CPAD : Até os Confins da Terra – Pregando o Evangelho a todos os Povos até a Volta de Cristo
| Lição 12: O Modelo de Missões da Igreja de Antioquia
I - A IGREJA NASCEU EM UM CONTEXTO DE PERSEGUIÇÃO
A
palavra perseguição vem do latim per, “ através” , e segui, “ seguir” , que dá
a ideia de algo que nos segue opressivamente, correndo atrás de nós, alguma
severa ou sistemática opressão. O original latino fala sobre o caçador que
segue após a sua vítima, com intenção de prejudicá-la ou matá-la. A perseguição
geralmente é uma tentativa constante e, por muitas vezes, sistemática, para
eliminar ou prejudicar o indivíduo perseguido. Pode empregar ou não meios
violentos. A perseguição pode ser mental. Pode envolver o ostracismo social. E,
quando os costumes sociais assim o permitem, a perseguição pode tornar-se
violenta.
Vejamos uma síntese histórica com
relação à perseguição cristã. Paulo fora um grande perseguidor antes da sua
conversão. E assim sucedeu que, depois, ele passou a ser o grande perseguido. O
livro inteiro de Atos demonstra o fato.
1. A perseguição contra Estêvão, o primeiro
mártir
Estêvão foi o primeiro mártir cristão. E os agentes da perseguição foram
os membros do Sinédrio, o mais alto corpo religioso e judicial de Israel (At
7.52).
Os justos de qualquer época são alvos da perseguição movida por
indivíduos injustos (Hb 11.38; 1 Jo 3.12). O próprio Jesus predisse que os seus
seguidores sofreriam muitas perseguições e aflições (Mt 5.11,44; Lc 11.48; M c
4.17;Jo 15.20).
Os
sofrimentos e a morte de Jesus são conspícuos exemplos nas páginas do Novo
Testamento, com bases religiosas e políticas Jo 10.24ss; 19.12ss), como
exemplos de trechos neotestamentários que falam sobre a questão. Tanto os
judeus quanto os romanos tiveram participação ativa na perseguição contra
Jesus. Ele era tanto uma ameaça aos olhos dos religiosos judeus, como também
uma alegada ameaça contra o poder político de Roma.
2. A igreja foi dispersada
Os
primeiros discípulos de Jesus, incluindo os apóstolos, foram per[1]seguidos
e mortos (At 3 e 4; 6 e 7; 12).
O
apóstolo Paulo foi um caso especial (At 9.1-9; Fp 3.6; 1 Co 15.32; 2 Co
11,23ss). Ele foi perseguido pelos judeus, mas também por quem se dizia
cristão, conforme se vê em vários textos de 2 Coríntios 11.
A
igreja em Esmirna tipifica a Igreja cristã antiga, que começou a ser
oficialmente perseguida pelo Império Romano (Ap 2.9). O versículo 13 desse
capítulo provavelmente se refere ao culto ao imperador (os imperadores romanos
chegaram a ser adorados com o deuses), e os que não quisessem participar dessa
forma de culto eram perseguidos.
As
perseguições dos gnósticos contra a corrente principal da Igreja apostólica são
evidentes na história, tendo sido mencionadas em 3 João 9ss.
Durante e após a Era Apostólica,
dez imperadores romanos estiveram envolvidos nas perseguições contra o
cristianismo, um período de terror que se prolongou até os dias de Constantino,
já no começo do século IV d.C. Nero foi o principal perseguidor imperial da
Igreja, ainda no tempo dos apóstolos. Foi ele o responsável pelo martírio de
Pedro e de Paulo.
O
relato de Lucas-Atos foi escrito em parte com o intuito de convencer as
autoridades romanas a aceitar o cristianismo como uma fé legítima, e não com o
uma traição contra o Estado. Porém, esse propósito de Lucas não teve bom êxito,
tendo-se seguido vários séculos de perseguições e matanças contra os cristãos.
O imperador Nero foi quem deu o exemplo, acusando falsamente os cristãos de
terem incendiado a cidade de Roma no ano 64 d.C. Em uma falsa retaliação,
conforme o historiador romano Tácito informa-nos, muitos cristãos foram
torturados ou mesmo mortos. Estes foram o dez imperadores romanos
perseguidores: Nero, Dom iciano, Trajano, M arco Aurélio, Severo, Maximino,
Décio, Valeriano, Aurélio e Diocleciano.
Este, o último deles, reinou de 284 a 305 d.C. Mas, quando Constantino
converteu-se ao cristianismo, mediante uma visão, as perseguições contra os
cristãos cessaram no com eço do século IV d.C. Constantino governou entre 272 a
337 d.C.Juliano, o Apóstata (governou entre 361 a 363 d.C.), renovou as
perseguições, mas em muito menor escala, demitindo cristãos dos seus postos
oficiais e proibindo-os de ensinar os clássicos. Esse imperador tentou
restaurar o paganismo e restabelecer as tradições antigas, só que os resultados
dos seus esforços não perduraram após a sua morte.
É
impossível alguém possuir qualquer grau de santidade e não sofrer oposição por
parte de um mundo hostil (2 Ts 3.12). Existe a “ofensa da cruz” (1 Co 1.23). A
missão remidora de Cristo necessariamente inclui muitos sofrimentos. Ora,
participamos dos seus sofrimentos, em razão de nossa união espiritual com Ele
(Cl 1.24). A missão de Cristo (trazer os homens de volta a Deus) é
compartilhada por nós, e essa missão requer grande dose de sofrimento e
sacrifício. Portanto, passamos por certo sofrimento na tentativa de cumprir
nossas respectivas missões.
Ao escrever a sua Segunda
Epístola a Timóteo, mais precisamente no capítulo 3, versículos 10 e 11, o
apóstolo Paulo fala sobre o exemplo de resistência que ele mesmo fixou:
Tu,
porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé,
longanimidade, caridade, paciência, perseguições e aflições tais quais me
aconteceram em Antioquia, em Icônio e em Listra; quantas perseguições sofri, e
o Senhor de todas me livrou.
Esses exemplos de perseguições e
aflições que Paulo suportou foram tirados da primeira viagem missionária do
apóstolo à região da Ásia Menor, onde Timóteo morava. O jovem Timóteo pode ter
sido testemunha ocular de algumas dessas perseguições e aflições, ocorridas,
talvez, antes de ele converter-se a Jesus.
Paulo está convencido de que não há caminho fácil para os filhos de
Deus: “ E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão
perseguições” (2 Tm 3.12). Jesus declarou que a cruz seria inevitável para quem
o seguisse, e assim sempre tem sido. Pode[1]mos ser cristãos
nominais sem sofrer muitos inconvenientes. Mas os que querem ser cristãos
genuínos tem de pagar o preço inevitável do sofrimento, embora tenham a
garantia do poder libertador de Deus.
Nesse versículo, Paulo diz a
Timóteo que os que obedecem a Deus e vivem para Cristo serão perseguidos. Não
fique surpreso quando as pessoas lhe entenderem mal, criticarem e até tentarem
feri-lo por causa daquilo em que você crê e do m odo com o vive. Não desista!
Continue a viver da maneira que você sabe que um cristão deve viver. Deus é o
único a quem você precisa agradar. 3. A
perseguição cristã é um a realidade
O pastor Antonio Gilberto lembra
que o sofrimento, a perseguição e a tribulação são inevitáveis na vida do cristão;
fazem parte da vida cristã (1 Ts 3.3). O sofrimento na vida cristã pode ser
mensurado desde a feição mais comum com o a caçoada, a crítica mordaz, o
desprezo pelos amigos, pelos conhecidos e pelos membros da própria família.
Podem ser também o ostracismo, a perda de amigos, a perda de emprego, um
prejuízo financeiro, ou prejuízo educacional, boicote nos negócios e queda na
produção; podendo chegar a maus tratos pessoais, violências, ofensas,
sofrimento físico, agressão física, destruição de bens, de propriedades
(culturas, animais, benfeitorias, etc.), pressão e até morte.
A perseguição aos cristãos está
aumentando em muitas partes do mundo. De acordo com os dados da Lista Mundial
da Perseguição 2022, fornecidos pela Missão Portas Abertas, “mais de 360
milhões de cristãos no mundo enfrentam algum tipo de oposição como resultado da
identificação com Cristo” . Eles são objetos de discriminação em alguns lugares
e em outros são presos, torturados e mortos, as suas igrejas e casas são
queimadas, e as suas carreiras, arruinadas.
As crianças cristãs são tomadas
dos seus pais. Os líderes da igreja, missionários e evangelistas são, geralmente,
alvo especial de perseguição (1 Co 4.11-13).
Devemos reconhecer que aqueles que confessam a fé em Cristo pagam um
alto preço nos lugares onde os cristãos são minoria e onde a oposição ao
cristianismo é forte (Mt 5.9-12). Por essa razão, devemos orar por eles sem
cessar (1 Ts 5.17).
II - A PERSEGUIÇÃO CRISTÃ NA ATUALIDADE
Julgo oportuno citar a diferença
entre sofrimento e perseguição, segundo a Missão Portas abertas:
Sofrimento implica todos os esforços e
sacrifícios inerentes ao cumprimento da missão cristã em qualquer lugar onde o
cristão viva. Ou seja, todos os cristãos envolvidos na vida da igreja podem se
considerar “cristãos sofredores” . O sofrimento também pode vir de situações
variadas de angústia, com o doenças, questões familiares, problemas financeiros
etc. Então dizemos que é sofrimento quando tais situações não são resultado
direto de professar a fé cristã. Perseguição implica todos os tipos de
injustiça, de maus tratos e desrespeito aos direitos humanos com o objetivo de
impedir a proclamação do evangelho, seja por parte de um indivíduo, seja de um
grupo ou comunidade. Resumindo, “sofrimento” é uma afirmação passiva, enquanto
“per[1]seguição”
é uma afirmação ativa. E por isso que nós escolhemos falar sobre “ os cristãos
perseguidos” ou a “ Igreja Perseguida” , e decidiu-se deixar de usar as
expressões “ cristãos sofredores” ou “ Igreja Sofredora” no contexto do
ministério da Portas Abertas. O foco da Portas Abertas é apoiar a parte do
corpo de Cristo que é perseguida. E por isso que quando a Portas Abertas é
solicitada a atender cristãos que estejam sofrendo, mas não vivendo sob
perseguição, ela busca o contato com alguma outra missão ou organização voltada
a atender aquele tipo de fonte de sofrimento. Reconhecendo, assim, a
importância de que irmãos que estejam sofrendo recebam a ajuda adequada.
O pastor Olinto de Oliveira, na
obra Missões: a Hora Chegou (CPAD), comenta que perseguição, de forma
generalizada, pode ser definida como o “ ato de assediar, oprimir, dificultar
ou negar os direitos de ir e vir; torturar e /o u executar pessoas com base em
diferenças de etnicidade, postura política ou crença religiosa” .
A perseguição é mencionada na Bíblia Sagrada tanto no Antigo como no
Novo Testamento (Gn 4.3-7; Dn 6;Jo 15.18-21; Mt 23.34- 37; Mt 24.9; 2 Co
11.23-27).
A igreja tem sido perseguida quase desde a sua fundação. Com o seu
rápido crescimento, com muitas conversões depois do dia de Pentecostes, os
líderes religiosos dos judeus sentiram-se ameaçados. Eles começaram a perseguir
os apóstolos, que lideravam a igreja, depois prenderam e mataram Estêvão, o
primeiro mártir cristão (At 7.57-59). Depois da morte de Estêvão, toda a igreja
passou a ser perseguida. Mais tarde, a perseguição veio também da parte dos
romanos e de outros povos. Desde então, têm sempre existido cristãos
perseguidos por causa da sua fé em Cristo. Apesar disso, o evangelho espalha-se
cada vez mais (At 4.29-31).
Vejamos o trecho da 1 Pedro
4.12-16, escrita em contexto de intensa perseguição ao evangelho:
Amados, mão estranheis a
ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, com o se coisa estranha vos
acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de
Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.
Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre
vós repousa o Espírito da glória de Deus. Que nenhum de vós padeça com o
homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou com o o que se entremete em negócios
alheios; mas, se padece com o cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a
Deus nesta parte.
Paulo
compartilha com Timóteo que, apesar de estar preso, a Palavra de Deus não está
algemada (2 Tm 2.8-10):
Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da
descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho; pelo que
sofro trabalhos e até prisões, com o um malfeitor; mas a palavra de Deus não
está presa. Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles
alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna.
1. Em muitos lugares, ser cristão é perigoso
O
século X X teve início com a chamada Rebelião dos Boxers na China, e essa
rebelião levou à morte de mais missionários protestantes do que qualquer outra
crise na história — uma crise que, de alguma forma, foi um prenuncio do
restante do século.
A pressão e a perseguição dos
cristãos, bem com o o controle das igrejas por um sistema estatal de ideologia
comunista,
é consequência de
uma ‘dinâmica de poder” social que normal[1]mente representa uma
visão de mundo que tem uma reivindicação de superioridade sobre outras visões
de mundo. [...] A chave para controlar as igrejas é um sistema rígido de
registro e monitoramento do Estado. Esse sistema ainda pode ser usado em países
após a queda do comunismo, como é o caso na Ásia Central. Embora dependa de uma
combinação de pressão e violência, a violência geralmente não é particularmente
visível nesse sistema porque seu controle sobre a igreja é completo e firme.
Desde os atentados de 11 de setembro
de 2001 contra os Estados Unidos, a violência e o radicalismo de matriz
muçulmana têm aumentado. Isso tem, sim, uma base doutrinária forte, porque o
Alcorão tem 118 passagens que estimulam a morte dos infiéis, ou seja, os que
não seguem o Islã — particularmente, os judeus e os cristãos. Nos países
muçulmanos, a lei islâmica proíbe a conversão de um muçulmano para outra
religião. Os casos de maus tratos são bastante numerosos, pois, nesses países,
pela lei, um muçulmano que se converte ao cristianismo é passível de pena de
morte e, quando isso não acontece, há aprisionamentos, torturas e pesadas
multas (Mt 5.10-12).
Quando os cristãos ao redor do mundo têm os direitos nega[1]dos,
por escolherem seguir a Jesus, eles se tornam vulneráveis a hostilidades em
diferentes esferas da vida: na vida privada, na família, comunidade, na nação e
na igreja. Isso faz com que eles sejam considerados cristãos perseguidos e
pertençam à Igreja Perseguida. [...]
A perseguição também pode depender da
região do país onde vivem os cristãos. Áreas dominadas pelos muçulmanos em
países de maioria cristã podem exercer uma forte pressão sob os cristãos, até
mesmo cometer atos de violência contra eles, mesmo que o país seja de maioria
cristã.
2. Coréia do Norte: a nação
mais fechada ao evangelho
Segundo
a classificação do portal Missão Portas Abertas, em primeiro lugar em
perseguição mundial, a Coréia do Norte é apontada como a nação mais fechada
para o evangelho desde o início deste século. Nestes últimos anos, o país
norte-coreano teve três milhões de pessoas mortas pela fome. É um quadro
desastroso. E, ao mesmo tempo, a perseguição religiosa é extrema. Infelizmente,
a Coréia do Norte é uma vítima de uma tirania que arruinou a nação, tendo os
cristãos sob intensa e horrorosa tortura. Por esse, e muitos outros motivos, a
igreja mundial deve orar e se interessar pela Coréia do Norte. Imagine o que é
fazer a obra missionária num país com o a Coréia do Norte? Há muitos
missionários que se arriscam para levar o evangelho para os norte-coreanos.
III - CO M O AJUDAR A IGREJA
PERSEGUIDA
1. Conhecer a gravidade da situação
Para
muitas pessoas no mundo atual, converter-se ou não renunciar à sua fé significa
oposição, abandono ou até violência da família, perda de emprego, perda de
bens, perda de direitos básicos, exílio, prisão, tortura, mutilação e morte.
Existem algumas maneiras pelas quais podemos ajudar a Igreja Perseguida.
Primeiramente devemos orar pelos
cristãos perseguidos. Sabemos que a oração feita por um justo pode muito em
seus efeitos (Tg 5.16). Ore para que tenham coragem e não desanimem; ore também
por proteção das suas vidas, as suas famílias e as suas comunidades (Ef
6.19-20). Ore pelos perseguidores, pois eles também precisam de Jesus!
Ore para que se arrependam e
convertam-se, como o apóstolo Paulo. Pesquise mais sobre a Igreja Perseguida,
transmitindo essas informações para mais pessoas, a fim de que todos possam
ajudar. Seja solidário aos crentes perseguidos, através de ajuda financeira,
além das suas orações. Lembre-se sempre de que o amor de Cristo vence todo ódio
e toda perseguição (Rm 8.35-39).
Mais do que nunca, nós,
brasileiros, devemos ser muito gratos ao Senhor pela liberdade de culto que
ainda desfrutamos em nossa pátria (SI 33.12-22). No Brasil, dia 7 de janeiro, é
o Dia da Liberdade de Culto. A data reforça que todos os brasileiros podem
exercer as suas crenças de forma livre, sem sofrer perseguições:
Na Constituição Federal de 1988, o artigo 5o,
inciso V I diz: “ É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da
lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias” . O artigo 18 da
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), afirma [...]: “Todo ser
humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse
direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular” .
À guisa de sugestão, uma das maneiras de motivar e engajar a igreja
local na ajuda à Igreja Perseguida é estabelecer o Domingo da Igreja Perseguida
(DIP). “
O que é o Domingo da Igreja Perseguida (DIP)?
O Domingo da Igreja Perseguida (DIP) é um
movimento de ora[1]ção
em favor dos cristãos perseguidos idealizado pelo Irmão André, fundador da
Portas Abertas. Atualmente, estima-se que mais de 360 milhões de cristãos
enfrentam algum tipo de perseguição. O DIP acontece no Brasil desde 1988 e tem
como objetivo servir aos cristãos perseguidos por meio da oração e contribuição
para fortalecê-los em meio a adversidades, além de conscientizar a igreja
brasileira a respeito da hostilidade enfrentada por nossos irmãos e irmãs.
Milhares de igrejas do Brasil participam do DIP por entenderem que um dos
papéis fundamentais que exercemos com o igreja, em um país livre, é interceder
por nossos irmãos perseguidos, que não desfrutam da mesma liberdade de adorar sem
medo.
Como é possível participar do DIP?
A participação da sua igreja no DIP consiste
em um compromisso de mobilizar os membros para orar e agir em favor dos
cristãos presos nos países da Lista Mundial da Perseguição. Esse tempo dedicado
à Igreja Perseguida pode acontecer antes, durante ou após o culto. Cada igreja
local decide o formato que o DIP terá.
A data da realização do DIP pode variar a cada ano, pois acontece no
domingo após o Pentecostes. Isso porque o relato bíblico de Atos 4 marca o
início da perseguição aos cristãos logo após a descida do Espírito Santo, com a
prisão de Pedro e João. Simbolicamente, então, podemos dizer que esse foi o
"início’' da Igreja Perseguida” . 2. Ore pela igreja perseguida A oração é
parte fundamental do trabalho missionário. O Senhor disse: “ Pede e eu te darei
as nações por herança” (SI 2.8); logo, as nações pertencem ao Senhor. A oração
coloca-nos na condição de intercessores da obra missionária (Is 62.6-10).
Em Salmos, contemplamos um número
significativo de orações a Deus. A tônica de grande parte dessas orações
consiste no pedido que as nações, além de Israel, venham a conhecer o único e
verdadeiro Deus e a adorar somente a Ele (SI 67.1-3).
Jesus disse aos discípulos: “
[...] A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros. Rogai, pois, ao
Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.37,38).
É nosso dever orar para que o Senhor chame e envie pessoas da sua
própria escolha. Os mesmos crentes que deveríam orar por ceifeiros em Mateus 9
são os que foram enviados por Jesus para ceifar em Mateus 10.
Os muros do comunismo ateísta
ruíram pelas orações dos crentes sofredores do lado de dentro e pelas orações
missionárias intercessoras de guerreiros do lado de fora. Podemos fazer uma
oração neste lado do planeta, e as coisas acontecerem no outro lado. Podemos
orar por um professor missionário em uma sala de aula da escola bíblica num
longínquo campo missionário, e o Espírito Santo ser derramado de maneira
especial no ensino da bendita e eterna Palavra. Missionários e pregadores
nacionais correndo perigos inspirados pelo inferno podem ser livres pela mão de
Deus através das orações de pessoas em altares distantes. Os obreiros avançarão
com eficiência na seara do Senhor, à medida que atendermos o único pedido de
oração que Jesus fez: “ [...] rogai, pois, ao Senhor da seara que envie
obreiros para a sua seara” (Lc 10.2).
Pastor, nunca deixe de conduzir e
ensinar sobre o impressionante poder e lugar da intercessão na obra de alcançar
nosso mundo! Torne sua igreja o “ centro do mundo” , a partir do qual emanem
bênçãos divinas e a influência transformadora de vidas para todas as searas do
mundo.
Graças a Deus que está havendo um
avivamento da oração entre os cristãos ao redor do mundo, hoje. Esse avivamento
começou na América Latina e Coréia do Sul e, hoje, as “ Casas de Oração” são
centros de crescimento e testemunho cristão comuns na índia.
Lembramos e, ao mesmo tempo, agradecemos ao Senhor pelas mi[1]lhares
de valorosas “guerreiras de oração” que fazem parte do Círculo de Oração nas
suas igrejas, as quais fazem da oração um poderoso e indispensável ministério
na obra de Deus, sendo verdadeiras colunas de sustentação, principalmente da
obra missionária. Desejamos a essas heroínas anônimas, que o nosso Sumo Pastor
conceda a elas as mais selecionadas bênçãos espirituais.
A obra missionária está no
coração de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo desde a fundação do mundo. Aqui
neste mundo, toda a sua vida foi dedicada ao cumprimento da Grande Comissão Jo
18.37; Lc 2.48,49).
Satanás, por sua vez, pessoalmente combateu a
obra missionária de Jesus. Ele fez isso com prioridade (Mt 4.1-11), com
sutileza (Mc 8.32,33), com audácia Jo 13.27), com persistência (Lc 23.35-39).
Não podemos ignorar os ardis de Satanás contra a obra missionária (2 Co 2.11),
principalmente porque ele sabe que os missionários são como cordeiros enviados
para o meio de lobos: “ Ide; eis que vos mando com o cordeiros ao meio de
lobos” (Lc 10.3). O Comentário Bíblico Beacon (CPAD) diz:
Que paradoxo: Cordeiros saindo
para salvar ovelhas de lobos! Aqui está a simplicidade unida ao desamparo:
nenhuma arma carnal com o defesa. Mas Deus tem uma maneira de criar a força a
partir da fraqueza, e de usar até a morte como uma arma da vitória e da vida.
Aqui vemos a supremacia de Cristo. Ele é o maior vencedor do mundo, e ainda
assim as suas forças não foram utilizadas no que se refere à defesa carnal ou
terrena. Os cristãos têm sido assassinados aos milhares, mas o avanço triunfal
continua. Uma vez que a própria morte não nos vence, podemos começar a entender
que somos imbatíveis. Mas, se começarmos a nos equipar com armas carnais,
estaremos caminhando em direção à derrota.
Embora
considerado um “ gigante” na fé, o apóstolo Paulo não dispensava as orações das
igrejas, pois possuía um profundo senso de necessidade da oração. Para ele,
orar era considerado uma prioridade no seu ministério, pois orar era uma
atividade missionária (6.19,20; Rm 15.30-33; Cl 4.3,4; 2 Ts 3.1,2).
A
oração é nossa arma mais poderosa contra os ataques de Satanás. Ela é uma “arma
secreta” para os fiéis e que o Inimigo não pode derrotar.
Eis algumas das principais razões
pelas quais temos o dever de orar pelos missionários:
1. Os
missionários precisam de nossas orações, porque são pessoas com necessidades
humanas normais, fraquezas e problemas. Esses escolhidos de Deus precisam de
vitalidade fisica, emocional e espiritual.
2.
Porque os missionários são pessoas que Deus usa, pois a estratégia missionária
de Deus é de sempre alcançar o perdido por meio da sua Palavra, dada pelos seus
servos, que Ele mesmo enviou (Rm 10.14,15).
3. Os missionários são os alvos principais do ataque e da oposição de
Satanás, porque eles são usados por Deus. Satanás é inimigo dos missionários e
usa de muitos métodos para impedir que o evangelho seja propagado. Satanás
trata os missionários com o “ invasores” do seu território, do qual ele não
abre mão, nem um centímetro sequer, sem uma batalha.
4. Para
que o Senhor capacite os missionários a conquistarem o território de Satanás.
5. Para
que o Senhor dê a eles poder para falar do evangelho com coragem e clareza, a
fim de que eles vejam as pessoas arrependerem-se e voltarem-se para Cristo. 6.
Para que o Senhor abra portas e remova barreiras, principalmente nos países sob
o domínio das potestades demoníacas, da feitiçaria (trevas profundas), até que
o Reino de Cristo seja estabelecido.
Paulo sabia que a oração trazia resultados: “ Ele continuará nos
livrando, enquanto vocês nos ajudam com as suas orações. Assim muitos darão
graças por nossa causa, pelo favor a nós concedido em resposta às orações de
muitos” (2 Co 1.10b, 11 — NVI).
Da mesma forma como Arão e Hur
sustentaram os braços de Moisés na batalha contra os amalequitas (Ex 17.12),
você pode sustentar os braços cansados de missionários por meio das suas
orações!
O apóstolo Paulo pediu oração por livramento aos crentes de Roma (Rm
15.30,31). Esta é, sem dúvida, a arma mais poderosa que temos, e não podemos
ficar omissos quanto ao seu uso.
3. Envolva-se com a causa da
igreja perseguida
É indispensável interceder
continuadamente pelos missionários, mas principalmente pelos seus filhos, para
que estes entendam a vocação dos pais e para que as suas igrejas sejam fiéis em
sustentá-los com dignidade.
Não há mais tempo a perder. Se
você, leitor, está consciente da importância da oração pela obra missionária,
não deixe para depois. Comece a interceder agora.
Que
Deus conceda à igreja brasileira, mormente a Assembléia de Deus, a graça de ser
uma igreja que se alegre em estar em sua presença, intercedendo dia após dia
pela obra missionária, principalmente pela igreja perseguida. Orai sem cessar!
(1 Ts 5.57).
I - A IGREJA DE ANTIOQUIA: NATUREZA E CARACTERÍSTICAS
1. Antioquia da Síria
Antioquia estava localizada às margens do rio
Orontes e foi fundada por Seleuco I Nicátor (358-281 a.C.), um dos generais de
Alexandre, o Grande, em 300 a.C. Era conhecida como Antioquia da Síria, a fim
de ser distinguida de Antioquia da Pisídia (At 13.14). A cidade cresceu a ponto
de contar com uma numerosa população nos tempos do apóstolo Paulo, incluindo
muitos judeus que, desde tempos remotos, haviam obtido o direito de cidadania.
A cidade era sede do legado imperial da província romana da Síria e da Cilícia,
sendo conhecida como “a rainha do Oriente” . Fláviojosefo (37 ou 38 d.C.-100
d.C.), o historiador judeu do tempo dos apóstolos, diz-nos que Antioquia era a
terceira maior cidade do Império Romano, perdendo em importância somente para
Roma e Alexandria. A grande maioria da população era síria, embora houvesse
numerosa colônia judaica, tornando-se num grande centro da erudição judaica.
Paulo começou e terminou ali a
sua segunda viagem missionária. Não se sabe exatamente quão grande era a cidade
nos dias de Paulo, mas, à base de informação dada por Crisóstomo, deve ter
contado com uma população de cerca de 800 mil habitantes em 300 d.C. A
sua cultura era tipicamente greco-helenista. O seu porto era Selêucia
(At 13.4), que era uma reputada cidade comercial e centro marítimo. Antioquia
da Síria continuamente recebia caravanas de comerciantes que movimentavam a sua
economia. Era também um dos destinos pre[1]feridos dos oficiais
aposentados do Império. Ela atraía as pessoas com a sua culinária exótica, com
atividades esportivas — especialmente as corridas de carruagens que chamavam a
atenção dos apostadores — e conhecidos banhos públicos. A cidade também tinha
vários templos, teatros e importantes avenidas no melhor estilo greco-romano.
Em razão de tantas nacionalidades, dizia-se ser possível conhecer os costumes
do mundo inteiro por conta da mistura de povos que frequentavam as suas praças.
A cidade ficava no atual território da Turquia, na região sudeste. A cidade
moderna de Antáquia está estabelecida onde ficava a antiga Antioquia da Síria.
Diz-se que as suas muralhas encerravam uma área maior do que as de Roma.
A oito quilômetros da cidade, ficava o bosque de Dafne, um importante centro de
adoração a Apoio e Artemis (ou Artemisa). Com o um resultado parcial disso,
Antioquia era famosa pela sua imoralidade. Ainda assim, muitos judeus e
prosélitos viviam ali. Eles foram evangelizados em primeiro lugar, pois foi
dito que os missio[1]nários
não estavam anunciando a ninguém a Palavra senão somente aos judeus. Isso
provavelmente aconteceu antes da experiência de Pedro em Cesareia.
2. A igreja em Antioquia
Felizmente, havia alguns homens de Chipre e Cirene (norte da Áfri[1]ca)
que eram um pouco mais esclarecidos. Quando eles chegaram a Antioquia, pregaram
o Senhor Jesus aos gregos (At 11.20).
Com o estavam obedecendo às
ordens de Cristo (Mt 28.19), eles viram o cumprimento da sua promessa (At 1.8)
— “E a mão do Senhor era com eles [...]” (At 11.21), isto é, o seu poder
manifestava-se no seu ministério. O resultado foi que grande número creu e
converteu-se ao Senhor. Antioquia tornou-se o principal centro do cristianismo
em pouco tempo.
A fama do que estava acontecendo
em Antioquia chegou aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém (At 11.22).
Preocupados quanto a essa evangelização dos gentios estar de acordo com a ordem
divina, os líderes enviaram Barnabé até Antioquia. Isso pode implicar que ele
verificaria o trabalho na Fenícia (At 11.19) no seu caminho para o norte.
A igreja de Jerusalém não podería
ter escolhido alguém melhor do que Barnabé para essa missão. Ele era um
verdadeiro “filho da consolação” (At 4.36), aonde quer que fosse. Um cristão
judeu legalista e preconceituoso certamente teria impedido o maravilhoso
movimento do Espírito de Deus em Antioquia. Mas Barnabé encorajou-o: “o qual,
quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com
firmeza de coração, permanecessem no Senhor” (At 11.23). Barnabé estava tão
integralmente consagrado ao seu Senhor que se alegrava por ver qualquer pessoa,
até mesmo um gentio, aceitando a Cristo. Em vez de criticar o novo movimento,
deu-lhe a sua aprovação e a sua bênção. Ele alegrou-se por ver a graça de Deus
em operação naquela cidade tão necessitada. Pelo fato de Barnabé ser um judeu
natural de Chipre (At 4.36), fazia com que se harmonizasse perfeitamente com os
evangelizadores de Chipre e Cirene. Ele exortou os novos convertidos,
cumprindo, assim, outro significado do seu nome: “filho da exortação” .
Barnabé, todavia, precisava de
ajuda. A tarefa em Antioquia era excessivamente grande para ele. Essa metrópole
cosmopolita de língua grega exigia os serviços tanto de um gigante intelectual
quanto de um exortador cheio do Espírito Santo. Barnabé foi até Tarso, a uns
200 quilômetros a noroeste de Antioquia, para buscar Saulo, trazendo-o para
Antioquia (At 11.25,26). Feliz aquele que percebe as suas limitações e que está
disposto a trazer um ajudante à altura da situação. Durante todo um ano,
Barnabé e Saulo permaneceram em Antioquia, ensinando os novos cristãos. Eles
poderíam ter ido a outras cidades, mas viram a importância do discipulado.
A nova Igreja em Antioquia era
constituída de judeus, que falavam grego e/ou aramaico, e gentios. Uma
afirmação muito interessante aparece no fim do versículo 26: “ [...] Em Antioquia,
foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” . Há uma
controvérsia razoável sobre quando e quem lhes teria dado o nome “cristãos” ,
isto é, aqueles que seguem a Cristo. Provavelmente deve ter sido como uma forma
de zombaria por gentios incrédulos. E pouco provável que os próprios crentes
tivessem inventado esse nome, pois eles usavam outros termos para referirem-se
a si mesmos, com o “ discípulos” ou “ santos” ou, ainda, “irmãos” (At 11.26).
Eles chamavam a si mesmos de “seguidores do Caminho” (At 9.2). Os judeus
chamaram-nos de nazarenos e de seita (At 24.5,14); certamente, eles nunca iriam
querer a sua palavra “Messias” (christos) associada com esse novo movimento.
Os judeus incrédulos não acre[1]ditavam
que Jesus fosse o Cristo. Portanto, é provável que o termo “ cristão” tenha
sido inventado pela cultura não cristã de Antioquia.
Considerando que não há
unanimidade entre os diversos comentaristas bíblicos acerca da origem desse
tratamento dado aos crentes em Antioquia, ao serem chamados pela primeira vez
de cristãos, creio que é mais aceitável acreditar que os de fora (gentios não
convertidos) identificam os crentes assim, porque eles confessam Cristo como
Senhor. Eles são o povo do Messias. Referindo-se a eles como “cristãos” , os
incrédulos distinguem a Igreja da comunidade judaica. Foram chamados de
cristãos — aqueles que seguem a Cristo — , por[1]que tudo o que tinham em
comum era Cristo; não se identificavam pela naturalidade, pela cultura e nem
pelo idioma. O amor de Cristo ultrapassa todas as fronteiras e une todas as
pessoas.
A palavra “ cristão” aparece no
Novo Testamento três vezes (At 11.26; 26.28; 1 Pe 4.16), principalmente usada
pelos não crentes para descrever os discípulos.
O centro da Igreja cristã passou
de Jerusalém, o seu berço original, para Antioquia da Síria, o seu centro
gentílico, tornando-se a segunda capital do cristianismo e sede de missões da
igreja, pois a igreja cristã tornou-se cada vez mais uma instituição gentílica.
A tradição associa o apóstolo Pedro a essa
cidade, considerando-o o primeiro dos seus bispos. Nomes ilustres posteriores
associados a essa cidade foram os de Inácio e João Crisóstomo, ambos chamados
bispos de Antioquia. Crisóstomo foi um grande escritor de comentários bíblicos
e exerceu notável influência sobre o desenvolvimento doutrinário da igreja
cristã.
3. Um a obra de leigos
Em Atos 11.19-26, temos um relato da plantação e irrigação de uma igreja
em Antioquia, a principal cidade da Síria, como já vimos.
De acordo com Matthew Henry, na sua obra Comentário Bíblico Novo
Testamento - Volume VI (CPAD), os primeiros pregadores do evangelho em
Antioquia eram “os que foram dispersos” (v.19) de Jerusalém pela perseguição
que surgiu cinco ou seis anos antes (segundo còmputos de alguns), por causa da
morte de Estêvão. Eles caminharam até à Fenícia e outros lugares anunciando a
palavra. Deus permitiu que eles fossem perseguidos para que fossem dispersos pelo
mundo, semeados com o semente para Deus a fim de darem muito fruto. Esse era o
plano para que a lesão da Igreja contribuísse para o seu bem, assim com o foi
transformada em bênção a maldição de Jacó à tribo de Levi (Gn 49.7). O
propósito do inimigo era espalhá-los para que desaparecessem, mas o propósito
de Jesus era espalhá-los para que fossem usados. Assim, a cólera do homem
redunda em louvor a Deus (SI 76.10).
Eles não estavam fugindo do trabalho.
Embora sob as atuais circunstâncias eles recusassem sofrimento, eles não
recusavam serviço. Pelo contrário, eles envolveram-se numa área de maior
amplitude que anteriormente. Aqueles que perseguiram os pregadores do evangelho
queriam evitar que as Boas Novas fossem anunciadas no mundo gentio. Após terem
sido bem-sucedidos na pregação do evangelho na Judeia, Samaria e Galileia, eles
cruzaram as fronteiras de Canaã e viajaram até à Fenícia, ilha de Chipre e
Síria (v. 20).
Esses pregadores dedicaram-se especificamente a pregar para os judeus
helenistas, chamados gregos, que estavam em Antioquia (v. 20). A pregação deles
foi acompanhada pelo poder divino: “A mão do Senhor era com eles” (v. 21),
porque Ele confirmava a Palavra com os sinais que se seguiram (Mc 16.20). Por
esses sinais, Deus testificava com eles: “Testificando também Deus com eles,
por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo,
distribuídos por sua vontade?” (Hb 2.4).
Não foram os apóstolos ou obreiros, mas, sim, os leigos, os discípulos,
os crentes em geral, que foram dispersos que anunciaram a Palavra, que fundaram
a igreja em Antioquia (At 11.19). Ao anunciarem Jesus, a mão do Senhor sobre
eles fez com que se convertesse muita gente.
A notícia do avivamento em Antioquia chegou a Jerusalém levando os
líderes da igreja de Jerusalém a enviar alguém para investigar.
Barnabé foi o escolhido para verificar de
perto o que estava acon[1]tecendo.
Ele foi uma escolha sábia por várias razões. Sendo natural de Chipre, ele teria
conexão natural com os evangelizadores que tinham iniciado o movimento em
Antioquia. Ele viajou mais de 400 quilômetros, de Jerusalém até Antioquia.
Barnabé era homem de bem, cheio do Espírito Santo e de fé. O seu nome quer
dizer “ Filho da consolação” (At 4.36) e estava à altura dele, pois a Bíblia
relata que ele alegrou-se em constatar a graça de Deus através da salvação de
muita gente, exortando a todos que permanecessem no Senhor. O ministério do
Evangelho estava prosperando — muita gente creu.
II - UMA IGREJA MISSIONÁRIA EM AÇÃO
1. “ Havia alguns profetas e doutores” (At
13.1)
Na igreja que estava em
Antioquia, havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão,
chamado Niger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o
tetrarca, e Saulo. E, ser[1]vindo
eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo:
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim
estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para
Chipre. E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos
judeus; e tinham também a João com o cooperador. (At 13.1-5)
Lucas passa o foco da História da Igreja para o ministério aos
gentios e a subsequente disseminação da igreja pelo mundo. Começando no
capítulo 13, o Espírito Santo escolhe Paulo e Barnabé para serem missionários
especiais. Paulo substitui Pedro com o o personagem central do livro de Atos à
medida que a igreja, guiada pelo Espírito Santo, continua a penetrar cada vez
mais no mundo além de Jerusalém. A igreja em Antioquia da Síria tornou-se o
centro de partida da missão de penetração no mundo (a última parte da comissão
de Jesus em 1.8). O primeiro versículo certamente nos dá uma ideia da sua
constituição verdadeiramente internacional e do amplo espectro de pessoas que
estavam sendo atingidas pelo evangelho. (Comentário do Movo Testamento
Aplicação Pessoal, vol. 1, CPAD, p. 679)
2. Um a liderança servidora (v.
2)
A liderança da igreja de Antioquia era
constituída sem barreiras raciais ou espirituais. A igreja estava bem provida
de bons ministros.
Até esse ponto, parece que Barnabé e Saulo
tinham sido os principais professores na igreja de Antioquia (At 11.26). Essa
lista mostra pelo menos outros três, considerados como profetas e doutores.
Barnabé aparece em primeiro lugar na lista pior ser provavelmente o líder do
grupo. Simeão, chamado Niger devido à sua pele negra, provocou algumas
especulações de que era o mesmo Simão Cireneu que carregou a cruz de Cristo (Mc
15.21), mas não se pode garantir essa informação. O próximo nome da lista é um
homem cireneu (de Cirene) chamado Lúcio. Cirene ficava no norte da África.
Lúcio provavelmente era um dos homens de Chipre e Cirene que pregaram pela
primeira vez o evangelho aos gentios de Antioquia (At 11.20,21). O quarto era
Manaém, irmão de criação ou de leite de Herodes, o Tetrarca (Herodes Antipas),
que matou João Batista e Saulo — antes perseguidor da Igreja. Saulo era um
rabino judeu altamente instruído e cidadão romano. O seu nome conclui a lista
desse grupo tão variado. As diferenças sociais, geográficas e raciais desses
indivíduos mostram que o Espírito de Deus trabalhara rapidamente e sobre uma
ampla região geográfica. O evangelho não tinha apenas chegado a essas regiões,
como também o Espírito de Deus usava a Antioquia cosmopolita para reunir uma
equipe diversificada para a próxima “fase” da expansão do Reino. (Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal, vol. 1, CPAD, p. 680)
Deus colocou na nova igreja
gentílica profetas e doutores (1 Co 12.28; Ef 4.11). Os profetas eram pessoas
que exerciam o dom de transmitir a palavra vinda de Deus, sob inspiração do
Espírito Santo. Os doutores não eram homens orgulhosos e cheios de sabedoria
humana, mas, sim, mestres cheios do Espírito Santo que ensinavam a Palavra de
Deus. “
E, servindo eles ao Senhor” (v. 2). Os discípulos em Antioquia oravam,
suplicavam, cantavam, louvavam e adoravam ao Senhor, dedicando-se a Ele em um
período especial de oração e jejum, em gratidão pelo que Deus fizera entre os
gentios daquela cidade, mas também em favor das multidões não evangelizadas da
Ásia Menor e da Europa.
“e jejuando” (v. 2). Os profetas e doutores daquela igreja, apesar de
serem os seus líderes, não desprezaram o jejum bíblico! Que o Senhor, nosso
Deus, desperte a liderança da igreja atual a fazer o mesmo e convocar os seus
membros para jejuarem (Tz 20.26; TI 1.14; 2.15,16; Jn 3.5; At 13.2).
Jejuar significa
abster-se de alimentos durante um período específico com a finalidade de
concentrar-se no Senhor. As pessoas que jejuam podem aproveitar o tempo de
preparação da comida e o da refeição para adorar e orar. Além disso, a dor da
fome irá lembrá-los da sua completa dependência de Deus (2 Cr 20.3; Ed 8.23; Et
4.16; Mt 6.16-18). (Comentário do Movo Testamento Aplicação Pessoal, vol. 1, CPAD,
p. 680) “
disse o Espírito” (v. 2). De que maneira Ele falou não sabemos. Pode ter
sido por uma voz que encheu o local, ou então por um crente usado pelo Espírito
Santo, ou ainda por meio de uma profecia, ou até mesmo por meio de uma mensagem
em línguas com interpretação (1 Co 14.5), ou provavelmente por meio de uma voz
que falou na alma dos presentes. A igreja sabia certamente discernir se foi o
Espírito Santo que falou ou não (1 Co 12.10).
3. “Apartai-me a Barnabé e a
Saulo” (v. 2)
Deus designou os dois melhores homens da Igreja de Antioquia para que
desempenhassem a nobre tarefa de missão transcultural.
“para a obra a que os tenho chamado” (v. 2).
Essa mensagem provavelmente foi a confirmação de uma vocação a uma obra a qual
o Espírito Santo já os tinha chamado, pois Antioquia tinha sido uma escola
missionária para eles (At 11.22-26). Quando o crente é chamado pelo Espírito, o
mesmo Espírito revela-o à igreja. “
Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram”
(v. 3). Quando a vontade de Deus foi revelada, eles novamente jejuaram e
oraram. A imposição de mãos era um ato simbólico que indicava o reconhecimento
público do chamado e da capacidade, além da associação de uma congregação
particular com um ministério.
111 - O SERVIÇO DE MISSÕES
1. O início das missões cristãs
“Tendo sido escolhido por Deus para a obra que veio a ser chamada
‘primeira viagem missionária’, Paulo e o seu grupo zarparam. O objetivo desse
impulso evangelizador era a população gentílica da Ásia menor” ((Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal, vol. 1, CPAD, p. 680).
A narrativa de Lucas do que se
chama a primeira viagem missionária de Paulo começa em Antioquia, com a escolha
de Barnabé e Saulo pelo Espírito Santo, para uma obra especial.
João Marcos, autor do Evangelho que leva o seu nome, permaneceu em
Jerusalém até ser levado para Antioquia por Barnabé (o seu primo) e Paulo, que
regressavam de uma missão de socorro a Jerusalém (At 12.25). Quando partiram
para Chipre na sua primeira viagem missionária, levaram João Marcos na sua
companhia (At 13.5). Porém, ao chegarem a Perge, no tabuleiro da Ásia Menor,
Marcos deixou os dois e regressou para Jerusalém (At 13.5).
Com relação à menção de João como cooperador de Saulo e Barnabé no
versículo 5, esse caso refere-se a João Marcos, conforme o texto de Atos 12.25:
“ E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram de Jerusalém,
levando também consigo ajoâo, que tinha por sobrenome Marcos” .
A
natureza do trabalho de Marcos não é detalhada, embora a palavra usada com o “
cooperador” é hyperetes, que significa literalmente “ sub-remador” Esse termo
indica um servo que está subordinado a uma autoridade. João Marcos não era o
pregador do grupo, mas o que ajudava os dois grandes missionários mais velhos.
2. Roteiro da viagem e atividades missionárias
O
objetivo desse impulso evangelizador era a população gentílica da Ásia menor.
Eles seguiram as rotas de ligação do Império Romano, tornando a viagem mais
fácil.
Nos
capítulos 13 e 14 de Atos, encontramos diversas localidades onde a atividade
deles foi desenvolvida: Missões em Chipre, a terra natal de Barnabé. Salamina
era a principal cidade de Chipre. Ela estava localizada na costa leste da ilha
e era a sede do governo. Paulo começou o seu testemunho nas sinagogas dos
judeus (Rm 1.16). As credenciais de Saulo como um fariseu altamente instruído —
um antigo aluno de Gamaliel (At 22.3) — teriam sido mais do que suficiente para
que o convidassem a falar, pelo menos até que a sua fama de trazer uma mensagem
tão radical começasse a ser divulgada de forma tão maciça: missões em Antioquia
da Pisídia (At 13.14-52); missões em Icônio (At 14.1-7); missões em Listra (At
14.8-20a); missões em Derbe (At 14.20b-21b); missões em lugares antigos e novos
(At 14.21 b-28); regresso à Antioquia da Síria (At 14.27).
a) Essa
viagem missionária foi caracterizada por uma variedade de estratégias na
evangelização.
b) Eles
visitavam cidades e países onde não se podia pregar o evangelho.
c)
Começaram a sua missão primeiramente com os judeus nas sinagogas e com os
gentios que haviam sido atraídos pelo Deus de Israel.
d) Logo
a mensagem do evangelho foi pregada em toda a cidade, e a aceitação era maior
por parte dos gentios do que por parte dos judeus.
e) No
entanto, o êxito inicial da evangelização levava à perseguição e à oposição.
f)
Depois de estabelecer um novo grupo de crentes, geralmente passando semanas ou
meses com eles, a equipe missionária seguia a sua viagem.
g)
Depois a equipe missionária voltava. Aqueles que cresciam espiritualmente e
haviam sido batizados com o Espírito Santo eram reconhecidos e ordenados com o
líderes locais pelos apóstolos.
h) A
equipe missionária, em especial o apóstolo Paulo, seguia em contato com as novas
igrejas. Ele enviava cartas de instrução e encorajamento e muitas vezes enviava
representantes como Timóteo e Tito para orientar a nova igreja por certo tempo.
i) Toda
igreja devia depender da orientação do Espírito Santo. À medida que a
congregação independente amadurecia, aquele grupo de crentes chegava às cidades
vizinhas para falar de Jesus Cristo à sua própria “Jerusalém e Judeia” local
(At 1.8).
A
primeira viagem missionária de Paulo durou cerca de dois anos (46-48 d.C.) e
foi a mais curta tanto no tempo quanto na distância, mas foi, no entanto, um
avanço muito significativo na história da nova igreja cristã. Paulo
estabeleceu-se como líder na divulgação da Palavra de Deus. Ele passou a escrever
uma grande parte do Novo Testamento que temos hoje.
Havendo
cumprido essa tarefa missionária, os missionários voltaram a Antioquia da Síria
cheios de alegria, ansiosos para contar o que Deus havia feito entre os gentios
(At 14.24-28). Eles bem que poderíam dizer de sã consciência: “Missão cumprida
’.
Ao
voltarem para Antioquia, os missionários deram um relatório para a congregação
que os tinha comissionado. Provavelmente ninguém tinha tido notícias de Paulo e
Barnabé desde que a Igreja enviara-os durante um culto especial de oração e
jejum.
No
relatório, Paulo e Barnabé não se detêm nos sofrimentos e violências que
enfrentaram, nem se vangloriaram da dedicação e força em face da perseguição.
O
Comentário Bíblico Pentecostal - Novo Testamento (CPAD) resume de forma
bastante clara e objetiva o relatório dos missionários, que enfatiza duas
coisas:
1) “ Quão grandes coisas Deus fizera por eles”
. É expressiva que a ênfase caia no que Deus fez. O sucesso foi devido a Deus,
porque Ele operou por eles. O Espírito Santo deu início, capacitou e sustentou-os
na missão. Os apóstolos suportaram grande adversidade, mas o trabalho do
Espírito por meio deles é a razão do sucesso.
2) Deus
“ abrira aos gentios a porta da fé” . Uma porta de fé aberta significa que os
gentios têm acesso às bênçãos do evangelho (cf. 1 Co 16.9; 2 C o 2.12; Cl 4.3).
Quando
Deus abre uma porta, ninguém fecha (cf. Ap 3.7). A fé em Jesus Cristo é a única
porta para o Reino de Deus. O fato de Deus abrir a porta da fé sempre tem
consequências de longo alcance. Uma duração de tempo considerável,
provavelmente semanas, e não anos, passa entre o relatório de Paulo e Barnabé e
a viagem deles ao Concilio de Jerusalém (At 14.28; 15.2).
3. Prestando contas Ao fim de cada uma das
viagens missionárias, Paulo e a sua equipe prestavam contas à igreja que os havia
recomendado. O modelo de missionários “independentes” , que respondem “somente
ao Senhor” , não é bíblico. Nem o apóstolo Paulo deixava de relatar o que
estava fazendo à sua igreja de origem (14.27,28).
Observe que o Espírito Santo
afirma que a igreja havia-os recomendado (At 14.26). Não é correto dizer que a
igreja local não tem qualquer responsabilidade ou autoridade sobre a vida do
missionário.
Em Atos capítulos 13 e 14, fica bem clara a presença do Espírito Santo
confirmando e aprovando a obra de evangelização realizada por Barnabé e Paulo.
A despeito das fortes
perseguições que sofreram no cumprimento da nobre tarefa missionária, Paulo e a
equipe que estava com ele evidencia[1]ram
a manifestação do poder de Deus por meio da vida deles. Muitos gentios e judeus
creram e aceitaram Jesus como Salvador, muitas igrejas foram fundadas, e curas
divinas e libertação ocorreram.
Jesus instruiu-nos que teríamos
aflições no mundo, mas também que deveriamos ter bom ânimo Jo 16.33). No sermão
do monte, Ele disse para exultarmo-nos e alegrarmo-nos quando formos injuriados
e per[1]seguidos
(Mt 5.11-12). As vezes, choramos, mas logo somos consolados e invadidos por uma
alegria que vem diretamente do trono de Deus. “Os que semeiam em lágrimas
segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando,
voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (SI
126.5,6).
Teremos oposições, mas também
muitos resultados extraordinários, pois a glória do Senhor manifesta-se por
meio de nós para que o nome dEle seja glorificado.
O
grande legado deixado pela igreja de Antioquia missiologicamente é a de que
Deus tinha, por meio deles, aberto as portas da fé aos gentios (At 14.27).
A
história da evangelização de Antioquia ilustra “quando o evangelho tem sucesso”
:
1. Quando é pregado a outros povos (At 11.19);
2.
Quando é pregado a todas as classes e raças (At 11.20-21);
3.
Quando é pregado por homens cheios do Espírito Santo (At 11.22-26).
A igreja cristã cumprirá a sua tarefa quando a atividade missionária
fizer parte da sua vida normal. O cumprimento da atividade missionária só será
bem-sucedido com a ação do Espírito Santo e nosso envolvimento.
A missão de Deus é grande, mas ela também tem o seu foco. Sabemos
para onde a missão de Deus está voltada ao olhar para com o ela terminará.
Haverá “ uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e
tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro
[...]” (Ap 7.9). Altas vozes declararão: “ [...] Os reinos do mundo vieram a
ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap
11.15). Os meios para participar do Missio Dei são de fato extremamente
variados. E importante que aqueles que estão dentre de um ministério específico
se vejam com o membros de uma equipe, incluindo o de todos os outros
ministérios. O poder das missões surge com a verdadeira unidade que nasce do
respeito e do auxílio mútuos. Na maioria dos campos, os ministérios se
confundem. Um professor da Escola Dominical, por exemplo, pode também estar
envolvido em ministérios de crianças ou de evangelismo. Um trabalhador da área
de saúde pode ter uma formação com o professor de Escola Dominical. Quase todos
os ministérios utilizam literatura e ferramentas de mídia. (John York, Missões
na Era do Espírito Santo, CPAD)
A consequência da ação do Espírito Santo na
igreja é o envolvi[1]mento
e o sustento missionário. Estamos dispostos, com o igreja, a cumprir nossa
missão de evangelizar até os confins da terra? Com o tem sido minha
participação em missões? Oração? Contribuição? Disposição de ir?
Quando o Espírito Santo encontra pessoas despojadas e sedentas por
almas, Ele poderosamente as capacita com talentos e dons espirituais para que
se lancem de corpo, alma e espírito na mais sublime missão que existe: ganhar
almas para o Reino de Deus.
O Espírito Santo é o guia e orientador da Igreja do Senhor na face da
terra. Ele ainda hoje chama homens e mulheres para realizarem grandes obras
para Deus. Ele conhece nosso nome e nosso endereço (At 9.10-11).
Até
os Confins da Terra – Pregando o Evangelho a todos os Povos até a Volta de
Cristo
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