade: Pergunte se ela
percebe como privilégio participar do sustento financeiro da obra missionária
ou não. Ouça as respostas com atenção. Em seguida, com o propósito de unificar
as informações, exponha o tópico primeiro, enfatizando a disposição voluntária
e prazerosa dos irmãos filipenses em financiar o ministério missionário do
apóstolo Paulo.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Procure concluir a aula desta semana conscientizando a classe
a respeito da responsabilidade de ofertarmos para a causa de Missões,
procurando se informar voluntariamente com o departamento de Missões da igreja
local a respeito das necessidades financeiras.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 95, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “A Coisa mais difícil: o dinheiro”, localizado após o segundo
tópico, aprofunda a reflexão a respeito da necessidade do suporte financeiro na
obra missionária;
2) O texto “Sem Medo de Sangrar”, ao final do terceiro tópico, amplia a
reflexão a respeito da liberalidade com a obra missionária.
INTRODUÇÃO
O propósito desta lição é
estudar, de maneira bem específica, a respeito do sustento financeiro da obra
missionária no cenário atual. Iniciaremos o nosso estudo a partir da porção
bíblica de Filipenses 4.10-20. Em seguida, destacamos alguns princípios básicos
à luz de filipenses. Finalmente, faremos uma comparação entre o entendimento da
igreja de Corinto e o da igreja de Filipos a respeito da consciência do
sustento missionário, enfatizando a importância de reconhecer o sustento
financeiro da obra missionária como um dever dos membros da igreja local. Que
tenhamos o perfeito entendimento de que investir financeiramente na obra
missionária é ajuntar tesouros na eternidade!
Palavra-Chave:
SUSTENTO
AUXÍLIO MISSIOLÓGICO
“A
COISA MAIS DIFÍCIL: O DINHEIRO
Sei que os tempos são difíceis, e muitos estão lutando. Mesmo assim, em bons e
maus tempos, o ensino de Jesus permanece o mesmo: ‘Onde estiver o vosso
tesouro, aí estará também o vosso coração’ (Mt 6.21). O dinheiro é o melhor
indicador de seus desejos e prioridades do coração e, talvez, o melhor lugar
para começar. […] Quais são os recursos que Deus lhe deu que poderiam ser
usados para causar tal impacto eterno, global e glorioso? Mesmo que você seja
apenas um jovem professor com um salário modesto, você pode causar
significativo impacto global e eterno. Imagine o que Deus poderia fazer, se
você investir apenas parte do que Ele lhe tem dado para os propósitos, o reino
e a glória dEle […] Este mundo será transformado, se Deus der a você toda a
graça e coragem para fazer isso” (MATHIS, David (Ed). Cumprindo a Missão: Levando
o Evangelho aos não Alcançados e aos não Engajados. Rio de Janeiro: CPAD, 2015,
p.95,96).
AUXÍLIO MISSIOLÓGICO
“SEM MEDO DE SANGRAR
Para a Grande Comissão e para o cumprimento do propósito do Senhor na
vida são necessários grandes sacrifícios. Precisamos do sacrifício daqueles que
irão, que abrem mão do conforto, da família e do sonho americano. E precisamos
do sacrifício daqueles que enviarão. Um cristão paquistanês estava andando de
táxi em Nova York, o qual era dirigido por um muçulmano paquistanês. Então,
perguntou curiosamente: – Como vai o reino umma? Ótimo respondeu o taxista.
Os
americanos têm muito medo de nós. Eles têm muito medo de sangrar. Há, sem
dúvida, muitos cristãos nos Estados Unidos que têm medo de sangrar, medo de
sacrificar-se e medo de perder o bem-estar em suas mais diversas formas. Só que
eu também acredito que há cristãos americanos e cristãos por todo o mundo que
não têm medo de sangrar e sacrificar-se por Jesus” (MATHIS, David (Ed).
Cumprindo a Missão: Levando o Evangelho aos não Alcançados e aos não Engajados.
Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.99).
CONCLUSÃO
Nossos
dízimos e ofertas são uma maneira de reconhecermos a soberania de Deus em nossa
vida e é a vontade divina a salvação dos perdidos da Terra (1 Tm 2.4). Para que
essa meta seja alcançada, Deus conta com cada um de seus filhos, com todos os
seus dons e talentos. Deus conta com você para entrar no seleto grupo de
mantenedores da obra missionária. O Senhor nosso Deus conta conosco para
fazermos chegar Bíblias, literaturas e missionários aos povos que ainda não
foram alcançados com a mensagem de vida eterna.
CPAD : Até os Confins da Terra – Pregando o
Evangelho a todos os Povos até a Volta de Cristo
| Lição
09: A Igreja e o Sustento Missionário
A |
obra da evangelização dos povos é a tarefa
mais importante da Igreja. Devemos trazer nossas contribuições em forma de
dízimos e ofertas à igreja, para que esta mantenha os que se dedicam a ganhar
vidas para Jesus, fazendo o seu Reino avançar sobre a terra.
A igreja de Corinto deixou-nos um
grande exemplo na abundância dos dons espirituais e no conhecimento das coisas
de Deus (1 Co 1.4- 7; 12.1-31; 2 Co 8.7; 12.7), mas, infelizmente, foi muito
insensível no que tange ao sustento financeiro do seu missionário, sendo
necessário a intervenção de outras igrejas para que ele pudesse exercer as suas
atividades (2 Co 11.8-9; Fp 4.15). Entretanto, o apóstolo Paulo ensinou àquela
igreja que contribuir em favor da obra missionária é o mesmo que investir em
Deus: “ [...] o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em
abundância em abundância também ceifará” (2 Co 9.6; G1 6.7-9).
Paulo deu testemunho à igreja de
Corinto referente à graça da contribuição que Deus concedeu à igrejas da
Macedônia, a saber: Filipos, Tessalônica e Bereia. O seu objetivo não era outro
a não ser incentivar aquela igreja, que vivia num grande centro financeiro da
época, principalmente por ser uma cidade conhecida como uma das maiores
fabricantes de velas para navios e barcos, rica no comércio de seda pura, além
de ter dois portos: Lecaion e Cencreia. O apóstolo deixou claro aos coríntios
que os crentes da Macedônia, embora vivessem em grande dificuldade e extrema
pobreza, deram exemplos na contribuição para com os irmãos em Cristo da Judeia
(2 Co 8.1-9). Esferas de sustento missionário
O apoio missionário é um
investimento espiritual que Deus credita na conta dos doadores.
Como os missionários devem ser financeiramente apoiados no seu trabalho?
Os missionários precisam de
dinheiro para pagar pela alimentação, moradia e outras necessidades. Lembrando
que os casados e com filhos possuem necessidades ainda maiores.
A sustentação financeira aos
missionários precisa ser sistemática, pois as necessidades dos obreiros são diárias.
Não é suficiente enviar ofertas esporádicas. A contribuição precisa ser
metódica, suficiente e contínua.
Deus recebe a oferta que
oferecemos aos missionários e compro[1]mete-se
a abençoar-nos e suprir todas as nossas necessidades.
Por toda a Bíblia, Deus ordenou
que os que tivessem um ministério de tempo integral fossem sustentados pelo
povo de Deus. Isso está demonstrado nas orientações dadas aos sacerdotes (Nm
18.1-20) e levitas (Nm 18.21-32); nas instruções de Jesus aos discípulos (Mt
10.9,10); e pelas suas palavras quando diz que “ digno é o obreiro de seu
salário” (Lc 10.7). O apóstolo Paulo também escreve: “Assim ordenou também o
Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co. 9.14). Uma
exposição mais profunda pode ser encontrada com clareza nos seguintes textos: 1
Crônicas 29.14-17 e Êxodo 35.4-9.
A responsabilidade da igreja Cabe
à igreja que envia assumir a responsabilidade financeira com o missionário. Tal
compromisso deverá ajustar-se ao seu suporte econômico previamente, tendo
realizado o exame criterioso dos custos da obra a ser desenvolvida, tais como:
transporte do missionário até o local da atuação da obra; instalação do
missionário com a sua família; respaldo até que a obra adquira condições de
autossustentar-se e dar assistência ao obreiro em todas as áreas da sua vida. O
sustento missionário inclui alimento, vestuário, moradia, educação e saúde dele
e da esposa e filhos.
Antes, porém, de qualquer início de atividade, a igreja deve fazer os
cálculos, conforme o ensino de Jesus (Lc 14.28). E necessário um estudo sobre o
padrão de vida do país para onde vai ser enviado o missionário, a fim de que a
igreja possa enviar o suficiente para o sustento dele.
É prudente que, previamente, seja
estabelecido um contrato entre a igreja e o missionário, estabelecendo todas as
tratadvas acordadas com o missionário e a sua família antes do envio dos mesmos
(Mt 5.37).
Na realidade, são os crentes,
membros e obreiros da igreja que apoiam os missionários com as suas
contribuições, através da secretaria ou Departamento de Missões da igreja.
Diante dessa realidade, a igreja ora, intercede e acompanha o seu trabalho
através de relatórios escritos e por meio de testemunhos de outros que visitam
o missionário no campo. Esses responsáveis pelo sustento e pelo apoio
espiritual devem entender também que a situação é muito diferente fora do seu
convívio. Se não houver essa confiança, corre-se o risco de o trabalho no campo
missionário não desenvolver ou sofrer solução de continuidade.
II - PRINCÍPIOS básicos a cerca do sustento MISSIONÁRIO PELA
IGREJA
Princípios espirituais em relação
à contribuição missionária, exarados na Palavra de Deus:
Ia) A
contribuição missionária é individual: “ Cada um [...]” (2 Co 9.7);
2a) A
contribuição missionária é voluntária: “ [...] propôs no seu coração [...]” (2
Co 9.7);
3a) A
contribuição missionária envolve o sentimento: “ [...] dá com alegria” (2 Co
9.7);
4a) A
contribuição missionária é sistemática: “No primeiro dia da semana [...]” (1 Co
16.2);
5a) A
contribuição missionária é proporcional: “ [...] ponha a parte o que puder
ajuntar, conforme a sua prosperidade [...]” (1 Co 16.2).
6a) O investimento material resulta em
bênçãos espirituais (1 Co 9.11; Rm 15.27).
O escritor Roger Greenway (1934 2016)
cita alguns princípios básicos sobre o sustento missionário a partir de
Filipenses 4.10-20, NAA:
10.
Fiquei muito alegre no Senhor porque, agora, uma vez mais, renasceu o cuidado
que vocês têm por mim. Na verdade, vocês já tinham esse cuidado antes, só que
lhes faltava oportunidade.
11.
Digo isto, não porque esteja necessitado, porque aprendi a viver contente em
toda e qualquer situação.
12. Sei
o que é passar necessidade e sei também o que é ter em abundância; aprendi o
segredo de toda e qualquer circunstância, tanto de estar alimentado como de ter
fome, tanto de ter em abundância com o de passar necessidade.
13.
Tudo posso naquele que me fortalece.
14. No
entanto, vocês fizeram bem, associando-se comigo nas aflições.
15. E
como vocês, filipenses, sabem muito bem, no início da pregação do evangelho,
quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou com igo nessa questão de
dar e receber, exceto vocês, somente.
16.
Porque até quando eu estava em Tessalônica, por mais de uma vez vocês mandaram
o bastante para as minhas necessidades.
17. Não
que eu esteja pedindo ajuda, pois o que realmente me interessa é o fruto que
aumente o crédito na conta de vocês.
18.
Recebi tudo e tenho até de sobra. Estou suprido, desde que Epafrodito me
entregou o que vocês me mandaram, que é uma oferta de aroma agradável, um
sacrifício que Deus aceita e que lhe agrada.
19. E o
meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, tudo
aquilo de que vocês precisam.
20. A nosso Deus e Pai seja a glória para todo o sempre. Amém!
1. O suporte aos missionários deve ser feito
de modo organizado.
O apóstolo Paulo, algumas vezes,
sofreu carência de sustento por[1]que
algumas igrejas ou ignoravam suas necessidades, ou não tinham em mãos os meios
de fazer a ajuda chegar até o apóstolo (Fp 4.10).
2. 0 sustento deve ser coletado nas igrejas e entregue aos
missionários de um modo eficiente e responsável.
As
igrejas devem enviar o sustento diretamente aos missionários, regularmente,
dessa forma, os missionários não sofrem necessidades quando as igrejas fazem
bem o seu trabalho.
3. 0 sustento de
missões ê uma resposta voluntária dos fiéis que, em gratidão a Deus pela
salvação, apoiam a proclamação do evangelho.
Os
filipenses voluntariamente davam os seus presentes para sustentar o missionário
a quem amavam. Eles não estavam pagando uma “taxa” ou tentando ganhar o favor
de Deus.
4. 0 sustento era
mais do que o básico, era amplo. “
Recebi tudo e tenho abundância” , disse Paulo
(Fp 4.18). Eles enviaram um dos seus membros, Epafrodito, para entregar as
doações e também para ficar com Paulo, ajudando-o.
5. 0 sustento de missões deve serfeito, no
decorrer dos anos, de um modo constante.
Paulo
elogiou os Filipenses pelo seu apoio fiel e constante (Fp 4.16).
Outras igrejas, algumas vezes, ignoraram as suas necessidades (Fp 4.15),
mas Paulo podia contar com os fiéis filipenses. Os missionários dependem da
fidelidade dos fiéis em quem eles confiam, ano após ano, para o seu apoio em orações
e doações.
III - APRENDENDO A INVESTIR NA
OBRA MISSIONÁRIA
1. Igreja de Filipos x Igreja de Corinto
A Bíblia Sagrada fala mais sobre
o relacionamento com o dinheiro do que muitos outros assuntos julgados vitais
para uma vida cristã saudável. De acordo com o Ministério Crown, existem 215
versículos no Novo Testamento sobre fé; 218 versículos sobre salvação e, em
toda a Bíblia, 2.350 versículos sobre finanças.
Ao
contrário da igreja de Corinto, a igreja de Filipos era generosa (Fp 4.15-19).
Ela enviava oferta quando Paulo mais precisava. Este agradecia a Deus,
declarando que essas ofertas eram “ como cheiro de suavidade e sacrifício
agradável e aprazível a Deus” (Fp 4.16,18).
Os crentes filipenses compreendiam de forma plena a importância da
contribuição financeira em favor da obra missionária (G1 6.6; Rm 15.25-28; 1 Tm
5.18; 1 Co 9.9-14).
A igreja de Filipos tinha o
coração maior do que o bolso. Eles davam não do que sobejava, mas das suas próprias
necessidades. Eles ofertavam sacrificialmente. Eles eram pobres, mas
enriqueciam a muitos. Eles nada tinham, mas possuíam tudo. Eles olhavam a
contribuição não com o um peso, mas como uma graça, com o um dom imerecido de
Deus (2 Co 81). Eles não apenas davam com generosidade, mas também com
sacrifício (2 Co 8.2), pois ofertavam não apenas segundo as suas posses, mas
voluntariamente ofertavam acima delas (2 Co 8.3) . Eles ofertavam não apenas
para Paulo, o plantador da igreja, mas também para irmãos pobres que eles
jamais tinham visto (2 Co 8.4) . Eles deram não apenas dinheiro, mas a eles
mesmos (2 Co 8.5).
Hoje não é diferente, pois a
oferta que oferecemos para o sustento missionário, o Senhor certamente a recebe
com alegria. Esse ato é que nos dá a certeza de que Ele suprirá todas as nossas
necessidades (Fp 4.19).
Contudo, o apóstolo Paulo ensinou
a igreja de Corinto que contribuir para a obra missionária é um investimento
espiritual que Deus credita na conta dos doadores (Fp 1.19-20; 2 Co 9.6; G1
6.7-9). “Deus ama a quem dá com alegria” (2 Co 9.7); “Mais bem-aventurada coisa
é dar do que receber” (At 20.35); “ Dai, e ser-vos-á dado” (Lc 6.38); “ Quando,
pois, deres [...]” (Mt 6.2).
Ao
tratar sobre a contribuição financeira na igreja, o pastor Antonio Gilberto, na
Bíblia de comentário que leva o seu nome (CPAD), passa em revista seis
ensinamentos essenciais relacionadas à motivação para a contribuição. São eles:
1. A
consagração pessoal a Deus (2 Co 8.1,5). Já vimos que o ponto de partida para o
crente ser fiel no tocante aos dízimos e ofertas para Deus é de primeiramente dar-se
totalmente ao Senhor. Geralmente todo fiel dizimista e contribuinte não se
intromete na vida dos outros, pelo fato de estar muito ocupado com a sua, no
sentido de querer em tudo agradar ao Senhor.
2. A
graça divina para dar (2 Co 8.6). A contribuição financeira para Deus é chamada
de graça. Uma graça divina recebida para sso. Isto é muito maravilhoso! O
leitor conhece este lado espiritual da contribuição? A graça de contribuir com
alegria, com abundância, e com perseverança para Deus? O termo original é
charis, o mesmo usado quando se trata da graça de Deus, como em At 14.26;
Tt2.11;eJo 1.14,16-17.
3. O
exemplo de Jesus (2 Co 8.9). “ Sendo rico, por amor de vós se fez pobre” . Aqui
pensamos no trono de glória com o Pai, mas também na manjedoura, no monte da
tentação, cansado junto à fonte de Jacó, pedindo água à Samaritana, traído por
Judas, preso pelos soldados, julgado pelo Sinédrio, enfrentando a vergonha da
cruz, e morrendo desamparado. Ele se fez pobre por nós! A manjedoura foi-lhe
cedida, o jumentinho não era seu, nem também o túmulo em que foi sepultado. Eis
o exemplo de Cristo a dar! Esta é uma profunda motivação para todos nós.
4. A
opinião de Jesus sobre nós (Mt 12.41). Aqui há um fato que deve prender a nossa
atenção sobre os motivos que levam uma pessoa a contribuir. Jesus “ observa a
maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro” . Ele estava “vendo”
os motivos interiores de cada um.
5. A
experiência dos discípulos de Jesus (At 2.44-45; 4.34). Aqui está a grande
motivação para darmos a Deus do que Ele nos tem dado. Eles tinham visto a
maneira como Jesus dava de si, socorrendo a todos que o buscavam. As igrejas
que eles fundaram, como vemos em Atos e nas Epístolas, foram por eles ensinadas
a contribuir sistematicamente e a socorrer os necessitados.
6.
Reflexões motivantes à contribuição. Duas coisas mínimas, Deus requer do homem:
1 / 7 do seu tempo para seu descanso e ao mesmo tempo adorar ao Senhor na sua
casa. Entre os judeus esse dia era o sábado. Para nós, cristãos, esse dia é o
domingo - o dia do Senhor, porque nele o Senhor ressuscitou. A outra coisa
mínima que o Senhor requer do homem é 1/10 da sua renda.
A lei universal da colheita é: tudo
que semearmos também colheremos. Esse princípio também se aplica à colheita
espiritual, como revela o apóstolo Paulo aos Gálatas 6.6-10. No versículo 7,
ele adverte: “ Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o ho[1]mem
semear, isso também ceifará” . Nesta vida, há tempo de plantar e tempo de
colher. E colhemos aquilo que semeamos!
Esse mesmo princípio é válido com relação aos dons, às ofertas e aos
dízimos que semeamos na obra de Deus. Se você contribui de maneira liberal, com
o melhor que lhe é concedido por Deus, terá uma colheita abundante. Entretanto,
se contribui apenas quando acha conveniente ou somente com uma pequena porção
das bênçãos que Deus tem derramado sobre a sua vida, terá uma colheita comum. A
sua colheita será proporcional à quantidade de sementes que você lançar ao
solo. Paulo exortou os gálatas a retirar das bênçãos concedidas por Deus uma
oferta para os mestres que compartilhavam o evangelho com eles (G16.6).
Repartir, do grego koinoneo, “compartilhar com ” , traduzido como “ser
participante de” (Rm 15.27; 1 Tm 5.22; Hb 2.14; 1 Pe 4.13; 2Jo 11); “
comunicar” e “ distribuir” (Rm 12.13; G1 6.6; Fp 4.15). Refere-se ao suporte
material do ministério.
A
contribuição é uma semeadura, e o dinheiro é uma semente. A sementeira que se
multiplica é a que semeamos, e não a que comemos. Quando semeamos com
abundância, colhemos com abastança. Podemos escolher o que vamos semear, mas
não podemos escolher o que quisermos. Só podemos colher o que semeamos. Sob a
Antiga Aliança, os sacerdotes e levitas que serviam e ministravam aos
israelitas eram sustentados pelos dízimos e pelas ofertas do povo. Sob a Nova
Aliança, Deus também ordenou que os ministros do evangelho fossem sustentados
pelos dízimos e pelas ofertas espontâneas dos que recebem a ministração e o
ensino da Palavra.
O apóstolo Paulo disse à Igreja
em Corinto: “Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que
é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar participam do altar?
Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do
evangelho” (1 Co 9.13,14). Aconteça o que for, não se canse de fazer o bem, de
contribuir para a obra do Senhor, nem de lançar sementes no Reino de Deus,
sustentando pastores, mestres, evangelistas, missionários e ministérios que
pregam e ensinam a Palavra de Deus com demonstração de poder e unção do Senhor.
Não desanime! O Senhor promete:
você irá colher se não desanimar. O tempo de sua colheita está chegando. Paulo
afirmou que o cristão colherá no tempo próprio. E este é o tempo que Deus
designou para que você tenha uma grande colheita!
2. Tendo consciência de nosso
dever
Depois de lembrar aos Coríntios a lei da colheita espiritual (2 Co 9.6),
que estabelece que a pessoa colhe na proporção do que semeia, Paulo ensinou-lhes
como ofertar (v. 7): “ Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com
tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” . Você dá
(contribui) com alegria? Deus deseja que entreguemos nossos dízimos e ofertas
de maneira espontânea, e não por considerá-los um dever ou por sentirmo-nos
forçados a contribuir, mas porque o amamos. O Senhor não quer que você
contribua apenas com a razão, mas também com o coração.
Se você investe na obra
missionária de maneira espontânea, de acordo com a vontade de Deus, lançando
sementes, as promessas de bênção e prosperidade serão cumpridas em sua vida.
No versículo 8, Paulo não se referiu apenas às bênçãos espirituais, mas
também às temporais. Deus promete derramar as suas bênçãos em nossa vida com
tal abundância que de nada teremos falta se formos fiéis em nossas ofertas.
Experimentaremos um fluxo constante das bênçãos do Senhor, tendo o bastante não
apenas para suprir todas as nossas necessidades, como também para contribuir
ainda mais com a obra missionária.
3. Pessoas financiando a obra
divina
Na
segunda metade do século X X , uma expressão latina ganhou espaço nos círculos
missionários: Missio Dei, que significa “ Missão de Deus” .
A missão, ou Missio Dei (corretamente compreendida), é, antes de ser
missão da igreja, missão de Deus e feita pelo próprio Senhor. A igreja neste
mundo é apenas um canal para que o evangelho seja levado por Deus aos perdidos.
O Senhor não precisava da igreja para tal, mas Ele escolheu e decretou para que
seja assim. Segundo Analzira Nascimento: “pensar a missão a partir da Missio
Dei (nos mostra que) o protagonista da missão não é mais a agência missionária,
ou a igreja local ou o missionário, mas o próprio Deus”.
Aqueles que se dedicam à obra missionária, tendo sido reconhecidos pela
igreja, devem ser sustentados pela mesma (G1 6.6; Rm 15.25- 28; 1 Tm 5.18; 1 Co
9.9-14). A obra da evangelização dos povos é a tarefa mais importante da
Igreja. O desejo de Deus não é outro senão a salvação de todos os povos (Mc
16.15; Mt 28.16-20).
Deus tem pessoas específicas para enviar (At 13.1-3). Nem todos podem
ir, mas todos podem orar e contribuir. A ação de contribuir para o sustento
missionário é uma disposição individual gerada em cada um pela ação do Espírito
Santo e assumida interiormente como importante e indispensável.
Devemos contribuir para o sustento da obra missionária, haja vista a
nobre tarefa desenvolvida pelos missionários. Em Lucas 4.18, Jesus mostra a
missão que Ele veio fazer (pregar as Boas Novas aos pobres, proclamar liberdade
aos presos, libertar os oprimidos). “Um missionário’ por sua vez, é uma pessoa
que tem uma missão, que tem um objetivo, que tem algo bem específico para fazer,
e que ninguém pode fazer. Então, vale a pena porque estamos entendendo a voz de
Deus e fazemos aquilo que Ele nos pediu, para estabelecer Seu Reino aqui na
Terra.”
Em Lucas 8.1-3, um grupo de
mulheres acompanhava Jesus e servia-o com os seus bens, ou seja, sustentava os
missionários, Jesus e os seus discípulos materialmente.
Por que as pessoas contribuem
para o sustento da obra missionária?
1. As pessoas contribuem quando estão bem-informadas sobre o projeto
missionário a ser realizado.
2. As pessoas contribuem porque creem que as suas ofertas vão mudar
vidas. Além disso, eles devem crer que: A sua vida vai ser mudada; que os não
salvos vão ser alcançados com o evangelho; que a igreja vai ser fortalecida,
edificada e encorajada e que a vontade e a obra de Deus vão ser realizadas.
3. As
pessoas contribuem porque são valorizadas e sentem-se participantes da missão.
Os mantenedores têm que se sentir parte da viagem missionária tal como a pessoa
c[ue vai viajar.
4. As
pessoas contribuem porque acreditam que o missionário está completamente
comprometido, entusiasmado, confiante e animado com o projeto.
Missão envolve ajuda humanitária
também: comida, remédios, escola... A sua contribuição tem levado paz para o
presente de outras pessoas e esperança de um futuro melhor. Separar uma quantia
mensal para missões é semear em terra fértil.
Nossos dízimos e ofertas são uma maneira de reconhecermos a soberania de
Deus em nossa vida. A vontade de Deus é a salvação dos perdidos da terra (1 Tm
2.4). Para que essa meta seja alcançada, Deus conta com cada um dos seus
filhos, com todos os seus dons e talentos.
Deus
prepara e responsabiliza os in[1]divíduos
para contribuírem financeira e espiritualmente para sustentarem a obra de
missões. Com o o grande missionário Hudson Taylor (1832—1905) disse: “A obra de
Deus feita no tempo de Deus nunca terá falta do sustento de Deus” .
«A OBRA DE DEUS É FEITA SEGUNDO
A VONTADE DE DEUS, JAMAIS
TERÁ FALTA DOS RECURSOS DE DEUS"
(HUDSON TAYLOR, PRECURSOR
DA EVANGEUZAÇÁO DA
CHINA).
Investir em missões é investir em
vidas. Vidas sendo salvas pelo Senhor Jesus. Não é possível realizar missões
sem dinheiro. Contribuir com missões é ajuntar tesouros no Céu (Mt 6.20). O que
você tem feito em favor da obra missionária? Você pode orar, contribuir ou ir.
Os missionários e os obreiros em geral são sustentados financeiramente
pela igreja. A fonte ou origem desses recursos é a própria igreja. Foi Deus
quem estabeleceu que o crente contribuísse para que o seu povo tenha os
recursos suficientes para a expansão do evangelho e manutenção da obra do
Senhor.
Caso você ainda não seja um mantenedor da obra missionária, decida
começar hoje. Invista em missões!
AVIVA A TUA OBRA – O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder
de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário